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Aula 2 - Concepção de SES

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Aula 2 - Introdução e Concepção 
de Sistemas de Esgotamento Sanitário 
Projeto de Sistemas de Esgotos 
Sanitários 
Prof. Esp. Fabiano Fagundes 
Mas, o que é Saneamento? 
É o conjunto de medidas, visando preservar ou modificar as condições do meio 
ambiente com a finalidade de prevenir doenças e promover saúde. 
As obras de abastecimento público de água tratada são 
destinadas a captar, tratar, armazenar e distribuir água 
potável a toda a população. 
As obras de esgoto são destinadas a recolher, 
transportar, tratar e eliminar as águas servidas, evitando a 
degradação ambiental. 
Serviços de Saneamento 
• 
• 
• 
Abastecimento de Água 
Coleta, tratamento e disposição dos resíduos sólidos 
Coleta e transporte de águas pluviais 
• 
• 
Controle de vetores de doenças transmissíveis 
Coleta , tratamento e disposição dos esgotos sanitários. 
Qual é a importância do Saneamento? 
 Controlar e prevenir doenças 
 Melhorar a qualidade de vida da população 
 Melhorar a produtividade do indivíduo e facilitar a atividade econômica 
 Melhoria das condições de segurança e de conforto 
 Condições de higiene que promovem a saúde e o bem estar dos moradores 
 Controle e prevenção de muitas doenças 
Benefícios do Sistema de Esgoto Sanitário 
 Eliminação da poluição dos solos 
 Valorização dos imóveis 
Razões para tratar o Esgoto! 
Razão de Saúde Pública 
Reduz o número de organismos patogênicos presentes nos 
esgotos, possibilitando o seu retorno ao Meio Ambiente sem 
o risco de transmissão de doenças de veiculação hídrica. 
Razão Ecológica 
Evita a degradação ambiental, protegendo a vida vegetal 
animal. 
e 
Razão Econômica 
Reduz o custo do tratamento da água e a indisponibilidade 
desse recurso para diversos usos, dentre eles o consumo 
humano, industrial, comercial, assim como para as comunidades 
Razões para tratar o Esgoto! 
Razão Estética 
Evita prejuízos ao lazer e ao turismo, pelo mau aspecto, 
cheiro, presença de lixo e animais transmissores de 
doenças. 
Razão Legal 
Evita a depreciação dos patrimônios, pois os proprietários de áreas a jusante dos 
lançamentos de esgotos têm direitos legais ao uso da água em seu estado natural. 
Lei Federal 2.312 – 03/09/1954. “As ligações de esgoto são obrigatórias para todo 
imóvel situado em logradouro dotado de coletores de esgotos sanitários sempre que 
tecnicamente possível”. 
Lei Estadual 261 – 20/02/1991. Exige que todos os imóveis, que tenham à sua 
disposição rede de esgotamento sanitário, sejam ligados a ela, eliminando outros 
tipos de lançamento, como fossas ou até mesmo a céu aberto. 
Ciclo Saneamento 
Utilizada nas atividades humanas 
Imprópria para o consumo e retorno ao meio ambiente 
Águas residuárias 
Água fornecida para a população 
Água Residuária (Esgoto) 
É a massa líquida que apresenta 
partículas, compostos químicos ou 
microrganismos que tornam imprópria sua 
utilização ou aproveitamento, requisitando, 
portanto, condicionamento ou tratamento 
antes do reuso ou destinação final. 
 
Água residuária formada por contribuições de: 
Esgoto 
Industrial 
Esgoto 
Doméstico 
Esgoto 
Sanitário 
Águas de 
Infiltração 
Constituição do esgoto sanitário 
Esgoto Doméstico 
Representa o maior volume do 
esgoto sanitário. É formado por material 
fecal e águas servidas provenientes de 
banheiros, cozinhas, outras instalações 
hidro-sanitárias de residências, prédios 
comerciais, instalações públicas, além de 
contribuições especiais de estabelecimentos 
de saúde. 
 
 
Esgoto Sanitário 
Esgoto Industrial 
Águas de infiltração 
São aquelas que, ao escoar ou infiltrar no terreno 
penetram nos coletores de esgoto, seja por juntas 
mal executadas ou aberturas nos componentes da 
rede coletora de esgoto. 
É formado por efluentes de processos produtivos 
e de águas de lavagem de industrias. Apresenta 
geralmente grande vazão e carga poluidora. 
 
Esgoto Sanitário 
Coletados 
Evitar a transmissão de doenças ao homem e 
minimizar os seus impactos ao meio ambiente. 
 
Esgoto 
 
Esgoto Sanitário 
Destino Adequado 
Evolução histórica do sistema de esgoto 
• Século 6 a.C - Cloaca Máxima de Roma. 
Evolução histórica do sistema de esgoto 
• Século 6 a.C - Cloaca Máxima de Roma. 
Evolução histórica do sistema de esgoto 
• Século 6 a.C - Cloaca Máxima de Roma. 
Evolução histórica do sistema de esgoto 
• Século 5 a.C – Instalados condutos de barros para 
descarregar as águas servidas das habitações. 
Inglaterra, 1596 – Invenção da privada com descarga 
hídrica 
• 
• Londres, 1815 – Autorização do lançamento de 
esgoto doméstico em galerias de águas pluviais 
• Londres, 
esgotos 
1847 – Compulsório o lançamento de 
nas galerias → INÍCIO DO SISTEMA 
UNITÁRIO. 
Evolução Histórica do Sistema de Esgoto 
• Aplicação do sistema unitário: 
- 
- 
- 
- 
Nova Iorque (1857) 
Rio de Janeiro (1864) 
Recife 
Berlim 
(1873) 
(1874) 
1855 - Rio de Janeiro: contratação dos ingleses para criar 
sistemas de esgotamento para as cidades do Rio e São Paulo. 
de Janeiro: inauguração do sistema de esgotos 1857 - Rio 
(separador parcial) da cidade, tornando-se uma das primeiras 
cidades do mundo dotada de rede coletora de esgotos. 
1876 - São Paulo: inaugurado o primeiro sistema coletor de 
esgotos (separador parcial) da cidade. 
que 
Evolução da coleta de esgoto no 
Brasil 
A evolução da 
final 
foi 
infra-estrutura urbana que 
do ocorreu no do século XIX e início 
século XX, sendo descaracterizada, já 
a ampliação dos sistemas de coleta de 
da esgoto não acompanhou o crescimento 
população 
brasileiras. 
na maioria das cidades 
Representação espacial do 
índice médio de atendimento 
urbano por rede coletora de 
esgotos (indicador IN024) dos 
municípios cujos prestadores 
de serviços são participantes 
do SNIS em 2015, distribuído 
por faixas percentuais, 
segundo estado: 
Evolução dos índices de atendimento da população total com coleta de esgotos (IN056) e 
de tratamento dos esgotos gerados (IN046) para os prestadores de serviços participantes 
do SNIS entre 2005 e 2015. 
Déficit brasileiro: 
O esgoto Sanitário no Mundo 
Os Estados Unidos e maior parte dos países europeus 
resolveram substancialmente o problema do 
esgotamento sanitário. 
já 
 
Dentre os países desenvolvidos onde há água tratada e 
sistema completo de esgoto sanitário para 100% da 
população, o Canadá tem-se destacado em um movimento 
de promoção de saúde, defendendo o conceito de cidade 
saudável, que tem o aval da OMS/OPS. 
 
Segundo a ONU, morrem a cada dia, 25 mil pessoas no 
mundo, na maioria crianças, em virtude de doenças 
provocadas pela água poluída. 
74% 
10% 
15% 
1% 
Custos do Sistema de 
Esgotamento Sanitário 
Curiosidade 
Coletor 
tronco 
Interceptor 
e Emissário 
Tratamento 
Rede e 
Ligação 
Estação 
Elevatória 
Custo de Implantação das Redes 
Coletoras de Esgoto 
Investimentos realizados no período 2005 a 2015, em valores históricos, de acordo com 
as informações dos prestadores de serviços participantes do SNIS, segundo total do 
Brasil 
Linha de tendência para os investimentos realizados no período 2007 a 2015, de 
acordo com as informações dos prestadores de serviços participantes do SNIS, 
segundo total do Brasil 
convencional 
Sistema 
condominial 
Sistema 
separador 
Sistema Sistema 
coletivo 
Sistema 
unitário 
Esgotamento 
Sistema 
individual 
Sistemas de Coleta e Transporte 
dos Esgotos 
Sistema de Esgotamento Sanitário 
Caracterizado pela coleta e/ou tratamento de 
pequena contribuição de esgoto sanitário 
proveniente de imóveis domiciliares, comerciais e 
de públicos de locais normalmente desprovidos 
coleta de esgoto. 
 
Individual 
Fossa Seca 
Sistema Coletivo 
 
 Adequado em locais de médio ou 
grande adensamento populacionalSES Coletivo 
 
Crescimento populacional e redução de áreas 
livres nas habitações 
SES Coletivo 
Constituído por: 
Elevação 
Destino final 
Tratamento 
Unidade de coleta 
SES Convencional 
Por que 
tratar os 
esgotos? 
Remoção 
de matéria 
orgânica 
Remoção 
de 
nutrientes 
Remoção 
de 
organismos 
patogênicos 
Remoção 
de sólidos 
em 
suspensão 
DIRETRIZES TÉCNICAS PARA PROJETO E IMPLANTAÇÃO DE 
ESTAÇÃO LOCAL DE TRATAMENTO DE ESGOTO PARA 
EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS 
Referências Bibliográficas 
SOBRINHO, P.A. e ZAMBOM, R.C. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. 
Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária. 
Profª Drª Gersina N.R.C. Junior. Sistemas de Esgotos.

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