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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
beatriz QUERINO BUSS
USO DE PREBIÓTICOS E PROBIÓTICOS NO TRATAMENTO DE CÂNCER COLORRETAL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
Tubarão
2023
	
BEATRIZ QUERINO BUSS
USO DE PREBIÓTICOS E PROBIÓTICOS NO TRATAMENTO DE CÂNCER COLORRETAL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
Trabalho de conclusão de curso, apresentado ao curso de graduação de nutrição, na Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel.
Orientadora: Profª Thais Ceresér Vilela, Drª
Tubarão
2023
BEATRIZ QUERINO BUSS
USO DE PREBIÓTICOS E PROBIÓTICOS NO TRATAMENTO DE CÂNCER COLORRETAL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado à obtenção do título de Bacharel em Nutrição e aprovado em sua forma final pelo Curso de Nutrição da Universidade do Sul de Santa Catarina.
Tubarão, X, de junho, de 2023.
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Prof.ª e orientadora Thais Ceresér Vilela, Drª 
Universidade do Sul de Santa Catarina
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APRESENTAÇÃO
A pesquisa intitulada “Uso de prebióticos e probióticos no tratamento de câncer colorretal: Uma revisão bibliográfica”, cujo projeto foi previamente submetido e aprovado na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso I (TCC I) do curso de Nutrição, será apresentada conforme as normas estabelecidas pelo periódico definido para submissão Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento como permite a disciplina de Trabalho de conclusão de Curso II (TCC II). Encontra-se anexado ao presente trabalho, as instruções para os autores (ANEXO A) da Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento.
Atenciosamente,
Beatriz Querino Buss
 Thais Ceresér Vilela
SUMÁRIO
ARTIGO	8
RESUMO	9
ABSTRACT	9
INTRODUÇÃO	10
MATERIAIS E MÉTODOS	12
RESULTADOS	12
DISCUSSÃO	19
CONCLUSÃO	24
REFERÊNCIAS	25
ANEXO	27
USO DE PREBIÓTICOS E PROBIÓTICOS NO TRATAMENTO DE CÂNCER COLORRETAL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
Beatriz Querino Buss¹ Thais Ceresér Vilela2
1 Acadêmica do curso de nutrição Universidade do Sul de Santa Catarina, 
beatriz-buss@hotmail.com. 
2 Doutora em Ciências da Saúde e professora da Universidade do Sul de Santa Catarina.
vilelacthais@gmail.com.
Correspondência: 
Thais Ceresér Vilela, Curso de Nutrição, Universidade do Sul de Santa Catarina, Av. José Acácio Moreira, 787, 88704-900, Tubarão, SC, Brasil.
RESUMO	Comment by THAIS CERESER VILELA: Corrigir por último
Introdução: O câncer colorretal (CCR) está entre os três primeiros na lista dos mais comuns e possui crescimento silencioso e, em geral, com diagnóstico tardio da doença. Hábitos alimentares têm grande influência no desencadear do CCR, agindo de modo determinante para que os fatores dietéticos que possuem suposta ação sejam investigados. Importante fator a contribuir para a melhora da qualidade de vida do paciente em tratamento do CCR é o uso dos suplementos prebióticos e probióticos. Metodologia: Trata-se de uma revisão com pesquisas realizadas entre março e abril de 2023 nas bases de dados eletrônicas MedLine®, PubMed® e SciELO®, nos idiomas inglês e português os descritores foram “probiotics prebiotics colon cancer”. Resultados: A pesquisa resultou em 56 artigos, onde foram excluídos 40 após análise e considerando os critérios pré-determinados. 7 artigos foram utilizados para a realização desta revisão. Discussão:
Palavras-chave: Prébioticos. Próbioticos. Câncer Colorretal 
ABSTRACT
INTRODUÇÃO
Câncer é o nome que foi designado para um grupo de mais de 100 doenças cuja característica comum é o crescimento desorganizado das células (Instituto Nacional do Câncer -INCA, 2020). De modo divergente ao das células normais, que morrem, o desenvolvimento de células cancerígenas acontece num crescer irrefreável e multiplicador de células anormais, manipulando as vias moleculares e celulares existentes, para assim contornar os mecanismos de proteção e prevenção (Senga, Grose, 2021).
O corpo pode ser afetado com o câncer em toda parte, todavia, alguns órgãos são mais vulneráveis que outros (Inca, 2020). O câncer colorretal (CCR) é o terceiro câncer mais comum no mundo, com incidência de 10,2% e uma taxa de mortalidade de 9,2% de todos os cânceres. No Brasil a incidência e mortalidade por CCR aumentou cerca de 20% (Johdi, Sukor, 2020). A estimativa de novos casos de CCR no Brasil para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 45.630 casos, representando um risco de 21,10 casos a cada 100 mil habitantes. Na região sul é considerado o terceiro tumor mais frequente, sendo 6,89 casos por 100 mil habitantes (INCA, 2018).
Uma vez desenvolvido, o CCR caracteriza-se por crescimento silencioso e, em geral, com diagnóstico tardio da doença, relativo ao tempo em que as lesões permanecem assintomáticas. Quanto mais precocemente é diagnosticado, maiores as chances de cura da doença (Koliarakis,2018). 
Os fatores de risco que podem favorecer o desenvolvimento do CCR estão ligados a idade, histórico familiar em parentes de primeiro grau. Outras associações incluem o sexo masculino, obesidade, sedentarismo, consumo de carnes vermelhas e processadas, tabagismo, alcoolismo, doenças inflamatórias intestinais como doença de Crohn e colite ulcerativa (Finlay e colaboradores, 2023).
A alimentação contribui para todos os processos bioquímicos, fisiológicos e imunológicos relacionados com os prognósticos patológicos. Os fatores de proteção estão ligados a uma diminuição na incidência de CCR, incluindo uma dieta rica em frutas, vegetais, fibras, folato, cálcio, laticínios, vitamina D, vitamina B6, magnésio. Além disso, um estudo sugere que a estabilidade alimentar favorece a manutenção da microbiota, o que é considerado um fator de proteção (Thanikachalam, Klan, 2019). De fato, a microbiota intestinal tem papel fundamental nos processos inflamatórios e em doenças gastrointestinais malignas, onde a diminuição da diversidade microbiana por diversos fatores oferece o risco de desenvolver CCR (Tilg e coloradores, 2018).
Os probióticos estão sendo considerados uma alternativa segura para o tratamento de doenças crônicas e para a melhora na saúde humana. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, probióticos são microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde do hospedeiro. Neste sentido, a ingestão de probióticos tem sido sugerida para melhorar a saúde geral e a imunidade. protegendo de doenças infecciosas e não infecciosas (Kim e colaboradores, 2019). Além disso, os prebióticos, ingredientes alimentares seletivamente metabolizados por bactérias benéficas, modulam positivamente o crescimento de probióticos e a melhora na saúde por meio da modulação da microbiota (Grimald e colaboradores, 2018). Dessa forma, usados em conjunto atuam na modulação do sistema imunológico, tratamento de infecções, manejo de doenças intestinais inflamatórias e no tratamento do câncer (Yadav e colaboradores, 2021). 
Assim, o presente estudo tem como objetivo compreender os efeitos da suplementação de prebióticos e probióticos como terapia em pacientes com CCR, visando fornecer ferramentas valiosas para o manejo clínico de pacientes.
MATERIAIS E MÉTODOS
O presente estudo trata-se de uma revisão, envolvendo artigos indexados nas bases de dados eletrônicas (MedLine®, PubMed® e SciELO®), obtidos através de buscas que foram realizadas entre março e abril de 2023. 
Para a pesquisa dos artigos foram utilizadas as seguintes combinações de descritores: “probiotics prebiotics colon cancer.”. Foram incluídos na pesquisa estudos in vitro e in vivo, no idioma inglês ou português e que foram publicados entre 2018 e 2023. Foram excluídos da pesquisa artigos de comentários, editoriais ou protocolos assim como, artigos publicados sem texto completo. 
RESULTADOS
Através da pesquisa nas bases dedados eletrônicas foi possível encontrar 47 artigos pela plataforma PudMed®, 8 artigos pela plataforma MedLine® e 1 artigo pela plataforma SciELO®, totalizando em 56 artigos. Destes, 40 artigos foram excluídos após a análise, considerando os critérios pré-determinados. Por fim, 7 estudos foram incluídos nesta revisão da literatura.
A Tabela 1 resume os principais achados dos estudos in vitro, pré-clínicos e clínicos utilizados na presente pesquisa.
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Tabela 1 - Características dos estudos incluídos na revisão referentes ao câncer colorretal. Tubarão, 2023.
	Referência 
	Tipo de estudo
	 Probiótico e prébiotico
	Resultados
	Oh e colaboradores (2020)
	Pré-clínico
	
Lactobacillus gasseri 505
Cudrania tricuspidata
	Aumento no peso corporal e cumprimento do cólon, bem como redução de células tumorais
	Lee e colaboradores (2020)
	Pré-clínico
	
Lactobacillus acidophilus
Chenopodium formosanum (Djulis)
	Atividade anticancerígena no CCR associada associado a colite; redução de lesões pré-cancerosas principalmente por inibir a proliferação celular e inflamação e promover a apoptose.
	Saioto e colaboradores
(2019) 
	Pré-clínico
	
Lactobacillus casei
Bifidobacterium
	No CCR induzido pela colite teve efeito mais eficaz a administração dos simbióticos do que de forma isolada. 
	
Ali e colaboradores (2019)
	
Pré-clínico
	
Lactobacillus casei
Inulina
	
Efeito protetor contra um câncer de cólon induzido.
	
Ma e colaboradores 
2022
	
Pré-clínico
	
Lactiplantibacillus plantarum -12
	Efeitos protetores significativos contra CCR, regulando a microbiota intestinal.
	Botta e colaboradores (2022)
	Estudo in vitro 
	
Lactiplantibacillus plantarum S2T10D
Lactiplantibacillus plantarum 02T60C
	
Aprimora a eficácia clínica das abordagens preventivas/terapêuticas de câncer.
 
	Zaharuddin e colaboradores (2019)
	55 pacientes de ambos os sexos com pós cirúrgicos de 4 semanas 
	
Lactobacillus acidophilus
Lactobacillus lactis
Lactobacillus casei
Bifidobacterium longum
Bifidobacterium bifidum
Bifidobacterium infantis
	Redução de citocinas pró-inflamatórias, bem como a prevenção de complicação pós-cirúrgica. Comprovação do consumo seguro em pacientes com pós cirúrgico de 4 semanas.
 
DISCUSSÃO
A microbiota intestinal tem papel importante na ocorrência de doenças do hospedeiro e na manutenção da saúde. Sua regulação é uma rota propícia para o tratamento de doenças digestivas, especialmente no CCR (Helmink e colaboradores, 2019). Os prebióticos e probióticos são conhecidos por estimular a microbiota intestinal nativa, e outras várias funções, em contrapartida, os metabólitos dos probióticos, como bacteriocinas, ácido lático e peroxido de hidrogênio são importantes como antimicrobianos contra uma série de bactérias patogênicas (Silva e colaboradores, 2020). Neste sentido, a presente revisão, encontrou sete artigos que discutiram os efeitos de prébioticos e probióticos, associados ou não, na prevenção e tratamento do CCR.
Quatro estudos avaliaram o uso de probióticos em conjunto com prebióticos para analisar seus efeitos no CCR induzido, em camundongos machos. Neste contexto, Oh e colaboradores (2020) utilizaram uma combinação simbiótica de Lactobacillus gasseri 505 e Cudrania tricuspidata e observaram uma recuperação do intestino que foi induzido ao CCR e redução de incidência dos tumores. Estes autores sugerem que a melhora observada tem relação com o efeito anti-inflamatório, regulando a produção de citocinas pró-inflamatórias podendo ser um adjuvante natural contra o CCR. Da mesma forma, Lee e colaboradores (2020) comprovaram que Djulis, que é um grão cereal rico em fibra prebiótica, possui potencial anticancerígeno no CCR associado a inflamação. Além disso, a sua combinação simbiótica com o Lactobacillus acidophillus, tem efeito redutor nas lesões pré-cancerosas, por meio da regulação dos biomarcadores de CCR e promover apoptose.
Lactobacillus casei é um probiótico utilizado em três estudos juntamente com combinações de prébioticos. Ali e colaboradores (2019) identificaram que em conjunto com o prébiótico Inulina o efeito protetor é mais efetivo contra o CCR em comparação a sua administração isolada. Foi sugerido que a atuação protetora está envolvida na via de sinalização JNK-1/ β-catenina, bem como no aumento de bactérias benéficas enriquecedoras no cólon, como Akkermansia e Turicibacter. A sinalização da β-catenina desempenha um papel importante na carcinogênese do cólon e sua inibição é vista como um bom alvo para a ação de muitas drogas quimioterápicas (Fang e colaboradores, 2010).
Já Saito e colaboradores (2019) utilizaram Lactobacillus casei em combinação com Bifidobacterium, e identificaram que em termos de tamanho do tumor o tratamento não foi efetivo, possivelmente pelos camundongos terem sido criados em ambiente especifico longe de patógenos, o que manteve um equilíbrio constante nas bactérias intestinais. Todavia, o tratamento com os simbióticos suprimiu a colite e o início do tumor no modelo utilizado. Os autores sugerem que os resultados estão relacionados à redução da ativação dos genes interleucina 6 (IL-6), STAT3, ciclo-oxigenase-2 (COX-2) e fator de necrose tumoral alpha (TNF-α), que normalmente estão associados à inflamação e à tumorigênese no epitélio do cólon.	Comment by Beatriz Buss: Nao achei descrição
A presente revisão encontrou um estudo que avaliou o uso de probiótico isolado no tratamento do CCR. Foi utilizado Lactiplantibacallus plantarum -12 em camundongos, e foi demonstrado efeitos protetores significativos contra o modelo de câncer, atuando na regulação da microbiota intestinal e os metabólitos, melhorando a barreira intestinal e aliviando a inflamação (Ma e colaboradores, 2022). Botta e colaboradores (2022) em estudo in vitro utilizaram Lactiplantibacillus plantarum O2TC60 e Lactiplantibacillus plantarum S2T0D e observaram efeitos antiproliferativos nas células cancerígenas e regulação do ciclo celular mediada por butirato como um potencial mecanismo envolvido. Uma vez que a produção de ácido butírico foi comprovadamente dependente da cepa e diferencialmente impulsionada por compostos prebióticos específicos. 
Zaharuddin e colaboradores (2019), teve como objetivo de estudo avaliar o efeito do consumo de probióticos com seis cepas de Lactobacillus e Bifidobacteria durante o período de seis meses, em pacientes com CCR em pós-cirúrgico. Os autores comprovaram que as cepas são seguras para serem consumidas por pacientes após quatro semanas de cirurgia, redução significativa das citonas pró-inflamatórias, bem como, preveniu complicações pós-cirúrgicas em pacientes com CCR.
	Comment by Beatriz Buss: Tenho que escrever mais
CONCLUSÃO
A partir dos estudos analisados, conclui-se que o uso de prébioticos e probióticos de forma combinada ou isolada, possuem ação protetora contra as células cancerígenas, atuam na regulação das citocinas pró-inflamatória e promove a apoptose. 
 
REFERÊNCIAS
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ANEXO
– Instruções aos autores da RBONE