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Caderno Direito Administrativo I - José Neto

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FBDG - Marcos Filipe
Cad����: Mar��� Fil��� (Fac����de Ba��na de Dir���o)
Pro���s��: José Net�
PO����S/ FU�ÇÃO DO ES����
Monarquia absolutista:
Montesquieu ( O espírito das leis - 1978). Limitação dos poderes;
Poderes do Estado: Executivo, Legislativo e Judiciário;
Predominância da função exercida (Check and balances - sanção PR;)
Função ou atividade administrativa não se resume a prestação de serviços públicas,
compreende:
1. Gestão da máquina estatal (licitações, concursos)
2. A prestação de serviços públicos;
3. O exercício do poder de polícia;
4. A atividade de fomento;
O fomento abrange a atividade administrativa de incentivo à iniciativa privada de utilidade
pública (como,
O QU� É AD����S��AÇÃO PÚB�I��
Celso Antônio bandeira de melo:
aspecto subjetivo: Fala na adm pública no ente em que faz as coisa. Ex: quem faz a licitação
Aspecto objetivo: E a maneira em que é feita as coisas. Ex: A licitação em si.
AULA 13\02
DI����O AD����S��AT���: A OR����
Surge na França com a formação do estado de direito. Revolução Francesa (Inicio do SEC. xix
- 1800)
- Direito capaz de regular a atividade do Estado, conferindo prerrogativas para viabilizar
suas atividades e ao mesmo tempo limitando os seus poderes para assegurar a sua
atuação equilibrada em prol do bem comum
1
FBDG - Marcos Filipe
- “A liberdade administrativa cessa onde principia a vedação legal. O executivo opera
dentro dos limites traçados pelo legislativo, sob a vigilância do judiciário.” (Caio Tácito)
- No Brasil o Decreto 608/1851. Cria oficialmente a cadeira de direito administrativo nas
universidades. Primeiro autor de direito administrativo brasileiro: Vicente do Rego (Fac.
Recife).
LADO A: Direito administrativo foi criado para assegurar que administração pública não vá
passar por cima do cidadão.
LADO B: Gustavo Binenbojm Traz uma série de instruções jurídicas que o contexto na época,
os burgueses assumiram o poder e precisaram se manter no poder (precisava se consolidar).
As leis estavam sendo criadas pelos burgueses, pautada no princípio da legalidade para que os
gestores estivessem alinhados com os pensamentos burgueses.
● CONCEITOS
- Ramo do direito público que disciplina a função administrativa e os órgãos que exercem
(Celson Antônio Bandeira de Mello, 2004:35)
- Conjunto de normas jurídicas de direito público que disciplinam as atividades administrativas
necessárias à satisfação dos direitos fundamentais, a organização e o funcionamento das
estruturas estatais e não estatais encarregadas de seu desempenho (Marçal Justen Filho,
2011:63)
- Conjunto de normas e princípios que, visando sempre ao interesse público, regem as relações
jurídicas entre as pessoas e órgãos do Estado e entre este e as coletividade a que devem
servir (Carvalho Filho, 2015:09)
FO���S DO DI����O AD����S��AT���
● CONSTITUIÇÃO FEDERAL COMO FONTE MÁXIMA - (Art. 37)
○ Leis Ex: 8.666/93 e 14.133/21 (licitações e contratos);
○ Atos administrativos – Decretos; resoluções...
○ Jurisprudência (Decisões judiciais de assuntos que não estão na lei)
○ Doutrina
○ Prática administrativas reiteradas (Consume)
● CODIFICAÇÃO DO DIREITO ADMINISTRATIVO
2
FBDG - Marcos Filipe
O direito administrativo é um campo bastante amplo para os Estados, municípios e a União,
seria impossível criar um código para legislar todos, tendo em vista que são de tamanhos
diferentes. Então, cada município tem a sua forma de trâmites administrativos para adequar
para cada lugar.
- Não codificação:
- Codificação Parcial: Possível, criar uma base mas deixar livre para cada
Estado/Município.
- Codificação Plena: Não há possibilidade
SI���M�� DO DI����O AD����S��AT���
Sistema do contencioso administrativo (francês) - Regras separadas e julgamento com
coisas julgadas. Uma análise do conselho de estado que dará uma decisão.
- REGRAS SEPARADAS, não é o direito civil que terá uma base legal que julgará;
- Coisa julgada, acredita tanto no seu operante que quando o julgamento é feito, acabou.
Sistema da Jurisdição Única (Inglês) - Regras Unificadas e julgamento sem coisa julgada.
- common law: é um termo utilizado nas ciências jurídicas para se referir a um sistema de
Direito cuja aplicação de normas e regras não estão escritas mas sancionadas pelo
costume ou pela jurisprudência.
- Julgamento sem coisa julgada, se julga algo, posteriormente, pode ir para o judiciário
rediscutir a questão.
Sistema Brasileiro (Misto) - Regras separadas e julgamento sem coisa julgada. Pegando um
pouco de cada sistema (inglês e francês).
RE���� JU�ÍDI�� AD����S��AT��� E P�I�CÍPI�� DA AD����S��AÇÃO PÚB�I��S
Debate - O que é interesse público (primário e secundário)
Supremacia do interesse público sobre o particular – Dever de ponderação
Indisponibilidade do interesse público
Nessas relações que o Estado trava, o que destaca essas relações das outras privadas que os
cidadãos comuns
3
FBDG - Marcos Filipe
celebram entre si o regime jurídico administrativo.
1. SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PARTICULAR – DEVER DE
PONDERAÇÃO
INTERESSE PÚBLICO: na prática a supremacia é imponderável uma vez que o interesse
público não se importa, por exemplo, com as famílias nas desapropriações. Devem ser feitos
estudos de viabilidade, e a partir do caso concreto, se decide se é necessário realmente
desapropriar aquele terreno. O interesse público é a soma de interesses individuais das
pessoas.
Exemplo: nem sempre a comunidade que é desapropriada é beneficiada. O que seria esse
interesse público? Existem muitos casos onde existem terrenos por perto e soluções
alternativas, mas pela supremacia exacerbada do interesse público sobre o particular, as
famílias não chegam nem a serem ouvidas.
Interesse individual homogêneo: muitas pessoas têm o mesmo interesse sobre uma situação,
mas não chega a ser um direito coletivo pois não transpassa a individualidade daquelas
pessoas, daquele grupo. É o interesse de cada um que provoca um apelo social.
A crítica feita é sobre o que seria o interesse público quando se aniquila uma série de direitos
individuais que também precisam de amparo. Como se resolve isso? É a crise do conceito de
conceito público.
A solução que Gustavo Binenbojm propõe é uma postura basilar para tentar solucionar esse
impasse, que seria a ponderação no caso concreto.
Há a presunção da administração evitando discussões sobre o que ela propõe, o que é
problemático. Não dá mais para ter uma presunção absoluta antes de investigar o caso
concreto, achando que sempre a administração queira fazer algo, isso esteja 100% certo. É
necessário um dever de ponderação com os princípios constitucionais que possam incidir sobre
o caso concreto, como razoabilidade, boa fé e proporcionalidade.
DEVER DE PONDERAÇÃO: debate aberto, audiência pública com os envolvidos em situações
de grande impacto. Nas de grande impacto pois se abrirmos qualquer situação para discussão,
acaba havendo uma não prática da gestão do administrativo (retrovírica). É necessário haver
uma abertura ao diálogo com a sociedade nas situações muito impactantes.
Supremacia do interesse público sobre o particular (Prerrogativas: Autotutela (Questão
Cespe Licitação R.A.); Auto-executoriedade: Desapropriação);
- Conjunto de leis, prerrogativas, poderes, felicitações, limitações que a adm pública tem
a sua disposição para realizar o interesse público.
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FBDG - Marcos Filipe
Indisponibilidade do interesse público pela administração (Alterar valor do imposto, multa
juros);
Interesse público primário: guarda relação com as políticas públicas que favorecem diretamente
a sociedade, a uma determinada comunidade como por exemplo quando a administração
pública resolve utilizar do dinheiro que arrecadou para melhorar o esgotamento sanitário,
energia elétrica, fazer chegar luz em comunidades isoladas e carentes... É a gestão pública
concretizando um interesse público primário, prestando serviços.
Interesse público secundário: quando a administração pública realiza atos que beneficiam
diretamente a gestão ou a máquina estatal, podendo beneficiarindiretamente a sociedade.
Satisfaz interesses da gestão e consequentemente favorece a sociedade. E quando se
aumentam os impostos? Satisfaz o interesse público secundário que vai aparelhar futuramente
a sociedade depois.
E quando há um conflito entre o interesse público primário e secundário? Deveria privilegiar o
primário, mas o que acontece na prática é o privilégio do secundário. O que se deve fazer é
uma ponderação pois é tão importante arrecadar impostos quanto prestar serviços à
população. Nenhum pode ser suprimido. Há aqui também um dever de ponderação.
Supremacia em sendo clássico: via de regra a administração pública passando por cima dos
interesses particulares para realizar as suas ações.
PRIMÁRIO: A administração pública que prioriza a sociedade em si. Ex: Construir hospitais,
escolas e etc.
SECUNDÁRIO: A administração pública voltada ao Estado. Ex: comprar computador para um
órgão público.
RE���� JU�ÍDI�� AD����S��AT���
Conjunto de leis construídas para tentar viabilizar as relações do Estado com o administrado de
forma a atender o interesse público. São princípios diferentes e específicos daqueles aplicados
nas relações privadas.
P�I�CÍPI�� DI����ON���� À AD����S��AÇÃO PÚB�I��
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPRESSOS QUE REGEM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:
- São princípios que todo administrador público, seja do âmbito político ou sejam os
servidores públicos, precisam respeitar na prática dos seus atos. A inobservância
desses princípios na prática dos atos administrativos tende a levá-los à
invalidade,nulidade. São princípios basilares previstos na CF como a legalidade (com a
juridicidade), a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência.
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FBDG - Marcos Filipe
1. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE - JURIDICIDADE: é diferente do princípio da legalidade visto
em Teoria Geral do Direito ou Constitucional, de acordo com o regime jurídico administrativo
diferenciado. Tudo aquilo que se pode fazer deve ser feito sob autorização legal.
Basicamente afirma-se que tudo aquilo que se pode fazer deve ser feito sob autorização legal.
Porém, no Direito Privado, vemos que é uma regra que se dá de maneira subsidiária, “aquilo
que não está proibido, está permitido”. No âmbito da administração é o contrário, o princípio da
legalidade acaba sendo ditador da conduta administrativa, porque se não está autorizado pela
lei não é permitido à administração fazer, só pode fazer o que está autorizado. A intenção é
deixar a administração pública na linha da lei. Legalidade ditadora dos passos da administração
enrijece a conduta.
Nos tempos pós-modernos fica complicado acompanhar o princípio da legalidade, tão estreito
por fatores como a questão da plurivalência fática e a questão da própria possibilidade
interpretativa da lei de um espectro constitucional. Provoca tanto uma abertura quanto um
afunilamento.
A administração pública não pode realizar atos que causam o seu enriquecimento sob o
cidadão quando se pensa em juridicidade pois não está prevista na lei.
2. IMPESSOALIDADE: preconiza que a administração pública deve agir de maneira
imparcial, sem predileções nas suas escolhas administrativas e sem também qualquer poder
de atuação prejudicial a determinadas pessoas de maneira intencional, ou seja, a atuação da
administração deve ser impessoal é pautada pela imparcialidade. Quando um gestor público
resolve construir uma escola em um bairro X, deve se pautar em dados técnicos acerca da
necessidade, do estudo de viabilidade, da prioridade e não por uma questão de afeição, por
uma questão eleitoreira ou por conhecer as pessoas da região. Se houver algum ato praticado
pelo gestor violando esse princípio, esse ato será invalidado e considerado nulo, podendo
haver inclusive desvio de finalidade gerando improbidade administrativa.
Situação polêmica: perto de campanhas eleitorais, os gestores públicos realizam obras no
governo e colocam a placa de inauguração no seu nome, nome do prefeito, do governador...
Existe uma certa tolerância, quando o gestor faz um evento de inauguração. A obra é da
administração e não daquele político específico. Na placa deveria ter só “Governo do Estado da
Bahia” e "Prefeitura Municipal”, isso é permitido pois existe possibilidade de propaganda para
que a população tenha conhecimento das obras realizadas. Mas não pode ter nome, pois o
nome viola o princípio da personalidade.
3. MORALIDADE: Espera-se que a administração pública aja se fazendo dos preceitos
éticos que regem a administração pública. A administração pública age com moralidade
quando age com boa-fé, de forma transparente, priorizando sempre a prática dos atos
conforme o interesse público. É muito comum quando o gestor público, quando não destina
os recursos previstos em lei para educação, além de violar a legalidade, viola o princípio da
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FBDG - Marcos Filipe
moralidade no ponto de vista ético administrativo. O que se preconiza nesse sentido é que,
independentemente que não haja violação a nenhum outro princípio, pode haver violação da
moralidade administrativa, violando os padrões éticos mínimos, sendo um princípio que por si
pode levar à anulação dos atos do gestor.
4. PUBLICIDADE: os atos devem ser publicizados para que produzam efeitos. Os atos não
podem ser praticados às escondidas e devem ser divulgados por meios sociais.
Preconiza uma divulgação externa dos atos praticados, não podendo esses atos ficarem
escondidos da sociedade. Via de regra todos os atos devem ser publicados, mas existem
exceções a esta publicação exclusiva no diário oficial. Esta publicidade é um requisito da
eficácia.
5. EFICIÊNCIA: é bastante polêmico. Preza pela agilidade na prática dos atos, presteza,
adequação para prática dos atos. Basicamente o gestor público e todos os servidores
atuam da melhor forma possível, mais ágil e eficaz para atingir a finalidade pública.
Envolve desde a gestão de um órgão, cargo máximo e estrutura do órgão como cada servidor,
do mais elevado ao mais simples cargo. Praticar da melhor forma possível para que tudo
ocorra bem.
OUTROS PRINCÍPIOS (PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS):
Princípio da razoabilidade: implica em o administrador público conseguir atuar de maneira
racional, de um modo a realizar o interesse público da melhor forma possível no âmbito da
administração. Diante de algumas possibilidades de escolha, ele deve agir de forma mais
razoável.
Proporcionalidade: Desdobramento da razoabilidade, mas também tem sua importância. As
competências administrativas só podem ser validamente exercidas na extensão e
intensidade proporcionais ao que seja demandado para o cumprimento daquela
finalidade administrativa. Seria se o ato é adequado ao caso concreto (adequação, se é
realmente uma necessidade aquela finalidade pretendida). Em sendo estrito, a
proporcionalidade seria verificar e ponderar em situações em que existe uma possibilidade
de gradação no ato administrativo como na aplicação de penalidade (advertência,
suspensão ou demissão?). É uma gradação a ser verificada.
Princípio da motivação: seria preconizar o dever de motivar seus atos, explicitar a
fundamentação que leva ao ato administrativo. Se o gestor público pretende realizar um
concurso público quando ele vai anunciar a abertura do concurso é necessário que ele se mova
e diga o porquê. É dever revelar os novos para atender ao princípio da motivação. Exemplo:
faleceu 3 pessoas, se aposentaram 10 e precisa-se de novos servidores... Se não materializar
isso na fundamentação do papel, está errado. É um princípio que preconiza que a
administração pública tem o dever de explicitar a fundamentação que leva a prática de um ato
administrativo.
7
FBDG - Marcos Filipe
A diferença para a publicidade é que se pega a motivação e torna-se pública, vai para o diário
oficial. Na motivação, pode cair no âmbito interno do processo. *PROVA
Princípio da boa-fé objetiva: é implícito e deve ser respeitado, a administração pública deve
agir de boa-fé na prática dos seus atos não atuando de forma contraditória, de modo a
prejudicar ou causar surpresa e dano ao cidadão,ao administrado.
CASO DO PROFESSOR: Diante da supremacia do interesse público, se a administração faz
um concurso e não tem interesse em nomear todos, ela poderia não nomear, mas não estaria
violando a boa-fé? Passa no concurso mas nomeia se quiser. No entendimento do STJ, se a
administração pública explícita no edital que são 30 vagas, as 30 devem ser preenchidas.
Antigamente podia nomear só 1, mesmo 30 tendo passado. Para não nomear hoje em dia,
deve ter uma fundamentação que quase nunca é aceita. Só em casos extremos que o judiciário
autoriza como a falta de verba.
PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO: Acarreta para a administração o dever de justificar seus atos,
apontando-lhes os fundamentos de direitos e de fato
OBS: A ausência de motivação, acarreta na nulidade do ato administrativo
Portanto, o princípio da motivação é essencial para a transparência, a legalidade e a validade
dos atos administrativos, devendo ser observado em todas as esferas da administração
pública. A ausência de motivação pode resultar em sérios prejuízos para a administração e
para os destinatários dos atos, razão pela qual deve ser evitada a todo custo.
PO����S DA AD����S��AÇÃO PÚB�I��
Em decorrência do regime jurídico administrativo a qual se submete, detém certos poderes
administrativos que são veiculados pela lei para melhor realizar os seus atos de gestão,
controle e fiscalização. Para que a administração consiga fazer tudo que faz seguindo um
regime com algumas restrições, mas são dados alguns poderes (Celso Antônio chama de
poderes instrumentais que visam a prática de atos em prol do interesse público, não leva ao
arbítrio à satisfação de interesses pessoais do gestor público). Que poderes são esses?
PODER DISCRICIONÁRIO
Faz parte do poder vinculado. Seria uma conferência dada ao administrador pela legislação
que viabiliza a possibilidade de escolhas administrativas dentre as possibilidades legais
existentes. Melhor adequar a aplicação dos atos administrativos à realidade dos atos reais e
concretos. Esse poder não está presente em todos os atos administrativos. A lei diz
expressamente quando se dá esse poder pois há situações que não dá poder de escolha,
especificando qual vai ser a atuação do gestor público em algumas situações.
8
FBDG - Marcos Filipe
Autorização: ato considerado tipicamente discricionário. Uma espécie de autorização seria a
que se dá ao porte de arma para um cidadão que tem interesse em andar armado. Existem
requisitos legais que ele deve atender como bons antecedentes, fazer curso de ro e demonstrar
real necessidade, e por fim, passar pela PF e fazer o teste psicológico. Se ele passar em tudo,
no final quem vai avaliar é a PF numa discricionariedade que a lei confere ao agente público
para verificar se naquele caso concreto a pessoa tem realmente condição e adequação ao
porte de arma.
OBS: Não está presente em todos os atos administrativos, a lei diz expressamente quando dá
essas possibilidades ao gestor.
PODER VINCULADO
É conferido ao administrador para executar os atos de acordo com o que a lei prescreve. A lei
não dá para o gestor, servidor e administrador muita margem de escolha para prática do ato. É
dentro dos padrões que já estão pré - determinados na lei. Exemplo: a licença é um ato
característico do poder vinculado. A licença para construir uma casa em um terreno que é seu,
você deve fazer um projeto e levar para a Secretaria de Desenvolvimento Urbano, fazendo um
requerimento de licença para construção, seja de casa ou condomínio.
Licença: decorre do poder vinculado. Ao fazer o requerimento, o administrador que vai analisar
não pode não deferir a licença por casos pessoais. Se o projeto atende aos requisitos da lei, vai
ter de aprovar a licença, pois se trata de um poder vinculado. Não há margem de escolha e
discricionariedade do gestor. Ele pode deferir ou indeferir, mas vinculado aos requisitos legais
sempre.
Limitação administrativa: molda o formato da construção para se adequar ao estilo
arquitetônico da cidade , mas a legislação deve ter expressa essa exigência se houver.
Exemplo: Casas em Campos de Jordão. Se a lei exige para aquele bairro, é válido.
PODER HIERÁRQUICO:
É o que dispõe a administração para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, bem
como rever eventualmente a atuação dos seus agentes, estabelecendo uma relação de
subordinação aos servidores da administração pública. A estrutura da administração pública
funciona de maneira hierárquica formal legal. O chefe de um setor é superior para os efeitos
legais, cabe a ele por exemplo se valer de institutos como a delegação e a vocação. O agente
público que é considerado superior delega atividades aos subordinados, assim como pode
avocar, que é o contrário de delegar, é trazer para si. Exemplo: em casos complexos e
polêmicos da mídia, preserva o subordinado trazendo para si (o superior), decorrendo do poder
hierárquico. O superior pode também rever atos praticados se for provocado em um recurso ou
de ofício. Tudo isso em prol da legalidade.
PODER DISCIPLINAR:
É faculdade de punir internamente seus servidores e todas as pessoas sujeitas à disciplina dos
órgãos e serviços da administração.
9
FBDG - Marcos Filipe
- CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA;
- PROPORCIONALIDADE;
- MOTIVAÇÃO;
- Nullum crimen, nulla poena sine lege.
Dessa forma, o poder disciplinar permite que a administração pública aplique sanções
disciplinares aos seus servidores e aos demais sujeitos à sua disciplina, como advertências,
suspensões, demissões e outras penalidades previstas em lei. É importante destacar que
essas sanções devem sempre observar o devido processo legal, garantindo-se ao acusado o
direito ao contraditório e à ampla defesa.
PODER REGULAMENTAR:
É a faculdade de que dispõem as autoridades competentes de explicar a lei para a sua correta
execução.
O poder regulamentar é uma faculdade concedida às autoridades competentes para editar
regulamentos que expliquem, complementam e detalham as leis em vigor. Dessa forma, os
regulamentos servem como instrumentos normativos que orientam e regulam a aplicação da
lei, garantindo sua correta execução.
Assim, o poder regulamentar é uma importante ferramenta da administração pública que tem
como objetivo assegurar que as leis sejam aplicadas de forma uniforme e eficiente em todo o
território nacional, bem como garantir a proteção dos direitos e interesses da sociedade.
Cabe destacar que o poder regulamentar deve sempre respeitar os limites estabelecidos pela
Constituição e pelas leis em vigor, devendo estar em consonância com o interesse público e as
necessidades sociais. Além disso, os regulamentos devem passar por um processo de consulta
pública e serem fundamentados em critérios técnicos e jurídicos, garantindo a transparência e
a legalidade do processo.
-DECRETOS
-REGULAMENTOS
-RESOLUÇÕES
-INSTRUÇÕES NORMATIVAS
PODER DE POLÍCIA:
O poder de polícia é uma importante atribuição da administração pública que tem como
finalidade condicionar e restringir o uso e gozo de bens e atividades individuais em benefício da
coletividade ou do próprio Estado. Essa faculdade permite que o Estado atue no controle e
fiscalização das atividades dos particulares, sempre que estas forem contrárias, nocivas ou
inconvenientes ao bem-estar social, ao desenvolvimento e à segurança nacional.
10
FBDG - Marcos Filipe
O exercício do poder de polícia é caracterizado por ser:
1.discricionário: ou seja, a administração pública possui margem de escolha e avaliação na
tomada de decisões sobre o assunto.
2.auto-executável: ou seja, a administração pode agir diretamente para fazer cumprir suas
decisões e determinações.
3.coercitivo: ou seja, a administração pode utilizar a força ou meios legais para fazer valer
suas determinações.
AT� AD����S��AT���
- Ato adm e toda manifestação unilateral que agindo ao longo de prerrogativas que
tenham consumo medindo resguardar, transferir, codificar, extinguir, declarar direito ou
impor obrigações aos administrados ou a si próprio.
- Acontece toda vez que administração promove manifestaçãode vontade agindo à luz
de prerrogativas.
- Todos terão uma carta discricionária, terá uma legislação própria para cada agente.
É um poder-dever, isso porque o administrador exerce um múnus público.
AT� AD����S��AT��� X AT� DA AD����S��AÇÃO
Requisitos/elementos do ato administrativo
1. Competência (sujeito) - Sujeito que pratica o ato. Poder atribuído ao agente público
para o desempenho específico das suas funções.
Disposição legal que designará ao agente público o conjunto de atribuições. (não é idêntico a
pessoa que pratica o ato, mas pode pensar dessa forma para facilitar) sujeito+atribuições legais
previstas em lei.
Ex: secretário da saúde que assina o ato de nomeação dos médicos. Tem a ver com poder
vinculado.
2. Forma - Implica em qual o ato vai se exteriorizar. Ex: decreto.
- Todo ato administrativo, em princípio, é formal. A forma normal do ato administrativo é
escrita, embora existam consubstanciados em ordem verbal e até mesmo em sinais
convencionais.
Formalidade: diz respeito ao cumprimento de requisitos legais e procedimentos
pré-estabelecidos para que um ato seja considerado válido e eficaz. A formalidade pode incluir
a observância de prazos, a adoção de procedimentos específicos, a necessidade de
autorização prévia ou a obtenção de certos documentos.
- A forma é o meio pelo qual se exterioriza a manifestação de vontade.
11
FBDG - Marcos Filipe
- Todo ato administrativo, em princípio, é formal. A forma normal do ato administrativo é
escrita embora existam atos consubstanciados em ordem verbal e até mesmo em sinais
convencionais.
3. Motivo - Causa do ato, porque o ato está sendo praticado. Ex: concurso público, a
autoridade faz porque existe uma causa (vagas abertas)
Razões que justificam a edição do ato.
Será vinculado a lei que estabelece as razões da prática de determinado ato. Exemplo: a
licença prêmio somente podia ser concedida ao funcionário que completar 05 (cinco) anos de
serviço, sem punições e sem ultrapassar número certo de faltas justificadas.
MOTIVAÇÃO: é o dever que tem a administração de justificar seus atos, apontando os
fundamentos de fato e de direito, além da correlação lógica entre os fatos ocorridos e
praticados indicando a compatibilidade conduta com a lei.
É, VIA DE REGRA, OBRIGATÓRIA.
Teoria dos motivos determinantes
Segundo a teoria dos motivos determinantes, a validade do ato se vincula aos motivos
indicados como seu fundamento de modo que, se inexistente ou falso, acarreta a nulidade do
ato.
Não há possibilidade de conserto se indicar o motivo para a prática do ato.
4. Objeto - O ato em si. O efeito jurídico imediato que o ato produz. Ex: ato administrativo
de desapropriação, desapropriação.
5. Finalidade - Propósito, o que causou. Consequência do ato, o que o tão quis alcançar.
Ex: Concurso público se concretiza, a finalidade é o preenchimento das vagas.
Discricionários - quando dá margem de escolha ao objetivo, significa que se a lei diz que é
possível para aquela
Vinculado -
MÉRI�� DO AT� AD����S��AT���
Está relacionado com a valorização dos motivos da escolha dos objetos do ato feitos pela
administração quando autorizado a decidir sobre conveniência, oportunidade e justiça.
- Estão nos atos ¾ há discricionariedade, gestor tem uma margem de escolha para
melhor aplicar a abertura da lei para decidir.
- Só há de se falar em mérito do ato administrativo quando ele for discricionário.
PE����ÇÃO, VA����DE E EF��ÁCI�
Ato perfeito - Ato administrativo que possui todos os elementos concluídos e todas as fases
para a sua execução foram esgotadas.
- O ato administrativo é perfeito quando esgotadas as fases necessárias à sua execução
(Ex: Requisitos para expedição do Decreto expropriatório)
12
FBDG - Marcos Filipe
Validade - Todos os seus elementos estão de acordo com a lei, competência, forma, objeto,
motivo e finalidade atendem o que está previsto na lei.
- O ato administrativo é válido quando foi expedido em absoluta conformidade com as
exigências do sistema normativo (Ex: Tombamento de bem para proteção histórica,
cultural e paisagística);
Eficácia - Se o ato já está produzindo efeitos jurídicos.
• O ato administrativo é eficaz quando está disponível para a produção de seus efeitos próprios;
(Ex Condição, termo ou ato controlador de outra autoridade - homologação)
VÍCI�� DO AT� AD����S��AT���
● Vícios de competência
Usurpação de função: agente público que não detém determinada atribuição, usurpa. Pratica o
ato em nome da autoridade que tem a atribuição específica. Ex: oficial de justiça que assina a
sentença no lugar do juiz.
● Exercício de poder: quando o agente público tem a atribuição para a prática do ato,
mas, extrapola. Ex: delegado que realiza uma prisão fora do horário previsto.
● Vício de objeto: É quando há uma ilegalidade no objeto, o resultado do ato viola a lei.
• Proibido pela lei: um Município que desapropriar bem imóvel da União;
• Impossível, porque efeitos pretendidos irrealizáveis, de fato ou de direito; por exemplo:são a
nomeação para um cargo inexistente;
• Imoral por exemplo: parecer emitido sob encomenda, apesar de expressar o exato
entendimento de quem o profere e de acordo com a Lei;
• Incerto em relação ao destinatário, às coisas, ao tempo, ao lugar; por exemplo:
desapropriação de bem não definido com precisão.
● Vício de forma: toda omissão, inobservância ou irregularidade forma. Ex: se por acaso
a forma do objeto for praticada de outra maneira. Ex: na lei está previsto que tal ato seja
feito através de portaria, mas, é feito através de decreto.
● Vício de motivo: Ocorre quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta
o ato, é materialmente inexistente ou Juridicamente inadequada resultado obtido.
- Por exemplo: se a Administração pune um funcionário, mas este não pratica qualquer
infração, o motivo é inexistente: se ele praticou infração diversa, o motivo é falso.
● Vícios quanto à finalidade: Trata-se do desvio de finalidade, definido pela
- Lei n° 4.717/65 como aquele que se verifica quando "o agente pratica o ato visando a
fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência"
● Convalidação ou saneamento: Suprimento da invalidade de um ato com efeitos
retroativos. A proveniência corretamente tomada no presente tem condão de valer para
o passado.
A admissão não pode convalidar um ato viciado se este já foi impugnado administrativa ou
judicialmente.
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FBDG - Marcos Filipe
Se é possível, a convalidação é obrigatória para evitar prejuízos e efeitos.
- Perante atos inválidos o Agente Público não tem discricionariedade administrativa que
lhe permita escolher com liberdade se convalida um ato viciado ou deixa de fazê-lo. Se
for possível, deve convalidá-lo.
• ressalvada a hipótese: tratando-se de vício de competência em ato de conteúdo discricionário.
Caberá à autoridade competente decidir…
- Formas de convalidação
A doutrina diz que se for vício quanto ao sujeito/competência pode ser convalidado, basta que
a autoridade competência ratifique o ato.
quanto ao sujeito, se o ato for praticado com incompetência, admite-se a convalidação.
Ratificação, desde que não se trate de competência outorgada com exclusividade.
- Quanto a forma, a convalidação é possível se ela não for essencial à validação do ato.
- Quanto ao motivo e a finalidade, não há possibilidade de convalidação.
- Quanto ao objeto, não há possibilidade de convalidação.
- Quanto à finalidade, não é possível a convalidação.
AT����TO� - at� ad����s��at���
Atributos do ato administrativo são as circunstâncias que permitem a realização das atividades
públicas por meio da prática de atos administrativos.
Entre esses atributos, destacam-se a presunção da legitimidade e a veracidade. A presunção
da legitimidade se refere à ideia de que o ato está de acordo com a lei, presumindo-se que o
agente público prove que o ato é legítimo. Já a veracidade se refere à conformidade dos fatos
descritos pelo agente público com a realidade, o que se baseia em elementos como a fé
pública, a palavra do agentee a lei.
- Presunção da legitimidade (Decretos e atos de acordo com a lei) E VERACIDADE
(fatos de acordo com a verdade)
Presunção da legitimidade: Significa falar que o ato está de acordo com a lei, presume que o
agente público prova que o ato é legítimo.
VERACIDADE: Fatos descritos pelo agente público de acordo com a conduta está de acordo
com a verdade (lei, fé pública, a palavra do agente vale mais.)
Outro atributo é a imperatividade, que significa que o ato administrativo é obrigatório para
todos que se enquadram em sua incidência. Isso se diferencia de uma multa contratual privada,
por exemplo, que depende de prévio consentimento. A forma de pagamento de tributos, por
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FBDG - Marcos Filipe
exemplo, é uma manifestação de imperatividade, bem como o preenchimento de formulários e
o estabelecimento de datas para cumprimento de obrigações administrativas.
- Imperatividade (Submissão ao ato adm, a todos que estejam sob a sua incidência. DIF.
De multa contratual privada, em que há prévio consentimento); Forma de pagamento
tributo. Formulário… Data…
- Significa que quando o agente público pratica o ato, os atos vão recair os efeitos
independentemente da vontade. Ou seja, uma vez que o agente público o pratica, seus
efeitos vão se aplicar independentemente da vontade das partes envolvidas. Em
outras palavras, o ato administrativo é obrigatório e vinculante para todos que se
enquadram em sua incidência, sem necessidade de consentimento ou concordância
prévia. Por exemplo, o pagamento de tributos ou o cumprimento de obrigações
administrativas, como o preenchimento de formulários ou a observância de prazos, são
manifestações da imperatividade do ato administrativo.
Se atributo da imperatividade do ato administrativo não for praticado, ou seja, se o ato
administrativo não for obrigatório e vinculante para as partes envolvidas, isso pode acarretar
diversas consequências negativas.
Por exemplo, se um agente público não observar a imperatividade ao exigir o pagamento de
um tributo devido por lei, a pessoa que não pagou poderá sofrer sanções como multas, juros e
até mesmo ter seu nome inscrito em cadastros de inadimplentes. Da mesma forma, se um
prazo para cumprimento de uma obrigação administrativa não for imperativo, o não
cumprimento poderá resultar em penalidades para a pessoa ou empresa envolvida.
- AUTOEXECUTORIDADE: permite que o agente público ao praticar atos
administrativos, sobretudo em situações urgentes possam concretizá-los de mão
própria.
Atributo do ato administrativo que permite que o agente público, em determinadas situações
urgentes, possa praticá-lo de mão própria, sem a necessidade de ordem judicial ou intervenção
de terceiros.
Com a autoexecutoriedade, o agente público pode tomar medidas imediatas e eficazes para
garantir a proteção do interesse público e dos direitos dos cidadãos, como por exemplo,
interromper a ocupação irregular de um terreno público ou retirar um obstáculo que esteja
obstruindo uma via pública.
No entanto, é importante ressaltar que o exercício da auto executoriedade deve ser feito com
cautela e observância das normas legais, para evitar abusos e prejuízos aos envolvidos.
A autoexecutoriedade do ato administrativo também pode ser dividida em exigibilidade e
executoriedade.
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FBDG - Marcos Filipe
Exigibilidade: É a capacidade do ato administrativo de ser exigido pelo agente público ou pela
pessoa que detém o interesse protegido pelo ato. Em outras palavras, é a possibilidade de
exigir o cumprimento do ato por terceiros, caso este não seja cumprido voluntariamente.
Ex: Seria o caso de um fiscal de uma prefeitura que lavra um auto de infração contra um
estabelecimento comercial que está funcionando sem alvará de funcionamento. Nesse caso, o
fiscal tem o poder de exigir o cumprimento do ato (que seria o fechamento do
estabelecimento) e, caso isso não ocorra, pode aplicar sanções previstas em lei, como multas e
outras penalidades administrativas.
Executoriedade: é a capacidade do ato administrativo de ser executado diretamente pelo
próprio agente público, sem a necessidade de ordem judicial ou intervenção de terceiros. Esse
atributo está diretamente relacionado à autoexecutoridade imediata, que foi mencionada
anteriormente. A executoriedade é comum em atos administrativos que envolvem medidas de
urgência ou que precisam ser executadas imediatamente para garantir a proteção do interesse
público ou dos direitos dos cidadãos.
Ex: caso de um agente público que, durante uma fiscalização de trânsito, constata que um
veículo está estacionado em local proibido e que está atrapalhando o tráfego de veículos.
Nesse caso, o agente pode executar imediatamente o ato de remoção do veículo, sem a
necessidade de ordem judicial ou intervenção de terceiros, para garantir a fluidez do trânsito e
evitar acidentes. Esse é um exemplo de autoexecutoridade imediata com executoriedade.
C�A�S����AÇÃO DO� AT��
● Quanto aos seus destinatários;
- Atos gerais
Visão assistir de uma forma ampla diz respeito a todos os seus administrados ou pararam
gama ampla de administrados. Ex: instrução normativa de atos para impostos de renda.
- Atos individuais
É aquele ato administrativo cujo os efeitos visam atingir os indivíduos específicos. Ex: ato de
nomeação específico da pessoa.
- Atos interno
Aqueles atos que a doutrina chama de intramuros, atos destinados à administração e seus
servidores. Ex: sanção disciplinar, atos punitivos aos seus servidores.
- Atos Externos
Atos praticados extramuros, não são voltados à prática da administração interna. Ex: licença
para construir uma casa.
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FBDG - Marcos Filipe
Não atinge diretamente a administração pública.
- Atos de império
Todo ato administrativo que a Adm pública prática, valendo-se da supremacia do interesse
público. Imposto aos particulares, visam a concretização de interesses públicos relevantes e a
Adm pública prática revestindo-se das duas prerrogativas. Ex: autoexecutoriedade, presunção
de legitimidade e veracidade.
- Atos de gestão
Aquele que a administração pública pratica sem se valer da supremacia, serve a
realização/concretização da gestão da máquina administrativa. Ex: A Adm pública precisa
contratar gestores para prestar concursos públicos. (Licitação, concurso e etc)
- Atos de expediente
Atos residuais, ao se enquadram nem como império/gestão servem a movimentação que são
praticados pela administração em processos, não tem conteúdo decisório muito relevante.
Quanto ao seu regramento :
Atos vinculados - quando todos os os seus Elementos (todos) estão previstos na lei de forma
vinculada.
Atos discricionário - Se dentre os seus elementos, motivos ou objetos.
FO���ÇÃO DO AT�
Atos simples - resulta da manifestação de um único órgão. (Nomeação de um servidor que foi
aprovado em um concurso público)
Ato colegiado - ato sendo praticado por um órgão só.
Atos complexos - Se forma pela conjunção da vontade de mais de um órgão distintos. Ex:
decretos presidenciais em conjunto com demais órgãos. (Normalmente trata de validade)
Ato composto - Ato que se forma pela vontade de apenas um órgão, porém, para que esse
ato possa produzir efeitos é necessário que outro órgão o referente, o valide. Para que a
produção de efeitos possam ocorrer. Ex: nomeação do supremo tribunal federal.
Atos ordinatórios (sem conteúdo decisório relevante)
- A doutrina resolveu classificar esses atos que tenham essa sem aliança entre si, em
uma classe de ato que não tem um conteúdo decisório relevante.
- São atos do dia a dia da administração, não há decisório de relevância ou de grande
modificações para o interesse público.
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FBDG - Marcos Filipe
● Atos vinculados: Atos vinculados são aqueles em que a Administração Pública possui
apenas uma opção pré-determinada pela lei para agir, não havendo margem de escolha
● Atos discricionários: são aqueles em que a Administração possui certa liberdade de
decisão dentro dos limites legais, podendo escolher entre diferentes opções.
Atos simples: são aqueles em que a manifestação de vontade ocorrepor parte de um único
órgão administrativo, podendo ser exercida por uma única pessoa ou por um colegiado.
Exemplos desses atos são a nomeação de um servidor público ou uma decisão tomada por um
órgão colegiado.
Ato complexo: são aqueles formados pela conjugação de vontades de mais de um órgão
administrativo. São necessárias as manifestações de vontade de diversos órgãos para que o
ato se forme. Um exemplo desse tipo de ato é um Decreto presidencial que envolve a
participação de diferentes Ministérios. (Ex: Decreto presidencial/Ministério)
Ato composto: são aqueles que se formam pela vontade única de um órgão administrativo,
porém, dependem do referendo ou aprovação por parte de outro órgão para que se tornem
efetivos. Um exemplo seria a nomeação de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),
que é realizada pelo Presidente da República, mas depende da aprovação do Senado Federal.
Ex: Nomeação de ministro do STF.
Decretos: São atos normativos de hierarquia superior às portarias, possuindo caráter geral e
abstrato. Os decretos são utilizados para regulamentar leis ou dispor sobre matérias de
competência do chefe do Poder Executivo. Eles têm aplicação em todo o território nacional e
devem ser seguidos pelos órgãos e entidades da Administração Pública.
Resoluções: São atos normativos de hierarquia superior às instruções e circulares. Assim
como os decretos, as resoluções têm caráter geral e abstrato. Elas são utilizadas por órgãos
colegiados para deliberar sobre assuntos de sua competência. As resoluções podem
estabelecer normas, diretrizes e regulamentos aplicáveis a determinadas áreas de atuação da
Administração Pública.
Leis: São normas de hierarquia superior a todos os atos administrativos, inclusive decretos e
resoluções. As leis são elaboradas pelo Poder Legislativo (Congresso Nacional) e possuem
caráter geral e abstrato. Elas estabelecem regras e direitos para toda a sociedade. As leis são
obrigatórias e devem ser cumpridas por todos os cidadãos e órgãos do Estado.
Regulamentos: São atos normativos de hierarquia inferior à lei, com caráter geral e abstrato.
Os regulamentos são expedidos pelos órgãos do Poder Executivo com a finalidade de detalhar
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FBDG - Marcos Filipe
e complementar o conteúdo das leis. Eles têm aplicação restrita ao âmbito da Administração
Pública e devem observar os limites e diretrizes estabelecidos pela legislação vigente.
Pareceres: São manifestações técnicas sobre determinado assunto, sem caráter vinculativo.
Os pareceres são emitidos por especialistas ou órgãos técnicos da Administração Pública e
têm a finalidade de subsidiar a tomada de decisões. Embora não sejam obrigatórios, os
pareceres possuem grande relevância e são considerados fontes de orientação e
embasamento para a Administração Pública.
Notas técnicas: São documentos que consistem em uma análise técnica sobre determinado
assunto, porém, não possuem caráter vinculativo. As notas técnicas são elaboradas por
especialistas ou órgãos técnicos da Administração Pública e têm o objetivo de fornecer
embasamento técnico para a tomada de decisões.
Decisões administrativas: São as decisões proferidas no âmbito dos processos
administrativos. Essas decisões possuem caráter concreto e são vinculativas para as partes
envolvidas no processo. Elas podem ser tomadas por autoridades administrativas competentes
e devem estar de acordo com a legislação e os princípios do direito administrativo.
Contratos administrativos: São acordos firmados entre a Administração Pública e particulares
com o objetivo de realizar obras ou serviços públicos. Os contratos administrativos são regidos
por normas específicas do direito administrativo e estabelecem os direitos e obrigações das
partes envolvidas. Esses contratos devem respeitar os princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Portaria: A portaria é um ato administrativo utilizado para transmitir decisões de efeitos
internos dentro da Administração Pública. Ela pode ser utilizada, por exemplo, para fazer
designações de servidores para determinadas funções ou para instaurar processos
administrativos. A portaria é um instrumento de gestão administrativa que tem como objetivo
regulamentar e organizar o funcionamento interno dos órgãos e entidades públicas.
Ordem de Serviço: É um ato administrativo expedido pela Administração Pública que possui
diversas finalidades, entre elas, autorizar o início da execução de obras ou serviços públicos
contratados. A Ordem de Serviço é emitida pelo órgão responsável e estabelece diretrizes,
prazos, condições e orientações para a execução dos trabalhos. Ela tem caráter vinculativo e
deve ser seguida pelos envolvidos na realização da obra ou serviço público.
Ofícios: Os ofícios são utilizados para a comunicação entre agentes da Administração Pública,
sejam eles internos ou externos. São documentos formais que permitem a troca de
informações, solicitações, requerimentos, entre outros, de forma escrita e oficial.
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FBDG - Marcos Filipe
Comunicações internas (C.I.): As comunicações internas, geralmente feitas por meio de
memorandos e circulares internas (C.I.), são utilizadas para transmitir informações, instruções,
orientações e solicitações dentro de uma mesma organização ou entre setores distintos da
Administração Pública.
Despachos: Os despachos são atos administrativos que transmitem decisões ou orientações
em geral. Eles podem ser proferidos por autoridades administrativas e representam uma
manifestação formal e escrita sobre determinado assunto, podendo conter autorizações,
indeferimentos, encaminhamentos, entre outros encaminhamentos administrativos. Os
despachos são importantes para dar andamento aos processos e proporcionar a tomada de
decisões no âmbito da Administração Pública.
AT�� NE����A�S
Os atos negociais são praticados a partir de uma solicitação do interessado, visando à
concretização de um interesse individual ou à certificação da legalidade de um procedimento
específico. Diferentemente dos atos praticados com o poder de império, os atos negociais têm
como objetivo atender a uma solicitação do solicitante, por meio de negociação e acordo entre
as partes envolvidas.
Esses atos são caracterizados pela sua natureza contratual, envolvendo a manifestação de
vontade da Administração Pública em realizar um acordo com um particular. Eles têm como
finalidade estabelecer direitos e obrigações recíprocos, de modo a atender às necessidades
individuais dentro dos limites legais e dos princípios que regem o Direito Administrativo.
- visão atender uma solicitação do solicitado;
autorização: A autorização é um ato administrativo unilateral, discricionário e precário. É
utilizado para permitir o exercício de uma atividade material específica, como, por exemplo, a
autorização para porte de arma. A concessão da autorização é baseada na análise da
Administração Pública, que avalia os requisitos e critérios estabelecidos em lei.
permissão: A permissão é um ato administrativo unilateral, discricionário e precário, utilizado
para permitir o uso de um serviço público ou de um bem público. Um exemplo seria a
permissão para o transporte público ou para a instalação de uma banca de jornal. A
Administração Pública tem a liberdade de decidir se concede ou não a permissão, levando em
consideração critérios estabelecidos em lei e a conveniência pública.
Licença: A licença é um ato administrativo unilateral e vinculado, que confere um direito
subjetivo ao interessado. Ela autoriza o exercício de uma atividade ou o gozo de um direito
específico. Um exemplo é a licença para construção de um imóvel. A concessão da licença
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FBDG - Marcos Filipe
está condicionada ao cumprimento dos requisitos legais estabelecidos, não havendo margem
para a discricionariedade da Administração Pública.
aprovação: A aprovação é um ato administrativo discricionário que avalia o mérito de outro
ato, como um parecer técnico. A Administração Pública analisa o conteúdo e os fundamentos
do parecer, podendo aceitar ou rejeitara aprovação do ato em questão. Esse processo é
baseado na avaliação de critérios estabelecidos em lei ou regulamentos.
admissão: A admissão é um ato administrativo vinculado, que defere uma situação jurídica
específica, geralmente relacionada a processos de concurso público. A Administração Pública
deve seguir os critérios e requisitos estabelecidos em edital para admitir um candidato a ocupar
determinado cargo ou emprego público.
visto: O visto é um ato administrativo vinculado, que consiste na mera ciência ou verificação de
determinado documento ou situação, sem a necessidade de análise do mérito. Por exemplo, o
visto pode ser utilizado para encaminhar servidores de um órgão para outro, sem realizar uma
análise aprofundada sobre o conteúdo do processo.
homologação: A homologação é um ato administrativo vinculado, utilizado para realizar o
controle de legalidade, conveniência e oportunidade de determinado ato ou processo.
Geralmente, é realizado por uma autoridade superior, que analisa e aprova a decisão tomada
por uma autoridade inferior. A homologação assegura que o ato esteja em conformidade com a
lei e os princípios administrativos.
dispensa: A dispensa é um ato administrativo discricionário, que consiste na liberação de um
dever legal, como, por exemplo, a dispensa do serviço militar. A Administração Pública tem a
prerrogativa de decidir se concede ou não a dispensa, considerando critérios estabelecidos em
lei e a conveniência pública.
AT�� PU����VO�
O poder disciplinar é exercido pela Administração Pública e tem como finalidade impor sanções
aos servidores públicos que cometem infrações no exercício de suas funções. Algumas das
principais sanções aplicadas são:
Advertência: Consiste em uma medida de censura ou repreensão ao servidor, sem implicar
em afastamento do cargo ou função. Tem caráter educativo e busca corrigir comportamentos
inadequados ou leves infrações.
Suspensão: É uma medida punitiva que implica no afastamento temporário do servidor de
suas atividades. A suspensão pode ter duração de até 30 dias, conforme previsto na legislação
específica.
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FBDG - Marcos Filipe
Demissão: A demissão é a penalidade máxima aplicada ao servidor público. Ela resulta no
desligamento definitivo do servidor do cargo ou função que ocupava. A demissão está
vinculada a infrações graves e é aplicada após a observância de devido processo legal,
assegurando o direito de defesa.
Aposentadoria compulsória: A aposentadoria compulsória é uma sanção aplicada aos
servidores públicos que atingem a idade limite para permanecer no cargo, estabelecida em lei.
Pode ser proporcional, quando o servidor não cumpre todos os requisitos para a aposentadoria
integral, ou vitalícia, quando o servidor já possui os requisitos para aposentadoria integral.
Contratual / Poder de Polícia: No âmbito do poder de polícia exercido pela Administração
Pública, também podem ser aplicadas sanções administrativas em casos de infrações
relacionadas a contratos ou atividades regulamentadas. Algumas das principais sanções são:
Multa: A aplicação de multa é uma forma de sanção pecuniária imposta em decorrência de
infrações administrativas. Ela tem como objetivo punir o infrator e dissuadir condutas contrárias
à lei ou aos regulamentos.
Advertência: Assim como no poder disciplinar, a advertência também pode ser aplicada no
poder de polícia. Nesse caso, a advertência tem o propósito de alertar o infrator sobre a
conduta irregular, sem implicar em penalidades mais severas.
Rescisão unilateral do contrato: Nos contratos administrativos, a Administração Pública pode
exercer o poder de rescisão unilateral, rompendo o contrato diante de descumprimentos
contratuais por parte do contratado.
Interdição de atividade: Em casos de risco à segurança, saúde pública ou outras situações
previstas em lei, a Administração Pública pode determinar a interdição temporária ou definitiva
de uma atividade, visando proteger o interesse público.
AT�� PU����VO�
São as ações ou decisões adotadas pela Administração Pública com o objetivo de aplicar
sanções ou penalidades a agentes públicos, servidores ou particulares que tenham cometido
infrações ou violações das normas administrativas.
Certidões: As certidões são documentos emitidos pelos órgãos administrativos que atestam
informações registradas em livros e arquivos. No contexto dos atos punitivos, as certidões
podem ser utilizadas para comprovar fatos relevantes para a aplicação de penalidades ou para
embasar processos disciplinares. Por exemplo, uma certidão pode registrar a ocorrência de
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FBDG - Marcos Filipe
infrações cometidas por um servidor público, servindo como base para a instauração de um
procedimento disciplinar.
Pareceres: Os pareceres são manifestações técnicas e opinativas elaboradas por especialistas
em determinada área. No contexto dos atos punitivos, os pareceres podem ser solicitados para
subsidiar a tomada de decisão em processos disciplinares, oferecendo análises e
recomendações sobre a legalidade e a gravidade das infrações cometidas. Os pareceres
podem ser fundamentais para embasar a aplicação de sanções punitivas, fornecendo subsídios
técnicos e jurídicos para a autoridade responsável.
EX���ÇÃO DO AT� AD����S��AT���
A extinção do ato administrativo ocorre quando o mesmo deixa de produzir efeitos jurídicos, ou
seja, é encerrado ou retirado do ordenamento jurídico. Alguns dos principais motivos para a
extinção são:
Execução material: A execução material se refere à realização prática do ato administrativo,
como no caso da demolição de uma casa por determinação da Administração Pública.
Implemento de condição resolutiva ou termo final: O ato administrativo pode ser
estabelecido com uma condição resolutiva ou um prazo determinado. Quando essa condição é
cumprida ou o prazo chega ao fim, o ato é extinto. Um exemplo seria a autorização concedida a
ambulantes para atuar durante o período do carnaval, que se encerra ao término da
festividade.
Desaparecimento do sujeito ou objeto da relação jurídica constituída pelo ato: A extinção
pode ocorrer quando o sujeito ou o objeto do ato deixa de existir. Isso pode ocorrer, por
exemplo, em casos de falecimento do titular de uma nomeação ou licença, ou quando a
atividade para a qual o ato foi emitido é encerrada.
Retirada do ato: A retirada do ato administrativo pode ocorrer por meio da revogação ou
invalidação. A revogação ocorre quando a própria Administração Pública, por razões de
interesse público, decide cancelar o ato, mesmo que ele seja válido. Já a invalidação ocorre
quando o ato é considerado inválido devido a vícios de legalidade, como desvio de poder ou
violação de normas legais.
É importante ressaltar que a extinção do ato administrativo não invalida seus efeitos passados,
ou seja, o que já foi produzido e executado permanece válido e eficaz até o momento de sua
extinção.
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FBDG - Marcos Filipe
OR����ZAÇÃO AD����S��AT���
A organização administrativa compreende a estruturação e distribuição das competências e
responsabilidades dos órgãos e entidades que integram a administração pública, visando o
bom funcionamento do Estado e o atendimento às necessidades da sociedade. Além disso, a
organização administrativa pode ser regida por princípios como a eficiência, a legalidade, a
impessoalidade, a moralidade e a publicidade, que devem nortear a atuação dos agentes
públicos no exercício de suas funções.
Também chamada de administração centralizada, composta pelos Entes políticos da
Federação.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA/CENTRALIZADA: Guardam para si as atribuições
constitucionais legais de interesse público relevante necessárias para o desenvolvimento das
políticas públicas, poder de polícia, segurança pública, desenvolvimento social e dentre outras
necessárias ao implemento do interesse público.
● União;
● Estado;
● Município;
● Distrito Federal;
● Órgãos integrados na estrutura administrativa do Poder Executivo.
- Entes que integram a administração direta carregam atribuições relevantes para
desempenhar o interessepúblico. No exercício de suas atividades, esses entes são
divididos em uma série de órgãos que atuam de forma centralizada e especializada,
com a finalidade de executar as políticas públicas e prestar serviços à população de
forma eficiente e eficaz.
A administração pública direta é composta pelos entes políticos da Federação, que se
subdividem em órgãos para o desempenho de suas funções específicas. Esses órgãos são
responsáveis por executar as políticas públicas e atender às necessidades da sociedade,
sendo exemplos o Ministério da Saúde, da Economia, dos Transportes e tantos outros. Cada
um desses órgãos possui atribuições próprias e atua em sua respectiva área de
competência, com o objetivo de promover o desenvolvimento do país e o bem-estar da
população.
CARACTERÍSTICAS ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA:
● São entes autônomos; (Financeira, administrativa e organizacional)
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FBDG - Marcos Filipe
Os entes autônomos são entidades que possuem autonomia financeira, administrativa e
organizacional para gerir seus próprios recursos e tomar decisões que afetam o seu
funcionamento. Alguns exemplos desses entes são as autarquias, as fundações públicas e as
empresas estatais.
● Controladores dos entes da ADM indireta;
Os entes da administração direta exercem o controle desses entes autônomos, sendo
responsáveis por fiscalizar e monitorar a sua atuação.
● Gozam de imunidade tributária recíproca;
Além disso, os entes autônomos gozam de imunidade tributária recíproca, ou seja, não podem
ser tributados por outros entes da mesma esfera governamental.
● Gozam de prerrogativas do Reg. Jurídico ADM
Eles também possuem prerrogativas do regime jurídico administrativo, como a possibilidade de
editar normas e realizar contratações sem a necessidade de licitação em alguns casos
específicos.
● Possuem foro privilegiado;
Possuem órgão da justiça específico com atribuição de competência para julgar esses entes.
Os entes autônomos também possuem foro privilegiado em algumas situações e são regidos
pela responsabilidade civil objetiva, ou seja, são responsáveis pelos danos causados
independentemente de culpa. Ex: Vara de fazenda pública, Justiça Federal.
● Responsabilidade civil objetiva;
A lei estabelece a obrigação de reparar um dano, independentemente da existência de culpa
por parte do responsável pelo dano. Significa que, o Estado pode ser obrigado a reparar o
prejuízo causado, mesmo que não tenha agido com negligência, imprudência ou imperícia.
● Bens (Inalienáveis; impenhoráveis; imprescritíveis;)
Os bens dos entes autônomos são, em regra, inalienáveis, ou seja, não podem ser vendidos.
(Mas, para serem vendidos têm que passar avaliados e vendidos através de licitações) ou
transferidos para terceiros, impenhoráveis, o que significa que não podem ser objeto de
penhora judicial, e imprescritíveis, ou seja, não há prazo para que possam ser adquiridos
judicialmente via usucapião.
● Pagamentos de sentenças por precatório ou RPV.
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FBDG - Marcos Filipe
O pagamento de eventuais sentenças judiciais contra os entes autônomos ocorre por meio de
precatórios, que são ordens judiciais para que o ente público efetue o pagamento em parcelas
ao longo do tempo.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA
A administração pública indireta é composta pelos entes que integram a Administração
descentralizada.
Pode criar por leis entidades autônomas para executar atribuições ou serviços públicos, seja
para serem mais eficientes ou para atender uma especialidade técnica. Assim, nós temos a
possibilidade da criação desses entes:
● Autarquias;
● Fundações Públicas:
● Sociedade de economia mista: Ex: Petrobras, BB.
● Empresas públicas:
Autarquias
Pessoa jurídica de direito público, de natureza meramente administrativa (não políticas)
criados por lei específica para realização de atividades obras, ou serviços descentralizados da
entidade estatal que a criou.
Podem desempenhar atividades:
1. Econômicas (Banco central)
2. Educacionais (Universidades Federais e estaduais)
3. Previdenciárias (INSS), etc.
- São entidades da administração pública indireta criadas por lei para desempenhar
atividades típicas do Estado, sem fins lucrativos. Possuem autonomia financeira,
patrimonial e gerencial. Exemplos: INSS, IBGE, ANATEL.
Quase um clone da administração pública direta, mesmo DNA.
Art. 37, CF - XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
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FBDG - Marcos Filipe
Características:
1. Instituídas por lei;
2. São entes autônomos;
3. Estão sujeitos ao controle Estatal - Controle do ente que a criou;
4. Gozam de imunidade tributária;
5. Gozam de prerrogativas Estatais;
6. Possuem foro privilegiado;
7. Responsabilidade Civil Objetiva;
8. Bens Bens; (Inalienáveis; impenhoráveis; imprescritíveis;)
9. Pagamento de sentença via precatório ou RPV.
Fundações Públicas
A fundação pública instituída pelo poder público caracteriza-se por ser um patrimônio público, a
que a lei atribui personalidade jurídica de direito público ou privado, para consecução de fins
públicos.
- Fundações Públicas: são entidades da administração pública indireta que têm por
finalidade a realização de atividades de interesse público, podendo ou não ter fins
lucrativos. Possuem patrimônio próprio e autonomia gerencial, mas não possuem
autonomia financeira. Exemplos: Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Fundação Nacional
do Índio (Funai).
Sociedades de Economia Mista
Trata-se de pessoa jurídica de direito privado, em que há conjugação de capital público e
privado, participação do poder público na gestão e organização sob forma de sociedade
anônima; executa atividades econômicas, algumas delas próprias da iniciativa privada e outras
assumidas pelo Estado como serviços públicos.
- O governo tem que ter o mais capital de societário votante;
- Entidade pública que tem personalidade jurídica de direito privado, capital
público/privado.
- Participação do poder público na gestão.
- O governo tem que ter no mínimo 51% das ações.
- Sociedade anônima (tipo de formação de empresa, SA sociedade limitada)
- São entidades que têm sua constituição sob a forma de sociedade anônima e têm como
acionistas o Estado e pessoas físicas ou jurídicas de direito privado. Possuem objetivo
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lucrativo e, portanto, podem distribuir dividendos aos acionistas. Exemplos: Petrobras,
Banco do Brasil, Eletrobras.
Características:
1. Criação e extinção são autorizadas por lei;
2. São entes autônomos; (financeira/administrativa)
3. Personalidade jurídica de direito privado; (características de empresa privada)
4. Sujeição ao controle estatal;
5. Derrogação/exceção parcial ao regime de direito; privado por normas de direito público;
6. Desempenham atividades econômicas, prestam serviços públicos ou coordenam obras
públicas;
7. Não gozam de privilégios estatais, salvo se concedidos pela lei que autorizou a sua
criação ou quando praticam atos administrativos (licitações e concurso);
8. Não gozem de imunidade tributária;
9. O STF entende que a S.E.M que prestam atividade concorrencial econômica podem ser
penhoráveis, pois tem personalidade jurídica de direito privado;
Empresas Públicas
É pessoa jurídica de direito privado com capital inteiramente público (com possibilidade de
participação das entidades da Administração Indireta) e organização sob qualquer das formas
admitidas em direito;
- São entidades da administração pública indireta criadas sob a forma de sociedades
anônimas de capital fechado, totalmente controladas pelo Estado. Possuem objetivo de
prestação de serviços públicos ou a exploração econômica de atividades de interesse
público, podendo ou não ter fins lucrativos. Exemplos: Correios, Infraero, Casa da
Moeda.
Características:
10. Criação e extinção são autorizadas por lei;
11. São entes autônomos; (financeira/administrativa)
12. Personalidade jurídica de direito privado;(características de empresa privada)
13. Sujeição ao controle estatal;
14. Derrogação/exceção parcial ao regime de direito; privado por normas de direito público;
15. Desempenham atividades econômicas, prestam serviços públicos ou coordenam obras
públicas;
16. Não gozam de privilégios estatais, salvo se concedidos pela lei que autorizou a sua
criação ou quando praticam atos administrativos (licitações e concurso);
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17. Não gozem de imunidade tributária;
18. O STF entende que as empresas públicas não podem ser penhoráveis.
DIFERENÇAS ENTRE SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA (S.E.M) & EMPRESAS
PÚBLICAS
- CAPITAL: Enquanto na SEM tem uma composição de capital público privado, sendo o
capital público margarita rio em ações que dão direito ao controle, na empresa pública
haverá apenas o capital público.
- FORMAS DE ORGANIZAÇÃO: A sociedade de economia mista é sempre sociedade
anônima.
- FORO: Empresas públicas = Justiça Federal / S.E.M = Justiça comum.
TE����RO SE���
A sociedade civil é dividida em três setores, primeiro, segundo e terceiro.
Entidades privadas sem fins lucrativos que prestam serviços e atividades que assistem a
sociedade. Não integra a administração pública, nem direta, nem indireta. Ex: ONG.
● Primeiro setor - É formado pelo Governo e suas entidades;
● Segundo setor - É formado pelas empresas privadas, que visam lucro;
● O terceiro setor - São entidades privadas sem fins lucrativos, que podem receber
auxílio do governo. O terceiro setor contribui para chegar a locais onde o Estado não
conseguiu chegar, fazendo ações solidárias, portanto possui um papel fundamental na
sociedade.
No entanto, vale ressaltar que o fato de receber auxílio do governo não significa que essas
entidades estejam subordinadas ao poder público ou que estejam isentas de cumprir as
normas e regulamentações aplicáveis. Pelo contrário, o terceiro setor deve cumprir as leis e
regulamentos do direito administrativo, assim como qualquer outra entidade que presta
serviços ou recebe recursos públicos.
Trabalham ao lado do Estado, sob seu amparo, cooperando nos setores, atividades e serviços
que lhe são atribuídos, de considerados de interesse específico de determinada categoria de
beneficiários.
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Características:
1. Não integram a administração indireta;
2. Criados por lei e recebem autorização legal para arrecadarem e utilizarem contribuições
parafiscais;
3. Podem ser subsidiárias
4. Regem-se por normas de direito privado;
5. Dirigentes podem ser sancionados por atos de improbidade administrativa, devendo,
inclusive, apresentar declaração de bens antes de posse do exercício;
6. Cabe a impetração de MS (mandado de segurança) ou Apop (ação popular);
7. Exigência de processo seletivo para seleção de pessoal; (não necessariamente a
necessidade de concurso público formal, mas, para a contratação é necessário a
seleção do pessoal).
8. Presta conta ao tribunal de contas.
Organizações sociais (OS)
As organizações sociais não nascem naturalmente. Elas são entidades que prestam serviços à
sociedade e utilizam a lei 9.636 para se qualificar como Organização Social (OS). Ao se
tornarem OS, elas se tornam elegíveis para participar de seleções públicas visando receber
verbas públicas, celebram contratos de gestão com o governo para receber recursos
adicionais e aprimorar suas atividades.
No contrato de gestão, há um plano de metas para que a OS receba os valores estabelecidos.
O plano de metas do contrato de gestão das organizações sociais é um documento que
estabelece as diretrizes e objetivos a serem alcançados pela entidade durante um determinado
período de tempo, geralmente de um a três anos. Esse plano tem como finalidade orientar e
monitorar o desempenho da organização social na execução de suas atividades e no
cumprimento das metas estabelecidas.
No plano de metas, são definidos indicadores de desempenho que permitirão avaliar o
progresso e os resultados alcançados pela organização social. Esses indicadores podem ser
quantitativos, como número de atendimentos realizados, percentual de redução de determinado
problema social, ou qualitativos, como nível de satisfação dos usuários dos serviços prestados.
➝ São regidas pela lei 9.636/1998;
➝ São entidades privadas;
➝ sem fins lucrativos;
➝ Atividades: ensino, pesquisa científica, cultura, saúde, meio ambiente;
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➝ Contrato de gestão para recebe por verbas para realizar as atividades; (Nat. Convênio. Fins
convergentes)
➝ Podem receber recursos, bens públicos e serviços;
Para atuar como OS, a entidade precisa firmar um contrato de gestão com o poder público, por
meio do qual se compromete a realizar determinadas atividades em troca de recursos
financeiros, bens públicos ou serviços. Esse contrato é uma espécie de convênio, mas com
características específicas, como a definição de metas e indicadores de desempenho e a
possibilidade de remuneração variável, conforme o cumprimento dos objetivos acordados.
- Contrato de gestão tem natureza jurídica de convênio;
Em resumo, as Organizações Sociais são uma forma de parceria entre o poder público e
entidades privadas sem fins lucrativos, que têm como objetivo realizar atividades de interesse
público em áreas estratégicas para o desenvolvimento social e econômico do país.
● OSCIP - Organização social civil de interesse Público - Lei 9790/1999
Trata-se de uma entidade privada, sem fins lucrativos, que tem como objetivo realizar
atividades de interesse público, como a promoção de ações sociais, culturais, educacionais,
científicas, ambientais, entre outras.
Uma das principais vantagens da qualificação como OSCIP está na possibilidade de celebrar
parcerias com o poder público, firmar convênios e receber recursos públicos para a realização
de suas atividades. Além disso, as OSCIPs têm acesso a benefícios fiscais, como a
possibilidade de receber doações dedutíveis do Imposto de Renda.
O processo de qualificação como OSCIP envolve o cumprimento de diversas etapas, como a
elaboração de estatuto social específico, a aprovação pela Receita Federal e a análise dos
requisitos legais pelo Ministério da Justiça.
As OSCIPs desempenham um papel relevante na sociedade, atuando em parceria com o poder
público no enfrentamento de questões sociais e contribuindo para o desenvolvimento de
projetos e ações que visam o bem-estar coletivo.
➝ Enquadramento vinculado com a documentação ok.
- Entidade privada;
- Sem fins lucrativos;
- Não precisa de Lei; (Enquadra-se por ato vinculado.)
- Rol extenso de atividade, porém são vedadas entidades religiosas, partidos políticos e
sindicatos (Art. 2)
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- Celebra termo de parceria (Mais simples: não cede bens; servidores; nem tem
dotação; há apenas cessão de valores)
- Realiza licitação.
- Ex: Instituto aliança com adolescentes (SSA)
AD����S��AÇÃO PÚB�I�� BU���RÁTI�� E GE���C�A�
O sociólogo Max Weber acreditava que a administração pública poderia funcionar de maneira
eficiente e organizada por meio de um sistema hierárquico, no qual uma estrutura de poder se
originaria do topo e cada membro cumpriria suas funções designadas. Essa abordagem levaria
ao sucesso da administração.
- Impactos no direito administrativo:
- Sistema da modernidade com base no modelo Weberiano: Hierarquia; centralização de
atividades; separação entre Privado / Público (Estabilidade; atos de império; ausência
de negociação); afastamento entre política e gestão, significa que não necessariamente
um bom político precisaria ser um bom gestor; controle como atividade secundária, o
controle não era o foco; legalidade afastada da ética, no período as leis não eram
carregadas de conteúdos éticos.
- Sistema da pós-modernidade com atuação em REDE; descentralização de atividades
(regulação); comedido entrelaçando entre público e privado (CLT; acordos; arbitragem);
aproximação entre política e gestão (em busca da legitimidade);
● Administração burocrata - Sistema modernidade
Características
- Legalidade estrita;
- Concentraçãode atividades;
- foco na atividade meio, no procedimento; (maior característica)
- Controle da gestão com ênfase na punição.
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● Administração gerencial - sistema pós-modernidade
Características
- (New public Management - Margareth Thatcher (1979-90) (primeira ministra da
Inglaterra)
- Juridicidade;
- Desconcentração de atividades (prioriza a regulação);
- Foco na finalidade, procedimento como meio: controle da gestão baseada no
desempenho, punição secundária.
A Administração Pública na sociedade atual não pode estar centrada em um só polo.
A gestão plural quebrou a unidade da Administração, A lógica linear da atividade administrativa
é substituída por lógica multifuncional.
A administração pública deve agir de forma interdisciplinar ao lidar com questões internas,
garantindo que os diferentes setores se comuniquem para estabelecer soluções conjuntas.
Não há sistemas superiores e inferiores ou um que domine
O outro. Há interdependência através de um modelo organizacional em REDE, disperso por
instâncias especializadas. (Ex: Prefeituras bairro; privatizações; agências regulares.
GO���N��I��D��E X GE��ÃO X GO���N��ÇA
GOVERNABILIDADE - Aparato político para viabilizar a gestão através de recursos e
legitimidade, boas relações em níveis políticos, ter alianças, firmar convênios, trazer verbas,
aprovar leis para beneficiar seu projeto de governo e etc.
GESTÃO - Tramitação da máquina Estatal. Conjunto de todos os processos, atos, decisões
que viabilizam as políticas públicas. A gestão em si.
GOVERNANÇA - Mecanismos que viabilizem uma gestão eficiente, focada mais nos resultados
dos processos. Mecanismo que uma gestão eficiente utiliza para potencializar esses
resultados. Ex: contratos celebrados com grau máximo de eficiência, contratos celebrados sem
problemas.
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