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Aula 05
Português p/ PM-SP (Soldado e Oficial) - Com videoaulas
Professores: Décio Terror, Equipe Décio Terror
Português para PM SP 
Teoria e exercícios comentados 
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Aula 5.1: Morfossintaxe. Classes de palavras - parte 1 (Processos 
de flexão verbal I). 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Formas nominais e estrutura verbal 1 
2. Tempos do indicativo 7 
3. Tempos do subjuntivo 20 
4. O imperativo 28 
5. Lista de questões para revisão 42 
6. Gabarito 58 
 
 Olá, pessoal! 
Como o assunto desta aula é bem extenso e precisamos treinar com 
muitas questões, tomei a liberdade de dividi-la em cinco partes. Nesta 
primeira, trabalharemos a estrutura e o emprego do tempo e modo verbais. Na 
segunda parte da aula, em outro arquivo, trabalharemos a flexão irregular dos 
verbos. Na terceira parte da aula, identificaremos as classes de palavras, além 
da flexão nominal. Na quarta parte da aula, falaremos sobre os pronomes e, 
fechando a aula, trabalharemos a formação das palavras. 
Como tenho feito em outras aulas, a fim de treinarmos bastante todo o 
conteúdo previsto, inseri questões de várias bancas para que possamos aplicar 
tudo aquilo que é importante. 
Verbo 
O verbo é a palavra que se flexiona em número (singular/plural), pessoa 
(primeira, segunda e terceira), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo), 
tempo (presente, pretérito e futuro), e voz (ativa, passiva e reflexiva). Pode 
indicar ação (fazer, copiar), estado (ser, permanecer, ficar), fenômeno natural 
(chover, anoitecer), ocorrência (acontecer, suceder), desejo (aspirar, almejar) 
e outros processos. 
Questão 1: Prefeitura CM Professor 2009 (banca Consulplan) 
Lá em casa eles me viam tão entregue a esse livro, tão quietinha num canto, 
só eu e o livro, que eles me deram, correndo, uma porção de Lobatos. Eu li; 
eu experimentei eles todos; eu curti. Mas Reinações de Narizinho tinha me 
dado um prazer tão intenso, que era pra ele que eu voltava sempre ao longo 
da minha infância. Esse livro sacudiu a minha imaginação. E ela tinha 
acordado. Agora ... ela queria imaginar. 
(Lygia Bojunga Nunes. Livro – Um encontro com Lygia Bojunga 
 Nunes. 2. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1990) 
Indique o par de palavras que exprime um fato (ação, estado ou fenômeno) 
no tempo: 
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A) casa, intenso B) curti, sacudiu C) infância, tão D) acordado, todos 
Comentário: Esta questão apenas explorou o fundamento do verbo, o qual é 
empregado para expressar uma ação, estado, fenômeno no tempo etc. Veja 
que a única alternativa que possui dois verbos é a (B), por esse motivo ela é a 
correta. 
 Os vocábulos “casa” e “infância” são substantivos, “intenso” é adjetivo, 
“tão” é advérbio, “acordado” é verbo e “todos” é um pronome. 
 Veremos nas aulas posteriores o emprego do substantivo (nomear 
seres), adjetivo (caracterizar seres), advérbio (transmitir circunstância) e 
pronomes (substituir substantivo ou acompanhá-lo). 
Gabarito: B 
 
O que são formas nominais? 
Muita gente se pergunta por que o infinitivo, o gerúndio e o particípio são 
chamados de formas nominais, se eles são verbos. Bom, o motivo disso é 
porque muitas vezes se comportam como nomes (substantivo, advérbio e 
adjetivo). Veja: 
Infinitivo: termina em “r” (cantar, saber, partir). Algumas vezes se comporta 
como substantivo em construções do tipo “Amar é viver” (Amor é vida); 
“Estudar é bom” (Estudo é bom). 
Gerúndio: normalmente termina em “ndo” (cantando, sabendo, partindo). 
Algumas vezes se comporta como advérbio em construções do tipo 
“Amanhecendo, vou a sua casa” (valor adverbial de tempo: quando 
amanhecer); “Estudando, passarei no concurso” (valor adverbial de condição: 
se estudar). 
Particípio: (normalmente termina em “do”: cantado, sabido, partido). 
Algumas vezes ocupa valor de adjetivo, em construções do tipo: “Ele é 
abençoado”; “Janaína foi demitida”. 
 Vimos em nossas aulas que essas formas nominais podem estar numa 
oração reduzida. Além disso, essas formas nominais podem fazer parte 
também de locuções verbais. 
Questão 2: DPE MT 2015 – Analista (banca FGV) 
Os sete erros que devem ser evitados em tempos de seca 
O primeiro desses “erros” era “usar água da chuva para beber, tomar banho e 
cozinhar”. Segundo o aviso, “A água da chuva armazenada em casa não pode 
ser usada para beber, tomar banho e cozinhar porque ela contém uma alta 
concentração de poluentes atmosféricos, que podem causar mal à saúde. Essa 
água só é indicada para consumo com tratamento químico, feito somente por 
especialistas, não bastando ferver ou filtrar. Por isso, é melhor usá-la apenas 
na limpeza da casa”. 
A frase que identifica o primeiro erro – “Usar água da chuva para beber, 
tomar banho e cozinhar” – emprega a forma verbal do infinitivo. 
Com isso, o autor do texto consegue um resultado conveniente para esse tipo 
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de texto, que é 
(A) não personalizar as ações. 
(B) não situar as ações no tempo. 
(C) não identificar os locais das ações. 
(D) descrever as ações de forma precisa. 
(E) citar as ações em sequência cronológica. 
Comentário: A questão pede o efeito argumentativo no emprego do infinitivo 
impessoal, isto é, aquele infinitivo que não se refere ao seu agente, ao sujeito. 
Assim, a intenção é enfatizar a ação, sem necessidade de mencionar quem 
age. Dessa forma, entendemos que o agente será qualquer pessoa que se 
enquadre nesta situação. 
 Assim, a alternativa (A) é a correta. 
Gabarito: A 
 
Questão 3: TST 2012 – Analista Judiciário – Área Judiciária (banca FCC) 
A forma destacada que apresenta o processo verbal em potência, 
aproximando-se, assim, do substantivo, é: 
(A) Creio ser razoável perguntar... 
(B) Há uma passagem... 
(C) “Os historiadores quebram a cabeça procurando a melhor maneira de 
formular...” 
(D) “... que eram, à época, o núcleo do capitalismo mundial.” 
(E) “Definir a diferença entre partes avançadas e atrasadas... é um exercício 
complexo e frustrante” 
Comentário: As formas verbais conjugadas em modo e tempo verbal não 
podem se aproximar do valor substantivo. Isso compete ao infinitivo, que é a 
forma nominal que, em determinado contexto, pode transmitir valor 
substantivo, como o que ocorreu na alternativa (E). Podemos entender o 
substantivo aí empregado como: 
“A definição da diferença entre partes avançadas e atrasadas...é um 
exercício complexo e frustrante”. 
Gabarito: E 
1. Estrutura das formas verbais e alguns conceitos básicos: 
Há três tipos de morfemas (partes da palavra) que participam da 
estrutura das formas verbais: o radical, a vogal temática e as desinências. 
a. radical – é o morfema que concentra o significado essencial do verbo: 
estud-ar vend-er permit-ir 
am-ar beb-er part-ir 
cant-ar escond-er proib-ir 
b. Vogal temática – é o morfema que permite a ligação entre o radical e as 
desinências. Há três vogais temáticas: 
-a- caracteriza os verbos da primeira conjugação: solt-a-r, cant-a-r 
-e- caracteriza os verbos da segunda conjugação: viv-e-r, esquec-e-r 
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O verbo pôr e seus derivados (supor, depor, repor, compor, etc) 
pertencem à segunda conjugação, pois sua vogal temática é –e–, obtida da 
forma portuguesa arcaica poer, do latim poere. 
-i- caracteriza os verbos da terceira conjugação: assist-i-r, decid-i-r 
O conjunto formado pelo radical e pela vogal temática recebe o nomede 
tema. Assim: 
 
cantar vender partir 
 
c. Desinências – são morfemas que se acrescentam ao tema para indicar as 
flexões do verbo. Há desinências número-pessoais e desinências modo-
temporais: 
 
cant á sse mos 
 
 
 
 
 
 
Essas desinências serão fundamentais para notarmos em que modos e 
tempos os verbos estão e com isso sabermos empregá-los. Mais à frente em 
nossa aula, faremos a conjugação do verbo e você terá discriminado cada 
morfema para entender melhor o processo de conjugação. 
Questão 4: Prominp 2012 cargos de nível médio (banca Cesgranrio) 
Se o pronome pessoal eu fosse substituído por nós, na frase do 
“Eu te asseguro não chore não”, como ficaria a frase mantendo-se o tempo 
do verbo destacado? 
(A) Nós te asseguraremos não chore não. 
(B) Nós te asseguraríamos não chore não. 
(C) Nós te assegurais não chore não. 
(D) Nós te asseguramos não chore não. 
(E) Nós vamos te assegurar não chore não. 
Comentário: A questão basicamente explorou a desinência número-pessoal. 
Em “asseguro” ocorre a desinência número-pessoal “-o”, marcando a primeira 
pessoa do singular do presente do indicativo. Ao mudarmos para a primeira do 
plural deste mesmo tempo verbal, deverá haver apenas a desinência “-mos” 
(sem nenhuma outra desinência), por isso a alternativa (D) é a correta. 
Gabarito: D 
 
Desinência modo-temporal 
Indica o modo (indicativo e subjuntivo) e o tempo 
verbal (presente, passado, futuro) 
Desinência número-pessoal 
Indica a pessoa do discurso (1ª, 2ª, 3ª) e 
número (singular ou plural) 
Vogal temática 
Indica a conjugação (1ª, 2ª, 3ª) 
Radical 
É a base de sentido do verbo. 
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação 
tema tema tema 
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Uma das desinências aponta o modo verbal. Mas o que é MODO 
VERBAL? 
Podemos entender os modos verbais como os divisores dos tempos 
verbais. Cada modo possui tempos verbais peculiares. Os modos verbais são: 
o indicativo, o subjuntivo e o imperativo. Entendê-los é importante para 
sabermos seu emprego no texto. 
Veja: 
Indicativo: transmite certeza, convicção: 
Eu estudo todos os dias. 
Subjuntivo: transmite dúvida, incerteza, possibilidade: 
Talvez eu estude ainda hoje. 
Imperativo: transmite ordem, pedido, solicitação, conselho: 
Estude, pois esta matéria é importante para a prova. 
Então vejamos a flexão dos verbos em cada tempo e em seguida o 
emprego do tempo verbal. 
Para fins didáticos, vamos notar algumas letras com contornos diferentes 
para chamar sua atenção quanto à estrutura do verbo. Isso é apenas para 
facilitar seu entendimento da conjugação. As letras marcadas em negrito são 
vogais temáticas, as sublinhadas são desinências número-pessoais. O morfema 
entre a vogal temática e a desinência número-pessoal é a desinência modo-
temporal, marcada com . 
estuda s 
 
radical vogal temática desinência modo-temporal desinência número-pessoal. 
Vimos o que é a raiz (radical) de um verbo: cantar, beber e partir. Agora 
veremos que, quando a vogal tônica está no radical do verbo, temos as formas 
rizotônicas (rizo=raiz/radical; tônica=vogal de som mais forte): estudo, 
compreendam, cantam. 
Há também as formas arrizotônicas, isto é, a vogal tônica está fora do 
radical: venderão, cantarei, conseguiríamos. 
Outros conceitos importantes são os seguintes: 
Regulares: verbos que mantêm a mesma base (radical). Perceba que 
na flexão do verbo “cantar” se mantém a base “cant”: 
eu canto .... talvez eu cante .... se eu cantasse... 
Irregulares: verbos que não mantêm a mesma base (radical). Veja que 
na flexão do verbo “saber”, a base “sab” se modifica: 
 eu sei ... talvez eu saiba .... se eu soubesse ... 
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Essa variação da base (radical), quando mudamos os tempos, mostra 
que o verbo é irregular. Naturalmente, são justamente eles que caem na 
prova. 
Os verbos ser e ir, por apresentarem profundas alterações nos radicais 
em sua conjugação, são chamados anômalos. 
 (ser) eu sou ... talvez eu seja ... se eu fosse 
(ir) eu vou ... talvez eu vá ... se eu fosse 
 Perceba que não mudamos só o radical. A palavra está totalmente 
modificada. 
 Vamos a algumas questões: 
Questão 5: CEDAE 2012 Advogado (banca CEPERJ) 
Os verbos regulares são aqueles que apresentam radical invariável e suas 
terminações são coincidentes com a maioria dos verbos da mesma 
conjugação. A alternativa em que os verbos são regulares é: 
A) “O que pode nos interessar é a frase emitida pela agência” 
B) “Não sei se Lilia Cabral já fez publicidade de massa de rejunte” 
C) “ninguém a quererá, ninguém dirá para ela ai se eu te pego!” 
D) “Se não vier em roupa de gala, se não avançar no red carpet” 
E) “para criar imagens conformes a ela e aos desejos que a habitam” 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “pode” modifica o 
radical “pod”: eu posso, tu podes; e o verbo “é” modifica o radical: eu sou, 
tu és... 
 A alternativa (B) está errada, pois o verbo “saber” modifica o radical 
“sab”: eu sei, tu sabes; e o verbo “fazer” modifica o radical “faz”: eu faço, tu 
fazes... 
 A alternativa (C) está errada, pois o verbo “querer” modifica o radical 
“quer”: talvez eu queira, tu queiras; e o verbo “dizer” modifica o radical 
“diz”: eu digo, tu dizes... 
 A alternativa (D) está errada, pois o verbo “vir” modifica o radical: eu 
venho, tu vens... 
 A alternativa (E) é a correta, pois os verbos “criar” e “habitar” não 
modificam o radical na flexão em modo e tempo verbal. 
Gabarito: E 
 
Questão 6: Rio Previdência 2012 Especialista (banca CEPERJ) 
Empregam-se somente formas verbais regulares em: 
A) “com os recursos da seguridade social o governo também paga os 
benefícios previdenciários dos servidores públicos federais” 
B) “um mito a afirmação de que há um descontrole nas despesas com 
pessoal” 
C) “Os tributos que mais contribuíram para essa queda de arrecadação foram 
a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social” 
D) “O Brasil não foi poupado da crise financeira internacional, contudo, foi um 
dos últimos atingidos” 
E) “Uma questão importante a ser destacada é que as medidas de 
desonerações tributárias adotadas” 
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Comentário: Novamente se cobra a diferença entre verbo regular e irregular. 
 A alternativa (A) é a correta, pois o verbo “pagar” não modifica o radical 
na flexão em modo e tempo verbal. 
 A alternativa (B) está errada, pois o verbo “haver” modifica o radical 
“hav”: ontem houve um problema, naquela época havia... 
 A alternativa (C) está errada, pois o verbo “ser” modifica o radical: eu 
sou, tu és, ontem eles foram... 
 A alternativa (D) está errada, pois o verbo “ser” modifica o radical: eu 
sou, tu és, ontem ele foi... 
 A alternativa (E) está errada, pois o verbo “ser” modifica o radical: eu 
sou, tu és, ele é... 
Gabarito: A 
 
Questão 7: Procon 2012 Técnico (banca CEPERJ) 
Dentre os verbos irregulares há aqueles que apresentam alguma variação no 
radical, ou seja, na “base” da palavra. 
Um exemplo de verbo irregular encontra-se no seguinte exemplo do texto: 
A) “quem lhe escreve” 
B) “vivi uma tremenda aventura” 
C) “quanto tempo isso levaria” 
D) “Éramos centenas ali” 
E) “sempre falava nisso” 
Comentário: A alternativa (D) é a errada, pois o verbo “éramos” modifica o 
radical: eu sou, tu és, ele é... Naquela época, nós éramos... 
 As demais alternativas possuem verbos regulares, pois os radicais não 
se modificam: “escrev-“, “viv-“, “lev-“, “fal-“. 
Gabarito: D 
 
Defectivos: não sãoconjugados em determinadas pessoas, tempos ou 
modos. 
Abundantes: apresentam mais de uma forma para determinada flexão. 
Agora, vamos reconhecer quais são os modos e tempos verbais de um 
verbo simples e composto. Nesta aula, trabalharemos a conjugação dos verbos 
regulares, reconhecendo esses tempos e seu emprego. 
MODO INDICATIVO 
Paradigmas dos verbos regulares - Tempos simples 
MODO INDICATIVO 
PRESENTE 
eu estudo vendo permito 
tu estudas vendes permites 
ele estuda vende permite 
nós estudamos vendemos permitimos 
vós estudais vendeis permitis 
eles estudam vendem permitem 
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Este tempo indica processos verbais que se desenvolvem 
simultaneamente ao momento em que se fala ou escreve (Estou em São 
Paulo), (Não confio nele.). Também é utilizado para expressar processos 
habituais, regulares, ou aquilo que tem validade permanente (Estudo todos 
os dias.), (Durmo pouco.), (Todos os cidadãos são iguais perante a lei). 
PRETÉRITO IMPERFEITO 
eu estuda vend permit 
tu estuda s vend s permit s 
ele estuda vend permit 
nós estudá mos vend mos permit mos 
vós estudá is vend is permit is 
eles estuda m vend m permit m 
 Perceba as desinências modo-temporais “-va” (primeira conjugação) e 
“-ia” (segunda e terceira conjugações). 
 Este tempo pode transmitir uma ideia de continuidade, de processo que 
no passado era constante ou frequente (Estavam todos muito satisfeitos com 
o desempenho da equipe.). 
PRETÉRITO PERFEITO 
eu estudei vendi permiti 
tu estudaste vendeste permitiste 
ele estudou vendeu permitiu 
nós estudamos vendemos permitimos 
vós estudastes vendestes permitistes 
eles estuda m vende m permiti m 
 Exprime os processos verbais concluídos e localizados num momento ou 
período definido do passado (Os primeiros imigrantes italianos chegaram ao 
Brasil no século antepassado.). 
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO 
eu estuda vende permiti 
tu estuda s vende s permiti s 
ele estuda vende permiti 
nós estudá mos vendê mos permití mos 
vós estudá is vendê is permití is 
eles estuda m vende m permiti m 
 Perceba a desinência modo-temporal “-ra” átona. Note que essa 
desinência, na segunda pessoa do plural, varia para “-re”. 
 Este tempo exprime um processo que ocorreu antes de outro passado: 
(Já amanhecia quando ela percebeu que ele partira). 
Prefere-se na linguagem cotidiana o pretérito mais-que-perfeito do 
indicativo composto. Ele é constituído do verbo “ter” ou “haver” empregados 
no tempo pretérito imperfeito do indicativo (tinha ou havia), seguidos do 
particípio. Veja: 
Ele disse que tinha (havia) pegado o dinheiro pela manhã. (= pegara) 
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FUTURO DO PRESENTE 
eu estuda i vende i permiti i 
tu estuda s vende s permiti s 
ele estuda vende permiti 
nós estuda mos vende mos permiti mos 
vós estuda is vende is permiti is 
eles estuda o vende o permiti o 
 Perceba a desinência modo-temporal “-ra” tônica. Note que essa 
desinência em algumas pessoas do discurso varia para “-re”. 
 Este tempo é usado normalmente em processos tidos como certos ou 
prováveis (Chegaremos lá amanhã cedo). 
 FUTURO DO PRETÉRITO 
eu estuda vende permiti 
tu estuda s vende s permiti s 
ele estuda vende permiti 
nós estuda mos vende mos permiti mos 
vós estuda is vende is permiti is 
eles estuda m vende m permiti m 
Perceba a desinência modo-temporal “-ria”. Note que essa desinência, na 
segunda pessoa do plural, varia para “-rie”. 
 Este tempo expressa processos posteriores ao momento passado a que 
nos estamos referindo (Muito tempo depois, chegaria a sensação de 
fracasso.). Também se emprega esse tempo para expressar dúvida, incerteza 
ou hipótese em relação a um fato passado (Se ela conversasse menos, teria 
facilidade na matéria.) 
Questão 8: TJ RO 2015 – Administrador (banca FGV) 
Facebook 
 Vimos que o Vale do Silício é um tecnopolo importante, com indústria 
avançada, de ponta, em que são feitos altos investimentos. Mas, às vezes, 
uma simples ideia pode valer mais do que muita tecnologia. É o caso da maior 
rede social do mundo, o Facebook. 
 Segundo o seu criador Mark Zuckerberg, em seu segundo ano da 
Universidade de Harvard (2004), ele e seus amigos tinham muito a 
compartilhar: suas fotos, o que estudavam, de que gostavam, entre tantas 
outras coisas que os amigos curtem. Pensando nisso, Mark elaborou – em 
duas semanas e com apenas 19 anos de idade – a primeira versão do que se 
tornaria essa famosa rede social. 
“... a primeira versão do que se tornaria essa famosa rede social". 
A forma verbal “tornaria" foi empregada com o seguinte valor: 
a) marcar um fato futuro, mas próximo; 
b) transportarmo-nos a uma época passada e descrevermos o que seria ação 
futura; 
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c) designar fatos passados concebidos como contínuos ou permanentes; 
d) indicar ações posteriores à época em que se fala; 
e) exprimir a incerteza sobre fatos passados. 
Comentário: Percebemos no texto que Mark elaborou – em duas semanas e 
com apenas 19 anos de idade – a primeira versão e (depois, ainda no 
passado) se tornaria essa famosa rede social. 
 Por isso, a alternativa (B) é a correta: transportarmo-nos a uma época 
passada e descrevermos o que seria ação futura. 
 A alternativa (A) está errada, pois a ação futura, mas próxima, é 
empregada no futuro do presente do indicativo. 
 A alternativa (C) está errada, pois fatos passados concebidos como 
contínuos ou permanentes são empregados com verbos no pretérito 
imperfeito do indicativo. 
 A alternativa (D) está errada, pois ações posteriores à época em que se 
fala são expressas com verbos no futuro do presente do indicativo. 
 A alternativa (E) está errada, pois incerteza sobre fatos passados pode 
ser expressa também pelo futuro do pretérito, porém este contexto não 
permitiu essa interpretação. 
Gabarito: B 
 
Questão 9: Conder 2013 – Administrador (banca FGV) 
“Outra coisa: ele (o computador) é mais inteligente que você. Sabe muito 
mais coisa e não tem nenhum pudor em dizer que sabe. Esse negócio de que 
qualquer máquina só é tão inteligente quanto quem a usa não vale com ele. 
(...) 
Dito isto, é preciso dizer também que quem provou pela primeira vez suas 
letrinhas dificilmente voltará à máquina de escrever sem a sensação de que 
está desembarcando de uma Mercedes e voltando à carroça. Está certo, 
jamais teremos com ele a mesma confortável cumplicidade que tínhamos com 
a velha máquina”. 
Assinale a alternativa inadequada em relação a um componente desse 
segmento do texto. 
(A) A expressão “Dito isto” se refere a algo dito anteriormente. 
(B) O diminutivo “letrinhas” mostra o sentido depreciativo do diminutivo. 
(C) “Mercedes” e “carroça” funcionam como antônimos no segmento do texto. 
(D) “Está certo” mostra uma concordância do cronista. 
(E) “Teremos” e “tínhamos” mostram dois tempos diferentes. 
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois é simples depreender que o 
autor se referiu a algo anterior com a expressão “Dito isto”. 
 A alternativa (B) é a inadequada, pois “letrinhas” não tem tom 
depreciativo, mas se refere à valorização que a digitação tem tido com o 
computador em relação à antiga máquina de escrever. Por isso, o autor afirma 
que dificilmente alguém voltará à máquina de escrever sem a sensação de que 
está desembarcando de uma Mercedes e voltando à carroça. 
 A alternativa (C) está correta, pois há contraste, oposição, na 
comparação da modernidade e praticidade em relação ao instrumento antigo e 
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ultrapassado. 
 A alternativa (D) está correta, pois “Está certo” mostra que o cronista 
concorda, ele se convenceu quanto à afirmação anterior. 
 A alternativa (E) está correta, pois “teremos” está flexionado no tempo 
futuro do presente do indicativo e “tínhamos” está flexionado no tempo 
pretérito imperfeito do indicativo. 
Gabarito: B 
 
Questão 10: Prefeitura de Florianópolis 2014 – Administrador (banca FGV) 
A FAMÍLIA MUDOU 
Teresinha Saraiva 
 Nasci e vivi minha infância numa família constituída por três gerações, 
vivendo sob o mesmo teto, harmoniosa e amorosamente: meus avós, meus 
pais, meus tios casados, minhas tias solteiras e nós, os oito netos. Éramos 20 
pessoas. Os homens trabalhavam e as mulheres dedicavam-se à gerência da 
casa e à educação das crianças. Na minha família só havia, inicialmente, uma 
mulher que trabalhava fora, minha mãe, que era professora. Muitos anos 
depois, três de minhas tias solteiras foram trabalhar fora. 
 Lembro-me até hoje, embora muitas décadas tenham se passado, da 
enorme sala de jantar, com uma grande mesa retangular onde se sentavam 
12 adultos, para as refeições e para as prolongadas conversas, e uma mesa 
oval, onde se sentavam as oito crianças e adolescentes – os netos. 
 Vivi uma infância tranquila numa família nuclear unida. Minha 
adolescência e juventude já foi passada numa família constituída por meus 
pais, ambos trabalhando e contribuindo para o sustento da família, meu irmão 
e eu. Todos os domingos nos reuníamos à família inicial, na enorme casa da 
Rua do Bispo, hoje integrando o espaço físico ocupado pela Universidade 
Estácio de Sá, em inesquecíveis almoços e ceias. 
 A família brasileira mudou. 
“Os homens trabalhavam e as mulheres dedicavam-se à gerência da casa e à 
educação das crianças”. 
As formas verbais sublinhadas indicam ação: 
a) repetida e duradoura; 
b) iniciada e terminada no passado; 
c) ocorrida antes de outra ação passada; 
d) iniciada no passado e mantida no presente; 
e) iniciada no presente e continuada no futuro. 
Comentário: Os verbo “trabalhavam” e “dedicavam” encontram-se no 
pretérito imperfeito do indicativo. Tal tempo verbal normalmente transmite 
hábito, rotina, ação continuada no passado. 
 Assim, a alternativa (A) é a correta. 
 A alternativa (B) está errada, pois a ação iniciada e terminada no 
passado encontra-se no pretérito perfeito do indicativo. 
 A alternativa (C) está errada, pois a ação ocorrida antes de outra ação 
passada encontra-se no pretérito mais-que-perfeito do indicativo. 
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 A alternativa (D) está errada, pois a ação iniciada no passado e mantida 
no presente encontra-se no pretérito perfeito composto do indicativo, por 
exemplo: tenho estudado todos os dias. 
 A alternativa (E) está errada, pois não há um tempo verbal específico 
que transmita uma ação iniciada no presente e continuada no futuro. 
Gabarito: A 
 
 
Questão 11: SUSAM 2014 – Economista (banca FGV) 
Assinale a opção que indica a frase do texto em que a forma verbal 
sublinhada está incorreta. 
a) “Na visão dos conspiradores, eram dois claros atentados à 
propriedade privada e, como tais, provas adicionais de que o governo 
preparava a comunização do país”. 
b) “Cinquenta anos depois, é um tremendo progresso, do qual talvez 
nem nos damos conta...” 
c) “... o fato de que bandeiras vermelhas – ou azuis ou amarelas ou verdes 
ou brancas ou pretas – podem ser tranquilamente exibidas em atos 
públicos...” 
d) “...sem que se considere estar ameaçada a ordem estabelecida”. 
e) “Reforma agrária deixou de ser um anátema, e a desapropriação de 
terras ociosas é comum mesmo em governos que a esquerda 
considera de direita ou conservadores”. 
Comentário: A questão pede o emprego incorreto do verbo. 
 A alternativa (A) está correta, pois o pretérito imperfeito do indicativo 
transmite um hábito, uma rotina no passado. Além disso, “eram” e 
“preparava” são dois verbos que combinam o emprego e ambos estão no 
mesmo tempo verbal. 
 A alternativa (B) é a errada, pois o advérbio de dúvida “talvez” força o 
emprego do tempo verbal presente do subjuntivo. Veja: 
“... é um tremendo progresso, do qual talvez nem nos demos conta...” 
 A alternativa (C) está correta, pois o contexto admite o emprego do 
presente do indicativo. 
 A alternativa (D) está correta, pois a locução conjuntiva concessiva “sem 
que” força o emprego do verbo no modo subjuntivo. Veja que “considere” 
encontra-se no presente do subjuntivo. 
 A alternativa (E) está correta, pois o contexto exige um verbo que 
transmita uma ação perfeitamente acabada, como ocorre com o pretérito 
perfeito do indicativo “deixou”. 
Gabarito: B 
 
 
 
 
 
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Questão 12: FUNARTE 2014 – Assistente Administrativo (banca FGV) 
“Quando um empregado de um frigorífico foi inspecionar a câmara frigorífica, 
a porta se fechou e ele ficou preso dentro dela. Bateu na porta, gritou por 
socorro, mas todos haviam ido para suas casas. Já estava muito debilitado 
pela baixa temperatura, quando a porta se abriu e o vigia o resgatou com 
vida”. 
Nesse segmento narrativo, os tempos verbais que estão em sucessão 
cronológica são: 
a) foi inspecionar / se fechou; 
b) se fechou / ficou; 
c) bateu / gritou; 
d) gritou / haviam ido; 
e) estava / se abriu. 
Comentário: Os tempos verbais em sucessão cronológica são os que 
demonstram uma ação imediatamente após a outra. Isso é normal num texto 
narrativo, haja vista que se conta uma história, a qual é carregada de ações e 
elas ocorrem numa sequência temporal. Veja: 
“Quando um empregado de um frigorífico foi inspecionar a câmara frigorífica, 
a porta se fechou e ele ficou preso dentro dela. Bateu na porta, gritou por 
socorro, mas todos haviam ido para suas casas. Já estava muito debilitado 
pela baixa temperatura, quando a porta se abriu e o vigia o resgatou com 
vida”. 
 Na primeira frase, a sequência temporal é a seguinte: “foi inspecionar”, 
depois “a porta se fechou”, em seguida “ele ficou preso”. 
 Na segunda frase, “bateu na porta”, depois “gritou por socorro”. A 
locução verbal “haviam ido” não transmite ação após as ações anteriores, mas 
simplesmente faz parte de um contraste em relação à informação anterior. 
 Na terceira frase, o verbo “estava” transmite apenas uma ambientação 
no passado e não participa da sequência de ações. Ainda nessa frase, 
entendemos que a porta se abriu e o vigia o resgatou, isto é, houve uma 
sequência temporal. 
 Pensando assim, as alternativas (A), (B) e (C) estriam corretas, mas nós 
temos que especificar mais essa sucessão de ações. Dessa forma, temos que 
achar a alternativa em que a ação anterior é motivadora da posterior. 
 Assim, a alternativa (A) está errada, pois a ação de inspecionar ocorreu 
num momento anterior ao de a porta se fechar, mas não foi aquela ação a 
responsável pelo fechamento. 
 A alternativa (B) é a correta, pois o fato de a porta se fechar levou o 
empregado a ficar preso, numa sequência natural. Assim, a primeira ação 
levou à segunda. 
 A alternativa (C) está errada, pois o fato de bater não obrigatoriamente 
ocorrerá antes de gritar. Além disso, o fato de bater não gerou o fato de 
gritar. Podem ter ocorrido ao mesmo tempo. 
Gabarito: B 
 
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Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 58Questão 13: BANESTES 2013 Assistente Securitário (banca Consulplan) 
Em todas as frases, transcritas do texto, as formas verbais estão flexionadas 
no mesmo tempo, EXCETO: 
(A) “Era alguém difícil, coitado.” 
(B) “… não possuem diagnóstico.” 
(C) “… que afetam parte da população.” 
(D) “Tem uma música bonita do Skank...” 
(E) “Já que ficam loucos a torto e a direito,...” 
Comentário: O verbo “era” encontra-se no pretérito imperfeito do indicativo, 
enquanto os verbos “possuem”, “afetam”, “Tem” e “ficam” encontram-se no 
presente do indicativo. Assim, a alternativa a ser marcada é a (A). 
Gabarito: A 
 
Questão 14: CODERN 2014 Técnico Ambiental (banca Consulplan) 
Nas seguintes frases transcritas do texto, as formas verbais estão flexionadas 
no mesmo tempo, EXCETO em: 
A) “... e comi o queijo...” 
B) “… o caboclo acordou…” 
C) “Nós estamos no céu...” 
D) “... os três sentaram-se à mesa...” 
E) “Todos aceitaram e foram dormir.” 
Comentário: Os verbos “comi”, “acordou”, “sentaram”, “aceitaram” e “foram” 
encontram-se no pretérito perfeito do indicativo. Já o verbo “estamos” 
encontra-se no presente do indicativo. Para que o verbo “estar” ficasse 
flexionado no pretérito perfeito do indicativo, sua flexão correta seria 
“estivemos”. Assim, devemos assinalar a alternativa (C). 
Gabarito: C 
 
Questão 15: SEPLAG 2011 Técnico (banca Cesgranrio) 
Na oração “Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer.”, em que 
tempo está o verbo em destaque e qual é o seu valor semântico? 
(A) Presente – fato que se repete no presente. 
(B) Pretérito imperfeito – fato que ocorre pontualmente no passado. 
(C) Pretérito imperfeito – fato que se repete no passado. 
(D) Pretérito perfeito – ação que se repete no passado. 
(E) Pretérito mais-que-perfeito – ação que se repete no passado. 
Comentário: O verbo “ia” é a flexão de “ir”, na terceira pessoa do pretérito 
imperfeito do indicativo. Esse tempo é empregado para marcar uma 
regularidade no passado, algo que ocorria rotineiramente. 
 Assim, a alternativa correta é a (C). 
Gabarito: C 
 
 
 
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Questão 16: CITEPE / 2012 / Analista de Comércio (banca Cesgranrio) 
Fragmento do texto: As ligações telefônicas eram sempre interrompidas 
abruptamente, com a pessoa batendo o telefone no gancho — ninguém dizia 
um simples “tchau, tchau” ao fim da conversa, mesmo que não estivesse 
braba com o interlocutor. E, nos apartamentos, a campainha tocava, o herói ia 
abrir e a visita era sempre surpreendente — nunca se viu um porteiro ou 
interfone nos velhos filmes americanos. 
O Pretérito Imperfeito, marcante na construção da crônica, é um tempo verbal 
que pode ser empregado com valores diversos. 
Na passagem “E, nos apartamentos, a campainha tocava, o herói ia abrir e a 
visita era sempre surpreendente, nunca se viu um porteiro ou interfone nos 
velhos filmes americanos”, qual a explicação correta para o emprego do 
Pretérito Imperfeito? 
(A) Expressão de ação acabada 
(B) Marcação de ação simultânea 
(C) Remissão a um passado recente 
(D) Demonstração de ação habitual no passado 
(E) Indicação de uma ação anterior a outra no passado 
Comentário: Perceba que são narrados fatos do quotidiano, ações regulares 
num passado. Isso é confirmado também pelo uso do advérbio “sempre” que 
enfatiza a ideia de regularidade. Assim, o pretérito imperfeito, neste contexto, 
está marcando ação habitual no passado. 
 Na alternativa (A), “ação acabada” é expressa com o pretérito perfeito 
do indicativo. 
 Na alternativa (B), “ação simultânea” é marcada com o gerúndio. 
 Na alternativa (C), a “remissão a um passado recente” é feita 
normalmente com o presente do indicativo. 
 Na alternativa (E), “ação anterior a outra no passado” é indicada com o 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo. 
Gabarito: D 
 
Questão 17: Prefeitura CV Oficial Adm 2010 (banca Consulplan) 
“Os que ainda não desistiram e me leem agora devem estar meio enjoados 
com meu saudosismo.” Indique o tempo e modo dos verbos destacados, 
respectivamente: 
A) Pretérito mais que Perfeito do Indicativo / Presente do Indicativo 
B) Pretérito Imperfeito do Subjuntivo / Presente do Subjuntivo 
C) Futuro do Presente do Indicativo / Presente do Indicativo 
D) Pretérito Perfeito do Indicativo / Presente do Indicativo 
E) Futuro do Pretérito do Indicativo / Presente do Indicativo 
Comentário: O verbo “desistiram” encontra-se no pretérito perfeito do 
indicativo. Perceba o uso da desinência modo-temporal “-ra”. Já o verbo 
“leem” encontra-se no presente do indicativo. Assim, a alternativa correta é a 
(D). 
Gabarito: D 
 
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Questão 18: Prefeitura CV-MT Fisioterapeuta 2010 (banca Consulplan) 
Observe: “Estive aqui e não te encontrei”. Nas frases a seguir as formas 
verbais destacadas estão flexionadas em tempos verbais diferentes da frase 
anterior, EXCETO: 
A) “Procuro um documento de que preciso com urgência.” 
B) “Afinal estou cansado de saber que sou eu mesmo...” 
C) “... não me venham lembrar essa coisa...” 
D) “Lamento que não estivesse em casa...” 
E) “Não, eu não fui mau...” 
Comentário: A questão quer o mesmo tempo verbal da frase acima. Os 
verbos “Estive” e “encontrei” estão no pretérito perfeito do indicativo. 
 Nas alternativas (A) e (B), os verbos “Procuro” e “estou” estão no 
presente do indicativo. 
 Na alternativa (C), o verbo “venham” está no imperativo negativo, o 
qual será visto adiante. 
 Na alternativa (D), o verbo “estivesse” está no pretérito imperfeito do 
subjuntivo, o qual será visto adiante. 
 A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “fui” também está no pretérito 
perfeito do indicativo. 
Gabarito: E 
 
 
Questão 19: IBGE Agente Pesquisas 2011 (banca Consulplan) 
“Na área rural, as médias de consumo individual diário foram maiores para 
arroz, feijão, peixe fresco, batata-doce, farinha de mandioca e manga, entre 
outros.” Assinale a frase em que o verbo está flexionado nos mesmos tempo e 
modo do verbo em destaque. 
A) Jamais esteve naquele lugar. 
B) Não participarei deste evento. 
C) Compareça à secretaria agora. 
D) Sempre tomava aquelas atitudes. 
E) Não acredito nesta possibilidade. 
Comentário: O verbo “foram” está conjugado no pretérito perfeito do 
indicativo. A alternativa (A) é a correta, porque o verbo “esteve” também se 
flexionou no pretérito perfeito do indicativo. 
 Na alternativa (B), o verbo “participarei” está conjugado no futuro do 
presente do indicativo. 
 Na alternativa (C), o verbo “Compareça” está conjugado no presente do 
subjuntivo, o qual será visto adiante. 
 Na alternativa (D), o verbo “tomava” está no pretérito imperfeito do 
indicativo. Perceba a desinência modo-temporal “-va”. 
 Na alternativa (E), o verbo “acredito” está no presente do indicativo. 
Gabarito: A 
 
 
 
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Questão 20: Pref Apuiarés 2014 Cirurgião Dentista (banca Consulplan) 
Fragmento do texto: Ele foi cavando, cavando, cavando, pois sua profissão 
- coveiro - era cavar. Mas, de repente, na distração do ofício que amava, 
percebeu que cavara demais. Tentou sair da cova e não conseguiu. Levantou 
o olhar para cima e viu que sozinho não conseguiria sair. Gritou. Ninguém 
atendeu. 
No período “(...) percebeu que cavara demais”, o emprego de “cavara” está 
condicionado a: 
a) Um fato vaga e facultativamente situado no passado. 
b) A existência de um fato a ser narrado. 
c) A anterioridade de um passado relacionado a outro. 
d) Uma impropriedade de emprego verbal pelo autor. 
Comentário: O verbo “cavara” encontra-seflexionado no pretérito mais-que-
perfeito do indicativo, o qual marca o passado do passado. Assim, a 
alternativa (C) é a correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 21: CODEG 2013 Advogado (banca Consulplan) 
 
Ao substituir a expressão “no fundo” por “no futuro”, a coerência textual será 
mantida com a 
A) exclusão do advérbio de negação. 
B) substituição da forma verbal “é” por “será”. 
C) exclusão do advérbio de intensidade “muito”. 
D) substituição da forma verbal “não é” por “não era”. 
E) substituição da expressão “não é” por “ainda será”. 
Comentário: Com a troca do termo “no fundo” pelo que expressa tempo 
futuro “no futuro”, naturalmente o verbo deve se flexionar no futuro do 
presente. Veja: 
Acho que, no futuro, ela não será muito diferente da nossa. 
 Assim, a alternativa correta é a (B). 
Gabarito: B 
 
Questão 22: Prefeitura CV-MT 2010 Oficial Adm (banca Consulplan) 
Em todas as frases a seguir, transcritas do texto, as formas verbais estão 
flexionadas no mesmo tempo, EXCETO: 
A) “... vou acatando os conselhos.” 
B) “... digo sem muita convicção a meus entediados botões, ...” 
C) “Estou ficando cobra em calçadão.” 
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D) “... finalmente terminarei o programa-saúde do dia.” 
E) “A triste verdade é que passei as férias...” 
Comentário: Da mesma forma como foi cobrado na questão anterior, os 
verbos “vou”, “digo”, “Estou” e “é” encontram-se no presente do indicativo; 
mas o verbo “terminarei” está no futuro. 
Gabarito: D 
 
Questão 23: CEPISA 2012 Assistente Administrativo (banca Consulplan) 
Relacione as colunas, classificando corretamente os verbos destacados. 
1. Gerúndio. 
2. Futuro do Pretérito do Indicativo. 
3. Pretérito Imperfeito do Indicativo. 
4. Presente do Indicativo. 
5. Pretérito Perfeito do Indicativo. 
 
( ) “... os cientistas consideravam como certo...” 
( ) “... sua força de atração estabiliza o eixo terrestre.” 
( ) “... o eixo oscilaria como um pião...” 
( ) “Os dados mostraram que mesmo sem uma lua...” 
( ) “... nas zonas costeiras gerando a produção de ricos nutrientes marinhos.” 
A sequência está correta em 
A) 3, 2, 4, 1, 5 B) 2, 3, 1, 5, 4 C) 4, 1, 5, 3, 2 
D) 2, 4, 3, 1, 5 E) 3, 4, 2, 5, 1 
Comentário: O verbo “consideravam” possui a desinência modo-temporal 
“-va”, a qual marca o tempo pretérito imperfeito do indicativo. Assim, já 
eliminamos as alternativas (B), (C) e (D). 
 O verbo “estabiliza” encontra-se no presente do indicativo, o que já nos 
mostra que a alternativa correta é a (E). 
 O verbo “oscilaria” encontra-se no futuro do pretérito do indicativo; 
“mostraram”, no pretérito perfeito do indicativo; e “gerando”, na forma 
nominal gerúndio. 
Gabarito: E 
 
Questão 24: AVAPE 2013 Assistente Administrativo (banca Consulplan) 
Fragmento do texto: Vocês já ouviram falar em lixo rico? Somos os 
campeões. Nosso lixo faria a fartura de um Haiti. Com o que jogamos fora e 
que poderia ser aproveitado, poder-se-ia alimentar muito mais do que a 
população do Haiti. 
Em “Nosso lixo faria a fartura de um Haiti.”, o emprego da forma verbal 
“faria” indica que a ação 
A) é anterior a uma outra ação realizada no passado. 
B) é uma possibilidade remota, uma ideia hipotética. 
C) teve início no passado e ainda continua no presente. 
D) ocorrerá num futuro próximo ao momento presente. 
E) ocorreu num passado recente com reflexos no futuro. 
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Comentário: A alternativa (A) está errada, pois a ação anterior a outra no 
passado apresenta-se no tempo pretérito mais-que-perfeito do indicativo. 
 A alternativa (B) é a correta, pois o verbo “faria” encontra-se no futuro 
do pretérito do indicativo, o qual expressa hipótese. 
 A alternativa (C) está errada, porque a ação que teve início no passado 
e continua até hoje pode ser expressa de duas formas. A primeira é no 
pretérito perfeito composto do indicativo, por exemplo: eu tenho estudado há 
anos. 
 Também pode ser expressa pela locução verbal “vir + gerúndio”, por 
exemplo: eu venho estudando há anos. 
 A alternativa (D) está errada, pois o futuro próximo é expresso com o 
futuro do presente ou até mesmo o presente, por exemplo: 
Amanhã eu estudarei esta matéria. 
Amanhã eu estudo esta matéria. 
 A alternativa (E) está errada, pois o passado recente é expresso com o 
pretérito perfeito, mesmo com reflexos no futuro. 
Gabarito: B 
 
Questão 25: SUAPE 2012 Auxiliar Adminsitrativo (banca Cesgranrio) 
No Texto I, se os verbos destacados em “Jogo na Mega-Sena e invento 
destinos para a bolada.” forem passados para o futuro do pretérito do 
indicativo, o resultado será o seguinte período: 
(A) Jogarei na Mega-Sena e inventarei destinos para a bolada. 
(B) Jogaria na Mega-Sena e inventaria destinos para a bolada. 
(C) Joguei na Mega-Sena e inventei destinos para a bolada. 
(D) Jogara na Mega-Sena e inventara destinos para a bolada. 
(E) Jogasse na Mega-Sena e inventasse destinos para a bolada. 
Comentário: O futuro do pretérito do indicativo tem a desinência modo-
temporal “-ria”, por isso a alternativa (B) é a correta: “jogaria”, “inventaria”. 
Gabarito: B 
 
Questão 26: CITEPE / 2012 / Operador (banca Cesgranrio) 
Considere a frase abaixo, atentando para o emprego da palavra em destaque. 
Se os escritores e suas obras fossem respeitados, os leitores podiam voltar a 
confiar no que consomem. 
De acordo com a norma-padrão, a palavra que substitui a destacada acima, 
sem alteração de sentido, é 
(A) puderam 
(B) poderiam 
(C) podem 
(D) possam 
(E) poderão 
Comentário: O verbo “podiam” está sendo empregado no lugar do futuro do 
pretérito do indicativo “poderiam”, por isso a substituição pode ocorrer. 
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Gabarito: B 
 
Questão 27: BNDES 2013 Administrador (banca Cesgranrio) 
Fragmento do texto: Mas também pode estar errado quem defende os 
valores consagrados e aceitos. Só que, em muitos casos, não há alternativa 
senão defendê-los. E sabem por quê? Pela simples razão de que toda 
sociedade é, por definição, conservadora, uma vez que, sem princípios e 
valores estabelecidos, seria impossível o convívio social. Uma comunidade 
cujos princípios e normas mudassem a cada dia seria caótica e, por isso 
mesmo, inviável. 
No Texto, a forma verbal seria (w. 5) é empregada para 
(A) relatar um fato. 
(B) anunciar um acontecimento. 
(C) apresentar uma certeza. 
(D) afirmar um desejo. 
(E) expressar uma hipótese. 
Comentário: O verbo “seria” encontra-se no tempo futuro do pretérito do 
indicativo. Vimos que tal tempo verbal expressa dúvida, incerteza, 
possibilidade, suposição, hipótese. Assim, naturalmente, eliminamos as 
alternativas (A), (B) e (C). 
 Tal tempo poderia transmitir em outro contexto a ideia de desejo, como 
“Gostaria de comer um bolo!”, por exemplo. Porém, o contexto mostrado no 
fragmento é outro: indica-se uma condição no passado (uma sociedade sem 
princípios e valores estabelecidos), o que resulta na hipótese de que seria 
impossível o convívio social. 
 Dessa forma, a alternativa correta é a (E). 
Gabarito: E 
 
Bom, percebemos os tempos do modo indicativo, o qual transmite, de 
maneira geral, certeza. 
 Agora, vamos observar os três tempos simples do modo subjuntivo. Esse 
modo transmite dúvida, incerteza sobre alguma ação, sentimento etc. 
 MODO SUBJUNTIVO 
PRESENTE 
eu estud vend permit 
tu estud s vend s permit s 
ele estud vend permit 
nós estud mos vend mos permit mos 
vós estud is vend is permit is 
eles estud m vend m permit m 
Dica: insira o advérbio “talvez” antes deste tempo verbal (talvez eu estude).Isso sempre ajuda. 
É importante lembrar que a vogal temática “a” se transforma em 
desinência modo-temporal “e” no presente do subjuntivo. Se houver vogal 
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temática “e” ou “i”, naturalmente teremos desinência modo-temporal “a” no 
presente do subjuntivo. Veja: 
Presente do indicativo Presente do subjuntivo 
Nós estudamos... Talvez nós estud mos... 
 Nós vendemos... Talvez nós vend mos... 
 Nós partimos... Talvez nós part mos... 
 
 (vogal temática) (desinência modo-temporal) 
Não importa o nome, mas sim a modificação destas vogais!!!!! 
 Normalmente expressa processos hipotéticos, que muitas vezes estão 
ligados ao desejo, à suposição (Talvez eu vá a sua casa ainda hoje.) 
 
PRETÉRITO IMPERFEITO 
eu estuda vende permiti 
tu estuda s vende s permiti s 
ele estuda vende permiti 
nós estudá mos vendê mos permití mos 
vós estudá is vendê is permití is 
eles estuda m vende m permiti m 
Dica: insira a conjunção condicional “se” antes deste tempo verbal (se eu 
estudasse). Isso sempre ajuda. Perceba a desinência modo-temporal “-sse”. 
 Este tempo expressa processo de limites imprecisos, anteriores ao 
momento em que se fala ou escreve (Os baixos salários que o pai e a mãe 
ganhavam não permitiam que ele estudasse em escolas particulares.). 
Este tempo se associa ao futuro do pretérito do indicativo quando há 
circunstância de condição (Se ele fosse politizado, não votaria naquele 
farsante.) ou concessão (Embora se esforçasse, não conseguiria a simpatia 
dos colegas.) 
 
FUTURO DO SUBJUNTIVO 
eu estuda vende permiti 
tu estuda es vende es permiti es 
ele estuda vende permiti 
nós estuda mos vende mos permiti mos 
vós estuda des vende des permiti des 
eles estuda em vende em permiti em 
Dica: insira a conjunção “quando” antes deste tempo verbal (quando eu 
estudar). Perceba a desinência modo-temporal “-r”. 
Esse tempo normalmente se associa ao futuro do presente do indicativo 
quando se expressa circunstância de condição (Se fizer o regime, emagrecerá 
rapidamente.) 
 
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Questão 28: Câmara de Marília-SP 2016 Procurador (banca VUNESP) 
Assinale a alternativa em que os verbos destacados, flexionados em 
conformidade com a norma-padrão, mantêm a mesma relação de tempo e 
modo que os destacados em: E eu nem sei onde fica o mar Cáspio, embora 
também não saiba onde fica o Brasil. 
a) E eu nem me ative à localização do mar Cáspio, embora também não 
me atenho à localização do Brasil. 
b) E eu nem guardei a localização do mar Cáspio, embora também não 
guarde a localização do Brasil. 
c) E eu nem conheço a localização do mar Cáspio, embora também não 
conheço a localização do Brasil. 
d) E eu nem vi a localização do mar Cáspio, embora também não vejo a 
localização do Brasil. 
e) E eu nem disponho da localização do mar Cáspio, embora também não 
disponha da localização do Brasil. 
Comentário: No período “E eu nem sei onde fica o mar Cáspio, embora 
também não saiba onde fica o Brasil.”, a oração principal apresenta uma 
afirmação com verbo no presente do indicativo. Como a segunda oração é 
subordinada adverbial concessiva, o seu verbo se encontra no presente do 
subjuntivo a fim de haver uma correlação de modo e tempo verbal. 
 A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “disponho” também se 
encontra no presente do indicativo e o verbo “disponha”, no presente do 
subjuntivo. 
 A conjunção “embora” força os verbos de sua oração ao modo 
subjuntivo. Assim, já eliminamos as alternativas (A), (C) e (D). 
 Além disso, se a oração principal apresenta verbo no presente do 
indicativo, a oração subordinada adverbial concessiva deve apresentar verbo 
no presente do subjuntivo. Se a oração principal apresenta verbo no pretérito 
perfeito do indicativo, a oração subordinada adverbial concessiva deve 
apresentar verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo. Veja como fica a 
correção das demais alternativas: 
E eu nem me ative à localização do mar Cáspio, embora também não me 
ativesse à localização do Brasil. 
E eu nem guardei a localização do mar Cáspio, embora também não 
guardasse a localização do Brasil. 
E eu nem conheço a localização do mar Cáspio, embora também não 
conheça a localização do Brasil. 
E eu nem vi a localização do mar Cáspio, embora também não visse a 
localização do Brasil. 
Gabarito: E 
 
Questão 29: DPE MT 2015 – Assistente Administrativo (banca FGV) 
“Procure agregar aliados com interesses semelhantes aos seus, invista em 
parcerias corretas. Mercúrio segue retrógrado em Aquário: você ganha mais 
se unir forças e trabalhar em equipe. Continue com atenção redobrada ao se 
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comunicar. Bom período para ouvir opiniões diferentes, repensar assuntos e 
se abrir para novos pontos de vista. Bom, também, para revisar equipamentos 
eletrônicos”. 
Assinale a opção que indica a forma verbal sublinhada que não é uma forma 
de infinitivo. 
(A) “agregar” 
(B) “unir” 
(C) “comunicar” 
(D) “ouvir” 
(E) “repensar” 
Comentário: A conjunção subordinativa adverbial condicional “se” impõe que 
o verbo “unir” esteja flexionado no futuro do subjuntivo, e não no infinitivo. As 
formas verbais são coincidentes, pois, dependendo do contexto, “unir” pode 
estar no infinitivo ou no futuro do subjuntivo, mas o contexto nos impõe o 
emprego deste tempo verbal. Assim, a alternativa (B) é a correta. 
 As demais alternativas apresentam os verbos no infinitivo. 
Gabarito: B 
 
Questão 30: TCE SE 2015 – Analista de Tecnologia (banca FGV) 
Fragmento do texto: A sociedade moderna, com o corre-corre, a falta de 
tempo para o cuidado espiritual e o imediatismo fez com que as pessoas 
desenvolvessem com mais facilidade algumas doenças psicossomáticas. 
A forma “fez com que as pessoas desenvolvessem” pode ser reescrita, com 
correta correspondência de tempos verbais, de várias formas; a forma 
INADEQUADA é: 
(A) faz as pessoas desenvolverem; 
(B) faz com que as pessoas desenvolvam; 
(C) faria com que as pessoas desenvolvessem; 
(D) fará com que as pessoas desenvolvam; 
(E) tinha feito com que as pessoas tenham desenvolvido. 
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois o verbo “faz” encontra-se no 
presente do indicativo e o verbo “desenvolverem” encontra-se na oração 
subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo. Assim, tais 
verbos combinam entre si. 
 A alternativa (B) está correta, pois o presente do indicativo “faz” 
combina com o presente do subjuntivo “desenvolvam”. 
 A alternativa (C) está correta, pois o futuro do pretérito do indicativo 
“faria” combina com o pretérito imperfeito do subjuntivo “desenvolvessem”. 
 A alternativa (D) está correta, pois o futuro do presente do indicativo 
“fará” combina com o presente do subjuntivo “desenvolvam”. 
 A alternativa (E) é a errada. Basta observarmos os verbos auxiliares 
“tinham” e “tenham”. O primeiro encontra-se no pretérito imperfeito do 
indicativo, isto é, tempo passado. Assim, ele combina com o pretérito 
imperfeito do subjuntivo tivessem, e não com o presente do subjuntivo 
“tenham”. Veja a correção: 
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...tinha feito com que as pessoas tivessem desenvolvido. 
Gabarito: E 
 
Questão 31: Conder 2013 – Administrador (banca FGV) 
“Sinto falta do papel e da fiel Bic, sempre pronta a inserir entre uma linha eoutra a palavra que faltou na hora...”. 
Assinale a alternativa em que a substituição da forma reduzida sublinhada foi 
feita de forma adequada. 
(A) que se insera. 
(B) que se inserte. 
(C) que se insira. 
(D) que se enserisse. 
(E) que se insertasse. 
Comentário: Esta questão trabalha dois temas: a transformação da oração 
reduzida de infinitivo em desenvolvida e a flexão verbal. 
 As flexões “insera”, “inserte”, “enserisse” e “insertasse” não existem. 
Assim, a alternativa correta é a (C). 
 A oração “a inserir entre uma linha e outra a palavra” é subordinada 
substantiva completiva nominal reduzida de infinitivo: sempre pronta a isso. 
 Note que o verbo “Sinto” encontra-se no tempo presente do indicativo, o 
qual sugere que o tempo verbal da próxima oração esteja também no tempo 
presente. Porém, como há uma oração subordinada substantiva, é natural que 
o modo verbal seja o subjuntivo. Por esse motivo, confirma-se a alternativa 
como a (C) correta, pois “insira” é o tempo presente do subjuntivo, o qual 
combina com o tempo presente do indicativo “Sinto”. 
Gabarito: C 
 
Questão 32: SUSAM 2014 – Advogado (banca FGV) 
“Obama criticou os países que adotam leis”. 
A forma de reescrever-se essa frase do texto que não respeita a 
correspondência culta de tempos verbais é 
a) Obama criticará os países que adotarem leis. 
b) Obama criticaria os países que adotassem leis. 
c) Obama criticava os países que adotavam leis. 
d) Obama criticou os países que adotaram leis. 
e) Obama criticava os países que adotassem leis. 
Comentário: A questão cobra a simples combinação de modo e tempo 
verbal. 
 A alternativa (A) está correta, pois o futuro do presente do indicativo 
motiva o emprego do futuro do subjuntivo “adotarem”. 
 A alternativa (B) está correta, pois o futuro do pretérito do indicativo 
motiva o emprego do pretérito imperfeito do subjuntivo “adotassem”. 
 A alternativa (C) está correta, pois os verbos “criticava” e “adotavam” 
encontram-se no pretérito imperfeito do indicativo, os quais transmitem a 
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ideia de regularidade no passado. 
 A alternativa (D) está correta, pois os verbos “criticou” e “adotaram” 
encontram-se no pretérito perfeito do indicativo, os quais transmitem a ideia 
de ação perfeitamente terminada no passado. 
 A alternativa (E) é a errada, pois o pretérito imperfeito do subjuntivo 
“adotassem” força o emprego do primeiro verbo no futuro do pretérito do 
indicativo. Veja: 
Obama criticaria os países que adotassem leis. 
Gabarito: E 
 
Questão 33: Prominp 2012 cargos de nível médio (banca Cesgranrio) 
Passando-se as formas verbais destacadas na sentença “O próprio pai da 
Psicanálise , Sigmund Freud [...], admitiu que, aonde quer que ele fosse ou 
olhasse, um poeta já havia passado por ali.” para o tempo presente, 
respeitando-se a norma-padrão, fica-se com: 
(A) O próprio pai da Psicanálise, Sigmund Freud, admite que, aonde quer 
que ele vá ou olhe, um poeta já passou por ali. 
(B) O próprio pai da Psicanálise, Sigmund Freud, admite que, aonde quer 
que ele fosse ou olhasse, um poeta já passou por ali. 
(C) O próprio pai da Psicanálise, Sigmund Freud, admite que, aonde quer 
que ele vai ou olha, um poeta já passou por ali. 
(D) O próprio pai da Psicanálise, Sigmund Freud, está admitindo que, aonde 
quer que ele fosse ou olhasse, um poeta já passou por ali. 
(E) O próprio pai da Psicanálise, Sigmund Freud, está admitindo que, aonde 
quer que ele irá ou olhará, um poeta já passou por ali. 
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois o verbo “admite” se encontra 
no presente do indicativo e os verbos “vá” e “olhe” se encontram no presente 
do subjuntivo. Como a questão não fez distinção dos modos verbais, queria 
apenas o tempo presente, esta realmente é a alternativa correta. 
 As alternativas (B) e (D) estão erradas, porque os verbos “fosse” e 
“ficasse” se encontram no tempo pretérito imperfeito do subjuntivo. 
 A alternativa (C) está errada, porque a estrutura “aonde quer que” 
enseja uma ideia de hipótese, possibilidade, que cabe ao tempo presente do 
subjuntivo (“vá”, “olhe”), e não ao tempo presente do indicativo (“vai” e 
“olha”). 
 A alternativa (E) está errada, porque os verbos “irá” e “olhará” se 
encontram no tempo futuro do presente do indicativo. 
Gabarito: A 
 
Questão 34: Prefeitura Camaçari-BA - 2010 – Analista (banca AOCP) 
Assinale a alternativa cuja forma verbal NÃO se encontra no modo indicativo. 
(A) “Ela sugere que as escolas tenham um diretor pedagógico e outro 
administrativo.” 
(B) “Sistemas de ensino em outros países decidiram deixar os diretores 
focados...” 
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(C) “Ela sugere que as escolas tenham um diretor pedagógico e outro 
administrativo.” 
(D) “Para ele, o ideal seria que as secretarias se concentrassem em avaliar...” 
(E) “Ao mesmo tempo em que passaram a ser cobrados por resultados...” 
Comentário: Na alternativa (A), o verbo “tenham” encontra-se no presente 
do subjuntivo (talvez eu tenha, tu tenhas, ele tenha...). Assim, esta é a 
alternativa a ser marcada. 
 Nas alternativas (B) e (E), os verbos “decidiram” e “passaram” 
encontram-se no pretérito perfeito do indicativo. Note a desinência modo-
temporal “-ra”, a qual só se encontra na terceira pessoa do plural. 
 Na alternativa (C), o verbo “sugere” encontra-se no presente do 
indicativo. 
 Na alternativa (D), o verbo “seria” encontra-se no futuro do pretérito do 
indicativo. Note a desinência modo-temporal “-ria”. 
Gabarito: A 
 
Questão 35: IBGE Agente 2010 (banca Consulplan) 
A locução verbal presente em: “... o ser humano é guiado por dois 
comportamentos básicos: ...” apresentará a seguinte forma indicando 
incerteza, dúvida: 
A) Fosse guiado. B) Fora guiado. C) Foi guiado. 
D) Era guiado. E) Será guiado. 
Comentário: Devemos perceber que a incerteza e a dúvida são expressas 
pelo modo subjuntivo. E a única forma verbal no modo subjuntivo é o 
pretérito imperfeito do subjuntivo “fosse”. Assim, a alternativa (A) é a correta. 
Gabarito: A 
 
Questão 36: MPE - SE 2010 Superior (banca FCC) 
Ao girar uma manivela, o movimento era multiplicado, pelo que o helicóptero 
se levantava e só se detinha quando o braço da gente cansava. 
Reescrevendo-se a frase acima, reiniciando-a com o segmento Se eu girasse 
uma manivela, as outras formas verbais deverão ser, na ordem dada: 
(A) seria - levantara - detera - cansara 
(B) fosse - levantasse - deteria - cansara 
(C) seria - levantasse - detesse - cansasse 
(D) fora - levantara - detivesse - cansar 
(E) seria - levantaria - deteria - cansasse 
Comentário: Para “matar” a questão, observe que o verbo no pretérito 
imperfeito do subjuntivo combina com o futuro do pretérito do indicativo. 
Como a reescrita já possui verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo 
(girasse), naturalmente os verbos correlacionados a ele deverão estar no 
futuro do pretérito do indicativo. Com isso, eliminam-se as quatro primeiras 
alternativas, restando a (E) como correta. Veja: 
Se eu girasse uma manivela, o movimento seria multiplicado, pelo que o 
helicóptero se levantaria e só se deteria quando o braço da gente 
cansasse. 
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Gabarito: E 
 
Questão 37: EPE / 2012 / Assistente Administrativo (banca Cesgranrio) 
No trecho abaixo, as formas verbais destacadas estão correlacionadas. 
“Mudanças estruturais e na ordem do pensamento são fundamentais para 
que, se não garantida, a sustentabilidade seja ao menos possível.” 
Ao substituir a forma verbalsão por seriam para expressar uma hipótese, a 
frase deve ser modificada, de acordo com a norma-padrão, para: 
(A) Mudanças estruturais e na ordem do pensamento seriam fundamentais 
para que, se não garantida, a sustentabilidade era ao menos possível. 
(B) Mudanças estruturais e na ordem do pensamento seriam fundamentais 
para que, se não garantida, a sustentabilidade for ao menos possível. 
(C) Mudanças estruturais e na ordem do pensamento seriam fundamentais 
para que, se não garantida, a sustentabilidade fosse ao menos possível. 
(D) Mudanças estruturais e na ordem do pensamento seriam fundamentais 
para que, se não garantida, a sustentabilidade será ao menos possível. 
(E) Mudanças estruturais e na ordem do pensamento seriam fundamentais 
para que, se não garantida, a sustentabilidade seria ao menos possível. 
Comentário: Na frase original, o presente do indicativo “são” combina com o 
presente do subjuntivo “seja”. 
 Como a questão transformou o presente no futuro do pretérito do 
indicativo “seriam”, passamos a ter uma noção de hipótese, a qual exige a 
correlação com o tempo pretérito imperfeito do subjuntivo “fosse”. 
Gabarito: C 
 
Questão 38: Innova / 2012 / Técnico de Administração (banca Cesgranrio) 
“O homem seria outro se dissesse a todos o que ouviu.” 
De acordo com a norma-padrão, se a 1ª forma verbal destacada na frase 
fosse será, a 2ª deveria ser 
(A) disse (B) dizer (C) diria (D) disser (E) dissera 
Comentário: Na frase original, o futuro do pretérito do indicativo “seria” 
combina com o pretérito imperfeito do subjuntivo “dissesse”. 
 Como a questão transformou o futuro do pretérito do indicativo no 
futuro do presente do indicativo “será”, passamos a ter a correlação com o 
tempo futuro do subjuntivo “disser”. Veja: 
“O homem será outro se disser a todos o que ouviu.” 
Gabarito: D 
 
Questão 39: TermoBahia 2012 Técnico de Administração (banca Cesgranrio) 
O modo subjuntivo dos verbos é aquele que pode expressar hipótese, dúvida. 
O trecho que contém uma forma verbal no modo subjuntivo é: 
(A) “muitos preferem evitá-lo” 
(B) “a população mundial atingiu a marca de sete bilhões de pessoas.” 
(C) “Se todos quiserem ter os padrões de vida do cidadão americano médio” 
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(D) “vocês não podem ser ricos” 
(E) “É um desafio global” 
Comentário: Os verbos “preferem”, “podem” e “É” estão flexionados no 
presente do indicativo. 
 O verbo “atingiu” encontra-se flexionado no pretérito perfeito do 
indicativo. 
 A alternativa correta é a (C), pois o verbo “quiserem” encontra-se 
flexionado na terceira pessoa do plural do futuro do subjuntivo. 
Gabarito: C 
 
O MODO IMPERATIVO 
 Vimos no início da aula que o modo imperativo transmite uma ordem, 
mas, de acordo com os elementos linguísticos a ele associados, passa a 
transmitir sentido de conselho, pedido, solicitação, súplica etc. Assim, este 
modo trabalha a locução direta com o receptor da mensagem; por isso não há 
a primeira pessoa do singular (eu), e os pronomes “ele”, “eles” são 
substituídos por “você”, “vocês”. Veja como é formado o imperativo. 
imperativo afirmativo: a segunda pessoa do singular e a segunda pessoa do 
plural são retiradas diretamente do presente do indicativo, suprimindo-se o –s 
final: tu estudas – estuda tu; vós estudais – estudai vós. As formas das 
demais pessoas são exatamente as mesmas do presente do subjuntivo. 
Lembre-se de que não se conjuga a primeira pessoa do singular no modo 
imperativo. 
imperativo negativo: todas as pessoas são idênticas às pessoas 
correspondentes do presente do subjuntivo, excluindo-se a primeira pessoa do 
singular. 
 Veja o esquema de formação, acompanhando as setas. 
ESQUEMA DE FORMAÇÃO DOS TEMPOS DERIVADOS DO PRESENTE DO 
INDICATIVO 
PRESENTE DO 
INDICATIVO 
IMPERATIVO 
AFIRMATIVO 
IMPERATIVO 
NEGATIVO 
PRESENTE DO 
SUBJUNTIVO 
estudo - - estud 
estudas estuda não estud s estud s 
estuda estud não estud estud 
estudamos estud mos não estud mos estud mos 
estudais estudai não estud is estud is 
estudam estud m não estud m estud m 
Obs.: Na linguagem coloquial temos percebido muitas vezes a mistura de 
tratamentos (o verbo em uma pessoa verbal e o pronome em outra). Veja o 
exemplo da propaganda da Caixa Econômica Federal: 
Vem pra Caixa você também, vem! 
 O verbo “Vem” está na segunda pessoa do singular do imperativo 
afirmativo (eu venho, tu vens. Retirando-se o “s”, formamos a segunda pessoa 
do singular do imperativo afirmativo: Vem tu). Porém, a propaganda usa o 
pronome “você”. 
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 Essa mistura é aceitável numa propaganda, assim como nas músicas, na 
linguagem do cotidiano; isso porque a intenção, nestes casos, é fugir aos 
artificialismos da linguagem, aproximação da linguagem popular, a adequação 
da sonoridade também influencia. 
 Porém, na norma culta essa mistura deve ser evitada. Corrigindo, 
teríamos duas possibilidades: ou transpomos tudo para a segunda pessoa, ou 
para a terceira: 
 
Vem para a Caixa tu também, vem! 
Venha para a Caixa você também, venha! 
 Como você deve conhecer essa música, cante-a, agora, de acordo com a 
norma culta. A sonoridade e o ritmo são convidativos? Fica estranho, não é? 
Por isso mesmo dizemos que as músicas e poemas têm a licença poética, pois 
a associação das palavras pela sonoridade e ritmo é mais importante do que o 
rigor gramatical. 
 Mas, num texto formal, não existe licença poética e quem dita as regras 
é o rigor gramatical. 
 
Questão 40: Prefeitura de Sertãozinho-SP 2016 Procurador (banca VUNESP) 
 
(http://www.humorpolitico.com.br/ wp-content/uploads/2015/04/charge-regi-0604.gif) 
Considerando que as personagens se tratem por “você”, as lacunas da frase 
dita por Papai Noel devem ser preenchidas, de acordo com a norma-padrão da 
língua portuguesa, por: 
a) olha … há 
b) olha … a 
c) olha … à 
d) olhe … há 
e) olhe … a 
Comentário: A primeira lacuna deve ser preenchida com o imperativo 
afirmativo de terceira pessoa, isto é, “você”. Como sabemos que tal pessoa é 
extraída do presente do subjuntivo, o resultado é “olhe (você)”. 
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Veja a formação do imperativo. 
presente do indicativo imperativo afirmativo presente do subjuntivo 
 eu olho - talvez eu olhe 
 tu olhas olha tu talvez tu olhes 
 ele olha olhe você talvez ele olhe 
 Assim, já eliminamos as alternativas (A), (B) e (C). 
 Como a segunda lacuna deve ser preenchida por verbo que transmite a 
ideia de tempo decorrido, cabe o verbo “há”, por isso a alternativa correta é a 
(D). 
Gabarito: D 
 
Questão 41: Prefeitura de Sertãozinho-SP 2016 Procurador (banca VUNESP) 
Assinale a alternativa em que os verbos da passagem – Não ligar televisão, 
esquecer-se de rádio; deixar os locutores falando sozinhos... – estão em 
correta relação temporal, expressando o sentido de ordem. 
a) Não ligam / esquecem-se / deixam 
b) Não liguem / esquecem-se / deixem 
c) Não liguem / esqueçam-se / deixem 
d) Não ligam / esqueçam-se / deixam 
e) Não liguem / esqueçam-se / deixam 
Comentário: Na ordem em que aparecem os verbos, a questão pede o 
imperativo negativo do verbo “ligar” e o imperativo afirmativo dos verbos 
“esquecer” e “deixar”. Todos eles encontram-se na terceira pessoa do plural. 
Veja a formação do imperativo negativo do verbo “ligar”. 
 imperativo negativo presente do subjuntivo 
 - talvez eu ligue 
 não ligues tu talvez tu ligues 
 não ligue você talvez ele ligue 
 não liguemos nóstalvez nós liguemos 
 não ligueis vós talvez vós ligueis 
 não liguem vocês talvez eles liguem 
 
Veja a formação do imperativo afirmativo do verbo “esquecer”. 
presente do indicativo imperativo afirmativo presente do subjuntivo 
eu esqueço - talvez eu esqueça 
tu esqueces esquece tu talvez tu esqueças 
ele esquece esqueça você talvez ele esqueça 
nós esquecemos esqueçamos nós talvez nós esqueçamos 
vós esqueceis esquecei vós talvez vós esqueçais 
eles esquecem esqueçam vocês talvez eles esqueçam 
 
 
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Veja a formação do imperativo afirmativo do verbo “deixar”. 
presente do indicativo imperativo afirmativo presente do subjuntivo 
 eu deixo - talvez eu deixe 
 tu deixas deixa tu talvez tu deixes 
 ele deixa deixe você talvez ele deixe 
 nós deixamos deixemos nós talvez nós deixemos 
 vós deixais deixai vós talvez vós deixeis 
 eles deixam deixem vocês talvez eles deixem 
 Assim, a alternativa correta é a (C). 
Gabarito: C 
 
Questão 42: TJ RJ 2015 – Analista Judiciário (banca FGV) 
Fragmento do texto: Em muitas ocasiões, nos sentimos presos à realidade, 
sem poder agir, limitados pelas contingências da vida. Felizmente, a 
inteligência nos diz que, dentro de certos limites – a morte é um deles -, a 
realidade não está totalmente decidida; está esperando que acabemos de 
defini-la. A realidade não é bela nem feia, nem justa nem injusta, nem 
exultante nem deprimente, não há maniqueísmo. A vida é um conjunto de 
possibilidades que devem ser construídas. Por isso, nada é definitivo, tudo 
está por vir. As coisas adquirem propriedades novas quando vamos em 
direção a elas com novos projetos. 
 Observemos essa explosão do real em múltiplas possibilidades. Cada 
coisa é uma fonte de ocorrências, cada ponto se converte na intersecção de 
infinitas retas, ou de infinitos caminhos. Cada vez mais se desfazem os limites 
entre o natural e o artificial. 
“Observemos essa explosão do real em múltiplas possibilidades”; no contexto 
em que está inserido, o segmento tem função de: 
(A) ordem; (B) conselho; (C) advertência; 
(D) apelo; (E) ironia. 
Comentário: Veja que o autor procura orientar a nossa conduta, sugerindo 
uma ação. Assim, o imperativo “observemos” transmite conselho. Assim, a 
alternativa (B) é a correta. 
Gabarito: B 
 
Questão 43: DPE MT 2015 – Analista (banca FGV) 
Guardar água em vasilhame de material de limpeza 
Não adianta lavar mil vezes. Nunca reutilize galões de material de limpeza ou 
de qualquer outro produto que tenha substância química para guardar água 
para consumo. A água pode ser contaminada e causar problemas à saúde. 
Sobre as formas destacadas nas frases “Nunca reutilize (1) galões de material 
de limpeza” e “outro produto que tenha (2) substância química para guardar 
água para consumo”, é correto afirmar que 
(A) a forma 1 indica uma posição autoritária. 
(B) as duas formas pertencem ao imperativo. 
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(C) a forma 1 indica ordem e a forma 2, conselho. 
(D) a forma 2 indica possibilidade e não fato real. 
(E) as duas formas interagem com os leitores. 
Comentário: A forma 1 (“Nunca reutilize”) transmite um conselho, haja vista 
o emprego do imperativo negativo. Já a forma 2 (“tenha”) transmite a 
possibilidade de uma ação, haja vista o emprego do presente do subjuntivo. 
 A alternativa (A) está errada, porque um conselho não é uma posição 
autoritária. 
 A alternativa (B) está errada, porque somente a primeira forma 
encontra-se no imperativo. 
 A alternativa (C) está errada, pois a forma 1 indica conselho e a forma 
2, possibilidade. 
 A alternativa (D) é a correta, pois realmente a forma 2 indica 
possibilidade e não fato real. 
 A alternativa (E) está errada, porque somente a primeira forma interage 
com o leitor, haja vista a flexão verbal no imperativo negativo. 
Gabarito: D 
 
Questão 44: TJ SC 2015 – Assistente Social (banca FGV) 
Entre as mensagens abaixo, a única que está de acordo com a norma escrita 
culta é: 
(A) Verifique os dados da conta a pagar. Clica neste botão! 
(B) Demonstra que você é esperto. Pague suas contas em dia. 
(C) Controla teu dinheiro e viaje tranquilo. 
(D) Não despreze as feias. Confira suas qualidades. 
(E) Em caso de fogo, procure os extintores. Pede o apoio da brigada. 
Comentário: Um macete para matarmos a alternativa correta é sabermos 
que a vogal temática é preservada na segunda pessoa do singular do 
imperativo afirmativo. A questão apresenta dois verbos em cada alternativa, 
os quais estão flexionados no imperativo. Temos que encontrar, dentre as 
alternativas, aquela que possui os dois verbos flexionados na mesma pessoa 
do discurso. 
 A alternativa (A) está errada, porque “Verifique” possui a desinência 
modo temporal “e”. Lembre-se de que o seu infinitivo apresenta a vogal 
temática “a” (verificar). Assim, tal verbo encontra-se na terceira pessoa do 
singular do imperativo afirmativo. 
 Já o verbo “clica” possui a vogal temática “a”. Lembre-se de que o seu 
infinitivo é “clicar”. Assim, tal verbo encontra-se na segunda pessoa do 
singular do imperativo afirmativo. 
 As duas formas corretas da frase seriam: 
Verifique os dados da conta a pagar. Clique neste botão! (3ª pessoa singular) 
ou 
Verifica os dados da conta a pagar. Clica neste botão! (2ª pessoa singular) 
 A alternativa (B) está errada. Veja que as frases já apontaram os 
pronomes de terceira pessoa do singular “você” e “seu”. Assim, o imperativo 
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não pode apresentar vogal temática, mas a desinência modo-temporal. 
 O verbo “Demonstra” possui a vogal temática “a”. Lembre-se de que o 
seu infinitivo é “Demonstrar”. Assim, tal verbo encontra-se na segunda pessoa 
do singular do imperativo afirmativo, mas deve ser flexionado na terceira 
pessoa: “Demonstre”. 
 O verbo “Pague” possui a desinência modo temporal “e”. Lembre-se de 
que o seu infinitivo apresenta a vogal temática “a” (Pagar). Assim, tal verbo 
encontra-se na terceira pessoa do singular do imperativo afirmativo. Veja a 
correção: 
Demonstre que você é esperto. Pague suas contas em dia. 
 A alternativa (C) está errada. Veja que a frase já apontou o pronome de 
segunda pessoa do singular “teu”. Assim, o imperativo deve apresentar vogal 
temática. 
 O verbo “Controla” possui a vogal temática “a”. Lembre-se de que o seu 
infinitivo é “Controlar”. Assim, tal verbo encontra-se na segunda pessoa do 
singular do imperativo afirmativo. 
 O verbo “viaje” possui a desinência modo temporal “e”. Lembre-se de 
que o seu infinitivo apresenta a vogal temática “a” (viajar). Assim, devemos 
corrigir sua flexão para a segunda pessoa do singular do imperativo 
afirmativo: “viaja”. Veja a correção: 
Controla teu dinheiro e viaja tranquilo. 
 A alternativa (D) é a correta, pois o pronome “suas” já apontou que o 
verbo deve se flexionar na terceira pessoa. A forma “Não despreze” encontra-
se na terceira pessoa do singular do imperativo negativo e o verbo “Confira” 
também se encontra na terceira pessoa do singular, porém do imperativo 
afirmativo. Veja: 
Não despreze as feias. Confira suas qualidades. 
 A alternativa (E) está errada, porque “Procure” possui a desinência 
modo temporal “e”. Lembre-se de que o seu infinitivo apresenta a vogal 
temática “a” (Procurar). Assim, tal verbo encontra-se na terceira pessoa do 
singular do imperativo afirmativo. 
 Já o verbo “Pede” possui a vogal temática

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