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ELABORAÇÃO DO MATERIAL Adm. Carlos Alberto Lopes CURSO – e-Social DEPARTAMENTO DE PESSOAL ONLINE eSocial Simplificado 2022 Brasília - DF REALIZAÇÃO É proibida a reprodução total ou parcial, inclusive a produção de apostila com base neste material, por qualquer forma ou meio, ainda que através de processo xerográfico, de fotocópias ou de gravação, sem a prévia autorização do titular dos direitos autorais. 2 3 Versão S-1.1 (aprovada pela Portaria Conjunta SEPRT/RFB nº 33, de 06/10/2022 – DOU de 07/10/2022) Observações: 1) as orientações constantes nesse manual são aplicáveis às informações prestadas nas versões S-1.0 e S-1.1 dos leiautes do eSocial. Contudo, algumas orientações referem-se a eventos, campos e regras existentes apenas na versão S-1.1 dos referidos leiautes. 2) Esta versão incorpora a NO S-1.0 2022-12, assim como a versão beta de orientações sobre os eventos relativos a processos trabalhistas publicada em 02/08/2022 e retificada em 05/10/2022. (As marcações em verde representam textos alterados, incluídos ou excluídos em relação à Versão S-1.0 (Consol. até a NO S-1.0 – 11.2022) Instituído pelo Decreto nº 8.373, de 11 de dezembro de 2014, que tem por objetivo desenvolver um sistema de coleta de informações trabalhistas, previdenciárias e tributárias 4 5 Sumário Pag. 6 7 ESOCIAL: MANUAL PARA O RH/DP ATUALIZADO EM 11 DE OUT 2022 O eSocial (Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas) é uma das diversas obrigações que a área de Recursos Humanos precisa cumprir. Trata-se de um programa do governo federal, instituído pelo Decreto nº 8.373, de 11 de dezembro de 2014. Em vigor desde 2018, o eSocial coleta informações trabalhistas, previdenciárias e tributárias, armazenando-as em um Ambiente Nacional Virtual. O objetivo é possibilitar que os órgãos participantes do projeto, na medida da pertinência temática de cada um, possam utilizar essas informações, além de apurar tributos e a contribuição para o FGTS. Por ser tão abrangente, essa obrigação impacta em diversos processos da empresa e, principalmente, do RH, que precisa se manter sempre atualizado para não cometer equívocos e acabar sofrendo penalizações. eSocial: o que é? O eSocial é um projeto do governo federal que, gradativamente, unifica o envio de informações pelo empregador em relação aos seus empregados. Este, então, integra o Sistema Público de Escrituração Digital – SPED (decreto nº 6.022/2007). Trata-se, portanto, da geração digital da folha de pagamento e demais informações fiscais, previdenciárias, trabalhistas e de apuração de tributos e do FGTS, com a padronização das rubricas da folha de pagamento, de layout e de registro de empregados. Dessa forma, progressivamente, as obrigações acessórias são substituídas. Isso significa que o eSocial estabelece a forma como são prestadas essas informações (trabalhistas, previdenciárias, tributárias e fiscais) relativas à contratação e utilização de mão de obra onerosa, com ou sem vínculo empregatício, e de produção rural. Dessa forma, não se trata de uma nova obrigação tributária acessória, mas uma nova forma de cumprir obrigações trabalhistas, previdenciárias e tributárias já existentes. Com isso, ele não altera as legislações específicas de cada área, mas apenas cria uma forma única e mais simplificada de atendê-las. Ou seja, a prestação das informações pelo eSocial substitui o procedimento do envio das mesmas informações por meio de diversas declarações, formulários, termos e documentos relativos às relações de trabalho, digitalizando esse processo. Assim, através do cruzamento de dados, o eSocial substitui as seguintes obrigações acessórias, até então enviadas separadamente: ✓ Obrigações acessórias do eSocial ✓ Livro de Registro de Empregado (LRE) - já substituído; ✓ Folha de Pagamento – Estabelecimentos/Obras; ✓ CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social - já substituído; ✓ GPS - já substituído parcialmente; ✓ GFIP; ✓ RAIS - já substituído parcialmente; ✓ CAGED - já substituído; ✓ DIRF; ✓ DCTF; ✓ GRF e GRRF; ✓ Quadro horário de trabalho - já substituído; ✓ MANAD; ✓ Comunicação de Dispensa (CD); ✓ Comunicação do Acidente de Trabalho (CAT) - substituído para grupos 1, 2 e 3; 8 ✓ Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) - substituído em janeiro de 2023; ✓ Neste sentido, também há os princípios do eSocial. Conheça abaixo: Princípios do eSocial ✓ Dar maior efetividade à fruição dos direitos fundamentais trabalhistas e previdenciários dos trabalhadores; ✓ Racionalizar e simplificar o cumprimento de obrigações previstas na legislação pátria, relativa à cada matéria; ✓ Eliminar a redundância nas informações prestadas pelas pessoas físicas e jurídicas obrigadas; ✓ Aprimorar a qualidade das informações referentes às relações de trabalho, previdenciárias e fiscais; e ✓ Conferir tratamento diferenciado às ME/EPP. Os órgãos responsáveis formam o chamado Comitê Gestor do eSocial, composto pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, Caixa Econômica Federal, Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e Ministério do Trabalho. A fim de simplificar um projeto tão complexo, o Comitê Gestor classificou os eventos a serem enviados como de Tabelas, Periódicos e Não Periódicos. Todos eles são formados por grupos de eventos conhecidos como os “Ss”, que possuem prazos de envios diferentes. Confira quais são eles a seguir. EVENTOS DE TABELAS, EVENTOS PERIÓDICOS E EVENTOS NÃO PERIÓDICOS Eventos iniciais Os eventos iniciais são aqueles que identificam o empregador/contribuinte, contendo dados básicos de sua classificação fiscal, estrutura administrativa e respectivo cadastramento inicial dos vínculos (empregados ativos e afastados). Faz parte desta classificação o evento S-1000 - Informações do Empregador/Contribuinte/Órgão Público, onde são fornecidas pelo empregador/contribuinte as informações cadastrais, alíquotas e demais dados necessários ao preenchimento e validação dos demais eventos do eSocial, inclusive para apuração das contribuições. Este é o primeiro evento que deve ser transmitido pelo empregador/contribuinte. Eventos de Tabelas São os eventos que montam as tabelas do empregador, responsáveis por informações necessárias para validar os eventos não periódicos e periódicos. Estes são fundamentais para a recepção dos eventos do eSocial e cálculos corretos das bases de cálculo e dos valores devidos, devendo ser observados os respectivos tempos de vigência. São compostos por: ❖ S-1005 - Tabela de estabelecimentos, obras ou unidades de órgãos públicos; ❖ S-1010 – Tabela de Rubricas; ❖ S-1020 – Tabela de Lotações Tributárias; ❖ S-1070 - Tabela de Processos Administrativos/Judiciais. Eventos não periódicos Os eventos não periódicos são as informações resultantes da relação jurídica entre o trabalhador e o empregador durante todo o período laboral. São compostos por: ❖ S-2190 - Admissão de Trabalhador - Registro Preliminar; ❖ S-2200 – Admissão/Ingresso de Trabalhador; ❖ S-2205 – Alterações de Dados Cadastrais do Trabalhador; 9 ❖ S-2206 – Alterações de Contrato de Trabalho; ❖ S-2210 - Comunicação de Acidentede Trabalho (CAT); ❖ S-2220 - Monitoramento da Saúde do Trabalhador; ❖ S-2230 - Afastamento Temporário; ❖ S-2231 - Cessão/Exercício em outro Órgão; ❖ S-2240 - Condições Ambientais do Trabalho - Fatores de Risco; ❖ S-2298 – Reintegração; ❖ S-2299 – Desligamento; ❖ S-2300 – Trabalhador sem vínculo de emprego/estatutário (início); ❖ S-2306 – Trabalhador sem vínculo de emprego/estatutário - alteração contratual; ❖ S-2399 – Trabalhador sem vínculo de emprego/estatutário (término); ❖ S-2400 - Cadastro de Benefícios Previdenciários; ❖ S-2405 - Alteração de Dados Cadastrais do Beneficiário - Entes Públicos; ❖ S-2410 - Cadastro de Benefícios Ente Público; ❖ S-2416 - Alteração do Cadastro de Benefícios – Entes Públicos ❖ S-2418 - Reativação de Benefícios; ❖ S-2420 - Cadastro de Benefícios - Entes Públicos - Término; ❖ S-3000 - Exclusão de eventos. ❖ S-8299 - Baixa Judicial do Vínculo* Eventos periódicos Os eventos periódicos são os necessários para compor a folha de pagamento digital, suas contribuições e outras informações previdenciárias ou fiscais. São compostos por: ❖ S-1200 – Remuneração do trabalhador vinculado ao Regime Geral de Previdência Social; ❖ S-1202 – Remuneração de servidor vinculado ao Regime Próprio de Previdência Social; ❖ S-1207 – Benefícios previdenciários RPPS; ❖ S-1210 - Pagamentos de Rendimentos do Trabalho; ❖ S-1260 - Comercialização da Produção Rural Pessoa Física; ❖ S-1270 - Contratação de Trabalhadores Avulsos Não Portuários; ❖ S-1280 - Informações Complementares aos Eventos Periódicos; ❖ S-1298 - Reabertura dos Eventos Periódicos; ❖ S-1299 - Fechamento dos Eventos Periódicos. Grupos e fases do eSocial Além dessa divisão por tipos eventos, para que o projeto pudesse ter um melhor desempenho, o Comitê Gestor estruturou o eSocial por grupos e em fases. Assim, aos poucos, as empresas passaram a enviar suas obrigações – não sobrecarregando a rede do receptor e organizando o envio por parte das empresas. Atualmente, o eSocial conta com quatro grupos: Grupo 1: Grandes empresas – aquelas com faturamento superior a R$ 78 milhões em 2016; Grupo 2: Demais empresas – aquelas com faturamento inferior a R$ 78 milhões em 2016, exceto empresas optantes pelo Simples Nacional; Grupo 3: Empregadores optantes pelo Simples Nacional, Empregadores Pessoa Física (exceto doméstico), Produtor Rural PF e entidades sem fins lucrativos; Grupo 4: Órgãos e entes públicos; Após a divisão por grupos, foi necessário segmentar por fases, o que determinou o que enviar e em que período. Confira: ❖ Fase 1: Eventos de Tabela; ❖ Fase 2: Eventos não periódicos; ❖ Fase 3: Eventos Periódicos; ❖ DCTFWeb; ❖ Fase 4: Eventos de SST; ❖ FGTS Digital. 10 Cronograma do eSocial Para cada fase, como vimos, há um prazo diferente que os Grupos devem cumprir. O cronograma de implantação do eSocial é o resultado do cruzamento dos grupos e das fases, conforme o esquema abaixo: Grupo 1 Fase 1: janeiro/2018 Fase 2: março/2018 Fase 3: maio/2018 DCTFWeb: agosto/2018 Fase 4: outubro/2021 FGTS Digital: A definir Grupo 2 Fase 1: julho/2018 Fase 2: outubro/2018 Fase 3: janeiro/2019 DCTFWeb: abril/2019 e outubro/2021 Fase 4: janeiro/2022 FGTS Digital: A definir Grupo 3 Fase 1: janeiro/2019 Fase 2: abril/2019 Fase 3: maio/2021 (empresas do Simples), julho/2021 (empregador Pessoa Física) e outubro/2021 (segurados especiais) DCTFWeb: outubro/2021 Fase 4: janeiro/2022 FGTS Digital: A definir Grupo 4 Fase 1: julho/2021 Fase 2: novembro/2021 Fase 3: agosto/2022 DCTFWeb: a confirmar Fase 4: janeiro/2023 FGTS Digital: A definir Acesse o cronograma do eSocial e tenha, de forma visual, a relação de fases, grupos e prazos já estabelecidos. eSOCIAL SIMPLIFICADO Ao longo dos anos, o programa passou por diversas mudanças até resultar no eSocial Simplificado. Neste processo de simplificação, foram excluídos do projeto alguns eventos e campos, causando uma diminuição do volume de informações até então prestadas pelos declarantes. Além disso, houve flexibilização de várias regras de validação, diminuindo a quantidade de erros que impedem o recebimento de arquivos, transformando algumas inconsistências que gerariam a recusa do evento em simples advertências ao usuário. História do eSocial O eSocial surgiu em 2007, por meio do Decreto 6.022 de 22 de janeiro de 2007 que criou o Sistema Público de Escrituração Digital — SPED, com o intuito de informatizar a relação entre 11 Fisco e seus contribuintes. Dois anos depois, ou seja, em 2009, é criado um projeto piloto para estender o SPED à área trabalhista. Já em 2012, o SPED, também conhecido na época como SPED Fiscal ou EFD- Social, passa a se chamar apenas eSocial. O ano de 2013 foi de grande movimentação em torno do eSocial. Em junho do mesmo ano, o Ato Declaratório Executivo número 05 aprova e divulga a versão inicial, isto é, o layout do eSocial. Em julho, é lançado, oficialmente, o Manual de Orientação do eSocial (MOS), na versão 1.0. No mês de novembro de 2013, é disponibilizado um aplicativo para qualificação do cadastro dos trabalhadores existentes nas empresas, prorrogado para 06/2014. E, em dezembro, ocorre a divulgação do layout Minuta do Manual de Orientação do eSocial, versão 1.1. No ano seguinte, 2014, dois fatos marcam o eSocial. O primeiro deles é a prorrogação para janeiro de 2015 e, logo em seguida, uma nova prorrogação para maio de 2015, sob o Decreto 8.373 de 11 de dezembro de 2014 que institui o eSocial, publicando o Manual de Orientação versão 1.2. Em 2015, o eSocial também não entra em vigor, conforme previsto. Em maio do mesmo ano, ocorre a prorrogação para janeiro de 2017 e a divulgação do Manual de Orientação do eSocial versões 2.0 e 2.1. Contudo, em outubro, a obrigatoriedade de utilização do Módulo Empregador Doméstico do eSocial passa a valer. Em 2016, há uma nova prorrogação do eSocial. Desta vez, para janeiro de 2018. Em outubro de 2016, é divulgada a Resolução do Comitê Diretivo do eSocial nº 02/2016, publicada no Diário Oficial da União em 31/08/2016, que informa a implantação do sistema em duas etapas: a partir de 1º de janeiro de 2018 para empresas com faturamento superior a R$ 78 milhões em 2016 e, a partir de julho de 2018, estendida aos demais empregadores e contribuintes independentemente do valor de faturamento anual. Após 10 anos do início do projeto, isto é, em 2017, é divulgado o Manual de Orientação do eSocial nas versões 2.2.01, 2.2.02, 2.3 e 2,4, além de ser criado o EFD-Reinf e 2.4.01 – confirmação do faseamento. Em julho do mesmo ano, é disponibilizado o ambiente de testes para desenvolvedores e, em agosto, ocorre a disponibilização do ambiente de testes para contribuintes. O início Depois de tantas alterações, o eSocial entrou em vigor, oficialmente, em janeiro de 2018, conforme divulgado em 2016: janeiro para empresas com faturamento superior a R$ 78 milhões/2016 e julho para as empresas com faturamento inferior a R$ 78 milhões/2016. Já em 2019, iniciam as substituições das obrigações acessórias pelo eSocial e surgem os primeiros rumores da simplificação, bem como o adiamento da fase se Saúde e Segurança do Trabalho. Em 2020, em meio à pandemia do corona vírus, o Comitê Gestor do eSocial prorroga novas fases e confirma a simplificação do eSocial, marcando o início de um novo marco para o projeto. E, em 2021, há a confirmação dos prazos para a entrega da DCTFWeb para os grupos 3, 4, 5 e 6. Qualificação Cadastral eSocial A qualificação cadastral do eSocial, realizada por meio do aplicativo Consulta Qualificação Cadastral (CQC), permite ao usuário verificar se o Cadastro de Pessoa Física-CPF e o Número de Identificação Social-NIS (NIT/PIS/PASEP) estão aptos para serem utilizados no eSocial, a fim de não comprometer o cadastramento inicial ou admissões de trabalhadores no eSocial. Ou 12 seja, a qualificação cadastral do eSocial nada maisé do que o processo de regularização do cadastro dos trabalhadores no banco de dados da empresa. Isso porque uma das premissas para o envio de informações e recolhimento das obrigações por meio do eSocial é a consistência dos dados cadastrais enviados pelo declarante relativos aos trabalhadores a seu serviço. Esses dados são validados na base do CPF (nome, data de nascimento e CPF) e qualquer divergência impossibilita o envio dos eventos S-2190, S-2200, S-2205, S-2300, S-2400 ou S-2405. Existem dois tipos de qualificação: a consulta online que permite a pesquisa diretamente na tela de até 10 trabalhadores por vez. E a consulta em lote, que é feita por meio de envio de arquivo padronizado, conforme layout do sistema e é indicado no caso de consulta de grande quantidade de trabalhadores. Para isso, é obrigatório o acesso por meio de Certificado Digital. Link da Qualificação Cadastral: http://consultacadastral.inss.gov.br/Esocial/pages/index.xhtml Certificado Digital O certificado digital é uma espécie de identidade eletrônica da empresa, funcionando como uma carteira de identificação virtual que permite assinar documentos a distância com o mesmo valor jurídico da assinatura feita de próprio punho no papel, mas sem precisar reconhecer firma em cartório. O certificado digital utilizado no sistema eSocial deve ser emitido por Autoridade Certificadora credenciada pela ICP-Brasil. Este deve pertencer à série “A”, do tipo A1 ou A3. ❖ Certificados digitais de tipo A1 ficam armazenados no próprio computador a partir do qual ele se utilizado. ❖ Certificados digitais do tipo A3 são armazenados em dispositivo portátil inviolável do tipo smart card ou token, que possuem um chip com capacidade de realizar a assinatura digital. Os certificados digitais são exigidos em dois momentos distintos: a) Transmissão: antes de ser iniciada a transmissão de solicitações ao sistema eSocial, o certificado digital do solicitante é utilizado para garantir a segurança do tráfego das informações na internet. Para que um certificado seja aceito na função de transmissor de solicitações este deve ser do tipo e-CPF (e-PF) ou e-CNPJ (e-PJ). b) Assinatura de documentos: para os declarantes pessoas jurídicas, os eventos podem ser gerados por qualquer estabelecimento do declarante ou seu procurador, mas o certificado digital assinante destes deve pertencer à matriz, ao representante legal desta ou ao procurador substabelecido, outorgado por meio de procuração eletrônica ou não-eletrônica. Para ter a procuração eletrônica, então, é preciso seguir o Quadro de Regras de Validação para assinatura de documentos segundo o tipo de inscrição. Depois, realizar o procedimento no E- CAC para definição dos perfis da procuração e seguir os seguintes passos: fazer login; clicar no link Procuração Eletrônica – Cadastra Procuração; informar CPF/CNPJ em Dados do Procurador; Selecionar as procurações desejadas do eSocial e clicar em Cadastrar Procuração; Clicar em assinar documento; para cancelar, selecionar a opção ‘cancelar procuração’. Portal eSocial O Portal eSocial é o local onde se encontram todas as informações pertinentes ao projeto. Para ter acesso às informações, os declarantes (lista a seguir) não obrigados a utilizar o certificado digital, precisarão gerar um código de acesso: a) O segurado especial e o empregador doméstico; http://consultacadastral.inss.gov.br/Esocial/pages/index.xhtml 13 b) A ME/EPP optantes pelo Simples Nacional, que possuam até um empregado, não incluídos os empregados afastados em razão de aposentadoria por invalidez; c) O MEI com até um empregado, não incluídos os empregados afastados por motivo legal. Mesmo para os mencionados, a utilização do código de acesso é exclusiva para os módulos web. Para WS-Webservice, é obrigatória a utilização de certificado digital. Sendo assim, mesmo que uma ME possua apenas um empregado e vá prestar suas informações por WSWebservice, ela tem de utilizar certificado digital. A obtenção do Código de Acesso para pessoa física exige o registro do número do CPF, data de nascimento e o número dos recibos de entrega da DIRPF dos dois últimos exercícios. Não possuindo as DIRPF, em seu lugar, deve ser registrado o número do Título de Eleitor. Para pessoa jurídica, são exigidas essas mesmas informações, sendo que relativas ao CPF do seu responsável perante a RFB. Caso o empregador pessoa física ou o responsável pela pessoa jurídica não possua as DIRPF e tampouco o título de eleitor, o acesso ao Portal do eSocial só pode ser feito mediante utilização de Certificação Digital. Não é possível o envio de informações por procurador utilizando código de acesso. eSocial login Para se cadastrar ou fazer login no eSocial, o usuário precisa ter em mãos os documentos relativos à identificação da empresa, qualificação fiscal, qualificações administrativas referente à atividade e ao ambiente do trabalho. Além disso, é preciso ter informações dos documentos que identifiquem a pessoa e a atividade, como por exemplo, CNPJ, CPF, NIS, PIS/PASEP, Declaração de Imposto de Renda, Contrato Social, etc. O próximo passo é realizar o cadastro no sistema eSocial e providenciar o certificado Digital, como explicamos acima. Como os documentos relativos à identificação da empresa e da atividade, é só preencher os dados requeridos pelo sistema eSocial. Como o eSocial já disponibiliza os modelos das tabelas a serem preenchidas de acordo com o tipo de empregador e atividade realizada, basta analisar os códigos constantes nas tabelas e confrontar com as características da pessoa empregadora e da pessoa que prestou o serviço. Manual eSocial O Manual de Orientação do eSocial (MOS) é uma ferramenta que orienta os envolvidos acerca das atualizações que ocorrem no projeto, seguindo as versões de layout atuais. Nele, o usuário encontra informações gerais e técnicas, bem como a orientação específica por evento, anexos pertinentes ao projeto e um glossário. Os arquivos complementares anexos ao MOS, bem como o próprio Manual, estão disponíveis no portal de informações do eSocial. Perguntas frequentes Diante de tantas alterações, existem algumas dúvidas comuns entre os profissionais de RH que precisam enviar as informações ao eSocial. Para ajudar você a encontrar respostas para as perguntas, elencamos mais frequentes e respondemos uma a uma. Confira! Como tirar o eSocial? Tirar o eSocial refere-se ao processo de cadastro no sistema. Para isso, confira no item “eSocial login” o passo a passo que já descrevemos. Seguindo-o, ficará muito mais fácil realizar este processo. 14 Como acessar o eSocial? Para acessar o eSocial, basta clicar neste link: eSocial Login. https://login.esocial.gov.br/login.aspx https://www.gov.br/esocial/pt-br/empresas/manual-web-geral#introdu--o COMO FUNCIONA O ESOCIAL? O eSocial funciona de forma 100% digital, com o objetivo de unificar todas as informações referentes às obrigações trabalhistas e fiscais, entre empresas e seus respectivos colaboradores. Assim, dados como folha de pagamento, obrigações trabalhistas, previdenciárias e fiscais devem estar reunidas em uma única plataforma, vinculando todas as informações aos órgãos fiscalizadores como Ministério do Trabalho, INSS, Justiça do Trabalho, entre outros. Dessa forma, o eSocial pode ser considerado como um sistema de folha de pagamento digital em que os dados serão reunidos e disponibilizados para conferência do governo, inclusive com cruzamento de dados. Como consultar o eSocial? A melhor maneira de consultar o eSocial é contar um sistema gerenciador, que valida campos e transmite todas as informações. Se seu RH não tiver um sistema disponível, terá que acessar o Portal eSocial com os dados e conferir as informações, manualmente. Como enviar a RAIS pelo eSocial? Quando a empresa transmite os eventos para o eSocial, automaticamente, está alimentandoa base de dados da RAIS. Por isso, envie os eventos com cuidado e responsabilidade. Os dados dos funcionários são gerados através dos eventos S-2200, S-2205 e S-2206. Já os dados da ficha financeira são gerados pelos eventos S-1200 e S-2299. Temos mais dados que são tabelas da empresa que impactam que são os eventos S-1000, S-1005, S-1010, S-1020 e, claro, não esqueça de validar os eventos que retornam do eSocial que dizem respeito à base do FGTS e FGTS a recolher que são os eventos S-5003 e S-5013. Como fazer o 13º salário no eSocial? O eSocial possui dois tipos de eventos periódicos de folha de pagamento: mensal (AAAA-MM) e de 13º salário (período de apuração anual – AAAA). Ambos são informados por meio do evento S-1200 respectivo no mês de dezembro. A apuração da CP e do IRRF incidentes sobre o 13º salário é feita apenas na folha de 13º (anual). Nesse caso, o empregador deve gerar a folha do 13º levando em consideração o adiantamento efetuado até o mês de novembro, conforme orientações contidas neste Manual (ver item 19 das “Informações adicionais” do evento S-1200), e transmitir à DCTFWeb para geração da guia de recolhimento da contribuição previdenciária. Lembre-se de que no mês de dezembro são geradas duas folhas pelo eSocial: dezembro e 13º salário, ambas recepcionadas pela DCTFWeb, sendo que o contribuinte deve transmiti-las de forma independente. Já o FGTS tem tratamento diferente. Apesar de não existir uma competência “13” para o recolhimento do FGTS, as informações constantes na folha de 13º salário do eSocial são incluídas na guia da competência “dezembro”, https://login.esocial.gov.br/login.aspx https://www.gov.br/esocial/pt-br/empresas/manual-web-geral#introdu--o 15 juntamente com os valores da remuneração do próprio mês. Mas ressalte-se que isso só irá ocorrer após a substituição da GFIP pelo FGTS Digital. Até lá, a geração da guia de recolhimento do FGTS continua a ser gerada com base nas informações da GFIP. É de se destacar que o FGTS, ao contrário da CP e do IRRF, incide sobre a parcela do adiantamento do 13º salário no mês em que for paga. Por exemplo, um adiantamento feito em novembro tem incidência de FGTS, mas não de CP ou IRRF. Assim, o FGTS incidente sobre a folha do 13º salário é calculado apenas sobre a diferença entre o valor da gratificação natalina e a primeira parcela (no exemplo, o adiantamento feito em novembro). Caso haja ajustes de 13º salário decorrentes do recebimento de remuneração variável (comissões sobre vendas, por exemplo), o complemento deve ser pago até o dia 10 de janeiro e 27 informado na folha mensal da respectiva competência (dezembro ou janeiro), em rubrica específica (natureza de rubrica 5005 –13º salário complementar) previamente cadastrada no evento S-1010 com as incidências de 13º para codIncCP, codIncFGTS e codIncIRRF. Em caso de adiantamento integral do 13º salário antes do mês de dezembro: os declarantes que, por liberalidade ou por força de convenção ou acordo coletivo, realizam o pagamento do 13º salário de forma integral, antes do mês de dezembro devem observar as seguintes orientações: a) De acordo com a legislação vigente, o valor do 13º salário deve ser calculado com base no salário devido em dezembro e ser pago em duas parcelas: a primeira entre os meses de fevereiro a novembro e a segunda em dezembro, até o dia 20. b) O desconto da contribuição previdenciária deve ocorrer no pagamento da segunda parcela do 13º salário e o seu recolhimento deve ser feito na competência anual, cujo vencimento é o dia 20 de dezembro. Todavia, na prática, é muito comum o pagamento do 13º integral antes do mês de dezembro. Conceitualmente, contudo, o que ocorre nesses casos não é o pagamento integral e sim um adiantamento superior ao valor devido e, assim, deve ser declarado na folha do mês em que esse pagamento ocorre. O declarante que antecipar o pagamento integral do 13º salário até o mês de novembro deve pagar o correspondente ao líquido devido, ou seja, valor obtido após a dedução da contribuição previdenciária e, quando for o caso, da retenção do imposto de renda. Dessa forma, na folha do 13º salário, em dezembro, ao descontar o valor adiantado em mês anterior, o valor líquido restaria zerado. Mas ressalte-se que esse pagamento anterior a dezembro deve ocorrer na rubrica correspondente a adiantamento. No eSocial, o declarante deve informar o adiantamento (correspondente ao valor líquido) no evento S-1200 referente à remuneração da competência em que esse adiantamento foi incluído e, em dezembro, deve enviar o evento S- 1200 referente à competência anual com o valor do 13º salário devido e o valor dos descontos do adiantamento, de contribuição previdenciária e de retenção de imposto de renda. Saliente-se que, na competência em que o valor do adiantamento for declarado, há a incidência do FGTS (nesse caso calculado sobre o valor do adiantamento) e na folha anual há a incidência da 28 contribuição previdenciária e do imposto de renda, calculados sobre o valor total e, ainda, a do FGTS, calculado sobre a diferença entre o valor total e o do adiantamento. Como lançar férias no eSocial? Para lançar férias no eSocial, o empregador usa o evento S-2230, que deve ser enviado até o dia 07 do mês subsequente a sua geração. Por exemplo: Período de férias: 05/12/2020 até 03/01/2021. Para o eSocial, esse afastamento de férias deverá ser enviado até o dia 07/01/2020, pois a geração das férias foi no mês 12/2019. E, quando o dia 07 do mês seguinte for em um sábado, domingo ou feriado, o evento deverá ser enviado no dia anterior. 16 Como ter segurança nos envios do eSocial É consenso entre os profissionais de Recursos Humanos e Departamento Pessoal: lidar com o eSocial não fácil! Mesmo com a simplificação do programa, o volume de informações e exigências de prazos torna essa uma das áreas mais sensíveis em qualquer empresa. Porém, com um sistema de RH eficiente é possível contar com a segurança da automatização de processos operacionais, como cálculo e fechamento da folha de pagamento, gestão da saúde ocupacional, da segurança do trabalhador e de benefícios. Dessa forma, todos os envios são enviados à plataforma do governo de forma consolidada e automática, minimizando erros. MORGANA PERINI Formada em Comunicação Social – Jornalismo e com mais de sete anos de experiência na área, Morgana foi aventurar-se no marketing e se apaixonou. Atualmente é produtora de conteúdo na Metadados, onde escreve sobre todas as novidades do mundo de Recursos Humanos. MARTA PIERINA VERONA Formada em Gestão de Pessoas e pós-graduada em Direito, Marta é especialista em eSocial e em Legislação Trabalhista. Com mais de 20 anos de experiência na área, atualmente, é consultora de aplicação na Metadados. COMO FICA O ADIANTAMENTO INTEGRAL DO 13º SALÁRIO NO ESOCIAL O eSocial ainda deixa algumas dúvidas aos profissionais de RH e empresas quanto às obrigações legais. Para suprir essas lacunas, o Comitê Gestor do projeto, frequentemente, emite Notas Orientativas afim de elucidar as principais questões. Uma delas é relativa ao adiantamento integral do 13º salário antes do mês de dezembro, publicada na Nota Orientativa 2018.10 de 1º de novembro. Continue acompanhando o artigo e saiba como proceder. O que diz a Nota De acordo com a Nota, é comum o recebimento de questionamento sobre o tratamento que deve ser dado aos casos em que os empregadores realizam o pagamento do 13º salário de forma integral antes do mês de dezembro, seja por questões de liberalidade ou por força de convenção ou acordo coletivo. Inicialmente, a Nota lembra o que a legislação traz sobre o assunto: ❖ Artigo 1º da Lei 4.090, de 1962, prevê que o 13º salário deve ser pago no mês de dezembro de cada ano; ❖ Artigo 1º da Lei 4.749, de 1965, estabelece que o 13º salário deve ser pago até o dia 20 de dezembro de cada ano; ❖ Artigo 2º da Lei 4.749determina que entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, o empregador pagará adiantamento do 13º salário correspondente à metade do valor do salário recebido no mês anterior; ❖ Decreto 57.155, de 1965, artigo 1º parágrafo único, anuncia que o valor do 13º salário corresponde a 1/12 da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço do ano correspondente, sendo que a fração igual ou superior a 15 dias de trabalho será havia como mês integral. ❖ Alínea “a” do inciso I do artigo 53 da Instrução Normativa RFB 971, de 2009, o desconto 17 da contribuição previdenciária incidente sobre o 13º salário deve ocorrer quando do pagamento de sua última parcela; ❖ Artigo 96 da IN RFB 971 prevê que o correspondente vencimento é o dia 20 de dezembro de cada ano, exceto nos casos de rescisão. Sustentado nestas leis, concluiu-se que o valo do 13º salário deve ser calculado com base no salário devido em dezembro e que deve ser pago em duas parcelas: a primeira delas entre os meses de fevereiro e novembro e, a segunda, até o dia 20 de dezembro. Além disso, entende-se que o desconto da contribuição previdenciária deve ocorrer somente no pagamento da segunda parcela do 13º salário e que o seu recolhimento deve ser feito na competência 12, cujo vencimento ocorre em 20 de dezembro. A lei e a prática Contudo, sabe-se que na prática, é comum o pagamento do 13º salário integral antes do mês de dezembro. Porém, segunda a publicação do Comitê Gestor do eSocial, o que ocorre não é um pagamento integral, mas um adiantamento superior ao valor devido e, assim, deve ser declarado na folha do mês em que esse pagamento ocorre. A orientação, entretanto, e que se o empregador quiser efetuar o pagamento integral no mês de novembro, por exemplo, deve pagar o correspondente ao líquido devido, isto é, o valor obtido após a dedução da contribuição previdenciária e a retenção do imposto de renda, quando for o caso. Assim, na folha referente ao 13º salário, em dezembro, ao descontar o valor adiantado em mês anterior, o valor líquido restaria zero. P.S.: Esse pagamento anterior a dezembro deve ocorrer na rubrica correspondente a adiantamento. O que informar no eSocial Pensando no eSocial, o empregador deve informar o adiantamento no evento S-1200 referente à remuneração do mês em que esse adiantamento foi incluído e, em dezembro, deve iniciar o evento S-1200 referente à competência anual com o valor do 13º salário devido e a valor dos descontos do adiantamento, de contribuição previdenciária e de retenção de imposto de renda. A nota reforça que na competência em que o valor do adiantamento for declarado, haverá a incidência do FGTS (calculado sobre o valor do adiantamento) e na folha anual haverá a incidência da contribuição previdenciária e de imposto de renda, calculados sobre o valor total e, ainda, a do FGTS calculado sobre a diferença entre o valor total e o adiantamento, conforme o exemplo: **Salário de R$ 1.000,00 — desconto de INSS R$ R$ 80,00 Se o empregador pagar o valor integral do 13º salário na competência de novembro de 2018, deve incluir no S-1200 da competência 11/2018, a rubrica de “Adiantamento 13º salário” (Natureza 5001) no valor de R$ 920,00. No período de apuração anual, no mês de dezembro, o empregador deve lançar como vencimento o valor do 13º salário devido (R$ 1.000,00) e como descontos o valor do adiantamento do 13º pago em novembro (R$ 920,00) e o valor de contribuição previdenciária (R$ 80,00). A folha anual ficaria com valor líquido zerado. Caso o empregador prefira recolher o FGTS integralmente no mês que o 13º salário foi adiantado, deve lançar o valor total (bruto) como rubrica de adiantamento de 13º salário com indecência fundiária e o desconto da provisão de contribuição previdenciária sem incidência. Caso o colaborador tenha aumento de salário no mês de dezembro, o cálculo do 13º salário deve ser refeito considerando esse valor. 18 Como alternativa às soluções expostas pela Nota Orientativa, o empregador poderá pagar o adiantamento do 13º salário normalmente e realizar o pagamento da segunda parcela nos primeiros dias do mês de dezembro, uma vez que é possível o envio do S-1200 da folha anual em qualquer dia do mês de dezembro. Os eventos S-1200 e S-1299 referentes ao período de apuração anual devem ser enviados entre os dias 01 e 20 de dezembro. Confira o cronograma oficial do eSocial aqui. Para não perder os prazos Como sabemos, não há período de apuração anual para o evento S-1210, isto é, no evento de pagamento S-1210 referente a um período anual, o mês em que é efetuado o pagamento deve ser indicado no campo {perApur} e o prazo para o envio segue a regra geral: ser enviado até o dia 07 do mês seguinte ou até o fechamento da folha deste mês, o que ocorrer primeiro. No evento S-1210, quando se tratar de pagamento de folha anual, apenas a indicação do período referência {perRef} deve ser informada no formato AAAA e não AAAA-MM. 19 20 FGTS DIGITAL Prazo de recolhimento do FGTS permanece no dia 7 do mês A mudança para o dia 20 do mês somente ocorrerá com o início do FGTS Digital Publicado em 12/09/2022 18h36 O novo prazo de recolhimento do FGTS (até o vigésimo dia do mês seguinte), estabelecido pela Lei nº 14.438/2022, somente produzirá efeitos em face dos fatos geradores ocorridos a partir do início da arrecadação pelo sistema FGTS Digital, em data ainda a ser fixada pelo Ministério do Trabalho e Previdência. Dessa forma, o prazo para recolhimento permanece sendo o sétimo dia do mês seguinte ao da competência. Os empregadores devem ficar atentos à publicação de ato por parte do Ministério do Trabalho e Previdência que determine o início da arrecadação do FGTS pelo sistema FGTS Digital. Somente a partir dessa data é que a alteração promovida no prazo de recolhimento do FGTS mensal terá validade. Por exemplo, na hipótese de o sistema FGTS Digital iniciar a arrecadação do FGTS a partir de 1º/06/2023, o prazo para recolhimento do FGTS mensal da competência 05/2023 vencerá em 07/06/2023. O novo prazo para recolhimento do FGTS mensal produzirá efeitos somente em face dos salários (fatos geradores) ocorridos a partir da competência 06/2023, assim, o FGTS mensal dessa competência vencerá em 20/07/2023. Para os empregadores domésticos, não apenas o prazo para recolhimento do FGTS mensal será alterado a partir do FGTS Digital (até o vigésimo dia do mês seguinte ao da competência), mas também o prazo para a arrecadação e o recolhimento das demais contribuições e impostos previstos nos incisos I a VI do artigo 34 da Lei Complementar nº 150/2015, entre os quais estão a contribuição previdenciária e o imposto de renda retido na fonte. A alteração desses prazos decorre da obrigatoriedade de o empregador doméstico recolher as contribuições e impostos por meio de documento único de arrecadação, o Documento de Arrecadação do eSocial – DAE. A mesma situação aplica-se ao empregador segurado especial e ao Microempreendedor Individual (MEI), que também recolhem e continuarão a recolher o FGTS mensal dos trabalhadores juntamente com outras contribuições e impostos por intermédio do DAE. Não somente o prazo de recolhimento do FGTS mensal, mas também o relativo às outras contribuições sofrerá alteração para até o vigésimo dia do mês seguinte ao da competência. Multa - O prazo para recolhimento do FGTS decorrente da rescisão contratual e da indenização compensatória (multa do FGTS), nos termos do artigo 18 da Lei nº 8.036/1990, não sofreu alteração e continua a ser de até dez dias contados a partir do término do contrato (art. 477, § 6º, da CLT). 21CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO Conheça a previsão de data para entrada em produção e substituição da GFIP A data de implantação do FGTS Digital será divulgada em breve. O desenvolvimento do sistema está em ritmo acelerado. Os empregadores terão um prazo para se adequarem à nova forma de recolher. Quando for divulgada a data de implantação do FGTS Digital, os empregadores terão cerca de 06 meses para ajustar seus processos internos e conhecer melhor o sistema. Inclusive, será disponibilizado um ambiente de testes (produção limitada), onde os empregadores poderão visualizar os dados reais declarados via eSocial e como aparecem no FGTS Digital, além de simular a emissão de guias. As empresas devem aproveitar este momento para rever a forma como fazem a declaração de remunerações atualmente no eSocial, com destaque para as incidências de FGTS que cadastrou para suas rubricas e fazer os devidos ajustes, se necessário. O eSocial já fornece totalizadores de FGTS por trabalhador (S-5003) e por empresa (S-5013) para essa conferência. Neste momento, os empregadores continuam obrigados a recolher o FGTS pelos sistemas SEFIP/GRRF/Conectividade Social. Cabe destacar que os recolhimentos de meses anteriores ao FGTS Digital continuarão a ser feitos pelos sistemas da CAIXA. PRODUÇÃO LIMITADA Para facilitar a transição entre os sistemas utilizados para o recolhimento do FGTS, os empregadores terão um período para verificar os impactos das declarações de remunerações que realizar pelo eSocial e como o FGTS Digital irá internalizar esses dados. No período de produção limitada, todas as remunerações declaradas no eSocial pelo empregador serão exibidas no FGTS Digital, possibilitando a emissão simulada de guias. No entanto, as guias emitidas não terão validade jurídica, não terão QRCode e 22 não serão aceitas para pagamento no sistema bancário. Durante o período de Produção Limitada os empregadores devem realizar os recolhimentos via CEF/Conectividade Social. Poderão, ainda, antecipar o cadastramento de procurações para que terceiros possam acessar seus dados e representá-lo no FGTS Digital. Será uma oportunidade para que os empregadores validem seus processos internos, conferindo se os dados declarados nas remunerações estão sendo refletidos corretamente no FGTS Digital. O eSocial calcula as bases de FGTS de acordo com as incidências das rubricas utilizadas pelo empregador nas remunerações dos trabalhadores. As rubricas, por sua vez, também são declaradas e cadastradas pelo empregador, que define se haverá ou não incidência de FGTS. Se o empregador encontrar divergências nos valores devidos de FGTS entre seu sistema de gestão de folha e o FGTS Digital, deverá verificar inicialmente todas as rubricas declaradas, sejam elas de vencimento, desconto ou informativas. Deverá corrigir as incidências em cada rubrica e reenviar os eventos de remuneração para cada trabalhador, para que os totalizadores do FGTS sejam processados novamente. EXTRA Mas o que são níveis ouro, prata e bronze? A conta gov.br é uma identificação segura que comprova em meios digitais quem está usando o sistema ou serviço. Ela é gratuita e está disponível para todos os cidadãos brasileiros. A conta gov.br tem três níveis de segurança: • bronze, para acessar serviços digitais menos sensíveis; • prata, para acessar muitos serviços digitais; e • ouro para qualquer serviço digital, sem restrição de acesso. • As contas cadastradas exclusivamente com informações do CPF ou do INSS são consideradas de nível bronze. O cadastro feito presencialmente nas unidades do INSS ou Denatran também tem este nível. Já as contas validadas por biometria facial da carteira de motorista (CNH), dados bancários (internet banking ou banco credenciado) ou cadastro SIGEPE (servidores públicos) passam a ter nível prata de segurança. Por fim, as contas validadas pela biometria facial da Justiça Eleitoral ou por certificado digital compatível com ICP-Brasil passa a ter nível ouro de segurança. 23 NOTAS EXTRAS a) Principais siglas utilizadas - Tabela de Resumo dos Registros • AI: Auto de Infração; • CAT: Comunicação de Acidente de Trabalho; • CAEPF: Cadastro de Atividades da Pessoa Física; • CAGED: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados; • CEI: Cadastro Específico do INSS; • CCB ou CC: Código Civil Brasileiro; • CD: Comunicação de Dispensa; • CDE: Comitê Diretivo do eSocial; • CF: Constituição Federal; • CND: Certidão Negativa de Débito; • CNI: Conselho Nacional de Imigração; • CNIS: Cadastro Nacional de Informações Sociais; • CNO: Cadastro Nacional de Obras; • CNPJ: Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica; • CP: Contribuição Previdenciária; • CPF: Cadastro de Pessoa Física; • CTPS: Carteira de Trabalho e Previdência Social; • DAT: Data do Afastamento do Trabalho; • DCB: Data de Cessação do Benefício; • DCTF: Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais; • DER: Data de Entrada de Requerimento; • DIB: Data do Início do Benefício; • DIRF: Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte; • DSR: Descanso Semanal Remunerado; • EC: Emenda Constitucional; • eSocial: Sistema de Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas; • FAP: Fator Acidentário de Prevenção; • FAT: Fundo de Amparo ao Trabalhador; • FGTS: Fundo de Garantia por Tempo de Serviço; • FNDE: Fundo Nacional de Desenvolvimento Educacional; • GFIP: Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social; • GPS: Guia da Previdência Social; • GRF: Guia de Recolhimento do FGTS; • GRRF: Guia Recolhimento Rescisório FGTS; • INSS: Instituto Nacional do Seguro Social; • IN: Instrução Normativa; • LRE: Livro de Registro de Empregados; • MANAD: Manual Normativo de Arquivos Digitais; • MPS: Ministério da Previdência Social; • MTE: Ministério do Trabalho e Emprego; • MEI: Microempreendedor Individual; • NB: Número do Benefício; • NFLD: Notificação Fiscal de Lançamento de Débito; • NIS: Número de Identificação Social, equivalente ao (NIT, PIS ou PASEP) do Trabalhador; • NIT: Número de Inscrição do Trabalhador; • OGMO: Órgão Gestor de Mão de Obra; • PASEP: Programa de Formação de Patrimônio do Servidor Público; • PAT: Programa de Alimentação do Trabalhador; • PIS: Programa de Integração Social; • PPD: Pessoa Portadora de Deficiência; 24 • PPP: Perfil Profissiográfico Previdenciário; • QHT: Quadro de Horário de Trabalho; • RAIS: Relação Anual de Informações Social; • RAT: Riscos Ambientais do Trabalho (antigo SAT); • RET: Registros de Eventos Trabalhistas; • RG: Registro Geral; • RGPS: Regime Geral de Previdência Social; • RPPS: Regime Próprio de Previdência Social; • RPS: Regulamento da Previdência Social; • SAT: Seguro contra Acidentes de Trabalho; • SIMPLES: Sistema de Integração do Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte; • SRF ou SRP: Secretaria da Receita Federal; • VBFR: Valor Base para Fins Rescisórios. Tabela de Resumo dos Registros É composta pelos grupos de informações que compõem o leiaute de cada evento. Os principais conceitos utilizados nesta representação são: Reg./ Pai/ Nível/ Descrição/ Ocor./ Chave Condição. Registro (Reg) – Conjuntos de informações logicamente relacionados, que comportam dados de tipos diferentes: literal, numérico e lógico. Pai – Identifica o grupo de informações hierarquicamente superior ao qual o campo está vinculado. O registro dependente é o detalhamento das informações do grupo do respectivo pai. Nível – É a hierarquia a qual pertence cada registro. Descrição (Desc) – Descreve as informações que farão parte do registro. Ocorrência (Ocor) - os indicativos desta coluna são compostos por dois numerais separados entre si por um hífen. O numeral da esquerda indica a quantidade mínima de registros e o numeral da direita,a quantidade máxima. Se a quantidade mínima é zero, o empregador/contribuinte somente deverá prestar informação se, de fato, ela existir, caso contrário nada deve ser informado, nem mesmo informação zerada. Se o numeral da direita indicar um valor entre 1 e 99, o limite máximo de registros de informações será 99. Seguem alguns exemplos: • 0-1: campo não obrigatório ou com no máximo um registro; • 1-1: significa que deve conter no mínimo um (portanto é obrigatório) e no máximo um registro; • 1-99: deve existir no mínimo um (portanto é obrigatório) e no máximo noventa e nove registros; • 0-999: campo não obrigatório com o máximo de 999 registros. Chave - É o conjunto de um ou mais campos, cujo conteúdo, considerando a sua combinação nunca se repete e pode ser usado como um índice para os demais campos da tabela do banco de dados. 25 Condição - refere-se a obrigatoriedade ou não da existência de registro para determinado grupo de informações. As condições podem ser: • "O" = obrigatoriedade de prestação de informações naquele grupo; • "N" = não pode ser informado; • “F” = facultativo; • "OC" = obrigatório se existir informação. Em relação à condição, pode haver regras baseadas em informações prestadas em outros campos ou grupos. Por exemplo: “O” se tipo de inscrição for igual a CNPJ, ou seja, somente é obrigatório em determinada situação, sendo não obrigatório nas demais. 26 eSocial https://www.gov.br/esocial/pt-br/documentacao- tecnica/manuais/mos-s-1-1-com-marcacoes.pdf O que é o eSocial simplificado? Como o próprio nome sugere, o eSocial simplificado é uma versão mais moderna (implantada em 2021) e otimizada do já existente eSocial para que o envio de informações fiscais, trabalhistas e previdenciárias das empresas seja feito de modo mais “simples”, prático e igualmente seguro. Suas principais funcionalidades são as seguintes: • não solicitação de dados já conhecidos ou fornecidos; • desburocratização e substituição de obrigações acessórias; • modernização e simplificação do sistema; • integridade da informação fornecida; • respeito pelo investimento feito por empresas e profissionais. • Seu principal foco é unificar as principais informações, obrigações e declarações mensais das empresas em uma plataforma intuitiva e fácil de ser utilizada. O que mudou com o eSocial simplificado? O eSocial simplificado é voltado para a desburocratização de processos cadastrais, agilidade, segurança e transparência no fornecimento de informações importantes. Portanto, as principais mudanças em relação às versões anteriores do eSocial são as seguintes: • redução do número de eventos; • expressiva redução do número de campos do leiaute, inclusive pela exclusão de informações cadastrais ou constantes em outras bases de dados (ex.: FAP); • ampla flexibilização das regras de impedimento para o recebimento de informações (ex.: alteração das regras de fechamento da folha de pagamento – pendências geram alertas e não erros); • facilitação na prestação de informações destinadas ao cumprimento de obrigações fiscais, previdenciárias e depósitos de FGTS; • utilização de CPF como identificação única do trabalhador (exclusão dos campos onde era exigido o NIS); • simplificação na forma de declaração de remunerações e pagamentos. Cronograma de Implantação O uso do sistema é obrigatório desde 08 de janeiro de 2018 - conforme etapas detalhadas abaixo - e as informações nele prestadas têm caráter declaratório, constituindo instrumento hábil e https://www.gov.br/esocial/pt-br/documentacao-tecnica/manuais/mos-s-1-1-com-marcacoes.pdf https://www.gov.br/esocial/pt-br/documentacao-tecnica/manuais/mos-s-1-1-com-marcacoes.pdf 27 suficiente para a exigência dos tributos e encargos trabalhistas delas resultantes e que não tenham sido recolhidos no prazo consignado para pagamento Confira abaixo as fases e o cronograma de implantação: 1ª Fase - envio das informações constantes dos eventos das tabelas S-1000 a S-1080 2ª Fase - envio das informações constantes dos eventos não periódicos S-2190 a S-2420 (exceto os eventos de Segurança e Saúde do Trabalhador - SST) 3ª Fase - envio das informações constantes dos eventos periódicos S-1200 a S-1299 4ª Fase - envio das informações constantes dos eventos S-2210, S-2220 e S-2240 GRUPO 1 - Empresas com faturamento anual superior a R$ 78 milhões: 1ª Fase: 08/01/2018 - Apenas informações relativas às empresas, ou seja, cadastros do empregador e tabelas 2ª Fase: 01/03/2018 - Nesta fase, empresas passam a ser obrigadas a enviar informações relativas aos trabalhadores e seus vínculos com as empresas (eventos não periódicos), como admissões, afastamentos e desligamentos 3ª Fase: 01/05/2018 - Torna-se obrigatório o envio das folhas de pagamento Substituição da GFIP: Agosto/2018 - Substituição da GFIP para recolhimento de Contribuições Previdenciárias (ver Instrução Normativa RFB nº 2005, de 29 de janeiro de 2021). (Data a definir) - Substituição da GFIP para recolhimento do FGTS (ver Resolução CCFGTS nº 926/2019) 4ª Fase: 13/10/2021 - Na última fase, deverão ser enviados os dados de segurança e saúde no trabalho (SST) GRUPO 2 - entidades empresariais com faturamento no ano de 2016 de até R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões) e que não sejam optantes pelo Simples Nacional: 1ª Fase: 16/07/2018 - Apenas informações relativas às empresas, ou seja, cadastros do empregador e tabelas 2ª Fase: 10/10/2018 - Nesta fase, empresas passam a ser obrigadas a enviar informações relativas aos trabalhadores e seus vínculos com as empresas (eventos não periódicos), como admissões, afastamentos e desligamentos 3ª Fase: 10/01/2019 - Torna-se obrigatório o envio das folhas de pagamento (de todo o mês de janeiro/2019) Substituição da GFIP: Abril/2019 - Substituição da GFIP para recolhimento de Contribuições Previdenciárias - empresas com faturamento superior a R$4,8 milhões Outubro/2021 - Substituição da GFIP para recolhimento de Contribuições Previdenciárias - Demais obrigados, exceto órgãos públicos e organismos internacionais bem como empresas 28 constituídas após o ano-calendário 2017, independentemente do faturamento (ver Instrução Normativa RFB nº 2005, de 29 de janeiro de 2021). (Data a definir) - Substituição da GFIP para recolhimento do FGTS (ver Resolução CCFGTS nº 926/2019) 4ª Fase: 10/01/2022 - Na última fase, deverão ser enviados os dados de segurança e saúde no trabalho (SST) GRUPO 3 Pessoas Jurídicas - empregadores optantes pelo Simples Nacional e entidades sem fins lucrativos: 1ª Fase: 10/01/2019 - Apenas informações relativas às empresas e às pessoas físicas, ou seja, cadastros dos empregadores e tabelas 2ª Fase: 10/04/2019 - Nesta fase, as empresas passam a ser obrigadas a enviar informações relativas aos trabalhadores e seus vínculos (eventos não periódicos), e as pessoas físicas quanto aos seus empregados. Ex: admissões, afastamentos e desligamentos 3ª Fase: 10/05/2021 - Torna-se obrigatório o envio das folhas de pagamento (de todo o mês de maio/2021) Substituição da GFIP: Outubro/2021 - Substituição da GFIP para recolhimento de Contribuições Previdenciárias (ver Instrução Normativa RFB nº 2005, de 29 de janeiro de 2021). (Data a definir) - Substituição da GFIP para recolhimento do FGTS (ver Resolução CCFGTS nº 926/2019) 4ª Fase: 10/01/2022 - Na última fase, deverão ser enviados os dados de segurança e saúde no trabalho (SST) GRUPO 3 - Empregadores pessoa física (exceto doméstico), produtor rural PF: 1ª Fase: 10/01/2019 - Apenas informações relativas às empresas e às pessoas físicas, ou seja, cadastros dos empregadores e tabelas 2ª Fase: 10/04/2019 - Nestafase, as empresas passam a ser obrigadas a enviar informações relativas aos trabalhadores e seus vínculos (eventos não periódicos), e as pessoas físicas quanto aos seus empregados. Ex: admissões, afastamentos e desligamentos 3ª Fase: 19/07/2021 - Torna-se obrigatório o envio das folhas de pagamento (de todo o mês de julho/2021) Substituição da GFIP: Outubro/2021 - Substituição da GFIP para recolhimento de Contribuições Previdenciárias. (Data a definir) - Substituição da GFIP para recolhimento do FGTS (ver Resolução CCFGTS nº 926/2019) 29 4ª Fase: 10/01/2022 - Na última fase, deverão ser enviados os dados de segurança e saúde no trabalho (SST) GRUPO 4 - órgãos públicos e organizações internacionais: 1ª Fase: 21/07/2021 - Apenas informações relativas aos órgãos, ou seja, cadastros dos empregadores e tabelas 2ª Fase: 22/11/2021 - Nesta fase, os entes passam a ser obrigados a enviar informações relativas aos servidores e seus vínculos com os órgãos (eventos não periódicos). Ex: admissões, afastamentos e desligamentos. 3ª Fase: 22/08/2022 - Torna-se obrigatório o envio das folhas de pagamento (de todo o mês de agosto/2022) Substituição da GFIP: Outubro/2022 - Substituição da GFIP para recolhimento de Contribuições Previdenciárias (ver Instrução Normativa RFB nº 2094, de 15 de julho de 2022). (Data a definir) - Substituição da GFIP para recolhimento do FGTS (ver Resolução CCFGTS nº 926/2019) 4ª Fase: 01/01/2023 - Na última fase, deverão ser enviados os dados de segurança e saúde no trabalho (SST) 30 31 Quais são os Eventos do eSocial – Versão 2.5 Veja a definição e a lista dos eventos do eSocial, com a definição dos tipos de eventos e links para a documentação e o layout de cada um deles. Esta lista foi atualizada em março de 2019, na versão 2.5 do eSocial EVENTOS INICIAIS Esses eventos contém informações sobre o empregador, como classificação fiscal e estrutura administrativa. Os dados enviados nestes eventos são aproveitados em eventos periódicos e não- periódicos. No momento da implantação do eSocial na empresa, deve-se enviar eventos deste tipo para cadastramento inicial dos vínculos dos empregados ativos. Na versão 2.2 do eSocial, existia o evento “S-2100: Cadastramento Inicial do Vínculo”. Com a versão 2.3 do layout, as informações contidas neste evento foram absorvidas pelo evento “ S- 2200: Admissão do Trabalhador”. Assim sendo, o S-2100 foi removido e restou somente um Evento Inicial: S-1000 – Informações do Empregador/Contribuinte/Órgão Público EVENTOS DE TABELA Complementando os eventos iniciais, os Eventos de Tabelas incluem informações importantes, que se repetem em diversos eventos periódicos e não-periódicos, aparecendo várias vezes no layout. Devem ser transmitidos imediatamente após os Eventos Iniciais, pois as informações aqui contidas são imprescindíveis para a composição do restante dos eventos do eSocial. Uma vez enviadas as informações para preenchimento destas tabelas, é necessário mantê-la perfeitamente atualizada, enviando eventos de retificação conforme ocorram alterações. Os Eventos de Tabelas possuem um campo chamado “data de início de validade” e “data de fim de validade” que estabelecem a validade das informações. Sempre que necessário enviar um evento de alteração das tabelas, deve-se alterar a data de validade. Os Eventos de Tabelas são: S-1005 – Tabela de Estabelecimentos, Obras ou Unidades de Órgãos Públicos S-1010 – Tabela de Rubricas S-1020 – Tabela de Lotações Tributárias S-1030 – Tabela de Cargos/Empregos Públicos S-1035 – Tabela de Carreiras Públicas S-1040 – Tabela de Funções/Cargos em Comissão S-1050 – Tabela de Horários/Turnos de Trabalho S-1060 – Tabela de Ambientes de Trabalho S-1070 – Tabela de Processos Administrativos/Judiciais S-1080 – Tabela de Operadores Portuários Eventos Não-Periódicos Como o nome sugere, são eventos que acobertam acontecimentos que não tem uma data pré- fixada para acontecer, relacionados à direitos e deveres trabalhistas, previdenciários e fiscais. Por exemplo, a admissão de um novo empregado, alteração salarial, acidente de trabalho, demissão, entre outros eventos sem periodicidades fixas para ocorrer. Os Eventos Não-Periódicos são: 32 S-2190 – Admissão de Trabalhador – Registro Preliminar S-2200 – Cadastramento Inicial do Vínculo e Admissão/Ingresso de Trabalhador S-2205 – Alteração de Dados Cadastrais do Trabalhador S-2206 – Alteração de Contrato de Trabalho S-2210 – Comunicação de Acidente de Trabalho S-2220 – Monitoramento da Saúde do Trabalhador S-2221 – Exame Toxicológico do Motorista Profissional S-2230 – Afastamento Temporário S-2240 – Condições Ambientais do Trabalho – Fatores de Risco S-2245 – Treinamentos, Capacitações, Exercícios Simulados e Outras Anotações S-2250 – Aviso Prévio S-2260 – Convocação para Trabalho Intermitente S-2298 – Reintegração S-2299 – Desligamento S-2300 – Trabalhador Sem Vínculo de Emprego/Estatutário – Início S-2306 – Trabalhador Sem Vínculo de Emprego/Estatutário – Alteração Contratual S-2399 – Trabalhador Sem Vínculo de Emprego/Estatutário – Término S-2400 – Cadastro de Benefícios Previdenciários – RPPS S-3000 – Exclusão de eventos S-5001 – Informações das contribuições sociais por trabalhador S-5002 – Imposto de Renda Retido na Fonte S-5003 – Informações do FGTS por Trabalhador S-5011 – Informações das contribuições sociais consolidadas por contribuinte S-5012 – Informações do IRRF consolidadas por contribuinte S-5013 – Informações do FGTS consolidadas por contribuinte Eventos Periódicos Eventos Periódicos são eventos relacionados à acontecimentos com datas fixas para acontecer, como por exemplo, a folha de pagamentos. Os Eventos Periódicos são: S-1200 – Remuneração de trabalhador vinculado ao Regime Geral de Previd. Social S-1202 – Remuneração de servidor vinculado a Regime Próprio de Previd. Social S-1207 – Benefícios previdenciários – RPPS S-1210 – Pagamentos de Rendimentos do Trabalho S-1250 – Aquisição de Produção Rural S-1260 – Comercialização da Produção Rural Pessoa Física S-1270 – Contratação de Trabalhadores Avulsos Não Portuários S-1280 – Informações Complementares aos Eventos Periódicos S-1295 – Solicitação de Totalização para Pagamento em Contingência S-1298 – Reabertura dos Eventos Periódicos S-1299 – Fechamento dos Eventos Periódicos S-1300 – Contribuição Sindical Patronal O que mudou com o Novo eSocial Simplificado? Eventos removidos S-1030 – Tabela de Cargos/Empregos Públicos; S-1035 – Tabela de Carreiras Públicas; S-1040 – Tabela de Funções/Cargos em Comissão; S-1050 – Tabela de Horários/Turnos de Trabalho; S-1060 – Tabela de Ambientes de Trabalho; S-1080 – Tabela de Operadores Portuários; S-1250 – Aquisição de Produção Rural; S-1295 – Solicitação de Totalização para Pagamento em Contingência; S-1300 – Contribuição Sindical Patronal; 33 S-2221 – Exame Toxicológico do Motorista Profissional; S-2245 – Treinamentos, Capacitações, Exercícios Simulados e Outras Anotações; S-2250 – Aviso Prévio; S-2260 – Convocação para Trabalho Intermitente. Eventos incluídos S-2231 – Cessão/Exercício em Outro Órgão; S-2405 – Cadastro de Beneficiário – Entes Públicos – Alteração; S-2410 – Cadastro de Benefício – Entes Públicos – Início; S-2416 – Cadastro de Benefício – Entes Públicos – Alteração; S-2418 – Reativação de Benefício – Entes Públicos; S-2420 – Cadastro de Benefício – Entes Públicos – Término; S-8299 – Baixa Judicial do Vínculo. ESOCIAL SIMPLIFICADO CONFIRA OS EVENTOS EXCLUÍDOS, OS QUE PERMANECEM E OS PONTOS DE ATENÇÃO DA VERSÃO 1.0 DO PROGRAMA ESOCIAL: MAIS SIMPLES ECONSOLIDADO Fonte: https://www.metadados.com.br/ O eSocial Simplificado é resultado de um amplo processo de simplificação, com a redução de 30% do número de campos dos layouts, o que inclui a exclusão total de 12 eventos transmitidos ou a transmitir pelas empresas. Além disso, houve flexibilização de regras de validação, diminuindo a quantidade de erros que impedem o recebimento de arquivos, transformando algumas inconsistências que gerariam a recusa do evento em simples advertências. Além disso, a vigência da versão simplificada consiste, também, na preparação do eSocial para substituir a Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (DIRF). EVENTOS INICIAIS E DE TABELAS O que permanece S-1000 – Informações do Empregador/Contribuinte/Órgão Público S-1005 - Tabela de estabelecimentos, obras ou unidades de órgãos públicos S-1010 – Tabela de Rubricas S-1020 – Tabela de Lotações Tributárias S-1070 – Tabela de Processos Administrativos/Judiciais Eventos excluídos S-1030 – Tabelas de Cargos/Empregos Públicos S-1035 – Tabelas de Carreiras Públicas S-1040 – Tabela de Funções e Cargos em Comissão S-1050 – Tabela de Horários/Turnos de Trabalho S-1060 – Tabela de Ambientes de Trabalho S-1080 – Tabela de Operadores Portuários https://www.metadados.com.br/ 34 PONTOS DE ATENÇÃO Tabelas do Empregador: Com a exclusão das tabelas de Cargos, de Funções, de Horários/Turnos de Trabalho e de Operadores Portuários, parte dos campos de informações são transferidos para os eventos S- 2200 e S-2300. Ou seja, as informações relativas ao trabalho a ser desempenhado pelo empregado e ao período em que ele vai atuar na empresa, incluindo dados sobre intervalos, passam a ser incorporadas aos eventos que informam a admissão. Os eventos S-1030 e S-1035 diziam respeito ao serviço públicos e foram excluídos sem migração. Já o evento S-1060 dizia respeito a SST nem mesmo chegou a ser transmitido, tendo as informações incorporadas diretamente ao S-2240. RAT/FAP Uma das principais mudanças implementadas pelo eSocial Simplificado é a eliminação de informações consideradas redundantes, por já constarem em bases de dados do governo. É o caso das alíquotas FAP (Fator Acidentário de Prevenção) e RAT (Risco Ambiental do Trabalho). Assim, os dados deixam de ser solicitados, salvo quando houver alguma alteração pontual, como um processo judicial que altere os valores, por exemplo. Nesse caso, é gerado um evento S-1070. EVENTOS PERIÓDICOS O que permanece S-1200 – Remuneração do trabalhador vinculado ao Regime Geral de Previdência Social S-1202 – Remuneração de servidor vinculado ao Regime Próprio de Previdência Social S-1207 – Benefícios previdenciários RPPS S-1210 - Pagamentos de Rendimentos do Trabalho S-1260 - Comercialização da Produção Rural Pessoa Física S-1270 - Contratação de Trabalhadores Avulsos Não Portuários S-1280 – Informações Complementares aos Eventos Periódicos S-1298 - Reabertura dos Eventos Periódicos; S-1299 - Fechamento dos Eventos Periódicos Eventos excluídos S-1250 – Aquisição de Produção Rural S-1295 – Solicitação de Totalização para Pagamento em Contingência S-1300 – Contribuição Sindical Patronal PONTOS DE ATENÇÃO Remuneração: As informações da folha de pagamento eram desmembradas em dois eventos interdependentes, o S-1200, de remuneração, e o S-1210, de pagamento. Na versão simplificada, o S-1200 fica 35 mais robusto, incorporando as rubricas de Imposto de Renda (IR) e pensão alimentícia, que antes constavam no S-1210. OBSERVAÇÃO: como o IRRF continua sendo apurado na DIRF, o preenchimento do no eSocial não influencia, ainda, a sua apuração. Quando houver a substituição da DIRF, o indicativo no S-1200 vai passar a surtir efeito. No caso de trabalho intermitente, a quantidade de dias trabalhados passa a ser informado diretamente no S-1200, sem necessidade de geração do S-2260. Os valores pagos referentes às férias também migraram do S-1210 para o S-1200. No S-1210 são informados o valor líquido e a data de pagamento. Em casos em que não era possível informar a remuneração de algum trabalhador ativo ou havia alguma inconsistência o S-1299 (Fechamento de Eventos Periódicos) a alternativa, até então, consistia na geração do evento S-1295 (Solicitação de Totalização para Pagamento em Contingência), já que o S-1299 não era transmitido caso houvesse algum erro. Com a exclusão do S-1295 na versão simplificada, o S-1299 pode ser emitido com inconsistência nas informações, gerando um aviso informando esta situação no protocolo da resposta do evento. Esse aviso tem a finalidade de advertir sobre a ausência de remuneração no período para verificação de possíveis inconsistências. Ou seja, o profissional deve ter ainda mais atenção no momento de conferir a folha de pagamento! Aquisição de produção rural O S-1250 deixou de existir na versão 1.0. As informações migram para o evento R-2055 na EFD-Reinf. EVENTOS NÃO PERIÓDICOS O que permanece S-2190 - Admissão de Trabalhador - Registro Preliminar S-2200 – Admissão / Ingresso de Trabalhador S-2205 – Alterações de Dados Cadastrais do Trabalhador S-2206 – Alterações de Contrato de Trabalho S-2210 - Comunicação de Acidente de Trabalho (SST) S-2220 - Monitoramento da Saúde do Trabalhador (SST) S-2230 - Afastamento Temporário S-2231 - Cessão/Exercício em outro Órgão* S-2240 - Condições Ambientais do Trabalho - Fatores de Risco (SST) S-2298 – Reintegração S-2299 – Desligamento S-2300 – Trabalhador sem vínculo de emprego/estatutário (início) S-2306 – Trabalhador sem vínculo de emprego/estatutário – alteração contratual S-2399 – Trabalhador sem vínculo de emprego/estatutário (término) S-2400 - Cadastro de Benefícios Previdenciários S-2405 - Alteração de Dados Cadastrais do Beneficiário - Entes Públicos* S-2410- Cadastro de Benefícios Ente Público* S-2416 – Alteração do Cadastro de Benefícios – Entes Públicos* 36 S-2418- Reativação de Benefícios* S-2420- Cadastro de Benefícios - Entes Públicos – Término* S-3000 – Exclusão de eventos S-8299 – Baixa Judicial do Vínculo* *Eventos novos Eventos excluídos: S-2221 – Exame Toxicológico do Motorista Profissional S-2245 – Treinamentos, Capacitações, Exercícios Simulados e Outras Anotações S-2250 – Aviso Prévio S-2260 – Convocação para Trabalho Intermitente PONTOS DE ATENÇÃO Eventos de SST A estrutura de recebimento dos tão aguardados eventos de SST foi desenvolvida apenas na versão simplificada do eSocial. Além disso, sofreram simplificações importantes em relação ao que era inicialmente previsto, passando de seis para três eventos. Foram mantidas as informações necessárias apenas para a substituição da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT, S-2210) e do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP, S-2240). O S-2240 incorporou a Tabela de Ambientes de Trabalho, que chegou a ser prevista como um evento independente (S-1060). Já os ASOs e seus exames são informados no S-2220 (Monitoramento da Saúde do Trabalhador). Órgãos Públicos O Grupo 4 (Órgãos Públicos e Organizações Internacionais) é o último a ingressar no eSocial, o que significa que todos os eventos devem ser enviados na versão simplificada. Sendo assim, além de mudanças em eventos já existentes, outros foram criados para atender as especificidades desse grupo. É o caso de: S-2231, S-2405, S-2410, S-2416, S-2418 e S-2420. Férias ao gerar um evento S-2230 em virtude de férias, passa a ser obrigatório informar o período aquisitivo (campo {perAquis}), que não era exigido na versão 2.5. Outra alteração diz respeito aos valores pagos referentes às férias, que migraram do S-1210 para o S-1200 ou S- 2299 em caso de desligamento. Ainda sobre afastamentos, a cessão de funcionários(que normalmente ocorre entre órgãos públicos) deixou de ser um motivo de afastamento (código 14) e passou a ser um evento próprio (o S-2231) Treinamentos capacitações, exercícios simulados e outras anotações obrigatórias Com o eSocial Simplificado também chegou a hora de informar os treinamentos capacitações, exercícios simulados e outras anotações obrigatórias dos trabalhadores. Os treinamentos 37 obrigatórios são aqueles exigidos pelas Normas Regulamentadoras, as NRs, e constam na Tabela 28 do eSocial (Treinamentos, Capacitações, Exercícios simulados e outras anotações). Para isso, basta preencher o campo {treiCap} dos eventos S-2200 (admissão) ou S-2206 (alterações de contrato de trabalho) com o código correspondente. São eles: 1006: Autorização para trabalhar em instalações elétricas 1207: Operação e realização de intervenções em máquinas É indispensável enviar essas informações para cumprir integralmente as NR 10 e NR 12. Com o envio, os dados passam a constar na Ficha de Registro e na CTPS do trabalhador. Inicialmente, também era necessário informar os treinamentos da NR 37. Porém, a Nota Técnica S-1.0 Nº 05/2022 retirou essa obrigação, adequando a exigência à nova redação da NR. Aviso Prévio No eSocial Simplificado, a data do aviso prévio migrou para o evento de desligamento (S-2299). Além de não ser necessário o envio de um evento a mais, todas as informações pertinentes ao desligamento serão informadas uma única vez, sem prejuízo para os efeitos nos recolhimentos de contribuição previdenciária e FGTS. Trabalho Intermitente As informações do contrato de trabalho intermitente que constavam no evento S-2260 passam a fazer parte do evento de admissão (S-2200) e de remuneração (S-1200). Reintegração O evento S-2298 chamava-se Reintegração e atendia informações somente de empresas. Na versão simplificada, o mesmo evento passa a ter a denominação Reintegração/Outros Provimentos e atende também a órgãos públicos. Registro Preliminar de Admissão Na versão 2.5, o evento S-2190 não podia ser enviado para trabalhadores sem vínculo. Também não podia ser retificado, somente excluído. Na versão simplificada, ele passa a ser aceito para esse tipo de trabalhador, ou seja, aqueles contemplados posteriormente pelo evento S-2300. Além disso, o S-2190, que permanece opcional, recebeu novos campos para preenchimento da Ficha de Registro e CTPS Digital. Mesmo assim, é imprescindível complementar as informações da admissão para regularizar o registro do empregado ou o cadastro do trabalhador sem vínculo (S-2200 ou S-2300). ADMISSÃO: COMO FICAM OS EVENTOS S-2200 E S-2300 Identificação com CPF: Com a versão simplificada do eSocial, o NIS (Número de Identificação Social) não mais será informado, portanto, possíveis inconsistências na base do 38 PIS/PASEP/CNIS, não serão impeditivas para o envio dos eventos de admissão/ cadastramento inicial. A validação de consistência de dados cadastrais será feita exclusivamente na base do CPF. Apesar de o eSocial não utilizar mais o NIS, a qualificação cadastral continua sendo imprescindível para que os eventos enviados ao eSocial sejam apropriados corretamente pelo Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), sobretudo para identificação de inconsistências no cadastro referentes a trabalhadores que já possuíam vínculo anterior ao eSocial. O grupo de documentos (CTPS, RG, RNE (registro nacional de estrangeiro) e CNH) e cidade e UF de nascimento do trabalhador também foram excluídos. Matrícula no S-2300 Com a entrada da versão simplificada, os trabalhadores sem vínculo de emprego, contemplados pelo evento S-2300, passam a ter matrícula no eSocial. Porém, isso vale somente para os envios na versão 1.0. Os trabalhadores cadastrados na versão anterior ficarão sem matrícula para sempre no eSocial. Ou seja: o trabalhador que já tiver sido informado em evento S-2300, antes da inclusão do campo relativo à matrícula, continua sendo identificado apenas pelo CPF e categoria. Informações incorporadas pelos eventos de admissão Com implantação da versão 1.0, os eventos de admissão passam a incorporar informações que antes constavam em eventos e tabelas excluídos. É o caso dos dados relativos a cargo ou função (constantes nos extintos S-1030 e S-1040) e horário contratual (do extinto S-1050). Além disso, as informações previstas na Tabela de Operadores Portuários (S-1080) também migraram. Eventos necessários em novas contratações S-2200 (Admissão) ou S-2300 (Admissão TSVE) S-2190 (Admissão Preliminar/opcional) S-2220 (ASO) S-2240 (Condições Ambientais). COMO GARANTIR A SEGURANÇA NOS ENVIOS É consenso entre os profissionais de Recursos Humanos e Departamento Pessoal: lidar com o eSocial não fácil! Mesmo com a simplificação do programa, o volume de informações e exigências de prazos torna essa uma das áreas mais sensíveis em qualquer empresa. Porém, com um sistema de RH eficiente é possível contar com a segurança da automatização de processos operacionais, como cálculo e fechamento da folha de pagamento, gestão da saúde ocupacional, da segurança do trabalhador e de benefícios. Dessa forma, todos os envios são enviados à plataforma do governo de forma consolidada e automática, minimizando erros. Fonte: https://www.metadados.com.br/ https://www.metadados.com.br/ 39 EXTRA LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados A Lei Geral de Proteção de Dados (13.709/2018) tem como principal objetivo proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural. A LGPD mudou algo em relação às declarações de informação ao e-Social? Não. A princípio o fornecimento de dados ao Governo Federal não sofre qualquer alteração, continua sendo exigido e é essencial para que a empresa se mantenha de acordo com a lei. O que é indicado é que a empresa sempre comunique ao empregado o uso dos dados. Isso pode ser feito das seguintes maneiras: • Ao contratar o empregado, como cláusula contratual, principalmente relacionado à jornada de trabalho, deixando claro que os dados serão compartilhados com o Governo Federal para cumprimento de lei; • Para os empregados já contratados é possível fazer um adicional contratual informando o uso de dados anualmente para o e-Social; • Em todas as ocasiões que precedem a entrega de dados, ressaltando sua necessidade. Em cada uma dessas oportunidades é necessário que o empregado conceda sua assinatura e que o documento seja arquivado para a empresa para resguardar sua defesa em eventual necessidade de esclarecimentos. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm 40 ANTES DO ESOCIAL SIMPLIFICADO CAPÍTULO I – INFORMAÇÕES GERAIS 1. Apresentação, conteúdo e princípios do eSocial O eSocial é um projeto do governo federal, instituído pelo Decreto nº 8.373, de 11 de dezembro de 2014, que tem por objetivo desenvolver um sistema de coleta de informações trabalhistas, previdenciárias e tributárias, armazenando-as em um Ambiente Nacional Virtual, a fim de possibilitar informações para fins trabalhistas, previdenciários, fiscais e para a apuração de tributos e da contribuição para o FGTS. O eSocial estabelece a forma com que passam a ser prestadas as informações trabalhistas, previdenciárias, tributárias e fiscais relativas à contratação e utilização de mão de obra onerosa, com ou sem vínculo empregatício, e de produção rural. Portanto, não se trata de uma nova obrigação tributária acessória, mas uma nova forma de cumprir obrigações trabalhistas, previdenciárias e tributárias já existentes. Com isso, ele não altera as legislações específicas de cada área, mas apenas cria
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