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Caderno de anatomia III

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Isabela Valinho Abreu 
Prof.º Afrânio Simões 
AULA 01 (24/03/22) – PAREDE ABDOMINAL ANTERIOR 
1. Músculos que formam a parede abdominal anterior: 
• M. oblíquo externo; 
• M. oblíquo interno; 
• M. transverso do abdome (mais interno); 
• M. reto do abdome; 
• M. piramidal (alguns não possuem); 
 Esses músculos se unem e formam a circunferência que confere forma à 
cavidade abdominal. 
2. Divisão 
• Para fins didáticos, o abdome é dividido em quadrantes, e essa divisão pode 
ocorrer de diferentes formas, de acordo com a finalidade: 
o Divisão em 4 (plano mediano cruzando o plano transumbilical) 
▪ QSE - Quadrante superior esquerdo; 
▪ QSD - Quadrante superior direito; 
▪ QIE - Quadrante inferior esquerdo; 
▪ QID - Quadrante inferior direito; 
o Divisão em 9 (linhas medioclaviculares esquerda e direita cruzando 
plano subcostal e plano intertubercular) 
▪ Região epigástrica; 
▪ Hipocôndrio direito; 
▪ Hipocôndrio esquerdo; 
▪ Região umbilical/ mesogástrica; 
▪ Fossa ilíaca ou flanco direito; 
▪ Fossa ilíaca ou flanco esquerdo; 
▪ Região hipogástrica púbica; 
▪ Região inguinal direita; 
▪ Região inguinal esquerda; 
3. Camadas da parede abdominal anterior 
• Pele: derme e epiderme; 
• Fáscia superficial (tecido subcutâneo): 
o Uma camada única de tecido conjuntivo gorduroso abaixo do nível do 
umbigo que se divide em uma camada gordurosa mais superficial (fáscia 
de Camper) e em uma camada membranosa mais profunda (fáscia de 
Scarpa); 
• Fáscia de revestimento: 
o Tecido que recobre todas as camadas musculares; 
• Músculos abdominais: 
o Três camadas planas, semelhantes à musculatura da parede torácica, 
exceto na região média anterior, na qual o M. reto do abdome, 
verticalmente orientado, se situa na bainha do reto; 
• Fáscia parietal do abdome (endoabdominal): 
o Tecido sem maior importância, exceto por uma porção mais espessa, 
denominada fáscia transversal, que geralmente reveste a face interna 
do M. transverso abdominal → ela é contígua com a fáscia inferior do 
diafragma, a fáscia dos Mm. abdominais posteriores e a fáscia dos Mm. 
pélvicos; 
• Fáscia extraperitoneal: 
o Tecido conjuntivo que apresenta espessura variável e que contém 
quantidade variável de gordura; 
Caderno de Anatomia III – N2 
• Peritônio: 
o Fina membrana serosa que reveste a face interna da parede abdominal 
(peritônio parietal) e que, ocasionalmente, se projeta além das paredes 
como um mesentério para envolver parcial ou completamente diversas 
estruturas viscerais (peritônio visceral); 
4. Músculos do abdome 
• Parede posterior: 
o M. quadrado lombar; 
o M. psoas maior direito e esquerdo (que 
desce até a pelve, se une ao ílio e forma 
o M. iliopsoas); 
o M. psoas menor direito e esquerdo; 
• Parede anterolateral: 
o M. oblíquo externo direito e esquerdo; 
o M. oblíquo interno direito e esquerdo; 
o M. transverso do abdome direito e 
esquerdo; 
o M. reto do abdome direito e esquerdo; 
o Aponeuroses (tendões) dos Mm. oblíquos e do M. transverso se fundem 
e envolvem o M. reto abdominal como um envelope (bainha do reto → 
revestimento da parede anterior); 
Músculo Origem Inserção Inervação Ação 
Oblíquo 
interno 
Superfícies externas da 
5ª à 12ª costela 
Linha alba, tubérculo 
púbico e metade 
anterior da crista ilíaca 
Seis nervos 
torácicos inferiores 
e nervo subcostal 
Comprime e 
suporta as vísceras 
abdominais, 
flexiona e faz 
rotação do tronco 
Oblíquo 
interno 
Fáscia toracolombar, 2 
terços anteriores da 
crista ilíaca e metade 
lateral do ligamento 
inguinal 
Bordos inferiores da 10ª 
à 12ª cartilagens 
costais, linha alba e 
púbis através de um 
tendão conjunto 
Ramos ventrais dos 
seis nervos 
torácicos inferiores 
e primeiro nervo 
lombar 
Comprime e 
suporta as vísceras 
abdominais, 
flexiona e faz 
rotação do tronco 
Transverso 
do abdome 
Superfícies internas das 
cartilagens costais 7 a 
12, fáscia toracolombar, 
crista ilíaca e terço 
lateral do ligamento 
inguinal 
Linha alba com 
aponeurose do oblíquo 
externo, crista púbica e 
linha pectínea através 
do tendão conjunto 
Ramos ventrais dos 
seis nervos 
torácicos inferiores 
e primeiro nervo 
lombar 
Comprime e 
sustenta as 
vísceras abdominais 
Reto do 
abdome 
Sínfise púbica e crista 
púbica 
Processo xifoide e 5ª a 
7ª cartilagens costais 
Ramos ventrais dos 
6 nervos torácicos 
inferiores 
Comprime e 
sustenta as 
vísceras abdominais 
e flexiona o tronco 
O M. oblíquo interno de um 
lado trabalha em sinergia 
com o M. oblíquo externo 
contralateral 
O M. oblíquo interno põe a 
“mão no ombro”, e o externo, 
a “mão no bolso” 
Aponeuroses 
O M. oblíquo interno forma uma lâmina anteriormente e uma posteriormente, o M. 
oblíquo externo forma uma lâmina posteriormente e o M. transverso forma uma lâmina 
anteriormente. Isso ocorre de ambos os lados, lateromedialmente e, na fusão entre essas 
aponeuroses, forma-se uma área mais espessa chamada de linha alba. 
A linha alba é utilizada como referência para cirurgias de emergência, porque facilita a 
cirurgia, já que não há músculos nem estruturas importantes. No entanto, não é 
utilizada em incisão de cirurgias eletivas, porque a cicatriz é bastante pronunciada. 
A A. epigástrica inferior se anastomosa com a A. epigástrica superior. A superior é 
continuação da A. torácica interna e a inferior vem da ilíaca externa. 
5. Inervação do abdome 
• A inervação é segmentar por conta do empilhamento de vértebras; 
• De acordo com a área topográfica, é possível analisar o padrão de lesão no 
segmento medular; 
• A distribuição dos nervos sai da medula espinhal (SNC), pelos forames, na 
região intervertebral; 
• Resumindo: a inervação do abdome segue uma linha de demarcação de acordo 
com os Nn. Intercostais, que vêm do segmento da medula, acompanhando o 
gradio costal. 
6. vascularização 
• Irrigação: 
o A. torácica interna; 
o Ao nível do espigástrio, ela se divide: 
▪ A. epigástrica superior, que vai para a região epigástrica; 
▪ A. musculofrênica, que vai para o diafragma; 
o Aa. ilíacas comuns se dividem: 
▪ Aa. ilíacas internas; 
▪ Aa. ilíacas externas → participam da parede do abdômen, dando 
origem à A. epigástrica inferior; 
o A. epigástrica inferior → percorre o ventre do M. reto abdominal assim 
como a A. epigástrica superior; 
Artéria 
musculofrênica 
Ramo terminal da A. torácica interna que cursa ao longo da margem costal 
Artéria epigástrica 
superior 
Origina-se na extremidade terminal da A. torácica interna e se anastomosa 
com a A. epigástrica inferior ao nível do umbigo 
Artéria epigástrica 
inferior 
Origina-se da A. ilíaca externa e se anastomosa com a A. epigástrica superior 
Artéria circunflexa 
ilíaca superficial 
Origina-se da A. femoral e se anastomosa com a A. epigástrica superior 
Artéria epigástrica 
superficial 
Origina-se da A. femoral e cursa em direção ao umbigo 
Artéria pudenda 
externa 
Origina-se da A. femoral e cursa em direção ao púbis 
Correlação clínica 
Paciente sofreu um trauma e refere perda de sensibilidade ou de motricidade em um 
segmento (aparenta ter sofrido trauma raquimedular) e está plégico. É possível analisar, 
com base na topografia, qual segmento foi lesado. 
Ex.: cicatriz umbilical → T10 
Formação de plexos 
É importante saber da formação dos plexos para compreender, por exemplo, por que 
alguma dor irradia para algum lugar. 
Plexos esplâncnico e celíaco. 
A A. epigástrica inferior é um marco importante para hérnias inguinais. 
Todo o sangue venoso que chega ao coração chega pelo AD. 
Hérnia umbilical 
Abaixo da cicatriz umbilical, as lâminas aponeuróticas não passam posteriormente, só 
anteriormente (ao nível da linha arqueada), o que confere a essa região um aspecto mais 
propenso a hérnias. A espessura permanece a mesma, mas a resistência da região é 
diminuída por conta da mudança de local por onde as lâminas passam. Por conta disso,pode haver herniação abaixo da hérnia umbilical muito facilmente. 
• Drenagem venosa: 
o Drenagem pelo sistema porta: se esse processo for obstruído, as vias 
colaterais são utilizadas, podendo chegar, inclusive à axila (V. axilar); 
V. epigástrica superficial Drena para a V. femoral 
V. circunflexa ilíaca 
superficial 
Drena para a V. femoral e corre em paralelo com o ligamento inguinal 
V. epigástrica inferior Drena para a V. ilíaca externa 
V. epigástrica superior Drena para a V. torácica interna 
V. toracoepigástrica Anastomosa-se entre a V. epigástrica superficial e a V. torácica lateral 
V. torácica lateral Drena para a V. axilar 
• Drenagem linfática: 
o Existem a drenagem superficial e a profunda; 
Linfonodos axilares Drenagem superficial acima do umbigo 
Linfonodos inguinais Drenagem profunda ao longo dos vasos torácicos internos 
Linfonodos paraesternais Drenagem profunda ao longo dos vasos torácicos internos 
Linfonodos lombares 
Drenagem profunda internamente aos linfonodos ao longo da A. aorta 
abdominal 
Linfonodos ilíacos externos Drenagem profunda ao longo dos vasos ilíacos externos 
 
7. Região inguinal 
• A região inguinal é a região de transição entre a parede anterior do abdome e 
a coxa. Conforme a diferenciação sexual, essa região tem um desenvolvimento 
próprio e específico durante o desenvolvimento gonadal. Antes da descida das 
gônadas localizadas inicialmente superiormente na parede posterior do 
abdome, forma-se um canal a partir do mesonéfron, chamado gubernáculo, 
que se fixará nas eminências da genitália externa; 
o Por dentro do guabernáculo, desce uma bolsa extraperitoneal chamada 
de processo vaginal, que se projeta contra a parede abdominal na sua 
descida, e assim adquire camadas de revestimento; 
• Canal inguinal → é um canal entre os anéis inguinais superficial e profundo, 
com 3 a 5cm de comprimento na parede abdominal, 2 a 4cm superior ao 
ligamento inguinal. O trajeto do canal inguinal é no sentido inferomedial e de 
profundo para superficial. Nos homens, está ocupado pelo funículo 
espermático, e nas mulheres, pelo ligamento redondo do útero, vasos que 
acompanham e N. ilioinguinal. O canal inguinal é uma área fraca onde as hérnias 
inguinais ocorrem; 
• As hérnias inguinais são mais comuns em homens, simplesmente pelo fato da 
descida dos testículos no período embrionário; 
o Hérnia congênita/ indireta: o testículo empurra a parede abdominal, 
formando um “dedo de luva”, até chegar ao escroto. Após descer e fazer 
o canal, esse canal é fechado, mas continua com um pequeno orifício 
para que passem vasos e outras estruturas. Pode haver, no entanto, o 
mal fechamento desse orifício, o que favorece a formação de hérnias 
inguinais; 
o Hérnia direta: decorrente da fragilidade da parede anterior do abdome 
abaixo da cicatriz umbilical; 
• Outro fator que predispõe à formação de hérnias (adquiridas/ diretas) é a 
fragilidade na parede anterior do abdome decorrente da disposição das 
aponeuroses abaixo da cicatriz umbilical; 
 
Anel superficial Abertura medial na aponeurose oblíqua abdominal externa 
Anel profundo 
Evaginação da fáscia transversal lateral aos vasos epigástricos inferiores, 
formando a camada interna da fáscia espermática 
Canal inguinal 
Túnel estendendo-se do anel profundo para o superficial, em paralelo ao 
ligamento inguinal: transmite o cordão espermático nos homens ou o 
ligamento redondo nas mulheres 
Parede anterior Aponeurose dos Mm. oblíquos abdominais externo e interno 
Parede posterior Fáscia transversal: inclui medialmente o tendão conjunto 
Teto Fibras musculares arqueadas dos Mm. oblíquo interno e transverso 
Assoalho 
Metade medial do ligamento inguinal medialmente pelo ligamento lacunar, uma 
extensão expandida do ligamento 
Ligamento inguinal 
Ligamento se estendendo entre a espinha ilíaca superior anterior e o tubérculo 
púbico; margem inferior dobrada da aponeurose oblíqua abdominal externa 
 
AULA 02 – 31/03 – ABDOME (AULA 02) 
Estruturas do canal inguinal masculino 
Ducto (canal) deferente 
Artéria testicular, artéria do ducto deferente e A. cremastérica 
Plexo pampiniforme das veias (Vv. Testiculares) 
Fibras nervosas autonômicas (eferentes simpáticos e aferentes viscerais) cursando sobre as artérias e 
o ducto deferente 
Ramo genital do N. genitofemoral (que inerva o M. cremaster) 
OBS: no canal inguinal feminino, passa o ligamento redondo do útero 
Camadas do cordão espermático 
Fáscia espermática externa: derivada da aponeurose do M. oblíquo externo 
Fáscia cremastérica (espermática média): derivada do M. oblíquo interno 
Fáscia espermática interna: derivada da fáscia transversal 
• Hérnias de parede abdominal 
o As hérnias da parede abdominal são frequentemente denominadas 
hérnias ventrais, a fim de distingui-las das hérnias inguinais. Contudo, 
todas são, tecnicamente, hérnias de parede abdominal. Com exceção 
das hérnias inguinais, os tipos mais comuns incluem: 
▪ Hérnia umbilical (geralmente observada até os 3 anos ou após os 
40); 
▪ Hérnia de linha alba (geralmente observada na região epigástrica 
e mais comum em homens, raramente contém estruturas 
viscerais); 
▪ Hérnia da linha semilunar ou hérnia de Spiegel (geralmente 
ocorre na meia-idade e se desenvolve lentamente); 
▪ Hérnia incisional (ocorre no local de uma cicatriz prévia de 
laparotomia); 
o A hérnia de parede abdominal mais comum é a hérnia inguinal, que pode 
ser direta (adquirida, devido à fragilidade da parede abdominal abaixo 
da linha umbilical) ou indireta (congênita); 
▪ Conteúdo do canal inguinal: funículo ou cordão espermático (no 
homem) e ligamento redondo do útero (na mulher); 
▪ As hérnias inguinais são formadas no canal inguinal; 
▪ A. epigástrica inferior é um marco anatômico importante, porque 
passa medialmente ao orifício profundo. Hérnias laterais a ela 
são indiretas e hérnias mediais a ela são diretas; 
• Hérnias inguinais 
o A protrusão do conteúdo peritoneal (mesentério, gordura e/ou uma 
porção do intestino) através da parede abdominal na região inguinal é 
denominada hérnia inguinal. As hérnias inguinais são diferenciadas por 
sua relação com os vasos epigástricos inferiores. Existem dois tipos de 
hérnias inguinais: 
▪ As indiretas (ou oblíqua externa): representam 75% das hérnias 
inguinais; ocorre lateralmente aos vasos epigástricos inferiores, 
passando através do anel inguinal profundo e do canal inguinal 
como uma protrusão ao longo do cordão espermático e 
localizando-se na fáscia espermática interna; 
▪ As diretas (ou oblíqua interna): ocorrem medialmente aos vasos 
epigástricos inferiores, passam diretamente através da parede 
posterior do canal inguinal e estão separadas do cordão 
espermático e seus revestimentos derivados da parede 
abdominal. Elas ocorrem não por causa de um processo vaginal 
patente, mas em razão de uma fragilidade “adquirida” da parede 
abdominal inferior. As hérnias inguinais diretas podem sair 
através do anel superficial, adquirindo uma camada da fáscia 
espermática externa, com o raro potencial de se herniarem para 
a bolsa escrotal; 
▪ OBS: hérnias laterais à A. epigástrica superior são indiretas e as 
mediais são diretas; 
• Hidrocele e varicocele 
o A causa mais comum de aumento da bolsa escrotal é a hidrocele, um 
acúmulo excessivo de líquido no interior da túnica vaginal 
(normalmente um espaço potencial). Esse pequeno saco de peritônio é 
originalmente oriundo do processo vaginal, que recobre cerca de 2 
terços do testículo. Uma infecção no testículo ou epidídimo, um trauma 
ou um tumor podem levar à hidrocele, ou ela pode ser idiopática; 
o A varicocele constitui a dilatação anormal e a tortuosidade anormal do 
plexo venoso pampiniforme no interior do cordão espermático. Quase 
todas as varicoceles são do lado esquerdo, talvez porque a veia 
testicular esquerda drene para a veia renal esquerda em vez da VCI, 
como o faz a V. testicular direita.A varicocele é evidente ao exame 
físico quando o paciente fica de pé, mas frequentemente se resolve 
quando o paciente está reclinado; 
▪ Cauda dor devido à congestão pélvica, principalmente durante o 
ato sexual, com o aumento do fluxo sanguíneo para o local; 
▪ É a principal causa de infertilidade nos homens; 
▪ Nem sempre precisa ser tratada: só se houver sintomas ou se a 
infertilidade for um problema; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 02 (31/03) – PARTE II - PERITÔNIO 
1. Definição 
• É uma lâmina que recobre a cavidade abdominal; 
• É considerado um órgão, perdendo em extensão somente para a pele; 
• Atua como facilitador de deslizamento das vísceras (principalmente alças 
intestinais); 
• Produz células de defesa para bloquear possíveis infecções; 
o Apendicite supurada → o peritônio tampona; 
o Inflamações nas trompas, que poderiam chegar à cavidade abdominal; 
• É dividido em parietal e visceral; 
o A maioria das vísceras são envoltas por peritônio; 
o A parte que reveste a parede abdominal é denominada peritônio 
parietal; 
o A parte que se reflete sobre as vísceras constitui o peritônio visceral; 
o Determinadas vísceras abdominais são completamente envolvidas por 
peritônio e suspensas na parede por uma delgada lâmina fina de tecido 
conjuntivo revestida pela serosa, contendo os vasos sanguíneos; 
o O peritônio tem a mesma vascularização sanguínea e linfática e a 
mesma inervação que a região da parede que reveste; 
o O peritônio parietal é sensível a estímulos táteis, térmicos, de pressão 
e laceração e a dor é geralmente bem localizada; 
o O peritônio visceral é invisível ao toque, calor e frio; é estimulado 
basicamente por distensão (tração) e irritação química. A dor provocada 
é mal localizada, sendo referida nos dermátomos dos gânglios sensitivos 
espinais. 
• Cavidade peritoneal é diferente de cavidade abdominal! 
 
 
2. Nomes específicos do peritônio 
• Mesentério → peritônio do intestino delgado; 
• Mesocólon → peritônio do intestino grosso; 
 
3. Estruturas retro e pré-peritoneais 
• Pré-peritoneais 
o Vasos torácicos internos; 
• Retroperitoneais 
o A. aorta abdominal; 
o VCI; 
o Rins; 
• Peritoneais 
o Fígado; 
o V. porta; 
o Ducto biliar; 
o A. hepática própria; 
o Fígado; 
OMENTO 
• O peritônio apresenta dois omentos: o maior e o menor; 
• O omento maior é um delgado avental que pende sobre o cólon transverso e 
as alças do intestino delgado, estando inserido ao longo da curvatura maior 
do estômago e da primeira porção do duodeno; 
• O omento menor se estenda da curvatura menor do estômago e da porção 
inicial do duodeno até o fígado; 
• O omento se movimenta; 
• Pequeno omento (omento menor) é subdividido em duas porções: 
o Hepatogástrico → onde passam ducto coléduco, A. hepática e V. porta 
▪ Em uma cirurgia de vesícula (colecistectomia) se houver 
sangramento, deve-se comprimir essa estrutura para que a A. 
hepática seja comprimida – manobra de Pringle; 
o Hepatoduodenal; 
AULA 03 (28/04) – PERITÔNIO 
• O peritônio faz várias dobras para revestir diversas estruturas e formar a 
cavidade peritoneal; 
• O peritônio é uma lâmina de tecido conjuntivo que reveste as estruturas da 
cavidade abdominal; 
• Cavidade peritoneal 
o A cavidade peritoneal está dentro da cavidade abdominal; 
o Cavidade peritoneal 
▪ Fígado; 
▪ Ligamento gastroesplênico; 
o Pré-peritoneal 
▪ Tecido adiposo; 
▪ Vasos torácicos internos; 
▪ Ligamento gastroduodenal; 
o Retroperitoneal 
▪ A. aorta abdominal; 
▪ VCI; 
▪ Rins; 
▪ pâncreas; 
• O peritônio se projeta para dentro da cavidade para revestir: alças intestinais, 
fígado, estômago, baço e outras estruturas mais; 
• Mesentério é o peritônio que envolve intestino delgado; 
• Mesocólon é o peritônio que envolve o intestino grosso; 
• O peritônio reveste e fixa, além de órgãos, estruturas vasculares e nervosas; 
• Omento também é uma prega peritoneal; 
• Omentos 
o Entre o fígado e o estômago → pequeno omento ou omento menor; 
o Entre o cólon transverso e o estômago → grande omento ou omento 
maior (o omento maior se dobra e forma um avental); 
o Eles produzem líquido peritoneal e conseguem se movimentar, atuando, 
dessa forma, como proteção do organismo; 
o O omento menor é uma prega peritoneal. Ele é dividido: 
▪ Ligamento hepatoduodenal; 
• A tríade portal passa no ligamento hepatoduodenal → 
tríade portal = A. hepática, V. porta hepática e ducto 
colédoco. Essa tríade é responsável por drenar toda a bile 
do intestino delgado e levar a maior parte do sangue para 
o fígado; 
o OBS: na emergência, em fratura de costelas 
flutuantes com hemorragia hepática intensa, deve-
se comprimir o ligamento hepatoduodenal; 
▪ Ligamento Hepatogástrico; 
• Andares do abdome 
o Supramesocólico; 
o Inframesocólico; 
o Bolsa omental; 
• Mesentério e mesocólon 
o Mesentério propriamente dito → tem origem nas estruturas ventrais da 
coluna vertebral e mantém suspenso o intestino delgado; 
o Mesocólon transverso → prende o cólon transverso à parede posterior do 
abdome; 
o Mesocólon sigmoide → mantém o cólon sigmoide em conexão com a 
parede pélvica; 
o Mesocólon ascendente e descendente → ligam o cólon ascendente e 
descendente à parede posterior do abdome; 
o Cólon transverso e sigmoide têm pregas mais alongadas, permitindo 
maior capacidade de movimentação. Podem ser utilizados, por exemplo, 
em desvios de colostomia; 
• OBS: esôfago abdominal tem serosa, mas esôfago torácico e cervical não; 
• Estruturas do intestino grosso 
o Apêndices epiploicos 
▪ São aglomerados de gordura que se acumulam junto à alça 
intestinal do cólon e reto; 
▪ Não ocorrem no intestino delgado; 
o Tênias cólicas 
▪ São fitas musculares que acompanham longitudinalmente o 
intestino grosso; 
o Haustrações; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 04 (05/05) – VASCULARIZAÇÃO ABDOMINAL 
1. Vascularização abdominal 
1.1 Irrigação arterial 
• A. aorta descendente abdominal 
o Aa. frênicas inferiores 
o Tronco celíaco 
▪ A. esplênica 
▪ A. gástrica esquerda 
▪ A. hepática comum 
• Hepática própria 
o Gástrica direita 
• Gastroduodenal 
o A. mesentérica superior 
o A. mesentérica inferior 
o A. gonadal 
o Aa. parietais (parede posterior e contribuição para a parede 
anterolateral) 
o A. sacral mediana 
Tronco 
celíaco 
A. gástrica esquerda Estômago e esôfago 
A. esplênica Pâncreas, estômago e omento maior 
A. hepática 
comum 
A. hepática própria Fígado, vesícula biliar e estômago 
A. Gástrica direita Estômago 
A. Gastroduodenal 
Estômago, duodeno, pâncreas e 
omento maior 
A. mesentérica superior 
Pâncreas, intestino delgado 
(duodeno, jejuno e íleo) e intestino 
grosso (colo ascendente e 
transverso) 
A. Mesentérica inferior 
Intestino grosso (colo transverso, 
descendente, sigmoide e reto) 
Aa. renais 
Rins, glândulas suprarrenais e 
ureteres 
 
• Estômago 
o A A. gástrica esquerda vem direto do tronco celíaco e a A. gástrica 
direita sai da A. hepática comum. Ambas irrigam a pequena curvatura 
do estômago; 
▪ A A. gástrica esquerda emite o ramo esofágico, que irriga o 
esôfago; 
o A A. gastromental (gastroepiploica) esquerda vem da A. esplênica e a 
direita vem da gastroduodenal. Ambas se anastomosam e irrigam a 
grande curvatura do estômago; 
• Intestinos 
o A A. mesentérica superior irriga parte do duodeno, jejuno, íleo, cólon 
ascendente e os 2/3 proximais do cólon transverso; 
o A A. mesentérica inferior irriga o terço distal do cólon transverso, os 
cólons descendente e sigmoide e o reto; 
o OBS: a vascularização fragmentada permite que sejam feitas ressecções 
sem perder toda a vascularização do intestino; 
1.2 Drenagem venosa 
• Sistema porta hepático 
o Os vasos que vêm das alças intestinais (das vísceras relacionadas ao 
aparelho digestório) precisam passar pelo fígado antes de ir para o 
coração: 
▪ A.aorta → A. mesentérica → V. mesentérica → V. porta-hepática 
→ Vv. Hepáticas → V. cava → coração; 
o O fígado é responsável por metabolizar; 
o V. esplênica e V. mesentérica superior são os vasos principais que 
formam a V. porta; 
o Clínica: esquistossomose → o comprometimento dos vasos sanguíneos 
faz com que o sistema colateral seja utilizado. Isso ocorre devido à 
hipertensão portal, que também pode ser desencadeada por cirrose 
hepática, hepatite, câncer, etc. 
1.3 Drenagem linfática 
• A drenagem venosa traz nutrientes do intestino, porém, alguns elementos não 
conseguem ser carreados pelo sistema venoso (por conta do tamanho da 
molécula) como, por exemplo, os quilomícrons. Os linfáticos, portanto, fazem 
a retirada do excesso; 
• Os ductos linfáticos, que também percorrem o peritônio, despejam a linfa na 
cisterna do quilo, que dá origem ao ducto torácico, que começa no abdome e 
termina no mediastino posterior, passando junto à coluna vertebral e 
desembocando na V. subclávia esquerda; 
• Lesão no ducto torácico → elimina linfa (coloração leitosa); 
 
AULA 04 (05/05) – PARTE II – VÍSCERAS ABDOMINAIS 
• O estômago é uma bolsa que recebe os alimentos através do esôfago, que 
começa no pescoço e tem a função de permitir e facilitar, por meio de 
peristalse, a passagem dos alimentos; 
• Esôfago 
o O esôfago tem 3 porções: cervical, torácica e abdominal (a abdominal é 
a menor, medindo cerca de 2cm); 
o Passa no diafragma, pelo hiato esofágico, junto à coluna vertebral (pela 
direita, porque a A. aorta torácica passa pela esquerda) e se une ao 
estômago na região da cárdia, formando um ângulo (incisura cardial); 
o O hiato esofágico comprime o esôfago, formando uma válvula que 
impede o refluxo de ácido estomacal para o esôfago; 
o O esôfago é um tubo muscular em formato de fenda. Os alimentos 
passam por meio de peristalse; 
o O primeiro processo de digestão ocorre na boca; 
o Hérnia de hiato → perda do controle esfincteriano do hiato esofágico, 
promovendo o alargamento do hiato e, consequentemente, a herniação 
do esôfago abdominal para a região torácica; 
o Se localiza no mediastino posterior e passa pelo diafragma no hiato 
esofágico; 
• Estômago 
o É dividido em porções: 
▪ Corpo gástrico; 
▪ Região da cárdia (que se conecta ao esôfago); 
▪ Região do piloro (entro pilórico); 
▪ Fundo gástrico (parte mais superior do estômago, onde há 
acúmulo de gás) → por isso, em radiografias, é normal haver ar 
na linha do diafragma, do lado esquerdo, representando a bolha 
gasosa do estômago; 
▪ Piloro → formado por canal pilórico, esfíncter pilórico e 
constricção pilórica → controla a saída de alimento do estômago 
para o intestino (OBS: plasil relaxa o esfíncter pilórico, por isso 
melhora a digestão); 
▪ Duodeno – tem formato de C e tem o comprimento de 
aproximadamente 12 dedos. É RETROPERITONEAL! 
• A via biliar desemboca no duodeno; 
• Ele é dividido em 4 porções: 
o Superior; 
o Descendente; 
o Horizontal; 
o Ascendente; 
• Tem relação anatômica com o tronco celíaco (A. 
gastroduodenal) e com a A. mesentérica superior → a A. 
que irriga o pâncreas e o duodeno é a A. 
pancreatoduodenal; 
 
• Fígado 
o É dividido em lobo direito e lobo esquerdo pelo ligamento falciforme 
(peritônio); 
o Na parte inferior do fígado, localiza-se a vesícula biliar; 
o Se relaciona com a V. cava (posterior); 
o Do fígado, saem as Vv. Hepáticas para a V. cava; 
o Os lobos direito e esquerdo são subdivididos: 
▪ Lobo quadrado (próximo à vesícula biliar); 
▪ Lobo caudado (próximo à VCI); 
o Área nua é a área que não é recoberta pelo peritônio; 
o Pode ser retirado algum segmento sem comprometer os demais; 
 
 
o Irrigação 
▪ A A. hepática comum é seguida de uma A. hepática própria, que 
se divide em AA. hepáticas direita e esquerda, que irrigam o lobo 
direito e o esquerdo, respectivamente; 
o Drenagem 
▪ O sistema de drenagem é o sistema de saída; 
▪ No fígado, é produzida a bile, que, entre outras funções, é 
responsável por emulsificar a gordura, promovendo melhor 
absorção de nutrientes; 
▪ A bile é um elemento químico presente na segunda porção do 
duodeno que auxilia no processo de digestão. Além disso, é 
armazenada na vesícula biliar, em uma forma mais concentrada; 
• O jejum promove maior concentração da bile; 
▪ O armazenamento da bile faz com que ocorram reações químicas 
entre sais e substâncias, o que pode levar à formação de 
grânulos, que podem formar cálculos biliares (pedra na vesícula) 
• A formação desses cálculos é problemática porque, se 
algum deles acabar obstruindo o ducto cístico, pode 
promover pancreatite; 
▪ Ducto colédoco = ducto biliar; 
▪ Na 2ª porção do duodeno, o ducto colédoco se une ao ducto 
pancreático para entrar no duodeno; 
• Pâncreas 
o É um órgão retroperitoneal em íntimo contato com o estômago e o 
duodeno; 
o Tem uma cabeça que se encaixa no C do duodeno; 
o Partes do pâncreas: 
▪ Cauda → se localiza próxima ao baço; 
▪ Corpo; 
▪ Colo; 
▪ Cabeça; 
o O pâncreas tem um ducto (ducto pancreático), que se funde ao ducto 
colédoco e entra na 2ª porção do duodeno, formando a ampola, que 
desemboca na papila de Vatler (papila duodenal maior) → existe um 
esfíncter que controla a abertura e o fechamento da papila duodenal 
maior; 
o O ducto pancreático fica repleto de bile; 
o Vascularização: 
▪ A. esplênica, A. mesentérica superior, tronco celíaco, A. 
gastroduodenal; 
o É uma glândula mista → produz insulina e glucagon, que vão para o 
sangue; 
o Colecistectomia → é necessário estudar a árvore biliar para analisar se 
o cálculo não se moveu; 
o Caso haja um cálculo na papila de Vater, pode ocorrer retenção de suco 
pancreático e de bile, o que pode levar a uma pancreatite de origem 
biliar (autolesão) → icterícia, acolia fecal, colúria; 
o Trígono cístico (trígono de Calot) → trígono que compreende o ducto 
hepático comum, o ducto cístico e a borda inferior do fígado; 
▪ Conteúdo: A. cística; 
 
 
 
AULA 05 (12/05) – VÍSCERAS ABDOMINAIS (PARTE II) 
 
o Hilo hepático 
▪ Estruturas que chegam ao hilo hepático: A. hepática e V. porta; 
▪ Estrutura que sai do hilo hepático: ducto colédoco; 
▪ Os ductos hepáticos direito e esquerdo formam o ducto hepático 
comum, que se junta com o ducto cístico e forma o ducto biliar 
(=ducto colédoco), que desce e se junta com o ducto pancreático 
principal, e formam uma bolsa (dilatação), chamada de ampola 
hepatopancreática (ampola de Vater), que desemboca na 2ª 
porção do duodeno (descendente), na papila de Vater (papila 
hepatopancreática), onde ejeta bile e suco pancreático; 
• A papila de Vater tem um esfíncter, que faz com que a 
bile e o suco pancreático só sejam liberados se houver 
necessidade; 
• Intestinos 
o As diferenças entre os intestinos são visíveis macroscopicamente: 
▪ O delgado é menos espesso e mais comprido, as alças intestinais 
não possuem haustrações nem pregueações. É um emaranhado 
de alças intestinais, fazendo com que ali ocorra a maior parte do 
processo de absorção, o que permite a retirada de alguma parte 
do intestino sem comprometer a digestão e a absorção de 
nutrientes. O delgado é dividido em duodeno, jejuno e íleo, 
terminando no íleo terminal, que desemboca no ceco; 
▪ O ceco é a primeira e mais dilatada porção do intestino grosso. É 
nessa porção que existe o apêndice vermiforme, que tem função 
imunológica. O intestino grosso é composto por: ceco, colo 
ascendente (direito), colo transverso, colo descendente 
(esquerdo), colo sigmoide, reto e canal anal. Suas funções são 
absorver água e moldar as fezes, e o peristaltismo faz com que 
ocorra o endurecimento das fezes e seu trânsito para o canal 
anal. Caso não haja a formação das fezes moldadas, o controle 
esfincteriano se torna insuficiente; 
• O intestino grosso começa na fossa ilíaca direita, com o 
ceco. Após o ceco, existe o cólon ascendente, que termina 
na flexura hepática,onde se torna cólon transverso. O 
cólon transverso vai até a flexura esplênica, onde se torna 
cólon descendente. O cólon descendente faz uma curva 
para entrar na pelve, onde se torna cólon sigmoide. Na 
pelve verdadeira, torna-se reto e, mais abaixo, canal anal; 
• A irrigação arterial do cólon ascendente e dos 2/3 
proximais do cólon transverso é feita pela A. mesentérica 
superior. O restante do cólon é irrigado pela A. mesentérica 
inferior; 
▪ A inervação do peritônio se dá de acordo com a área do tipo de 
peritônio: 
• O parietal é inervado pelos mesmos nervos da parede → 
tem sensibilidade para calor, pressão, tato e frio; 
• O visceral é inervado pelos mesmos nervos das vísceras → 
é estimulado por tração ou distensão. Não tem 
sensibilidade para calor, tato, frio e pressão; 
o Na apendicite, a dor ocorre porque o apêndice se 
distende → por isso a dor é periumbilical ou 
epigástrica; 
o Como identificar o apêndice: ele se localiza na junção das tênias coli; 
o Vascularização 
▪ A A. mesentérica superior irriga: 
• Parte do duodeno; 
• Todo o jejuno (Aa. jejunais); 
• Todo o íleo (ramos ileais); 
• Íleo terminal, cólon e parte do ceco (A. ileocecocólica); 
• Apêndice (A. apendicular); 
• Cólon ascendente (A. cólica direita); 
▪ A. mesentérica inferior irriga: 
• Cólon descendente (A. cólica esquerda); 
• Cólon sigmoide (Aa. sigmoideas); 
• Reto (A. retal superior); 
▪ A. retal média e A. retal inferior (ramos da ilíaca) – irrigam o reto 
baixo; 
• Rins 
o São dois rins localizados aproximadamente entre T11(ou T12) e a região 
lombar; 
o O rim esquerdo é mais alto que o direito por causa do fígado; 
o As Aa. renais saem direto da A. aorta; 
o A A. renal esquerda é mais curta do que a direita, porque o esquerdo 
está mais perto da aorta; 
o A V. renal direita é mais curta do que a esquerda, porque a V. cava está 
mais à direita; 
o Dos rins, saem dois ductos até a bexiga, passando na parede posterior 
do abdômen → ureteres. Descem sob o M. psoas maior, por isso a cólica 
renal pode se manifestar como dor lombar; 
 
 
 
 
AULA 05 (12/05) – PARTE II – PELVE 
1. Limites da pelve 
• A cavidade abdominal e a pelve são contínuas, não havendo uma barreira 
mecânica que as separa; 
• A pelve começa a partir da crista ilíaca; 
• A pelve é dividida em: 
o Pelve superior ou falsa; 
o Pelve inferior ou verdadeira; 
• A pelve óssea é composta pelos dois ossos do quadril e pelo sacro; 
• No cíngulo (cintura) do membro inferior, que conecta o tronco ao MMII, o 
sacro não está presente; 
• Na pelve verdadeira, se localizam majoritariamente os órgãos pélvicos 
propriamente ditos (apesar de alguns órgãos pertencerem tanto à pelve 
quanto à cavidade abdominal); 
• Quem delimita a separação entre pelve falsa e pelve verdadeira é a abertura 
pélvica superior → portanto, a abertura pélvica superior é onde começa a pelve 
verdadeira, na região contornada pela linha arqueada, pela linha pectínea e 
pela asa do sacro, formando um anel oval; 
• O osso do quadril, em posição anatômica, fica voltado para baixo (sínfise 
pubiana se localiza anteroinferiormente); 
2. Funções da pelve 
• Locomoção – conexão do tronco aos MMII pela articulação coxofemural; 
• Proteção de estruturas dos aparelhos reprodutores e do trato genital; 
• Distribuição da carga corporal; 
• Fixação dos órgãos do aparelho genital externo; 
3. Ligamentos 
• 2 ligamentos formam canais que dão passagem a estruturas importantes: 
o Forame isquiático maior e forame isquiático menor; 
o Estruturas: 
▪ N. ciático; 
▪ A. pudenda; 
▪ M. piriforme; 
▪ N. obturatório; 
o O fundo é formado pelo grupamento muscular chamado de assoalho 
pélvico, que também pode ser chamado de diafragma pélvico; 
4. Assoalho pélvico 
• É composto por 2 músculos: 
o M. levantador do ânus, que se divide em: 
▪ M. puborretal; 
▪ M. pubococcígeo; 
▪ M. iliococcígeo; 
o M. coccígeo; 
• Abaixo desses músculos, existe a região perineal, que NÃO FAZ PARTE DO 
ASSOALHO PÉLVICO. O períneo é dividido em 2 trígonos: 
o Trígono urogenital; 
o Trígono anal; 
5. Pelve masculina x feminina 
• A pelve feminina é mais “aberta”; 
• O exame ginecológico do pré-natal utiliza a pelve como parâmetro para 
analisar o melhor tipo de parto; 
6. Cavidade pélvica 
• O diafragma pélvico é composto pelo M. coccígeo e pelo M. levantador do ânus, 
que é formado por três grupamentos musculares chamados de puborretal, 
pubococcígeo e iliococcígeo; 
• O M. puborretal é o esfíncter e funciona como uma alça: ele faz com que o 
reto faça uma curva, o que acumula o material fecal. Quando há estímulo 
para eliminar o material fecal, esse músculo relaxa e desfaz a angulação do 
reto, favorecendo a saída das fezes. Além dele, o esfínct4er interno e o externo 
do ânus também contribuem; 
• No períneo, existem alguns músculos, os quais dão origem a parte da estrutura 
do pênis e da vagina (M. isquiocavernoso, M. bulboesponjoso); 
7. Relação peritoneal pélvica 
• O peritônio não vai até o assoalho da pelve. Ele retorna contornando algumas 
estruturas: 
o Superfície superior da bexiga; 
o Superfície superior do útero; 
o Parte anterior do reto; 
8. Bexiga 
• É uma estrutura basicamente muscular; 
• É uma vesícula revestida superiormente por uma camada peritoneal e uma 
camada predominantemente muscular constituída por um músculo chamado 
músculo detrusor; 
• A musculatura facilita a micção (na contração); 
• Internamente, a bexiga é revestida por mucosa; 
• Dois ureteres saem do cálice renal, percorrem o M. psoas maior, passa no 
introito da pelve, passa pela pelve falsa, chega à pelve verdadeira e desemboca 
na região da bexiga; 
• A bexiga é esvaziada por um ducto chamado de uretra; 
• O trígono vesical ou trígono da bexiga é formado pelos dois ureteres + uretra; 
o É uma área onde não há pregueamento mucoso (uma área lisa); 
• Os ureteres, para chegarem à luz da bexiga, precisam perfurar o músculo da 
bexiga, o que provoca, inclusive um garroteamento, que impede a urina de 
retornar pelos ureteres durante o processo de micção; 
• O controle urinário é voluntário, porém, se a bexiga se distender além do 
limite, perde-se o controle voluntário e o SNA começa a agir, relaxando o 
esfíncter, independente da vontade; 
• Quando o peritônio faz uma passagem pelo reto e contorna a bexiga, ele forma 
uma fossa chamada de escavação retovesical; 
 
 
 
 
AULA 06 (19/05) – PELVE 
• A pelve começa na crista ilíaca; 
• Abaixo do assoalho pélvico, se localiza o períneo, que não participa da pelve; 
o Também existem músculos relacionados ao períneo como, por exemplo, 
o músculo que dá origem ao aparelho reprodutor masculino e ao 
feminino; 
o O períneo tem formato de losango → é dividido, pela tuberosidade 
isquiática, em trígono urogenital e trígono anal; 
• Bexiga 
o A bexiga é uma vesícula que recebe a urina vinda dos rins através dos 
ureteres, os quais perfuram o M. da bexiga para que possam conduzir a 
urina até ela → na micção, o M. da bexiga é contraído, causando o 
garroteamento dos ureteres, com o fim de impedir o refluxo de urina; 
o O M. da bexiga se chama M. detrusor; 
o A bexiga tem uma camada mucosa pregueada, mas existe uma região 
sem pregas: trígono vesical; 
o Detrusor é o M. que aciona a bexiga, mas os esfíncteres interno e 
externo são controlados voluntariamente; 
o Importância do trígono vesical: 
▪ Posteriormente à bexiga, nos homens, se localiza a próstata. 
Caso ocorra aumento da próstata, seja por uma doença benigna 
(como hiperplasia prostática) ou câncer, ela muda a região do 
trígono vesical, empurrando a bexiga e formando uma bolsa, o 
que faz com que sempre haja urina residual → o paciente sempre 
tem vontade de urinar e sempre urina pouco (ou seja, sempre há 
volume residual); 
▪ O trígono vesical se localiza na base da bexiga, e é responsável 
por controlar a vontade/ necessidade de urinar; 
o A escavação/recesso retovesicalé uma fossa entre a bexiga e o reto; 
o A próstata pode mudar sua anatomia e comprometer a via urinária de 
duas formas: 
▪ Pode crescer e comprimir a uretra, impedindo que a urina saia; 
▪ Pode crescer a alterar a base da bexiga, formando um bolsão que 
retém urina; 
o Por que é feito o toque retal como exame de avaliação prostática? 
▪ Normalmente, a parte glandular da próstata é posterior. Ela tem 
uma camada fibrosa, uma parte muscular e uma maior parte 
glandular, que é posterior. Portanto, o toque retal é o exame mais 
prático para avaliar a próstata; 
o A uretra masculina perfura a próstata, então, se a próstata crescer, há 
risco de estrangular a uretra, causando dificuldade de urinar; 
o A uretra masculina é dividida em uretra prostática e uretra peniana → 
a uretra feminina é bem menor do que a masculina, por isso é mais 
comum a infecção urinária na mulher; 
o Para fazer avaliação da bexiga: cistoscopia; 
o RTU (ressecção transuretral) → tem a finalidade de recuperar o trajeto 
urinário; 
• Cavidade peritoneal feminina 
o O útero se localiza entre a bexiga e o reto; 
o A escavação retouterina é o fundo de saco de Douglas → é a cavidade 
pélvica utilizada pelo ginecologista para drenar, em infecções, por 
exemplo; 
o A bexiga e o útero estão em íntima relação, por isso grávidas urinam 
acidentalmente com muita facilidade; 
o Útero e anexos 
▪ Útero é um órgão relacionado com o sistema reprodutor 
feminino: a fecundação ocorre na trompa e o zigoto se fixa no 
endométrio, onde se desenvolve; 
▪ O útero é dividido: corpo, colo e fundo; 
▪ O corpo e o fundo são separados pelas trompas uterinas: acima 
das trompas fica o fundo e abaixo fica o corpo. O colo é uma 
região estreitada do corpo; 
▪ O útero é peritonizado e contém ligamentos (que também são 
peritônio): 
• Ligamento útero-ovárico – do útero até o ovário; 
• Ligamento suspensor do ovário (Lig. Infundíbulo pélvico) – 
da pelve óssea até o ovário → A. e V. ovariana passam nele; 
o Se for feita uma histerectomia com ooferectomia, 
deve-se ligar o Lig. Infundíbulo pélvico, com o 
intuito de ligar A. e V. ováricas; 
▪ As trompas são divididas em: istmo, ampola (porção mais 
extensa), infundíbulo e fímbrias (projeções que captam os 
ovários); 
▪ Os ovários não são revestidos de peritônio, por isso os ovários 
conseguem chegar às trompas; 
• Pode haver gravidez ectópica: tubária ou pélvica; 
▪ Ligamento largo é o ligamento que sustenta o útero → é 
peritônio; 
o Diferença da cavidade peritoneal masculina para a feminina: 
▪ A feminina é aberta, o que favorece a ocorrência de peritonites; 
• A bexiga, se estiver muito distendida, por romper. 
Normalmente, ela se localiza na pelve verdadeira, mas se 
estiver muito distendida por ir para a pelve falsa e romper, 
o que faz com que seja derramada urina na cavidade 
pélvica, causando irritação; 
• OBS: peritônio visceral é sensível a distensão, tração e 
irritação química. O parietal é sensível a estímulos táteis, 
térmicos e pressão. 
▪ A masculina é fechada → não tem contato com o ambiente nem 
com a cavidade pélvica; 
 
o Ligamento redondo do útero: está em íntimo contato com o ligamento 
largo. Ele passa no canal inguinal e se fixa na púbis → também tem a 
função de limitar os movimentos uterinos; 
o Uma parte do colo uterino fica dentro da cavidade pélvica e outra parta 
na vagina; 
o Paracolpos → ligamentos que dão fixação/ estabilidade à vagina; 
▪ Em alguns casos de câncer de colo de útero, os paracolpos ficam 
infiltrados → isso é parâmetro de definição para definir se é caso 
curável ou não; 
o Vascularização 
▪ A. uterina é ramo da A. ilíaca interna, e vai em direção ao útero, 
na pelve verdadeira → se localiza no 1/3 inferior do colo do útero, 
e passa cruzando os ureteres; 
• Em histerectomia, há grande probabilidade de ligar o 
ureter junto com a A. uterina → isso causaria a retenção 
urinária nos rins, levando à necrose; 
▪ As Aa. ovarianas vêm da aorta; 
▪ As Vv. Ovarianas drenam para a VCI (lado direito) e para a V. renal 
(lado esquerdo); 
o O útero, em geral é antifletido, mas também pode ser retrofletido; 
▪ Existe um ângulo entre a vagina e o útero; 
▪ Existe um ângulo entre o útero e seu colo; 
▪ Pode ser, por isso, atifletido ou antivertido; 
▪ No exame ginecológico, avalia-se se o útero é antifletido ou 
retrofletido; 
o Parto normal/ vaginal: 
▪ O bb passa pelo diafragma pélvico e pelo diafragma genital; 
▪ Existe grande possibilidade de esgaçamento dessas estruturas; 
▪ O M. mais lacerado é o puborretal, podendo levar à lesão do 
assoalho pélvico e da região perineal; 
▪ Episiotomia não é mais recomendada; 
• Músculos do trígono urogenital 
o Grupo superficial: 
▪ M. transverso superficial do períneo; 
▪ M. bulboesponjoso; 
▪ M. isquiocavernoso; 
o Grupo profundo: 
▪ M. transverso profundo do períneo; 
▪ M. esfíncter externo da uretra (controle voluntário); 
o Inervação: ramo perineal do N. pudendo; 
• Mm. do trígono anal 
o M. esfíncter externo do ânus (inervação = ramos de S4 e ramos do N. 
pudendo); 
o M. esfíncter interno do ânus (inervação – SNA – totalmente 
involuntário); 
• Estruturas neurovaculares da pelve: 
o Artérias: 
▪ A. aorta abdominal; 
• A. ilíaca comum; 
o A. ilíaca interna; 
▪ A. umbilical; 
▪ A. obturatória; 
▪ A. vesical inferior; 
▪ A. vaginal; 
▪ A. ducto deferente; 
▪ A. uterina; 
▪ A. retal média; 
▪ A. pudenda interna; 
▪ A. glútea inferior; 
▪ A. ílio lombar; 
▪ A. sacral lateral; 
▪ A. glútea superior; 
o A. ilíaca externa; 
• A. gonadal; 
o A. testicular; 
o A. ovárica; 
▪ A. sacral mediana; 
▪ A. mesentérica inferior; 
• A. retal superior; 
o Veias: 
▪ O útero gravídico comprime a VCI, dificultando o retorno venoso 
e causando varizes de membro inferior, refluxo gastroesofágico, 
hemorroida, etc; 
▪ O câncer de próstata pode ser disseminado para a coluna 
vertebral pelo plexo venoso; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 07 (26/05) – SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 
1. Órgãos internos x externos 
• Para fins didáticos, estudamos os órgãos internos e externos separadamente; 
• Externos: 
o Pênis; 
o Bolsa escrotal; 
• Internos: 
o Gônadas ou testículos → considerados órgãos internos porque têm 
origem no abdome e, posteriormente, migram para a bolsa escrotal 
(como foi estudado em relação às hérnias inguinais); 
▪ O canal inguinal masculino, portanto, é formado pela migração 
dos testículos que, na fase embrionária, se localizam na região 
lombar e, com o desenvolvimento, percorrem a estrutura da 
parede abdominal, formando o canal, e se alojam na bolsa 
escrotal; 
o Epidídimo; 
o Canais deferentes; 
o Funículos espermáticos; 
o Ductos ejaculatórios; 
o Vesículas seminais; 
o Próstata; 
o Glândulas bulbouretrais; 
o Uretra; 
2. Pênis 
• É uma estrutura que se fixa na pelve óssea: 
o Uma das funções da pelve óssea é a 
fixação de órgãos do aparelho 
reprodutor externo, por meio da 
musculatura do períneo, que NÃO É 
PELVE: é uma camada abaixo do 
assoalho pélvico; 
o No períneo, existem as estruturas 
musculares (M. isquiocavernoso e M. 
bulboesponjoso), que participam da 
formação do pênis; 
o O ângulo subpúbico é o ângulo que se 
localiza abaixo da sínfise púbica, e 
forma um ângulo mais agudo nos 
homens do que nas mulheres; 
o O períneo tem formato de losango, e é dividido em dois trígonos: trígono 
anal e trígono urogenital. A parte do M. isquiocavernoso forma os 
corpos cavernosos, e a parte do M. bulboesponjoso forma o corpo 
esponjoso; 
• O pênis é formado, portanto, por dois corpos cavernosos e, entre eles, um 
corpo esponjoso; 
• OBS: estuda-se o pênis em posição anatômica (ereto), então, a porção dorsal 
é a que fica voltada para o tronco; 
• A parte extrema distal do corpo esponjoso se dilata, formando a glande; 
• A uretra masculina sai da bexiga, passa pelo diafragma pélvico, passa pelo 
diafragma urogenital(Mm. do períneo), passa pelo corpo esponjoso do pênis e 
desemboca na glande; 
 
• Os corpos cavernosos e o esponjoso 
(principalmente os cavernosos), 
formam lacunas onde tramitam 
vasos sanguíneos (artérias e veias, 
mas principalmente o grupamento 
arterial); 
• Todo o mecanismo da ereção 
depende justamente dessas 
estruturas vasculares: 
o A ereção ocorre por estímulo 
nervoso (sensorial ou visual) 
que influencia a secreção de 
substâncias como, por 
exemplo, o óxido nítrico, que provoca vasodilatação (ou seja, aumenta 
o fluxo sanguíneo principalmente dos corpos cavernosos) e reduz o 
retorno venoso, provocando o acúmulo de sangue no pênis, distendendo 
os corpos cavernosos e promovendo uma tensão; 
o A ereção é estímulo parassimpático; 
o Com a cessação do estímulo, ocorre o contrário: redução do fluxo devido 
à vasoconstricção e aumento do retorno venoso; 
• A raiz do pênis é a região que se fixa ao períneo; 
o M. isquiocavernoso e M. bulboesponjoso; 
o Face anterior: corpo esponjoso; 
o Face dorsal: corpos cavernosos; 
• O corpo do pênis se localiza entre a glande e a 
raiz; 
• Glande 
o É a dilatação na extremidade do corpo 
esponjoso; 
o Possui uma fenda na glande, chamada de 
óstio externo (ou meato) da uretra → 
local de passagem da urina e do sêmen; 
o A uretra masculina, então, tem dupla função; 
o A região da glande possui glândulas, as quais produzem uma secreção 
que, no início da relação sexual, libera lubrificante para facilitar a 
penetração, mas também é responsável por eliminar secreção no dia a 
dia (esmegma); 
▪ O esmegma atua como lubrificante mas, caso não haja higiene 
adequada, pode levar a um processo inflamatório, principalmente 
em homens que possuem fimose; 
Resumo 
É importante saber: que há fixação do pênis na estrutura óssea da pelve, que existem 2 
corpos cavernosos e 1 corpo esponjoso, e que os 3 saem a partir da musculatura do 
períneo (M. bulboesponjoso e M. isquiocavernoso). Além disso, é importante saber que a 
uretra passa pelo corpo esponjoso e desemboca em sua extremidade dilatada, a glande. 
Preapismo 
É uma ereção prolongada, fora do padrão (por horas) e não decorrente de estímulos 
sexuais. Pode haver desconforto doloroso e outras consequências. É recorrente em 
indivíduos que abusam de cocaína. Deve-se reduzir o fluxo: perfura-se com uma agulha 
para aspirar e esvaziar os corpos cavernosos. 
Fimose 
Comprometimento da retratabilidade da pele do entorno da glande. 
É um dos fatores de risco para infecções de repetição na região. 
• Esses processos inflamatórios recorrentes podem levar ao 
câncer de pênis (que não é muito comum, mas também 
não é raro); 
• Existem diversas camadas: 
o Fáscia superficial; 
o Fáscia espermática (relacionada à descida do testículo); 
o Fáscia profunda; 
o Essas e as demais camadas fazem o revestimento do corpo cavernoso 
e do corpo esponjoso, conferindo forma ao pênis; 
• Rafe do escroto vai do períneo até a região do escroto e é contínua com a rafe 
do pênis, que percorre todo o pênis (é um espessamento da parte anterior do 
pênis, formando como um cordão); 
 
• Vascularização 
o Começa na raiz, com influência das Aa. pudendas: 
▪ A. pudenda interna, proveniente da A. ilíaca interna (ramo 
anterior); 
o As Aa. pudendas dão origem às Aa. dorsais do pênis, que percorrem os 
corpos cavernosos e dão alguns ramos ao corpo esponjoso, participando 
do processo de ereção e da nutrição do tecido peniano; 
 
 
o A V. pudenda externa superficial drena o sangue venoso do pênis; 
o A V. dorsal do pênis drena os corpos cavernosos e contribui para a 
drenagem do corpo esponjoso; 
o As Aa. cavernosas se enchem de sangue, tornando-se tumefeitas. Então, 
há tumefação dos corpos cavernosos e do esponjoso, causando a ereção; 
o A região mais inervada e, por isso, com maior sensibilidade, é a glande; 
 
Ereção é um mecanismo do SNAP 
Ejaculação é um mecanismo do SNAS 
Postectomia 
A região da pele que recobre a glande é chamada de prepúcio. A cirurgia de postectomia é 
a cirurgia de fimose: é a retirada de uma porção dessa pele, quando sua extremidade não 
é capaz de se retrair, o que pode promover acúmulo de secreção e dificultar a micção 
(dependendo do caso). 
Criptorquidia 
É a permanência do testículo no abdome, podendo levar à formação de um tumor 
maligno. 
• Uretra 
o A base da próstata é a região que 
fica próxima ao colo da bexiga; 
o A uretra sai do colo da bexiga, 
passa pela próstata (porção 
prostática), passa pelo diafragma 
pélvico (porção membranosa, a 
menor) e pelo corpo esponjoso 
(porção peniana, a maior); 
o OBS: alguns autores consideram 
quatro porções da uretra 
(intramural, prostática, 
membranosa e peniana); 
• Inervação 
o N. pudendo → tem relação com a ejaculação, uma vez que envia 
informações sensoriais e simpáticas; 
o Nn. Esplâncnicos pélvicos → têm relação com a função erétil, através 
do plexo prostático. Atuam na inervação parassimpática; 
o N. ilioinguinal → inerva a pele da raiz peniana; 
• Segmentos uretrais 
o Intramural; 
o Prostática; 
o Membranosa/ membranácea; 
o Peniana/ pendular; 
3. Escroto/ bolsa escrotal 
• O escroto é uma bolsa musculocutânea onde estão contidos os testículos, o 
epidídimo e a primeira porção dos ductos deferentes. Cada conjunto desses 
órgãos (direito e esquerdo) é subdividido em duas porções pelo septo do 
escroto. Superficialmente, esse septo corresponde a uma rafe cutânea; 
• O escroto é constituído por camadas de tecido diferentes, que se estratificam 
da periferia para a profundidade em 7 planos: 
o Cútis → pele fina e enrugada que apresenta pregas transversais e pelos 
esparsos. Na linha mediana, encontramos a rafe do escroto; 
o Túnica dartos → constitui um verdadeiro músculo cutâneo, formado por 
fibras musculares lisas; 
o Tela subcutânea → é constituída por tecido conjuntivo frouxo; 
o Fáscia espermática externa 
→ é uma lâmina conjuntiva 
que provém das duas 
fáscias de envoltório do M. 
oblíquo externo do abdome, 
que desce do ângulo 
inguinal superficial para 
entrar na constituição do 
escroto; 
o Fáscia cremastérica → é 
uma delgada lâmina 
conjuntiva que prende 
inúmeros feixes de fibras 
Hiperplasia prostática 
A hiperplasia prostática é concêntrica (ou seja, a próstata aumenta de tamanho e 
diminui a luz da uretra passando por dentro dela), levando ao estreitamento da uretra, o 
que promove dificuldade ao urinar e acúmulo de volume residual na bexiga. 
musculares estriadas de direção vertical. Essas fibras derivam das fibras 
do M. oblíquo interno do abdome e constituem o M. cremáster; 
o Fáscia espermática interna → lâmina conjuntiva que deriva da fáscia 
transversal; 
o Túnica vaginal → serosa cujo folheto parietal representa a camada mais 
profunda do escroto, enquanto o folheto visceral envolve o testículo, o 
epidídimo e o início do ducto deferente; 
4. Testículos 
• São as gônadas masculinas; 
• Têm face lateral, posterior, anterior e medial; 
• Na parte posterior: 
o Os espermatozoides são produzidos nos testículos, passam 
posteriormente para chegar à cavidade abdominal para entrar nas 
vesículas seminais e formar um canal único que desemboca na uretra 
prostática; 
o Ou seja, a trajetória dos espermatozoides é na parte posterior (epidídimo 
e ducto deferente); 
• Túbulos seminíferos 
o São diversos túbulos 
(canais) que se juntam em 
redes maiores e confluem 
para formar os ductos 
eferentes; 
o Os ductos eferentes 
formam o epidídimo; 
o Epidídimo dá origem ao 
ducto deferente, que leva os 
espermatozoides até a 
uretra, no momento da 
ejaculação; 
o O ducto deferente passa 
pelo canal inguinal (passa 
pelo funículo espermático), 
entra na cavidade 
abdominal e termina junto 
à vesícula seminal; 
o O ducto deferente, ao fim, se une ao ducto da vesícula seminal, formando 
o ducto ejaculatório. O ducto deferente carreia os espermatozoides,enquanto a vesícula seminal e a próstata ejetam secreções que facilitam 
a mobilidade dos espermatozoides e fazem sua nutrição; 
o O ducto deferente e o ducto da vesícula seminal formam o ducto 
ejaculatório, o qual desemboca na uretra prostática; 
Espermatogênese 
A produção de espermatozoides ocorre nos testículos e depende de temperatura, então é 
modificada de acordo com o ambiente. Alterações na temperatura alteram a 
espermatogênese. Por isso a varicocele (varizes do plexo pampiniforme) interfere na 
espermatogênese. 
OBS: a V. testicular esquerda desemboca na V. renal e a direita desemboca na VCI. 
Vasectomia 
A vasectomia é a secção dos ductos deferentes, que impede a passagem de 
espermatozoides, então promove a esterilidade do homem. 
o O ducto deferente é um longo e fino tubo par, de paredes espessas, o que 
permite identifica-lo facilmente pela palpação. Por se apresentar como 
um cordão uniforme, liso e duro, distingue-se dos demais elementos que 
o cercam, que são de consistência muito branca. Próximo à sua 
terminação, o ducto deferente apresenta uma dilatação que recebe o 
nome de ampola do ducto deferente; 
5. Funículo espermático/ cordão espermático 
• O funículo espermático se estende da extremidade superior da borda do 
testículo ao ângulo inguinal profundo, local em que seus elementos tomam 
rumos diferentes; 
• O esquerdo é mais longo, o que significa que o testículo esquerdo permanece 
em nível mais baixo do que o direito; 
• Conteúdo: 
o Ducto deferente; 
o A. testicular; 
o A. do ducto deferente; 
o A. cremastérica; 
o Vv. Do plexo pampiniforme; 
o Ramo genital do N. genitofemoral; 
6. Canal inguinal 
• Hérnias inguinais; 
• É um canal entre os anéis inguinais superficial e profundo, com 3 a 5 cm de 
comprimento, localizado na parede abdominal, 2 a 4cm superiormente ao 
ligamento inguinal; 
• O trajeto do canal inguinal é no sentido inferomedial e de profundo para 
superficial; 
• Nos homens, o canal inguinal é ocupado pelo funículo espermático, enquanto 
nas mulheres é ocupado pelo ligamento redondo do útero e pelos vasos que 
acompanham o N. ilioinguinal; 
• Esse canal é uma área fraca onde as hérnias ocorrem; 
• Ângulo inguinal superficial/ externo → abertura triangular de tamanho 
variável na aponeurose do M. oblíquo externo; 
7. Vesícula seminal 
• Produz o líquido seminal; 
• O sêmen é o conjunto dos espermatozoides + os líquidos que os careiam 
(líquido seminal, produzido pela vesícula seminal e líquido prostático, 
produzido pela próstata); 
• Se localiza na parte posterior da bexiga, acima da próstata; 
• As glândulas seminais ejetam o líquido seminal; 
• O ducto da vesícula seminal se une ao ducto deferente e forma o ducto 
ejaculatório, desembocando na uretra prostática; 
• O ducto ejaculatório é apenas uma passagem → é um fino tubo par, que 
penetra pela face posterior da próstata, atravessando seu parênquima, e se 
abre em um pequeno orifício na uretra prostática; 
8. Próstata 
• É um órgão localizado abaixo da bexiga urinária; 
• Possui uma porção glandular (posterior) e uma musculofibrosa; 
• A cápsula fibrosa da próstata é densa e neurovascular, incorporando os plexos 
prostáticos de veias e nervos; 
• Secreta substâncias alcalinas que neutralizam a acidez da urina e ativam os 
espermatozoides; 
• Relações anatômicas: 
o Base → intimamente relacionada com o colo da bexiga – por isso a 
hiperplasia prostática pode causar problemas na micção; 
o Ápice → em contato com a fáscia na face superior dos Mm. esfíncter da 
uretra e transverso profundo do períneo; 
o Face anterior muscular → a maioria das fibras musculares é transversal. 
A face anterior é separada da sínfise púbica pela gordura retroperitoneal 
no espaço retropúbico; 
o Face posterior glandular → relacionada com a ampola do reto (por isso 
é feito o exame de toque retal – o tipo de câncer mais comum é o 
adenocarcinoma, que ocorre na porção glandular, que tem relação com 
o reto); 
o Faces inferolaterais → relacionadas com o M. levantador do ânus; 
• Irrigação arterial e drenagem venosa 
o As Aa. prostáticas são principalmente ramos da A. ilíaca interna, 
sobretudo as Aa. vesicais inferiores, mas também as Aa. pudenda 
interna e retal média; 
o As veias se unem para formar um plexo ao redor das laterais e da base 
da próstata, chamado de plexo venoso prostático, situado entre a 
cápsula fibrosa da próstata e a bainha prostática, e drena para as Vv. 
Ilíacas internas; 
o O plexo venoso prostático é contínuo superiormente com o plexo 
venoso vesical e comunica-se, posteriormente, com o plexo venoso 
vertebral interno (por isso é comum, em câncer de próstata, haver 
disseminação hematogênica, provocando metástases na coluna 
vertebral); 
9. Glândulas bulbouretrais 
• Se localizam junto à musculatura do diafragma urogenital; 
• Sua secreção transparente é lançada dentro da uretra para limpá-la e preparar 
a passagem dos espermatozoides; 
• Também tem função de lubrificação do pênis durante o ato sexual; 
10. Clínica 
• Fimose → existem diversos graus, podendo levar a problemas na micção devido 
à dificuldade de retração do prepúcio; 
• Balanopostites → inflamações na glande e no prepúcio (podem ser decorrentes 
de falta de higiene, por exemplo); 
• Doença de Peyronie → fibrose, causando o desvio do pênis para a esquerda; 
• Herpes genital → herpes tipo II, DST; 
• Fratura de pênis; 
• Câncer de pênis; 
• Hiperplasia benigna da próstata → causa problemas na micção por comprimir 
a bexiga e formar uma bolsa, que sempre promove a retenção urinária; 
• Cateterismo vesical de demora → implanta-se o cateter e ele permanece por 
mais tempo; 
• RTU – ressecção transuretral de próstata → é o procedimento para tratar a 
hiperplasia benigna da próstata. Consiste no restabelecimento do canal 
urinário; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 07 (26/05) – PARTE II - SISTEMA REPRODUTOR FEMININO 
1. Órgãos internos x externos 
• Internos 
o Gônadas ou ovários; 
o Vias condutoras ou tuba uterina; 
o Útero; 
o Órgão de cópula ou vagina; 
• Externos (pudendo feminino ou vulva) 
o Monte púbico; 
o Lábios maiores; 
o Lábios menores; 
o Estruturas eréteis – clitóris e bulbo do vestíbulo; 
o Glândulas anexas; 
2. Ovários 
• Os ovários são as gônadas femininas; 
• Existe um número pré-determinado de óvulos que saem dos ovários e são 
captados pelas trompas → por isso, o ovário não é peritonizado (se fosse 
revestido de peritônio, não haveria como liberar os óvulos); 
• O ovário fica aderido ao ligamento largo (ligamento que dá estabilidade ao 
útero); 
• Ligamentos: 
o Lig. Suspensor do ovário (= infundíbulo pélvico – por onde passam os 
vasos ovarianos, que são a A. gonadal ou ovariana e a V. gonadal ou 
ovariana); 
▪ Em histerectomia com ooferectomia, deve-se ligar o infundíbulo 
pélvico, justamente para ligar os vasos ovarianos; 
o Lig. Largo do útero; 
o Lig. Próprio do ovário → fixa o ovário ao útero; 
3. Trompas uterinas/ tubas uterinas/ salpinges/ trompas de falópio 
• Tubos onde os óvulos chegam, após serem liberados dos ovários; 
• As fímbrilas (tentáculos) são a porção terminal das tubas uterinas, onde são 
captados os óvulos; 
• Os óvulos, então, por peristalse (movimentos rítmicos involuntários da 
musculatura lisa) se encaminham para dentro das trompas, onde ocorre a 
fecundação pelo espermatozoide; 
• Porções: 
o Istmo (estreitamento); 
o Ampola (dilatação); 
o Trompa de falópio; 
• Salpingite 
o É uma das causas de esterilização feminina: processos inflamatórios 
nas trompas podem gerar fibrose e impedir que ocorra fecundação; 
4. Comunicação com o ambiente externo 
• Existe uma comunicação da cavidade uterina com o ambiente externo → a 
vagina possui passagem até a trompa; 
• Há comunicação da cavidade pélvica feminina com o ambiente, o que não 
ocorre nos homens, já que a uretra termina na bexiga; 
• É uma diferença importante principalmente por questõesde processos 
infecciosos: uma infecção genital pode, por exemplo, provocar uma peritonite 
nas mulheres (e nos homens não); 
5. Útero 
• Porções: corpo e colo; 
o Corpo é dividido em: 
▪ Fundo (atrás da origem das trompas); 
▪ Corpo propriamente dito; 
o Colo tem duas porções: 
▪ Intravaginal; 
▪ Intrapélvica; 
• Possui uma estrutura muscular 
(miométrio), onde pode haver miomas 
(tumorações benignas de músculo 
uterino); 
• O istmo (estreitamento) separa o corpo 
do colo; 
• OBS: colo = cérvice (cervicite = inflamação do colo uterino); 
• O útero é dividido em porções: 
o Endométrio (camada que descama na menstruação); 
o Miométrio; 
o Perimétrio; 
• Útero é um órgão peritonizado (mas não todo); 
• A cérvice uterina é subdividida em duas porções por um plano transversal que 
passa pela sua parte média, que são as porções supravaginal e vaginal. Este 
plano transversal é representado pela inserção do fórnix (fórnice) da vagina, 
em torno da parte média da cérvix. Com isso, a porção supravaginal da cérvix 
está dentro da cavidade peritoneal e é envolta pelo peritônio, formando um 
bloco comum, para cima, com o istmo, corpo e fundo do útero, enquanto a 
porção vaginal da cérvix representa um um segmento cilíndrico arredondado 
para baixo, que faz saliência no interior da vagina, ocupando o centro do seu 
fórnix. No centro da extremidade inferior da porção vaginal da cérvix do útero, 
há um orifício denominado óstio do útero; 
• Principais ligamentos: 
o Ligamento redondo → fixa o útero, passando pelo canal inguinal até a 
púbis; 
o Ligamento largo → vai da parte óssea até a lateral do útero; 
o Ligamentos útero-sacros → fixam o útero ao sacro; 
o Existem, então, 4 ligamentos para manter o útero em sua posição: 
ligamento largo, ligamento redondo, ligamento útero-sacro e ligamento 
transverso do colo; 
• Ureter cruza com a A. uterina → por isso ligadura da A. uterina, na 
histerectomia, pode acabar levando a lesão no ureter; 
• Peritônio: 
o Recobre parcialmente o útero; 
o Existem porções não peritonizadas: 
▪ Fundo de saco de Douglas (recesso útero-vesical); 
• Vascularização: 
o A. ovárica; 
o V. ovárica; 
o O útero (principalmente gravídico) pode chegar à cavidade abdominal. 
Nesses casos, pode, por exemplo, haver compressão de estruturas 
vasculares; 
▪ É por isso que a grávida deve dar preferência para deitar-se em 
decúbito lateral esquerdo → para promover a descompressão da 
V. M. I. e melhorar o retorno venoso, evitando varizes e 
hemorroidas; 
6. Vagina 
• É um canal, mas não é aberto → parede posterior e parede anterior se 
sobrepõem, formando uma fenda (e não um tubo); 
• Colo do útero é dividido em Intravaginal e Intrapélvica; 
• Paracolpos são os ligamentos para dar estabilidade à vagina; 
• Não é propriamente composta por mucosa, mas por epitélio estratificado; 
• Existe o entroito (entrada) com uma membrana (hímen); 
o O hímen serve como uma barreira física (para diminuição do contato 
com o meio externo); 
o Pode ser anular, septado ou cribiforme; 
• Posição da vagina: tem relação com o útero e com a bexiga; 
7. Vulva ou pudendo feminino 
• Estruturas: 
o Lábios; 
o Vestíbulo vaginal; 
o Óstio externo da uretra; 
o Óstio vaginal; 
o Ductos e glândulas vestibulares (maiores e menores); 
o Monte do púbis (monte pubiano); 
o Comissura anterior; 
o Comissura posterior; 
o Clitóris (pênis involuído – região de maior quantidade de terminações 
nervosas, por isso é a maior área de estímulo); 
o Uretra; 
o Óstio vaginal; 
• Glândulas vestibulares: 
o Maiores (Bartholin) 
▪ Glândulas pares; 
▪ Podem obstruir e causar bartolinite – ficam volumosas e 
dolorosas e precisam ser drenadas. Se isso ocorrer diversas vezes 
pode ser necessário passar por cirurgia; 
▪ Inferiores; 
o Menores 
▪ Variam em número e função; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 08 (02/06) – SISTEMA URINÁRIO 
1. Função 
• O sistema urinário é responsável pela filtração (rins) 
e pela excreção (ureteres, uretra e bexiga); 
• É constituído pelos órgãos uropoéticos, ou seja, 
aqueles incumbidos de elaborar a urina e armazená-
la temporariamente, até a oportunidade de ser 
eliminada para o exterior; 
• Na urina, encontramos: ácido úrico, ureia, sódio, 
potássio, bicarbonato, etc; 
2. Classificação 
• Este aparelho pode ser dividido em: 
o Órgãos secretores → aqueles que produzem a urina (rins); 
o Órgãos excretores → aqueles que são encarregados de processar a 
drenagem da urina para fora do corpo (ureteres, bexiga e uretra); 
• OBS: na parte superior dos rins, existem as glândulas suprarrenais, as quais 
não fazem parte do sistema urinário, e sim do endócrino; 
3. Localização 
• O rim esquerdo é mais alto do que o 
direito → teoricamente, isso ocorre 
porque o fígado empurra o rim direito 
para baixo; 
• Disposição dos vasos renais: 
o A V. cava fica do lado direito e a A. 
aorta do lado esquerdo. Portanto, 
a A. renal é menor à esquerda, pela 
proximidade da A. aorta. O 
contrário também é verdade; 
o Resumindo: 
▪ A. renal esquerda é menor 
do que a direita porque está 
mais perto da A. aorta; 
▪ V. renal direita é menor do 
que a esquerda porque está 
mais perto da V. cava inferior; 
• A A. renal direita passa atrás da VCI; 
4. Órgãos 
• Elemento modificador → rins – produzem e alteram a constituição da urina; 
• Elementos condutores → ureteres, bexiga e uretra – não modificam a urina ao 
longo do caminho: ao contrário, armazenam e conduzem a urina do rim para 
o meio externo; 
• Formação do cálculo renal: 
o O cálculo é formado no rim, cai na região do cálice e, junto com a urina, 
é levado ao canal, podendo ficar impactado ou migrar, indo impactar o 
ureter. O ureter é musculatura lisa, o que faz com que esse cálculo seja 
empurrado em direção da luz do canal, provocando a cólica renal; 
4.1. Rins 
• Modificações na urina: 
o Os rins modificam a urina de acordo com a necessidade metabólica, do 
equilíbrio ácido-base, da necessidade de retenção hídrica, etc; 
o A urina pode ser mais clara e diluída ou mais concentrada; 
o ADH → hormônio antidiurético – álcool inibe esse hormônio; 
• Os rins são órgãos pares, retroperitoneais, em forma de grão de feijão, 
localizados logo acima da cintura, entre o peritônio e a parede posterior do 
abdômen. Sua coloração é vermelho-parda; 
• Os rins estão situados de cada lado da coluna vertebral, por diante da região 
superior da parede posterior do abdome, estendendo-se entre a 11ª costela e 
o processo transverso da 3ª vértebra lombar; 
• Os rins são retroperitoneais e circundados por uma massa de gordura e de 
tecido areolar frouxo (cápsula); 
• Cada rim tem cerca de 11cm de comprimento, 5 a 7cm de largura e um pouco 
mais de 2,5cm de espessura; 
• O esquerdo é um pouco mais comprido e mais estreito do que o direito, que é 
ligeiramente abaixo do rim esquerdo devido ao grande tamanho do lobo direito 
do fígado; 
• O acesso ao rim é feito posteriormente, porque ele é retroperitoneal (também 
por isso a cólica é lombar); 
• Na margem medial e côncava de cada rim, encontra-se uma fenda vertical → 
hilo renal (onde passam a A. renal, a V. renal e a pelve renal); 
o No hilo, a V. renal está anterior à A. renal, que está anterior à pelve 
renal; 
o O hilo renal é a entrada para um espaço dentro do rim; 
o O seio renal, que é ocupado pela pelve renal, cálices, nervos, vasos 
sanguíneos e linfáticos e uma variável quantidade de gordura; 
• Configuração externa: 
o Cada rim apresenta duas faces, duas bordas e duas extremidades; 
▪ Faces: anterior e posterior; 
▪ Bordas: medial (côncava) e lateral (convexa); 
▪ Extremidades: superior (glândula suprarrenal) e inferior (a nível 
de L3); 
• Configuração interna: 
o Em um corte frontal, são reveladas duas regiões distintas: uma 
avermelhada de textura lisa (córtex renal) e uma marrom-avermelhada 
profunda, denominada medula renal; 
o O córtex é a periferiae a medula o centro; 
▪ A medula consiste em 8-18 estruturas cuneiformes, as pirâmides 
renais; 
• A base (extremidade mais larga) de cada pirâmide aponta 
para o córtex, e seu ápice (extremidade mais estreita), 
chamada de papila renal, aponta para o hilo do rim; 
• Entre duas pirâmides, existe uma região chamada de 
coluna renal; 
o Juntos, o córtex e as pirâmides 
renais da medula renal constituem 
a parte funcional (parênquima do 
rim); 
▪ No parênquima, estão as 
unidades funcionais dos rins 
(cerca de 1 milhão de 
estruturas microscópicas 
chamadas de néfrons); 
o A pelve, que é formada pelos cálices, 
dá origem ao ureter; 
o A urina é formada pelos néfrons e 
drenada para os grandes ductos papilares, que se estendem ao longo 
das papilas renais das pirâmides; 
▪ Os ductos drenam para estruturas chamadas cálices renais maior 
e menor; 
▪ Cada rim tem 8-18 cálices menores e 2-3 cálices maiores; 
• O cálice renal menor recebe urina dos ductos papilares de 
uma papila renal e transporta até um cálice renal maior; 
• Do cálice renal maior, a urina é drenada para a grande 
cavidade chamada pelve renal, e depois, pelo ureter, é 
drenada até a bexiga urinária; 
• O hilo renal se expande em uma cavidade, no rim, chamada 
de seio renal; 
▪ Resumindo: os néfrons desembocam nas papilas (áreas onde 
terminam as pirâmides), e formam cálices menores, que se 
juntam para formar cálices menores, que formam a pelve renal. 
A pelve renal dá origem ao ureter; 
 
• Clínica 
o Pinça aorto-mesentérica → Síndrome do estrangulamento da V. renal 
esquerda; 
▪ Estrangulamento da V. renal esquerda, pela A. mesentérica 
superior (devido à conformação); 
▪ Pode levar a: trombose, congestão renal, etc; 
▪ Não é muito rara nem muito comum; 
o Lombotomia → via de acesso aos rins; 
4.2. Ureteres 
• São dois tubos que transportam a urina dos rins para a bexiga; 
• Órgãos pouco calibrosos, com menos de 6mm de diâmetro e 25-30cm de 
comprimento; 
• Pelve renal é a extremidade superior do ureter, localizada no interior do rim; 
• Descendo obliquamente para baixo e medialmente, o ureter percorre por 
diante da parede posterior do abdome, penetrando em seguida na cavidade 
pélvica, abrindo-se no óstio do ureter situado no assoalho da bexiga urinária; 
• Em virtude desse trajeto, distinguem-se duas partes do ureter: abdominal e 
pélvica; 
• Os ureteres são capazes de realizar contrações rítmicas denominadas 
peristaltismo; 
• A urina se move ao longo dos ureteres em resposta à gravidade e ao 
peristaltismo; 
• Vascularização 
o Extremidade proximal → ramo ureteral da A. renal; 
o Segmento médio → A. gonadal e ramo ureteral direito da A. aorta 
abdominal; 
o Porção distal → ramos ureterais das Aa. vesicais superior e inferior (que 
são drenadas por veias correspondentes); 
• É retroperitoneal; 
• Importância clínica do ureter 
o Na mulher, o ureter cruza com a A. uterina (ramo da ilíaca interna) na 
pelve verdadeira; 
o A importância clínica é que, em uma histerectomia, pode haver secção 
acidental do ureter; 
4.3. Bexiga 
• A bexiga urinária funciona como um reservatório temporário para o 
armazenamento da urina por ser oco e elástico; 
• Quando vazia, a bexiga está localizada inferiormente ao peritônio e 
posteriormente à sínfise púbica: quando cheia, ela se eleva para a cavidade 
abdominal; 
o Vazia, ela se localiza na pelve verdadeira, podendo chegar à pelve falsa 
e à cavidade abdominal se estiver muito cheia; 
• Não é totalmente peritonizada; 
• A bexiga tem quatro superfícies anatômicas: 
o Superior, inferior, inferolateral direita e inferolateral esquerda; 
• A bexiga pode ser dividida em 4 partes: 
o Corpo, ápice, fundo e colo; 
• Nos homens, situa-se diretamente anterior ao reto; 
• Nas mulheres, está à frente da vagina e abaixo do útero; 
• Vascularização 
o Homem → Aa. vesicais superior e inferior (ramos da ilíaca interna); 
o Mulher → Aa. vesicais superior e inferior, Aa. vaginais; 
o Drenagem → plexo venoso vesical; 
• A saída da bexiga urinária contém o M. esfíncter interno da uretra (formado 
pelo M. detrusor), que se contrai involuntariamente, prevenindo o 
esvaziamento; 
• Inferiormente, envolvendo parte da uretra, está o M. esfíncter externo da 
uretra, que é controlado voluntariamente e permite a resistência à 
necessidade de urinar; 
• A capacidade média da bexiga urinária é de 700-800mL, e é menor nas 
mulheres porque o útero ocupa o espaço imediatamente acima da bexiga; 
4.4. Uretra 
• É um tubo que conduz a urina da bexiga para o meio externo, sendo revestida 
por mucosa que contém grande quantidade de glândulas secretoras de muco; 
• Se abre para o exterior através do óstio externo da uretra; 
• A masculina difere da feminina: 
o Diferem do ponto de vista funcional e estrutural; 
o O trajeto é diferente; 
o A do homem é maior; 
o Na mulher: 
▪ É curta (3,8cm) e faz parte exclusivamente do sistema urinário; 
▪ Seu óstio externo se localiza anteriormente à vagina e entre os 
lábios menores; 
o No homem: 
▪ Faz parte dos sistemas urinário e reprodutor; 
▪ Mede cerca de 20cm; 
▪ Deixa a bexiga, passa através da próstata e se estende ao longo 
do comprimento do pênis; 
▪ Conduz urina e esperma; 
▪ É dividida em três porções: prostática, membranácea (que passa 
no diafragma urogenital) e esponjosa (que passa no corpo 
esponjoso do pênis); 
5. Patologias 
• Cisto renal; 
• Rim policístico; 
• Nefrolitíase (cálculos renais); 
• Litíase ureteral; 
• Tumor renal; 
 
AULA 08 (02/06) – PARTE II - SISTEMA ENDÓCRINO 
• No sistema endócrino, a comunicação entre os órgãos se faz por sinais 
químicos, através de substâncias chamadas hormônios e que provocam 
respostas lentas e duradouras; 
• O sistema endócrino é formado por glândulas endócrinas, que produzem estes 
hormônios e estão amplamente distribuídas pelo corpo; 
• As glândulas endócrinas são glândulas sem ductos, ou seja, secretam 
hormônios diretamente no interior de capilares sanguíneos; 
• O sistema endócrino produz seus efeitos por meio da secreção de hormônios; 
• Os hormônios são mensageiros químicos que influenciam ou controlam as 
atividades de outros tecidos ou órgãos; 
• A maioria dos hormônios é transportada pelo sangue a outras partes do corpo, 
exercendo efeitos em tecidos mais distantes; 
• A diferença entre as glândulas endócrinas e exócrinas é que as endócrinas não 
possuem ductos; 
1. Glândulas endócrinas 
• Hipófise; 
• Glândula tireoide; 
• Glândulas paratireoides; 
• Glândulas suprarrenais; 
• Pâncreas; 
• Gônadas (ovários e testículos); 
• Timo; 
• Glândula pineal; 
2. Hipófise 
• A hipófise é uma pequena glândula com o tamanho aproximado de uma 
ervilha, também conhecida como glândula pituitária; 
• Está localizada abaixo do hipotálamo, posteriormente ao quiasma óptico, em 
uma depressão em forma de sela do osso esfenoide, denominada fossa 
hipofisária → na célula turca (base do crânio); 
• É coberta superiormente pelo diafragma da sela, circular, da dura-máter; 
• A hipófise está fixada à superfície inferior do hipotálamo, por uma curta haste 
denominada infundíbulo; 
• É dividida em duas partes: 
o Adeno-hipófise (anterior); 
o Neuro-hipófise (posterior); 
• A hipófise secreta 8 hormônios e, por isso, afeta quase todas as funções do 
corpo; 
• Adeno-hipófise 
o Parte anterior, composta por tecido epitelial glandular e altamente 
vascular; 
o Constituída de células epiteliais de tamanhos e formas variados, 
dispostas em cordões ou folículos irregulares; 
o Hormônios: 
▪ STH (somatostatina) – envolvida no controla de crescimento do 
corpo; 
▪ LTH (mamotropina) – estimula o crescimento e a secreção da 
mama feminina; 
▪ ACTH (adenocorticotropina) – controla a secreção de alguns 
hormônios corticais da glândula suprarrenal; 
▪ TSH (tireotropina) – estimula a atividade da glândula tireoide; 
▪ FSH (hormônio folículo-estimulante) – estimula o crescimento e 
a secreção

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