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Fundição Prof.: João Matias joao.matias@iff.edu.br Instituto Federal Fluminense (IFF) campus Cabo Frio Engenharia Mecânica Referências Bibliográficas ➢ Fundição – Processos e Tecnologias Correlatas. Baldam; Vieira. 2ª edição, editora Érica|Saraiva. Bibliografia complementar: ➢ Introdução aos Processos de Fabricação. Groover. Editora gen|LTC. ➢ Introdução aos Processos de Fabricação de Produtos Metálicos. Kiminami; Castro; Oliveira. 2ª edição, editora Blucher. Introdução Introdução • A fundição ocorre através do derramamento de um metal (ou liga) no estado líquido (fundido) no interior de uma cavidade denominada molde, cuja forma corresponde, em negativo, à peça desejada. Após a solidificação do metal, obtém-se a peça fundida. • O termo fundido é aplicado ao componente fabricado por este processo. • Este processo milenar evoluiu junto com a humanidade e tornou-se um dos mais versáteis, permitindo a fabricação de peças únicas ou em série nas mais variadas formas e complexidades. Introdução Introdução Introdução Histórico Idade da Pedra Idade do Bronze Idade do Ferro 10.000 a.C. 2.000 a.C. 1.000 a.C. Histórico • Os objetos em metal mais antigos, conhecidos atualmente, datam de 10.000 a.C. Eram pequenos enfeites de cobre nativo e batidos no formato desejado. • No período de 5.000 a 3.000 a.C., aparecem os primeiros trabalhos com cobre fundido, sendo os moldes feitos de pedra lascada. • Na sequência, inicia-se a Era do Bronze (liga de cobre-estanho), cerca de 2.000 a.C. • O processo de fundição do ferro tem lugar na China em 600 a.C. • Já a fundição do aço se dá bem mais tarde, em 1740 na Inglaterra. Introdução • A fundição é um dos processo de fabricação mais econômicos para a produção em série de componentes metálicos. • Geralmente, suas etapas básicas são: 1) Projeto e confecção do modelo; 2) Confecção do molde e dos machos; 3) Derramamento do metal líquido; 4) Desmoldagem; 5) Acabamento. Relembrando... • Discordâncias ?? • Microestrutura ?? • Deformação plástica x elástica ?? • Resistência mecânica ?? • Dureza ?? • Ductilidade ?? • Fragilidade ?? • Tenacidade ?? Vídeos para relembrar: 1) Metalurgia Física 2) Projeto e Seleção de Materiais Canal: Materials Life Fundição Fundição • Propriedades importantes para um metal ser fundido: 1) Temperatura de fusão. 2) Fluidez. Fundição • A fundição é realizada com metal em estado líquido. Neste processo, as peças são conformadas pela solidificação por resfriamento do metal no molde. • Durante este processo ocorre a cristalização, contração volumétrica, concentração de impurezas, além da geração e concentração de gases. Etapas para Obtenção de uma Peça Fundida • Para a fabricação de uma peça por fundição, parte-se do desenho técnico da peça a ser produzida ou até mesmo de uma réplica. A partir disso realiza-se o projeto que define todo o processo de fabricação. • A figura a seguir mostra um típico exemplo da fundição de uma peça cilíndrica com um furo passante em molde de areia. • Tudo começa com o projeto da peça desejada (1), seguido da confecção do modelo (3), possuindo algumas alterações, como as marcações de macho (4), em que serão colocadas os machos (para compor as partes internas da peça fundida), feito com o auxílio da caixa de machos (2). • Com uma parte do modelo partido, começa a primeira etapa de moldagem (a), que é a confecção da caixa inferior do molde de areia, usando para apoio uma caixa de moldar (7) e um estrado (10). • Em seguida, molda-se a caixa superior (b) e, para manter as duas caixas na posição correta, usam-se pinos-guia (5). Assim, está pronto o molde (6). • Feitos os canais de enchimento (12, 15, 16) e colocado o macho (c, d), as caixas são abertas. Observa-se o vazio que corresponderá a peça (8), o macho posicionado (9) e o canal para a saída dos gases (17). • As caixas são travadas por pesos ou presilhas (13), a fim de se evitar vazamento de metal fora do molde. • Após o vazamento e a solidificação do metal, teremos finalmente a peça. Operação Vantagens Gerais da Fundição • Permite a fabricação de peças com geometrias complexas, incluindo formas externas e internas. • Pode produzir peças com a forma final (net shape) ou com geometrias próximas à final (near net shape). Neste último caso alguma etapa de processamento adicional é requerida (usualmente usinagem) de forma a atingir dimensões e detalhes de exatidão. • Possibilita a fabricação desde pelas muito pequenas, pesando apenas poucos gramas, até mesmo componentes de grande porte, com massa superior a 100 toneladas. • O processo de fundição pode ser aplicado a qualquer metal que possa ser aquecido até o estado líquido. • Também pode ser aplicado a alguns materiais cerâmicos (especificamente vidros) e poliméricos. Desvantagens Gerais da Fundição • Limitações quanto a propriedades mecânicas das peças produzidas (especialmente a tenacidade), a depender da qualidade do processo. • Podem ocorrer defeitos como porosidade e/ou inclusões de areia do molde na peça fundida. • Normalmente apresenta baixa precisão dimensional. • O acabamento superficial das peças fundidas, via de regra, é inferior ao de peças fabricadas por outros processos como usinagem e conformação mecânica. • Furos pequenos e detalhes complexos, embora apareçam no desenho, não são feitos na peça durante a fundição e sim por usinagem posterior. • Riscos à segurança durante o processamento de metais líquidos quentes. • Problemas ambientais. Aplicações de Peças Fundidas • Muitas características da fundição a colocam em uma posição estratégica: • O fato da fundição ser o caminho mais curto entre a liga metálica líquida e a peça pronta, torna o processo atrativo economicamente para muitas situações. • Por não haver limites para a confecção de formas de moldes e conjuntos fundidos, a fundição é considerada o processo com a maior liberdade de formas disponíveis. • Peças desde poucos gramas, como joias, até peças com dezenas de toneladas, como turbinas para hidrelétricas, componentes de navios e potes de escória podem ser produzidas por fundição. Exemplos de Aplicações de Peças Fundidas Peças fundidas em fundição de precisão Exemplos de Aplicações de Peças Fundidas Peças fundidas sob pressão em alumínio Exemplos de Aplicações de Peças Fundidas Peças fundidas em alumínio Exemplos de Aplicações de Peças Fundidas Tampas de bueiro fundidas em ferro fundido Exemplos de Aplicações de Peças Fundidas Sinos fundidos em bronze Exemplos de Aplicações de Peças Fundidas Bloco de motor à combustão interna fundido (e posteriormente usinado) em ferro fundido ou alumínio Exemplos de Aplicações de Peças Fundidas Peças de bombas hidráulicas fundidas em aço inoxidável Moldes • Os materiais dos moldes em fundição são, principalmente areia e metal. • Moldes metálicos são empregados, sobretudo, em fundição sob pressão e em fundição em coquilha, com metais não ferrosos. • A grande maioria dos fundidos produzidos é obtida por moldes confeccionados à base de areia, em moldação manual ou mecanizada. • Uma areia de moldação é constituída, essencialmente, por grãos refratários de areia-base e pelo aglomerante desses grãos, para manter sua forma. Classificação dos Processos Fluxograma de Produção por Fundição em Areia Tipos de Molde Molde de Areia Esquemático Macho • Macho é a parte do molde fabricado separadamente e colocado em sua cavidade após a extração do modelo para: ➢Obter, de maneira mais econômica, formas internas ou externas de uma peça. ➢ Facilitar a construção do modelo. • Os machos geralmente são feitos de areia silicosa mais finas e aglomerantes, para maior compactação e forma estável. Macho • A figura mostra uma peça com uma forma interna com diâmetro variável (a). • Para facilitar a moldação desta peça, utiliza- se um modelo (b), a fim de se obter a forma geral da cavidade do molde, na qual é posicionado o macho (c), paralelamente à confecçãodo molde (d). • Figura: Peça a ser fundida (a), modelo com marcação de macho (b), caixa de macho (c), molde com macho (d), macho (M). Macho Scania Macho Modelos e Caixas de Macho • O modelo de uma peça a ser fundida é utilizado para dar forma e dimensões à cavidade do molde. Assim, a cavidade é formada pela compactação da areia ao redor do modelo, de tal forma que, quando o modelo for removido, o vazio remanescente terá a forma da peça. • Os modelos podem ser feitos de madeira, metal, plástico ou outros materiais. • A caixa de macho é utilizada para preparar os machos. • Os modelos e machos devem satisfazer as seguintes qualidades: ➢ Exatidão de formas e dimensões. ➢ Permanência de forma e dimensão com o decorrer do tempo. ➢ Facilidade de extração. ➢ Bom estado de superfície. Modelo de Madeira Modelos Projeto de Modelos • Os modelos e as caixas de macho possuem uma série de alterações em relação ao projeto da peça mecânica para adaptá-la ao processo de fundição. • Ao projetar uma peça para ser fundida, devem ser levados em conta os fenômenos que ocorrem na solidificação do metal líquido no interior do molde, evitando assim os defeitos oriundos do processo. • As tensões provenientes do resfriamento e a espessura das paredes da peça, quando não devidamente consideradas, podem acarretar um produto com defeito. Projeto de Modelos ➢ Sobrespessura de usinagem: A maioria das peças fundidas é usinada após sua limpeza, a fim de se obter dimensões, formas ou estado de superfície prefixados. A usinagem se traduz pela remoção de material da peça. Quando no desenho da peça a ser fundida existe algum sinal de usinagem, deve-se aumentar no modelo a espessura da face assimilada. Após Fundição Após Usinagem Sobrespessura de Usinagem Após Fundição Após Usinagem Projeto de Modelos ➢ Acréscimos para compensar a contração linear: Durante o resfriamento da peça no molde, após sua solidificação ocorre uma contração, ou seja, a peça sólida terá dimensões inferiores à cavidade do molde. Portanto, o modelo deve ser maior que a peça indicada no desenho. Na prática, é adotado o valor do coeficiente de contração linear do material da peça. Projeto de Modelos – Contração Projeto de Modelos ➢ Ângulos de saída: Para facilitar a extração do modelo e do macho, é necessário dar a suas paredes uma inclinação ou saída (1° a 3°). Um modelo sem saída (a) ou com contrassaída (b) quebra a areia quando é retirado do molde. Projeto de Modelos ➢ Marcações de macho: São partes salientes no modelo que, após a moldação deixam sua impressão no molde, permitindo o posicionamento adequado e a estabilidade do macho. Projeto de Modelos ➢ Cantos arredondados: Para facilitar o processo de moldagem, evitar defeitos, concentração de tensões e tricas a quente na peça fundida. É comum fazer arredondamento em todos os cantos possíveis. Projeto de Modelos e Peças • Portanto, é preciso dimensionar de maneira proporcional todas as seções da peça, de modo a ocorrer uma variação suave e gradual das espessuras, eliminando cantos vivos e mudanças bruscas de direção. • Quanto maior a superfície, maior deve ser o acréscimo. • Peças muito longas estão sempre sujeitas a deformações e, por menor que sejam estas deformações, requerem grandes acréscimos de usinagem para que não sejam refugadas por falta de material. Projeto de Modelos e Peças • Paredes muito finas não são preenchidas totalmente pelo metal líquido, e em certas ligas (como o ferro fundido), o resfriamento rápido proporcionado por paredes finas pode resultar em pontos mais duros. • Uma alternativa para a utilização de paredes mais finas é a utilização de outros processos de fundição, como a fundição sob pressão com moldes metálicos. Projeto de Modelos e Peças • Uma peça fundida está sujeita a muitas tensões de resfriamento, pois o metal vai se contrair inevitavelmente e o molde vai resistir a essa contração. Além disso, a peça não se resfria de forma uniforme. • Para minimizar este problema, é comum peças fundidas passarem por tratamentos térmicos de recozimento ou normalização para aliviar as tensões residuais. • Em casos já previsíveis de deformações e trincas nas peças, deve-se pensar em modelos que minimizem esse efeito (foto ao lado). Canais de Enchimento (Sistema de Alimentação) • O sistema de canais de enchimento deve ser dimensionado de tal forma que o metal líquido limpo preencha cavidade do molde, a uma dada temperatura e durante um certo intervalo de tempo, a fim de conseguir peças íntegras. • O metal líquido vazado no funil desce até o nível do canal de distribuição em que o metal passa através dos ataques e a cavidade correspondente à peça. • É utilizado a câmera ou o sistema de retenção de escórias para assegurar o enchimento da cavidade com o metal líquido. Massalotes (Sistema de Alimentação) • O massalote (ou montante) é uma reserva de metal líquido, adjacente à peça, cujo objetivo é compensar a contração no estado líquido e durante a solidificação, ou seja, alimentar a peça a fim de evitar a formação de rechupes (vazios). Resfriamento Contração de volume: 1) Contração líquida. 2) Contração de solidificação. 3) Contração sólida. Massalotes (Sistema de Alimentação) • O massalote é colocado na parte da peça que se solidifica por último, ou seja, adjacente ao ponto quente da peça. Logo, o rechupe deve ser formado no massalote, que posteriormente será extraído, e não na peça. Rechupe Lingote de alumínio (Al) com aproximadamente 5 cm de largura, mostrando a formação da linha central de contração Rechupe Macroporosidades Projeto de Massalotes • O tempo total de solidificação, após o vazamento do metal líquido no molde, é dependente do tamanho e da forma do fundido e pode ser calculado através da equação empírica conhecida como Regra de Chvorinov: 𝑇𝑇𝑆 = 𝑐𝑚 𝑉 𝐴 𝑛 TTS = tempo total de solidificação [min] V = volume do fundido [cm3 ou in3] A = área superficial do fundido [cm2 ou in2] n = constante, usualmente adota-se o valor 2 cm = constante do molde [min/cm 2 ou min/in2] Projeto de Massalotes • A Regra de Chvorinov indica que uma peça fundida com maior razão volume/área resfriará e solidificará de forma mais lenta que uma peça com menor razão. • Este princípio é utilizado no projeto de massalotes de um molde, pois o metal do massalote deve permanecer no estado líquido mais tempo que a peça. • Em outras palavras, o TTS do massalote deve ser maior que o TTS da peça. • Uma vez que as condições do molde são as mesmas para o massalote e a peça, a constante do molde (cm) será igual. • Projetar um massalote para que tenha maior razão volume/área garante que a peça solidificará primeiro e os efeitos de contração serão minimizados. Distribuição de Calor na Cavidade do Molde Exercício • Um massalote cilíndrico para um molde de fundição em areia deve ser projetado. • A peça fundida é uma placa retangular de aço com dimensões 7,5 x 12,5 x 2,0 cm3. • Observações prévias indicaram que o tempo total de solidificação para esta peça = 1,6 min. • O cilindro do massalote deverá ter uma razão diâmetro/altura = 1,0. • Determine as dimensões do massalote para que TTS = 2,0 min. • Discuta sobre a diferença entre os volumes da peça e do massalote. Areias de Moldagem • A areia de moldagem é constituída de um elemento granular refratário (geralmente areia silicosa) e aglomerante. • O aglomerante envolve e liga os grãos entre si, conferindo à areia, após a compactação, secagem ou reação química às características necessárias para o processo de moldagem. • Exemplos de aglomerantes: argila (betonita), silicato de sódio, cimento, resinas etc. • A areia de moldagem deve apresentar elevada refratariedade, boa resistência mecânica, permeabilidade adequada e plasticidade. • Já a areia destinada à fabricação de machos, além dos requisitos acima, deve ter boa colapsibilidade, definida como a perda de resistência após o início da solidificação da peça. • A areia de moldagem geralmenteé úmida, denominada areia verde. • As fundições trabalham basicamente com areia reciclada dos moldes anteriores e utilizam cerca de 10% de areia nova para recompor as perdas durante a reciclagem e manter as propriedades estáveis. Areias de Moldagem Areia sintética ou Areia verde Aglomerante Areias de Moldagem • A opção por uma areia-base não-silicosa parte da constatação de que a areia silicosa apresenta, quando comparada com outras composições, inúmeras desvantagens como elevada expansão volumétrica (figura ao lado) e elevada reatividade com o metal fundido. • Entretanto, pelo menos em países como o Brasil, com imensas reservas de areia silicosa e grande litoral, fica mais barato se contornar os problemas advindos da utilização de areia silicosa do que substitui-la. • Das areias não-silicosas podemos citar a zirconita, que seria a areia ideal em termos de propriedades, não fosse pelo alto custo, e a de cromita que apresenta maior capacidade de extração de calor do que a areia comum. • Existem duas formas (não-excludentes) de se minimizar os defeitos decorrentes da utilização de areia silicosa: através do emprego de aditivos e pela pintura de moldes e machos. Desmoldagem • A desmoldagem e a recuperação da areia estão diretamente relacionadas. • A partir da desmoldagem, separa-se a areia do fundido que será repassada aos processos de recuperação. • As máquinas de desmolde baseiam-se em elementos vibratórios e de impacto para a separação da areia, que estará poluída por respingos de metal, arames, rebarbas, pedaços de canal e massalotes e argila queimada. Daí a importância dos processos de recuperação. • Não é usual esperar a peça chegar à temperatura ambiente para desmoldar. Assim, a temperatura de desmoldagem tem de ser tal que esteja abaixo das curvas de transformação de fases e que não permita que a peça se deforme. • Exemplos: Ferros fundidos (< 500°C), ligas de cobre (< 250°C) e de alumínio (< 150°C). Desmoldagem Desmoldador e recuperador de areia vibratório Desmoldagem Unidade de desmoldagem e recuperação de areia Acabamento • Após a etapa de desmoldagem, a peça necessita de processos de acabamento antes que seja destinada ao cliente. • Para peças fabricadas a partir de moldes de areia, é feita a remoção da areia grudada. Contudo, esta etapa não é necessária no caso de moldes metálicos. • Também é necessária a remoção do sistema de canais e massalotes, seguido de rebarbação. Ao final, a peça deve ter bom aspecto superficial. • Pode ser necessária uma etapa adicional de usinagem para a confecção de detalhes complexos, furos pequenos e/ou roscas. • Por fim, em determinados casos, a peça ainda pode passar por tratamento térmico e/ou pintura. Acabamento Rebarbação e retirada de canais e massalote Jateamento para retirada de areia presa na peça Abrasivo para jateamento Acabamento Usinagem Pós Desmoldagem Após Fundição Após Usinagem Fluxograma de Produção por Fundição Metalurgia dos Fundidos Ligas Usadas em Fundição • As ligas metálicas utilizadas em fundição são divididas em dois grandes grupos: ferrosas e não ferrosas. • Segundo dados de 2004, entre toda a produção de fundidos, o ferro fundido ocupa a maior fatia (83%), seguido do aço (10%) e das ligas não ferrosas (7%). • Ferros fundidos (FoFo) são ligas essencialmente de ferro (Fe) e carbono (C), cuja porcentagem de carbono varia entre 2,11% e 4,5%. Também costumam apresentar teores de silício (Si) e manganês (Mn) em sua composição. • A maioria dos ferros fundidos se funde entre 1150 e 1300°C. Dessa forma, são fundidos com mais facilidade do que os aços (~ 1500°C), além de geralmente serem muito frágeis para conformação a quente. Portanto, a fundição se torna a técnica mais viável e usual, por esta razão o seu nome. Alotropia do Ferro Puro Ferrita δ (CCC) Austenita γ (CFC) Ferrita α (CCC) Temperatura Ambiente Diagrama Ferro- Cementita (Fe-Fe3C) • Cristalografia do ferro puro. • Limites de solubilidade importantes. • Patamares e reações importantes. Solidificação dos Metais • A solidificação consiste no processo de vazar um fundido em moldes com a finalidade de produzir formas sólidas requeridas. • O estudo da solidificação de metais e ligas é importante porque a maioria dos produtos metálicos, em algum estágio da sua fabricação, passa do estado líquido para o estado sólido, seja na forma acabada ou semiacabada. • A estrutura formada após a solidificação determina as propriedades dos produtos finais, sendo ainda mais importante nos produtos produzidos por fundição. Solidificação dos Metais • Pode-se dividir a solidificação de um metal ou liga nas seguintes etapas: 1) Nucleação: Formação de núcleos sólidos estáveis no líquido (a). 2) Crescimento: Os núcleos formados originam cristais (b), e formam uma estrutura de grão (c). Grãos Cristalinos • Importante: os grãos possuem orientações diferentes, porém apresentam a mesma estrutura cristalina e a mesma composição química (metal monofásico). Contornos de Grão Tamanho de Grão • Os grãos dos materiais policristalinos possuem orientações cristalográficas diferentes. • O contorno de grão atua como uma barreira para a movimentação das discordâncias, pois será necessário a mudança de direção no movimento, dificultando o mesmo. Solução Sólida • Formação de ligas com átomos de impurezas, que formam solução sólida substitucional ou instersticial. • As ligas são mais resistentes que os metais puros, pois as impurezas dificultam o movimento das discordâncias, sendo necessário tensões maiores para ocorrer deformação. Solução sólida substitucional Solução sólida intersticial Solução Sólida Endurecimento por Solução Sólida • Distorções na rede cristalina provocadas por átomos em solução sólida: átomo maior (amarelo) e átomo menor (vermelho). Tração Compressão Solidificação dos Metais • O núcleo é um sólido que pode crescer ou se dissolver, a depender da temperatura do sistema. • O crescimento do sólido se dá por migração de átomos do líquido para o sólido, arranjando os átomos nas posições de equilíbrio do reticulado cristalino específico de cada metal (CCC, CFC, HC, TCC, etc). Solidificação dos Metais • A temperatura na qual ocorre o equilíbrio termodinâmico entre um sólido e seu respectivo líquido é a temperatura de fusão. • Contudo, a temperatura de fusão é equivalente à de solidificação apenas em substâncias puras e sistemas eutéticos. Contrariamente ao senso comum, tal definição não significa que a solidificação se inicia nesta temperatura. • O estudo da solidificação envolve duas abordagens distintas. Na abordagem termodinâmica, analisam-se as energias envolvidas na solidificação enquanto na abordagem cinética, analisa-se a velocidade com que os processos (de nucleação e crescimento) acontecem. Solidificação dos Metais • Fase é a porção homogênea de um sistema que tem características físicas e químicas definidas, como ser um metal puro, por exemplo. • Uma fase é identificada pela composição química e microestrutura, sendo que a interação de duas ou mais fases em um material permite a obtenção de propriedades diferentes. • Então, é possível alterar as propriedades do material alterando a forma e distribuição das fases. Diagrama de Equilíbrio Binário Solidificação dos Metais • A temperatura na qual ocorre o equilíbrio termodinâmico entre um sólido e seu respectivo líquido é a temperatura de fusão. • Contudo, a temperatura de fusão é equivalente à de solidificação apenas em substâncias puras e sistemas eutéticos. Contrariamente ao senso comum, tal definição não significa que a solidificação se inicia nesta temperatura. • O estudo da solidificação envolve duas abordagens distintas. Na abordagem termodinâmica, analisam-se as energias envolvidas na solidificação enquanto na abordagem cinética, analisa-se a velocidade com que os processos (de nucleação e crescimento) acontecem. Diagramas TTT – Introdução • Normalmente, o equilíbrio para os sistemas sólidosé atingido somente com taxas de resfriamento extremamente lentas, o que é inviável na prática. • Na realidade, os processos de fundição, soldagem e conformação mecânica e os tratamentos térmicos conferem aos aços microestruturas fora do equilíbrio (metaestáveis). • Tais modificações microestruturais são representadas de maneira conveniente por diagramas que incorporam transformações de fase em função do tempo e da temperatura de processamento. • A aplicação destes diagramas permite o planejamento e a realização adequada de tratamentos térmicos, com o objetivo de conferir ao material as propriedades mecânicas desejadas. Nucleação e Crescimento de uma Fase Nucleação e Crescimento de uma Fase Nucleação e Crescimento de uma Fase • Na região L (estado líquido), a temperatura diminui por efeito de transmissão de calor através do molde. • A temperatura aumenta a partir de Tf - DT pelo efeito de recalescência. DT representa o grau de super-resfriamento. Inicia-se então a solidificação, através do aparecimento dos primeiros núcleos sólidos. • No patamar L + S há a coexistência dos estados líquido e sólido. Ao final do patamar, toda a massa está solidificada (início da região S). A solidificação se inicia a uma temperatura situada no intervalo DT. Portanto, o líquido se encontra abaixo da temperatura de fusão ( Tf ), ou seja, super-resfriado. Nucleação e Crescimento de uma Fase • Os dois principais mecanismos pelos quais ocorre a nucleação de partículas sólidas (núcleos) num metal líquido são: ➢ Nucleação Homogênea: quando a formação de núcleos ocorre diretamente a partir do líquido, de maneira aleatória e uniforme ao longo de toda a fase original. ➢ Nucleação Heterogênea: quando a formação de núcleos ocorre sobre superfícies pré-existentes, ou seja, em heterogeneidades estruturais, tais como superfícies de moldes, impurezas insolúveis, inclusões, contornos de grão ou discordâncias. Nucleação e Crescimento de uma Fase Nucleação e Crescimento de uma Fase • Pode-se ilustrar que a superfície a ser criada pela nucleação a partir de um substrato (nucleação heterogênea) é menor, comparada a da nucleação homogênea. • Este fato facilita o processo, pois exige menor energia de interface (barreira energética). Nucleação e Crescimento Inoculantes • Na maioria dos casos, o desempenho de uma peça fundida é tão maior quanto menor for o tamanho médio dos grãos cristalinos que a constituem. • Na fundição, o refino de grãos é conseguido normalmente através da adição ou inoculação ao metal líquido de substratos heterogêneos com alta potência de nucleação, sob a forma de partículas finamente dispersas. • Os inoculantes são distribuídos uniformemente no metal líquido por meio de um veículo volátil a eles previamente mesclado. Inoculantes • Como exemplo, a inoculação simultânea de Boro (B) e Titânio (Ti) no Alumínio sob a forma de sais metálicos, do tipo halogeneto, exibe uma eficiência relativa elevada. • Esses elementos são previamente misturados com hexacloroetano, que atua como veiculo volátil. • Ao entrar em contato com o alumínio líquido, os sais de Boro-Titânio se decompõem instantaneamente, liberando pequenos substratos que são rapidamente disseminados no volume do metal fundido por meio da ação de efervescência, que resulta da volatilização contínua do hexacloroetano. Inoculantes Tratamento de refino de grão. (esquerda: sem inoculantes ; direita: com adição de inoculantes) Inoculantes Macroestrutura do Alumínio Puro (a) e de ligas Al-Ti-B (b-f) Inoculantes A tabela ao lado mostra alguns dos inoculantes mais utilizados Desenvolvimento da Microestrutura • Conforme já mencionado, os metais líquidos são vazados em moldes para obtenção de peças ou lingotes. • O lingote passa posteriormente por processos de deformação plástica (conformação mecânica), visando a produção de chapas, barras, perfis, entre outros. • Os grãos que aparecem na estrutura da peça ou do lingote podem ter diferentes tamanhos, dependendo das taxas de extração de calor e gradientes térmicos em cada momento da solidificação. Estrutura do Lingote – Regiões de Granulação • Zona Coquilhada*: Região de pequenos grãos com orientação cristalina aleatória, situada na parede do molde. • Próximo à parede existe maior taxa de extração de calor e, portanto, elevado super- resfriamento, o que favorece a formação destes grãos. Os grãos da zona coquilhada tendem a crescer na direção oposta a da extração de calor. Porém, algumas direções cristalinas apresentam maior velocidade de crescimento que outras. * Coquilha: São os moldes metálicos utilizados para aumentar a taxa de resfriamento do metal que solidifica dentro do molde. Coquille, em francês, significa concha. Estrutura do Lingote – Regiões de Granulação • Zona Colunar: Região de grãos alongados, orientados na direção de extração de calor. • Os grãos da zona coquilhada, que possuem as direções cristalinas de maiores velocidades de crescimento alinhadas com a direção de extração de calor, apresentam aceleração de crescimento. Esta aceleração gera grãos alongados que compõem a zona colunar, situada na posição intermediária entre a parede e o centro do molde. Estrutura do Lingote – Regiões de Granulação • Zona Equiaxial*: Região de pequenos grãos formados no centro do molde, como resultado da nucleação de cristais ou da migração de fragmentos de grãos colunares (arrastados para o centro por correntes de convecção no líquido). • Nesta região os grãos tendem a ser pequenos, equiaxiais e de orientação cristalina aleatória. * Haverá uma zona equiaxial no caso de ligas metálicas, não se manifestando este fenômeno em metais puros, onde os grãos colunares crescem até o centro do molde. Estrutura do Lingote – Regiões de Granulação • Quando um metal líquido é vazado no molde, a temperatura do líquido, a uma pequena distância das paredes, cai abaixo da temperatura de solidificação, produzindo um considerável super-resfriamento nesta região mais externa e a velocidade de nucleação heterogênea é relativamente grande. • Desse modo, a taxa de nucleação de grãos é alta na zona coquilhada e os grãos crescem pouco com orientação qualquer. Estrutura do Lingote – Regiões de Granulação • Na zona colunar, a taxa de nucleação é pequena e predomina o crescimento dos cristais. • Logo que a nucleação se inicia na zona coquilhada, a temperatura desta região começa a subir novamente como resultado da liberação de calor latente de fusão. • Quando isso ocorre, há a diminuição da temperatura à frente da interface entre zona coquilhada e líquido. • Então, os cristais da zona coquilhada presentes na interface lançam ramos cristalinos para dentro do líquido super-resfriado, iniciando a formação da zona colunar. Estrutura do Lingote – Regiões de Granulação • Como a maioria dos líquidos puros (monocomponentes) se contrai na solidificação, a contração do líquido no centro do lingote leva à formação de vazios. • Para que isso seja evitado, a prática comum é manter quente o topo do lingote, usualmente pela adição de compostos que se decompõem exotermicamente ou através da aplicação de massalote. Metal Puro Estrutura do Lingote – Regiões de Granulação Lingote de alumínio (Al) com aproximadamente 5 cm de largura, mostrando a formação da linha central de contração Estrutura do Lingote – Regiões de Granulação • Algumas vezes os grãos colunares ramificam-se e estes ramos se ramificam de novo (ramificações secundárias), podendo surgir até mesmo ramificações terciárias a partir das secundárias. • Os grãos resultantes são então chamados dendritas, termo derivado da palavra grega dendron, que significa "árvore”, pois o cristal ramificado resultante tem a aparência de um pinheiro. Estrutura do Lingote – Regiões de Granulação Seção transversal de um lingote, apresentando a solidificação de uma liga metálica Estrutura do Lingote – Regiões de Granulação • As dendritas se formam em quantidades cada vez maiores até se encontrarem. • Seu crescimentoé impedido pelo encontro das dendritas vizinhas, originando-se os grãos e os contornos de grãos que delimitam cada grão cristalino. Estrutura do Lingote – Dendritas Estrutura do Lingote – Efeitos dos Cantos (a) (b) As diagonais constituem planos de maior fragilidade (a) Arredondamento dos cantos (b) Comparação da Microestrutura: Fundido x Forjado Estruturas Brutas de Fusão • A solidificação ocorre fora do equilíbrio, pois as taxas de resfriamento não são suficientemente lentas. • A microestrutura final apresenta a forma de dendritas. • Ocorrem macro e microssegregações de elementos químicos, formando gradientes de composição. • Características geralmente encontradas em peças fundidas e metais de solda. Liga 70%Cu–30%Ni Estruturas Brutas de Fusão Metal de solda de um aço inoxidável superaustenítico 20%Cr – 25%Ni – 6%Mo – 1,5%Cu Efeito da segregação dos elementos Estruturas Brutas de Fusão Revestimento depositado por soldagem (weld overlay) com aço inoxidável superaustenítico sobre chapa de aço carbono Comparação de Microestruturas Materiais trabalhados mecanicamente (laminados, forjados, trefilados) geralmente apresentam uma microestrutura mais homogênea e com grãos mais definidos, comparativamente a peças fundidas. Comparação de Microestruturas Lingote de Al (fundido) com aproximadamente 5 cm de largura, mostrando a formação da linha central de contração Estrutura de uma peça forjada Animações/Técnicas de Caracterização/1 Solidifição Lingote Super-resfriamento.swf Comparação de Microestruturas Encruamento por Laminação Comparação Microestrutural (a) Laminado (b) Fundido Exemplo: Aço Inoxidável Duplex Encruamento Slide 1: Fundição Slide 2: Referências Bibliográficas Slide 3 Slide 4: Introdução Slide 5: Introdução Slide 6: Introdução Slide 7: Introdução Slide 8: Introdução Slide 9: Histórico Slide 10: Histórico Slide 11: Introdução Slide 12: Relembrando... Slide 13: Fundição Slide 14: Fundição Slide 15: Fundição Slide 16: Etapas para Obtenção de uma Peça Fundida Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20: Operação Slide 21: Vantagens Gerais da Fundição Slide 22: Desvantagens Gerais da Fundição Slide 23: Aplicações de Peças Fundidas Slide 24: Exemplos de Aplicações de Peças Fundidas Slide 25: Exemplos de Aplicações de Peças Fundidas Slide 26: Exemplos de Aplicações de Peças Fundidas Slide 27: Exemplos de Aplicações de Peças Fundidas Slide 28: Exemplos de Aplicações de Peças Fundidas Slide 29: Exemplos de Aplicações de Peças Fundidas Slide 30: Exemplos de Aplicações de Peças Fundidas Slide 31: Moldes Slide 32: Classificação dos Processos Slide 33: Fluxograma de Produção por Fundição em Areia Slide 34: Tipos de Molde Slide 35: Molde de Areia Esquemático Slide 36: Macho Slide 37: Macho Slide 38: Macho Slide 39: Macho Slide 40: Modelos e Caixas de Macho Slide 41: Modelo de Madeira Slide 42: Modelos Slide 43: Projeto de Modelos Slide 44: Projeto de Modelos Slide 45: Sobrespessura de Usinagem Slide 46: Projeto de Modelos Slide 47: Projeto de Modelos – Contração Slide 48: Projeto de Modelos Slide 49: Projeto de Modelos Slide 50: Projeto de Modelos Slide 51: Projeto de Modelos e Peças Slide 52: Projeto de Modelos e Peças Slide 53: Projeto de Modelos e Peças Slide 54: Canais de Enchimento (Sistema de Alimentação) Slide 55: Massalotes (Sistema de Alimentação) Slide 56: Massalotes (Sistema de Alimentação) Slide 57: Rechupe Slide 58: Rechupe Slide 59: Macroporosidades Slide 60 Slide 61: Projeto de Massalotes Slide 62: Projeto de Massalotes Slide 63: Distribuição de Calor na Cavidade do Molde Slide 64: Exercício Slide 65: Areias de Moldagem Slide 66: Areias de Moldagem Slide 67: Areias de Moldagem Slide 68: Desmoldagem Slide 69: Desmoldagem Slide 70: Desmoldagem Slide 71: Acabamento Slide 72: Acabamento Slide 73: Acabamento Slide 74: Usinagem Pós Desmoldagem Slide 75: Fluxograma de Produção por Fundição Slide 76: Metalurgia dos Fundidos Slide 77: Ligas Usadas em Fundição Slide 78: Alotropia do Ferro Puro Slide 79: Diagrama Ferro-Cementita (Fe-Fe3C) Slide 80: Solidificação dos Metais Slide 81: Solidificação dos Metais Slide 82 Slide 83: Grãos Cristalinos Slide 84: Contornos de Grão Slide 85: Tamanho de Grão Slide 86: Solução Sólida Slide 87: Solução Sólida Slide 88: Endurecimento por Solução Sólida Slide 89: Solidificação dos Metais Slide 90 Slide 91: Solidificação dos Metais Slide 92: Solidificação dos Metais Slide 93: Diagrama de Equilíbrio Binário Slide 94: Solidificação dos Metais Slide 95: Diagramas TTT – Introdução Slide 96: Nucleação e Crescimento de uma Fase Slide 97: Nucleação e Crescimento de uma Fase Slide 98: Nucleação e Crescimento de uma Fase Slide 99: Nucleação e Crescimento de uma Fase Slide 100: Nucleação e Crescimento de uma Fase Slide 101: Nucleação e Crescimento de uma Fase Slide 102: Nucleação e Crescimento Slide 103: Inoculantes Slide 104: Inoculantes Slide 105: Inoculantes Slide 106: Inoculantes Slide 107: Inoculantes Slide 108: Desenvolvimento da Microestrutura Slide 109: Estrutura do Lingote – Regiões de Granulação Slide 110: Estrutura do Lingote – Regiões de Granulação Slide 111: Estrutura do Lingote – Regiões de Granulação Slide 112: Estrutura do Lingote – Regiões de Granulação Slide 113: Estrutura do Lingote – Regiões de Granulação Slide 114: Estrutura do Lingote – Regiões de Granulação Slide 115: Estrutura do Lingote – Regiões de Granulação Slide 116: Estrutura do Lingote – Regiões de Granulação Slide 117: Estrutura do Lingote – Regiões de Granulação Slide 118: Estrutura do Lingote – Regiões de Granulação Slide 119: Estrutura do Lingote – Dendritas Slide 120: Estrutura do Lingote – Efeitos dos Cantos Slide 121: Comparação da Microestrutura: Fundido x Forjado Slide 122: Estruturas Brutas de Fusão Slide 123: Estruturas Brutas de Fusão Slide 124: Estruturas Brutas de Fusão Slide 125: Comparação de Microestruturas Slide 126: Comparação de Microestruturas Slide 127: Comparação de Microestruturas Slide 128 Slide 129: Encruamento por Laminação Slide 130: Comparação Microestrutural Slide 131: Encruamento
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