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Processo Civil III

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Processo Civil III
Unidade 1: Teoria Geral da Execução
1) Processo de execução:
1.1) Evolução do direito processual:
1 fase:Sincrética. Meados do século XIX.Nessa fase, o direito processual e material estavam misturados. Por exemplo, a CLT tem direito material e processual.
2 fase: Autonomista, científica ou conceitual. Essa fase durou de meados do século XIX até XX. O que é importante é que os estudos do direito processual avançaram muito e esse direito foi separado do material, tendo autonomia. Então, passa a ter um código civil e de processo civil. Teve origem com jurista alemão, Bulow. Ele diz que, no livro existem duas relações jurídicas, uma do direito material e outra processual.
A relação jurídica de direito material é bilateral, formada pelo credor e devedor.
Ex: Compra e venda
Já a processual é uma relação triangular, isso porque é formada pelo autor, réu e juiz.
Essas relações podem acontecer uma independente da outra. Essa fase gerou um problema, pois os juristas falavam em direito processual e esqueciam do direito material. Sendo assim, surgindo a terceira fase.
3 fase: Instrumental. Surgiu no século XX até os dias atuais. Teve origem com um professor brasileiro dinamarco. O processo na fase instrumental é previsto como mero instrumento para realização do direito material.
Ex: Celular vem com defeito e então pede substituição, a loja não fez nada em 30 dias. Ajuíza uma ação contra a loja pedindo o celular e danos morais. Nesse processo, você não quer discutir condições da ação, etc. Você quer o celular e os danos.
1.2) Trilogia Estrutural:
a) Jurisdição: composição e solução de conflitos. Tem característica da inércia, o juiz não pode resolver o conflito de oficio. Art 2, CPC. Princípio do dispositivo.
Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.
O processo administrativo pode começar de oficio por conta do art.5 da lei 9784
b) Ação: mecanismo de provocação da jurisdição de modo a retrata-la do estado de inércia.
A partir de qual momento é considerada proposta a ação? - Com o protocolo
Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois que for validamente citado.
c) Processo: instrumento da atividade jurisdicional. Diferente de procedimento (rito) que é a forma pela qual o processo desenvolve.
Ex: Processo de conhecimento
Procedimentos – Comum = art. 318 e ss, CPC / Especiais = art. 539 e ss, CPC
OBS: Especiais
· Ação de consignação de pagamento (art.539, CPC)
· Ação de exigir contas (art. 550, CPC)
· Ações possessórias (art. 554, CPC)
· Inventário (art. 610,CPC)
· Ação monitória (art. 700, CPC)
· Ações de família (art.693, CPC)
1.3) Tipologia processual:
a) Processo de conhecimento: Cognição; se pretende o reconhecimento ou não de um direito.
Ex: ação de investigação de paternidade
b) Processo de execução: realizar/materializar direitos que foram previamente reconhecido.
Ex: cheque sem fundo.
c) Processo cautelar: assegurar o resultado útil de um outro processo. Pode conceder medidas cautelares, tutela provisória (art. 294, CPC) que serão concedidas dentro do processo de conhecimento ou execução. Em sintese, hoje não tem processo cautelar.
1.4) Sentenças que comportam execução:
Condenatória – sim
Declaratória – não. Esgota ou finaliza. Ex: ação de divórcio
OBS: A sentença declaratória e constitutiva, no que tange seu eventual capítulo condenatório, podem ser executadas. Ex: ação de investigação de paternidade. Além de pai, tem que pagar alimento
OBS 2: Após o advento do NCPC, parcela da doutrina (Humberto Theodoro Jr e Thereza) passaram a sustentar a possibilidade de execução da sentença declaratória.
Sentença declaratória (art. 515,CPC) sentença que reconhecer a obrigação. Ex: ação de oferta de alimento
1.5) Meios de execução:
São os meios pelos quais o processo de execução realiza seu fim.
a) Típicos: previsto em lei.
Subrogação o estado juiz se coloca no lugar do devedor e cumpre a obrigação. Apreendendo bens do patrimônio do devedor (leilão judicial). Como o dinheiro obtido, o crédito do devedor é pago.
Art. 824. A execução por quantia certa realiza-se pela expropriação de bens do executado, ressalvadas as execuções especiais.
Art. 825. A expropriação consiste em:
I - adjudicação;
II - alienação;
III - apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou de estabelecimentos e de outros bens.
Coação ou coerção forçar o cumprimento da obrigação.
Ex: astreintes, art, 537, CPC (multa processual) ou prisão civil
Art. 537. A multa independe de requerimento da parte e poderá ser aplicada na fase de conhecimento, em tutela provisória ou na sentença, ou na fase de execução, desde que seja suficiente e compatível com a obrigação e que se determine prazo razoável para cumprimento do preceito.
§ 1º O juiz poderá, de ofício ou a requerimento, modificar o valor ou a periodicidade da multa vincenda ou excluí-la, caso verifique que:
I - se tornou insuficiente ou excessiva;
II - o obrigado demonstrou cumprimento parcial superveniente da obrigação ou justa causa para o descumprimento.
§ 2º O valor da multa será devido ao exequente.
§ 3º A decisão que fixa a multa é passível de cumprimento provisório, devendo ser depositada em juízo, permitido o levantamento do valor após o trânsito em julgado da sentença favorável à parte.
§ 4º A multa será devida desde o dia em que se configurar o descumprimento da decisão e incidirá enquanto não for cumprida a decisão que a tiver cominado.
§ 5º O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, ao cumprimento de sentença que reconheça deveres de fazer e de não fazer de natureza não obrigacional.
Prisão civil em 2 hipoteses: alimentos e depositário infiel.
Sumula Vinculante 25 – não tem mais prisão por depositário infiel.
Devedor de alimentos – pagar em 3 dias
b) Atípicos: Medidas que não estão previstas em lei.
Ex: suspensão da CNH, recolhimento do passaporte
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:
IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária;
1.6) Procedimentos Executivos:
a) Para a execução de títulos judiciais (ex: sentença)
Cumprimento de sentença que estabelece obrigação de pagar quantia – art. 513, CPC
Cumprimento de sentença que estabelece obrigação de pagar alimentos – art. 528, CPC
Cumprimento de sentença que estabelece obrigação da fazenda pública pagar quantia – art. 534, CPC
Cumprimento de sentença que estabelece obrigação de fazer e não fazer – art. 536, CPC
Cumprimento de sentença que estabelece obrigação de dar – art.538, CPC
b) Para a execução de títulos extrajudicias (ex: contrato escrito assinado por testemunhas)
Execução das obrigações de dar – arts. 806 a 813, CPC
Execução das obrigações de fazer ou não fazer – arts. 814 a 823, CPC
Execução por quantia certa contra devedor solvente - art. 824 a 909, CPC
Execução contra Fazenda Pública – art. 910, CPC
Execução pela fazenda pública – lei de execução fiscal, 6830/90
Execução dos alimentos – 911, CPC
Execução por quantia certa contra devedor insolvente – art. 1052, CPC
art. 784, CPC/73 devedor não empresário
se for empresário – execução segue a lei de falência e recuperação de empresa, 11101/2005
1.7) Processo sincrético:
Processo hibrido ou misto. É aquele no qual os atos do processo de conhecimento foram unidos aos atos do processo de execução. De modo, que quando o processo é sincrético, o credor noa tem que ajuizar uma ação de execução. Esta é uma etapa/fase.
Processo sincrético → fase de conhecimento (petição até sentença) + Fase de execução (não cumpre o que está na sentença)
Ex: arts. 498 e 538, CPC
Art. 498. Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela específica, fixará o prazo para o cumprimento da obrigação.
Art. 538. Nãocumprida a obrigação de entregar coisa no prazo estabelecido na sentença, será expedido mandado de busca e apreensão ou de imissão na posse em favor do credor, conforme se tratar de coisa móvel ou imóvel.
§ 1º A existência de benfeitorias deve ser alegada na fase de conhecimento, em contestação, de forma discriminada e com atribuição, sempre que possível e justificadamente, do respectivo valor.
§ 2º O direito de retenção por benfeitorias deve ser exercido na contestação, na fase de conhecimento.
§ 3º Aplicam-se ao procedimento previsto neste artigo, no que couber, as disposições sobre o cumprimento de obrigação de fazer ou de não fazer.
1.8) Princípios:
a) Efetividade: O processo de execução deve ser um processo que produza resultados, efeitos esperado pelas partes.
Ex: se eu tenho direito de receber dez mil reais, a execução tem que me dá os dez mil reais.
b) Menor sacrifício possível do devedor (art. 805, CPC): Quando a execução puder ser feita por mais de uma maneira, o juiz determinará que seja feita da forma menos gravosa para o devedor.
Art. 805. Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado.
Parágrafo único. Ao executado que alegar ser a medida executiva mais gravosa incumbe indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob pena de manutenção dos atos executivos já determinados.
c) Contraditório: duas correntes. Não se aplica, pois o devedor já é citado para cumprir a obrigação.
É aplicável sim, está previsto na CF de que a todos os litigantes deve ser assegurado o contraditório e ampla defesa. → preponderante
Contraditório mitigado/atenuado/relativizado
d) Desfecho único: a execução tem um único fim que é a realização do direito do credor. Não há discussão de mérito.
Proc. de conhecimento = desfecho duplo.
e) Sincretismo: Há uma tendência em se adotar o processo sincrético ou híbrido.
1.9) Aplicação subsidiária:
São aplicadas subsidiariamente a execução as normas que tratam a parte geral do código e as que tratam do processo de conhecimento.
Art. 771. Este Livro regula o procedimento da execução fundada em título extrajudicial, e suas disposições aplicam-se, também, no que couber, aos procedimentos especiais de execução, aos atos executivos realizados no procedimento de cumprimento de sentença, bem como aos efeitos de atos ou fatos processuais a que a lei atribuir força executiva.
Parágrafo único. Aplicam-se subsidiariamente à execução as disposições do Livro I da Parte Especial.
Processo de execução → arts. 771 a 925, CPC
Parte geral e normas do proc. de conhecimento → arts. 318 até 369, CPC
Ex: ART. 71, CPC incapaz
Absolutamente incapaz → art. 3 → representado
Relativamente incapaz → art. 4 → assistido
1.10) Classificação das execuções:
a) Genérica: trata-se de cobrança de importância de dinheiro.
Ex: cobrar alugueis
b) Especifica: cobrança de obrigação de dar, fazer e não fazer.
Ex: comprei um carro e não recebi
c)Tradicional: começa por meio de ação. Feita em um processo autonomo, ou seja, processo novo de execução.
Ex: execução de cheque
d) Imediata: pedido de cumprimento de sentença. Misto ou sincrético
Na tradicional, a defesa do devedor é feita por embargos à execução. Art. 934, CPC
Na imediata, a defesa é feita por impugnação ao cumprimento de sentença. Art. 525, CPC
2) Partes:
É aquele que pede e aquele em face a quem se pede.
Exequente/Executante – Executado
legitimidade ativa – legitimidade passiva
2.1) Legitimidade ativa:
Art. 778. Pode promover a execução forçada o credor a quem a lei confere título executivo.
requerer a execução
Credor: titulo executivo (arts. 784 e 515, CPC)
Ex: Contrato escrito de locação. Locador x Locatário
Locador é credor dos alugueis, ou seja, quem faz a execução é o locador
§ 1º Podem promover a execução forçada ou nela prosseguir, em sucessão ao exequente originário:
requerer a execução ou nela prosseguir
I - o Ministério Público, nos casos previstos em lei;
Regra geral é que não pode, tem que existir uma lei conferindo ele a isso.
Ex: art.16, lei 4717/65 ação popular: quem pode ajuizá-la é o cidadão (é aquele que tem capacidade eleitoral ativa); art. 15, lei de ação civil pública
Ajuízo uma AP contra o prefeito de VV para devolver o valor desviado e anular contrato. Depois, deram a sentença e transitou em julgado. Entretanto, fui embora do país. Quem vai executar a sentença? O MP.
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste, lhes for transmitido o direito resultante do título executivo;
De cujus → é aberta a sucessão → prazo 2 meses → ação de inventário → espólio
Espólio é o conjunto de bens, direitos do falecido. Tem personalidade judiciária, pode ser autor ou réu de ações. Representado em juízo pelo inventariante (art. 75, CPC)
Termina com a sentença de partilha (art. 654, CPC) – juiz faz a divisão de bens e direito.
Antes da sentença de partilha quem promove a execução é o espólio. Depois da sentença, herdeiros.
III - o cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe for transferido por ato entre vivos;
Cedente (pessoa que transfere o crédito) x cessionário (para quem o crédito foi transferido)
O cessionário tem legitimidade ativa para a execução
IV - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional.
Ser colocado na situação jurídica de uma outra pessoa. Substituição.
Pode derivar de lei (legal) ou contrato (convencional)
Ex: credor ajuizou uma ação de execução contra duas pessoas, devedor e fiador. A rigor é o devedor, mas o fiador foi ao encontro do credor e pagou. Entretanto, o fiador se subroga nos direitos do credor.
§ 2º A sucessão prevista no § 1º independe de consentimento do executado.
2.2) Legitimidade Passiva:
Art. 779. A execução pode ser promovida contra:
I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo;
devedor: título executivo
Ex: cheque (art. 784, I, CPC)
emitente ou sacador = assinou o cheque = devedor
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor;
III - o novo devedor que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação resultante do título executivo;
Assunção de dívida – cessão de dívida
transfere a dívida para outra pessoa
IV - o fiador do débito constante em título extrajudicial;
Contrato de locação por escrito.
Fiador – legitimidade passiva
V - o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do débito;
Garantia real = móveis (penhora) e imóveis (hipoteca)
Ex: João (devedor) x Banco do Brasil (credor)
Pedro é parente do João e deixou o imóvel dele de garantia para o Banco do Brasil. Pedro tem legitimidade passiva.
VI - o responsável tributário, assim definido em lei.
Sujeição passiva tributária = parte do direito tributário na qual são estudadas as pessoas que são obrigadas a pagar imposto.
Art. 121, CTN – contribuinte (art 779, I, CPC) e o responsável tributário (art. 779, VI, CPC)
O contribuinte tem relação pessoal e direita que dá origem a obrigação tributária. Ex: IPVA
O responsável tributário é aquela pessoa que mesmo não tendo relação com o fato que dá origem a obrigação tributária, ainda sim, a lei determina que é obrigado a pagar. Ex: Os pais respondem pelos tributos que são devidos pelo filho menor; curador pelo curatelado.
2.3) Cessão de crédito e assunção de dívida:
Cessão de crédito é a transferência de um crédito. Quando o credor vai fazer uma cessão de crédito, ele não precisará da concordância do devedor.
A assunção da dívida é a transferência ou cessão de uma dívida. Quando o devedor vai fazer uma assunção, ele OBRIGATORIAMENTE precisará da concordância do seu respectivo credor.
2.4) Litisconsórcio e intervenção de terceiros:
Litisconsórcio é a pluralidade de pessoas em um dos polos ou ambos os polos da relação juridica processual.
Art. 113,CPC. É admitido sim na execução
Intervenção de terceiros:
	Denunciação da lide (art. 125, CPC)
	NÃO
	Assistência (art. 119, CPC)
	NÃO
	Chamamento ao processo (art. 130, CPC)
	NÃO
	Amicus Curiae (art. 138, CPC)
	SIM
	Incidente de desconsideração da PJ (art.133, CPC)
	SIM
Envolve necessidade de julgar o mérito, por isso não cabe.
2.5) Regras diversas:
a) DESISTÊNCIA:
Ajuizei a execução de 3 cheques contra o Vitor. Posso desistir da execução? O credor pode desistir de toda execução ou só de algumas medidas.
Precisa da concordância do executado? Depende se é sem embargos ou com embargos do devedor. Se a execução é sem embargos, não precisa de concordância. Agora, se for com embargos e for exclusivamente questões processuais, ainda não precisa. Se for sobre o mérito, precisa.
Ex: Ajuizei uma execução contra o Caio e não apresentou nenhuma defesa – sem concordância
Ajuizei uma execução contra Milena e sua defesa foi de ilegitimidade da parte – sem concordância
Ajuizei contra Eduarda e na defesa trouxe o pagamento – com concordância
OBS: prescrição e decadência – pode desistir? Sim; precisa de concordância? Sim
art. 487, II, CPC
	Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz:
 II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;
OBS 2: Ação de conhecimento – pode desistir? Sim; concordância? Dependa da existência ou não da contestação.
Art. 485, §4, CPC
Antes da contestação – não precisa
Depois da contestação – precisa
Até quando? Até a sentença – art. 485, §5, CPC
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
§ 4º Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação.
§ 5º A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença.
OBS 3: STF retrata que essa regra não se aplica em mandado de segurança. Posso desistir a hora que quiser e não precisa de concordância.
OBS 4: Se for recurso, não precisa da concordância do recorrido.
Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso.
Parágrafo único. A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja repercussão geral já tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos extraordinários ou especiais repetitivos.
b) OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS:
É aquela no qual o credor ou devedor pode escolher o objeto da prestação.
Ex: Joana entrega um carro ou moto?
A quem cabe a escolha? Em regra pertence do devedor.
É possível que exista uma cláusula dizendo que o direito de escolha (concentração) pertence ao credor – petição inicial da execução
Art. 800. Nas obrigações alternativas, quando a escolha couber ao devedor, esse será citado para exercer a opção e realizar a prestação dentro de 10 (dez) dias, se outro prazo não lhe foi determinado em lei ou em contrato.
§ 1º Devolver-se-á ao credor a opção, se o devedor não a exercer no prazo determinado.
§ 2º A escolha será indicada na petição inicial da execução quando couber ao credor exercê-la.
c) RELAÇÃO JURÍDICA SUJEITA A CONDIÇÃO E TERMO:
Condição: evento futuro e incerto. Ex: Pai vai dar um carro ao filho desde que passe no concurso público.
Termo: Evento futuro e certo.
Art. 514. Quando o juiz decidir relação jurídica sujeita a condição ou termo, o cumprimento da sentença dependerá de demonstração de que se realizou a condição ou de que ocorreu o termo.
Quando o juiz decidir uma relação jurídica que tenha termo ou condição, a execução da sentença dependerá da prova que o termo ou condição ocorreu.
Ex: Consorcio –> veículo = 12 prestações
out19 nov19 dez19 jan20 fev20…… set20
pagou
Todavia, em janeiro, a pessoa perdeu o emprego e não consegue mais pagar. Pode sair do contrato. Essa pessoa pode reaver o que já foi pago? SIM. Ajuiza uma ação ordinária
SUMULA 35 - STJ
INCIDE CORREÇÃO MONETARIA SOBRE AS PRESTAÇÕES PAGAS, QUANDO DE SUA RESTITUIÇÃO, EM VIRTUDE DA RETIRADA OU EXCLUSÃO DO PARTICIPANTE DE PLANO DE CONSORCIO.
Juiz proferiu sentença condenando a devolução dos valores pagos nos 3 meses. Ninguém recorreu. Transitou em julgado. → Só poderá ser executada quando terminar o contrato.
Após a ocorrência desse termo, ou seja, setembro de 2020
OBS: Juizados especiais, a restituição é imediata.
d) CUMULAÇÃO DE EXECUÇÕES:
Art. 780. O exequente pode cumular várias execuções, ainda que fundadas em títulos diferentes, quando o executado for o mesmo e desde que para todas elas seja competente o mesmo juízo e idêntico o procedimento.
Requisitos:
— Identidade do credor
— Identidade do devedor
— Mesma competência
— Mesmo procedimento (rito)
Ex: Execução de alimentos sob pena de prisão + execução de alimentos sob pena de penhora
Não pode acumular, pois não tem o mesmo procedimento.
Art. 528. No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo.
§ 3º Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar o pronunciamento judicial na forma do § 1º, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses.
§ 8º O exequente pode optar por promover o cumprimento da sentença ou decisão desde logo, nos termos do disposto neste Livro, Título II, Capítulo III, caso em que não será admissível a prisão do executado, e, recaindo a penhora em dinheiro, a concessão de efeito suspensivo à impugnação não obsta a que o exequente levante mensalmente a importância da prestação.
3) Competência:
É a medida da jurisdição.
3.1) Critério bipartido:
a) Titulo judicial (art.515, CPC)
Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título:
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial;
III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza;
IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal;
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial;
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado;
VII - a sentença arbitral;
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;
IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça;
X - (VETADO).
§ 1º Nos casos dos incisos VI a IX, o devedor será citado no juízo cível para o cumprimento da sentença ou para a liquidação no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2º A autocomposição judicial pode envolver sujeito estranho ao processo e versar sobre relação jurídica que não tenha sido deduzida em juízo.
b) Titulo extrajudicial (art. 781, CPC)
3.2) Execução de titulo judicial:
Art. 516. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante:
I - os tribunais, nas causas de sua competência originária; → causas de competencia obrigatória. Exceção: sentença estrangeira > homologação: STJ (art. 105, I, ‘’i’’, CF) e execução: juiz federal (art.109, X, CF)
II - o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição;
Ex: ação de indenização → 1 vara civel VV → sentença → apelação → tribunal → acordão (mantendo a sentença) → transito em julgado → execução na 1 vara civel VV
Analisa aonde a ação começou.
III - o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral, de sentença estrangeira ou de acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo.
Acordão de tribunal maritimo não é titulo executivo.
Sentença penal condenatória com transito em julgado – esfera civel.
Onde executa: foro do domicilio do reu (art.46, CPC); foro do domicilio do autor (art. 53,V, CPC); foro do local do fato
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o exequente poderá optar pelo juízo do atual domicílio do executado, pelo juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou denão fazer, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem.
3.3) Execução de titulo extrajudicial:
Art. 781. A execução fundada em título extrajudicial será processada perante o juízo competente, observando-se o seguinte:
I - a execução poderá ser proposta no foro de domicílio do executado, de eleição constante do título ou, ainda, de situação dos bens a ela sujeitos;
foro do domicilio do réu
contrato escrito – clausula de eleição de foro
Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
§ 1º A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir expressamente a determinado negócio jurídico.
§ 2º O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.
§ 3º Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.
§ 4º Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob pena de preclusão.
Contrato de adesão e a clausula for abusiva, o juiz pode conhecer nulidade.
II - tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado no foro de qualquer deles;
Domicilio plurimo. Executado pode ser demandado em qualquer domicilio.
III - sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a execução poderá ser proposta no lugar onde for encontrado ou no foro de domicílio do exequente;
Domicilio incerto. Ex: cigano, circense.
Executadas aonde forem encontrados.
IV - havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a execução será proposta no foro de qualquer deles, à escolha do exequente;
Devedor A (vv), B (vitoria), C (gp) – pode executar em qualquer um desses lugares
V - a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou em que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais resida o executado.
Local em que deu origem a obrigação.
3.4) Execução Fiscal:
Proposta pela Fazenda Pública para cobranças de dividas, natureza ttributária ou não.
LEF 6830/80
Competência: Permite que a EF seja realizada no domicilio do devedor, local onde o devedor for encontrado.
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.
§ 5º A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado.
4) Requisitos para realizar qualquer execução:
Só posso ajuizá-la se preencher dois requisitos:
a) Título executivo:
 Art. 783. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível.
b) Inadimplemento do devedor:
Art. 786. A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação certa, líquida e exigível consubstanciada em título executivo.
Parágrafo único. A necessidade de simples operações aritméticas para apurar o crédito exequendo não retira a liquidez da obrigação constante do título.
OBS: tem que ter os dois requisitos
Ex.: contrato verbal (ele é sem título executivo), não pode executar
5) Titulos Executivos:
5.1) Conceito:
O título executivo é o documento previsto em lei, que autoriza o imediato requerimento da execução. São regidos pelos princípios da taxatividade e da tipicidade, isso significa que só é titulo executivo o documento que se amolda ao modelo definido pelo legislador.
Ex: Um contrato para ser título executivo, ele tem um modelo como regra a ser seguido, ele deve ser escrito e assinado por testemunhas, se não tiver assinatura de testemunhas não é titulo executivo.
5.2) Quanto a natureza juridica:
Estudar a natureza significa o que consiste dentro do direito determinado fato.
- primeira corrente: natureza jurídica é de uma prova documental sustentada por Carnelutti, mas essa corrente não foi aceita, visto que na execução não são produzidas provas. Onde produz prova é no processo de conhecimento.
- segunda corrente: o titulo executivo é um ato jurídico defendido por um italiano Liebman, que fala que é um encontro de vontades
- terceira corrente: é um ato jurídico, mas também é de documento. Defendido pelo Chiovenda. Essa posição no Brasil, o titulo executivo é um encontro de vontade e é um documento porque todos os títulos executivos são escritos.
É ato juridico e documento. É documento, pois todos os titulos executivos são escritos.
5.3) Classificação:
Os titulos executivos são de dois tipos, temos de um lado os títulos executivos judiciais e os extrajudiciais.
Os judiciais são aqueles que tem origem na manifestação de um magistrado – previstos no artigo 515, CPC
Ex: Sentença que condenou o devedor a pagar o dano moral – trata-se de um titulo executivo judicial, pois o magistrado condenou
sentença estrangeira - terá o pedido de cumprimento da sentença e a defesa 
E os títulos executivos extrajudiciais são aqueles que tem origem na manifestação das partes, ou seja, no encontro de vontades.
Ex: eu e hertel fizemos um contrato de locação
	Art. 784 CPC : Quando é extrajudicial, não tem pedido de cumprimento, terá a ação de 	execução, e a defesa são os embargos à execução. 
Quando o titulo é extrajudicial eu tenho uma ação de execução, ou seja, tenho uma petição incial e a defesa do devedor são os embargos á execução
5.4) Titulos em espécie (Art. 515, CPC):
Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título:
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;
pelo juiz temos a sentença, decisão interlocutória – no entanto podem vir dos tribunais em forma de acordão ou decisões monocráticas
Quais decisões que reconhecerem obrigações de dar, fazer, não fazer ou de pagar quantia são títulos executivos
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial;
é títulos de executivo judicial
O paragrafo segundo desse artigo diz que a autocomposição pode envolver matéria estranha e uma terceira pessoa – para envolver terceiro, o terceiro tem que assinar essa autocomposição (acordo) – já tem uma ação ajuizada e as partes fazem um acordo no decorrer do processo.
Ex.: acordo em uma audiência de conciliação
Ex.: na audiência de conciliação fala que paga os R$10.000,00, mas quer a TV de volta, para incluir terceiro ele tem que assinar o acordo
Ex.: envolvia os filhos, se não assinam poderia ter nulidade. Nesse caso tem que pedir redesignação para que essas pessoas possam assinar o acordo. Se os filhos fossem menores precisaria de oitiva ao MP
III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza;
As partes fizeram um acordo fora o processo e levaram esse acordo para o juiz homologar - levar ao juízo um pedido de homologação de acordo e com isso teremos uma homologação de autocomposição extrajudicial. Se no futuro não pagar, poderá ser executado (ajuizar).
IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal;
É uma autuação que contem cópias de documentos extraídos do inventário.
(art.655,CPC) serve para o destinado a viabilizar o registro da transferência da propriedade do imóvel, perante o cartório de R.G.I (registro geral de imóveis) é titulo executivo somente em relação aos herdeiros e ao inventariante
Ex:  o pai deixou dois filhos A e B e no patrimônio do pai tem um imóvel e um automóvel, esse pai faleceu e foi feito o inventario do de cujus e com isso teve uma sentença de partilha – prevista no artigo 654, CPC – e o juiz nessa sentença dividiu que no filho A ficará o imóvel do de cujus e para o filho B ficará o automóvel do de cujus. Após a sentença o filho A  vai ate a vara de órfãos e sucessões e vai pedir um documento chamado de  formal de partilha e vai para o cartório de R.G.I ta no nome do pai e chegando lá vai entregar o formal de partilha  paraque seja viabilizado o registro de transferência. Na hora que o filho A vai no apartamento no qual agora ele é dono, o B esta morando lá, se o B não sai o A pode executar o formal de partilha contra o filho B para retira-ló do imóvel.
Se for um terceiro que estiver morando, não pode ser executado e se for o contrato de locação vai ser feito uma ação de despejo
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial;
Não tem muita aplicação na prática
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado;
Sentença penal condenatória não é titulo executivo só se for transitada em julgado (importante essa diferença)
O juiz vai fixar o valor mínimo da indenização civil com base no artigo 387, IV, CPC
Se o juiz não fixar eu vou ter que passar pelo procedimento de liquidação previsto no art. 509, CPC
Obs.: Não precisa de transito em julgado
VII - a sentença arbitral;
É um titulo executivo e tem uma lei específica e própria – 9.307/96 = arbitragem
Arbitragem é quando duas pessoas maiores e capazes denominam um terceiro para resolver o conflito, é conhecido também como justiça multiportas ( mediação, conciliação, arbitragem, ou seja, não existe só o judiciário)
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;
A sentença só poderá ser executada após a sua homologação e a execução será feita com o juiz federal de primeira instancia.
IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça;
A liminar de um juiz alemão pode produzir efeitos no Brasil. Passa por um procedimento mais simples para ser executado: exequatur.
X - (VETADO).
§ 1º Nos casos dos incisos VI a IX, o devedor será citado no juízo cível para o cumprimento da sentença ou para a liquidação no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2º A autocomposição judicial pode envolver sujeito estranho ao processo e versar sobre relação jurídica que não tenha sido deduzida em juízo.
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
- Títulos de crédito são títulos executivos extrajudiciais
-Título de crédito é um documento necessário para o exercício do direito literal ou autônomo nele mencionado(art. 887, CPC)
Ex: cheque
Ação de execução do cheque(art. 59, lei 7.357/85)
Prazo: 6 meses + 30 dias: mesma praça ou 6 meses + 60 dias: praças diversas
Ação de locupletamento ilícito (quando é passado o prazo da ação de execução)
Prazo: 2 anos (art. 61, lei 7.357/85)
Ação de cobrança ou monitoria (art. 62, lei 7.357/85)
Prazo: 5 anos (súmula 503, STJ) – os 5 anos são contados no dia seguinte do que foi colocado no título
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
A escritura pública e o documento público são títulos executivos extrajudiciais
III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas; IMPORTANTE
Diz que qualquer contrato assinado pelas partes e duas testemunhas constitui título executivo extrajudicial.
IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;
Instrumento de acordo referendado significado um documento assinado
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução;
Hipoteca é uma garantia em bens imóveis e penhor é uma garantia de bens móveis e os dois constituírem garantia extrajudicial
VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;
É título executivo extrajudicial o contrato de seguro caso ocorra morte.
VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;
Foro e laudêmio são verbas relacionados a um direito real chamado de enfiteuse ou aforamento e constitui título executivo extrajudicial e está mais relacionado a terreno de marinha
VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio; IMPORTANTE
O contrato escrito de locação é título executivo extrajudicial e esse contrato não exige assinatura por testemunhas.
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
A certidão de dívida ativa acompanha a execução fiscal  
Hipótese de incidência -> fato gerador -> obrigação tributária -> lançamento tributário -> notificação para pagamento -> será inscrita a dívida ativa no livro de dívida ativa
X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas;
Os encargos do condomínio constituírem título executivo extrajudicial, desde que seja aprovado em uma assembleia de condomínio ou estejam previstos na convenção condominial.
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei;
Custas: cartório judicial
Emolumentos: cartórios extrajudiciais
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.
O legislador permitiu que seja criado outros títulos executivos na legislação extravagante, foi como a abertura de uma porta.
Ex.: decisão do tribunal de contas (art. 71, §3º, CF); contrato escrito de honorários advocatícios (art. 24, lei 8.906/94); cédula de crédito bancária (art. 26 e 28, lei 10.931/04) 
§ 1º A propositura de qualquer ação relativa a débito constante de título executivo não inibe o credor de promover-lhe a execução.
§ 2º Os títulos executivos extrajudiciais oriundos de país estrangeiro não dependem de homologação para serem executados.
§ 3º O título estrangeiro só terá eficácia executiva quando satisfeitos os requisitos de formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração e quando o Brasil for indicado como o lugar de cumprimento da obrigação.
OBS: Contrato de abertura de crédito em conta corrente
O contrato de abertura de crédito em conta corrente trata-se do contrato de cheque especial. Por meio desse contrato o banco coloca à disposição do correntista (cliente) um crédito para ele utilizar emitindo cheques, mas esse contrato não pode ser executado. O banco pode cobrar os valores por meio de uma ação de cobrança ou monitória
Súmula 233, STJ: O contrato de abertura de crédito, ainda que acompanhado de extrato da conta-corrente, não é título executivo. 
Súmula 247, STJ: O contrato de abertura de crédito em conta-corrente, acompanhado do demonstrativo de débito, constitui documento hábil para o ajuizamento da ação monitória.
5.5) Título que contemple obrigação certa, líquida e exigível
Execução = titulo executivo + inadimplemento
O título executivo tem que apresentar 3 características 
· Certo
· Liquido
· Exigivel
Art. 783. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível.
Art. 786. A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação certa, líquida e exigível consubstanciada em título executivo.
Parágrafo único. A necessidade de simples operações aritméticas para apurar o crédito exequendo não retira a liquidez da obrigação constante do título.
a) Título certo: aquele que tem relação ao qual não há duvida sobre sua existência.
b) Título liquido: aquele que prevê ou estabelece o que é devido.
Ex: Contrato de locação escrito – prevê o valor do aluguel.
c) Titulo exigível: não está subordinado a uma condição ou termo suspensivo. É aquele que já venceu.
Ex: nota provisória que vai vencer daqui 30 dias – não pode executá-la. 
Natureza Juridica: condições da ação
Nulidade: Ex: estou executando um cheque todo rasgado ou que não venceu. Não tem as 3 caracteristicas. 
Art. 803. É nula a execução se:
I - o títuloexecutivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquida e exigível;
II - o executado não for regularmente citado;
III - for instaurada antes de se verificar a condição ou de ocorrer o termo.
Parágrafo único. A nulidade de que cuida este artigo será pronunciada pelo juiz, de ofício ou a requerimento da parte, independentemente de embargos à execução.
Quando não tem as 3 características, é nula  extinção do processo de execução 
OBS: Ação de cobrança e titulo executivo certo, liquido e exigível
Qual a consequência de ajuizar uma ação de conhecimento com titulo executivo – não há problema
Art. 785. A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial.
5.6) Impugnação do débito pela via comum
A propositura de qualquer ação para discutir a divida que consta titulo executivo não impede de o credor de requerer a execução do titulo. 
Art.784 § 1º A propositura de qualquer ação relativa a débito constante de título executivo não inibe o credor de promover-lhe a execução.
Ex: contratante – financiamento bancário – banco do brasil
Sendo cobrados valores a mais, que são indevidos. Contratante ajuizou uma ação revisional. Banco do Brasil ajuizou uma ação de execução. 
O mero fato de o devedor ajuizar ação para discutir a divida não exclui o fato de o credor ajuizar a execução. Agora, se pede uma liminar provisória, a execução poderá ser suspensa.
6) Execução provisória e definitiva
6.1) Considerações Iniciais:
Em determinadas hipóteses previstas em lei, o legislador autorizou a execução dá sentença antes mesmo de seu transito em julgado. Isso denomina de execução provisória que é uma forma de acelerar o processo.
6.2) Hipoteses
a) A execução do titulo extrajudicial será SEMPRE definitiva
b) Do titulo judicial
 Será definitiva quando a sentença ou o acordão tiver transito em julgado.
Ex: Ajuizou uma ação de cobrança contra Pietra condenou ao pagamento e ninguém recorreu.
Será provisória quando a sentença ou acordão for impugnado por recurso sem efeito suspensivo
Ex: Agravo de instrumento, recurso especial e extraordinário, apelação nas hipóteses dos incisos do paragrafo primeiro do art. 1012,CPC
6.3) Regras da execução provisória
Regra Geral => execução provisória (cumprimento provisório de sentença => feito na mesma maneira que a execução definitiva
EXEÇÕES: 
Art. 520. O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso desprovido de efeito suspensivo será realizado da mesma forma que o cumprimento definitivo, sujeitando-se ao seguinte regime:
I - corre por iniciativa e responsabilidade do exequente, que se obriga, se a sentença for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido;
Não pode ser feita de oficio, ocorre por iniciativa do credor. Ela é um risco para o credor, pois no titulo há pendente um recurso do devedor que poderá ser provido
II - fica sem efeito, sobrevindo decisão que modifique ou anule a sentença objeto da execução, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidando-se eventuais prejuízos nos mesmos autos;
Fica sem efeito = a execução será extinta se sobrevier uma decisão do tribunal reformando a decisão que está sendo executada. As partes serão restituídas. 
III - se a sentença objeto de cumprimento provisório for modificada ou anulada apenas em parte, somente nesta ficará sem efeito a execução;
Reforma parcial da sentença. Ex: estou cobrando provisoriamente do Victor 10%, mas o tribunal determinou 3%. Então, será cobrado 3%
IV - o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem transferência de posse ou alienação de propriedade ou de outro direito real, ou dos quais possa resultar grave dano ao executado, dependem de caução suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos.
O credor tem que prestar garantia, pois pode determinar que o devedor não deve nada e ai o credor tem que arcar com as despesas.
§ 1º No cumprimento provisório da sentença, o executado poderá apresentar impugnação, se quiser, nos termos do art. 525 .
§ 2º A multa e os honorários a que se refere o § 1º do art. 523 são devidos no cumprimento provisório de sentença condenatória ao pagamento de quantia certa.
§ 3º Se o executado comparecer tempestivamente e depositar o valor, com a finalidade de isentar-se da multa, o ato não será havido como incompatível com o recurso por ele interposto.
§ 4º A restituição ao estado anterior a que se refere o inciso II não implica o desfazimento da transferência de posse ou da alienação de propriedade ou de outro direito real eventualmente já realizada, ressalvado, sempre, o direito à reparação dos prejuízos causados ao executado.
§ 5º Ao cumprimento provisório de sentença que reconheça obrigação de fazer, de não fazer ou de dar coisa aplica-se, no que couber, o disposto neste Capítulo.
IMPORTANTE Vai prestar garantia em 2 menos, não precisa ser no dia que tem a execução provisória. 
Quando requer um levantamento de depósito de dinheiro ou quando requer a prática de atos de alienação ou domínio de bens do devedor, isto é, pedir para vender o bem do devedor.
6.4) Realização da execução provisória
Começa por meio de petição de cumprimento provisório de sentença junto com cópia de alguns documentos.
- copia da sentença ou decisão que irá executar
- cópia da decisão que recebeu o recurso sem efeito suspensivo
- cópias das procurações dos advogados das partes. Se houver substabelecimento, tem que juntar também.
OBS: essas cópias deverão ser autenticadas
OBS: a autenticação dessas cópias poderá ser feita pelo próprio advogado (carimbo ou declaração de que as copias são autenticas)
OBS: se se tratar de processo eletrônico, essas cópias são dispensadas.
7) Responsabilidade Patrimonial
7.1) Considerações iniciais
A execução moderna é regida pelo principio da realidade da execução, isso significa dizer que, a execução recai sobre o patrimônio (bens) do devedor.
Exceção: no caso de execução de alimentos autoriza a prisão do devedor (art.528,CPC)
Antigamente (período romano) a execução não recaia sobre os bens do devedor, e sim sobre o próprio corpo do devedor, pois era regida pelo principio da pessoalidade.
 
7.2) Bens presentes e futuros
Os bens presentes e futuros são aqueles que são adquiridos pelo devedor após o ajuizamento da execução.
Exceção: bens impenhoráveis – arts. 833 e 834, CPC
Art. 789. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei.
7.3) Responsabilidade secundária
A responsabilidade secundária ocorre quando os bens de um terceiro que não é parte na execução podem ser penhorados
Art. 790. São sujeitos à execução os bens:
I - do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em direito real ou obrigação reipersecutória;
II - do sócio, nos termos da lei;
III - do devedor, ainda que em poder de terceiros;
IV - do cônjuge ou companheiro, nos casos em que seus bens próprios ou de sua meação respondem pela dívida;
V - alienados ou gravados com ônus real em fraude à execução;
VI - cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido anulada em razão do reconhecimento, em ação autônoma, de fraude contra credores;
VII - do responsável, nos casos de desconsideração da personalidade jurídica.
Ex: se o devedor é condenado a entregar um bem e transfere esse bem a um terceiro, esse terceiro vai perder esse bem por meio de decisão judicial.
7.4) Bens pretéritos
Os bens pretéritos são aqueles que não existem mais no patrimônio do devedor a época da realização da penhora.
Ex: Rafaela é proprietária de um carro e vende esse caro para o Vitor, depois de vendido esse carro eu ajuizo uma ação contra Rafaela.
Regra geral – os bens pretéritos não respondem na execução.
Exceção: quando os bens pretéritos forem alienados de forma fraudulenta (fraude contra credores ou quando ela é realizada em fraude de execução)
7.5) Fraude contra credores e fraude de execução IMPORTANTE
Fraude contra credores:
- Instituto de direitomaterial
- Direito de negócio jurídico
- Arts. 158 e 159, CPC
- Ocorre antes da situação (STJ)
- Precisa de ação propria para ser decretada (ação revogatória ou paulista)
- Gera anulabilidade
Art. 158. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas responderá pelos prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado para atuar em outras perícias no prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, independentemente das demais sanções previstas em lei, devendo o juiz comunicar o fato ao respectivo órgão de classe para adoção das medidas que entender cabíveis.
Art. 159. A guarda e a conservação de bens penhorados, arrestados, sequestrados ou arrecadados serão confiadas a depositário ou a administrador, não dispondo a lei de outro modo.
Fraude de execução:
- Instituto de direito processual
- Ato atentatório à dignidade da justiça
- Art. 774, CPC
- Ocorre, regra geral, após a citação (STJ)
- Não precisa de ação própria para ser decretada
- Gera ineficácia
OBS: Basta citação para o processo de conhecimento
Art. 774. Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omissiva do executado que:
I - frauda a execução;
II - se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos;
III - dificulta ou embaraça a realização da penhora;
IV - resiste injustificadamente às ordens judiciais;
V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa de ônus.
Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, o juiz fixará multa em montante não superior a vinte por cento do valor atualizado do débito em execução, a qual será revertida em proveito do exequente, exigível nos próprios autos do processo, sem prejuízo de outras sanções de natureza processual ou material.
7.6) Beneficio de ordem do fiador
Direito que o fiador tem de exigir que primeiro seja apreendido os bens do devedor principal. Incube ao devedor indicar bens livres e desembargados do devedor principal que estejam situados na mesma comarca. 
Art. 794. O fiador, quando executado, tem o direito de exigir que primeiro sejam executados os bens do devedor situados na mesma comarca, livres e desembargados, indicando-os pormenorizadamente à penhora.
§ 1º Os bens do fiador ficarão sujeitos à execução se os do devedor, situados na mesma comarca que os seus, forem insuficientes à satisfação do direito do credor.
§ 2º O fiador que pagar a dívida poderá executar o afiançado nos autos do mesmo processo.
§ 3º O disposto no caput não se aplica se o fiador houver renunciado ao benefício de ordem.
Art. 795. Os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da sociedade, senão nos casos previstos em lei.
§ 1º O sócio réu, quando responsável pelo pagamento da dívida da sociedade, tem o direito de exigir que primeiro sejam excutidos os bens da sociedade.
§ 2º Incumbe ao sócio que alegar o benefício do § 1º nomear quantos bens da sociedade situados na mesma comarca, livres e desembargados, bastem para pagar o débito.
§ 3º O sócio que pagar a dívida poderá executar a sociedade nos autos do mesmo processo.
§ 4º Para a desconsideração da personalidade jurídica é obrigatória a observância do incidente previsto neste Código.
Juiz: pessoa física do magistrado
Juizo: sinônimo de vara
Foro: sinônimo de município
Forum: o prédio ou espaço físico onde se desenvolve a atividade jurisdicional
Comarca: divisão jurisdicional prevista no Codigo de Organização Judiciaria
A parte pode renunciar o beneficio de ordem (arts. 827 e 828, CPC)
Art. 827. Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários advocatícios de dez por cento, a serem pagos pelo executado.
§ 1º No caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, o valor dos honorários advocatícios será reduzido pela metade.
§ 2º O valor dos honorários poderá ser elevado até vinte por cento, quando rejeitados os embargos à execução, podendo a majoração, caso não opostos os embargos, ocorrer ao final do procedimento executivo, levando-se em conta o trabalho realizado pelo advogado do exequente.
Art. 828. O exequente poderá obter certidão de que a execução foi admitida pelo juiz, com identificação das partes e do valor da causa, para fins de averbação no registro de imóveis, de veículos ou de outros bens sujeitos a penhora, arresto ou indisponibilidade.
§ 1º No prazo de 10 (dez) dias de sua concretização, o exequente deverá comunicar ao juízo as averbações efetivadas.
7.7) Bens particulares dos sócios
Quem responde pela divida do sócio é o sócio, mas quem paga a divida da sociedade é a sociedade, pois são pessoas diferentes. Nas hipóteses previstas e lei, o sócio pode responder por uma divida da sociedade, mesmo nesses casos, o sócio terá o direito de exigir que primeiro seja esgotado o patrimônio da sociedade e o sócio devera indicar bens livres e desembargados que esteja situados na mesma comarca.
Ex: O sócio que delibera pelo pagamento de um tributo responde pelos seus bens particulares.
Art. 795. Os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da sociedade, senão nos casos previstos em lei.
§ 1º O sócio réu, quando responsável pelo pagamento da dívida da sociedade, tem o direito de exigir que primeiro sejam excutidos os bens da sociedade.
§ 2º Incumbe ao sócio que alegar o benefício do § 1º nomear quantos bens da sociedade situados na mesma comarca, livres e desembargados, bastem para pagar o débito.
§ 3º O sócio que pagar a dívida poderá executar a sociedade nos autos do mesmo processo.
§ 4º Para a desconsideração da personalidade jurídica é obrigatória a observância do incidente previsto neste Código.
Unidade 2: Liquidação da Sentença
1)Noções gerais
1.1)Finalidade
A finalidade da liquidação de sentença é atribuir um valor a um titulo executivo que é iliquido. Ex: A sentença penal condenatória com transito em julgado é titulo executivo, vamos imaginar que essa sentença não estabeleça valor da indenização cível, nesse caso, não poderá executar essa sentença e passara pela liquidação da sentença.
1.2)Cabimento
A liquidação é cabível em relação ao titulo judicial (sentença). Não cabe liquidação em titulo extrajudicial, pois já prevê o valor que deverá ser pago. 
1.3)Natureza jurídica
A liquidação já teve natureza de ação, mas no novo CPC ela é um mero incidente, ou seja, é uma mera fase do processo
1.4)Intimação
Requerida a liquidação, o juiz mandará intimar a parte contraria. Essa intimação não é feita na pessoa do devedor, e sim na pessoa do advogado do devedor.
1.5)Materia do objeto de discussão
Nessa liquidação, as partes discutem sobre o quantum debeatur, ou seja, discute valores.
Art. 509. Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida, proceder-se-á à sua liquidação, a requerimento do credor ou do devedor:
§ 4º Na liquidação é vedado discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a julgou.
1.6)Recurso
O juiz decide a liquidação por meio de decisão interlocutória, o recurso é agravo de instrumento.
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário.
1.7) Requerimento de liquidação pelo devedor 
Quem normalmente pede a liquidação é o credor, mas a liquidação também poderá ser requerida pelo devedor
Art. 509. Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida, proceder-se-á à sua liquidação, a requerimento do credor ou do devedor:
2)Tipos de liquidação
Existem três tipos:
a) arbitramento: art 509, I, cpc - prova pericial
b) pelo procedimento comum: art 509,II, CPC - fatos novos
c) cálculos do contador: quando houver necessidade de fazer atualização monetária da divida. Foi banida no cpc, não existe mais. Em seu lugar, foi inserida a chamada memória de atualização da dívida. 
Art. 509. Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida, proceder-se-áà sua liquidação, a requerimento do credor ou do devedor:
I - por arbitramento, quando determinado pela sentença, convencionado pelas partes ou exigido pela natureza do objeto da liquidação;
II - pelo procedimento comum, quando houver necessidade de alegar e provar fato novo.
OBS: a CLT, art 879 prevê as três.
3)Liquidação por arbitramento
3.1) Cabimento
•Quando for convencionado pelas partes
•Quando for determinado na sentença
•Quando exigir o objeto da obrigação
Essas tres situaçoes reunimos em uma única hipótese que é prova pericial
3.2) Procedimento
Rito -> art 510, CPC
Art. 510. Na liquidação por arbitramento, o juiz intimará as partes para a apresentação de pareceres ou documentos elucidativos, no prazo que fixar, e, caso não possa decidir de plano, nomeará perito, observando-se, no que couber, o procedimento da prova pericial.
Começa com uma petição simples. Requerida a liquidação, o juiz mandará intimar a parte contrária para que ela se manifeste nos autos (principio do contraditório). Em seguida, o juiz mandará intimar as partes para apresentarem pareceres e documentos sobre o valor que deve ser pago. Apresentado esses documentos (se forem suficientes), o juiz ja decidi a liquidação. Agora se entender que nao são suficientes, vai mandar produzir uma prova pericial. Ao final, o magistrado decidirá a liquidacao por meio de uma decisão interlocutória (importante pra prova)
3.3) Recurso
Agravo de instrumento
4)Liquidação pelo procedimento comum
4.1) Cabimento
Será utilizada de acordo com o art. 509, II, CPC quando o credor quiser alegar e provar fatos novos.
Fatos novos são aqueles fatos anteriores, concomitantes ou supervenientes a ação de indenização em que tenham relação com o quanto indenizatório.
Fato novo é o que não está nos autos.
Ex: Felipe se resolveu em uma briga e ficou com o rosto todo desfigurado. Precisará de varias cirurgias e tratamentos
Felipe ajuizou uma ação de indenização -> sentença condenatória e liquida (nao estabeleceu o valor da indenização, pois não sabe quantos tratamentos e cirurgias serão necessárias) -> liquidação procedimento comum
Se durante a ação de indenização gastou 10 mil, mas depois da ação precisou fazer outra cirurgia gastando mais 5 mil.
4.2) Procedimento
Art 511, CPC informa que é o próprio procedimento comum
Termina também por meio de decisão interlocutória
Art. 511. Na liquidação pelo procedimento comum, o juiz determinará a intimação do requerido, na pessoa de seu advogado ou da sociedade de advogados a que estiver vinculado, para, querendo, apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, observando-se, a seguir, no que couber, o disposto no Livro I da Parte Especial deste Código .
4.3) Recurso
Agravo de instrumento
5)Hipóteses de calculo aritmético
5.1) Contextualização
Hoje se o credor tem que fazer atualização monetária de uma divida, ele mesmo, o credor, deve elaborar um documento chamado memória de atualização da dívida.
Ex: executa alimentos - fazer atualização da divida
Sentença condenatória ao pagamento de 10 mil reais + juros de mora + correção monetária
Entra no site do TJ e lá embaixo tem um link de atualização. Elaborou o documento, tem que imprimi-lo e junta-lo ao pedido de cumprimento de sentença ou a petição inicial.
5.2) Dados em poder do terceiro ou devedor
Na pratica, figura-se possível que para essa atualização precise de dados que se encontram em poder do executado ou terceiros.
Ex: sentença condenatória ao pagamento de alimentos no percentual de 30% do salário do réu.
O réu não esta pagamento e a pessoa aparece e diz ao doutor que gostaria que executasse essa sentença.
A pessoa tem que juntar quanto essa pessoa ganha para poder ganhar em cima 30%.
O problema ocorre quando a pessoa nao sabe quanto o ex marido ganha. Tem o direito aos 30%, mas não sabe o valor.
Como que faz a memória da divida? Nesses casos, precisa de dados de terceiros ou devedor. Antes de pedir o cumprimento de sentença, fará uma petição ao juiz pedindo que mande um oficio para o devedor ou terceiro para que seja informado o salário, o valor que recebe.
Quando sabe-se da informação, consegue fazer a memória de atualização da divida.
Decorre do art 524, paragrafos, CPC.
§ 1º Quando o valor apontado no demonstrativo aparentemente exceder os limites da condenação, a execução será iniciada pelo valor pretendido, mas a penhora terá por base a importância que o juiz entender adequada.
§ 2º Para a verificação dos cálculos, o juiz poderá valer-se de contabilista do juízo, que terá o prazo máximo de 30 (trinta) dias para efetuá-la, exceto se outro lhe for determinado.
§ 3º Quando a elaboração do demonstrativo depender de dados em poder de terceiros ou do executado, o juiz poderá requisitá-los, sob cominação do crime de desobediência.
§ 4º Quando a complementação do demonstrativo depender de dados adicionais em poder do executado, o juiz poderá, a requerimento do exequente, requisitá-los, fixando prazo de até 30 (trinta) dias para o cumprimento da diligência.
5.3) Remessa dos autos ao contador
Fórum - setor da contadoria
Posso pedir ao juiz para mandar o processo para contadoria? Não. Quem tem que elaborar a memória de atualização da divida é o próprio advogado do credor e não o contador do juízo.
Exceção: os autos podem ser remetidos para a contadoria do juízo APENAS para VERIFICAÇAO dos cálculos.
verificação diferente de elaboraçao!!
Art. 524, parag. 2, CPC
§ 2º Para a verificação dos cálculos, o juiz poderá valer-se de contabilista do juízo, que terá o prazo máximo de 30 (trinta) dias para efetuá-la, exceto se outro lhe for determinado.
6)Liquidação e Juizado Especial
Os juizados especiais têm disciplinas em legislação própria. A principal é a lei 9099/95. No seu art. 38, parag unico, vai retratar que nos juizados é PROIBIDO o magistrado proferir sentença genérica. Sentença genérica é uma sentença ilíquida, isto é, sem valor. NAO CABE LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA NO JUIZADO ESPECIAL, pois a decisao do juiz jamais poderá ser uma sentença ilíquida. A sentença do juizado tem que ter valor
7)Questões diversas
· Liquidação zero: 
Consiste na possibilidade de o juiz na decisão de liquidação reconhecer que nenhum valor é devido. Dizer que o réu não deve nada. Na doutrina tem divergência sobre, todavia o STJ admite a possibilidade de liquidação zero.
Ex: Carla foi condenada a indenizar todos os prejuizos decorrentes de um atropelamento a serem comprovados na fase de liquidação. Chega na hora da liquidacao, nao fica comprovado nenhum valor. Essa pessoa que foi atropelada ai, nem se machucou, levantou na mesma hora, trabalhou. Nao soube de nenhum prejuizo que sofreu. O juiz nessa hipótese não condenara a nada.
· Título parcialmente liquido:
Sentença condenatória que tenha uma parte líquida e uma ilíquida.
Ex: sentença condenatória que condenou alguém a pagar dano moral no valor de 10 mil e dano material a ser apurado em liquidação
Quanto a parte liquida - pede a execução
Quanto a parte iliquida - pede em juizo a liquidação
Precisa esperar uma para pedir a outra? Posso pedir as duas ao mesmo tempo?
O paragrafo primeiro do art. 509 do CPC autoriza ao credor requerer SIMULTANEAMENTE a liquidação da parte ilíquida e a execução da parte liquida, ou seja, pode pedir ao mesmo tempo.
§ 1º Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito promover simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados, a liquidação desta.
OBS: esses pedidos deverão ser formulados em petição separadas
· Liquidação provisoria:
Trata-se de uma novidade do CPC. Consiste na possibilidade de o credor na pendência de recurso requerer desde de logo a liquidação da sentença
Temos um recurso impugnando a sentença que foi proferida pelo magistrado.
Isso obsta/impede o credor de requerer a liquidacao da sentenca? Não, requere nesse caso a liquidação provisoria.
Previsto no art. 512, CPC
Art. 512. A liquidação poderá ser realizada na pendência de recurso, processando-se em autos apartados no juízo de origem, cumprindo ao liquidante instruir o pedido com cópias daspeças processuais pertinentes.
OBS: Pouco importa se esse recurso tem efeito somente devolutivo ou devolutivo e suspensivo.
Unidade 3: Disposições Gerais sobre a Execução
1)Penhora
1.1) Conceito:
Penhora é a vinculação de um determinado bem do patrimônio do devedor a uma execução. Antes da penhora, o devedor respondia por todos seus bens. Feita a penhora, essa situação muda, pois fica individualizada.
1.2) Preferência:
Art. 797. Ressalvado o caso de insolvência do devedor, em que tem lugar o concurso universal, realiza-se a execução no interesse do exequente que adquire, pela penhora, o direito de preferência sobre os bens penhorados.
Parágrafo único. Recaindo mais de uma penhora sobre o mesmo bem, cada exequente conservará o seu título de preferência.
Gera o direito chamado de preferência.
Esse direito é quem primeiro penhorou o bem terá direito de receber em primeiro lugar. Havendo varias penhoras, quem primeiro obteve, recebera em primeiro lugar.
Ex: sobre o carro recai tres penhora. Pyetra foi primeira, Hertel segunda, Joanna terceira. Vão receber nessa ordem.
Regra prior tempore potior jure
2)Exordial
Exordial significa petição inicial
2.1) Requisitos:
· Genéricos:
Sao aqueles requisitos de qualquer petição inicial. Estão previstos nos arts. 319 e 178, CPC.
Os dois últimos incisos do art.319 não se aplicam na execução. Produção de provas e realização de audiência e mediação. Art 178 se refere a intimação do ministério público
Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que envolvam:
I - interesse público ou social;
II - interesse de incapaz;
III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.
Parágrafo único. A participação da Fazenda Pública não configura, por si só, hipótese de intervenção do Ministério Público.
Art. 319. A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
· Específicos:
Sao aqueles peculiares, inerentes a execução. Previstos nos arts. 798 e 799, CPC.
Art. 798. Ao propor a execução, incumbe ao exequente:
I - instruir a petição inicial com:
a) o título executivo extrajudicial;
Precisa ser original? Se for cheque, letra de cambio, nota promissória tem que ser original, pois são título de crédito
b) o demonstrativo do débito atualizado até a data de propositura da ação, quando se tratar de execução por quantia certa;
memória de atualização da divida
c) a prova de que se verificou a condição ou ocorreu o termo, se for o caso;
condição: evento futuro e incerto
termo: futuro ou certo
So pode executa-lo provando se esse termo ou condição ocorreu.
d) a prova, se for o caso, de que adimpliu a contraprestação que lhe corresponde ou que lhe assegura o cumprimento, se o executado não for obrigado a satisfazer a sua prestação senão mediante a contraprestação do exequente;
contratos bilaterais ou sinalagmático é aquele contrato que importa direitos e deveres para ambos contratantes.
II - indicar:
a) a espécie de execução de sua preferência, quando por mais de um modo puder ser realizada;
se a execucao puder ser feita por mais de uma maneira, pode indicar a forma que deseja ser realizada.
Ex: execução de alimentos pode ser feita sobre pena de penhora ou prisão. Cabe a voce indicar na petição inicial como quer que a execução seja feita.
Sob pena de prisão, Sumula 309 - STJ , quando a cobrança for sobre as ultimas tres prestações.
b) os nomes completos do exequente e do executado e seus números de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica;
tem que qualificar as partes
c) os bens suscetíveis de penhora, sempre que possível.
faculdade do credor. Se o credor conhecer bens do devedor ele pode indicar o bens na petição.
Ex: juiz, ele tem um carro.
Parágrafo único. O demonstrativo do débito deverá conter:
I - o índice de correção monetária adotado;
II - a taxa de juros aplicada;
III - os termos inicial e final de incidência do índice de correção monetária e da taxa de juros utilizados;
IV - a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso;
V - a especificação de desconto obrigatório realizado.
2.2) Emenda:
Faltando algum desses requisitos, em conformidade com o art. 801, CPC o juiz determinará a emenda da petição inicial. Deverá ser determinado em 15 dias para emendar.
Art. 801. Verificando que a petição inicial está incompleta ou que não está acompanhada dos documentos indispensáveis à propositura da execução, o juiz determinará que o exequente a corrija, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de indeferimento.
Caso não faça emenda, o juiz profere a sentença e o recurso cabível é apelação.
Art. 331, CPC
3)Outras regras
· Certidao: quando o credor ajuiza uma execução, ele pode pedir em cartório uma certidão do ajuizamento dessa execução. Serve para ser averbada perante os órgãos que mantem registro de bens das pessoas em geral. 
Ex: cartório de RGI, Detran. 
Vantagem - Uma vez averbada essa certidão, eventual alienação do bem, será considerada fraude de execução. Art. 828, CPC. Na pratica, conhecida como certidão premonitória.
Permite o credor requerer em cartório a certidão do ajuizamento dessa execução
Art. 828. O exequente poderá obter certidão de que a execução foi admitida pelo juiz, com identificação das partes e do valor da causa, para fins de averbação no registro de imóveis, de veículos ou de outros bens sujeitos a penhora, arresto ou indisponibilidade.
§ 1º No prazo de 10 (dez) dias de sua concretização, o exequente deverá comunicar ao juízo as averbações efetivadas.
§ 2º Formalizada penhora sobre bens suficientes para cobrir o valor da dívida, o exequente providenciará, no prazo de 10 (dez) dias, o cancelamento das averbações relativas àqueles não penhorados.
§ 3º O juiz determinará o cancelamento das averbações, de ofício ou a requerimento, caso o exequente não o faça no prazo.
§ 4º Presume-se em fraude à execução a alienação ou a oneração de bens efetuada após a averbação.
§ 5º O exequente que promover averbação manifestamente indevida ou não cancelar as averbações nos termos do § 2º indenizará a parte contrária, processando-se o incidente em autos apartados.
· Prescrição: Art. 802, CPC retrata que o despacho que determina a citação do devedor interrompe a prescrição. 
Essa interrupção pode retroagir a data do ajuizamento da execução, para que isso ocorra duas providências deverão ser adotadas pelo credor/exequente. No prazo de 10 dias. Primeira providência é pagar as custas processuais e a segunda é entregar no cartório a contrafé (copia da petição inicial que vai para o executado).
Art. 802. Na execução, o despacho que ordena a citação, desde que realizada em observância ao disposto no § 2º do art. 240 , interrompe a prescrição, ainda que proferido por juízo incompetente.
Parágrafo único. A interrupção da prescrição retroagirá à data de propositura da ação.
· Nulidades: art. 803, CPC. Sao nulidades que se enquadram na categoria de nulidades absolutas, isto é, podem ser conhecidas de ofício pelo juiz e vão resultar na extinção do processo. Ordem publica. 
Art. 803. É nula a execução se:
I - o título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquida e exigível;
Executa uma nota promissória toda rasgada e colocou com durex, não tem certeza quanto esse titulo. Essa execução será extinta.
II - o executado não for regularmente citado;
A citação triangulariza a relação jurídica processual. Se nao for o devedor não forcitado corretamente, é nula. Pode ser alegado em qualquer tempo. Vicio transrecisorio, pois pode ser alegado mesmo depois do prazo da ação rescisória
III - for instaurada antes de se verificar a condição ou de ocorrer o termo.
O titulo não apresenta a característica da exigibilidade.
Parágrafo único. A nulidade de que cuida este artigo será pronunciada pelo juiz, de ofício ou a requerimento da parte, independentemente de embargos à execução.
OBS: podem ser alegadas por meio de petição simples e que é chamada de exceção ou objeção de pré executividade
Unidade IV: Execução para entrega da coisa
1)Considerações Iniciais
1.1) Processo de execução e misto
Processo de execução é um processo autônomo, novo, ou seja, é um processo independente para a realização do direito do credor. Começa por meio de ação de execução.
O processo misto/híbrido/sincrético nesse processo as fases de conhecimento e de execução foram unidas em um único processo. Não tem ação de execução, o que pode existir apenas é um pedido de cumprimento de sentença.
1.2) Disciplina legal
a) titulo extrajudicial: obrigação de entrega de coisa certa a execução segue os arts. 806 a 810 do CPC.
Coisa incerta a execução segue os arts. 811 a 813, CPC
Defesa do devedor feita por embargos à execução
Ação de execução
b) titulo judicial: arts. 498 e 538, CPC. Nao é um processo autônomo, é misto ou sincrético. Pedido de cumprimento de sentença. Defesa do devedor é feita por meio de impugnação do cumprimento de sentença
2)Execução para entrega de coisa certa fundada em título extrajudicial
2.1) Inicial:
Começa por meio de uma petição inicial, por meio de uma ação de execução para entrega da coisa certa. Tem que obedecer os requisitos genéricos. 
OBS: nao precisa juntar memoria de atualização da divida. Não esta cobrando divida em dinheiro, é entrega de um bem.
O juiz tem 3 opçoes: indeferir a petição inicial; determina a emenda da petição inicial (art.801, CPC) - prazo pra emendar é de 15 dias; determinar a citação do executado
2.2) Citação:
Protocolizada a petição inicial, o juiz mandara citar o executado. Art. 806, CPC.
Cita-se o executado para entregar a coisa/bem no prazo de 15 dias úteis.
Juiz manda o executado entregar o bem sob pena de multa diária – astreintes 
Art. 806. O devedor de obrigação de entrega de coisa certa, constante de título executivo extrajudicial, será citado para, em 15 (quinze) dias, satisfazer a obrigação.
§ 1º Ao despachar a inicial, o juiz poderá fixar multa por dia de atraso no cumprimento da obrigação, ficando o respectivo valor sujeito a alteração, caso se revele insuficiente ou excessivo.
§ 2º Do mandado de citação constará ordem para imissão na posse ou busca e apreensão, conforme se tratar de bem imóvel ou móvel, cujo cumprimento se dará de imediato, se o executado não satisfizer a obrigação no prazo que lhe foi designado.
OBS: Não há mais vedação a citação pelo correio (art. 247, CPC).
Citado o devedor, três situações podem ocorrer: 
1) Se o devedor entregar o bem, é lavrado um documento chamado termo de entrega. Como regra, a execução será extinta por meio de sentença. 
Art. 807. Se o executado entregar a coisa, será lavrado o termo respectivo e considerada satisfeita a obrigação, prosseguindo-se a execução para o pagamento de frutos ou o ressarcimento de prejuízos, se houver.
2) Aquela que o executado apresenta embargos à execução está previsto no art. 914, CPC. É uma forma de defesa do devedor na execução. Prazo de 15 dias uteis. Pode alegar qualquer matéria. 
Art. 914. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se opor à execução por meio de embargos.
§ 1º Os embargos à execução serão distribuídos por dependência, autuados em apartado e instruídos com cópias das peças processuais relevantes, que poderão ser declaradas autênticas pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal.
§ 2º Na execução por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem unicamente sobre vícios ou defeitos da penhora, da avaliação ou da alienação dos bens efetuadas no juízo deprecado.
3) Inercia do executado. Não entrega o bem no prazo, não fez nada. A consequência da inercia é a incidência das astreints, multa diária. Outra consequência é expedição de um mandado, ordem judicial, poderá ser de busca e apreensão (móvel) ou emissão na posse (imóvel) 
4) A coisa é considerada litigiosa a partir do momento que o devedor é citado e aliena a coisa a terceiro. Será expedido o mandado para terceiro que adquiriu o bem. Este terceiro será ouvido em juízo após entregar a coisa
Art. 808. Alienada a coisa quando já litigiosa, será expedido mandado contra o terceiro adquirente, que somente será ouvido após depositá-la.
Como que esse terceiro que não é parte do processo, pode se manifestar¿  se manifesta por meio de uma ação chama de embargos de terceiros
Art. 674. Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro.
§ 1º Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive fiduciário, ou possuidor.
§ 2º Considera-se terceiro, para ajuizamento dos embargos:
I - o cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de bens próprios ou de sua meação, ressalvado o disposto no art. 843 ;
II - o adquirente de bens cuja constrição decorreu de decisão que declara a ineficácia da alienação realizada em fraude à execução;
III - quem sofre constrição judicial de seus bens por força de desconsideração da personalidade jurídica, de cujo incidente não fez parte;
IV - o credor com garantia real para obstar expropriação judicial do objeto de direito real de garantia, caso não tenha sido intimado, nos termos legais dos atos expropriatórios respectivos.
Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil) .
§ 1º A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que proferido por juízo incompetente, retroagirá à data de propositura da ação.
§ 2º Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10 (dez) dias, as providências necessárias para viabilizar a citação, sob pena de não se aplicar o disposto no § 1º.
§ 3º A parte não será prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço judiciário.
§ 4º O efeito retroativo a que se refere o § 1º aplica-se à decadência e aos demais prazos extintivos previstos em lei.
3) Coisa incerta prevista em titulo extrajudicial
Art. 811. Quando a execução recair sobre coisa determinada pelo gênero e pela quantidade, o executado será citado para entregá-la individualizada, se lhe couber a escolha.
Parágrafo único. Se a escolha couber ao exequente, esse deverá indicá-la na petição inicial.
Art. 812. Qualquer das partes poderá, no prazo de 15 (quinze) dias, impugnar a escolha feita pela outra, e o juiz decidirá de plano ou, se necessário, ouvindo perito de sua nomeação.
Art. 813. Aplicar-se-ão à execução para entrega de coisa incerta, no que couber, as disposições da Seção I deste Capítulo.
3.1) Coisa incerta
Coisa indeterminada
Ex: o devedor tem obrigação de entregar 100 sacos de café
3.2) Concentração
Tem um momento no procedimento que é destinado a concentração. Se a escolha couber ao credor, ele irá realizar a concentração na petição inicial. Indicar se quer carro ou moto, qual safra de café. Agora, se depende do devedor, deve indicar no prazo da citação, 15 dias. Nesse prazo, além de fazer escolha, tem que fazer a entrega.
O credor vai indicar o objeto da prestação na petição inicial .
Se o contrato não dispuser quem deve escolher, pertence ao devedor o direito da escolha.
Art. 244.CC: Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor,

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