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Trabalho Banco de Leite Humano - Corrigido

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UNIP – Universidade Paulista 
CURSO DE GRADUAÇÃO - BACHAREL EM ENFERMAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BANCO DE LEITE HUMANO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA – GO 
2022 
 
ALUNOS: Leonardo Gomes de Morais, Thaís Carvalho Guimarães, Felipe 
Keven Linhares dos Santos, Saandra Carla Cruz Ferreira, Thiago Nogueira de 
Alncântara Pires, João Batista da Silva Junior, Nayhara Ohana Almeida Cunha, 
Wanessa Soares de Oliveira, Wanessa Cristina Fernandes, Amanda Pereira 
dos Santos Silva, Thays Alves Ribeiro, Edna Mara Brito de Oliveira, Maria 
Celsa da Silva Souza, Luana Nascimento da Silva. 
 
 
 
 
 
 
 
BANCO DE LEITE HUMANO 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão semestral, apresentado 
como requisito para obtenção de nota e 
 ganho de conhecimento; do curso 
Graduação em Enfermagem. 
 
Orientador: Sônia Santos Ferreira 
 
 
Goiânia 
2022 
 
 
LISTAS DE SIGLAS 
 
 
OMS: Organização Mundial de Saúde 
BL: Banco de leite 
BLH: Banco de leite humano 
LHO: Leite humano ordenhado 
LHOC: Leite humano ordenhado cru 
LHOP: Leite humano ordenhado pasteurizado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO............................................................................................... 
2 OBJETIVO...................................................................................................... 
3 METODOLOGIA............................................................................................. 
4 BANCO DE LEITE HUMANO......................................................................... 
4.1. CADASTROS E PROCESSO DE DOAÇÃO E RECEBIMENTO NO BANCO DE 
LEITE................................................................................................ 
4.2 MÃES QUE PODEM PARTICIPAR DO PROGRAMA DE DOAÇÃO DE LEITE 
........................................................................................................... 
4.3 ORIENTAÇÕES PARA MÃES 
DOADORAS..................................................................... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência das práticas de coleta e 
processamento em Banco de Leite Humano (BLH) no perfil e teores de qualidade 
físico-química e bacteriológica do leite humano. As atividades desenvolvidas por um 
BLH são amplas, passando desde o recebimento do leite nos frascos, com identificação 
e data, assim como o processo de congelamento de degelo para etapas de qualidade e 
distribuição para consumo. O primeiro BLH foi um pequeno passo para uma grande 
evolução da tecnologia e criação de novos postos distribuídos pelo Brasil inteiro, 
diminuindo o índice de mortalidade dos bebês. O incentivo ao aleitamento esteve 
sempre ligado a doação compartilhando com as mães a importância em doar ou até 
mesmo receber esse leite alimento primordial. 
 
 Palavras-chave: leite humano, qualidade, pasteurização, coleta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A Rede Brasileira de Banco de Leite Humano é considerada a maior e mais complexa 
do mundo pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O Banco de Leite Humano (BLH) é 
responsável por promover o aleitamento materno e execução das atividades de coleta, 
processamento e controle de qualidade do leite produzido nos primeiros dias após o parto. 
Em 1985, quando começou, haviam apenas 6 bancos de leite no país, e de acordo com 
o Ministério da Saúde atualmente existem 292 bancos de leite humano no mundo, divididos 
entre 21 países das Américas, Europa e África, 72,9% estão implantados no Brasil, equivalente 
a 213 bancos de leite, presentes em todos os estados brasileiros e, ainda, 217 postos de coleta. 
O Banco de Leite Humano do Instituto Fernandes Figueira - Fundação Oswaldo Cruz 
é o mais antigo. Implantado em outubro de 1943 por iniciativa de Mario Olinto e Adamastor 
Barbosa com o objetivo de combater a mortalidade infantil e em particular a neonatal, passou a 
condição de Centro de Referência Nacional em 1987 e desde 1996 vem se consolidando como 
Centro de Referência para América Latina e Caribe. 
Uma ação estratégica do Estado Brasileiro que vai ao encontro da meta de redução da 
mortalidade infantil. 
 
Para a implantação de um banco de leite humano em um município, existem critérios mínimos 
que são analisados: 
 Mortalidade neonatal tardia - número de óbitos na idade de 7 a 27 dias por 1.000 
nascidos vivos. 
 Mortalidade neonatal precoce - número de óbitos na idade de 0 a 6 dias por 1.000 
nascidos vivos. 
 Mortalidade infantil - número de óbitos infantis (menores de 1 ano) por 1.000 nascidos 
vivos 
 Número de leitos de UTI neonatal 
 Número de bancos de Leite existentes no município. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.fiocruz.br/redeblh/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=home
 
2. OBJETIVOS 
 
Diante dos dados apresentados, este trabalho teve como objetivo agregar 
conhecimentos, técnicas e esclarecimentos acerca da utilização de Leite Materno em 
Banco de Leite Humano, bem como seus meios de contaminação e prevenção para os 
futuros receptores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. METODOLOGIA 
 
Para este estudo foram realizado pesquisas diversas de artigos ciênticos, 
revisões literárias, sites da rBLH, Ministério da Saúde, TCC e fontes 
informativas da OMS. Os bancos de dados consultados foram, Google 
Acadêmico, utilizando-se as seguintes palavras-chave: Banco de Leite Humano, 
Princípios históricos do Banco de Leite Humano, Profissionais da Equipe do 
Banco de Leite. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. DESENVOLVIMENTO 
 
 
4.1 BANCO DE LEITE HUMANO 
A Rede Brasileira de Banco de Leite Humano é considerada a maior e mais complexa do 
mundo pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O Banco de Leite Humano (BLH) é 
responsável pela promoção do aleitamento materno e execução das atividades de coleta, 
processamento e controle de qualidade do leite produzido nos primeiros dias após o parto (o 
colostro), leite de transição e leite humano maduro, para posterior distribuição sob prescrição do 
médico ou nutricionista. 
O BLH do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes 
Figueira (IFF/Fiocruz) é referência da Rede, tendo uma área de assistência responsável pela 
coleta, processamento e estocagem do leite materno. Além disso, a qualidade do material é 
avaliada pelo Laboratório de Controle de Qualidade do Leite Humano Ordenhado e administrada 
pelo Núcleo de Gestão da Rede Brasileira de BLH. 
 
4.2 CADASTROS DAS MÃES PARA PARTICIPAR DO PROCESSO DE DOAÇÃO E 
RECEBIMENTO NO BANCO DE LEITE 
O primeiro passo consiste em formalizar um contato com o Banco de leite mais próximo 
de sua residência, via telefone. Hoje, em Goiânia, nós temos três instituições que são referências 
no tocante a este assunto. São elas: Hospital Estadual da Mulher; Hospital e Maternidade Dona Iris; 
e Maternidade Nascer Cidadão. 
Para o cadastro no banco de leite, a doadora precisa ter em mãos os últimos exames 
realizados no seu pré-natal, informações sobre o pré-natal, seus dados pessoais, e sobre o hábito 
de vida. Após o contato com o Banco de leite, e realizado este pré-cadastro, um médico avaliará os 
dados da doadora e, uma vez considerada apta à doação, a equipe de coleta entrará em contato 
para agendar a visita. 
O processo de recebimento consiste também no cadastro da receptora no banco de leite. 
Cadastro este, que dispõe das mesmas documentações que são usadas no cadastro de doação. A 
única mudança que existe neste processo, é a diferença entre cadastro de doadora e cadastrode 
receptora. 
O banco de leite também oferece consulta, orientação e apoio a lactantes e podem auxiliá-
las, inclusive, a retomar a amamentação, caso tenha sido interrompida. 
 
http://www.fiocruz.br/redeblh/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=home
 
 
 
4.3 MÃES QUE PODEM PARTICIPAR DO PROGRAMA DE DOAÇÃO DE LEITE 
Qualquer mulher que amamenta e esteja em boa condição de saúde, que não esteja 
tomando medicamentos incompatíveis com a amamentação pode ser uma doadora. 
 
4.4 ORIENTAÇÕES PARA MÃES DOADORAS 
De acordo com a legislação RDC número 171 além de apresentar excesso de leite,a 
doadora deve ser saudável, não usar medicamentos que impeçam a doação e se dispor a ordenhar 
e a doar o excedente a um banco de leite humano. Se você quiser doar seu leite, entre em contato 
com um banco de leite humano. Toda mulher que amamenta é uma possível doadora de leite 
humano. Qualquer quantidade de leite humano doado pode ajudar os bebês internados, que, a 
depender de seu peso e condições clínicas, podem precisar de apenas 1 ml a cada refeição. 
4.5 PROCESSOS DE EXAMES PATOLÓGICOS 
O Brasil tem a maior e as mais complexas redes de banco de leite do mundo são mais de 
200 espalhados por todo o país. 
Para doação de leite materno, a mãe passa por exames patológicos, como os exames de 
sangue realizados durante a gestação. 
São avaliados alguns exames do pré-natal da mãe, com o objetivo de verificar se a mesma 
possui condições de doar o excesso de leite produzido, não deixando de verificar se a mãe esteja 
em tratamento medicamentoso com fármacos que impossibilita a doação de leite. 
Exames verificados na triagem da mãe: 
 Hemograma Completo 
 Glicemia em jejum 
 HIV 
 Sífilis 
 HTLV 1e2 
 Toxoplasmose IGG e IGM 
 
 
 
4.6 PROFISSIONAIS DA EQUIPE INTERNA DO BANCO DE LEITE 
Os recursos humanos necessários ao funcionamento do BLH podem variar de acordo 
com as atividades e a complexidade de atendimento, o volume de leite coletado e/ou processado 
por mês, a complexidade da assistência prestada, a carga horária e a escala adotada pela 
instituição. 
O quadro funcional dos BLH deve dispor de profissionais legalmente habilitados para 
assumir a responsabilidade das atividades médicos-assistenciais e de tecnologia de alimentos 
requeridas por um Banco de Leite. Podem integrar a equipe: médicos, nutricionistas, 
enfermeiros, farmacêuticos bioquímicos, técnicos em microbiologia e engenheiro de alimentos. 
Outros profissionais como psicólogo, assistente social, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional, 
podem integrar a equipe de apoio. Auxiliares de enfermagem e técnicos em enfermagem, em 
nutrição ou de laboratórios constituem parte da equipe multidisciplinar com a qual deve contar 
um BLH. 
Em conformidade com o disposto nas Portarias nº 8/96 (NR-7) e nº 485/2005 (NR32), do 
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e na RDC/Anvisa nº 171/2006, visando ao controle da 
saúde ocupacional dos profissionais que atuam em BLH e PCLH e à garantia de que o leite 
humano ordenhado manipulado seja um produto isento de riscos para a saúde dos receptores, 
recomenda-se: 
I. Avaliação da saúde do trabalhador: 
a) avaliação clínica; 
b) determinações laboratoriais conforme o Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional (PCMSO). 
A avaliação da saúde dos profissionais que atuam nos BLHs e PCLHs deve ser 
realizada obrigatoriamente no momento da admissão do funcionário; periodicamente a cada um 
ano; quando do retorno do trabalho; na mudança de função; e no momento da demissão 
(BRASIL, 2005). Os exames recomendados têm caráter preventivo, de rastreamento e 
diagnóstico precoce de agravos à saúde, inclusive de natureza subclínica, além de constatar a 
existência de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde do trabalhador. 
II. Vacinação: 
 a) tétano; 
b) hepatite B; 
c) difteria; 
d) outras doenças imunopreveníveis ou a critério do médico do trabalho, de acordo com 
o disposto no PCMSO. 
 
4.7 EQUIPE MÓVEL E DESLOCAMENTO 
Os bancos de leite humano têm entre seus objetivos a promoção, proteção e apoio ao 
aleitamento materno. Alguns BLHs têm em sua rotina de trabalho a coleta domiciliar, ou seja, há um 
veículo disponível para ir até a casa das doadoras recolherem o leite doado. Alguns contam com a 
parceria do Corpo de Bombeiros Militar para realizar a tarefa, outros com carros das secretarias de 
saúde, ou até mesmo motos para o transporte da sua doação. 
A cidade está dividida em zonas que serão visitadas pelo menos uma vez por semana. A 
cada visita, a doadora receberá novas mamadeiras esterilizadas vazias e entregará sua doação de 
leite. Todo transporte é realizado em caixa isotérmicas e com gelo reciclável e controle de 
temperatura, para manter a qualidade do seu leite. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.8 LEITE MATERNO 
Leite materno se refere ao leite produzido pela mulher, que é utilizado 
para alimentar seu bebê por meio do aleitamento materno. É ele, a primeira e principal fonte 
de nutrição dos recém-nascidos, até que se tornem aptos a comer e digerir os alimentos sólidos. 
O leite materno é fundamental para a saúde das crianças nos seis primeiros meses de 
vida, por ser um alimento completo, fornecendo nutrientes em quantidade adequada (carboidratos, 
proteínas e gorduras), componentes para hidratação (água) e fatores de desenvolvimento e 
proteção como anticorpos, leucócitos (glóbulos brancos), macrófago, laxantes, lípase, lisozimas, 
fibronectinas, ácidos graxos, gama-interferon, neutrófilos, fator bífido e outros contra infecções 
comuns da infância, isento de contaminação e perfeitamente adaptado ao metabolismo da criança. 
Já foi demonstrado que a complementação do leite materno com água ou chás é desnecessária, 
inclusive em dias secos e quentes. Recém-nascidos normais nascem suficientemente hidratados 
para não necessitar de líquidos, além do leite materno, apesar da pouca ingestão de colostro nos 
dois ou três primeiros dias de vida. 
Além das propriedades anti-infecciosas, protege as crianças contra infecções desde os 
primeiros dias de vida. Diminuiu o número de episódios de diarreia, encurta o período da doença 
quando ela ocorre e diminui o risco de desidratação. A composição química do leite materno atende 
também às condições particulares de digestão e do metabolismo neste período de vida do recém-
nascido. 
Vários são os fatores que podem determinar variações na composição do leite materno, 
como: estágio de lactação, parto prematuro, tempo de gestação, esvaziamento da mama, hora e 
intervalo entre as mamadas, grau de pressão utilizado para extrair o leite, método e horário de coleta 
das amostras, técnicas de análise laboratorial, intervalo entre as gestações e a ingestão de álcool 
ou drogas. 
 
 
 
 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mulher
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alimenta%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Beb%C3%AA
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aleitamento_materno
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nutri%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Digest%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%B3lido
 
4.9 PROCEDIMENTOS PARA A COLETA DO LEITE MATERNO 
Prepare o frasco 
 Escolha um frasco de vidro com tampa plástica, como os de café solúvel ou maionese; 
 Retire o rótulo e o papelão que fica sob a tampa e lave com água e sabão, enxaguando 
bem; 
 Em seguida, coloque em uma panela o vidro e a tampa, e cubra com água, deixando ferver 
por 15 minutos (conte o tempo a partir do início da fervura); 
 Escorra a água da panela e coloque o frasco e a tampa para secar de boca para baixo em 
um pano limpo; 
 Deixe escorrer a água do frasco e da tampa. Não enxugue; 
 Você poderá usar quando estiver seco. 
 
 
Prepare-se para retirar o leite materno (ordenha) 
O leite deve ser retirado depois que o bebê mamar ou quando as mamas estiverem muito 
cheias. Ao retirar o leite, é importanteque você siga algumas recomendações que fazem parte da 
garantia de qualidade do leite humano distribuído aos bebês hospitalizados: 
 Escolha um lugar limpo, tranquilo e longe de animais; 
 Prenda e cubra os cabelos com uma touca ou lenço; 
 Evite conversar durante a retirada do leite ou utilize uma máscara ou fralda cobrindo o nariz 
e a boca; 
 Lave as mãos e antebraços com água e sabão e seque em uma toalha limpa. 
 
 
Retire o leite materno (Ordenhe): Ordenha manual de leite materno 
É muito simples fazer a ordenha de leite materno manualmente. Com as mãos e mamas 
bem lavadas com água de sabão neutro, cabelos presos e preferencialmente uso de máscara. Uma 
massagem inicialmente é fundamental para desfazer os nós do leite nos alvéolos da mama, a 
massagem em formato circular em torno da mama. Para fazer a ordenha do leite materno, a pega 
da mão deve ser em formato de “C” com o dedão na parte superior a auréola e os demais dedos na 
parte inferior a mama. Com os dedos polegar e indicador, fazer uma leve pressão contra o peito e 
em seguida levar um dedo em encontro levemente sem encostar um no outro. Fazer esse 
movimento em todas as direções a fim de fazer a ordenha de leite materno de toda a mama. 
A mão direita deve fazer a ordenha do seio direito e a mão esquerda do seio esquerdo e 
não deve haver dor nesse movimento. Com esse movimento do “C” o leite sairá com facilidade, se 
 
não estiver saindo após alguns movimentos ou se você estiver sentindo dor então a pega da mama 
para a ordenha do leite materno está incorreta. O leite inicialmente costuma precisar de alguns 
movimentos para acontecer a saída do leite, mas se o seio já tiver uma demanda de leite 
estabelecida então o jato acontece instantaneamente em seios cheios. 
A compressão do bico também é uma prática que deve ser evitada, com a compressão os 
ductos de leite materno ficam estreitos e o leite não sairá corretamente. A ordenha do leite materno 
deve ser feita de 3 a 5 minutos em cada mama alternadamente até que se completem 20 a 30 
minutos em cada mama. O mesmo frasco pode ser usado para aparar o leite da mama, mas em 
casos de mulheres com bastante leite podem usar dois frascos, um para cada mama. 
 
5. ETAPAS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DO LEITE 
Métodos utilizados para a avaliação da qualidade do leite humano: 
 Todo leite humano recebido pelo BLH deve ser submetido aos procedimentos de 
seleção e classificação. A seleção compreende: condições da embalagem; presença de 
sujidades; cor; off -flavor; e acidez em graus Dornic. Utiliza-se como embalagem para 
acondicionamento do leite, recipiente de vidro, estéril, com boca larga, tampa plástica rosqueável 
e volume de 50 a 500 mL. O técnico responsável deve estar atento, no momento do reenvase do 
leite, de forma que a embalagem em que este será pasteurizado não apresente qualquer corpo 
estranho. São considerados exemplos de sujidades comumente encontradas no leite humano: 
pêlos, cabelo, fragmentos de pele, fragmento de unha, insetos, pedaços de papel, vidro etc 
(ANVISA, 2007). A cor do leite humano pode variar conforme os seus constituintes, e reflete a 
preponderância de uma determinada fração. O colostro geralmente varia da cor semelhante à 
água de coco ao amarelo-alaranjado. A coloração do leite de transição muda gradualmente em 
até duas semanas, para um branco azulado/opaco, até tornar-se leite maduro (ANVISA, 2007). 
Após o processo de seleção e classificação, o leite doado será liberado passando pelos 
seguintes requisitos. 
Degelo Para que possa ser amostrado e processado, o produto é descongelado em banho-
maria, ou eventualmente, em micro-ondas. A temperatura final do produto 
submetido a degelo não deve exceder 5°C (cinco graus Celsius). 
 Testes no recebimento 
A seleção compreende a verificação de: 
a) condições da embalagem; 
b) presença de sujidades; 
 
c) cor; 
d) off-flavor 
e) acidez Dornic. 
A classificação compreende a verificação de: 
a)período de lactação; 
b)acidez Dornic; 
c) conteúdo energético (crematócrito). 
Os rótulos das embalagens de leite humano ordenhado cru (LHOC) e do leite humano 
ordenhado pasteurizado (LHOP) estocado devem conter no mínimo as seguintes informações: 
identificação da doadora, conteúdo energético e validade. 
 Processamento e Pontos Críticos de Controle 
A amamentação de um bebê por outra mãe foi uma prática bastante disseminada pelas 
amas-de-leite no passado, mas não é recomendada pelas mesmas razões que não é indicado 
o consumo de leite cru. Contraindicada formalmente pelo Ministério da Saúde e pela 
Organização Mundial da Saúde (OMS), a amamentação cruzada, como é conhecida a prática, 
traz diversos riscos ao bebê, podendo transmitir doenças infectocontagiosas, sendo a mais 
grave o HIV/Aids. 
A única situação onde está previsto o uso de leite cru, é no caso de mãe para o próprio 
filho, se feito em condições controladas conforme a Norma Técnica NT 47-18. É requisito legal 
que o LHOC coletado e aprovado pelo BLH deve ser pasteurizado a 62,5ºC (sessenta e dois e 
meio graus Celsius) por 30 (trinta) minutos após o tempo de pré-aquecimento. 
Caso o banho-maria não disponha de agitador automático, o funcionário responsável pela 
pasteurização deverá agitar manualmente cada frasco, sem retirá-lo do banho-maria, de 5 em 
5 minutos. 
Transcorridos os 30 minutos relativos à letalidade térmica, promover o resfriamento dos frascos 
até que o leite humano atinja uma temperatura igual ou inferior a 5ºC. O resfriamento dos 
frascos pode ser obtido através de banho de gelo. 
A pasteurização do leite humano deverá ser monitorizada a cada 5 minutos, com 
registro da temperatura no momento da averiguação. Não se permite oscilação da temperatura 
superior a 0,5ºC. 
 A temperatura de pasteurização do leite humano deve ser registrada em planilha 
específica. 
Como os volumes são pequenos, o processo tem características manuais. Não se misturam 
leites de diferentes nutrizes. Cada frasco tem origem única. O aquecimento é feito em banho-
maria e após atingido o binônimo tempo-temperatura, o leite é colocado em banho de gelo. 
Menos comum são os banhos automáticos com resfriamento com água gelada, sendo de custo 
muito elevado. 
Testes de liberação e estocagem 
 
Basicamente é realizada análise microbiológica de coliformes totais no produto já pasteurizado. 
O LHOP deve ser estocado sob congelamento a uma temperatura máxima de – 3ºC (três grau 
Celsius negativo), por até 06 (seis) meses. 
O LHOP liofilizado e embalado a vácuo pode ser estocado em temperatura ambiente pelo 
período de 1 (um) ano. 
COLOSTRO 
Esse é o primeiro leite produzido pela mãe, entre o 1° e o 5° dia após o parto. É um 
líquido mais transparente ou amarelo, que é rico em proteínas. Também possui alta concentração 
de imunoglobulinas, o que faz com que tenha um papel de destaque para a imunidade do recém-
nascido. 
LEITE DE TRANSIÇÃO 
A quantidade de leite aumenta entre o 6° e o 15° dia após o nascimento do bebê. E 
sua composição também é alterada: ele se torna mais rico em gorduras e nutrientes que 
contribuem para o desenvolvimento e o crescimento da criança. 
LEITE MADURO 
É o leite que alimentará o bebê do 15° dia em diante. Ele contém todos os nutrientes 
necessários para o desenvolvimento físico e cognitivo da criança. 
É importante lembrar que a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o 
aleitamento exclusivo nos 6 primeiros meses de vida, podendo ser prolongado até os 2 anos ou 
mais. 
5.1 DURABILIDADE DO LEITE PRÉ-ETAPAS DE AVALIAÇÃO 
De acordo com o manual de banco de leite da ANVISA... 
O leite “cru” congelado em domicílio deve ser transportado para o BHL no prazo máximo 
de 15 dias após sua obtenção. 
O mesmo deve ser armazenado separadamente de outros alimentos, caso não seja viável 
a realização de armazenamento separado, o leite deve ser acondicionado em outro recipiente (saco 
ou plástico).Observação: sempre contendo a data da coleta. 
 
Depois de coletado e congelado, entre em contato com o BHl mais próximo, em alguns 
casos é necessário levar pessoalmente. 
 
“Fato interessante e necessário: atualmente é 
“comemorado”: o Agosto Dourado - designado pela OMS 
para simbolizar a” luta pelo incentivo à amamentação”. A 
cor dourada está relacionada ao padrão ouro de qualidade 
do leite materno. 
 
 
 
5.2 ARMAZENAMENTO PRÉ-ETAPAS DE AVALIAÇÃO 
Quando o leite doado chega ao banco de leite ele é organizado em lotes para que possam 
ser pasteurizados no dia seguinte. São registrados em uma planilha contendo informações como, 
por exemplo: registro de horário, temperatura de chegada, volume coletado, volume descartado etc. 
Em seguida são estocados em freezer com termômetro para controle de temperatura por um período 
máximo de 15 dias a partir da data de coleta a uma temperatura máxima de -3º C. 
 
 
5.3 DIRECIONAMENTO DO LEITE DOADO E MÉDIA DE CRIANÇAS QUE RECEBEM O LEITE 
MATERNO 
O leite doado é usado nos hospitais para alimentar os bebês internados em unidades 
neonatais e que não podem ser amamentados pela própria mãe. Qualquer quantidade de leite 
materno doado é importante. Um pote de leite materno doado pode alimentar até 10 bebês por dia. 
Dependendo do peso do bebê apenas 1 ml de leite pode ser suficiente para manter bem nutrido 
durante uma refeição. 
 
5.4 PERÍODO DE TEMPO ENTRE AS DOAÇÕES 
Não existe um período para uma doação e outra. Qualquer quantidade de leite humano 
doado pode ajudar os bebês internados, que, a depender de seu peso e condições clínicas, podem 
precisar de apenas 1 ml a cada refeição. Como não existe tempo para doação, os exames são 
 
solicitados a partir do cadastro e são eles; HIV, sífilis e hepatites B e C feitos há, no máximo, seis 
meses. 
 
5.6 PÓS-RECEBIMENTO DO LEITE PELO BANCO; PARA OFERTA AO BEBÊ 
ARMAZENAMENTO, VALIDADE, INGESTÃO 
A distribuição do leite humano ordenhado pasteurizado é a liberação deste leite, próprio 
para consumo, de acordo com os critérios de prioridades e necessidades do receptor, para 
posterior fracionamento. 
O fracionamento dos produtos destinados ao consumo deve observar as exigências 
para acondicionamento que deverá ser realizado em ambiente estéril ou com auxílio de técnica 
microbiológica que assegure a esterilidade na operação do re-envase do leite humano 
ordenhado. O fracionamento dos produtos destinados ao consumo deve observar as exigências 
para estocagem e transporte: O leite humano pasteurizado deve estar estocado, sob 
congelamento, a uma temperatura inferior a –10OC por até 12 meses. 
O descongelamento do produto para distribuição poderá ser feito com auxílio de micro-
ondas ou banho-maria, de acordo com as curvas de aquecimento previamente estabelecidas, 
obedecendo à razão volume x tempo. Uma vez descongelado para consumo, o produto não 
poderá ser congelado novamente para armazenamento. Se o volume descongelado for maior do 
que o que será administrado, manter o volume não utilizado sob refrigeração (máximo de 5 oC) 
por até 24 horas (FIOCRUZ, 2003) 
As embalagens e materiais que entrarem em contato direto com o leite humano devem 
estar obrigatoriamente esterilizados, sendo assim todas as formas de oferta do LHO deverá 
seguir com materiais estéreis. Existem diversas técnicas para oferta do LHO, o profissional 
deverá avaliar em qual o RN mais se beneficiará. 
Gavagem Intermitente 
Método de alimentação através de um cateter oro/ nasogástrico ou jejunal. A dieta é 
realizada por ação da gravidade lentamente sem que haja esforço e consequente gasto 
energético. 
 
Finger feeding 
Utiliza-se o dedo com uma sonda conectada e mergulhada em um frasco de leite 
materno (da própria mãe ou de um banco de leite). O dedo pode ser de algum profissional ou 
mesmo do pai e da mãe, possibilitando que qualquer pessoa possa alimentar a criança. 
Copinho 
O copo estimulará o bebê a abocanhar melhor a aréola para, depois que conseguir 
sustentar melhor a pega, iniciar a translactação. 
Relactação 
A técnica de relactação é justamente para re-lactar, para a mãe estimular a produção 
endógena do leite materno, usando o estímulo do próprio bebê ao seio enquanto ele se alimenta 
de outro leite que não o da sua mãe. 
Translactação 
 É uma técnica indicada quando a mãe tem produção de leite materno, mas, por alguma 
razão, precisa complementar a cada mamada. 
5.7 PERÍODO APÓS O NASCIMENTO DO BEBÊ QUE SE REFERE À DOAÇÃO E 
RECEBIMENTO 
Com base em informações e dados estatísticos, o período estimado para serem aceitas 
as doações de mães de bebês é de seis meses até um ano. Depois de cadastradas, as lactantes 
podem retirar o leite para doação em casa e solicitar coleta domiciliar. 
 
5.8 SERVIÇOS OFERTADOS NO BANCO DE LEITE 
O Banco de Leite Humano oferece o Serviço de Consulta e Aleitamento Materno e 
atende a todas as gestantes, e recém-nascidos. Além do público externo. Tem como missão a 
promoção, proteger e apoiar o aleitamento materno. 
 
 Médicas pediatra e enfermeiras; 
 Observação do processo de amamentação do bebê com orientações posterior; 
 Diagnóstico da dificuldade de amamentação (seja ela por baixa produção, patologias, 
dificuldade na pegada, prótese mamária, etc.); 
 
 Grupo de apoio de outros profissionais como: Psicólogo, Assistente social, 
Fonoaudiólogo e Terapeuta Ocupacional; 
 Dúvidas sobre amamentação; 
 Informações sobre doação de excesso de leite humano aos bancos de leite da região. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
 Conforme o índice das pesquisas realizadas, as práticas de coleta adotadas pelo 
BLH em estudo estão de acordo com as normas previstas pela ANVISA. Entretanto, a 
quantidade ofertada pelas mães nos BLH são de baixa quantidade anualmente. 
 
	4.3 ORIENTAÇÕES PARA MÃES DOADORAS.....................................................................
	4.1 BANCO DE LEITE HUMANO
	4.3 MÃES QUE PODEM PARTICIPAR DO PROGRAMA DE DOAÇÃO DE LEITE
	4.4 ORIENTAÇÕES PARA MÃES DOADORAS
	4.5 PROCESSOS DE EXAMES PATOLÓGICOS
	COLOSTRO
	LEITE DE TRANSIÇÃO
	LEITE MADURO
	A distribuição do leite humano ordenhado pasteurizado é a liberação deste leite, próprio para consumo, de acordo com os critérios de prioridades e necessidades do receptor, para posterior fracionamento.
	O fracionamento dos produtos destinados ao consumo deve observar as exigências para acondicionamento que deverá ser realizado em ambiente estéril ou com auxílio de técnica microbiológica que assegure a esterilidade na operação do re-envase do leite hu...
	As embalagens e materiais que entrarem em contato direto com o leite humano devem estar obrigatoriamente esterilizados, sendo assim todas as formas de oferta do LHO deverá seguir com materiais estéreis. Existem diversas técnicas para oferta do LHO, o ...
	Gavagem Intermitente
	Método de alimentação através de um cateter oro/ nasogástrico ou jejunal. A dieta é realizada por ação da gravidade lentamente sem que haja esforço e consequente gasto energético.
	Finger feeding
	Utiliza-se o dedo com uma sonda conectada e mergulhada em um frasco de leite materno (da própria mãe ou de um banco de leite). O dedo pode ser de algum profissional ou mesmo do pai e da mãe, possibilitando que qualquer pessoa possa alimentar a criança.
	Copinho
	O copo estimulará o bebê a abocanhar melhor a aréola para, depois que conseguir sustentar melhor a pega, iniciar a translactação.
	Relactação
	Translactação
	É uma técnica indicada quando a mãe tem produção de leite materno, mas, por alguma razão, precisa complementar a cada mamada.
	5.7 PERÍODO APÓS O NASCIMENTO DO BEBÊ QUE SE REFERE À DOAÇÃO E RECEBIMENTO
	Com base em informações e dados estatísticos, o período estimado para serem aceitas as doações de mães de bebês é de seis meses até um ano. Depois de cadastradas, as lactantes podem retirar o leitepara doação em casa e solicitar coleta domiciliar.
	5.8 SERVIÇOS OFERTADOS NO BANCO DE LEITE

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