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Atividade avaliativa 3s mat - IV Unidade - Ditadura Militar

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Programa de estudo e avaliação de História referente à IV Unidade
Professora ; Maria Aparecida Rodrigues Pereira
Série: 3º E. M – Matutino/Turmas: A B C D
Nome: ______________________________________ Série/turma/turno:_______________________
Ditadura Militar no Brasil
A ditadura militar no Brasil durou 21 anos, teve 5 mandatos militares e instituiu 16 atos institucionais – mecanismos legais que se sobrepunham à constituição. Nesse período houve restrição à liberdade, repressão aos opositores do regime e censura.
O que estava acontecendo no Brasil antes da Ditadura Militar?
Antes de entender o período militar brasileiro, é preciso compreender os eventos que levaram até ele – os antecedentes do golpe militar de 1964.
O primeiro momento é marcado por Jânio Quadros – que assumiu a presidência em 1961 e nesse mesmo ano renunciou ao cargo. A partir disso, seu vice – João Goulart – foi quem assumiu seu lugar. A questão é que Jânio Quadros e João Goulart eram de partidos políticos diferentes e tinham projetos opostos para o país. O projeto de Jango – apelido por qual era conhecido o novo presidente – estava apoiado em “reformas de base” – como fiscal, administrativa, universitária e, principalmente, agrária. Além disso, o presidente era um representante trabalhista, do legado de Getúlio Vargas.
Assim, como mencionado, a reforma agrária era uma das principais propostas do governo Jango e também a que mais gerava polêmica. Afinal, era combatida pelos grandes latifundiários e por grande parte dos parlamentares no Congresso Nacional.
Assim, esse foi um momento de bastante efervescência e polarização política entre a população. Houve apoio de parte da população para a derrubada do governo – principalmente dos setores mais conservadores da sociedade e de partes da classe média. É por esse motivo, inclusive, que muitas vezes o termo ditadura civil-militar é utilizado.
E o envolvimento dos Estados Unidos?
Vale lembrar ainda que eram tempos de Guerra Fria e havia medo de um suposto “perigo comunista”. Assim, no conflito que começou logo após o final da Segunda Guerra Mundial e foi responsável pela bipolarização ideológica – em que os Estados Unidos – defensores do capitalismo – e a União Soviética – defensora do socialismo – disputavam hegemonia econômica, política e militar no mundo.
Nesse cenário, os Estados Unidos, com medo da expansão socialista – principalmente depois da Revolução Cubana – passou a intervir ativamente nos países da América Latina para impedir o crescimento das ideias consideradas comunistas. As ditaduras militares na região foram então mecanismos para frear esses movimentos e tanto no Brasil, quanto em outros países latino americanos, foram apoiadas pelos Estados Unidos.
Em 2014, documentos liberados pelos Estados Unidos – e investigados pela Comissão Nacional da Verdade – revelaram que mais de 300 militares passaram uma temporada na Escola das Américas (o instituto de guerra dos Estados Unidos no Panamá). Lá, entre 1954 e 1996, os militares brasileiros tiveram aulas teóricas e práticas sobre tortura.
Além disso, gravações liberadas pela Casa Branca das conversas entre o ex-presidente John Kennedy e o embaixador do Brasil no momento – Lincoln Gordon – comprovam o envolvimento estadunidense na ditadura militar brasileira.
O golpe: o início da ditadura militar no Brasil
No dia 31 de março de 1964, tanques do exército foram enviados ao Rio de Janeiro, onde estava o presidente Jango. Três dias depois, João Goulart partiu para o exílio no Uruguai e uma junta militar assumiu o poder do Brasil.
No dia 15 de abril, o general Castello Branco toma posse, tornando-se o primeiro de cinco militares a governar o país durante esse período. Assim se inicia a ditadura militar no Brasil, que vai durar até 1985.
Para te ajudar a entender os acontecimentos mais importantes desses 21 anos de Ditadura Militar no Brasil, vamos dividir a história de acordo com os mandatos de cada presidente.
Vale lembrar: as eleições para presidente nesse período foram indiretas e serviam de fachada. Eram processos antidemocráticos, pois o partido que estava no governo – ARENA – possuía o controle tanto da Câmara dos Deputados, quanto do Senado Federal.
Castello Branco e os atos institucionais
No governo de Castello Branco (1964-67) foi declarado o primeiro ato institucional da Ditadura Militar no Brasil – conhecido como AI 1!
Atos institucionais eram decretos e normas, muito utilizados durante a ditadura – eles davam plenos poderes aos militares e garantiam a sua permanência no poder. Dentre as principais medidas asseguradas pelo AI 1 estava o fim das eleições diretas, isto é, a partir desse momento, as eleições para presidente seriam feitas pelo Congresso Nacional e não pela população. Nesse mesmo governo, as eleições diretas estaduais também foram suspensas e em 1967 uma nova Constituição entrou em vigor.
Em 1965 – por meio do Ato Institucional nº 2 – todos os partidos políticos foram fechados e foi adotado o bipartidarismo, ou seja, a partir desse momento passaram a existir apenas dois partidos: a Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
Enquanto o primeiro apoiava o governo, o segundo partido representava a oposição consentida (mas atenção: havia várias restrições à sua atuação!). Essa medida, ao mesmo tempo em que fortalecia o Poder Executivo, proporcionava uma imagem de legalidade à ditadura, pois mantinha o Congresso Nacional em funcionamento (apesar de ter sido fechado em alguns momentos). Além disso, unir todos os partidos de oposição em apenas um partido – o MDB – também foi uma estratégia dos militares de facilitar a repressão aos opositores do regime.
O AI-2 mudou ainda dispositivos constitucionais, alterando o funcionamento do Poder Judiciário e concentrando cada vez mais poder no Executivo.
Costa e Silva e o AI-5
O governo de Costa e Silva (1967-69) foi marcado por muita repressão, violência, tortura aos opositores do regime e restrição aos direitos políticos e à liberdade de expressão.
A insatisfação de parcelas da população com as medidas antidemocráticas fez crescer o número de manifestações, sendo uma das maiores a Passeata dos 100 mil. Nessa ocasião, o estudante Edson Luís foi morto em confronto com a polícia, o que gerou grande comoção e fortaleceu a oposição ao regime.
Em resposta, Costa e Silva promulgou o AI 5, que fechou o Congresso por tempo indeterminado; decretou estado de sítio; cassou mandatos de prefeitos e governadores  e proibiu a realização de reuniões.
Como esse decreto dava o direito ao governo de punir arbitrariamente os inimigos do regime, é considerado o golpe mais duro da Ditadura Militar no Brasil. Nesse período, também conhecido como “anos de chumbo”, em resposta ao regime repressivo, começaram a surgir grupos armados, contra os quais houve forte repressão por parte dos militares.
Confira também este vídeo feito em parceria com o Professor Fábio Monteiro, sobre os 50 anos do AI 5:
Médici e o “milagre econômico”
O Governo de Médici (1969-74) é considerado o período de maior repressão da Ditadura Militar no Brasil. A censura dos meios de comunicação se intensificou e muitos prisioneiros políticos foram torturados. Afinal, os movimentos de oposição ao regime eram reprimidos por diversas frentes do governo militar.
Além disso, o período também ficou conhecido como o “milagre econômico”. Isso porque algumas medidas econômicas adotadas pelo governo como a restrição ao crédito, o aumento das tarifas do setor público, a contenção dos salários e direitos trabalhistas, e a redução da inflação resultaram em taxas de crescimento do PIB acima de 10% e grandes investimentos em infraestrutura.
Ainda, nesse momento foram construídas mais de 1 milhão de casas, financiadas pelo Banco Nacional de Habitação (BNH) e o setor de bens duráveis e eletrodomésticos cresceu. Por isso, a impressão que se passava a partir dos resultados dessas medidas era a de crescimento econômico, ou como se costuma chamar: “milagre econômico”.
O crescimento da economia somado à euforia apósa conquista do tricampeonato mundial de futebol levou o governo militar a adotar campanhas publicitárias ufanistas, como “Brasil, ame-o ou deixe-o” ou “Ninguém mais segura esse país”. Você talvez já tenha ouvido falar delas, não é mesmo?
Esse “milagre”, no entanto, deixou uma dívida externa muito grande para o país – equivalente hoje a uma dívida no valor de US$ 1,2 trilhão, muito maior que a atual, cujo valor registrado em 2017 foi de US$ 37,36 bilhões. Isso significa que o “milagre econômico” gerou na realidade a dependência brasileira por empréstimos externos nos anos que seguiram.
Além disso, o milagre foi acompanhado de maior desigualdade de renda. Ou seja, a riqueza se concentrou ainda mais nas mãos dos ricos e a camada de pobres da população teve sua situação econômica e social ainda mais precarizada. O  Índice de Gini – que mede a concentração de renda de um país – alcançou em 1977 o pior nível da história, com o número de 0,62. Isso significa uma concentração de renda maior do que a registrada atualmente em países como Namíbia e Haiti!
Em 1973, houve a crise do petróleo no mercado internacional. Com o aumento do preço do combustível, a inflação no país continuou a subir e em 1974 a inflação era de quase 30% ao ano – chegando a taxa de 242,24% ao final da ditadura. Além disso, os investimentos na economia brasileira caíram, reduzindo o consumo e a geração de empregos. Diante dessas dificuldades, o governo militar passa a perder apoio.
Em 1971, foi promulgado um decreto-lei que tornava ainda mais rígida a censura à imprensa, os grupos de esquerda sofriam fortes repressões e foram criadas instituições para lutar contra eles, como o Departamento de Operações Internas (DOI) e o Centro de Operação da Defesa Interna (CODI). Estes órgãos eram utilizados como centros de aprisionamento e tortura e estavam localizados nas principais cidades do Brasil.
Geisel e o início da abertura política
Geisel (1974-79) iniciou seu governo com uma abertura política lenta, gradual e segura. Na prática, isso significava a transição para um regime democrático, mantendo os grupos de oposição e movimentos populares excluídos dos processos de decisão política. Essa transição também tinha como razão o desgaste das Forças Armadas após anos de repressão, violência e restrição à liberdade.
As violações aos direitos humanos e repressões violentas continuaram apesar do início da abertura. O caso mais grave ocorrido durante o governo de Geisel, como já mencionamos, foi a tortura e morte do jornalista Vladimir Herzog, em 1975. Esse episódio gerou grande comoção popular, mas Geisel não tomou providências para punir os responsáveis.
A crise econômica também se agravou e em 1978 operários metalúrgicos do ABC iniciaram o maior ciclo de greves da história do Brasil.
Diversos setores da sociedade começaram a se mobilizar e denunciar as atrocidades cometidas pelo governo, a situação ficava ainda mais insustentável para a manutenção da Ditadura Militar no Brasil. Diante da pressão da população e do surgimento de movimentos contrários ao regime, em 1978, o presidente revogou diversos decretos-lei, inclusive o AI 5.
Em termos de investimento, no governo do Geisel, foram registradas os mais altos aportes em infraestrutura e industrialização desde o início da ditadura militar, atingindo 23,3% do PIB. Esse é um valor alto se considerado o investimento no início do regime – de 15%. Alguns dos exemplos desses investimentos foram a Transamazônica, a Ponte Rio-Niterói, as Usinas Nucleares de Angra e a hidrelétrica de Itaipu.
Figueiredo e a Lei da Anistia
O Governo de Figueiredo (1979-85) durou 6 anos e colocou fim ao período ditatorial. Em 1979, foi promulgada a Lei de Anistia. Aos poucos, presos políticos foram sendo libertados e os exilados voltaram ao país.
Uma polêmica sobre a Lei de Anistia é que ela excluía os guerrilheiros condenados por atos terroristas, mas incluía os agentes de repressão policial e militar, responsáveis por violações aos direitos humanos, como torturas e mortes.
A partir desse momento, tornou-se possível a criação de novos partidos políticos, muitos desses existem até hoje. Mas essa abertura do final do regime não era aceita por todos os militares, algumas alas desejavam manter a ordem vigente. Considerado um ato de terrorismo, militares contrários à abertura explodiram uma bomba num centro de convenções no Rio de Janeiro durante uma comemoração ao dia do trabalho, em 1981. Neste caso também não houve investigações ou punições.
Ao final do mandato de Figueiredo, a população mobilizou-se pela realização das eleições diretas, pois segundo a Constituição, o sucessor seria eleito pelo Congresso. As demandas, no entanto, não foram atendidas. Tancredo Neves foi eleito por voto indireto e somente em 1989 a população brasileira teve o direito de votar diretamente para a presidência.
A resistência armada na ditadura militar brasileira
Durante a ditadura militar, motivados por ideais socialistas, foram criados grupos armados de esquerda que acreditavam que outro sistema poderia resolver as injustiças sociais geradas pelo capitalismo. Esse não foi um movimento exclusivo do Brasil, as revoluções armadas aconteceram ao longo da história, especialmente quando “pegar em armas” se mostrava como o único caminho possível para lutar contra o autoritarismo do regime militar.
Esses grupos agiam na clandestinidade e muitos guerrilheiros afastaram-se da vida civil para planejar e executar suas ações. Para combater a luta armada, os militares utilizaram inúmeros recursos jurídicos, políticos e militares. A tortura foi uma das formas que o Estado utilizou para conseguir informações sobre esses grupos e suas estratégias e enfraquecer sua atuação.
A cultura como resistência à ditadura militar
Nós já falamos sobre os grupos armados que lutavam contra a Ditadura Militar no Brasil e da Passeata dos 100 mil, uma mobilização que contou com apoio de diversos setores da sociedade. Mas não podemos deixar de lado que o período da ditadura foi de grande importância cultural e artística no país.
Apesar das restrições à liberdade de imprensa e de expressão – impostas pela censura – muitos artistas, músicos e cineastas manifestavam seu posicionamento contrário ao regime, ainda que de maneira metafórica – para não serem condenados como opositores ao regime.
Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Chico Buarque, Gilberto Gil e Veloso são exemplos de cantores e compositores que utilizaram a música para manifestar sua opinião. O Tropicalismo, por exemplo, foi um movimento forte de oposição à ditadura e de construção da identidade cultural brasileira. Diversos artistas, músicos e escritores foram exilados durante o período ditatorial.
Um dos exemplos de música que se referia (contra) a ditadura era “Apesar de você” de Chico Buarque. No princípio, os militares não perceberam que a letra era uma mensagem a eles e liberaram a canção, mas a população entendeu o recado e logo em seguida o governo militar proibiu a execução da música e destruiu os discos.
Brasil - Ditadura Militar – Formas de resistência
Movimento estudantil
Os Estudantes, organizados pela UNE, UBEs e respectivas UEEs, eram, antes de abril de 64, um dos grupos que mais pressionavam o governo João Goulart no sentido de fazê-lo avançar e, mesmo, radicalizar, na realização das reformas sociais. Por isso, aos olhos dos militares que tomaram o poder, eles eram um dos setores mais identificados com a esquerda, comunista, subversiva e desordeira; uma das formas de desqualificar o movimento estudantil era chamá-lo de baderna, como se seus agentes não passassem de jovens irresponsáveis, e isso se justificava para a intensa perseguição que se estabeleceu.
Logo em novembro de 1964 o governo Castelo Branco fez aprovar uma lei que ficou conhecida como lei “Suplicy de Lacerda”, nome do ministro da Educação, que reorganizava as entidades, proibindo-as de desenvolverem atividades políticas.
Os estudantes reagiram negando-se a participar das novas entidades oficiais e realizando manifestações públicas (passeatas), quese tornaram cada vez mais freqüentes e concorridas. Ao mesmo tempo, o movimento estudantil procurou assegurar a existência das suas entidades legítimas, agora na clandestinidade.
Em 1968 – ano marcado mundialmente pela ação política estudantil – o movimento estudantil cresceu em resposta, não só a repressão, mas também em virtude da política educacional do governo, que já revelava a tendência que iria se acentuar cada vez mais, no sentido da privatização da educação, cujos efeitos são sentidos até hoje.
A política de privatização tinha dois sentidos: um era o estabelecimento do ensino pago (principalmente no nível superior) e outro, o direcionamento da formação educacional dos jovens para o atendimento das necessidades econômicas das empresas capitalistas (mão-de-obra e técnicos especializados). Estas diretrizes correspondiam à forte influência norte-americana exercida através de técnicos da Usaid (agência americana que destinava verbas e auxílio técnico para projetos de desenvolvimento educacional) que atuavam junto ao MEC por solicitação do governo brasileiro, gerando uma série de acordos que deveriam orientar a política educacional brasileira.
As manifestações estudantis foram os mais expressivos meios de denúncia e reação contra a subordinação brasileira aos objetivos e diretrizes do capitalismo norte-americano. O movimento estudantil não parava de crescer, e com ele a repressão. No dia 28 de março de 1968 uma manifestação contra a má qualidade do ensino, realizada no restaurante estudantil Calabouço, no Rio de Janeiro, foi violentamente reprimida pela polícia, resultando na morte do estudante Edson Luís Lima Souto.
A reação estudantil foi imediata: no dia seguinte, o enterro do jovem estudante transformou-se em um dos maiores atos públicos contra a repressão; missas de sétimo dia foram celebradas em quase todas as capitais do país, seguidas de passeatas que reuniram milhares de pessoas.
Em outubro do mesmo ano, a UNE (na ilegalidade) convocou um congresso para a pequena cidade de Ibiúna, no interior de São Paulo. A polícia descobriu a reunião, invadiu o local e prendeu os estudantes.
Movimentos sindicais
A greve dos metalúrgicos de Osasco, São Paulo, e de Contagem, Minas Gerais, ambas em 1968, foram as últimas manifestações operárias da década de 60. Em 12 de maio de 1978, a greve de 1.600 trabalhadores, no ABC paulista, marcou a volta do movimento operário à cena política. Em junho, movimento se espalhou por São Paulo, Osasco e Campinas. Até 27 de julho registraram-se 166 acordos entre empresas e sindicatos, beneficiando cerca de 280 mil trabalhadores. Nessas negociações, tornou-se conhecido em todo o país o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema, Luís Inácio da Silva, o Lula.
Em 29 de outubro de 1979, metalúrgicos de São Paulo e Guarulhos interromperam o trabalho. No dia seguinte morreu o operário Santos Dias da Silva em confronto com a polícia, durante um piquete na frente uma fábrica no bairro paulistano de Santo Amaro. As greves se espalharam por todo o país.
Em conseqüência de uma greve realizada no dia 1º de Abril de 1980 pelos metalúrgicos do ABC paulista e de mais 15 cidades do interior de São Paulo, no dia 17 de Abril, o ministro do Trabalho, Murillo Macedo, determinou a intervenção nos sindicatos de São Bernardo do Campo e Santo André, prendendo 13 líderes sindicais dois dias depois. A organização da greve mobilizou estudantes e membros da Igreja.
Ligas Camponesas
A resistência aconteceu também no campo. Além da sindicalização, registrou-se a formação de Ligas Camponesas que, sobretudo no Nordeste, sob a liderança do advogado Franscisco Julião, foram importantes instrumentos de organização e de atuação dos camponeses. Em 15 de maio de 1984 cerca de 5 mil cortadores de cana e colhedores de laranja do interior paulista entraram em greve por melhores salários e condições de trabalho. No dia seguinte invadiram as cidades de Guariba e Bebedouro. Um canavial foi incendiado. O movimento foi reprimido por 300 soldados. Greves de trabalhadores se espalharam por várias regiões do país, principalmente no Nordeste.
A luta armada
Parte da Esquerda brasileira optou pela luta armada como forma de resistir ao Regime Militar e abrir caminho para uma revolução. Destacaram-se: Ação Libertadora Nacional (ALN), liderada por Carlos Marighella, ex-deputado e ex-membro do Partido Comunista Brasileiro, morto numa emboscada em 69; Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), comandada pelo ex- capitão do Exército Carlos Lamarca, morto na Bahia, em 17 de setembro de 1971; e o Partido Comunista do Brasil (PC do B), uma dissidência do PCB. As organizações armadas, conhecidas também como guerrilha, fizeram assaltos a bancos e seqüestros de diplomatas para trocá-los por presos políticos e colaboradores do regime.
A Ação Popular foi, na década de 60, um dos mais importantes movimentos de resistência ao regime militar. Teve origem em 1962 a partir de grupos católicos, especialmente influentes no movimento estudantil. De 62 até 1972 a Ação Popular fez todos os presidentes da UNE. De inicialmente moderada a AP passou a discutir a necessidade da luta armada, devido à radicalização dos órgãos de repressão. A AP lançou o movimento Contra a Ditadura e em 67 mudou sua sigla para APML (Ação Popular Marxista-Lenista) buscando aliar-se aos movimentos camponeses e de bóias-frias. Vários líderes da AP foram assassinados. A AP terminou com sua incorporação ao PC do Brasil.
O Movimento Revolucionário Oito de Outubro (MR-8) foi um dos principais grupos de luta armada durante o período militar no Brasil. Formado por ex-membros do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e por estudantes universitários, o MR-8 ficou conhecido por empreender expropriações em bancos e o sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick.
Após a edição do Ato Institucional nº5 (AI-5), grupos de resistência ao regime militar passaram a investir na estratégia de guerrilha, tanto urbana quanto rural. O MR-8 foi um dos maiores grupos de guerrilha urbana que lutaram contra o poder dos militares e, rompendo a censura, conseguiram levar seu protesto através do rádio e da televisão.
A criação do MR-8
O MR-8 surgiu a partir de um grupo anterior, chamado Dissidência do Rio de Janeiro, no ano de 1964. A mudança de nome ocorreu em 1967, quando Che Guevara foi capturado na Bolívia, em 8 de outubro daquele ano. O movimento foi perseguido pelos militares, o que levou a sua desarticulação. Em 1969, entretanto, alguns integrantes que ainda resistiam uniram-se à Dissidência Universitária da Guanabara (DI-GB), que existia desde 1966, formando assim o grupo que seria divulgado, em 1969, como MR-8. A divulgação do nome de um grupo já anunciado como encerrado teve o objetivo de confundir os militares e gerar descrédito na população, uma vez que havia sido amplamente divulgado pela mídia que o movimento havia sido exterminado.
“canções de protesto”: a música contra a ditadura militar 
As décadas de 1960 e 1970 ficaram marcadas pela chamada “canção de protesto”, escrita por dezenas de compositores, com diferentes tendências estético-políticas, mas tendo em comum os anseios de liberdade e democracia e uma feroz oposição à ditadura militar. Nesse artigo, vamos comentar sobre as canções de protesto produzidas na década de 1960 chegando até a mais ousada de todas: “Caminhando e cantando“, de Geraldo Vandré (1968), analisada no final. As canções de protesto contra a ditadura militar eram canções de combate social e, ao mesmo tempo, de forte apelo emotivo-romântico. Suas letras criticavam a situação miserável e a exploração sofrida pelos excluídos do campo e da cidade: sertanejos, pescadores, vaqueiros, operários e favelados. Denunciavam as estruturas fundiárias e o cotidiano dos pobres dos centros urbanos. A canção de protesto foi, também, um marco na história musical do país consolidando um estilo chamado MPB. Entre seus maiores compositores estão: Carlos Lyra, Edu Lobo, Sérgio Ricardo, Geraldo Vandré e Chico Buarque de Holanda. A inspiração vinha dasideias divulgadas pelos Centros Populares de Cultura (CPC), pelo Teatro de Arena e pelos debates promovidos pela União Nacional dos Estudantes (UNE) nas universidades. Os temas das canções pretendiam ser revolucionários pois tinham a intenção de provocar o ouvinte, despertando-o para a resistência contra a ditadura militar e a luta pela liberdade. Buscavam, ainda, sensibilizar ou conscientizar o público, setores das classes médias, sobre a pobreza e a miséria reinantes no Brasil. Para isso, seus intérpretes usavam de gestos, canto grandiloquente e até trechos recitados de forte impacto teatral.
ATIVIDADE AVALIATIVA
01. “Na presidência da República, em regime que atribui ampla autoridade e poder pessoal ao chefe de governo, o Sr. João Goulart constituir-se-á, sem dúvida alguma, no mais evidente incentivo a todos aqueles que desejam ver o país mergulhado no caos, na anarquia, na luta civil.” (Manifesto dos ministros militares à Nação, em 29 de agosto de 1961).
Esse Manifesto revela que os militares
a) estavam excluídos de qualquer poder no regime de democracia presidencial.
b) eram favoráveis à manutenção do regime democrático e parlamentarista.
c) justificavam uma possibilidade de intervenção armada em regime democrático.
d) apoiavam a interferência externa nas questões de política interna do país.
e) eram contrários ao regime socialista implantado pelo presidente em exercício.
02.  A “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”, em março de 1964, na cidade de São Paulo, foi:
a) uma demonstração de forças conservadoras de direita contra o que chamavam de esquerdismo e comunismo do governo João Goulart.
b) uma manifestação de apoio das famílias de trabalhadores brasileiros ao governo do presidente Goulart.
c) uma resposta das massas populares, apoiando as Reformas de Base, após o Comício na Central do Brasil (RJ/março de 1964).
d) uma demonstração de repúdio das classes trabalhadoras a uma possível intervenção militar, com apoio norte-americano, ao governo de Goulart.
e) uma manifestação, de setores conservadores da sociedade brasileira, de revolta contra a tentativa de se derrubar o governo constitucional.
03. Em relação ao Golpe Militar de 1964 no Brasil, pode-se dizer:
I- Foi fruto de uma conspiração civil-militar alarmada com os rumos nacionalistas do governo João Goulart.
II- Foi a forma encontrada pelos comandos militares para garantir a posse do novo presidente.
III- Representou a repulsa de setores da sociedade brasileira à tentativa de João Goulart de aumentar a presença do capital estrangeiro no país.
IV- Evitou a tentativa do Partido Comunista Brasileiro, de sindicatos de trabalhadores e de setores do Partido Trabalhista Brasileiro de exigir do presidente, a implementação imediata das “reformas de base”.
Estão corretas as frases:
a) III e IV. 
b) III e V. 
c) I, II e III. 
d) I, IV. 
e) II, III e IV.
04. O planejamento econômico no período em que os militares controlaram o poder político brasileiro de forma direta, de 1964 a 1985, refletiu-se na economia sul-rio-grandense através
a) da recuperação da pecuária de corte, preservando-se o modelo de produção tradicional.
b) da tendência crescente da produção de bens intermediários para a indústria do Sudeste do País.
c) da crescente autonomia da produção industrial em relação ao centro do País.
d) do assentamento dos primeiros pequenos proprietários rurais na região do Vale do Rio dos Sinos.
e) do deslocamento da criação de gado para a região da Campanha.
05. "(...) Considerando que, assim, se torna imperiosa a adoção de medidas que impeçam sejam frustrados os ideais superiores da Revolução, preservando a ordem, a segurança, a tranqüilidade e o desenvolvimento econômico e cultural e a harmonia política e social do país (...)."
                        (Ato Institucional nº 5 - 13/12/1968.)
A edição do AI-5 representou, há 30 anos, uma radicalização do poder gerado pelo golpe político-militar de abril de 1964 no Brasil. Diante do quadro que se apresentava na época, podemos entender que "os ideais superiores da Revolução" significavam
 
a) a integração do capitalismo brasileiro ao grande capital internacional e a representação da segurança nacional por um anticomunismo radical.
b) a implantação da chamada "República Sindicalista" e a vinculação econômica ao sistema financeiro internacional.
c) o desenvolvimento capitalista independente e a aproximação político-cultural com os países latino-americanos.
d) a maior aproximação com o capitalismo europeu, para romper a dependência com os Estados Unidos e a União Soviética.
e) a criação de uma economia planificada e uma aproximação com outros regimes revolucionários da América.
06. A reforma partidária, que implantou o pluripartidarismo no Brasil, no governo Figueiredo, tinha por objetivo 
a) consolidar os resultados das eleições de 1974 que deram ampla vitória ao partido do governo, o PDS.
b) levar os liberais, concentrados no PP, para engrossar as fileiras do PRS e fortalecer o apoio ao governo.
c) quebrar o monopólio que o MDB exercia na oposição fragmentando-o em inúmeros partidos e evitando a sua ascensão ao poder.
d) revigorar o PDT para que esse pudesse enfrentar o PT nas eleições majoritárias.
e) utilizar os antigos militantes da UDN nos quadros da ARENA para que essa, fundindo-se com o PDS, vencesse as eleições para governadores.
07. O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) esteve no centro da crise que resultou no golpe político-militar de 1964.
Todas as alternativas apresentam afirmações corretas sobre o PTB, EXCETO:
a) Alguns setores do PTB, após o suicídio de Vargas, conseguiram uma grande autonomia e defenderam a formação de uma frente popular, a Frente Parlamentar Nacionalista, para neutralizar a ala de centro do Partido.
b) O fortalecimento da ARENA (Aliança Renovadora Nacional) junto às classes trabalhadoras urbanas deslocou o PTB de sua posição hegemônica e rompeu o equilíbrio político da década de 60.
c) O partido surgiu como instrumento de manipulação do governo Vargas e buscou, em especial, conter o avanço do Partido Comunista Brasileiro no controle da classe trabalhadora.
d) O PTB manteve uma coligação eleitoral histórica com o PSD (Partido Social Democrático), que tinha sua base política no campo e era sustentado pelo localismo e coronelismo.
e) O PTB tinha características marcadamente nacionalistas, defendia uma política estatizante em relação à economia e apresentava feição reformista.
08. O conjunto de fatos relacionados abaixo dizem respeito ao processo de abertura democrática iniciado pelo presidente Geisel, com EXCEÇÃO de um. Assinale-o.
a) A demissão do Ministro da Guerra Sílvio Frota e o movimento de anistia;
b) A liberdade para criação de novos partidos políticos, como UDN e PTB, e o pluralismo sindical;
c) A eleição de Tancredo Neves e o fim da Lei de Segurança Nacional;
d) A promulgação da Constituição de 1988 e a eliminação da censura;
e) A Campanha das Diretas-Já e a criação de novos partidos políticos como, entre outros, o PFL, o PMDB e o PDT.
09. O Ato Institucional nº 5, editado durante o governo do General Costa e Silva, permitiu a esse presidente da República, entre outras medidas:
a) convocar uma Assembléia Nacional Constituinte
b) criar novos ministérios e empresas estatais
c) decretar o recesso parlamentar e promover cassações de mandatos e de direitos políticos
d) contratar maiores empréstimos no exterior
e) promover uma reformulação do sistema partidário
10. O chamado "Milagre Econômico" do período da ditadura militar brasileira, entre 1968 e 1973, resultou de
a) arrocho salarial; situação internacional vantajosa, preços dos produtos brasileiros mais altos e dos estrangeiros mais baixos; grandes investimentos estatais; taxas de juros internacionais baixas; grande endividamento externo público e particular; participação de multinacionais.
b) arrocho salarial; situação internacional vantajosa, pois o preço dos produtos brasileiros era mais alto, e o dos estrangeiros, mais baixo; pequeno endividamento externo e interno; taxas de jurosinternacionais baixas.
c) arrocho salarial; situação internacional complicada, favorecendo o mercado externo para nossos produtos; taxas de juros internacionais altas; pequenos investimentos das estatais e participação das multinacionais na implantação de indústrias de base.
d) situação internacional vantajosa; taxas de juros internacionais altas; pequeno endividamento externo público e particular; transferência de capital de multinacionais para o Brasil; privatização das estatais.
e) situação internacional vantajosa; taxas de juros internacionais baixas; desenvolvimento do mercado interno, devido à política de aumentos salariais; participação de multinacionais.
11. O Movimento "Diretas Já", que promoveu em 1984 uma intensa mobilização popular a favor da eleição direta para Presidente da República, teve como resultado imediato:
a) a eleição de um governo popular e democrático chefiado por José Sarney;
b) a eleição do candidato da oposição, Tancredo Neves, pela via indireta;
c) a primeira eleição direta do Presidente da República, a primeira em quase trinta anos, com a vitória de Fernando Collor de Mello;
d) a anti-candidatura de Ulysses Guimarães e a convocação da Assembléia Nacional Constituinte;
e) a revogação dos Atos Institucionais, apesar da derrota da emenda das Diretas.
12. O golpe político-militar de 1964 acarretou transformações na economia brasileira originadas das mudanças nas relações de trabalho, das novas necessidades do desenvolvimento capitalista no país e das mudanças na conjuntura internacional.
Todas as alternativas apresentam indicadores corretos das transformações na economia brasileira pós-64, EXCETO:
a) A abertura do país às empresas multinacionais a partir da abolição das restrições à remessa de lucros para o exterior.
b) A adoção de uma nova política salarial e a implantação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) substituindo o sistema de estabilidade no emprego.
c) A consolidação do setor industrial nacional através da elevação dos salários urbanos e do aumento da oferta e do consumo de bens não duráveis.
d) A elevação do volume de impostos e a conseqüente falência de um grande número de pequenas e médias empresas.
e) A expansão da indústria petroquímica, siderúrgica e do alumínio, realizada sob o patrocínio do Estado, com a participação de conglomerados nacionais e estrangeiros.
13. A economia brasileira na década de 1980 se caracterizou
a) pela continuação do modelo de substituição de importações, que mantinha o equilíbrio da balança de pagamentos.
b) pela estagnação do PIB e pelo aumento do volume das exportações que se orientava para saldar a dívida externa.
c) pelo aumento da produção industrial e do mercado consumidor, o que permitia uma divisão mais igualitária da renda.
d) pelo crescimento acelerado do PIB, que convivia com altas taxas de inflação.
e) pelo crescimento exagerado da renda e do produto, que era acompanhado da elevação do nível de vida em geral.
14. O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) foi criado em 1984, inserido em um contexto de
a) abertura política democrática no Brasil e de crescente insatisfação com as políticas agrárias nacionais então vigentes.
b) fortalecimento da ditadura militar brasileira e de aumento da imigração estrangeira para o país.
c) declínio da oposição armada à ditadura militar brasileira e de aumento da migração das cidades para o campo.
d) aumento da dívida externa brasileira e de disseminação da pequena propriedade fundiária em todo o país.
e) crescimento de demanda externa por commodities brasileiras e de grandes progressos na distribuição de terra, no Brasil, a pequenos agricultores.
15.  O ano de 1968 foi crucial. O movimento estudantil se espalhou por todo o país, sofrendo violenta repressão do governo. Diante das pressões da sociedade, o governo militar reagiu, decretando:
a) a deposição do Presidente João Goulart, cujo modelo populista de governo dava sinais de esgotamento.
b) o Ato Institucional nº 5, que conferia ao Presidente Costa e Silva poderes totais para reprimir as oposições.
c) a Abertura Democrática, lenta e gradual, que reconduzia o país à democratização.
d) a Anistia, que embora não fosse irrestrita, permitiu o retorno de muitos exilados políticos.
e) a solução parlamentarista, que possibilitou controlar a grave crise institucional em que vivia o país.
 
 
Programa
 
de
 
estudo
 
e
 
avaliação
 
de
 
História
 
referente
 
à
 
IV
 
Unidade
 
Professora
 
;
 
Maria
 
Aparecida
 
Rodrigues
 
Pereira
 
Série:
 
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E.
 
M
 
–
 
Matutino/Turmas:
 
A
 
B
 
C
 
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Nome: ______________________________________ Série/turma/turno:_______________________
 
Ditadura Militar no Brasil
 
 
A
 
ditadura militar no Brasil
 
durou 21 anos
, teve 5 mandatos
 
militares
 
e instituiu 16 atos 
institucionais 
–
 
mecanismos legais que se sobrepunham à
 
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tuição
. Nesse período houve 
restrição à liberdade, repressão aos opositores do regime e censura.
 
O que estava acontecendo no Brasil antes da Ditadura Militar?
 
Antes de entender o período militar brasileiro, é preciso compreender os eventos que 
levaram até 
ele 
–
 
os antecedentes do golpe militar de 1964.
 
O primeiro momento é marcado por
 
Jânio Quadros
 
–
 
que assumiu a presidência em 1961 e nesse 
mesmo ano
 
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ao cargo. A partir disso, seu vice 
–
 
João Goulart
 
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lugar. A questão é que
 
Jânio Quadros e João Goulart
 
eram de partidos políticos diferentes e 
tinham
 
projetos opostos para o país.
 
O projeto de Jango 
–
 
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como fiscal, administrativa, universitária e, 
principalmente, agrária. Além disso, o presidente era um representante
 
trabalhista
, do legado 
de
 
Getúlio Vargas
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Assim, como mencionado, a
 
reforma agrária
 
era uma das principais propostas do governo Jango e 
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grandes latifundiários
 
e por 
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no
 
Congresso Nacional
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Assim, esse foi um momento de bastant
e efervescência e
 
polarização política
 
entre a população. 
Houve apoio de parte da população para a derrubada do governo 
–
 
principalmente dos setores 
mais
 
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da sociedade e de partes da classe média. É por esse motivo, inclusive, que 
muitas vezes o termo
 
ditadura civil
-
militar
 
é utilizado.
 
E o envolvimento dos Estados Unidos?
 
Vale lembrar ainda que eram tempos de
 
Guerra Fria
 
e havia medo de um suposto 
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comunista
”. Assim, no conflito que
 
começou logo após o final da
 
Segunda Guerra 
Mundial
 
e foi responsável pela bipolarização ideológica 
–
 
em que os
 
Estados Unidos
 
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defensores 
do capitalismo 
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União Soviética
 
–
 
defensora do socialismo 
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putavam hegemonia econômica, 
política e militar no mundo.
 
 
 
Programa de estudo e avaliação de História referente à IV Unidade 
Professora ; Maria Aparecida Rodrigues Pereira 
Série: 3º E. M – Matutino/Turmas: A B C D 
 
Nome: ______________________________________ Série/turma/turno:_______________________ 
Ditadura Militar no Brasil 
 
A ditadura militar no Brasil durou 21 anos, teve 5 mandatos militares e instituiu 16 atos 
institucionais – mecanismos legais que se sobrepunham à constituição. Nesse período houve 
restrição à liberdade, repressão aos opositores do regime e censura. 
O que estava acontecendo no Brasil antes da Ditadura Militar? 
Antes de entender o período militar brasileiro, é preciso compreender os eventos que levaram até 
ele – os antecedentes do golpe militar de 1964. 
O primeiro momento é marcado por Jânio Quadros – que assumiu a presidência em 1961 e nesse 
mesmo ano renunciou ao cargo. A partir disso, seu vice – João Goulart – foiquem assumiu seu 
lugar. A questão é que Jânio Quadros e João Goulart eram de partidos políticos diferentes e 
tinham projetos opostos para o país. O projeto de Jango – apelido por qual era conhecido o novo 
presidente – estava apoiado em “reformas de base” – como fiscal, administrativa, universitária e, 
principalmente, agrária. Além disso, o presidente era um representante trabalhista, do legado 
de Getúlio Vargas. 
Assim, como mencionado, a reforma agrária era uma das principais propostas do governo Jango e 
também a que mais gerava polêmica. Afinal, era combatida pelos grandes latifundiários e por 
grande parte dos parlamentares no Congresso Nacional. 
Assim, esse foi um momento de bastante efervescência e polarização política entre a população. 
Houve apoio de parte da população para a derrubada do governo – principalmente dos setores 
mais conservadores da sociedade e de partes da classe média. É por esse motivo, inclusive, que 
muitas vezes o termo ditadura civil-militar é utilizado. 
E o envolvimento dos Estados Unidos? 
Vale lembrar ainda que eram tempos de Guerra Fria e havia medo de um suposto 
“perigo comunista”. Assim, no conflito que começou logo após o final da Segunda Guerra 
Mundial e foi responsável pela bipolarização ideológica – em que os Estados Unidos – defensores 
do capitalismo – e a União Soviética – defensora do socialismo – disputavam hegemonia econômica, 
política e militar no mundo.

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