Buscar

Prática simulada privada - Peça 08 - Embargos à execução

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

AO DOUTO JUÍZO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO/SP
DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDÊNCIA
AUTOS Nº XXXX.XX.XXX.XXX-X
MARILENE, estado civil ..., profissão, CPF ..., e-mail..., residente e domiciliado na rua..., nº ..., bairro..., São Paulo, SP, CEP..., vem, respeitosamente, por meio de seu advogado, procuração anexa, com fundamento no art. 914 do CPC, apresentar
EMBARGOS À EXECUÇÃO
Proposta por BRENO, estado civil ..., profissão, CPF ..., e-mail..., residente e domiciliado na rua..., nº ..., bairro..., São Paulo, SP, CEP..., pelos fatos e fundamentos que passa a expor
1- SÍNTESE FÁTICA
Suprimidos.
2- DA COMPETÊNCIA
Estabelece o § 1º do Art. 914 do CPC, que os embargos à execução serão distribuídos por dependência, à ação principal. No caso concreto a ação de execução foi distribuída ao juízo da 1ª vara cível da comarca de São Paulo/SP. Portanto, considera-se este, o juízo competente para receber os embargos à execução.
3- DA TEMPESTIVIDADE
Estabelece o art. 915 c/c art. 231, inc II, do CPC que os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data de juntada aos autos do mandado de citação e intimação feita pelo oficial de justiça.
No caso em tela, o mandado de citação e intimação positivo foi juntado aos autos há dois dias. 
Portanto, os embargos apresentados observam os preceitos legais acima citados, estando, portanto, tempestivo.
4.1- DA INEXEQUIBILIDADE DO TÍTULO
Estabelece o art. 784, inc III que o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas, tem força executiva. Por sua vez, o CC em seu art. 145 dispõe que quando houver dolo no vício de consentimento, os negócios jurídicos são anuláveis.
No caso concreto, a embargante foi induzida a assinar o documento sem, de fato, saber do que se tratava. O embargado a enganou alegando que o documento seria referente a um benefício pleiteado ao INSS, fato este que é de conhecimento da vizinha da embargante que também assinou o documento.
Nessa ótica, o Art. 917, inc. I, do CPC versa que nos embargos à execução, o executado poderá alegar a inexequibilidade do título.
Na lide em comento, é evidenciado que houve o vício no negócio jurídico face a condição em que a embargante assinou o documento que deu causa à execução.
Portanto, diante dos fatos apresentados, verifica-se que deve ser considerada a inexequibilidade do título extrajudicial, tendo em vista o vício de consentimento na assinatura do documento de confissão da dívida, devendo este título ser desconstituído.
4.2- DA IMPENHORABILIDADE DA POUPANÇA E DO BEM DE FAMÍLIA
Estabelece o art. 83, inc X, do CPC que a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos é impenhorável. Nessa mesma ótica, o art. 1º da Lei 8.009/90 dispõe que o imóvel residencial da entidade familiar, é impenhorável, ressalvadas as exceções legais.
No caso concreto, a poupança da embargante indicada à penhora não excede o valor de 40 salários mínimos, e o imóvel também indicado é utilizado como residência do núcleo familiar, não se enquadrando nas hipóteses legais de penhorabilidade, se tratando, portanto, de bens impenhoráveis.
5- DO EFEITO SUSPENSIVO
Preconiza o art. 919, § 1º, do CPC que poderá ser atribuído efeito suspensivo aos embargos à execução quando solicitado pelo embargante, desde que presentes os requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a execução já esteja garantida por penhora.
No caso em tela, o perigo da demora se caracteriza pelo risco de dano em decorrência do prosseguimento da execução com a indisponibilidade dos bens da executada. Não obstante, os fundamentos expostos pela embargante evidenciam a probabilidade do direito pleiteado. Além disso, restou comprovada a garantia do juízo pelos bens nomeados à penhora.
6- DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer:
a) concessão de efeito suspensivo aos embargos à execução apresentados
b) juntada do comprovante de recolhimento das custas iniciais;
c) julgamento procedente para:
c.1) desconstituição do título executivo e anulação da confissão de dívida; 
c.2) extinção do processo executivo;
d) condenação ao pagamento de honorários e custas processuais.
Pretende o alegado provar por todos os meios de prova admitidos em direito e socialmente aceitos, principalmente por meio de provas documentais e testemunhais.
Atribui-se à causa o valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais).
A autora opta pela realização de audiência de conciliação.
Nestes termos, pede-se deferimento.
Local, data
Advogado (a)
OAB
Endereço profissional para intimação

Continue navegando