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Aula 03
História p/ PM-SP (Soldado)
Professor: Leandro Signori
História para a Polícia Militar de São Paulo - Soldado 
Prof. Leandro Signori 
 
 
 
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AULA 03 – A estrutura política e os movimentos sociais no 
período militar. A abertura política e a redemocratização 
do Brasil. 
 
 Caros Alunos, 
 ふ Hoje é a nossa última aula … É verdade, nossa aula de hoje é a última… 
ふ Ah... 
ふ Eu também gostei muito da companhia de vocês… 
 De coração, agradeço a oportunidade do convívio com vocês. Foi um 
imenso prazer ter ministrado este curso. 
Sobre o curso, espero sinceramente que ele tenha atendido as suas 
expectativas e lhes propiciado um excelente aprendizado. 
 Fico no aguardo de notícias positivas sobre suas aprovações, que 
certamente virão. 
Ótimos estudos, que Deus os abençoe, ilumine e os acompanhe nos 
estudos, nas provas, como futuros servidores públicos e em todas as suas vidas, 
Um grande abraço, 
 Prof. Leandro Signori 
 
 Sumário Página 
1. A estrutura política e os movimentos sociais no período militar 2 
2. A abertura política e a redemocratização do Brasil 12 
3. Questões Comentadas 15 
4. Lista de Questões 33 
5. Gabarito 41 
 
 
História para a Polícia Militar de São Paulo - Soldado 
Prof. Leandro Signori 
 
 
 
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1. A estrutura política e os movimentos sociais no período militar 
No Brasil, ao longo do século XX, estratégias de domínio e de controle 
foram utilizadas, entre o uso da força e a submissão ideológica. Como exemplo, 
o populismo, utilizado durante a ditadura do Estado Novo na Era Vargas (1930-
1945). 
Em 1958, foi criada a ESG - Escola Superior de Guerra para formar uma 
elite militar para governar o país, se fosse necessária uma intervenção política-
militar, com base na Doutrina de Segurança Nacional (DSN) para justificar uma 
intervenção militar e garantir a Segurança da Nação. 
Nas décadas de 1960 e 1970, na América Latina no contexto da Guerra 
Fria, depois de Cuba adotar o socialismo em 1961, ocorreu uma intensa 
repressão aos movimentos de esquerda para que não se espalhassem. Em 
consequência disso, aconteceram uma onda de golpes militares para conter o 
comunismo na América Latina: na Bolívia (1964), Argentina (1966), Peru 
(1968), Panamá (1968), Uruguai (1973) e Chile (1973) e em outros países. 
 
O Golpe Militar: o início da ditadura militar 
No Brasil, após o fim do Estado Novo (1937-1945) foi restabelecida a 
democracia com a reestruturação dos partidos políticos. Contudo, o período 
posterior, a República Populista (1945-1964) encerrou com o início da ditadura 
militar, com o afastamento do então presidente João Goulart (1961-1964). 
Na década de 1950, Jânio Quadros, conhecido como Jango, do PTB (Partido 
Trabalhista Brasileiro), foi tido como sucessor de Vargas, tendo sido Ministro do 
Trabalho no seu governo. Em 1960, foi eleito como vice-presidente ao governo 
de Jânio Quadros para o mandato de 1961 a 1965. Com a renúncia de Jânio 
Quadros ao governo, no mesmo ano, Jango tomou posse sob o sistema 
parlamentarista. 
Em seu governo, depois de 1961, nos últimos anos do período chamado 
de democrático, surgiram formas de ação popular fora do contexto tradicional 
que reivindicavam a solução de problemas. Esses problemas necessitavam de 
mudanças de base como a reforma agrária; a extensão dos direitos aos 
trabalhadores do campo; e a mobilização dos camponeses para a organização 
sindical. Entre as forças sociais ocorriam frequentes greves de trabalhadores e 
reinvindicações nacionalistas, além da mobilização da opinião pública em torno 
de reformas de estrutura. 
Para combater essa série de movimentos, colocar fim ao movimento de 
esquerda e controlar a crise econômica no país, o governo de Jango, legalmente 
constituído, foi derrubado em um golpe militar pelas Forças Armadas em 1964. 
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A queda de João Goulart representou o auge da crise política iniciada com 
a renúncia de Jânio, em face da incapacidade de o populismo conter os 
trabalhadores que se organizavam para lutar por reformas políticas, econômicas 
e sociais. 
O golpe foi dado por uma classe de dirigentes formados na ESG, com o 
financiamento dos EUA através de armas, pautado nas ideias da Doutrina de 
Segurança Nacional na ESG, com apoio de forças conservadoras. 
O golpe foi bem recebido por importantes setores da sociedade brasileira, 
como grande parte do empresariado, da imprensa, dos proprietários rurais, da 
Igreja católica, dos governadores de estados e amplos setores da classe média. 
Não houve reação ao golpe pelo governo deposto e pelos grupos que o 
apoiavam. 
Os militares o justificaram como forma de restaurar a disciplina e a 
hierarquia nas Forças Armadas e deter a ameaça comunista. O golpe de 1964 
foi um marco, pois os militares irão permanecer no poder, diferente do que já 
havia ocorrido em intervenções militares anteriores. 
Desse modo, o período de 1964 a 1985 foi consagrado como ditatura 
militar, por ter substituído o regime democrático pelo autoritário no Brasil. 
Com o golpe, o primeiro presidente a cumprir o mandato na presidência 
da República foi Castelo Branco, eleito por um Congresso em abril de 1964. Sua 
promessa de governo era retomar o crescimento da economia e a normalidade 
democrática, a qual somente ocorreria com o fim da ditatura em 1985. 
 
A estrutura política no período militar 
A ditatura militar no Brasil foi marcada por intensa repressão e violência, 
com início em 1964 com o Golpe Militar, durando até a eleição de Tancredo 
Neves, em 1985. 
Durante o regime militar, a Presidência da República foi ocupada pelos 
comandantes do Exército, indicados pelo Alto Comando das Forças Armadas, 
que eram aprovados pelo Congresso Nacional. 
Uma série de medidas foram sendo tomadas em nome do binômio 
fundamental no qual se pautava o governo militar: segurança interna e 
desenvolvimento econômico. A Doutrina de Segurança Nacional pretendia se 
constituir num corpo teórico, ideológico e diretivo para a elaboração de um 
programa de planejamento e projetos governamentais nos campos político, 
econômico, social e militar. 
No período da ditadura foram baixados vários atos institucionais (AIs), os 
quais asseguravam a censura, a perseguição política, a supressão de direitos 
constitucionais e a repressão aos que eram contrários ao regime militar. 
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Após o golpe, antes de Castelo Branco assumir a presidência, o presidente 
da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli, assumiu interinamente a 
presidência, conforme previsto na Constituição de 1946. 
No dia 2 de abril, foi organizado o autodenominado "Comando Supremo 
da Revolução", compondo uma Junta Militar que permaneceria no poder por duas 
semanas. Era composta por três membros: o brigadeiro Francisco de Assis 
Correia de Melo (Aeronáutica), o vice-almirante Augusto Rademaker (Marinha) 
e o general Artur da Costa e Silva, representante do Exército. 
Com a Junta Militar no poder, imediatamente foi outorgado o Ato 
Institucional nº 1 (AI-1) em 9 de abril de 1964, cujas principais medidas 
foram: 
 A realização de eleições indiretas para presidente da República em um 
prazo de dois dias a contar da publicação do ato e de eleições diretas em 
outubro de 1965. 
 O fortalecimento dos poderes do presidente, que poderia apresentar 
emendas constitucionais ao Congresso, mudando a Constituição, e aprová-
las por maioria simples. 
 A suspenção dos direitos políticos de qualquer cidadão pordez anos, 
em nome de “interesses nacionais”. 
 O decreto de estado de sítio sem a autorização do Congresso. 
 Suspensão temporária da estabilidade dos funcionários públicos, sem 
apelação judicial. 
 
Com o AI-1, o governo divulgou uma lista dos cem primeiros cassados pelo 
novo regime. Entre eles estavam os ex-presidentes Jânio Quadros e João Goulart 
e muitos líderes políticos: o dirigente comunista Luís Carlos Prestes; o 
governador Miguel Arraes, de Pernambuco; o deputado federal Leonel Brizola e 
o deputado Francisco Julião, líder das Ligas Camponesas. 
 
 
 Ligas Camponesas 
As Ligas Camponesas eram organizações vinculadas com as 
mobilizações no campo, que se expandiram nos estados do Nordeste, 
alcançando projeção nacional no início da década de 1960. A primeira foi 
criada em 1955, em Pernambuco. 
 
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O general Humberto de Alencar Castelo Branco (1964-1967), após dois 
dias da instauração do AI-1, foi promovido ao posto de marechal e eleito de 
forma indireta pelo Congresso Nacional para a Presidência da República. Ao 
assumir disse que cumpriria as promessas realizadas pelos militares: a “limpeza” 
e as eleições para presidente em 1965, a qual não aconteceu. 
 
 No governo de Castelo Branco, foram apresentadas como base política e 
ideológica do regime: 
 Uma maior centralização do poder. 
 O fortalecimento do poder executivo. 
 Extinção de partidos existentes. 
 Formulação do bipartidarismo – com o objetivo real de evitar 
questionamentos sobre o governo. 
 
 No regime militar, pautado no desenvolvimento e na segurança, com 
base na DSN, toda a forma de resistência era considerada subversiva e associada 
ao comunismo, assim a “segurança nacional” deveria ser defendida e a 
“subversão” combatida. 
 Para isso, deveriam ser utilizados todos os meios possíveis de repressão. 
Nesse contexto, o Estado ditatorial declarou “guerra” às forças populares e as 
formas de resistência democrática. A relação com Cuba foi rompida como uma 
resposta à “ameaça vermelha”. Aos poucos, os direitos políticos foram sendo 
retirados dos que eram abertamente opositores ao sistema. 
 A estrutura do novo regime controlava elementos de possível oposição, 
como universidades e sindicatos. Muitas pessoas foram perseguidas e presas, 
além de perderem seus direitos políticos, foram cassadas sendo obrigadas a se 
exilar no exterior. Outras foram torturadas e mortas. 
 A vida política passou a ser regida por dispositivos autoritários que 
cerceavam a liberdade, censuravam os meios de comunicação e concentravam 
o poder nas mãos do governo militar. Os Atos Institucionais, as leis e os 
decretos eram elementos de controle sobre a oposição e sobre as estruturas 
políticas e sociais do país. 
 A política econômica do novo governo foi elaborada pelos ministros Otávio 
Gouveia de Bulhões - da Fazenda e Roberto Campos - do Planejamento, através 
do Plano de Ação Econômica do Governo (Paeg), cujos objetivos eram: 
estabilizar a economia e lançar as bases para a retomada do crescimento 
econômico; combater o déficit público, proibindo os governos estaduais de 
emitirem títulos sem prévia autorização do governo federal. 
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 Para equilibrar receitas e despesas governamentais, entre as principais 
medidas adotadas, foi efetuado o corte dos gastos públicos e o aumento dos 
impostos e das tarifas dos serviços públicos. Foi fomentada a entrada de 
capitais estrangeiros para fortalecer a indústria e a agricultura, tendo à frente 
o governo dos Estados Unidos, o que aumentou a dívida externa brasileira. 
 O governo também promoveu uma política salarial baseada no arrocho 
salarial, que afetou principalmente as camadas mais baixas da população e 
aumentou a concentração de renda nas mãos dos setores mais ricos da 
sociedade. Reduziu os salários do setor público, enquanto os do setor privado 
dependiam da livre negociação entre patrões e empregados, cabendo aos 
tribunais do trabalho a resolução de conflitos. Contudo, os juízes eram nomeados 
pelo governo, obedientes à política de arrocho salarial. 
 O movimento sindical estava prejudicado devido à prisão dos principais 
líderes e pelas constantes intervenções, previstas na legislação vigente antes de 
1964, mantidas pelo novo governo. 
 A existência de um regime forte e autoritário tornou possível a adoção de 
certas medidas extremamente impopulares, como também foi impopular o 
conjunto da nova política econômica. Promovido à custa dos trabalhadores, 
essas medidas geraram uma queda da inflação e uma estabilidade econômica, 
para gerar um surto de crescimento, porém, também contribuíram para 
aumentar a impopularidade do regime. 
 Como consequência, os políticos ligados ao regime militar começaram a 
sofrer sucessivas derrotas eleitorais, o que foi demonstrado em 1965, nas 
eleições para prefeito de São Paulo, e também para governador de estado em 
1965, quando, entre os onze estados, a oposição venceu em cinco. 
 Isso provocou a adoção de medidas mais repressivas e um 
“endurecimento” do regime, as medidas autoritárias se multiplicaram 
mediante pressão das Forças Armadas, da ala conhecida como “linha dura. 
 
 O Ato Institucional n° 2 (AI-2) foi decretado no contexto da linha dura 
por Castelo Branco em 1965, o qual extinguiu os partidos políticos e implantou 
o bipartidarismo, conforme já mencionado. 
 Com o bipartidarismo foram criados a Aliança Renovadora Nacional 
(Arena) - partido que daria sustentação política ao regime, e o Movimento 
Democrático Brasileiro (MDB) - que reunia opositores de diversas tendências 
políticas. 
 
 O Ato Institucional n° 3 (AI-3) decretado em 1966, também pelo 
presidente Castelo Branco, estabeleceu eleições indiretas para 
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governadores e prefeitos das capitais dos estados, e a eleição indireta 
para presidente da República, quando foi escolhido o general Artur da Costa 
e Silva para novo Presidente da República, o qual era ministro da Guerra do 
governo Castelo Branco. 
 
 Castelo Branco em 1967, nos últimos meses de seu governo, adotou 
medidas que endureceram ainda mais o regime: 
 A promulgação de uma Lei de Imprensa que cerceava a informação. 
 O decreto de uma Lei de Segurança Nacional que restringia as 
liberdades civil. 
 A cassação de parlamentares. 
 O fechamento do Congresso. 
 
O Ato Institucional nº 4 (AI-4) foi decretado nesse mesmo ano, o qual 
reabriu o Congresso para que os parlamentares aprovassem uma nova 
Constituição. 
A Constituição promulgada em 15 de março de 1967 ampliou ainda 
mais os poderes do Executivo. 
 
 Artur da Costa e Silva (1967-1969) foi escolhido presidente da 
República no início de 1967, eleito de forma indireta. Em dezembro de 1968, 
seu governo decretou o AI-5, o mais violento de todos os atos institucionais, até 
então outorgados, o qual aposentou juízes, cassou mandatos, aumentou a 
repressão militar e policial. 
 
 O Ato Institucional nº 5 (AI-5) previa: 
 Fechamento do Legislativo (Senado e Câmara dos Deputados), que, 
nos períodos de recesso, o presidente poderia legislar em seu lugar. 
 Suspensão dos direitos políticos e garantias constitucionais 
individuais, incluindo a suspensão do habeas corpus. 
 Intervenção federal em estados e municípios; 
 Possibilidade de o presidente decretar estado de sítio sem autorização do 
Congresso. 
 
Diferente do caráter provisório dos outros atos institucionais, o AI-5 seria 
revogado somente após uma década, em 1978, indicando umasituação de 
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ditadura total, em que a violência só aumentaria, o que ocorreu no período de 
1968 a 1971. 
Após decretar o AI-5, o governo de Costa e Silva foi interrompido, quando 
sofreu um derrame. O vice-presidente, o civil Pedro Aleixo, foi impedido de 
assumir pelos ministros militares. O governo de Costa e Silva, foi então 
substituído por uma Junta Militar formada pelos ministros do Exército, da 
Marinha e da Aeronáutica, a qual indicou o novo presidente – o general Emílio 
Garrastazu Médici, o qual foi confirmado pelo Congresso. 
 
No governo de Médici (1969-1974), além de ser instaurada a censura 
aos meios de comunicação, a repressão e a tortura atingiram extremos. 
Por isso, seu governo é chamado de “Anos de Chumbo”. Sua justificativa para 
o radicalismo era a intensificação da luta armada contra o regime. 
Esse período foi marcado pela luta armada, que assumiu a forma de 
guerra de guerrilhas, com inspiração na Revolução Cubana de Fidel Castro 
(assumiu o poder em 1959) e na Guerra do Vietnã (que estava em acontecendo). 
Foi estabelecido um foco guerrilheiro na Floresta Amazônica, no Araguaia. 
O foco foi descoberto pelo exército em 1972, destruído em operação militar em 
1975. Nas cidades, a guerrilha que teve sucesso operava na região das grandes 
capitais, principalmente em São Paulo. 
O combate pelas Forças Armadas foi feito através da informação, por 
órgãos de informação das Forças armadas: o Centro de Informação do Exército 
(CIEx); o Centro de Informações da Marinha (Cenimar); o Centro de Informação 
Social do Exército (Cisa) e o Serviço Nacional de Informações (SNI), subordinado 
à presidência da República. A tortura era utilizada na busca de informações, a 
violência contra o indivíduo era justificada pela Doutrina da Segurança Nacional. 
Cada região militar também contava com um Comando de Operações de 
Defesa Interna (Codi) para controlar a atuação das tropas dos Destacamentos 
de Operações Internas (DOI). A Oban - Operação Bandeirantes, criada em 1969, 
coordenava o trabalho dos diversos grupos, com a atuação de oficiais dos órgãos 
de informação do Exército e contingentes das polícias militares, financiada por 
industriais e homens de negócio. 
No final do governo Médici, a guerrilha já havia sido praticamente 
derrotada, com exceção de últimos núcleos no Araguaia. 
Na área econômica, o período de 1969 a 1974 ocorreu o chamado 
“Milagre Econômico” brasileiro com o crescimento da economia em ritmo 
bastante acelerado, cujo principal responsável foi o economista Antônio Delfim 
Netto, ministro da Fazenda desde o governo Costa e Silva. 
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O “milagre” ocorreu devido ao ingresso maciço de capitais estrangeiros, 
atraídos pela estabilidade política promovida pelos governos militares, 
comprometidos com o combate às esquerdas. As baixas taxas de juros 
praticadas no mercado internacional no início da década de 1970 e o aval do 
governo norte-americano ao regime militar contribuíram para tornar possível a 
instrumentalização do “milagre”. O capital estrangeiro era absorvido por 
empresas privadas brasileiras e estrangeiras e empresas estatais. 
O PIB brasileiro crescia. Milhões de empregos foram gerados. Com o 
crescimento que atingiu vários setores - indústrias, agricultura, comércio e 
infraestrutura, o país se tornou a oitava economia do mundo. Além dos países 
de terceiros mundo, passou a exportar para a Europa e para os Estados Unidos. 
Contudo, para viabilizar o crescimento acelerado da produção industrial, a 
classe trabalhadora sofria o arrocho salarial, pois os salários eram mantidos 
baixos em função dos custos de produção. 
Ao mesmo tempo que ocorria o crescimento, continuavam as torturas e as 
perseguições do sistema, com a anuência das elites e a omissão da classe média, 
que estava sendo favorecida com o crescimento econômico, pois ampliou seu 
poder de compra, atingindo o consumo. 
No entanto, qualquer reivindicação trabalhista por melhores salários era 
reprimida com violência. O controle político ideológico do país não deixava 
espaço aberto para críticas ao regime e para articulações. 
A expansão econômica, criou uma situação favorável ao governo para 
manipular e afastar os opositores através de propagandas ufanistas. Surgia o 
mito do Brasil potência em slogans ufanistas divulgados pela propaganda 
oficial do governo: “Ninguém segura este país”, “Brasil, ame-o ou deixe-o”, “Pra 
frente, Brasil”, “Até 1964 o Brasil era o país do futuro: agora o futuro chegou”. 
A conquista do tricampeonato mundial de futebol no México, em 1970, colaborou 
para criar euforia e reforçar a imagem positiva do país para os porta-vozes do 
discurso oficial. 
Nesse cenário, os governos concretizaram grandes projetos de engenharia 
civil - símbolos do Brasil potência: a Transamazônica, a Ponte Rio-Niterói e 
Hidrelétrica de Itaipu. A proposta do governo era mostrar ao povo, à burguesia 
e à classe média que o país estava em um seleto grupo de países, e esconder a 
repressão e a violência. 
Apesar do sucesso econômico, as mesmas condições políticas e o arrocho 
salarial prevaleceram durante os anos de crescimento brasileiro do início dos 
anos 1970. O “milagre” gerou uma acentuada desigualdade da distribuição de 
renda. E a dependência do capital estrangeiro, através dos empréstimos, 
fazendo a dívida externa crescer muito, o que seria um custo mais alto a ser 
pago no futuro. 
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No governo do general Ernesto Geisel (1974-1979) na Presidência da 
República, seu principal projeto foi iniciar a abertura política, anunciando uma 
abertura política “lenta, segura e gradual”, com uma transição para o regime 
democrático sem revanchismos. 
Em seu mandato, as denúncias de tortura diminuíram, mas, em outubro 
de 1975, o jornalista Vladimir Herzog é assassinado sob tortura no Doi-Codi 
(órgão repressivo do regime). Contudo, a versão oficial é que ele teria cometido 
suicídio. 
Na área econômica manteve elementos do “milagre” econômico, 
investindo nos grandes projetos. Mas, no final do seu governo a situação 
econômica do país era bastante grave, com o fim do “milagre econômico”, 
provocado pela queda de investimentos estrangeiros no país, consequência de 
mudanças na economia mundial. 
 
O governo do presidente João Batista Figueiredo (1979-1985) deu 
seguimento à abertura política, iniciado por Geisel, a qual foi influenciada 
pela intensa crise econômica, causando um esgotamento do regime. 
A crise foi agravada pelos seguintes fatores: 
 A segunda crise internacional do petróleo em 1979, provocando 
desequilíbrio nas contas externas. 
 A brusca elevação dos juros no mercado internacional. 
 O cancelamento de novos empréstimos pelos bancos internacionais, que 
temiam o não pagamento pelo Brasil, em função de sua alta dívida 
externa. 
 A inflação que vinha crescendo e fugiu de controle. 
 Déficit nas contas públicas. 
 Estagflação – estagnação econômica com inflação. 
 
Figueiredo convocou Delfim Netto para o Ministério do Planejamento para 
conduzir a economia do país que, a partir de 1980, começou a ter saldo 
excepcionalmente favorável na balança comercial. Contudo, o grande volume de 
dólares que ingressava no país era remetido para o exterior para o pagamento 
da dívida. Isso gerava uma grande insatisfação entre os trabalhadores, como a 
onda de greves que ocorreu entre 1978 e 1979, entre os operários dos 
setores automobilístico e metalúrgico. 
Esse processo foi responsávelpelo surgimento de novas lideranças 
sindicais, entre essas a de Luiz Inácio da Silva, o Lula, do Sindicato dos 
Metalúrgicos do ABC paulista. 
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 A crise gerou uma grande insatisfação popular, contribuindo para o 
esgotamento do regime e a abertura política, o que será abordado no 
último tópico desta aula. 
 
 Os movimentos sociais no período militar 
A década de 1960 foi chamada de “Anos Rebeldes”, pois foi marcada por 
vários movimentos sociais, protestos e mobilizações em países capitalistas e 
socialistas. Diferentes grupos exprimiam para a sociedade seu inconformismo 
com a situação do momento. Tratava-se de ativismos pelos direitos de negros, 
de mulheres, de homossexuais, de estudantes, de minorias, entre muitos outros. 
Nesse contexto, durante o regime militar no Brasil, ocorreu o 
fechamento do Congresso e seus poderes foram reduzidos; mandatos 
políticos foram cassados; líderes de movimentos sociais foram presos ou 
exilados e a censura era progressiva da imprensa. 
A partir do final da década de 1960, com o progressivo 
“endurecimento” do regime militar, praticar a oposição tornava-se cada vez 
mais difícil, restando aos opositores do regime sair às ruas e se manifestar 
publicamente. A maior dessas manifestações foi a Passeata dos Cem Mil que 
ocorreu, em 1968, no Rio de Janeiro. Nas ruas, havia enfrentamento com forças 
policiais. 
No governo de Costa e Silva (1967-1969), a mobilização popular 
se intensificou, principalmente de estudantes, trabalhadores e artistas. Os 
estudantes que se organizavam em associações, como a União Nacional dos 
Estudantes (UNE), tornaram-se vítimas da repressão e, principalmente durante 
o governo Costa e Silva, reagiram intensamente. 
A causa imediata de muitas manifestações, principalmente no ano de 
1968, estava ligada a problemas na educação, e não diretamente a 
problemas políticos, como uma manifestação que ocorreu diante de um 
restaurante ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro. Durante a 
manifestação, que reivindicava melhor qualidade da alimentação e preços mais 
baixos, a intervenção policial provocou a morte de um estudante. 
Após esse episódio, seguiram-se as tensões e novos confrontos com a 
polícia, multiplicaram-se as manifestações e passeatas organizadas por todas as 
universidades brasileiras, com as reivindicações estudantis servindo de 
pretexto para manifestações contra o governo. 
A violência da polícia e do exército contra essas demonstrações de 
insatisfação fez com que setores da classe média e também da Igreja se 
solidarizassem com os estudantes, aumentando o número daqueles que, 
nas ruas, protestavam contra o regime. 
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Em 1968, o Congresso da UNE foi realizado clandestinamente em Ibiúna, 
São Paulo, pois a associação havia sido declarada ilegal, desde 1964. O 
congresso acabou sendo descoberto pela polícia, quando os principais líderes 
estudantis do país foram presos, enfraquecendo o movimento. 
No ano de 1968, também ocorreram duas greves bastante agressivas, 
em Osasco e Contagem, na periferia de São Paulo e de Belo Horizonte, 
respectivamente. Nesses casos, as reivindicações eram trabalhistas, que se 
misturavam com a oposição ao regime, com repressão violenta nos dois casos. 
Acompanhando o cenário mundial, no meio artístico e cultural também 
havia uma resistência à repressão do regime, havia uma agitação que vinha 
dos Centros Populares de Cultura (CPCs), criados na época por 
estudantes e que procuravam promover uma aproximação entre a arte e a 
população em geral. 
O teatro estava à frente do movimento, destacando-se os grupos Arena e 
Oficina, com Augusto Boal e José Celso Martinez Correa como líderes. No cinema, 
surgiu o movimento chamado Cinema Novo, discutindo problemas sociais e 
culturais essencialmente brasileiros, com os diretores Glauber Rocha e Nelson 
Pereira dos Santos como seus principais representantes. 
Na música, as canções de protesto encontraram lugar nos grandes 
festivais, organizados pela TV Record a partir de 1965. Esses festivais 
também surgiram como tentativa de retomar os princípios antropofágicos do 
movimento modernista de 1922, especialmente de Oswald de Andrade, a 
Tropicália. Como toda essa atividade intelectual estava combinada com a 
política, com a crítica ao regime, os principais artistas acabaram sendo presos e 
exilados. 
 
2. A abertura política e a redemocratização do Brasil 
No governo de Geisel (1974-1979) inicia o processo de 
redemocratização do país “lento, gradual e seguro”, de acordo com as 
palavras do presidente. 
 
O processo de abertura política foi provocado por diversos fatores: 
 O principal motivo foi a entrega do poder aos civis, que fazia parte do 
projeto original do grupo “castelista”, em 1964. Esse projeto previa em 
uma sequência, o golpe, a “limpeza” e o retorno dos militares aos quarteis. 
 O regime militar também estava passando por um processo natural de 
desgaste, até mesmo setores beneficiados pelo regime tinham certa 
insatisfação. Isso foi demonstrado nas eleições legislativas de 1974, 
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quando o partido de oposição - MDB venceu o partido situacionista Arena 
nas grandes cidades. 
 O esgotamento do “milagre” econômico também foi um fator que 
contribuiu para a abertura do regime. 
 
Uma das principais iniciativas de Geisel para consolidar a abertura política 
foi a desmontagem do aparelho repressivo. Porém, foi necessário enfrentar 
alguns generais que haviam se fortalecido durante o regime que não aceitavam 
a desmontagem do aparelho repressivo, os quais encontravam apoio na alta 
oficialidade mais radical, ligada à linha dura do regime. 
 
O presidente João Batista Figueiredo (1979-1985) deu seguimento 
à abertura política, porém, essa foi influenciada pela intensa crise 
econômica. 
Foi aprovada pelo Congresso a Lei da Anistia, perdoando os presos 
políticos e exilados políticos acusados de crimes políticos. No entanto, a lei não 
incluía os considerados culpados por atos terroristas e luta armada contra o 
governo, embora perdoasse os militares que haviam cometido violências na 
repressão. 
Como forma de resistência à abertura política, alguns grupos mais 
reacionários dentro das forças armadas praticaram o terrorismo, com uma série 
de atentados e sequestros. 
No final de 1979, iniciou-se a organização de novos partidos políticos 
no lugar da Arena e do MDB, para as eleições diretas a governador de 
estado, as primeiras que seriam realizadas no país desde 1965. 
O MDB vinha registrando crescimento em meio à opinião pública e 
transformou-se em grande frente de oposição ao governo. Seu líder era 
Ulysses Guimarães, que se manteve à frente do partido que se transformou 
no Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). 
O partido de apoio ao governo, a Arena transformou-se no Partido 
Democrático Social (PDS). 
Com a reforma surgiram outros partidos, o Partido Trabalhista 
Brasileiro (PTB); o Partido Democrático Trabalhista (PDT), em torno de Leonel 
Brizola e o Partido dos Trabalhadores (PT), organizado pelos novos líderes 
sindicais surgidos nas greves de 1978-1979, principalmente Lula. 
As eleições ocorreram de forma pacífica, em 15 de novembro de 1982. A 
oposição com o PMDB à frente conseguiu a maioria dos votos, elegendo os 
governadores dos principais estados: Franco Montoro e Tancredo Neves, do 
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PMDB, respectivamente em São Paulo e Minas Gerais; e Leonel Brizola, do PDT, 
no Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo, foram realizadas eleições legislativas, e o 
PDS conseguiu 235 das 480 cadeiras da Câmara dos Deputados. 
Em 1983, o PT, que teve fraco desempenho nas eleições do ano anterior, 
liderou uma campanha pela realização de eleições diretas para a escolha do 
sucessor de Figueiredo. A campanha pelas “Diretas Já” logo ganhou o apoio 
dos membros do PMDB e do PDT. 
Em pouco tempo, multidões tomaram as ruas das cidades em comícios 
gigantescos, numa mobilização popular rara na história do país. Contudo, 
a emenda constitucional que estabelecia as eleições diretas para 
presidente da República acabou não sendo aprovada pelo Congresso. 
 
A eleição de Tancredo Neves 
As eleições indiretas ocorreriam em janeiro de 1985. O Partido da Frente 
Liberal – PFL (oriundo da Frente Liberal que, por sua vez se originou do PDS) 
aproximou-se do PMDB. Este lançou a candidatura do moderado político mineiro 
Tancredo Neves à presidência da República, estabelecendo uma aliança entre os 
dois agrupamentos políticos, da qual nasceu a chapa Tancredo-Sarney, 
candidatos, respectivamente, à presidência da República e à vice-presidência. 
O Colégio Eleitoral reuniu-se em janeiro de 1985, para escolher o novo 
presidente do Brasil, dando vitória a Tancredo Neves. Com a eleição de Tancredo 
Neves em 1986 e a posse de José Sarney, após seu falecimento, encerra o 
período de 21 anos de ditadura militar. 
A nova época vivida pelo Brasil, após o regime autoritário instituído pelo 
golpe militar de 1964, seria marcada pela Constituição de 1988 como um marco 
jurídico-político da nova fase democrática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
01) (ESAF/CVM/2010 – AGENTE EXECUTIVO) Nas décadas que se 
seguiram à Segunda Guerra Mundial, o Brasil viveu rica experiência 
democrática, a despeito das sucessivas crises políticas pelas quais 
passou. 
Essa experiência foi interrompida pelo golpe de 1964. Sob o ponto de 
vista econômico, o período entre 1946 e 1964 foi marcado, entre outros 
aspectos, pela 
a) política desenvolvimentista de JK (1956-61), assentada no Plano de 
Metas e sintetizada no lema "50 anos em 5". 
b) opção de Vargas (1951-54) de afastar-se do modelo clássico de 
nacionalismo econômico e apoiar-se fortemente nos capitais 
internacionais. 
c) estabilidade econômica e financeira que caracterizou os cinco anos 
do governo Jânio Quadros, seguindo a trilha aberta por JK. 
d) superação do grave problema representado pela espiral inflacionária, 
provavelmente a maior vitória do governo João Goulart. 
e) capacidade demonstrada pelo governo Gaspar Dutra (1946-1951) de 
acumular reservas ao reduzir radicalmente os gastos do país no 
exterior. 
 
COMENTÁRIOS: 
a) Certa. JK adotou o slogan “Cinquenta anos em cinco” (vírgula) marca do 
desenvolvimentismo do seu governo. O que os outros governos levariam 50 anos 
para fazer, JK faria em cinco anos. O Plano de Metas prezou, fundamentalmente, 
pelo crescimento do país. JK dividiu o programa em três grandes áreas: (i) 
Investimentos em infraestrutura (transporte e energia elétrica); (ii) Estímulo à 
produção de bens intermediários (aço, carvão, cimento, zinco, etc.); (iii) 
Incentivos à introdução dos setores de consumo duráveis e de capital. Foi 
justamente nesse período que vimos o surgimento da indústria automobilística 
no país e a construção da malha rodoviária nacional. 
b) Errada. A política de desenvolvimento do segundo governo de Vargas (1951-
1954) caracterizou-se por desenvolvimento industrial, nacionalismo, dirigismo 
estatal e aproximação com o capital estrangeiro. Baseava-se na concepção de 
que o desenvolvimento se faria com base na articulação de um tripé: empresa 
pública, empresa privada nacional e capital internacional. 
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c) Errada. Jânio Quadros renunciou ao mandato presidencial (1961), 
governando por apenas 7 meses. Para combater a inflação adotou medidas que 
tinham o aval do FMI – congelamento de salários, restrição ao crédito e 
desvalorização da moeda nacional. Mesmo assim, a inflação permaneceu alta, 
gerando o descontentamento por parte da população. 
d) Errada. A inflação cresceu no governo João Goulart, sendo de 33,2% em 
1961, ano em que assumiu o governo; 49,4% em 1962; 72,8% em 1963 e 
91,8% em 1964. 
e) Errada. No curso da II Guerra Mundial, o Brasil acumulou reservas cambiais. 
A política econômica e comercial do governo Dutra aumentou os gastos do Brasil 
no exterior e reduziu drasticamente as reservas cambiais. 
Gabarito: A 
 
02)(ESAF/CVM/2010 – AGENTE EXECUTIVO) Bem mais que mero golpe 
militar, 1964 pode ser entendido como a vitória do projeto de 
modernização do capitalismo brasileiro pela via politicamente 
autoritária. Nesse sentido, pode-se dizer que o governo Castelo Branco 
voltou-se para o combate à inflação e para o reequilíbrio das finanças 
públicas. No governo Médici, fatores internos e externos possibilitaram 
o milagre brasileiro que, entre 1969 e 1973, permitiu ao país ostentar 
altíssimas taxas de crescimento econômico. 
Em linhas gerais, esse crescimento assentou-se, essencialmente, em 
dois pilares: 
a) poupança interna e altos índices inflacionários. 
b) compressão salarial e descompressão fiscal. 
c) pleno emprego e frágil mercado de capitais. 
d) compressão salarial e empréstimos externos. 
e) empréstimos externos e estímulo às importações. 
 
COMENTÁRIOS: 
É famosa a frase do então Ministro da Economia – Delfim Neto: “É preciso 
primeiro aumentar o bolo, para depois distribuir”. Uma alusão de que a economia 
brasileira primeiro precisava crescer para depois distribuir, entre os brasileiros, 
os resultados econômicos deste crescimento. O governo determinava os 
reajustes salariais, via política salarial, com a reposição salarial sendo menor 
que a inflação. Esta política ficou conhecida como "arrocho salarial". As 
vantagens do crescimento econômico não foram igualmente distribuídas pelas 
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diversas camadas da população e ficaram concentradas, principalmente nos 
capitalistas e nas classes sociais de renda mais alta. 
Nos anos do milagre brasileiro, a dívida externa cresceu 
exponencialmente, o que se tornou possível pelo elevado grau de liquidez 
internacional que então prevalecia. Os países produtores de petróleo dispunham 
de grande liquidez e estavam acumulando bilhões de dólares em seus caixas, 
que ofereciam, sob a forma de empréstimos a juros relativamente baixos, aos 
países importadores de petróleo, seus clientes. O Brasil se utilizou amplamente 
desses financiamentos para consolidar seu crescimento e para aumentar suas 
reservas internacionais. Em 1964, a dívida externa era de US$ 3 bilhões, 
chegando a US$ 17 bilhões em 1974. 
Gabarito: D 
 
03) (ESAF/CVM/2010 – AGENTE EXECUTIVO) A crise do regime 
autoritário, esboçada nas eleições legislativas de 1974, estendeu-se por 
uma década. A distensão "lenta, gradual e segura" completou-se ao fim 
do governo João Figueiredo, com a eleição do civil Tancredo Neves. 
Relativamente ao processo histórico que marca essa transição e a 
implantação da Nova República, assinale a opção correta. 
a) A vigorosa crise econômica, caracterizada por elevada inflação e pelo 
crescimento da dívida externa, marcou boa parte das décadas de 1980 
e 1990. 
b) Tendo mobilizado a opinião pública, a eleiçãodireta da chapa 
Tancredo Neves-José Sarney marcou a volta do poder civil após duas 
décadas de regime militar. 
c) Embora comprometida com o ideal de cidadania, a Constituição de 
1988 foi elaborada por número restrito de juristas, sem o concurso da 
sociedade civil. 
d) Em meio a várias tentativas frustradas, a Nova República logrou 
sepultar a vertiginosa inflação com a edição do Plano Cruzado, no 
governo Sarney. 
e) Praticamente desaparecida no regime militar, a indústria 
cinematográfica brasileira renasceu com o fortalecimento da 
Embrafilme, no governo Collor. 
 
COMENTÁRIOS: 
a) Certa. No final da ditadura militar (Governo Figueiredo), em 1982, a dívida 
externa beirava os 100 bilhões de dólares, quase dobrando no ano de 2000, 
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quando atingiu o valor de 190 bilhões de dólares. O regime militar deixou uma 
herança de mais de 200% de inflação anual. Nos anos subsequentes, vários 
pacotes/planos econômicos foram instituídos para controlar o “dragão” da 
inflação: Plano Cruzado (1986), Cruzadinho, Cruzado II, Plano Bresser (1987) e 
Plano Verão (1989). Em 1989 com uma taxa de 1635% ao ano, o país conheceu 
a hiperinflação. A inflação somente veio a ser domada com o advento do Plano 
Real, (excluir vírgula) em 1994. Em junho de 1994, às vésperas da introdução 
do real, a inflação acumulada em 12 meses era de 4.922,60%. 
b) Errada. A opinião pública foi mobilizada pelo movimento “Diretas Já!”, que 
foi uma série de manifestações populares que pediam eleições diretas para 
Presidente da República e o fim da interferência militar no governo brasileiro. A 
campanha não logrou êxito, quanto às eleições diretas. A chapa dos civis 
Tancredo Neves/José Sarney foi eleita por meio de eleição indireta – Colégio 
Eleitoral – no ano de 1984. 
c) Errada. A Constituição de 1988 foi elaborada por deputados federais e 
senadores, eleitos para a legislatura 1987-1990 e também para formarem a 
Assembleia Nacional Constituinte. A sociedade civil se mobilizou para influenciar 
na elaboração da Carta Magna. Muitos dispositivos incluídos ao final do seu 
processo de elaboração foram resultado desta mobilização social. 
d) Errada. O Plano Cruzado, instituído em 28 de fevereiro de 1986, objetivou 
controlar o processo inflacionário existente naquele período. Inicialmente o 
plano obteve sucesso, a inflação nos meses posteriores foi praticamente nula, e 
houve crescimento do emprego e dos salários. Porém, o plano fracassou com o 
retorno da inflação que foi de 367% em 1987. 
e) Errada. Criada em 1969, a Embrafilme foi até a sua extinção em 1990, pelo 
governo Collor, o principal agente financiador e distribuidor de filmes brasileiros. 
A extinção atingiu drasticamente o cinema nacional, com a paralisação quase 
total da produção de filmes nacionais de longa-metragem nos anos 
subsequentes. 
Gabarito: A 
 
(CESPE/ANTT/2013 – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Em 1930 chegou 
ao fim o período chamado de primeira república. Apesar da superação 
pacífica do antigo regime, teve início um período conturbado da história 
política brasileira. 
Em relação a esse tema, julgue o item que se segue. 
 
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04) Em 1979 foram editadas novas leis que afetaram a organização 
partidária, extinguiram a antiga Arena e o MDB e possibilitaram a 
criação de um sistema pluripartidário. 
 
COMENTÁRIOS: 
Em 31 de março de 1964, os militares dão um golpe de estado e tomam 
o poder no Brasil. A ditadura militar dura 21 anos, até a posse em 15 de março 
de 1985, do presidente José Sarney. Em 1979, no período final da ditadura, na 
sua fase de abertura política, a Arena e o MDB são extintos, e o 
pluripartidarismo, restabelecido. A Arena transforma-se no Partido Democrático 
Social (PDS), enquanto o MDB vira PMDB. Mas a oposição dá origem a outros 
partidos, como PDT, PTB e PT. 
Gabarito: Certo 
 
05) O sistema parlamentarista, implementado em 1961, foi uma 
maneira dos militares limitarem o poder de Jango Goulart. 
 
COMENTÁRIOS: 
Jânio Quadro renunciou à presidência da república em 1961. O seu vice-
presidente era João Goulart (Jango). Os militares tentaram impedir a sua posse. 
Como não conseguiram, o Congresso Nacional aprovou arbitrariamente a 
mudança do regime político nacional para o parlamentarismo. Dessa maneira, 
os militares e políticos conservadores buscavam limitar significativamente as 
ações do Poder Executivo e, consequentemente, diminuir os poderes dados para 
Jango. 
Gabarito: Certo 
 
06) Durante o período militar, o governo Médici foi marcado por uma 
liberalização da política de forma lenta e gradual, bem como pelo fim da 
repressão aos dissidentes. 
 
COMENTÁRIOS: 
O governo do Presidente Emílio Garrastazu Médici (1969-1974), 
período mais repressivo da ditadura, ficou conhecido como os “anos de 
chumbo”. No seu mandato multiplicaram-se as acusações de torturas e 
desaparecimento de opositores. Nesse período, são mortos pela repressão os 
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dirigentes de esquerda Carlos Marighela (1969) e Carlos Lamarca (1971). A 
Guerrilha do Araguaia é combatida, vencida e desarticulada. 
A abertura política “lenta, segura e gradual” iniciou no mandato do 
presidente Ernesto Geisel (19741979). No seu governo, as denúncias de tortura 
diminuíram, mas, em outubro de 1975, o jornalista Vladimir Herzog é 
assassinado sob tortura no Doi-Codi (órgão repressivo do regime). 
A abertura continuou “lenta e gradual” na gestão do general João Baptista 
Figueiredo (1979-1985). A liberdade de imprensa é restabelecida. Figueiredo 
promulga a Lei de Anistia, que permite a volta da maior parte dos exilados e 
liberta os opositores presos, mas exclui da lei os condenados por “terrorismo, 
assalto, sequestro e atentado pessoal”. Posteriormente, a lei foi usada para 
impedir a apuração de crimes de acusados de tortura e de assassinatos sob as 
ordens da ditadura. O fim da repressão aos dissidentes viria a ocorrer somente 
no governo Figueiredo. 
Gabarito: Errado 
 
07) (VUNESP/PM-SP/2015) Ato institucional era o decreto utilizado 
pelos militares para legitimarem suas decisões. Em dezembro de 1968, 
ocorreu a promulgação do Ato Institucional no 5 (AI-5) que, em seu 
preâmbulo, dizia-se ser uma necessidade para atingir os objetivos da 
revolução, “com vistas a encontrar os meios indispensáveis para a obra 
de reconstrução econômica, financeira e moral do país”. 
O AI-5 foi promulgado no governo de 
a) Ernesto Geisel e deu ao executivo plenos poderes para cassar 
mandatos, além de suspender a estabilidade dos funcionários públicos 
e militares. 
b) João Figueiredo e fechou o Congresso, determinou as regras para a 
aprovação de nova Constituição e suspendeu os direitos políticos de 
oposicionistas. 
c) Costa e Silva e representou o fechamento do sistema político, 
restringiu drasticamente a cidadania e permitiu a ampliação da 
repressão policial-militar. 
d) Castello Branco e fixou eleições indiretas para governadores e 
prefeitos das capitais, acabou com a garantia do habeas corpus e 
ampliou a repressão policial. 
e) Garrastazu Médici e estabeleceu eleições indiretas para os cargos de 
presidente e governador, extinguiu os partidos políticos e permitiu ao 
Executivo cassar mandatos de políticos. 
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COMENTÁRIOS: 
Conforme o enunciado da questão, o AI-5, de 13 de dezembro de 1968,deu ao regime militar poderes absolutos, permitindo aos governos militares, 
total liberdade de legislar em matéria política, eleitoral, econômica e tributária. 
A Constituição de 1967, promulgada por exigência do regime militar, teve uma 
sucessiva expedição de Atos Institucionais (AIs), entre eles, o AI-5. Esse ato, 
conforme a alternativa “c”, foi baixado no governo do Presidente, general Costa 
e Silva, com várias medidas arbitrárias, que serviram de mecanismos de 
legitimação e legalização das ações políticas dos militares. Entre elas, a 
suspensão de reuniões de cunho político, a intervenção em estados e municípios, 
a censura aos meios de comunicação e a suspensão do habeas corpus. 
Gabarito: C 
 
08) (VUNESP/PM-SP/2011 – SOLDADO) O golpe militar de 1964 foi 
justificado por seus executores como intervenção necessária para a 
defesa da ordem e da democracia - ameaçada, segundo eles, pela 
agitação de sindicalistas e comunistas. Alguns previam que seria uma 
intervenção de curta duração. Não foi o que aconteceu. Com o tempo, o 
que deveria ser provisório tornou-se permanente. Apoiados pelos 
grupos conservadores da sociedade, as Forças Armadas assumiram 
totalmente o poder. 
(Francisco Teixeira, Brasil: História e Sociedade) 
Foram características desse período a 
a) repressão aos opositores e o fortalecimento do poder Executivo. 
b) liberdade de organização partidária e a censura à imprensa, a cargo 
do DIP. 
c) extinção dos partidos políticos e o fechamento do poder Judiciário. 
d) anistia aos guerrilheiros e as eleições diretas para presidente. 
e) imposição dos Atos Institucionais e o reforço do poder do Congresso. 
 
COMENTÁRIOS: 
a) Certa. O Golpe Militar de 1964 foi apoiado por conservadores, setores da 
elite e da classe média, como forma de acabar com a ameaça da esquerda e 
controlar a crise econômica. A ditatura militar no Brasil foi marcada por intensa 
repressão e violência, o que passou a ocorrer logo nos primeiros dias do golpe 
a setores de oposição, como a União Nacional dos Estudantes (UNE), as Ligas 
Camponesas, a Ação Popular (AP), a Central Geral dos Trabalhadores (CGT) e a 
grupos católicos como a Juventude Universitária Católica (JUC). O regime 
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político do período, pautado na autoridade do Estado, fortalecia o Poder 
Executivo, em detrimento do Legislativo e Judiciário. 
b) Errada. Não houve liberdade de organização partidária, ao contrário, no 
governo de Castelo Branco foi instituído o bipartidarismo com a Aliança 
Renovadora Nacional (Arena) que abrigava as forças de apoio direto ao regime 
e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) que reunia as demais forças em 
uma frente de oposição ampla e moderada. O DIP – Departamento de Imprensa 
e Propaganda, criado na Era Vargas em 1940, era utilizado como instrumento 
para a censura e para a propaganda na ditadura do Estado Novo. 
c) Errada. A primeira parte da resposta está correta, pois o Ato Institucional n° 
2 (AI-2), decretado por Castelo Branco em 1965, dissolveu os partidos políticos 
e implantou o bipartidarismo, que ficou em vigor durante a maior parte da 
ditadura militar. Porém, o judiciário não foi fechado, sua ação foi limitada. 
d) Errada. Durante a abertura política no governo do presidente João Batista 
Figueiredo (1979-1985) foi aprovada pelo Congresso a Lei da Anistia, perdoando 
os presos políticos e exilados políticos acusados de crimes políticos. Já a emenda 
proposta pelo deputado Dante de Oliveira, para restabelecer eleições direta para 
presidente, não foi aprovada. 
e) Errada. A Constituição de 1967 incorporou os Atos Institucionais, ampliando 
os poderes do presidente, o que foi uma característica do regime militar. 
Contudo, o poder do Congresso não foi reforçado, ao contrário, uma vez que o 
Congresso foi fechado no governo de Costa e Silva (1967-1969) com a baixa do 
AI-5 em 1968, permanecendo até 1978. 
Gabarito: A 
 
09) (DRH-CRS/PM-MG/2013 – SOLDADO) Marque a alternativa 
CORRETA. O Golpe Militar de 1964 não trouxe para o Brasil mudanças 
significativas na estrutura econômica que permaneceu a mesma: 
capitalismo, latifúndio, forte presença do capital estrangeiro e na 
política a burguesia continuava a classe hegemônica. Os vencedores 
ESPERAVAM com o golpe: 
A. ( ) A criação de uma infraestrutura favorável para a implantação das 
reformas de base. 
B. ( ) A participação dos militares no novo governo, já que haviam se 
preparado longamente na Escola superior de Guerra. 
C.( ) Após os focos de tensão controlados foi colocado em prática o AI-
1 que determinava a volta ao poder do governo anterior. 
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D. ( ) O esmagamento pelo autoproclamado Comando Supremo 
Revolucionário dos inimigos, denominados genericamente de 
“subversivos” como políticos. 
 
COMENTÁRIOS: 
A) Incorreta. As reformas de base foram propostas por Jango no governo 
anterior ao início do regime militar. O aprofundamento dessa reforma foi 
reivindicado em manifestações públicas no início de 1964 - pela reforma agrária, 
bancária e fiscal, e ainda, por direitos aos trabalhadores do campo e a 
mobilização dos camponeses para a organização sindical. Para combater essa 
série de movimentos e colocar fim ao movimento de esquerda, o governo de 
Jango foi derrubado pelo golpe militar em 1964. Portanto, os vencedores - 
militares e conservadores, com posição de direita, não esperavam por uma 
estrutura que fosse favorável a uma reforma de base, que atendesse às forças 
da esquerda. 
B) Incorreta. Uma elite militar foi preparada na ESG - Escola Superior de 
Guerra (1958), caso fosse necessária uma intervenção política-militar no país. 
Entretanto, os militares não somente participaram do governo militar, mas 
mantiveram o controle do Estado, a Presidência da República foi ocupada pelos 
comandantes do Exército durante a ditadura militar. 
C) Incorreta. O AI-1 não determinou a volta ao poder do governo anterior. Este 
ato institucional determinou em 9 de abril de 1964, entre as medidas, a 
realização de eleições indiretas para presidente da República em um prazo de 
dois dias, e determinou eleições diretas em outubro de 1965, o que não ocorreu. 
D) Correta. Conforme o enunciado do texto, “os vencedores”, ou seja, os 
militares, justificaram o golpe como capaz de deter a principal ameaça ao 
capitalismo e à segurança do Brasil – o comunismo, que seria implantado por 
brasileiros considerados “inimigos internos”, a exemplo do que ocorreu em 
outros países como em Cuba. Na ESG (Escola Superior de Guerra) foi formulada 
a Doutrina de Segurança Nacional (DSN), ensinada nas escolas superiores das 
Forças Armadas, que tinha em sua base uma teoria de guerra de combate aos 
revolucionários, que seriam os inimigos, chamados de subversivos da ordem 
existente. Após o Golpe Militar de 1964, também chamado por seus defensores 
de “Revolução de 1964”, foi formada uma junta militar - o Comando Supremo 
Revolucionário (ou Comando Supremo Revolucionário ou Comando Supremo da 
Revolução). Essa junta baixou o Ato Institucional nº 1 (AI-1), que, entre outras 
medidas, suspendeu os direitos políticos de vários cidadãos brasileiros em nome 
de “interesses nacionais” por dez anos, entre eles, Jânio Quadros, João Goulart 
e líderes políticos como o dirigente comunista Luís Carlos Prestes e deputado 
federal Leonel Brizola e o deputado Francisco Julião, líder das Ligas Camponesas. 
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Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 41Gabarito: D 
 
10) (FADESP/PM-PA/2016 – SOLDADO) Observe a capa da revista 
semanal abaixo e responda à questão proposta sobre o processo de 
redemocratização no Brasil de 1980. 
 
A fotografia que compõe a capa da revista Veja de 1984 mostrava um 
grande ajuntamento popular no centro de São Paulo. Os manifestantes 
desejavam votar para presidente em um movimento conhecido como 
“Diretas já”, que pleiteava 
a) lutar para que o Congresso Nacional Brasileiro aprovasse uma 
emenda que antecipasse as eleições diretas para presidente da 
República, antecipando assim o fim da ditadura civil militar no Brasil. 
b) direito de voto direto – e sem manobras – para todos os cargos 
políticos no Brasil e, em especial, para presidente da República, nas 
eleições de 1989. 
c) ao presidente militar, o general Figueiredo, que suspendesse as 
eleições indiretas e convocasse a nação a novas eleições gerais 
constitucionais. 
d) abertura política, anistia aos presos políticos filiados ao PCdoB 
(Partido Comunista do Brasil) e eleições diretas para todos os níveis dos 
governos, especialmente para o cargo maior de presidente da 
República, nas eleições de 1985. 
 
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COMENTÁRIOS: 
 A abertura política inicia de forma gradual no governo de Geisel (1974-
1979) e tem continuidade no governo de Figueiredo (1979-1985). Na década de 
1980, durante esse processo de redemocratização no Brasil inicia, em 1983, 
uma campanha pela realização de eleições diretas para presidente, para a 
escolha do sucessor de Figueiredo. Essa campanha chamada de “Diretas Já”, 
representada na imagem da capa da Revista Veja, levou multidões de pessoas 
às ruas em comícios gigantescos nos primeiros meses de 1984, numa 
mobilização popular. 
 Essa ideia começou a tomar força em 1982, quando Figueiredo restabeleceu 
eleições diretas para governador. Em 1983, o deputado federal Dante de Oliveira 
(PMDB-MT) apresentou ao Congresso Nacional tal emenda constitucional, que 
propunha o fim do Colégio Eleitoral (que antes elegia os presidentes militares) 
e o retorno das eleições diretas para presidente e vice-presidente para as 
eleições seguintes, previstas para 1985. 
 Gabarito: A 
 
11) (PM-MG/PM-MG/2015 – SOLDADO) O Regime Militar instaurado no 
Brasil entre 1964 a 1985 trouxe como proposta uma intervenção militar 
que deveria ser curta e saneadora, tendo em vista a ordem política e 
econômica, para permitir em seguida a volta à vida política normal do 
país. 
Analise as afirmativas abaixo e marque a alternativa INCORRETA em 
relação ao período do Regime Militar: 
a) O período chamado “Milagre Econômico” (1969-1973) combinou o 
extraordinário crescimento econômico com as relativas taxas de 
inflação e independência do sistema financeiro e do comércio 
internacional. 
b) O general Ernesto Geisel, ao assumir a presidência em 1974, propõe 
um projeto de abertura política, de forma a ocorrer uma “distensão lenta 
e gradual”, devolvendo o país “saneado” a um regime constitucional 
civil. 
c) Em resposta às manifestações de milhares de pessoas contra o 
Regime Militar, no fim de 1968 é editado o AI-5, que fechou o Congresso 
Nacional, cassou inúmeros mandatos, estabeleceu a censura prévia e 
inquéritos militares sigilosos. 
d) A legislação partidária forçou na prática a organização apenas de dois 
partidos políticos: ARENA (Aliança Renovadora Nacional), agrupando os 
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partidários do governo, e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro), 
reunindo a oposição. 
 
COMENTÁRIOS: 
a) Incorreta. Em relação à economia no Regime Militar, as metas estabelecidas 
pelos governos Costa e Silva (1967-1969) e Médici (1969-1974) eram de 
crescimento econômico e de contenção da inflação. No governo Médici, a 
economia brasileira cresceu em ritmo acelerado de 1969 a 1973, período que foi 
denominado de “milagre econômico”. Isso ocorreu devido à política econômica 
implementada pelo Ministro da Fazenda Antônio Delfim Neto, com subsídios e 
incentivos fiscais à produção industrial e apoio à exportação; e a uma conjuntura 
internacional que facilitou a obtenção de crédito no estrangeiro. Essa política 
provocou uma estabilidade econômica e a queda da inflação por um período. 
Porém, também gerou uma dependência do capital estrangeiro, em função dos 
empréstimos, logo essa proposição é a incorreta. 
b) Correta. O governo do presidente Geisel (1974-1979) foi marcado pelo 
processo de “distensão lenta”, como ele denominou, para restabelecer o sistema 
democrático no país. Para iniciar esse processo, no seu governo estabeleceu o 
término do AI-5 e a restauração da liberdade de imprensa, diminuindo as 
denúncias de tortura. 
c) Correta. No governo de Costa e Silva (1967-1969) foi decretado o AI-5, o 
mais violento de todos os atos institucionais até então outorgados, o qual 
suspendeu os direitos políticos e garantias constitucionais individuais, 
aumentando a repressão militar e policial. 
d) Correta. A extinção dos partidos políticos e a implantação do bipartidarismo 
foram medidas do Ato Institucional n° 2 (AI-2), decretado por Castelo Branco 
em 1965. Com o bipartidarismo, foram criados a Aliança Renovadora Nacional 
(Arena) - que daria sustentação política ao regime, e o Movimento Democrático 
Brasileiro (MDB) - reunindo opositores de diversas tendências políticas. 
Gabarito: A (Incorreta) 
 
12) (VUNESP/PM-SP/2010 – SOLDADO) Assinale a alternativa que 
aponta corretamente um dos fatos que influenciou o endurecimento do 
regime militar com a decretação do AI-5, em dezembro de 1968. 
a) O comício do Presidente João Goulart na Central do Brasil. 
b) A nacionalização de empresas norte-americanas pelo governo do Rio 
Grande do Sul. 
c) O fechamento da empresa aérea Panair do Brasil. 
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d) A vitória da Revolução Cubana. 
e) As greves operárias nas cidades de Osasco e Contagem. 
 
COMENTÁRIOS: 
a) Incorreta. O presidente João Goulart realizou um comício na Central do 
Brasil sobre as reformas de base em 1964, contrariando as forças da direita. 
Esse fato é um antecedente do golpe militar, portanto, não é um dos fatores que 
provocou o endurecimento do regime militar. 
b) Incorreta. Leonel Brizola também provocou a direita do país quando era 
governador do Rio Grande do Sul (1959-1963), com a nacionalização de duas 
empresas norte-americanas, o que ocorreu antes do golpe militar. 
c) Incorreta. Em 1965, um decreto suspendeu as linhas da empresa aérea 
Panair do Brasil, a qual foi fechada em 1969 através de outro decreto. Embora 
esse fato tenha ocorrido durante o regime militar, não foi motivo de seu 
endurecimento. 
d) Incorreta. A vitória da Revolução Cubana em 1959 e a adoção do socialismo 
contribuíram para que fossem adotadas estratégias de controle em outros países 
da América Latina, para que ideias de esquerda não se espalhassem. Isso 
contribuiu para que ocorressem os vários golpes militares na América Latina, 
inclusive no Brasil. Assim, foi um fator que influenciou no desencadeamento do 
golpe, mas não foi um fator direto do endurecimento do regime, embora tenha 
inspirado opositores do regime à luta armada, o que levou a um maior 
endurecimento do regime, porém isso ocorreu após o decreto do AI-5, no 
governo de Médici (1969-1974). 
e) Correta. O AI-5 foi decretado em 1968 durante a ditadura militar no Governo 
de Costa e Silva (1967-1969), período em que a mobilização popular se 
intensificou, principalmente de estudantes, trabalhadores e artistas. Em 1968, 
com reivindicaçõestrabalhistas que se misturavam com a oposição ao regime, 
ocorreram duas greves bem agressivas com repressão violenta, em Osasco e 
Contagem, na periferia de São Paulo e de Belo Horizonte, respectivamente. Ao 
final do mesmo ano, foi decretado o AI-5, aumentando a repressão militar e 
policial, indicando uma situação de ditadura total, em que a violência só 
aumentaria até 1971. A resposta dessa questão parte do próprio enunciado, pois 
a partir do AI-5 e do ano em que ele foi baixado, da situação que prevalecia 
nesse ano, se chega à resposta correta. 
Gabarito: E 
 
13) (VUNESP/PM-SP/2014 - SOLDADO) A partir de meados da década 
de 1970, a ditadura militar brasileira iniciou um lento processo de 
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abertura. As medidas liberalizantes que aos poucos fizeram o país 
retornar a uma democracia foram comandadas 
a) pelos estudantes universitários, lutando pela reorganização de suas 
entidades. 
b) pelos sindicatos de trabalhadores em busca de melhores condições 
de vida e trabalho. 
c) pelas autoridades militares, buscando promover uma transição sem 
revanchismos. 
d) pelos políticos do MDB, exercendo sua função de partido de oposição 
ao governo. 
e) pelo empresariado nacional, contrário à política econômica praticada 
pelos militares. 
 
COMENTÁRIOS: 
O projeto inicial dos militares em 1964 previa uma sequência de 
acontecimentos: a ocorrência do golpe, a “limpeza” e o retorno dos militares aos 
quarteis. Porém, o processo de abertura política iniciou somente com a entrada 
de Geisel no governo, em 1974, quando o “milagre econômico” dava sinais de 
esgotamento. O objetivo de Geisel, que era da ala moderada das Forças 
Armadas, era realizar uma “transição controlada” que, aos poucos, através de 
um processo de liberalização do regime, suprimisse o aparelho repressivo e 
garantisse a volta dos militares aos quartéis sem risco de revanchismos e outras 
punições. 
Logo, fica claro que a proposição da alternativa (A) é a correta, pois os 
motivos apresentados nas alternativas restantes, embora estejam relacionados 
à crise pela qual o regime militar estava passando, não foram responsáveis pela 
forma como foi realizado o processo de transição do regime militar para o 
retorno ao sistema democrático. 
Gabarito: C 
 
14) (UEPA/PM-PA/2012 – SOLDADO) O Projeto “Brasil: Nunca Mais”, 
coordenado pelo Bispo Dom Paulo Evaristo Arns, foi conduzido de forma 
clandestina no período final da ditadura militar no Brasil. No relatório 
divulgado em 1985, foram trazidas à público notícias de pessoas 
acusadas de subversão política pela ditadura e que foram submetidas a 
tortura ou mesmo assassinadas pelo regime. Estas práticas: 
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a) caracterizaram a ação repressiva dos governos militares contra o 
suposto “inimigo interno”, tomado pela linha dura militar como 
defensores da “cubanização” do país. 
b) foram somente aplicadas em presos comuns retidos nas prisões 
públicas com o conhecimento da imprensa e da opinião pública. 
c) foram o único meio justificável de desmantelamento da conspiração 
comunista que visava tomar o poder no país. 
d) foram denunciadas sem sustentação razoável na documentação 
oficial consultada pelos realizadores do projeto. 
e) desencadearam uma forte reação da opinião pública, de direita e de 
esquerda, contra a tortura, mesmo após o fim do regime ditatorial. 
 
COMENTÁRIOS: 
O projeto “Brasil Nunca Mais” foi desenvolvido pelo Conselho Mundial de 
Igrejas e pela Arquidiocese de São Paulo, de forma clandestina, entre 1979 e 
1985, ainda durante o regime militar. O objetivo era evitar que os processos 
judiciais por crimes políticos fossem destruídos, assim estes foram copiados. 
Após quatro meses do fim do regime, em julho de 1985, foram publicados. 
Dessa forma, o projeto acabou revelando e denunciando as práticas de 
repressão do regime militar caracterizadas pelas torturas e outras graves 
violações aos direitos humanos, aos que eram denominados de “inimigos 
internos” pela linha dura do regime. Estes eram considerados pelo governo uma 
ameaça à ordem, defensores do que ocorreu em Cuba com a vitória da 
Revolução. 
Gabarito: A 
 
15) (PM-MG/PM-MG/2015 – SOLDADO) “Em 1983, o governo militar 
estava nas últimas. A inflação, a recessão e o desemprego aumentavam. 
A moratória e os acordos com o FMI paralisavam a economia. As forças 
democráticas do país se lançaram, então, num grande movimento para 
apressar a redemocratização: a campanha das Diretas já” 
[Fonte: Ronaldo Vainfas (et.al). História: volume único. São Paulo: 
Saraiva, 2010, p.816-817]. 
A partir do trecho acima é CORRETO afirmar que: 
a) A Emenda Dante de Oliveira, por meio das articulações políticas dos 
setores oposicionistas no Congresso Nacional, conseguiu ser aprovada, 
restabelecendo o voto direto para o cargo de Presidente da República. 
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b) O movimento “Diretas já” se fundamentou em grandes comícios que, 
no entanto, concentrou-se nos estados da região nordeste do Brasil, 
área com maior concentração de pessoas pobres e atingidas pela crise 
que se instalava no país. 
c) As oposições se uniram no segundo semestre de 1983 para aprovação 
da Emenda Dante de Oliveira, que restabelecia o voto direto para 
Presidente da República sem, no entanto, alcançar êxito, pois não 
conseguiram os 2/3 de votos do plenário. 
d) Tancredo Neves foi o primeiro Presidente da República a ser eleito 
pelo voto direto após a aprovação da Emenda Dante de Oliveira. 
 
COMENTÁRIOS: 
a) Incorreto. A Emenda Dante de Oliveira, proposta pelo deputado do PMDB 
para o restabelecimento de eleições direta para presidente e vice-presidente, 
não foi aprovada pelo Congresso Nacional. 
b) Incorreto. Os comícios pelas “Diretas Já” ocorreram em todo o Brasil. A 
primeira manifestação organizada ocorreu em Recife, Pernambuco, em março 
de 1983. 
c) Correto. Essa questão poderia ser resolvida com a eliminação das outras 
alternativas, pois além de estarem incorretas, não correspondem ao trecho de 
texto apresentado, o qual se refere a um momento de esgotamento do regime 
militar em que as forças que lutam pela democracia se unem pelo retorno das 
eleições diretas, através da emenda Dante de Oliveira e na campanha das 
“Diretas Já”, cujas manifestações ocorreram em todo país. Como a emenda não 
foi aprovada, a escolha do próximo presidente, Tancredo Neves, ainda ocorreu 
pelo voto indireto. 
d) Incorreto. Tancredo Neves não foi eleito por voto direto, foi eleito pelo 
Colégio Eleitoral, o mesmo que elegia os presidentes militares da ditadura. 
Gabarito: C 
 
16) (VUNESP/PM-SP/2010 – SOLDADO) Os festivais da canção 
realizados em fins dos anos 1960 pelas emissoras de televisão, 
especialmente a Record e a Excelsior, foram importantes do ponto de 
vista social e político, pois 
a) funcionaram como veículos de propaganda política do regime militar, 
no intuito de propagar o patriotismo. 
b) tornaram-se expressão de contestação dos movimentos sociais, 
especialmente do estudantil. 
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c) levaram compositores, como Caetano Veloso e Gilberto Gil, a aderir à 
luta armada contra o regime militar. 
d) trouxeram o entretenimento para a sociedade por intermédio da 
Jovem Guarda, o gênero musical que predominou nos festivais. 
e) contribuíram para diminuir a oposição da classemédia ao regime 
militar, pois demonstraram o caráter democrático desse regime. 
 
COMENTÁRIOS: 
A década de 1960 foi marcada por movimentos sociais que ocorreram em 
todo o mundo. No Brasil, ficou conhecida por “Anos Rebeldes”, quando diferentes 
grupos exprimiram sua contestação à situação do momento, entre eles, os 
trabalhadores, artistas e estudantes. A música foi um importante canal de 
protesto social. Em abril de 1965, foi realizado o primeiro festival de música 
popular brasileira transmitido pela TV Excelsior, além de outros que se seguiram. 
Os festivais da canção, além de lançarem nomes importantes para a música 
brasileira, tiveram um caráter crítico ao regime militar. Como exemplo, a música 
”Caminhando” de Geraldo Vandré, até hoje cantada em manifestações políticas, 
sobretudo de estudantes, concorreu no 3º Festival Internacional da Canção, em 
1968. Isso ocorreu antes da vigência do Ato Institucional número 5 (AI-5) que 
decretou a censura aos meios de comunicação e também às manifestações 
artísticas, como a música. 
Gabarito: B 
 
17) (UPENET/IAUPE/PM-PE/2009 - Soldado) O Ato Institucional 
Número 5 (AI-5), um dos mais terríveis instrumentos normativos 
lançados pelo Regime Militar, foi extinto no governo de 
a) João Batista de Figueiredo. 
b) Humberto de Alencar Castelo Branco. 
c) Emílio Garrastazu Médici. 
d) Ernesto Geisel. 
e) José Sarney. 
 
COMENTÁRIOS: 
 O Ato Institucional nº 5 (AI-5) foi baixado durante o governo do general 
Costa e Silva em dezembro de 1968, sendo considerado o mais violento de todos 
os atos até então outorgados. Vigorou por dez anos, sendo extinto somente em 
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dezembro de 1978, pelo presidente Geisel, no governo em que se tem início a 
abertura política. 
Gabarito: D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LISTA DE QUESTÕES: 
 
01) (ESAF/CVM/2010 – AGENTE EXECUTIVO) Nas décadas que se 
seguiram à Segunda Guerra Mundial, o Brasil viveu rica experiência 
democrática, a despeito das sucessivas crises políticas pelas quais 
passou. 
Essa experiência foi interrompida pelo golpe de 1964. Sob o ponto de 
vista econômico, o período entre 1946 e 1964 foi marcado, entre outros 
aspectos, pela 
a) política desenvolvimentista de JK (1956-61), assentada no Plano de 
Metas e sintetizada no lema "50 anos em 5". 
b) opção de Vargas (1951-54) de afastar-se do modelo clássico de 
nacionalismo econômico e apoiar-se fortemente nos capitais 
internacionais. 
c) estabilidade econômica e financeira que caracterizou os cinco anos 
do governo Jânio Quadros, seguindo a trilha aberta por JK. 
d) superação do grave problema representado pela espiral inflacionária, 
provavelmente a maior vitória do governo João Goulart. 
e) capacidade demonstrada pelo governo Gaspar Dutra (1946-1951) de 
acumular reservas ao reduzir radicalmente os gastos do país no 
exterior. 
 
02)(ESAF/CVM/2010 – AGENTE EXECUTIVO) Bem mais que mero golpe 
militar, 1964 pode ser entendido como a vitória do projeto de 
modernização do capitalismo brasileiro pela via politicamente 
autoritária. Nesse sentido, pode-se dizer que o governo Castelo Branco 
voltou-se para o combate à inflação e para o reequilíbrio das finanças 
públicas. No governo Médici, fatores internos e externos possibilitaram 
o milagre brasileiro que, entre 1969 e 1973, permitiu ao país ostentar 
altíssimas taxas de crescimento econômico. 
Em linhas gerais, esse crescimento assentou-se, essencialmente, em 
dois pilares: 
a) poupança interna e altos índices inflacionários. 
b) compressão salarial e descompressão fiscal. 
c) pleno emprego e frágil mercado de capitais. 
d) compressão salarial e empréstimos externos. 
e) empréstimos externos e estímulo às importações. 
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03) (ESAF/CVM/2010 – AGENTE EXECUTIVO) A crise do regime 
autoritário, esboçada nas eleições legislativas de 1974, estendeu-se por 
uma década. A distensão "lenta, gradual e segura" completou-se ao fim 
do governo João Figueiredo, com a eleição do civil Tancredo Neves. 
Relativamente ao processo histórico que marca essa transição e a 
implantação da Nova República, assinale a opção correta. 
a) A vigorosa crise econômica, caracterizada por elevada inflação e pelo 
crescimento da dívida externa, marcou boa parte das décadas de 1980 
e 1990. 
b) Tendo mobilizado a opinião pública, a eleição direta da chapa 
Tancredo Neves-José Sarney marcou a volta do poder civil após duas 
décadas de regime militar. 
c) Embora comprometida com o ideal de cidadania, a Constituição de 
1988 foi elaborada por número restrito de juristas, sem o concurso da 
sociedade civil. 
d) Em meio a várias tentativas frustradas, a Nova República logrou 
sepultar a vertiginosa inflação com a edição do Plano Cruzado, no 
governo Sarney. 
e) Praticamente desaparecida no regime militar, a indústria 
cinematográfica brasileira renasceu com o fortalecimento da 
Embrafilme, no governo Collor. 
 
(CESPE/ANTT/2013 – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Em 1930 chegou 
ao fim o período chamado de primeira república. Apesar da superação 
pacífica do antigo regime, teve início um período conturbado da história 
política brasileira. 
Em relação a esse tema, julgue o item que se segue. 
 
04) Em 1979 foram editadas novas leis que afetaram a organização 
partidária, extinguiram a antiga Arena e o MDB e possibilitaram a 
criação de um sistema pluripartidário. 
 
05) O sistema parlamentarista, implementado em 1961, foi uma 
maneira dos militares limitarem o poder de Jango Goulart. 
 
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06) Durante o período militar, o governo Médici foi marcado por uma 
liberalização da política de forma lenta e gradual, bem como pelo fim da 
repressão aos dissidentes. 
 
07) (VUNESP/PM-SP/2015) Ato institucional era o decreto utilizado 
pelos militares para legitimarem suas decisões. Em dezembro de 1968, 
ocorreu a promulgação do Ato Institucional no 5 (AI-5) que, em seu 
preâmbulo, dizia-se ser uma necessidade para atingir os objetivos da 
revolução, “com vistas a encontrar os meios indispensáveis para a obra 
de reconstrução econômica, financeira e moral do país”. 
O AI-5 foi promulgado no governo de 
a) Ernesto Geisel e deu ao executivo plenos poderes para cassar 
mandatos, além de suspender a estabilidade dos funcionários públicos 
e militares. 
b) João Figueiredo e fechou o Congresso, determinou as regras para a 
aprovação de nova Constituição e suspendeu os direitos políticos de 
oposicionistas. 
c) Costa e Silva e representou o fechamento do sistema político, 
restringiu drasticamente a cidadania e permitiu a ampliação da 
repressão policial-militar. 
d) Castello Branco e fixou eleições indiretas para governadores e 
prefeitos das capitais, acabou com a garantia do habeas corpus e 
ampliou a repressão policial. 
e) Garrastazu Médici e estabeleceu eleições indiretas para os cargos de 
presidente e governador, extinguiu os partidos políticos e permitiu ao 
Executivo cassar mandatos de políticos. 
 
08) (VUNESP/PM-SP/2011 – SOLDADO) O golpe militar de 1964 foi 
justificado por seus executores como intervenção necessária para a 
defesa da ordem e da democracia - ameaçada, segundo eles, pela 
agitação de sindicalistas e comunistas. Alguns previam que seria uma 
intervenção de

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