Buscar

Aula sobre Verbos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 70 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 70 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 70 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 1 - 
AULA 3 - VERBO 
Olá, amigos 
Hoje nossa aula vai tratar do “coração” da unidade oracional – o VERBO. 
Não é à toa que esse assunto vem logo após vermos os processos de 
formação das palavras e antes de qualquer outro. 
O verbo também fará parte das próximas aulas – concordância (nominal 
e verbal), regência (nominal e verbal) e até mesmo crase. 
Nesta aula, veremos a classificação dos verbos, sua forma de conjugação 
(que é um calo para muita gente), as flexões que o verbo pode sofrer 
(número, pessoa, tempo, modo e voz), a relação que os verbos têm em 
uma estrutura oracional e como manter essa relação harmônica, dentre 
tantas outras coisas. 
Bem, essa palavrinha é muito especial. O verbo não tem sintaticamente 
uma função que lhe seja privativa, pois, como veremos, o substantivo e o 
adjetivo também podem ser núcleos do predicado (veremos no módulo 
sobre Termos da Oração). 
Sua única função na estrutura oracional é a de participar do predicado. 
CONSTRUÇÃO DOS VERBOS 
Todas as formas do verbo se irmanam pelo RADICAL, a parte invariável 
que lhes dá a base comum de significação. 
São aceitas as seguintes flexões: de número (singular e plural), pessoa
(1ª, 2ª ou 3ª), modo, tempo ou vozes. Celso Cunha identifica uma 
outra flexão: aspecto, que, em suas palavras, “manifesta o ponto de 
vista do qual o locutor considera a ação expressa pelo verbo”, por 
exemplo: pontual (“acabo de chegar”) ou durativa (“fico a esperar”), 
contínua (“vou andando pelas ruas”) ou descontínua (“voltei a fumar”) 
etc. 
Em relação ao processo de formação, como vimos, ao radical junta-se a 
terminação: vogal temática (define as três conjugações), desinências 
modo-temporal e número-pessoal. 
Alguns conceitos são importantes: 
Formas rizotônicas – o elemento de composição grego riz(o)- significa 
“raiz”. Assim, nas formas RIZOTÔNICAS, a sílaba tônica (a que fomos 
apresentados em nosso primeiro encontro) recai no radical. 
verbo RECLAMAR radical RECLAM eu reclamo 
Como a sílaba tônica recai no radical, essa forma chama-se rizotônica. 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 2 - 
Formas arrizotônicas - quando a sílaba tônica recai fora do radical. 
Verbo CONSERVAR radical CONSERV nós conservaremos 
Como a sílaba tônica recai fora do radical, essa forma chama-se 
arrizotônica. 
CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS 
Os verbos classificam-se em regulares, irregulares, anômalos, 
defectivos e abundantes. 
1. REGULARES - conservam o mesmo radical. 
eu canto, tu cantas, nós cantávamos, eles cantariam, ele cantasse 
2. IRREGULARES - apresentam variação no radical ou nas desinências. 
SABER (eu sei, ele soube) PERDER (perco) FAZER (fiz, faço) 
Alguns autores consideram que alteração exclusivamente gráfica 
(PROTEGER – PROTEJO), em função da ortografia, não poderia levar à 
indicação de irregularidade verbal. Assim, segundo eles, são considerados 
irregulares somente os verbos que apresentam alteração GRÁFICA E
FONÉTICA. Se não houver alteração fonética (como no exemplo: g/j), não 
se classifica como verbo irregular, sendo chamado por alguns autores de 
“aparentemente irregular”. 
3. ANÔMALO – são verbos irregulares que, por apresentarem profundas 
variações, recebem classificação autônoma. São só dois: SER e IR. 
Curiosidade: Esses dois verbos são idênticos na conjugação dos 
seguintes tempos: pretérito perfeito do indicativo (fui, foste, ...), 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo (fora, foras...), pretérito 
imperfeito do subjuntivo (fosse, fosses...) e futuro do subjuntivo (for, 
fores...). Só dá para identificar se está sendo usado um ou outro a partir 
do contexto. 
4. ABUNDANTE - apresentam duas ou três formas em certos tempos, 
modos, pessoas ou particípio. Por exemplo, no imperativo afirmativo, os 
verbos terminados em –zer, como o verbo fazer, na 2ª pessoa do 
singular, aceitam duas formas – faze e faz. 
5. DEFECTIVOS - apresentam defeito, ou seja, não se conjugam em 
todas as formas (tempo, pessoas, modos). 
Sempre que se falar em defeito verbal, estamos nos referindo à 
conjugação do PRESENTE DO INDICATIVO e aos tempos dele 
derivados (Presente do Subjuntivo e Imperativo). O “defeito” existe 
apenas no presente, não existe no passado nem no futuro. Por isso, 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 3 - 
mesmo defectivo, o verbo poderá ser conjugado inteiramente nos 
outros tempos e modos verbais, como, por exemplo, no Pretérito do 
Perfeito do Indicativo, no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo, Futuro do 
Subjuntivo etc. 
Há dois tipos de defeitos: 
1º) o verbo não possui a 1ª pessoa do singular, apenas. (explodir, abolir, 
colorir, delinquir); 
2º) o verbo só apresenta as conjugações da 1ª e 2ª pessoas do plural 
(adequar, reaver). 
Alguns autores definem como defectivos também os verbos que, de 
acordo com o seu emprego, só podem ser conjugados nas terceiras 
pessoas, como URGIR (ter urgência), DOER (no sentido de “sentir dor” - 
alguma coisa dói) e os unipessoais, que representam vozes de animais ou 
fenômenos da natureza, quando utilizados no sentido original (sentido 
denotativo, com “d” de “dicionário”; seu oposto é o sentido conotativo, 
também chamado de figurado, quando a palavra é usada em um 
significado diferente do original). 
FLEXÕES DOS VERBOS 
NÚMERO 
Como as outras palavras variáveis, o verbo admite dois números: o 
singular e o plural. Dizemos que um verbo está no singular quando ele se 
refere a uma só pessoa ou coisa e, no plural, quando tem por sujeito 
mais de uma pessoa ou coisa. 
PESSOA 
É a variação de forma que indica a pessoa do discurso a que se refere a 
ação verbal. 
1ª pessoa - aquela que fala. Corresponde aos pronomes pessoais eu 
(singular) e nós (plural). 
2ª pessoa - aquela a quem se fala. Corresponde aos pronomes pessoais 
tu (singular) e vós (plural). 
3ª pessoa - aquela de quem se fala. Corresponde aos pronomes 
pessoais ele/ela (singular) e eles/elas (plural). 
MODO, TEMPO e VOZES 
Essas modalidades de flexão merecem uma análise mais aprofundada. 
MODOS E TEMPOS VERBAIS 
A classificação dos verbos nos MODOS VERBAIS depende da relação que 
o falante tem com aquilo que enuncia – se constata um fato (indicativo); 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 4 - 
se apresenta uma hipótese, uma suposição (subjuntivo); se faz um 
pedido ou dá uma ordem (imperativo). 
Em outras palavras, depende do modo com que enuncia a ação verbal 
(percebeu? “modo” verbal). São três modos verbais: 
 INDICATIVO - como sugere o nome, indica um fato real, que pode 
pertencer ao presente, ao passado ou ao futuro. 
 SUBJUNTIVO - enuncia um fato hipotético, duvidoso, provável ou 
possível. 
 IMPERATIVO - expressa ideias de ordem, pedido, desejo, convite. 
Enquanto que o modo INDICATIVO situa o fato no plano da realidade, 
da certeza, o SUBJUNTIVO coloca o fato no plano do que é provável, 
hipotético, possível, sem a certeza apresentada pelo modo indicativo. 
O modo SUBJUNTIVO também é bastante usado com determinadas 
conjunções (embora, caso, que etc.) 
Perceba a diferença entre as duas orações abaixo. O sujeito vai à 
farmácia e diz ao balconista: 
Eu quero um remédio que acaba com a minha dor de cabeça. 
Eu quero um remédio que acabe com a minha dor de cabeça. 
Na primeira, o sujeito já sabe qual é o medicamento que vai pedir e 
produzir resultado. Já teve dor de cabeça outras vezes e sabe qual o 
remédio que surte efeito. O fato situa-se no plano da CERTEZA– modo 
INDICATIVO. 
Na segunda, o sujeito não tem certeza de qual medicamento poderia 
surtir efeito. Certamente está pedindo uma indicação ao balconista. O 
resultado que o remédio trará (acabar com a dor de cabeça) ainda está 
no plano da hipótese. Por isso, está no modo SUBJUNTIVO. 
IMPERATIVO 
Sobre a conjugação no imperativo, em vez de memorizar várias regras, 
vamos guardar apenas a exceção. 
A REGRA: Em se tratando de imperativo, emprega-se o presente do 
subjuntivo. São conjugados pelo presente do subjuntivo os verbos em 
todas as pessoas (2ª do singular e do plural, 3ª do singular e do plural e 
1ª do plural) no imperativo negativo, e nas 3ª pessoas (singular e plural) 
e 1ª pessoa do plural no imperativo afirmativo. Essa é a regra. 
1 - Venha para a Caixa você também 3ª pessoa do singular (O 
comercial estava errado e você não vai nem acreditar: uma banca 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 5 - 
examinadora explorou exatamente esse fato em prova!!! Veremos nos 
exercícios de fixação.). 
2 - Não nos deixeis cair em tentação 2ª pessoa do plural (Ao se dirigir 
ao Pai, usa-se vós.) 
Agora veremos a exceção, que deve ser memorizada por ser em menor 
número. 
A exceção fica por conta das segundas pessoas (tu e vós) no 
imperativo afirmativo. Nessa conjugação, usa-se o presente do indicativo, 
sem o “s” final. 
RESUMO: No imperativo afirmativo, as 2ªs pessoas (singular e plural) 
buscam a conjugação do presente do indicativo e tiram a letra ‘s’. Todo o 
restante tem origem no presente do subjuntivo. Exemplo: 
1 - “Dize-me com quem andas, que eu te direi quem és.” - A forma 
“dize” é a redução do presente do indicativo da 2ª pessoa do singular 
(dizes – [s] = dize). Esse verbo, aliás, é abundante. Aceita as formas 
“dize” e “diz”, no imperativo afirmativo. 
2 – “Fazei de mim um instrumento de vossa paz.” – A forma “fazei” é a 
conjugação no presente do indicativo da 2ª pessoa do plural (vós fazeis), 
sem o “s”. 
Os quadros abaixo resumem as conjugações dos verbos no modo 
imperativo. 
PRESENTE DO 
SUBJUNTIVO 
IMPERATIVO 
NEGATIVO
eu fale - 
tu fales não fales (tu) 
ele fale não fale (você) (*) 
nós falemos não falemos (nós) 
vós faleis não faleis (vós) 
eles falem não falem (vocês) (*) 
PRESENTE DO 
INDICATIVO 
IMPERATIVO 
AFIRMATIVO
PRESENTE DO 
SUBJUNTIVO 
eu falo - eu fale 
tu falas fala (tu) tu fales 
ele fala fale (você) (*) ele fale 
nós falamos falemos (nós) nós falemos 
vós falais falai (vós) vós faleis 
eles falam falem (vocês) (*) eles falem 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 6 - 
(*) Como o imperativo é o modo em que se determina ou pede algo à 
pessoa a quem se dirige (2ª pessoa), as terceiras pessoas se referem a 
“você / vocês”, e não a eles (3ª pessoa). 
Os TEMPOS VERBAIS têm a função de indicar o momento em que são 
enunciados os fatos. 
No modo INDICATIVO, os tempos são: 
 PRESENTE 
– fato ocorre no momento em que se fala (Ouço ruídos na 
cozinha.); 
- fato que é comum de ocorrer (Eu morro de inveja dele. / Chove
todos os dias em Belém.); 
- apresenta um princípio, um conceito ou um dado (Todos os 
anos, muitas crianças morrem de desnutrição no Brasil.) 
 PRETÉRITO PERFEITO 
– fato ocorrido e perfeitamente concluído antes do momento 
em que se fala (Todos souberam do assassinato de Celso Daniel.) 
 PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO 
– denota repetição de um ato ou sua continuidade, com início 
no passado, chegando ao momento presente, em que falamos 
(Eu tenho cometido muitos erros na escolha dos meus namorados. / 
Eu tenho lutado contra vários preconceitos.); 
 PRETÉRITO IMPERFEITO 
– fato realizado e não concluído ou que apresenta certa 
duração (Ele buscava a perfeição antes de morrer./ O tempo corria
sem que ninguém notasse.); 
– indica, entre ações simultâneas, a que ocorria no momento 
em que sobreveio a outra (Ele andava pela rua quando foi 
abordado pelos ladrões.); 
– denota ação passada habitual ou repetida (imperfeito 
frequentativo) (Sempre que eu chegava, ela saía do recinto.) 
 PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO 
– fato realizado antes de outro fato também no passado (Antes 
de sua morte, ele pedira o perdão aos filhos.) 
 PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO 
– forma mais comum de expressar o fato realizado antes de 
outro fato também no passado (Antes de sua morte, ele tinha 
pedido perdão aos filhos.) 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 7 - 
 FUTURO DO PRESENTE 
– fato posterior certo de ocorrer no futuro (Doarei todo o 
material de estudo após a minha aprovação.); 
– afirmação de valor categórico (De todas as mulheres do mundo, 
você será a mais bela – o que se afirma é que “certamente você é a 
mais bela”). 
 FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO 
– denota futura ocorrência de um fato que se iniciou no 
presente (Até o próximo ano, terei acumulado quase um milhão de 
reais em dívidas.) 
- indica uma ação futura que estará consumada antes de outra 
também no futuro (Amanhã, quando você chegar, eu já terei 
assinado o contrato.) 
- denota incerteza sobre fatos passados (Terá João sabido da 
traição?) 
 FUTURO DO PRETÉRITO 
– fato posterior a um fato passado (Você me garantiu [FATO 
PASSADO] que o nosso amor não morreria [FATO FUTURO EM 
RELAÇÃO AO FATO PASSADO].); 
– fato não chegou a se realizar (Eu iria à sua casa, mas tive um 
problema.); 
– pode denotar incerteza (“Acharam um corpo que seria do chefe 
do tráfico.”) 
– hipótese relacionada a uma condição (“Se você tivesse 
comprado o carro [CONDIÇÃO], não teria perdido o dinheiro no jogo
[HIPÓTESE].”) 
– polidez (“Você poderia me passar o sal?”). 
 FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO 
– o mesmo que o Futuro do Pretérito com relação aos três 
primeiros aspectos. 
INDICATIVO 
PRESENTE (só apresenta a forma 
SIMPLES) 
Eu falo 
PRETÉRITO 
PERFEITO 
SIMPLES Eu falei 
COMPOSTO Eu tenho falado (o auxiliar é 
conjugado no presente do indicativo) 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 8 - 
INDICATIVO 
PRET.IMPERFEITO (só apresenta a 
forma SIMPLES) 
Eu falava 
PRET.MAIS-QUE-
PERFEITO 
SIMPLES Eu falara 
COMPOSTO Eu tinha falado (o auxiliar é conjugado 
no pretérito imperfeito do indicativo) 
FUTURO DO 
PRESENTE 
SIMPLES Eu falarei 
COMPOSTO Eu terei falado (o auxiliar é conjugado 
no mesmo tempo verbal) 
FUTURO DO 
PRETÉRITO 
SIMPLES Eu falaria 
COMPOSTO Eu teria falado (o auxiliar é conjugado 
no mesmo tempo verbal) 
SUBJUNTIVO 
PRESENTE Eu fale 
PRETÉRITO PERFEITO 
COMPOSTO 
Eu tenha falado (o auxiliar é conjugado no 
presente do subjuntivo) 
PRETÉRITO IMPERFEITO Eu falasse 
PRETÉRITO MAIS-QUE-
PERFEITO COMPOSTO 
Eu tivesse falado (o auxiliar é conjugado no 
pretérito imperfeito do subjuntivo) 
FUTURO SIMPLES Eu falar 
FUTURO COMPOSTO Eu tiver falado (auxiliar no mesmo tempo 
verbal) 
Observe que: 
1) tanto no indicativo quanto no subjuntivo, o PRESENTE e o PRETÉRITO 
IMPERFEITO só apresentam as formas simples – NÃO HÁ FORMAS 
COMPOSTAS; 
2) tanto no indicativo quanto no subjuntivo, o PRETÉRITO PERFEITO 
COMPOSTO e o PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO empregam 
o verbo auxiliar no tempo imediatamente anterior (pretérito perfeito 
auxiliar no presente / pretérito mais-que-perfeito auxiliar no 
pretérito imperfeito); 
3) no FUTURO (tanto do indicativo – os dois: futuro do presente e futuro 
do pretérito – quanto no subjuntivo), o auxiliar fica no mesmo tempo 
verbal. 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowskiwww.pontodosconcursos.com.br - 9 - 
CUIDADO! 
Algumas bancas, como a Fundação Carlos Chagas, costumam 
apresentar uma oração e exigir que o candidato assinale a opção 
cujo verbo se encontre no mesmo tempo e modo. 
Havendo locução verbal de tempo composto no PRETÉRITO
(pretérito perfeito composto, pretérito mais-que-perfeito composto, 
quer do indicativo, quer do subjuntivo), não vacile: OS VERBOS 
AUXILIARES NÃO FICAM NO MESMO TEMPO VERBAL - buscam os 
tempos imediatamente anteriores (veja observação acima). 
Como devemos classificar o tempo verbal do CONJUNTO, ou seja, 
da LOCUÇÃO VERBAL, TODO CUIDADO É POUCO NA 
IDENTIFICAÇÃO DESSE TEMPO. 
Veja só. 
No PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO, o verbo auxiliar fica no 
PRESENTE: 
- NO INDICATIVO: TENHO FEITO pret. perfeito composto do 
indicativo; 
- NO SUBJUNTIVO: TENHA FEITO pret. perfeito composto do 
subjuntivo. 
Já a locução verbal no PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO 
apresenta o verbo auxiliar no PRETÉRITO IMPERFEITO: 
- NO INDICATIVO: TINHA FEITO pret.mais-que-perfeito 
comp. indicativo 
- NO SUBJUNTIVO: TIVESSE FEITO pret.mais-que-perfeito 
comp. subj. 
Cuidado para não classificar a locução verbal considerando apenas a 
conjugação do verbo auxiliar!!! 
Veja como isso já caiu em prova: 
(ESAF / SUSEP – Agente Executivo / 2006) 
Julgue o item a seguir: 
- O tempo em que está flexionado “escolhera” (l.15) indica que a ação de 
escolher acontece antes de outra também mencionada no período; 
corresponde, por isso, a tivera escolhido. 
Item INCORRETO. 
A descrição de emprego do pretérito mais-que-perfeito do indicativo está 
PERFEITA – ação ocorre antes de outra ação também passada. O 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 10 - 
problema é que o tempo composto correspondente seria TINHA 
ESCOLHIDO, com o verbo auxiliar no pretérito imperfeito do 
indicativo, e não “tivera escolhido”. 
LOCUÇÕES VERBAIS 
Sempre que se fala “locução”, temos a ideia de “mais de uma palavra” 
formando uma unidade. 
Assim, em locuções verbais, mais de um verbo (ligados ou não por uma 
preposição) formam um conjunto. 
Formam-se locuções verbais em: 
 tempos compostos, com os verbos auxiliares TER e HAVER 
(acabamos de falar sobre isso); 
 construções de voz passiva, principalmente com os verbos 
auxiliares SER e ESTAR; 
 construções com auxiliares modais, que determinam com mais 
rigor o modo como se realiza – ou deixa de se realizar - a ação 
verbal. Expressam circunstâncias de: início ou fim (comecei a
estudar, acabei de acordar), continuidade (vai andando), obrigação
(tive de entregar), possibilidade (posso escrever), dúvida (parece 
gostar), tentativa (procura entender) e outras tantas. 
Como num escritório, onde quem manda é o chefe e quem trabalha é o 
empregado (ou você já viu algum chefe trabalhando???), na locução 
verbal, quem exerce a função de “chefe” é o verbo principal – ele fica 
“paradão”, só mandando, e o pobre do auxiliar se flexiona de acordo com 
as suas ordens. Mais sobre o assunto, falaremos na aula sobre 
CONCORÂNCIA. 
TEMPO COMPOSTO
É o tempo constituído por um verbo auxiliar flexionado, seguido do verbo 
principal no particípio. Forma-se com os auxiliares TER e HAVER. Para 
simplificar, usamos nos exemplos somente o verbo auxiliar TER. 
1) Modo Indicativo 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 11 - 
FORMAS NOMINAIS 
Denominam-se formas nominais as palavras, de origem verbal, que 
também podem ser empregadas nas funções próprias de adjetivos, 
substantivos ou advérbios. São elas: INFINITIVO, GERÚNDIO E 
PARTICÍPIO. 
INFINITIVO: 
Ele precisa pôr os nomes nos livros. (verbo) 
O pôr-do-sol é lindo nessa época do ano. (substantivo) 
Causa-me agonia o seu ranger de dentes. (substantivo) 
Precisamos colocar óleo na porta que está a ranger.(verbo) 
O infinitivo divide-se em impessoal e pessoal. 
O infinitivo impessoal não tem sujeito (pessoa) e, por isso, não se 
flexiona. É usado em sentido genérico (“o ato de”). 
Amar se aprende amando. 
Já o infinitivo pessoal tem sujeito e pode flexionar-se ou não. Os casos 
em que o infinitivo pode, deve ou não pode se flexionar será objeto de 
estudo na aula sobre CONCORDÂNCIA. 
GERÚNDIO: 
O presidente fica persistindo na argumentação de que nada sabia. (verbo) 
Persistindo os sintomas, o médico deverá ser consultado (advérbio de 
condição = “Caso persistam os sintomas...”) 
TEMPO VERBAL EXEMPLO 
presente falo bebo parto 
pretérito 
perfeito 
simples falei bebi parti 
composto tenho 
f l d
tenho 
b bid
tenho 
tid
imperfeito simples falava bebia partia 
mais-que-perfeito simples falara bebera partira 
 composto 
tinha 
falado 
tinha 
bebido 
tinha 
partido 
futuro 
do presente 
simples falarei beberei partirei 
composto terei 
f l d
terei 
b bid
terei 
tid
do pretérito 
simples falaria beberia partiria 
composto teria 
falado 
teria 
bebido 
teria 
partido 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 12 - 
PARTICÍPIO: 
Ele havia lavado o chão da casa antes do temporal. (verbo) 
O uniforme lavado ficou todo sujo após o vendaval. (adjetivo) 
O particípio tem grande importância na construção de LOCUÇÕES 
VERBAIS. 
Emprega-se com os auxiliares TER e HAVER para a formação de tempos 
compostos (“Temos feito grande progresso.”, “Nunca havia visitado
este lugar antes.”), com o verbo SER para formar os tempos da voz 
passiva de ação (“O trabalho foi feito por todos nós.”) e com o verbo 
ESTAR nos tempos de voz passiva de estado (“Estou chocada com essa 
notícia.”). 
No particípio, a maior parte dos verbos só apresenta a forma regular 
(terminadas por “ado” / “ido”). Contudo, existem algumas exceções: 
alguns verbos apresentam mais de uma forma: a regular (“ado” / “ido”), 
usada com os verbos ter e haver (tempo composto) e a irregular, ligada 
aos verbos ser e estar (voz passiva). 
Dentre os irregulares, estão: 
 ACEITAR – (ter/haver) aceitado; (ser/estar) aceito 
 ELEGER – (ter/haver) elegido; (ser/estar) eleito 
 ENTREGAR - (ter/haver) entregado; (ser/estar) entregue 
 IMPRIMIR - (ter/haver) imprimido; (ser/estar) impresso 
 SALVAR – (ter/haver) salvado; (ser/estar) salvo 
 SUSPENDIDO – (ter/haver) suspendido; (ser/estar) suspenso 
Outras curiosidades: 
• Apresentam somente a forma irregular do particípio os verbos 
abrir (aberto), cobrir (coberto), dizer (dito), escrever (escrito), 
fazer (feito), pôr (posto), ver (visto), vir (vindo) e seus 
derivados. 
Observe que, neste último (vir), a forma participial é igual ao 
gerúndio, o mesmo ocorrendo com os verbos dele derivados 
(intervir – intervindo). Essa peculiaridade costuma ser objeto de 
questões de prova. 
 Alguns verbos aceitam ambas as formas (regular e irregular) para 
qualquer dois verbos auxiliares – ou seja, não tem como errar - 
com qualquer verbo auxiliar pode-se usar qualquer forma 
participial. Segundo a maioria dos gramáticos, são quatro os 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 13 - 
verbos: pagar, pegar, ganhar e gastar (para memorizá-las, 
imagine a seguinte situação: no dia do pagamento, você ganha o 
salário e, no supermercado, pega o produto, paga por ele e gasta o 
dinheiro – gostou do método mnemônico?). 
 O particípio do verbo CHEGAR é um só – o regular CHEGADO. A 
forma “chego” é a conjugação de 1ª pessoa do singular do presente 
do indicativo (“Eu chego”). Não existe a forma de particípio 
irregular para esse verbo. Então: “Eu tinha chegadoao escritório 
bem cedo.”. 
CON JUGAÇÃO VERBAL
Para ajudar a resolver questões de conjugação verbal, uma boa dica é a 
técnica do PARADIGMA. 
Como funciona isso? Na dúvida com relação à conjugação de determinado 
verbo regular (geralmente o examinador busca um verbo pouco utilizado 
no seu dia-a-dia), basta observar a conjugação dos paradigmas clássicos 
(FALAR – 1ª conjugação, BEBER – 2ª conjugação, PARTIR – 3ª 
conjugação). 
Extraia o radical, que é o que sobra do verbo após retirar a terminação 
“ar”, “er” ou “ir” do infinitivo (exemplo: FAL(AR) = radical FAL-), e 
empregue as desinências, que são idênticas nos demais verbos regulares 
de mesma conjugação: 
Por exemplo: 
CONSUMAR (verbo regular de 1ª conjug.): 
Presente do Indicativo: Eu consum.... (???) 
Presente do Subjuntivo: (que) eu consum... (???) 
CONSUMIR (verbo regular de 3ª conjug.): 
Presente do Indicativo: Eu consum.... (???) 
Presente do Subjuntivo: (que) eu consum... (???) 
E aí, como você preencheu? Vamos buscar a desinência dos verbos 
“paradigmas”. 
Infinitivo Pres.Indicativo Pres.Subjuntivo 
Falar Eu falo (que) eu fale 
Consumar Eu consumo (que) eu consume 
Partir Eu parto (que) eu parta 
Consumir Eu consumo (igual) (que) eu consuma 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 14 - 
Se o verbo for irregular, ou seja, apresenta alteração no radical em 
determinadas conjugações, procure outro verbo, também irregular, de 
mesma construção. 
Por exemplo: COMPETIR (3ª conjugação) – Eu comp.... (???) 
Esse verbo é irregular, ou seja, não mantém o radical nas conjugações. 
Normalmente não conjugamos esse verbo (pelo menos, não com 
convicção) fora de uma locução verbal. Mas usamos bastante outro verbo 
de idêntica estrutura. Já sabe qual é??? REPETIR. Então, como fica a 
conjugação desse paradigma? 
Eu repito Eu compito 
E “ADERIR”? Como você conjugaria a primeira pessoa do singular do 
Presente do Indicativo? Está com dúvida? Busque um paradigma. Aceito 
sugestões.... Lembrou de algum? Eu conheço um – FERIR. Como fica a 
conjugação do paradigma? 
Eu firo Eu adiro 
A título de exemplo, observe o seguinte item de uma questão de prova da 
ESAF (TCU/2002): 
O fato do patrimônio gerar empregos e receitas por meio do turismo não 
abule o paradoxo de que nativos e visitantes se distanciam do fenômeno 
cultural tanto quanto pessoas que, longe daquelas paragens, pouco valor 
atribuem a heranças destituídas de familiaridade. 
Essa opção está errada. Você percebeu qual é o erro? O que significa 
“abule”? O contexto indica tratar-se do verbo ABOLIR. 
Se não tivermos certeza da conjugação desse verbo, vamos fazer o 
quê??? Buscamos o paradigma. 
Um verbo que apresenta a mesma forma de conjugação é o verbo 
ENGOLIR. Na passagem, o verbo “abolir” está na terceira pessoa do 
singular, no presente do indicativo (“O fato ... não abule...”). O verbo 
“engolir” ficaria “Ele engole”. Logo, a conjugação correta é abole (“O 
fato ... não abole...”). 
IMPORTANTE: Guarde esse dica do PARADIGMA. Ela pode ser de grande 
valia em uma questão de prova. 
O quadro a seguir visa facilitar a compreensão e memorização das 
conjugações dos verbos regulares. 
Trata-se de um quadro resumo com todas as desinências 
regulares dos tempos simples (se preferir, imprima somente a 
próxima página e guarde para eventuais consultas). 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 15 - 
VERBOS REGULARES - MODOS 
Tempos 
INDICATIVO SUBJUNTIVO 
1ª conj. 
(-AR) 
2ª conj. 
(-ER) 
3ª conj. 
(-IR) 
1ª conj. 
(-AR) 
2ª conj. 
(-ER) 
3ª conj. 
(-IR) 
Presente 
o 
as 
a 
amos 
ais 
am 
o 
es 
e 
emos 
eis 
em 
o 
es 
e 
imos 
is 
em 
e 
es 
e 
emos 
eis 
em 
a 
as 
a 
amos 
ais 
am 
a 
as 
a 
amos 
ais 
am 
Pret. 
Imperfeito 
ava 
avas 
ava 
ávamos 
áveis 
avam 
ia 
ias 
ia 
íamos 
íeis 
iam 
ia 
ias 
ia 
íamos 
íeis 
iam 
asse 
asses 
asse 
ássemos 
ásseis 
assem 
esse 
esses 
esse 
êssemos 
êsseis 
essem 
isse 
isses 
isse 
íssemos 
ísseis 
issem 
Pret. 
Perfeito 
ei 
aste 
ou 
amos 
astes 
aram 
i 
este 
eu 
emos 
estes 
eram 
i 
iste 
iu 
imos 
istes 
iram 
***** ***** ***** 
Pret.mais-
que-
perfeito 
ara 
aras 
ara 
áramos 
áreis 
aram 
era 
eras 
era 
êramos 
êreis 
eram 
ira 
iras 
ira 
íramos 
íreis 
iram 
***** ***** ***** 
Futuro do 
presente 
arei 
arás 
ará 
aremos 
areis 
arão 
erei 
erás 
erá 
eremos 
éreis 
erão 
irei 
irás 
irá 
iremos 
ireis 
irã 
ar 
ares 
ar 
armos 
ardes 
arem 
er 
eres 
er 
ermos 
erdes 
erem 
ir 
ires 
ir 
irmos 
irdes 
irem 
Futuro do 
pretérito 
aria 
arias 
aria 
aríamos 
aríeis 
ariam 
eria 
erias 
eria 
eríamos 
eríeis 
eriam 
iria 
irias 
iria 
iríamos 
iríeis 
iriam 
***** ***** ***** 
IMPERATIVO 
AFIRMATIVO NEGATIVO 
- 
a 
e 
emos 
ai 
em 
- 
e 
a 
amos 
ei 
am 
- 
e 
a 
amos 
i 
am 
- 
es 
e 
emos 
eis 
em 
- 
as 
a 
amos 
ais 
am 
- 
as 
a 
amos 
ais 
am 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 16 - 
DERIVAÇÃO VERBAL 
Você já deve ter se deparado com dúvidas como: em “quando eu ..... o 
professor, passarei o seu recado”, devemos usar “ver” ou “vir”? 
Para compreendermos a conjugação de alguns verbos, principalmente dos 
irregulares, é necessário conhecer a formação de alguns tempos 
derivados. 
Abaixo, segue um quadro com a indicação das formas primitivas e das 
derivadas. 
Salvo algumas poucas exceções (como o verbo SER, SABER e outros), 
basta que se mantenha o radical das formas primitivas e a ele se 
acrescentem as desinências correspondentes. 
FORMA PRIMITIVA FORMAS DERIVADAS 
VERBO VER 
presente do 
indicativo 
1ª pessoa do 
singular 
eu vejo 
presente 
do 
subjuntivo
eu veja 
tu vejas 
ele veja 
nós vejamos 
vós vejais 
eles vejam 
presente do 
subjuntivo 
eu veja 
tu vejas 
ele veja 
nós vejamos 
vós vejais 
eles vejam 
 imperativo 
negativo 
- 
não vejas (tu) 
não veja (você) 
não vejamos (nós) 
não vejais (vós) 
não vejam (vocês) 
pret. perfeito do 
indicativo 
3ª pessoa do 
plural 
eles viram 
 
pretérito 
mais-que-
perfeito 
do 
indicativo 
eu vira 
tu viras 
ele vira 
nós víramos 
vós víreis 
eles viram 
 
pretérito 
imperfeito 
do 
subjuntivo
eu visse 
tu visses 
ele visse 
nós víssemos 
vós vísseis 
eles vissem 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 17 - 
pret. perfeito do 
indicativo 
3ª pessoa do 
plural 
 
futuro do 
subjuntivo
eu vir 
tu vires 
ele vir 
nós virmos 
vós virdes 
eles virem 
VERBO CABER 
Infinitivo 
impessoal 
caber 
 
Futuro do 
presente 
do 
indicativo 
caberei 
caberás 
caberá 
caberemos 
cabereis 
caberão 
 Futuro do 
pretérito 
do 
indicativo 
caberia 
caberias 
caberia 
caberíamos 
caberíeis 
caberiam 
 Infinito 
pessoal 
caber 
caberes 
caber 
cabermos 
caberdes 
caberem 
 Gerúndio cabendo 
 Particípio Cabido (nos verbos de 
2ª.conjugação, a vogal temática 
passou de “e” para “i”, por 
influência da vogal temática da 
3ª.conjugação - IR) 
Agora, experimente com outros verbos irregulares, como os verbos 
trazer, vir, fazer, pedir, caber e outros. 
TRAZER – TRAGO TRAGA 
TROUXERAM TROUXERA /TROUXESSE /TROUXER 
VIR - VENHO VENHA 
VIERAM VIERA /VIESSE / VIER 
FAZER - FAÇO FAÇA 
 FIZERAM FIZERA / FIZESSE / FIZER 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 18 - 
PEDIR - PEÇO PEÇA 
 PEDIRAM PEDIRA / PEDISSE / PEDIR 
CABER - CAIBO CAIBA 
 COUBERAM COUBERA/ COUBESSE / COUBER 
CUIDADO COM A CONJUGAÇÃO DE ALGUNS VERBOS!!! 
VERBOS PERIGOSOS 
- REQUERER - não é derivado do QUERER. No presente do indicativo: 
requeiro, requeres, requer... e no presente do subjuntivo: requeira, 
requeiras, requeira... 
Os demais tempos seguem o modelo do paradigma BEBER. 
- PRECAVER-SE - não é derivado do VER. É defectivo. No presente do 
indicativo, só se conjuga nas 1ª e 2ª pessoas do plural: precavemos, 
precaveis. Consequentemente, por não haver a 1ª pessoa do singular do 
presente do indicativo, não há presente do subjuntivo. Os demais tempos 
seguem o modelo do paradigma BEBER. 
- REAVER - É derivado do HAVER, mas só se conjuga quando houver a 
letra V na conjugação do “haver”. Assim, no presente do indicativo, só 
existem as formas da 1ª e 2ª pessoas do plural: reavemos, reaveis. 
Como não possui a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo, não 
apresenta presente do subjuntivo. 
No pretérito perfeito, conjuga-se: reouve, reouveste, reouve, 
reouvemos, reouvestes, reouveram 
- PROVER - Não é derivado do VER, apesar de coincidir na 1ª pessoa do 
singular do presente do indicativo e do subjuntivo. 
Pres.indicativo: provejo, provês, provê,... 
Pres.subjuntivo: proveja, provejas, proveja,... 
Pret. perfeito: provi, proveste, proveu, provemos, provestes, 
proveram 
- VIGER – É defectivo. Não possui, no pres.indicativo, a 1ª pessoa do 
singular. Logo, não há Pres.Subjuntivo nem Imperativo. Nas demais, 
conjuga-se como BEBER. 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 19 - 
Vamos analisar outras conjugações especiais. 
1. VERBOS TERMINADOS EM HIATO: 
–UIR, exceto no caso dos defectivos (verbos que não possuem todas as 
formas de conjugação, como ruir), os verbos terminados em –UIR 
apresentam duas formas de conjugação: 
1ª) O paradigma será POSSUIR (o radical é possu) – De acordo com 
esta regra, classificam-se praticamente todos os verbos com essa 
terminação. Nas 2ª e 3ª do singular trocam a letra ‘e’ da conjugação 
regular (como em ‘partir’) pela letra ‘i’. Mantêm as demais conjugações 
inalteradas em relação à conjugação do verbo paradigma ‘partir’: possuo, 
possuis, possui, possuímos, possuís, possuem. 
Dessa forma, conjugam verbos como OBSTRUIR, AFLUIR, INFLUIR, 
ANUIR, ARGUIR (respeitada a acentuação), CONCLUIR, DISTRIBUIR, 
INCLUIR 
2ª) CONSTRUIR (o radical é constru) e DESTRUIR (o radical é 
destru)– São verbos abundantes. Além da forma regular de conjugação 
(igual à do verbo POSSUIR: construo, construis, construi, construímos, 
construís, construem), mais comum em Portugal, apresenta também a 
conjugação irregular, bastante usada no Brasil, em que as 2ª e 3ª 
pessoas do singular do Presente do Indicativo formam o ditongo aberto 
“ói": construo, constróis, constrói, construimos, construís, constroem, 
da mesma forma que os verbos terminados em -OER. 
–OER: As 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente do Indicativo formam 
o ditongo aberto ‘ói’. As demais pessoas, em todos os outros tempos 
verbais seguem o paradigma ‘beber’, respeitadas as devidas acentuações 
tônicas. 
Na hora de escolher um exemplo, lembrem que DOER (sentir dor) e SOER 
(costumar, ter hábito de) são defectivos (o primeiro, só se conjuga nas 
terceiras pessoas e o outro, não possui a 1a pessoa do singular do 
presente do indicativo). 
Exemplos: MOER (o radical é MO-): moo, móis, mói, moemos, moeis, 
moem 
–EAR: recebem a letra ‘i’ nas formas rizotônicas (sílaba tônica no 
radical). Nas demais, segue o paradigma ‘falar’. Exemplo: pentear 
(radical PENTE-). 
A sílaba tônica foi sublinhada. 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 20 - 
Pres.indicativo - penteio, penteias, penteia, penteamos, penteais, 
penteiam 
Pres.subjuntivo – penteie, penteies, penteie, penteemos, penteeis, 
penteiem 
Pret.perfeito: penteei, penteaste, penteou, penteamos, penteastes, 
pentearam 
–IAR: os verbos dessa terminação são regulares, ou seja, seguem a 
conjugação do paradigma ‘falar’. Exemplos: 
ADIAR (radical ADI-) – Pres.Indicativo: adio, adias, adia, adiamos, 
adiais, adiam 
VARIAR (radical VARI-) - Pres.Indic.: vario, varias, varia, variamos, 
variais, variam 
Dessa mesma forma, conjugam-se os verbos ARRIAR, MAQUIAR, VICIAR. 
Por isso, nada de “VAREIA”, senão “VICEIA”!!! Como vimos, esses verbos 
são REGULARES. 
Mas, então, por que será que tanta gente se engana? Porque ocorre uma 
“contaminação” com os verbos terminados em “EAR”, como “pentear”, 
apresentado acima. 
No entanto, há cinco verbos terminados em -IAR que recebem a letra ‘e’ 
nas formas rizotônicas (formas em que a sílaba tônica recai no radical), 
como no presente do indicativo e presente do subjuntivo. Suas iniciais 
formam o anagrama M-A-R-I-O: 
Mediar (e derivados, como intermediar), Ansiar, Remediar, 
Incendiar, Odiar 
Pres.Indicativo: intermedeio, intermedeias, intermedeia, 
intermediamos, intermediais, intermedeiam 
Para facilitar, lembre-se da conjugação do verbo ODIAR, o mais comum 
deles. 
2. VERBOS “DERIVADOS” DE ÁGUA (DESAGUAR, ENXAGUAR) E 
OUTROS TERMINADOS EM –UAR ( APAZIGUAR, AVERIGUAR) E –
UIR (DELINQUIR) 
Com o Acordo Ortográfico, passaram a ser aceitas duas formas de 
conjugação dos verbos terminados em –UAR / -UIR: 
a) com a pronúncia do “u”, sem acento: a-ve-ri-GU-e / en-xa-GU-e / de-
lin-QU-em (com força no “u”, como se fosse escrita com “c”, no último 
caso); 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 21 - 
b) com acento (e pronúncia tônica) nas vogais “a” e “i” dos radicais: 
a-ve-rí-gue / en-xá-gue / de-lín-quem 
Além disso, lembre-se de que o trema foi abolido, mas a pronúncia do “u” 
átono, quando for o caso, permanece: “averígue" (güe). 
Outra mudança foi a supressão do acento agudo em “averigúe” e “argúi”, 
que agora passam a ser registrados como “averigue" e “argui” (com o “u” 
tônico). 
VOZES DO VERBO 
Voz ativa
Sujeito pratica a ação expressa pelo verbo: sujeito agente (ativo). 
O presidente decretou a reforma econômica. 
Voz passiva
O verbo principal deve ser transitivo direto ou transitivo direto e indireto. 
Sujeito recebe (sofre) a ação expressa pelo verbo: sujeito paciente 
(passivo). A voz passiva pode ser: 
a) Analítica: (análise é uma coisa demorada, longa, comprida...) É 
construída com verbo auxiliar (ser, estar) + particípio do verbo principal. 
Por ser “longa” (analítica), possui locução verbal (que pode ser formada 
com dois ou até mesmo três verbos) e pode apresentar o agente da 
passiva, elemento que efetivamente pratica a ação verbal. Você notou 
como essa construção é grande?! Basta comparar com a seguinte – a voz 
passiva sintética. 
A reforma econômica foi decretada pelo presidente. 
b) Sintética: (síntese é uma coisa breve, resumida) É construída com 
verbo principal + SE (pronome apassivador ou partícula apassivadora). 
Note que essa construção é tão resumida que emprega somente UM 
verbo e dispensa o agente da passiva. 
Decretou-se a reforma econômica. 
Como veremos na aula de concordância, são muitas as questões de prova 
que exploram a concordância verbal em voz passiva sintética. 
Voz reflexiva
Construída com o verbo e um pronome reflexivo. O sujeito é agente e 
paciente ao mesmo tempo. 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 22 - 
A jovem vaidosa olhava-se no espelho a todo momento. 
Voz recíproca (destaque feito por Evanildo Bechara) 
Construída com verbo e um pronome recíproco. Os sujeitos são agentes e 
pacientes, ao mesmo tempo. 
Mãe e filho fitavam-se carinhosamente. 
TRANSPOSIÇÃODE VOZES VERBAIS
São muitas as questões de provas que abordam a transposição da voz 
ativa para a passiva, ou vice-versa. 
Por isso, vamos verificar o procedimento necessário para essa 
transformação. 
O termo que exercia a função sintática de objeto direto na voz ativa
será o sujeito da voz passiva. 
No lugar de um verbo (ou uma locução verbal), teremos uma locução 
verbal com ideia de passividade (inclusão do verbo SER/ESTAR). 
O elemento que exercia a função de sujeito da voz ativa será, na voz 
passiva analítica, o agente da passiva. 
Não há alteração nos demais complementos, como objeto indireto, 
predicativo do objeto ou complementos adverbiais, que continuarão a 
exercer as mesmas funções. 
Veja o esquema abaixo: 
VOZ ATIVA 
O professor deu o livro ao aluno. 
SUJEITO 
(AGENTE) 
VERBO OBJETO 
DIRETO 
OBJETO 
INDIRETO 
VOZ 
PASSIVA 
ANALÍTICA 
O livro foi dado pelo professor ao aluno. 
SUJEITO 
(PACIENTE) 
LOCUÇÃO 
VERBAL 
AGENTE DA 
PASSIVA 
OBJETO 
INDIRETO 
VOZ 
PASSIVA 
SINTÉTICA 
O livro deu-se - ao aluno. 
Na passiva sintética, normalmente o verbo antecede o sujeito, 
formando: Deu-se o livro ao aluno. 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 23 - 
Cuidados que devem ser tomados na transposição: 
- identificar corretamente o objeto direto da voz ativa, 
elemento que exercerá a função de sujeito da voz passiva 
e com o qual o verbo irá concordar; 
- realizar a concordância verbal corretamente; 
- manter a conjugação do verbo auxiliar da locução passiva 
no mesmo tempo e modo do verbo apresentado na voz 
ativa. 
Veja, agora, uma questão de prova em que a ESAF explorou 
brilhantemente esse assunto: 
(ESAF / ACE / 2002) 
Entre os males que afligem a sociedade brasileira o contrabando é, sem 
dúvida, um dos mais sérios, sobretudo porque dele decorrem inúmeros 
outros. Observa-se, no dia-a-dia, que o contrabando já faz parte da 
rotina das cidades, tanto nas atividades informais quanto no suprimento 
da rede formal de comércio, tomando o lugar de produtos legalmente 
comercializados. Os altos lucros que essas atividades ilícitas 
proporcionam, aliados ao baixo risco a que estão sujeitas, favorecem e 
intensificam a formação de verdadeiras quadrilhas, até mesmo com 
participação de empresas estrangeiras. São organizações de caráter 
empresarial, estruturadas para promover tais práticas nos mais variados 
ramos de atividade. 
(Adaptado de www.unafisco.org.br, 30/10/2000) 
- A estrutura “Observa-se”(l.2) corresponde, semanticamente, a Foi 
observado. 
Este item estava INCORRETO, pois o verbo originalmente, na voz 
passiva pronominal, apresentava-se no presente do indicativo (“Observa-
se”), e na voz passiva analítica foi empregado no pretérito perfeito do 
indicativo (“Foi observado”). Erro na transposição da voz passiva 
sintética para a analítica, em virtude da alteração do tempo verbal. 
DIFERENÇA ENTRE VERBOS REFLEXIVOS E VERBOS 
PRONOMINAIS
Os verbos reflexivos indicam que o sujeito ao mesmo tempo pratica e 
sofre a ação verbal. O pronome exerce a função sintática de 
complemento verbal (objeto direto ou indireto). 
Eu me cortei com a faca. Ele se veste muito bem. 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 24 - 
Esses verbos podem ser usados sem o valor reflexivo, com outro objeto 
que não o pronome: 
Eu cortei o braço com a faca. Ele veste o seu filho muito 
bem. 
Já os verbos pronominais apresentam o pronome como parte integrante 
do verbo. Esses verbos não admitem conjugação com outro objeto que 
não o pronome. 
Eu me queixei do tratamento que recebi. Ele sempre se arrepende
do que faz. 
Os pronomes que acompanham esses verbos não exercem nenhuma 
função sintática na oração. 
CORRELAÇÃO VERBAL
CORRELAÇÃO VERBAL consiste na articulação entre as formas verbais 
no período. Os verbos estabelecem, assim, uma correspondência entre si. 
Esse tipo de questão, normalmente, o candidato consegue acertar usando 
o “ouvido”. 
Observe que alguma coisa parece estar errada na construção: “Se você 
se acomodasse com a situação, ela se tornará efetiva.”. Isso acontece 
porque não houve correlação entre a forma verbal da primeira oração 
(acomodasse) – que indica hipótese, possibilidade - com a da segunda 
(tornará) – que indica certeza. 
A título de curiosidade (e somente com esse propósito – nada de ficar 
decorando listas), seguem alguns exemplos de construções corretas sob o 
aspecto de correlação verbal: 
a) “Exijo que me diga a verdade.” - presente do indicativo + presente 
do subjuntivo 
b) “Exigi que me dissesse a verdade.” – pret.perf.indicativo + 
pret.imperf.subjuntivo. 
c) “Espero que ele tenha feito uma boa prova.” - presente indic.+ 
pret.perf.comp.subjuntivo. 
d) “Gostaria que ele tivesse vindo.” – fut.pretérito.ind.+ pret.mais-
que-perf.comp.subjuntivo 
e) “Se você quiser o material, eu o trarei.” – futuro do subjuntivo + 
fut.presente indicativo 
f) “Se você quisesse o livro, eu o traria.” - pret.imperf.subj.+ 
fut.pretérito do indicativo 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 25 - 
Mais um exemplo de correlação entre os verbos. Veremos na aula sobre 
concordância os casos em que o verbo haver é impessoal. Um deles: 
indicação do tempo decorrido. Isso significa que o verbo ficará na terceira 
pessoa do singular, qualquer que seja o seu complemento (plural ou 
singular). 
Esse verbo deve estar em harmonia temporal com os demais do período, 
isto é, se a estrutura oracional aponta para um fato passado, o verbo 
haver também deverá ser conjugado no passado. 
Na edição da revista Veja sobre a morte de Cássia Eller, a manchete foi: 
“A polícia suspeita que um coquetel de droga, álcool e remédios matou a 
cantora, que havia dois anos lutava para se livrar da dependência de 
cocaína” 
Na época, houve uma enxurrada de perguntas (inclusive para a redação 
da revista) sobre a correção dessa forma do verbo haver. Está 
CORRETÍSSIMA! Note que a afirmação se refere a um fato passado 
(afinal, infelizmente ela já não estava mais viva naquele momento). 
Assim, o tempo decorrido se encontrava concluído no passado, o que 
justifica o emprego de “havia”, da mesma forma que a forma “lutava”. 
Se a afirmação se referisse a um fato ainda atual: “Fulano há dois anos 
luta para se livrar das drogas.”, todos os verbos se conjugariam no 
mesmo tempo verbal – presente do indicativo. 
Lembre-se: se o fato ainda é atual, o verbo que indica o tempo decorrido 
permanece no presente; se o fato já é passado, o verbo que indica o 
tempo decorrido também vai para o passado. Simples assim... 
Vamos às questões de fixação. Mais uma vez, lembramos que são 
questões aplicadas nos mais diversos concursos públicos do país. 
Bons estudos a todos. 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 26 - 
QUESTÕES DE FIXAÇÃO 
(NCE UFRJ/ADMINISTRADOR PIAUÍ/2006) 
TEXTO - A SAÚDE E O FUTURO 
Dráuzio Varella – Reflexões para o futuro 
Ficaremos sobrecarregados, pagando caro pela ignorância e 
irresponsabilidade do passado. Acharemos inacreditável não havermos 
percebido em tempo, por exemplo, que o vírus da Aids, presente na 
seringa usada pelo adolescente da periferia para viajar ao paraíso por 
alguns instantes, infecta as mocinhas da favela, os travestis da cadeia, as 
garotas da boate, o meninão esperto, a menininha ingênua, o senhor 
enrustido, a mãe de família e se espalha para a multidão de gente pobre, 
sem instrução e higiene. Haverá milhões de pessoas com Aids, 
dependendode tratamentos caros e assistência permanente. Seus 
sistemas imunológicos deprimidos se tornarão presas fáceis aos bacilos 
da tuberculose, que, por via aérea, irão parar nos pulmões dos que 
passarem por perto, fazendo ressurgir a tuberculose epidêmica do tempo 
dos nossos avós. Sífilis, hepatite B, herpes, papilomavírus e outras 
doenças sexualmente transmissíveis atacarão os incautos e darão origem 
ao avesso da revolução sexual entre os sensatos. 
No caldo urbano da miséria/sujeira/ignorância crescerão essas pragas 
modernas e outras imergirão inesperadas. Estará claro, então, que o 
perigo será muito mais imprevisível do que aquele representado pelas 
antigas endemias rurais: doença de Chagas, malária, esquistossomose, 
passíveis de controle com inseticidas, casas de tijolos, água limpa e farta. 
Assustada, a sociedade brasileira tomará, enfim, consciência do horror 
que será pôr filhos em um mundo tão inóspito. Nessas condições é 
provável que se organize para acabar com as causas dessas epidemias 
urbanas. Modernos hospitais sem fins lucrativos, dirigidos por fundações 
privadas e mantidos com o esforço e a vigilância das comunidades locais, 
poderão democratizar o atendimento público. Eficientes programas de 
prevenção, aplicados em parceria com instituições internacionais, 
diminuirão o número de pessoas doentes. 
Então virá a fase em que surgirão novos rebeldes sonhadores, para 
enfrentar o desafio de estender a revolução dos genes para melhorar a 
qualidade de vida dos que morarem na periferia das grandes cidades ou 
na imensidão dos campos brasileiros. 
1 - Como o texto tem um tom de profecia, a construção dessas previsões 
se apóia fundamentalmente: 
(A) no emprego do futuro do presente; 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 27 - 
(B) na abordagem de temas ainda desconhecidos; 
(C) na antevisão de um futuro sombrio; 
(D) na condenação do atraso social e cultural; 
(E) na utilização de expressões de dúvida. 
2 - (NCE UFRJ / INPI - ANALISTA MARCAS / 2005) 
“... desses mesmos sentimentos que têm levado o Brasil à beira do 
abismo,...”; a forma verbal têm levado indica uma ação: 
(A) que já terminou; 
(B) anterior a outra ação passada; 
(C) habitual no passado; 
(D) iniciada no passado que continua no presente; 
(E) iniciada no presente que continua no futuro. 
3 - (NCE UFRJ / Inspetor de Polícia / 2001) 
TEXTO - DROGAS: A MÍDIA ESTÁ DENTRO 
Eugênio Bucci 
Há poucos dias, assistindo a um desses debates universitários que a 
gente pensa que não vão dar em nada, ouvi um raciocínio que não me 
saiu mais da cabeça. Ouvi-o de um professor – um professor brilhante, é 
bom que se diga. 
Ele se saía muito bem, tecendo considerações críticas sobre o provão. 
Aliás, o debate era sobre o provão, mas isso não vem ao caso. O que me 
interessou foi um comentário marginal que ele fez – e o exemplo que 
escolheu para ilustrar seu comentário. Primeiro, ele disse que a 
publicidade não pode tudo, ou melhor, que nem todas as atitudes 
humanas são ditadas pela propaganda. Sim, a tese é óbvia, ninguém 
discorda disso, mas o mais interessante veio depois. Para corroborar sua 
constatação, o professor lembrou que muita gente cheira cocaína e, no 
entanto, não há propaganda de cocaína na TV. Qual a conclusão lógica? 
Isso mesmo: nem todo hábito de consumo é ditado pela publicidade. 
A favor da mesma tese, poderíamos dizer que, muitas vezes, a 
publicidade tenta e não consegue mudar os hábitos do público. Inúmeros 
esforços publicitários não resultam em nada. Continuemos no campo das 
substâncias ilícitas. Existem insistentes campanhas antidrogas nos meios 
de comunicação, algumas um tanto soporíferas, outras mais terroristas, e 
todas fracassam. Moral da história? Nem que seja para consumir produtos 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 28 - 
químicos ilegais, ainda somos minimamente livres diante do poder da 
mídia. Temos alguma autonomia para formar nossas decisões. 
Tudo certo? Creio que não. Concordo que a mídia não pode tudo, 
concordo que as pessoas conseguem guardar alguma independência em 
sua relação com a publicidade, mas acho que o professor cometeu duas 
impropriedades: anunciou uma tese fácil demais e, para demonstrá-la, 
escolheu um exemplo ingênuo demais. 
Embora não vejamos um comercial promovendo explicitamente o 
consumo de cocaína, ou de maconha, ou de heroína, ou de crack, a 
verdade é que os meios de comunicação nos bombardeiam, durante 24 
horas por dia, com a propaganda não de drogas, mas do efeito das 
drogas. A publicidade, nesse sentido, não refreia, mas reforça o desejo 
pelo efeito das drogas. Por favor, não se pode culpar os publicitários por 
isso – eles, assim como todo mundo, não sabem o que fazem. 
 “A favor da mesma tese, PODERÍAMOS dizer que...”; o uso do futuro do 
pretérito, nesse segmento, indica: 
a) uma hipótese; 
b) uma forma polida de presente; 
c) uma possibilidade não realizada; 
d) ação posterior ao tempo em que se fala; 
e) incerteza sobre fatos passados. 
4 - (NCE UFRJ / MPE RJ / 2001) 
TEXTO - RACISMO 
O Globo, 13/7/01 
A imprensa brasileira vem noticiando uma proposta milionária do Lazio da 
Itália, que pretende adquirir o passe do zagueiro Juan por 10 milhões de 
dólares. 
Este é o time cuja torcida já agrediu o jogador brasileiro Antonio Carlos, 
do Roma, e perdeu o mando de campo por incitamento racista em pleno 
estádio. 
Aqui fica uma sugestão a este jovem negro, atleta brasileiro de 22 anos, 
com um brilhante futuro profissional: recuse o convite e não troque o 
Brasil pela Itália, pois moedas não resgatam a dignidade. Diga não aos 
xenófobos e racistas. 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 29 - 
Considerando que a ação de agredir o jogador brasileiro Antonio Carlos 
ocorreu antes de o Lazio perder o mando do campo, ação também 
passada, o verbo agredir deveria estar no: 
a) mais-que-perfeito do indicativo; 
b) imperfeito do indicativo; 
c) futuro do pretérito; 
d) imperfeito do subjuntivo; 
e) presente do subjuntivo. 
5 - (NCE UFRJ / ARQUIVO NACIONAL Agente Adm./2006) 
TEXTO - Racismo, discriminação, preconceito... Colocando os 
pingos nos “is” 
Maria Aparecida da Silva 
Recentemente assisti ao programa esportivo Cartão Verde, da TV Cultura, 
no qual se discutia, de maneira tímida, a discriminação racial que um 
jogador branco do Palmeiras (Paulo Nunes) teria praticado contra dois 
jogadores negros, Rincón (Corinthians) e Wagner (São Paulo), em 
momentos distintos. Havia controvérsias quanto à veracidade dos fatos, 
quanto à sinceridade dos protagonistas, quanto à oportunidade ou 
oportunismo das denúncias. Mas o que de fato despertou minha atenção 
foi a relativização do racismo presente no futebol brasileiro. Os cronistas 
utilizavam a todo tempo a expressão preconceito, quando as situações 
em foco constituíam, na verdade, práticas de discriminação racial. 
A autora não afirma com segurança, no primeiro parágrafo, que o jogador 
Paulo Nunes cometeu um ato discriminatório; o meio lingüístico 
empregado para relativizar essa afirmação é: 
(A) a adjetivação de “tímida”, dada à discussão; 
(B) o emprego do futuro do pretérito composto “teria praticado”; 
(C) o discurso indireto; 
(D) a inversão dos termos da frase; 
(E) a utilização dos parênteses. 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 30 - 
6 - (FUNDEC / PRODERJ / 2002) 
ESBOÇO DE UMA CASA 
Casa fria, de apartamento. Paredes muito brancas, de uma aspereza em 
que não dá gosto passar amão. Aí moram quatro pessoas, com a criada, 
sendo que uma das pessoas passa o dia fora, é menina de colégio. 
Plantas, só as que podem caber num interior tão longe da terra (estamos 
em um décimo andar), e apenas corrigem a aridez das janelas. Lá 
embaixo, a fita interminável de asfalto, onde deslizam automóveis e 
bicicletas. E ao longo da fita, uma coisa enorme e estranha, a que se 
convencionou dar o apelido de mar, naturalmente à falta de expressão 
sintética para tudo o que há nele de salgado, de revoltoso, de boi triste, 
de cadáveres, de reflexos e de palpitação submarina. 
Do décimo andar à rua, seria a vertigem, se chegássemos muito à janela, 
se nos debruçássemos. 
Mas adquire-se o costume de olhar só para a frente ou mais para cima 
ainda. Então aparecem montanhas, uma estátua de pedra que é às vezes 
cortada pelo nevoeiro, casas absurdas dançando - ou imóveis, após a 
dança - sobre precipícios. Há também um coqueiro irreal, sem nenhum 
coco, despojado e batido de vento (que se diria um vento bêbedo), no 
alto do morro, quase ao nível da casa. 
(ANDRADE, C. Drummond de. Confissões de Minas. In Poesia e Prosa. 5 
ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1979, p. 959.) 
Na correlação entre os dois verbos sublinhados no trecho “Do décimo 
andar à rua, seria a vertigem, se chegássemos muito à janela...” (linhas 
15-16), o enunciador manifesta uma atitude de: 
A) certeza, pois sabe que o fato não pode acontecer; 
B) subjetividade, pois não sabe se o fato tem possibilidade de acontecer; 
C) dúvida quanto à possibilidade de um fato acontecer, pois não há 
hipótese de o outro também acontecer; 
D) certeza quanto à possibilidade de um fato acontecer, na condição de 
também o outro acontecer; 
E) descrença sobre a realização do fato, pois está condicionado à 
realização de outro fato. 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 31 - 
7 - (NCE UFRJ / INCRA / 2005) 
A forma “envoltas”, em “envoltas num cambiante véu de nuvens”, 
corresponde ao particípio irregular do verbo “envolver”, que também 
possui a forma “envolvido”. O verbo abaixo que NÃO admite duplo 
particípio é: 
(A) morrer; 
(B) escrever; 
(C) matar; 
(D) pegar; 
(E) eleger. 
8 - (NCE UFRJ / MPE RJ / 2001) 
Noticiando é forma do gerúndio do verbo noticiar; a frase em que a 
forma verbal destacada pode NÃO estar no gerúndio é: 
a) As notícias estão chegando da Itália cada vez mais rapidamente; 
b) Transformando-se o ódio em amor, acabam-se as guerras; 
c) Vindo o resultado, os clientes começaram a protestar; 
d) Os jogadores italianos estão reclamando dos estrangeiros; 
e) O atleta viajou, completando sua missão. 
9 - (FGV/PREF.ARAÇATUBA/2001) 
O emprego do particípio verbal está errado em 
A. O menino tinha matado a fome. 
B. O diretor havia suspendido alguns auxiliares. 
C. O ônibus tinha chego atrasado. 
D. As pessoas estavam salvas. 
10 - (CETRO / TCM SP / 2006) 
Milton Friedman, agora com 92 anos de idade, é um daqueles 
economistas que não pode ser acusado de simpatias esquerdistas. Suas 
credenciais conservadoras incluem o título de papa do neoliberalismo, 
ferrenho defensor do mercado livre, republicano, membro do Instituto 
Hoover e o Prêmio Nobel de Economia de 1985. É com essas 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 32 - 
qualificações que Friedman tem defendido a polêmica proposta de 
legalização de todas as drogas. 
Em entrevista exclusiva à Folha, o economista voltou a sustentar que, 
se há algo que deve ser eliminado, não são as drogas, mas o programa 
antidrogas dos EUA. Com base num estudo recém-divulgado pela 
Universidade Harvard, segundo o qual os EUA economizariam US$ 14 
bilhões por ano se a maconha fosse legalizada (menos US$ 7,7 bilhões 
de despesas com policiamento e mais US$ 6,2 bilhões com impostos), 
Friedman e outros 499 economistas enviaram a George W. Bush e ao 
Congresso norte-americano uma carta na qual pedem a liberação dessa 
droga. 
Em termos filosóficos, a posição liberal do venerando economista é 
sustentável. Se acreditamos que a liberdade é um valor a respeitar e 
cultivar – e cremos nisso –, então a decisão sobre utilizar drogas, desde 
que tomada conscientemente, deveria ser estritamente pessoal e 
intransferível. Se o Estado tem algum papel a exercer seria o de 
regulamentar o comércio e zelar para que as pessoas recebam toda a 
informação disponível a respeito dos perigos do consumo. 
(...) 
Sobre o terceiro parágrafo do texto acima, levando-se em consideração 
as recomendações da gramática normativa tradicional, JULGUE a 
afirmação que segue. 
(A) no primeiro período, o termo “venerando” é forma verbal de gerúndio 
do verbo “venerar” e faz parte, no texto, de uma oração subordinada 
reduzida de gerúndio. 
11 - (ESAF/AFC SFC/2002) 
Assinale a opção gramaticalmente correta. 
a) Sob a ótica de um Estado em particular – a despeito de a “Guerra 
Fiscal” do ICMS ser prejudicial à nação –, há ganhos a serem obtidos se 
ouvesse um aumento conjuntural de receita para o Estado. 
b) Se todos os Estados parassem de conceder incentivos, todos 
ganhariam; mas se um Estado se abstesse de tal política e os demais 
continuassem a praticá-la, esse perderia. 
c) Tendo em vista a análise histórica da “Guerra Fiscal”, alguns autores 
propuseram uma divisão de períodos que começam com a criação do ICM 
e chegam até a atualidade. 
d) No primeiro período, o Governo Central tirou dos Estados a 
competência de instituir e aumentar alíquotas dos impostos, e ficou 
estabelecido que couberiam tais atribuições somente ao Senado. 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 33 - 
e) Pressionado pelas disputas inter-regionais, o Governo Federal interviu 
no incipiente mecanismo de concessão de incentivos, e, por meio de lei 
complementar, criou o CONFAZ. 
(Com base em artigo de André Eduardo da S. Fernandes & Nélio L. 
Wanderlei) 
12 - (NCE UFRJ / ELETROBRÁS - Assistente Técnico Administrativo 
/2005) 
“E tantas vezes vim aqui...”; a frase abaixo que apresenta uma forma 
INADEQUADA do verbo VIR é: 
(A) Hoje vimos aqui para visitar a velha casa; 
(B) Amanhã virão outros a visitar a mesma casa antiga; 
(C) Quando virem outros, a casa não será a mesma; 
(D) Antigamente vinha muito a esta casa; 
(E) Eles não têm vindo a esta casa. 
13 - (NCE UFRJ / CVM / 2005) 
“Se ele trabalhar, eu também trabalharei!”; a alternativa que tem uma 
frase com essa mesma estrutura, mas com forma verbal EQUIVOCADA é: 
(A) Se ele for, eu também irei; 
(B) Se ele ver, eu também verei; 
(C) Se ele quiser, eu também quererei; 
(D) Se ele requerer, eu também requererei; 
(E) Se ele couber, eu também caberei. 
14 – (NCE UFRJ / CVM / 2005) 
 “Se ele lesse, eu também leria”; a alternativa que apresenta uma frase 
com essa mesma estrutura, mas com forma verbal EQUIVOCADA é: 
(A) Se ele trouxesse, eu também traria; 
(B) Se ele aprovasse, eu também aprovaria; 
(C) Se ele pusesse, eu também poria; 
(D) Se ele viesse, eu também viria; 
(E) Se ele mantesse, eu também manteria. 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 34 - 
15 - (NCE UFRJ/ ANTT / 2005) 
Do segmento “onde havia estado anteriormente e morara algum tempo”, 
se quiséssemos substituir a primeira forma verbal sublinhada a fim de 
que tivesse a mesma forma simples da segunda, deveríamos escrever: 
(A) estava; 
(B) estaria; 
(C) esteve; 
(D) estivera; 
(E) tinha estado. 
16 - (FCC / TRE AP - Técnico Judiciário/ 2006) 
Está corretamente flexionada a forma verbal sublinhada na frase: 
(A)Se alguém propor medidas para economia de energia, que seja 
ouvido com atenção. 
(B) Caso uma represa contenhe pouco volume de água, as turbinas da 
usina desligam-se. 
(C) Seria preciso que refizéssemos os cálculos da energia que estamos 
gastando. 
(D) Só damos valor às coisas quando elas já escasseiaram. 
(E) Se não determos os desperdícios, pagaremos cada vez mais caro por 
eles. 
17 - (NCE UFRJ / Guarda Municipal /2002) 
 “E agora passemos a outro programa”; se nesta frase empregássemos o 
verbo PASSEAR em lugar do verbo PASSAR, a forma equivalente seria: 
a) passeiemos; 
b) passeamos; 
c) passeiamos; 
d) passeemos; 
e) passeiam. 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 35 - 
18 - (FGV/PREF.ARAÇATUBA/2001) 
O verbo "despedir-se" apresenta erro gráfico em: 
A. Despedir-se-ão após o jantar. 
B. Pedem que se despessam logo. 
C. Não nos despediriam nessas circunstâncias. 
D. Despeço-me de todos amanhã. 
19 - (Fundação José Pelúcio Ferreira / ICMS RO / 2006) 
Há erro de conjugação verbal em: 
a) Nas intervenções, sempre se apunham comentários maliciosos ao meu 
depoimento. 
b) Trata-se de uma lei que vigiu na Primeira República e hoje revela-se 
anacrônica. 
c) Encontrou-se ontem com a pessoa que delatara à polícia há dois 
meses. 
d) Não se pode admitir que o Direito sobresteja o curso dos fatos sociais. 
e) Disse-me ele que eu às vezes pretiro os limites do bom senso. 
20 - (CESGRANRIO / BNDES – ADVOGADO / 2004) 
Marque a opção em que a lacuna pode ser adequadamente preenchida 
com uma forma simples flexionada do verbo entre parênteses. 
(A) É provável que muitas empresas _____ com as novas medidas 
econômicas. (falir) 
(B) Atualmente, todos se _____ contra as oscilações decorrentes de 
planos mal sucedidos. (precaver) 
(C) Nós _____ todos os documentos e contrato perdidos durante a 
mudança, na semana passada. (reaver) 
(D) É uma pena que o vice-presidente da empresa _____ por causa de 
pequenos problemas. (explodir) 
(E) Os funcionários ficarão mais bem dispostos caso a firma _____ as 
salas de cores claras. (colorir) 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 36 - 
21 - (FUNDEC / TJ MG / 2002) 
Tendo em conta a flexão verbal, é CORRETO afirmar que as formas 
PROVÉM, PROVEM, PROVÊEM E PROVÊM referem-se, respectivamente, 
aos 
seguintes verbos: 
a) prover, provir, provar e provir 
b) provir, provar, prover e provir 
c) provar, prover, provir e prover 
d) provir, provar, provir e prover 
22 - (FUNDEC / TJ MG / 2002) 
Assinale a alternativa que complete CORRETAMENTE as lacunas das 
sentenças abaixo. 
Caso haja qualquer irregularidade, __________ as eleições. (impugnar) 
O condenado foi __________________ diante de uma multidão. 
(decapitar) 
O governo quer que se _______________ as causas do acidente. 
(averiguar) 
a) impúgno – decaptado – averigüe 
b) impugno – decapitado – averigúem 
c) impuguino – decapitado – averígüem 
d) impugno – decaptado – averigüem. 
23 – (NCE UFRJ / INCRA / 2005) 
Na frase – Vem pra CAIXA você também – há um erro gramatical que já 
foi bastante comentado; o desvio da norma culta, neste caso, está: 
(A) no uso de “pra” em lugar de “para”; 
(B) na grafia em maiúsculas do vocábulo CAIXA; 
(C) no tratamento íntimo “você” em lugar de “o senhor”; 
(D) o uso do imperativo, com um tom inadequado de ordem; 
(E) a mistura de tratamentos. 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 37 - 
24 - (FUNDEC / TRT 1ª.Região / 2003) 
Considere a flexão do verbo sublinhado no trecho "Os trabalhadores se 
submetem a formas mais ou menos intensas de desvalorização da força 
de trabalho..." (linhas 12-14) e, em seguida, analise o mesmo verbo 
flexionado nas frases abaixo. 
Pode-se afirmar que o referido verbo está flexionado de forma 
INCORRETA na opção: 
A) Trabalhador, jamais te submeta a formas mais ou menos intensas de 
desvalorização da força de trabalho. 
B) Trabalhadores, não se submetam a formas mais ou menos intensas de 
desvalorização da força de trabalho. 
C) Não somos trabalhadores que nos submetamos a formas mais ou 
menos intensas de desvalorização da força de trabalho. 
D) Jamais como trabalhador se submetera a formas mais ou menos 
intensas de desvalorização da força de trabalho. 
E) Constantemente submetemo-nos a formas mais ou menos intensas de 
desvalorização da força de trabalho. 
25 - (FGV / ICMS MS - Fiscal de Rendas /2006) 
Passando a fala "Adivinhe" para a forma de tratamento vós, obtém-se: 
(A) Adivinhais. 
(B) Adivinhai. 
(C) Adivinheis. 
(D) Adivinhei. 
(E) Adivinde. 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 38 - 
26 - (NCE UFRJ / PCRJ / 2002) 
Se a forma verbal Tenha estivesse na forma negativa da mesma pessoa 
do imperativo, sua forma correta seria: 
a) não tem; 
b) não tenhas; 
c) não tende; 
d) não tenha; 
e) não tens. 
27 - (FGV / ICMS MS – TTI / 2006) 
Aqui há plantas que dão duas, três safras por ano. 
Substituindo-se a forma verbal do trecho acima por outra, só não se 
respeitou a norma culta em: 
(A) Aqui existem plantas que dão duas, três safras por ano. 
(B) Aqui deve haver plantas que dão duas, três safras por ano. 
(C) Aqui podem existir plantas que dão duas, três safras por ano. 
(D) Aqui há de existir plantas que dão duas, três safras por ano. 
(E) Aqui pode haver plantas que dão duas, três safras por ano. 
28 - (ESAF / ACE / 1998) – Mantida grafia original da prova 
A diplomacia econômica dos Estados Unidos consagrou a idéia de grandes 
mercados emergentes (Big Emerging Markets). Países como a China, o 
Brasil, a Índia, a Coréia do Sul ou a Indonésia, os maiores entre os 
grandes, reuniram oportunidades e vantagens excepcionais. Deveriam 
tornarem-se(A) alvos de uma diplomacia econômica ofensiva e insistente 
cujos(B) objetivos incluiriam a abertura comercial e o aumento do 
investimento estrangeiro. Entre os grandes, a Índia é dos maiores. Há 
previsões de crescimento populacional que colocam(C) os indianos à 
frente(D) dos chineses em um horizonte(E) de 25 anos. 
(Baseado em Gilson Schwartz, Folha de São Paulo, 8/03/1998) 
a) A 
b) B 
c) C 
d) D 
e) E 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 39 - 
29 - (FCC / TRE AP - Técnico Judiciário/ 2006) 
Transpondo-se para a voz passiva a frase Ele gasta dinheiro que nem 
água, a forma verbal resultante será 
(A) será gasta. 
(B) foi gasta. 
(C) está sendo gasto. 
(D) será gasto. 
(E) é gasto. 
30 - (FUNDEC / TRT 2ª Região / 2003) 
Passando-se para a voz ativa e mantendo-se o sentido original, a oração 
“Com verba do Estado, 18 composições já estão sendo reformadas” 
(linhas 5-6) deve ter a forma expressa na opção: 
A) Já estão reformando 18 composições com recursos do tesouro 
estadual. 
B) O Estado, com recursos próprios, já está reformando 18 composições. 
C) Já estão sendo reformadas pelo Estado, com recursos do tesouro, 18 
composições. 
D) 18 composições já estão sendo reformadas com recursos próprios do 
Estado. 
E) Através da verba do Estado estão reformando 18 composições. 
31 - (FUNDAÇÃO JOÃO GOULART/PGM RJ/2004) 
“O martelo de percussão é confundido com um instrumento ameaçador.” 
Em voz ativa, essa frase do texto seria escrita da seguinte maneira: 
A) Confunde-se o martelo de percussão com um instrumento ameaçador. 
B) Um instrumento ameaçador confundiu-se com o martelo de percussão. 
C) Confundem omartelo de percussão com um instrumento ameaçador. 
D) Um instrumento ameaçador é confundido com o martelo de percussão. 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 40 - 
32 - (NCE UFRJ / Inspetor de Polícia / 2001) 
“nem todo hábito de consumo é ditado pela publicidade.”; colocando-se 
esse segmento do texto na voz ativa, temos como forma adequada: 
a) a publicidade não dita todo hábito de consumo; 
b) a publicidade dita todo hábito de consumo; 
c) o hábito de consumo dita a publicidade; 
d) o hábito de consumo não dita a publicidade; 
e) nem toda publicidade dita todo hábito de consumo. 
33 - (NCE UFRJ / TRE RJ Auxiliar Judiciário / 2001) 
Na voz passiva, a forma correta da frase “o lenhador quebrou o silêncio” 
é: 
a) quebraram o silêncio; 
b) quebrou-se o silêncio; 
c) quebrou-se o silêncio pelo lenhador; 
d) o silêncio foi quebrado pelo lenhador; 
e) o silêncio era quebrado pelo lenhador. 
34 - (NCE UFRJ / INCRA / 2005) 
 “Se você é assalariado... tem crédito”; a alternativa abaixo que mostra 
uma concordância INADEQUADA entre os tempos verbais é: 
(A) Se você fosse assalariado... teria crédito; 
(B) Se você for assalariado... terá credito; 
(C) Se você foi assalariado... teve crédito; 
(D) Se você tivesse sido assalariado... teria tido crédito; 
(E) Se você seja assalariado... tem crédito. 
35 - (NCE UFRJ / CVM / 2005) 
NÃO há a devida correlação temporal das formas verbais em: 
(A) Seria conveniente que o time ficasse sem saber quem era o 
adversário; 
(B) É conveniente que o time ficaria sem saber quem é o adversário; 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 41 - 
(C) Era conveniente que o time ficasse sem saber quem foi o adversário; 
(D) Será conveniente que o time fique sem saber quem é o adversário; 
(E) Foi conveniente que o time ficasse sem saber quem era o adversário. 
36 - (ESAF / AFC SFC / 2000) 
Assinale a opção em que a correlação entre tempos e modos verbais 
constitui erro de sintaxe. 
a) Há pelo menos dois séculos, desde que Adam Smith inaugurou a 
profissão, os economistas consomem boa parte de seu tempo, enalte-
cendo os benefícios do livre comércio e pregando a liberdade econômica. 
b) O mundo perfeito, garantem, é aquele em que não há nenhum tipo de 
obstáculo ao fluxo de mercadorias, pessoas e idéias. 
c) Deixada sem amarras, a economia funcionaria de maneira harmoniosa, 
regida por uma mão invisível que a fazia viver sempre em equilíbrio. 
d) Presa, seria como uma máquina com areia nas engrenagens, cujo 
atrito traria desperdício de energia e empobreceria os cidadãos. 
e) A virada do milênio reservou um paradoxo e tanto para os seguidores 
do economista escocês. Nunca como agora o mundo aderiu com tanta 
garra a suas teses. 
37 - (ESAF/AFT/2006) 
No atual estágio da sociedade brasileira, se se deseja um regime 
democrático, não basta abolir a necessidade de bens básicos. É 
necessário que o processo produtivo seja capaz de continuar, com 
eficiência, a produção e a oferta de bens considerados supérfluos. 
Em se tratando de um compromisso democrático, uma hierarquia de 
prioridades deve colocar o básico sobre o supérfluo. O que deve servir 
como incentivo para a proposta de casar democracia, fim da apartação e 
eficiência econômica em geral é o fato de que o potencial econômico do 
país permite otimismo quanto à possibilidade de atender todas essas 
necessidades, dentro de uma estratégia em que o tempo não será muito 
longo. 
(Adaptado de Cristovam Buarque, Da modernidade técnica à 
modernidade ética, p.29) 
Julgue o item a seguir. 
- Substituir o conectivo de valor condicional “se” (l.1) por caso, 
resultando em: caso se. 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 42 - 
38 - (CESPE UNB / AGU / 2002) 
A minha firme convicção é que, se não fizermos todos os dias novos e 
maiores esforços para tornar o nosso solo perfeitamente livre, se não 
tivermos sempre presente a idéia de que a escravidão é a causa principal 
de todos os nossos vícios, defeitos, perigos e fraquezas nacionais, o prazo 
que ainda tem de duração legal — calculadas todas as influências que lhe 
estão precipitando o desfecho — será assinalado por sintomas crescentes 
de dissolução social. 
Joaquim Nabuco. O abolicionismo. In: Intérpretes do Brasil, v. I. Nova 
Aguilar, 2000, p. 148-51 (com adaptações). 
Julgue a assertiva abaixo. 
- As estruturas condicionais “se não fizermos” (l.1) e “se não tivermos” 
(l.2) podem ser substituídas, respectivamente, por caso não façamos e 
caso não tenhamos, sem prejuízo para a correção gramatical do texto. 
39 - (NCE UFRJ / ANALISTA FINEP / 2006) 
Na frase “O autor do texto pensa que a Terra se tornará inviável”, criada 
a partir do tema do texto, a correspondência de tempos verbais 
INADEQUADA correspondente, respectivamente, a pensa e se tornará é: 
(A) pensou / se tornaria; 
(B) tinha pensado / se tornaria; 
(C) pensava / tornará; 
(D) pensará / se tornará; 
(E) teria pensado / se tornaria. 
40 - (NCE UFRJ / MPE RJ AUXILIAR / 2001) 
“Se houvesse uma lei que proibisse...”; se, em lugar de SE, 
escrevêssemos QUANDO, as formas verbais sublinhadas deveriam ser, 
respectivamente: 
a) houver / proíba; 
b) haver / proibisse; 
c) haja / proibindo; 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 43 - 
d) haver / proíba; 
e) houver / proíbisse. 
41 – (FUNRIO/PREF.CEL.FABRICIANO – Assistente Educacional / 
2008) 
Leia, atentamente, o seguinte fragmento de conferência do importante 
intelectual italiano Umberto Eco, proferida na Universidade de Colúmbia 
(EUA), para comemorar o qüinquagésimo aniversário da Liberação da 
Europa. 
"(...) Em 1942, quando tinha dez anos, recebi o Primeiro Prêmio 
Provincial do Ludi Juvenile (uma competição voluntário-compulsória para 
jovens fascistas italianos, isto é, para todos os jovens italianos). Eu 
discorrera com destreza retórica sobre o tema "Deveríamos morrer pela 
glória de Mussolini e pelo destino imortal da Itália?" Minha resposta foi 
afirmativa. Eu era uma criança esperta. 
Até que, em 1943, descobri o sentido da palavra Liberdade. Permitam-me 
contar essa história no final da minha fala. Liberdade não significava 
Liberação. 
Passei dois anos da minha infância entre soldados da SS, fascistas e 
comunistas atirando uns nos outros, e aprendi como me esquivar das 
balas (...) 
Em abril de 1945, a Resistência ocupou Milão. Dois dias mais tarde, 
chegaram ao vilarejo onde eu vivia por então. Foi um momento de 
alegria. A praça central estava tomada de gente cantando e agitando 
bandeiras, clamando por Mimo, o líder guerrilheiro da região. Mimo 
apareceu no balcão da Prefeitura, apoiado em sua bengala, pálido, e com 
uma das mãos tentava acalmar a multidão. 
Eu estava ansioso por ouvir seu discurso, já que toda a minha infância 
tinha sido marcada pelos discursos históricos de Mussolini - cujas 
passagens mais memoráveis tínhamos que decorar na escola Silêncio. 
Mimo falava numa voz rouca, quase inaudível. Ele disse: "Cidadãos, 
amigos. Depois de tantos sacrifícios dolorosos... aqui estamos. Glória aos 
que tombaram pela liberdade". 
E foi só. Ele entrou no edifício. A multidão gritava, os guerrilheiros 
levantavam suas armas e disparavam rajadas festivas. Nós garotos 
corríamos para juntar as cápsulas, itens preciosos numa coleção, mas eu 
também havia aprendido que liberdade de palavra significa libertação de 
retórica (...) 
Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br

Outros materiais