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Isabela Valinho Abreu Prof.º Afrânio Simões AULA 01 (24/03/22) – PAREDE ABDOMINAL ANTERIOR 1. Músculos que formam a parede abdominal anterior: • M. oblíquo externo; • M. oblíquo interno; • M. transverso do abdome (mais interno); • M. reto do abdome; • M. piramidal (alguns não possuem); Esses músculos se unem e formam a circunferência que confere forma à cavidade abdominal. 2. Divisão • Para fins didáticos, o abdome é dividido em quadrantes, e essa divisão pode ocorrer de diferentes formas, de acordo com a finalidade: o Divisão em 4 (plano mediano cruzando o plano transumbilical) ▪ QSE - Quadrante superior esquerdo; ▪ QSD - Quadrante superior direito; ▪ QIE - Quadrante inferior esquerdo; ▪ QID - Quadrante inferior direito; o Divisão em 9 (linhas medioclaviculares esquerda e direita cruzando plano subcostal e plano intertubercular) ▪ Região epigástrica; ▪ Hipocôndrio direito; ▪ Hipocôndrio esquerdo; ▪ Região umbilical/ mesogástrica; ▪ Fossa ilíaca ou flanco direito; ▪ Fossa ilíaca ou flanco esquerdo; ▪ Região hipogástrica púbica; ▪ Região inguinal direita; ▪ Região inguinal esquerda; 3. Camadas da parede abdominal anterior • Pele: derme e epiderme; • Fáscia superficial (tecido subcutâneo): o Uma camada única de tecido conjuntivo gorduroso abaixo do nível do umbigo que se divide em uma camada gordurosa mais superficial (fáscia de Camper) e em uma camada membranosa mais profunda (fáscia de Scarpa); • Fáscia de revestimento: o Tecido que recobre todas as camadas musculares; • Músculos abdominais: o Três camadas planas, semelhantes à musculatura da parede torácica, exceto na região média anterior, na qual o M. reto do abdome, verticalmente orientado, se situa na bainha do reto; • Fáscia parietal do abdome (endoabdominal): o Tecido sem maior importância, exceto por uma porção mais espessa, denominada fáscia transversal, que geralmente reveste a face interna do M. transverso abdominal → ela é contígua com a fáscia inferior do diafragma, a fáscia dos Mm. abdominais posteriores e a fáscia dos Mm. pélvicos; • Fáscia extraperitoneal: o Tecido conjuntivo que apresenta espessura variável e que contém quantidade variável de gordura; Caderno de Anatomia III – N2 • Peritônio: o Fina membrana serosa que reveste a face interna da parede abdominal (peritônio parietal) e que, ocasionalmente, se projeta além das paredes como um mesentério para envolver parcial ou completamente diversas estruturas viscerais (peritônio visceral); 4. Músculos do abdome • Parede posterior: o M. quadrado lombar; o M. psoas maior direito e esquerdo (que desce até a pelve, se une ao ílio e forma o M. iliopsoas); o M. psoas menor direito e esquerdo; • Parede anterolateral: o M. oblíquo externo direito e esquerdo; o M. oblíquo interno direito e esquerdo; o M. transverso do abdome direito e esquerdo; o M. reto do abdome direito e esquerdo; o Aponeuroses (tendões) dos Mm. oblíquos e do M. transverso se fundem e envolvem o M. reto abdominal como um envelope (bainha do reto → revestimento da parede anterior); Músculo Origem Inserção Inervação Ação Oblíquo interno Superfícies externas da 5ª à 12ª costela Linha alba, tubérculo púbico e metade anterior da crista ilíaca Seis nervos torácicos inferiores e nervo subcostal Comprime e suporta as vísceras abdominais, flexiona e faz rotação do tronco Oblíquo interno Fáscia toracolombar, 2 terços anteriores da crista ilíaca e metade lateral do ligamento inguinal Bordos inferiores da 10ª à 12ª cartilagens costais, linha alba e púbis através de um tendão conjunto Ramos ventrais dos seis nervos torácicos inferiores e primeiro nervo lombar Comprime e suporta as vísceras abdominais, flexiona e faz rotação do tronco Transverso do abdome Superfícies internas das cartilagens costais 7 a 12, fáscia toracolombar, crista ilíaca e terço lateral do ligamento inguinal Linha alba com aponeurose do oblíquo externo, crista púbica e linha pectínea através do tendão conjunto Ramos ventrais dos seis nervos torácicos inferiores e primeiro nervo lombar Comprime e sustenta as vísceras abdominais Reto do abdome Sínfise púbica e crista púbica Processo xifoide e 5ª a 7ª cartilagens costais Ramos ventrais dos 6 nervos torácicos inferiores Comprime e sustenta as vísceras abdominais e flexiona o tronco O M. oblíquo interno de um lado trabalha em sinergia com o M. oblíquo externo contralateral O M. oblíquo interno põe a “mão no ombro”, e o externo, a “mão no bolso” Aponeuroses O M. oblíquo interno forma uma lâmina anteriormente e uma posteriormente, o M. oblíquo externo forma uma lâmina posteriormente e o M. transverso forma uma lâmina anteriormente. Isso ocorre de ambos os lados, lateromedialmente e, na fusão entre essas aponeuroses, forma-se uma área mais espessa chamada de linha alba. A linha alba é utilizada como referência para cirurgias de emergência, porque facilita a cirurgia, já que não há músculos nem estruturas importantes. No entanto, não é utilizada em incisão de cirurgias eletivas, porque a cicatriz é bastante pronunciada. A A. epigástrica inferior se anastomosa com a A. epigástrica superior. A superior é continuação da A. torácica interna e a inferior vem da ilíaca externa. 5. Inervação do abdome • A inervação é segmentar por conta do empilhamento de vértebras; • De acordo com a área topográfica, é possível analisar o padrão de lesão no segmento medular; • A distribuição dos nervos sai da medula espinhal (SNC), pelos forames, na região intervertebral; • Resumindo: a inervação do abdome segue uma linha de demarcação de acordo com os Nn. Intercostais, que vêm do segmento da medula, acompanhando o gradio costal. 6. vascularização • Irrigação: o A. torácica interna; o Ao nível do espigástrio, ela se divide: ▪ A. epigástrica superior, que vai para a região epigástrica; ▪ A. musculofrênica, que vai para o diafragma; o Aa. ilíacas comuns se dividem: ▪ Aa. ilíacas internas; ▪ Aa. ilíacas externas → participam da parede do abdômen, dando origem à A. epigástrica inferior; o A. epigástrica inferior → percorre o ventre do M. reto abdominal assim como a A. epigástrica superior; Artéria musculofrênica Ramo terminal da A. torácica interna que cursa ao longo da margem costal Artéria epigástrica superior Origina-se na extremidade terminal da A. torácica interna e se anastomosa com a A. epigástrica inferior ao nível do umbigo Artéria epigástrica inferior Origina-se da A. ilíaca externa e se anastomosa com a A. epigástrica superior Artéria circunflexa ilíaca superficial Origina-se da A. femoral e se anastomosa com a A. epigástrica superior Artéria epigástrica superficial Origina-se da A. femoral e cursa em direção ao umbigo Artéria pudenda externa Origina-se da A. femoral e cursa em direção ao púbis Correlação clínica Paciente sofreu um trauma e refere perda de sensibilidade ou de motricidade em um segmento (aparenta ter sofrido trauma raquimedular) e está plégico. É possível analisar, com base na topografia, qual segmento foi lesado. Ex.: cicatriz umbilical → T10 Formação de plexos É importante saber da formação dos plexos para compreender, por exemplo, por que alguma dor irradia para algum lugar. Plexos esplâncnico e celíaco. A A. epigástrica inferior é um marco importante para hérnias inguinais. Todo o sangue venoso que chega ao coração chega pelo AD. Hérnia umbilical Abaixo da cicatriz umbilical, as lâminas aponeuróticas não passam posteriormente, só anteriormente (ao nível da linha arqueada), o que confere a essa região um aspecto mais propenso a hérnias. A espessura permanece a mesma, mas a resistência da região é diminuída por conta da mudança de local por onde as lâminas passam. Por conta disso,pode haver herniação abaixo da hérnia umbilical muito facilmente. • Drenagem venosa: o Drenagem pelo sistema porta: se esse processo for obstruído, as vias colaterais são utilizadas, podendo chegar, inclusive à axila (V. axilar); V. epigástrica superficial Drena para a V. femoral V. circunflexa ilíaca superficial Drena para a V. femoral e corre em paralelo com o ligamento inguinal V. epigástrica inferior Drena para a V. ilíaca externa V. epigástrica superior Drena para a V. torácica interna V. toracoepigástrica Anastomosa-se entre a V. epigástrica superficial e a V. torácica lateral V. torácica lateral Drena para a V. axilar • Drenagem linfática: o Existem a drenagem superficial e a profunda; Linfonodos axilares Drenagem superficial acima do umbigo Linfonodos inguinais Drenagem profunda ao longo dos vasos torácicos internos Linfonodos paraesternais Drenagem profunda ao longo dos vasos torácicos internos Linfonodos lombares Drenagem profunda internamente aos linfonodos ao longo da A. aorta abdominal Linfonodos ilíacos externos Drenagem profunda ao longo dos vasos ilíacos externos 7. Região inguinal • A região inguinal é a região de transição entre a parede anterior do abdome e a coxa. Conforme a diferenciação sexual, essa região tem um desenvolvimento próprio e específico durante o desenvolvimento gonadal. Antes da descida das gônadas localizadas inicialmente superiormente na parede posterior do abdome, forma-se um canal a partir do mesonéfron, chamado gubernáculo, que se fixará nas eminências da genitália externa; o Por dentro do guabernáculo, desce uma bolsa extraperitoneal chamada de processo vaginal, que se projeta contra a parede abdominal na sua descida, e assim adquire camadas de revestimento; • Canal inguinal → é um canal entre os anéis inguinais superficial e profundo, com 3 a 5cm de comprimento na parede abdominal, 2 a 4cm superior ao ligamento inguinal. O trajeto do canal inguinal é no sentido inferomedial e de profundo para superficial. Nos homens, está ocupado pelo funículo espermático, e nas mulheres, pelo ligamento redondo do útero, vasos que acompanham e N. ilioinguinal. O canal inguinal é uma área fraca onde as hérnias inguinais ocorrem; • As hérnias inguinais são mais comuns em homens, simplesmente pelo fato da descida dos testículos no período embrionário; o Hérnia congênita/ indireta: o testículo empurra a parede abdominal, formando um “dedo de luva”, até chegar ao escroto. Após descer e fazer o canal, esse canal é fechado, mas continua com um pequeno orifício para que passem vasos e outras estruturas. Pode haver, no entanto, o mal fechamento desse orifício, o que favorece a formação de hérnias inguinais; o Hérnia direta: decorrente da fragilidade da parede anterior do abdome abaixo da cicatriz umbilical; • Outro fator que predispõe à formação de hérnias (adquiridas/ diretas) é a fragilidade na parede anterior do abdome decorrente da disposição das aponeuroses abaixo da cicatriz umbilical; Anel superficial Abertura medial na aponeurose oblíqua abdominal externa Anel profundo Evaginação da fáscia transversal lateral aos vasos epigástricos inferiores, formando a camada interna da fáscia espermática Canal inguinal Túnel estendendo-se do anel profundo para o superficial, em paralelo ao ligamento inguinal: transmite o cordão espermático nos homens ou o ligamento redondo nas mulheres Parede anterior Aponeurose dos Mm. oblíquos abdominais externo e interno Parede posterior Fáscia transversal: inclui medialmente o tendão conjunto Teto Fibras musculares arqueadas dos Mm. oblíquo interno e transverso Assoalho Metade medial do ligamento inguinal medialmente pelo ligamento lacunar, uma extensão expandida do ligamento Ligamento inguinal Ligamento se estendendo entre a espinha ilíaca superior anterior e o tubérculo púbico; margem inferior dobrada da aponeurose oblíqua abdominal externa AULA 02 – 31/03 – ABDOME (AULA 02) Estruturas do canal inguinal masculino Ducto (canal) deferente Artéria testicular, artéria do ducto deferente e A. cremastérica Plexo pampiniforme das veias (Vv. Testiculares) Fibras nervosas autonômicas (eferentes simpáticos e aferentes viscerais) cursando sobre as artérias e o ducto deferente Ramo genital do N. genitofemoral (que inerva o M. cremaster) OBS: no canal inguinal feminino, passa o ligamento redondo do útero Camadas do cordão espermático Fáscia espermática externa: derivada da aponeurose do M. oblíquo externo Fáscia cremastérica (espermática média): derivada do M. oblíquo interno Fáscia espermática interna: derivada da fáscia transversal • Hérnias de parede abdominal o As hérnias da parede abdominal são frequentemente denominadas hérnias ventrais, a fim de distingui-las das hérnias inguinais. Contudo, todas são, tecnicamente, hérnias de parede abdominal. Com exceção das hérnias inguinais, os tipos mais comuns incluem: ▪ Hérnia umbilical (geralmente observada até os 3 anos ou após os 40); ▪ Hérnia de linha alba (geralmente observada na região epigástrica e mais comum em homens, raramente contém estruturas viscerais); ▪ Hérnia da linha semilunar ou hérnia de Spiegel (geralmente ocorre na meia-idade e se desenvolve lentamente); ▪ Hérnia incisional (ocorre no local de uma cicatriz prévia de laparotomia); o A hérnia de parede abdominal mais comum é a hérnia inguinal, que pode ser direta (adquirida, devido à fragilidade da parede abdominal abaixo da linha umbilical) ou indireta (congênita); ▪ Conteúdo do canal inguinal: funículo ou cordão espermático (no homem) e ligamento redondo do útero (na mulher); ▪ As hérnias inguinais são formadas no canal inguinal; ▪ A. epigástrica inferior é um marco anatômico importante, porque passa medialmente ao orifício profundo. Hérnias laterais a ela são indiretas e hérnias mediais a ela são diretas; • Hérnias inguinais o A protrusão do conteúdo peritoneal (mesentério, gordura e/ou uma porção do intestino) através da parede abdominal na região inguinal é denominada hérnia inguinal. As hérnias inguinais são diferenciadas por sua relação com os vasos epigástricos inferiores. Existem dois tipos de hérnias inguinais: ▪ As indiretas (ou oblíqua externa): representam 75% das hérnias inguinais; ocorre lateralmente aos vasos epigástricos inferiores, passando através do anel inguinal profundo e do canal inguinal como uma protrusão ao longo do cordão espermático e localizando-se na fáscia espermática interna; ▪ As diretas (ou oblíqua interna): ocorrem medialmente aos vasos epigástricos inferiores, passam diretamente através da parede posterior do canal inguinal e estão separadas do cordão espermático e seus revestimentos derivados da parede abdominal. Elas ocorrem não por causa de um processo vaginal patente, mas em razão de uma fragilidade “adquirida” da parede abdominal inferior. As hérnias inguinais diretas podem sair através do anel superficial, adquirindo uma camada da fáscia espermática externa, com o raro potencial de se herniarem para a bolsa escrotal; ▪ OBS: hérnias laterais à A. epigástrica superior são indiretas e as mediais são diretas; • Hidrocele e varicocele o A causa mais comum de aumento da bolsa escrotal é a hidrocele, um acúmulo excessivo de líquido no interior da túnica vaginal (normalmente um espaço potencial). Esse pequeno saco de peritônio é originalmente oriundo do processo vaginal, que recobre cerca de 2 terços do testículo. Uma infecção no testículo ou epidídimo, um trauma ou um tumor podem levar à hidrocele, ou ela pode ser idiopática; o A varicocele constitui a dilatação anormal e a tortuosidade anormal do plexo venoso pampiniforme no interior do cordão espermático. Quase todas as varicoceles são do lado esquerdo, talvez porque a veia testicular esquerda drene para a veia renal esquerda em vez da VCI, como o faz a V. testicular direita.A varicocele é evidente ao exame físico quando o paciente fica de pé, mas frequentemente se resolve quando o paciente está reclinado; ▪ Cauda dor devido à congestão pélvica, principalmente durante o ato sexual, com o aumento do fluxo sanguíneo para o local; ▪ É a principal causa de infertilidade nos homens; ▪ Nem sempre precisa ser tratada: só se houver sintomas ou se a infertilidade for um problema; AULA 02 (31/03) – PARTE II - PERITÔNIO 1. Definição • É uma lâmina que recobre a cavidade abdominal; • É considerado um órgão, perdendo em extensão somente para a pele; • Atua como facilitador de deslizamento das vísceras (principalmente alças intestinais); • Produz células de defesa para bloquear possíveis infecções; o Apendicite supurada → o peritônio tampona; o Inflamações nas trompas, que poderiam chegar à cavidade abdominal; • É dividido em parietal e visceral; o A maioria das vísceras são envoltas por peritônio; o A parte que reveste a parede abdominal é denominada peritônio parietal; o A parte que se reflete sobre as vísceras constitui o peritônio visceral; o Determinadas vísceras abdominais são completamente envolvidas por peritônio e suspensas na parede por uma delgada lâmina fina de tecido conjuntivo revestida pela serosa, contendo os vasos sanguíneos; o O peritônio tem a mesma vascularização sanguínea e linfática e a mesma inervação que a região da parede que reveste; o O peritônio parietal é sensível a estímulos táteis, térmicos, de pressão e laceração e a dor é geralmente bem localizada; o O peritônio visceral é invisível ao toque, calor e frio; é estimulado basicamente por distensão (tração) e irritação química. A dor provocada é mal localizada, sendo referida nos dermátomos dos gânglios sensitivos espinais. • Cavidade peritoneal é diferente de cavidade abdominal! 2. Nomes específicos do peritônio • Mesentério → peritônio do intestino delgado; • Mesocólon → peritônio do intestino grosso; 3. Estruturas retro e pré-peritoneais • Pré-peritoneais o Vasos torácicos internos; • Retroperitoneais o A. aorta abdominal; o VCI; o Rins; • Peritoneais o Fígado; o V. porta; o Ducto biliar; o A. hepática própria; o Fígado; OMENTO • O peritônio apresenta dois omentos: o maior e o menor; • O omento maior é um delgado avental que pende sobre o cólon transverso e as alças do intestino delgado, estando inserido ao longo da curvatura maior do estômago e da primeira porção do duodeno; • O omento menor se estenda da curvatura menor do estômago e da porção inicial do duodeno até o fígado; • O omento se movimenta; • Pequeno omento (omento menor) é subdividido em duas porções: o Hepatogástrico → onde passam ducto coléduco, A. hepática e V. porta ▪ Em uma cirurgia de vesícula (colecistectomia) se houver sangramento, deve-se comprimir essa estrutura para que a A. hepática seja comprimida – manobra de Pringle; o Hepatoduodenal; AULA 03 (28/04) – PERITÔNIO • O peritônio faz várias dobras para revestir diversas estruturas e formar a cavidade peritoneal; • O peritônio é uma lâmina de tecido conjuntivo que reveste as estruturas da cavidade abdominal; • Cavidade peritoneal o A cavidade peritoneal está dentro da cavidade abdominal; o Cavidade peritoneal ▪ Fígado; ▪ Ligamento gastroesplênico; o Pré-peritoneal ▪ Tecido adiposo; ▪ Vasos torácicos internos; ▪ Ligamento gastroduodenal; o Retroperitoneal ▪ A. aorta abdominal; ▪ VCI; ▪ Rins; ▪ pâncreas; • O peritônio se projeta para dentro da cavidade para revestir: alças intestinais, fígado, estômago, baço e outras estruturas mais; • Mesentério é o peritônio que envolve intestino delgado; • Mesocólon é o peritônio que envolve o intestino grosso; • O peritônio reveste e fixa, além de órgãos, estruturas vasculares e nervosas; • Omento também é uma prega peritoneal; • Omentos o Entre o fígado e o estômago → pequeno omento ou omento menor; o Entre o cólon transverso e o estômago → grande omento ou omento maior (o omento maior se dobra e forma um avental); o Eles produzem líquido peritoneal e conseguem se movimentar, atuando, dessa forma, como proteção do organismo; o O omento menor é uma prega peritoneal. Ele é dividido: ▪ Ligamento hepatoduodenal; • A tríade portal passa no ligamento hepatoduodenal → tríade portal = A. hepática, V. porta hepática e ducto colédoco. Essa tríade é responsável por drenar toda a bile do intestino delgado e levar a maior parte do sangue para o fígado; o OBS: na emergência, em fratura de costelas flutuantes com hemorragia hepática intensa, deve- se comprimir o ligamento hepatoduodenal; ▪ Ligamento Hepatogástrico; • Andares do abdome o Supramesocólico; o Inframesocólico; o Bolsa omental; • Mesentério e mesocólon o Mesentério propriamente dito → tem origem nas estruturas ventrais da coluna vertebral e mantém suspenso o intestino delgado; o Mesocólon transverso → prende o cólon transverso à parede posterior do abdome; o Mesocólon sigmoide → mantém o cólon sigmoide em conexão com a parede pélvica; o Mesocólon ascendente e descendente → ligam o cólon ascendente e descendente à parede posterior do abdome; o Cólon transverso e sigmoide têm pregas mais alongadas, permitindo maior capacidade de movimentação. Podem ser utilizados, por exemplo, em desvios de colostomia; • OBS: esôfago abdominal tem serosa, mas esôfago torácico e cervical não; • Estruturas do intestino grosso o Apêndices epiploicos ▪ São aglomerados de gordura que se acumulam junto à alça intestinal do cólon e reto; ▪ Não ocorrem no intestino delgado; o Tênias cólicas ▪ São fitas musculares que acompanham longitudinalmente o intestino grosso; o Haustrações; AULA 04 (05/05) – VASCULARIZAÇÃO ABDOMINAL 1. Vascularização abdominal 1.1 Irrigação arterial • A. aorta descendente abdominal o Aa. frênicas inferiores o Tronco celíaco ▪ A. esplênica ▪ A. gástrica esquerda ▪ A. hepática comum • Hepática própria o Gástrica direita • Gastroduodenal o A. mesentérica superior o A. mesentérica inferior o A. gonadal o Aa. parietais (parede posterior e contribuição para a parede anterolateral) o A. sacral mediana Tronco celíaco A. gástrica esquerda Estômago e esôfago A. esplênica Pâncreas, estômago e omento maior A. hepática comum A. hepática própria Fígado, vesícula biliar e estômago A. Gástrica direita Estômago A. Gastroduodenal Estômago, duodeno, pâncreas e omento maior A. mesentérica superior Pâncreas, intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo) e intestino grosso (colo ascendente e transverso) A. Mesentérica inferior Intestino grosso (colo transverso, descendente, sigmoide e reto) Aa. renais Rins, glândulas suprarrenais e ureteres • Estômago o A A. gástrica esquerda vem direto do tronco celíaco e a A. gástrica direita sai da A. hepática comum. Ambas irrigam a pequena curvatura do estômago; ▪ A A. gástrica esquerda emite o ramo esofágico, que irriga o esôfago; o A A. gastromental (gastroepiploica) esquerda vem da A. esplênica e a direita vem da gastroduodenal. Ambas se anastomosam e irrigam a grande curvatura do estômago; • Intestinos o A A. mesentérica superior irriga parte do duodeno, jejuno, íleo, cólon ascendente e os 2/3 proximais do cólon transverso; o A A. mesentérica inferior irriga o terço distal do cólon transverso, os cólons descendente e sigmoide e o reto; o OBS: a vascularização fragmentada permite que sejam feitas ressecções sem perder toda a vascularização do intestino; 1.2 Drenagem venosa • Sistema porta hepático o Os vasos que vêm das alças intestinais (das vísceras relacionadas ao aparelho digestório) precisam passar pelo fígado antes de ir para o coração: ▪ A.aorta → A. mesentérica → V. mesentérica → V. porta-hepática → Vv. Hepáticas → V. cava → coração; o O fígado é responsável por metabolizar; o V. esplênica e V. mesentérica superior são os vasos principais que formam a V. porta; o Clínica: esquistossomose → o comprometimento dos vasos sanguíneos faz com que o sistema colateral seja utilizado. Isso ocorre devido à hipertensão portal, que também pode ser desencadeada por cirrose hepática, hepatite, câncer, etc. 1.3 Drenagem linfática • A drenagem venosa traz nutrientes do intestino, porém, alguns elementos não conseguem ser carreados pelo sistema venoso (por conta do tamanho da molécula) como, por exemplo, os quilomícrons. Os linfáticos, portanto, fazem a retirada do excesso; • Os ductos linfáticos, que também percorrem o peritônio, despejam a linfa na cisterna do quilo, que dá origem ao ducto torácico, que começa no abdome e termina no mediastino posterior, passando junto à coluna vertebral e desembocando na V. subclávia esquerda; • Lesão no ducto torácico → elimina linfa (coloração leitosa); AULA 04 (05/05) – PARTE II – VÍSCERAS ABDOMINAIS • O estômago é uma bolsa que recebe os alimentos através do esôfago, que começa no pescoço e tem a função de permitir e facilitar, por meio de peristalse, a passagem dos alimentos; • Esôfago o O esôfago tem 3 porções: cervical, torácica e abdominal (a abdominal é a menor, medindo cerca de 2cm); o Passa no diafragma, pelo hiato esofágico, junto à coluna vertebral (pela direita, porque a A. aorta torácica passa pela esquerda) e se une ao estômago na região da cárdia, formando um ângulo (incisura cardial); o O hiato esofágico comprime o esôfago, formando uma válvula que impede o refluxo de ácido estomacal para o esôfago; o O esôfago é um tubo muscular em formato de fenda. Os alimentos passam por meio de peristalse; o O primeiro processo de digestão ocorre na boca; o Hérnia de hiato → perda do controle esfincteriano do hiato esofágico, promovendo o alargamento do hiato e, consequentemente, a herniação do esôfago abdominal para a região torácica; o Se localiza no mediastino posterior e passa pelo diafragma no hiato esofágico; • Estômago o É dividido em porções: ▪ Corpo gástrico; ▪ Região da cárdia (que se conecta ao esôfago); ▪ Região do piloro (entro pilórico); ▪ Fundo gástrico (parte mais superior do estômago, onde há acúmulo de gás) → por isso, em radiografias, é normal haver ar na linha do diafragma, do lado esquerdo, representando a bolha gasosa do estômago; ▪ Piloro → formado por canal pilórico, esfíncter pilórico e constricção pilórica → controla a saída de alimento do estômago para o intestino (OBS: plasil relaxa o esfíncter pilórico, por isso melhora a digestão); ▪ Duodeno – tem formato de C e tem o comprimento de aproximadamente 12 dedos. É RETROPERITONEAL! • A via biliar desemboca no duodeno; • Ele é dividido em 4 porções: o Superior; o Descendente; o Horizontal; o Ascendente; • Tem relação anatômica com o tronco celíaco (A. gastroduodenal) e com a A. mesentérica superior → a A. que irriga o pâncreas e o duodeno é a A. pancreatoduodenal; • Fígado o É dividido em lobo direito e lobo esquerdo pelo ligamento falciforme (peritônio); o Na parte inferior do fígado, localiza-se a vesícula biliar; o Se relaciona com a V. cava (posterior); o Do fígado, saem as Vv. Hepáticas para a V. cava; o Os lobos direito e esquerdo são subdivididos: ▪ Lobo quadrado (próximo à vesícula biliar); ▪ Lobo caudado (próximo à VCI); o Área nua é a área que não é recoberta pelo peritônio; o Pode ser retirado algum segmento sem comprometer os demais; o Irrigação ▪ A A. hepática comum é seguida de uma A. hepática própria, que se divide em AA. hepáticas direita e esquerda, que irrigam o lobo direito e o esquerdo, respectivamente; o Drenagem ▪ O sistema de drenagem é o sistema de saída; ▪ No fígado, é produzida a bile, que, entre outras funções, é responsável por emulsificar a gordura, promovendo melhor absorção de nutrientes; ▪ A bile é um elemento químico presente na segunda porção do duodeno que auxilia no processo de digestão. Além disso, é armazenada na vesícula biliar, em uma forma mais concentrada; • O jejum promove maior concentração da bile; ▪ O armazenamento da bile faz com que ocorram reações químicas entre sais e substâncias, o que pode levar à formação de grânulos, que podem formar cálculos biliares (pedra na vesícula) • A formação desses cálculos é problemática porque, se algum deles acabar obstruindo o ducto cístico, pode promover pancreatite; ▪ Ducto colédoco = ducto biliar; ▪ Na 2ª porção do duodeno, o ducto colédoco se une ao ducto pancreático para entrar no duodeno; • Pâncreas o É um órgão retroperitoneal em íntimo contato com o estômago e o duodeno; o Tem uma cabeça que se encaixa no C do duodeno; o Partes do pâncreas: ▪ Cauda → se localiza próxima ao baço; ▪ Corpo; ▪ Colo; ▪ Cabeça; o O pâncreas tem um ducto (ducto pancreático), que se funde ao ducto colédoco e entra na 2ª porção do duodeno, formando a ampola, que desemboca na papila de Vatler (papila duodenal maior) → existe um esfíncter que controla a abertura e o fechamento da papila duodenal maior; o O ducto pancreático fica repleto de bile; o Vascularização: ▪ A. esplênica, A. mesentérica superior, tronco celíaco, A. gastroduodenal; o É uma glândula mista → produz insulina e glucagon, que vão para o sangue; o Colecistectomia → é necessário estudar a árvore biliar para analisar se o cálculo não se moveu; o Caso haja um cálculo na papila de Vater, pode ocorrer retenção de suco pancreático e de bile, o que pode levar a uma pancreatite de origem biliar (autolesão) → icterícia, acolia fecal, colúria; o Trígono cístico (trígono de Calot) → trígono que compreende o ducto hepático comum, o ducto cístico e a borda inferior do fígado; ▪ Conteúdo: A. cística; AULA 05 (12/05) – VÍSCERAS ABDOMINAIS (PARTE II) o Hilo hepático ▪ Estruturas que chegam ao hilo hepático: A. hepática e V. porta; ▪ Estrutura que sai do hilo hepático: ducto colédoco; ▪ Os ductos hepáticos direito e esquerdo formam o ducto hepático comum, que se junta com o ducto cístico e forma o ducto biliar (=ducto colédoco), que desce e se junta com o ducto pancreático principal, e formam uma bolsa (dilatação), chamada de ampola hepatopancreática (ampola de Vater), que desemboca na 2ª porção do duodeno (descendente), na papila de Vater (papila hepatopancreática), onde ejeta bile e suco pancreático; • A papila de Vater tem um esfíncter, que faz com que a bile e o suco pancreático só sejam liberados se houver necessidade; • Intestinos o As diferenças entre os intestinos são visíveis macroscopicamente: ▪ O delgado é menos espesso e mais comprido, as alças intestinais não possuem haustrações nem pregueações. É um emaranhado de alças intestinais, fazendo com que ali ocorra a maior parte do processo de absorção, o que permite a retirada de alguma parte do intestino sem comprometer a digestão e a absorção de nutrientes. O delgado é dividido em duodeno, jejuno e íleo, terminando no íleo terminal, que desemboca no ceco; ▪ O ceco é a primeira e mais dilatada porção do intestino grosso. É nessa porção que existe o apêndice vermiforme, que tem função imunológica. O intestino grosso é composto por: ceco, colo ascendente (direito), colo transverso, colo descendente (esquerdo), colo sigmoide, reto e canal anal. Suas funções são absorver água e moldar as fezes, e o peristaltismo faz com que ocorra o endurecimento das fezes e seu trânsito para o canal anal. Caso não haja a formação das fezes moldadas, o controle esfincteriano se torna insuficiente; • O intestino grosso começa na fossa ilíaca direita, com o ceco. Após o ceco, existe o cólon ascendente, que termina na flexura hepática,onde se torna cólon transverso. O cólon transverso vai até a flexura esplênica, onde se torna cólon descendente. O cólon descendente faz uma curva para entrar na pelve, onde se torna cólon sigmoide. Na pelve verdadeira, torna-se reto e, mais abaixo, canal anal; • A irrigação arterial do cólon ascendente e dos 2/3 proximais do cólon transverso é feita pela A. mesentérica superior. O restante do cólon é irrigado pela A. mesentérica inferior; ▪ A inervação do peritônio se dá de acordo com a área do tipo de peritônio: • O parietal é inervado pelos mesmos nervos da parede → tem sensibilidade para calor, pressão, tato e frio; • O visceral é inervado pelos mesmos nervos das vísceras → é estimulado por tração ou distensão. Não tem sensibilidade para calor, tato, frio e pressão; o Na apendicite, a dor ocorre porque o apêndice se distende → por isso a dor é periumbilical ou epigástrica; o Como identificar o apêndice: ele se localiza na junção das tênias coli; o Vascularização ▪ A A. mesentérica superior irriga: • Parte do duodeno; • Todo o jejuno (Aa. jejunais); • Todo o íleo (ramos ileais); • Íleo terminal, cólon e parte do ceco (A. ileocecocólica); • Apêndice (A. apendicular); • Cólon ascendente (A. cólica direita); ▪ A. mesentérica inferior irriga: • Cólon descendente (A. cólica esquerda); • Cólon sigmoide (Aa. sigmoideas); • Reto (A. retal superior); ▪ A. retal média e A. retal inferior (ramos da ilíaca) – irrigam o reto baixo; • Rins o São dois rins localizados aproximadamente entre T11(ou T12) e a região lombar; o O rim esquerdo é mais alto que o direito por causa do fígado; o As Aa. renais saem direto da A. aorta; o A A. renal esquerda é mais curta do que a direita, porque o esquerdo está mais perto da aorta; o A V. renal direita é mais curta do que a esquerda, porque a V. cava está mais à direita; o Dos rins, saem dois ductos até a bexiga, passando na parede posterior do abdômen → ureteres. Descem sob o M. psoas maior, por isso a cólica renal pode se manifestar como dor lombar; AULA 05 (12/05) – PARTE II – PELVE 1. Limites da pelve • A cavidade abdominal e a pelve são contínuas, não havendo uma barreira mecânica que as separa; • A pelve começa a partir da crista ilíaca; • A pelve é dividida em: o Pelve superior ou falsa; o Pelve inferior ou verdadeira; • A pelve óssea é composta pelos dois ossos do quadril e pelo sacro; • No cíngulo (cintura) do membro inferior, que conecta o tronco ao MMII, o sacro não está presente; • Na pelve verdadeira, se localizam majoritariamente os órgãos pélvicos propriamente ditos (apesar de alguns órgãos pertencerem tanto à pelve quanto à cavidade abdominal); • Quem delimita a separação entre pelve falsa e pelve verdadeira é a abertura pélvica superior → portanto, a abertura pélvica superior é onde começa a pelve verdadeira, na região contornada pela linha arqueada, pela linha pectínea e pela asa do sacro, formando um anel oval; • O osso do quadril, em posição anatômica, fica voltado para baixo (sínfise pubiana se localiza anteroinferiormente); 2. Funções da pelve • Locomoção – conexão do tronco aos MMII pela articulação coxofemural; • Proteção de estruturas dos aparelhos reprodutores e do trato genital; • Distribuição da carga corporal; • Fixação dos órgãos do aparelho genital externo; 3. Ligamentos • 2 ligamentos formam canais que dão passagem a estruturas importantes: o Forame isquiático maior e forame isquiático menor; o Estruturas: ▪ N. ciático; ▪ A. pudenda; ▪ M. piriforme; ▪ N. obturatório; o O fundo é formado pelo grupamento muscular chamado de assoalho pélvico, que também pode ser chamado de diafragma pélvico; 4. Assoalho pélvico • É composto por 2 músculos: o M. levantador do ânus, que se divide em: ▪ M. puborretal; ▪ M. pubococcígeo; ▪ M. iliococcígeo; o M. coccígeo; • Abaixo desses músculos, existe a região perineal, que NÃO FAZ PARTE DO ASSOALHO PÉLVICO. O períneo é dividido em 2 trígonos: o Trígono urogenital; o Trígono anal; 5. Pelve masculina x feminina • A pelve feminina é mais “aberta”; • O exame ginecológico do pré-natal utiliza a pelve como parâmetro para analisar o melhor tipo de parto; 6. Cavidade pélvica • O diafragma pélvico é composto pelo M. coccígeo e pelo M. levantador do ânus, que é formado por três grupamentos musculares chamados de puborretal, pubococcígeo e iliococcígeo; • O M. puborretal é o esfíncter e funciona como uma alça: ele faz com que o reto faça uma curva, o que acumula o material fecal. Quando há estímulo para eliminar o material fecal, esse músculo relaxa e desfaz a angulação do reto, favorecendo a saída das fezes. Além dele, o esfínct4er interno e o externo do ânus também contribuem; • No períneo, existem alguns músculos, os quais dão origem a parte da estrutura do pênis e da vagina (M. isquiocavernoso, M. bulboesponjoso); 7. Relação peritoneal pélvica • O peritônio não vai até o assoalho da pelve. Ele retorna contornando algumas estruturas: o Superfície superior da bexiga; o Superfície superior do útero; o Parte anterior do reto; 8. Bexiga • É uma estrutura basicamente muscular; • É uma vesícula revestida superiormente por uma camada peritoneal e uma camada predominantemente muscular constituída por um músculo chamado músculo detrusor; • A musculatura facilita a micção (na contração); • Internamente, a bexiga é revestida por mucosa; • Dois ureteres saem do cálice renal, percorrem o M. psoas maior, passa no introito da pelve, passa pela pelve falsa, chega à pelve verdadeira e desemboca na região da bexiga; • A bexiga é esvaziada por um ducto chamado de uretra; • O trígono vesical ou trígono da bexiga é formado pelos dois ureteres + uretra; o É uma área onde não há pregueamento mucoso (uma área lisa); • Os ureteres, para chegarem à luz da bexiga, precisam perfurar o músculo da bexiga, o que provoca, inclusive um garroteamento, que impede a urina de retornar pelos ureteres durante o processo de micção; • O controle urinário é voluntário, porém, se a bexiga se distender além do limite, perde-se o controle voluntário e o SNA começa a agir, relaxando o esfíncter, independente da vontade; • Quando o peritônio faz uma passagem pelo reto e contorna a bexiga, ele forma uma fossa chamada de escavação retovesical; AULA 06 (19/05) – PELVE • A pelve começa na crista ilíaca; • Abaixo do assoalho pélvico, se localiza o períneo, que não participa da pelve; o Também existem músculos relacionados ao períneo como, por exemplo, o músculo que dá origem ao aparelho reprodutor masculino e ao feminino; o O períneo tem formato de losango → é dividido, pela tuberosidade isquiática, em trígono urogenital e trígono anal; • Bexiga o A bexiga é uma vesícula que recebe a urina vinda dos rins através dos ureteres, os quais perfuram o M. da bexiga para que possam conduzir a urina até ela → na micção, o M. da bexiga é contraído, causando o garroteamento dos ureteres, com o fim de impedir o refluxo de urina; o O M. da bexiga se chama M. detrusor; o A bexiga tem uma camada mucosa pregueada, mas existe uma região sem pregas: trígono vesical; o Detrusor é o M. que aciona a bexiga, mas os esfíncteres interno e externo são controlados voluntariamente; o Importância do trígono vesical: ▪ Posteriormente à bexiga, nos homens, se localiza a próstata. Caso ocorra aumento da próstata, seja por uma doença benigna (como hiperplasia prostática) ou câncer, ela muda a região do trígono vesical, empurrando a bexiga e formando uma bolsa, o que faz com que sempre haja urina residual → o paciente sempre tem vontade de urinar e sempre urina pouco (ou seja, sempre há volume residual); ▪ O trígono vesical se localiza na base da bexiga, e é responsável por controlar a vontade/ necessidade de urinar; o A escavação/recesso retovesicalé uma fossa entre a bexiga e o reto; o A próstata pode mudar sua anatomia e comprometer a via urinária de duas formas: ▪ Pode crescer e comprimir a uretra, impedindo que a urina saia; ▪ Pode crescer a alterar a base da bexiga, formando um bolsão que retém urina; o Por que é feito o toque retal como exame de avaliação prostática? ▪ Normalmente, a parte glandular da próstata é posterior. Ela tem uma camada fibrosa, uma parte muscular e uma maior parte glandular, que é posterior. Portanto, o toque retal é o exame mais prático para avaliar a próstata; o A uretra masculina perfura a próstata, então, se a próstata crescer, há risco de estrangular a uretra, causando dificuldade de urinar; o A uretra masculina é dividida em uretra prostática e uretra peniana → a uretra feminina é bem menor do que a masculina, por isso é mais comum a infecção urinária na mulher; o Para fazer avaliação da bexiga: cistoscopia; o RTU (ressecção transuretral) → tem a finalidade de recuperar o trajeto urinário; • Cavidade peritoneal feminina o O útero se localiza entre a bexiga e o reto; o A escavação retouterina é o fundo de saco de Douglas → é a cavidade pélvica utilizada pelo ginecologista para drenar, em infecções, por exemplo; o A bexiga e o útero estão em íntima relação, por isso grávidas urinam acidentalmente com muita facilidade; o Útero e anexos ▪ Útero é um órgão relacionado com o sistema reprodutor feminino: a fecundação ocorre na trompa e o zigoto se fixa no endométrio, onde se desenvolve; ▪ O útero é dividido: corpo, colo e fundo; ▪ O corpo e o fundo são separados pelas trompas uterinas: acima das trompas fica o fundo e abaixo fica o corpo. O colo é uma região estreitada do corpo; ▪ O útero é peritonizado e contém ligamentos (que também são peritônio): • Ligamento útero-ovárico – do útero até o ovário; • Ligamento suspensor do ovário (Lig. Infundíbulo pélvico) – da pelve óssea até o ovário → A. e V. ovariana passam nele; o Se for feita uma histerectomia com ooferectomia, deve-se ligar o Lig. Infundíbulo pélvico, com o intuito de ligar A. e V. ováricas; ▪ As trompas são divididas em: istmo, ampola (porção mais extensa), infundíbulo e fímbrias (projeções que captam os ovários); ▪ Os ovários não são revestidos de peritônio, por isso os ovários conseguem chegar às trompas; • Pode haver gravidez ectópica: tubária ou pélvica; ▪ Ligamento largo é o ligamento que sustenta o útero → é peritônio; o Diferença da cavidade peritoneal masculina para a feminina: ▪ A feminina é aberta, o que favorece a ocorrência de peritonites; • A bexiga, se estiver muito distendida, por romper. Normalmente, ela se localiza na pelve verdadeira, mas se estiver muito distendida por ir para a pelve falsa e romper, o que faz com que seja derramada urina na cavidade pélvica, causando irritação; • OBS: peritônio visceral é sensível a distensão, tração e irritação química. O parietal é sensível a estímulos táteis, térmicos e pressão. ▪ A masculina é fechada → não tem contato com o ambiente nem com a cavidade pélvica; o Ligamento redondo do útero: está em íntimo contato com o ligamento largo. Ele passa no canal inguinal e se fixa na púbis → também tem a função de limitar os movimentos uterinos; o Uma parte do colo uterino fica dentro da cavidade pélvica e outra parta na vagina; o Paracolpos → ligamentos que dão fixação/ estabilidade à vagina; ▪ Em alguns casos de câncer de colo de útero, os paracolpos ficam infiltrados → isso é parâmetro de definição para definir se é caso curável ou não; o Vascularização ▪ A. uterina é ramo da A. ilíaca interna, e vai em direção ao útero, na pelve verdadeira → se localiza no 1/3 inferior do colo do útero, e passa cruzando os ureteres; • Em histerectomia, há grande probabilidade de ligar o ureter junto com a A. uterina → isso causaria a retenção urinária nos rins, levando à necrose; ▪ As Aa. ovarianas vêm da aorta; ▪ As Vv. Ovarianas drenam para a VCI (lado direito) e para a V. renal (lado esquerdo); o O útero, em geral é antifletido, mas também pode ser retrofletido; ▪ Existe um ângulo entre a vagina e o útero; ▪ Existe um ângulo entre o útero e seu colo; ▪ Pode ser, por isso, atifletido ou antivertido; ▪ No exame ginecológico, avalia-se se o útero é antifletido ou retrofletido; o Parto normal/ vaginal: ▪ O bb passa pelo diafragma pélvico e pelo diafragma genital; ▪ Existe grande possibilidade de esgaçamento dessas estruturas; ▪ O M. mais lacerado é o puborretal, podendo levar à lesão do assoalho pélvico e da região perineal; ▪ Episiotomia não é mais recomendada; • Músculos do trígono urogenital o Grupo superficial: ▪ M. transverso superficial do períneo; ▪ M. bulboesponjoso; ▪ M. isquiocavernoso; o Grupo profundo: ▪ M. transverso profundo do períneo; ▪ M. esfíncter externo da uretra (controle voluntário); o Inervação: ramo perineal do N. pudendo; • Mm. do trígono anal o M. esfíncter externo do ânus (inervação = ramos de S4 e ramos do N. pudendo); o M. esfíncter interno do ânus (inervação – SNA – totalmente involuntário); • Estruturas neurovaculares da pelve: o Artérias: ▪ A. aorta abdominal; • A. ilíaca comum; o A. ilíaca interna; ▪ A. umbilical; ▪ A. obturatória; ▪ A. vesical inferior; ▪ A. vaginal; ▪ A. ducto deferente; ▪ A. uterina; ▪ A. retal média; ▪ A. pudenda interna; ▪ A. glútea inferior; ▪ A. ílio lombar; ▪ A. sacral lateral; ▪ A. glútea superior; o A. ilíaca externa; • A. gonadal; o A. testicular; o A. ovárica; ▪ A. sacral mediana; ▪ A. mesentérica inferior; • A. retal superior; o Veias: ▪ O útero gravídico comprime a VCI, dificultando o retorno venoso e causando varizes de membro inferior, refluxo gastroesofágico, hemorroida, etc; ▪ O câncer de próstata pode ser disseminado para a coluna vertebral pelo plexo venoso; AULA 07 (26/05) – SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 1. Órgãos internos x externos • Para fins didáticos, estudamos os órgãos internos e externos separadamente; • Externos: o Pênis; o Bolsa escrotal; • Internos: o Gônadas ou testículos → considerados órgãos internos porque têm origem no abdome e, posteriormente, migram para a bolsa escrotal (como foi estudado em relação às hérnias inguinais); ▪ O canal inguinal masculino, portanto, é formado pela migração dos testículos que, na fase embrionária, se localizam na região lombar e, com o desenvolvimento, percorrem a estrutura da parede abdominal, formando o canal, e se alojam na bolsa escrotal; o Epidídimo; o Canais deferentes; o Funículos espermáticos; o Ductos ejaculatórios; o Vesículas seminais; o Próstata; o Glândulas bulbouretrais; o Uretra; 2. Pênis • É uma estrutura que se fixa na pelve óssea: o Uma das funções da pelve óssea é a fixação de órgãos do aparelho reprodutor externo, por meio da musculatura do períneo, que NÃO É PELVE: é uma camada abaixo do assoalho pélvico; o No períneo, existem as estruturas musculares (M. isquiocavernoso e M. bulboesponjoso), que participam da formação do pênis; o O ângulo subpúbico é o ângulo que se localiza abaixo da sínfise púbica, e forma um ângulo mais agudo nos homens do que nas mulheres; o O períneo tem formato de losango, e é dividido em dois trígonos: trígono anal e trígono urogenital. A parte do M. isquiocavernoso forma os corpos cavernosos, e a parte do M. bulboesponjoso forma o corpo esponjoso; • O pênis é formado, portanto, por dois corpos cavernosos e, entre eles, um corpo esponjoso; • OBS: estuda-se o pênis em posição anatômica (ereto), então, a porção dorsal é a que fica voltada para o tronco; • A parte extrema distal do corpo esponjoso se dilata, formando a glande; • A uretra masculina sai da bexiga, passa pelo diafragma pélvico, passa pelo diafragma urogenital(Mm. do períneo), passa pelo corpo esponjoso do pênis e desemboca na glande; • Os corpos cavernosos e o esponjoso (principalmente os cavernosos), formam lacunas onde tramitam vasos sanguíneos (artérias e veias, mas principalmente o grupamento arterial); • Todo o mecanismo da ereção depende justamente dessas estruturas vasculares: o A ereção ocorre por estímulo nervoso (sensorial ou visual) que influencia a secreção de substâncias como, por exemplo, o óxido nítrico, que provoca vasodilatação (ou seja, aumenta o fluxo sanguíneo principalmente dos corpos cavernosos) e reduz o retorno venoso, provocando o acúmulo de sangue no pênis, distendendo os corpos cavernosos e promovendo uma tensão; o A ereção é estímulo parassimpático; o Com a cessação do estímulo, ocorre o contrário: redução do fluxo devido à vasoconstricção e aumento do retorno venoso; • A raiz do pênis é a região que se fixa ao períneo; o M. isquiocavernoso e M. bulboesponjoso; o Face anterior: corpo esponjoso; o Face dorsal: corpos cavernosos; • O corpo do pênis se localiza entre a glande e a raiz; • Glande o É a dilatação na extremidade do corpo esponjoso; o Possui uma fenda na glande, chamada de óstio externo (ou meato) da uretra → local de passagem da urina e do sêmen; o A uretra masculina, então, tem dupla função; o A região da glande possui glândulas, as quais produzem uma secreção que, no início da relação sexual, libera lubrificante para facilitar a penetração, mas também é responsável por eliminar secreção no dia a dia (esmegma); ▪ O esmegma atua como lubrificante mas, caso não haja higiene adequada, pode levar a um processo inflamatório, principalmente em homens que possuem fimose; Resumo É importante saber: que há fixação do pênis na estrutura óssea da pelve, que existem 2 corpos cavernosos e 1 corpo esponjoso, e que os 3 saem a partir da musculatura do períneo (M. bulboesponjoso e M. isquiocavernoso). Além disso, é importante saber que a uretra passa pelo corpo esponjoso e desemboca em sua extremidade dilatada, a glande. Preapismo É uma ereção prolongada, fora do padrão (por horas) e não decorrente de estímulos sexuais. Pode haver desconforto doloroso e outras consequências. É recorrente em indivíduos que abusam de cocaína. Deve-se reduzir o fluxo: perfura-se com uma agulha para aspirar e esvaziar os corpos cavernosos. Fimose Comprometimento da retratabilidade da pele do entorno da glande. É um dos fatores de risco para infecções de repetição na região. • Esses processos inflamatórios recorrentes podem levar ao câncer de pênis (que não é muito comum, mas também não é raro); • Existem diversas camadas: o Fáscia superficial; o Fáscia espermática (relacionada à descida do testículo); o Fáscia profunda; o Essas e as demais camadas fazem o revestimento do corpo cavernoso e do corpo esponjoso, conferindo forma ao pênis; • Rafe do escroto vai do períneo até a região do escroto e é contínua com a rafe do pênis, que percorre todo o pênis (é um espessamento da parte anterior do pênis, formando como um cordão); • Vascularização o Começa na raiz, com influência das Aa. pudendas: ▪ A. pudenda interna, proveniente da A. ilíaca interna (ramo anterior); o As Aa. pudendas dão origem às Aa. dorsais do pênis, que percorrem os corpos cavernosos e dão alguns ramos ao corpo esponjoso, participando do processo de ereção e da nutrição do tecido peniano; o A V. pudenda externa superficial drena o sangue venoso do pênis; o A V. dorsal do pênis drena os corpos cavernosos e contribui para a drenagem do corpo esponjoso; o As Aa. cavernosas se enchem de sangue, tornando-se tumefeitas. Então, há tumefação dos corpos cavernosos e do esponjoso, causando a ereção; o A região mais inervada e, por isso, com maior sensibilidade, é a glande; Ereção é um mecanismo do SNAP Ejaculação é um mecanismo do SNAS Postectomia A região da pele que recobre a glande é chamada de prepúcio. A cirurgia de postectomia é a cirurgia de fimose: é a retirada de uma porção dessa pele, quando sua extremidade não é capaz de se retrair, o que pode promover acúmulo de secreção e dificultar a micção (dependendo do caso). Criptorquidia É a permanência do testículo no abdome, podendo levar à formação de um tumor maligno. • Uretra o A base da próstata é a região que fica próxima ao colo da bexiga; o A uretra sai do colo da bexiga, passa pela próstata (porção prostática), passa pelo diafragma pélvico (porção membranosa, a menor) e pelo corpo esponjoso (porção peniana, a maior); o OBS: alguns autores consideram quatro porções da uretra (intramural, prostática, membranosa e peniana); • Inervação o N. pudendo → tem relação com a ejaculação, uma vez que envia informações sensoriais e simpáticas; o Nn. Esplâncnicos pélvicos → têm relação com a função erétil, através do plexo prostático. Atuam na inervação parassimpática; o N. ilioinguinal → inerva a pele da raiz peniana; • Segmentos uretrais o Intramural; o Prostática; o Membranosa/ membranácea; o Peniana/ pendular; 3. Escroto/ bolsa escrotal • O escroto é uma bolsa musculocutânea onde estão contidos os testículos, o epidídimo e a primeira porção dos ductos deferentes. Cada conjunto desses órgãos (direito e esquerdo) é subdividido em duas porções pelo septo do escroto. Superficialmente, esse septo corresponde a uma rafe cutânea; • O escroto é constituído por camadas de tecido diferentes, que se estratificam da periferia para a profundidade em 7 planos: o Cútis → pele fina e enrugada que apresenta pregas transversais e pelos esparsos. Na linha mediana, encontramos a rafe do escroto; o Túnica dartos → constitui um verdadeiro músculo cutâneo, formado por fibras musculares lisas; o Tela subcutânea → é constituída por tecido conjuntivo frouxo; o Fáscia espermática externa → é uma lâmina conjuntiva que provém das duas fáscias de envoltório do M. oblíquo externo do abdome, que desce do ângulo inguinal superficial para entrar na constituição do escroto; o Fáscia cremastérica → é uma delgada lâmina conjuntiva que prende inúmeros feixes de fibras Hiperplasia prostática A hiperplasia prostática é concêntrica (ou seja, a próstata aumenta de tamanho e diminui a luz da uretra passando por dentro dela), levando ao estreitamento da uretra, o que promove dificuldade ao urinar e acúmulo de volume residual na bexiga. musculares estriadas de direção vertical. Essas fibras derivam das fibras do M. oblíquo interno do abdome e constituem o M. cremáster; o Fáscia espermática interna → lâmina conjuntiva que deriva da fáscia transversal; o Túnica vaginal → serosa cujo folheto parietal representa a camada mais profunda do escroto, enquanto o folheto visceral envolve o testículo, o epidídimo e o início do ducto deferente; 4. Testículos • São as gônadas masculinas; • Têm face lateral, posterior, anterior e medial; • Na parte posterior: o Os espermatozoides são produzidos nos testículos, passam posteriormente para chegar à cavidade abdominal para entrar nas vesículas seminais e formar um canal único que desemboca na uretra prostática; o Ou seja, a trajetória dos espermatozoides é na parte posterior (epidídimo e ducto deferente); • Túbulos seminíferos o São diversos túbulos (canais) que se juntam em redes maiores e confluem para formar os ductos eferentes; o Os ductos eferentes formam o epidídimo; o Epidídimo dá origem ao ducto deferente, que leva os espermatozoides até a uretra, no momento da ejaculação; o O ducto deferente passa pelo canal inguinal (passa pelo funículo espermático), entra na cavidade abdominal e termina junto à vesícula seminal; o O ducto deferente, ao fim, se une ao ducto da vesícula seminal, formando o ducto ejaculatório. O ducto deferente carreia os espermatozoides,enquanto a vesícula seminal e a próstata ejetam secreções que facilitam a mobilidade dos espermatozoides e fazem sua nutrição; o O ducto deferente e o ducto da vesícula seminal formam o ducto ejaculatório, o qual desemboca na uretra prostática; Espermatogênese A produção de espermatozoides ocorre nos testículos e depende de temperatura, então é modificada de acordo com o ambiente. Alterações na temperatura alteram a espermatogênese. Por isso a varicocele (varizes do plexo pampiniforme) interfere na espermatogênese. OBS: a V. testicular esquerda desemboca na V. renal e a direita desemboca na VCI. Vasectomia A vasectomia é a secção dos ductos deferentes, que impede a passagem de espermatozoides, então promove a esterilidade do homem. o O ducto deferente é um longo e fino tubo par, de paredes espessas, o que permite identifica-lo facilmente pela palpação. Por se apresentar como um cordão uniforme, liso e duro, distingue-se dos demais elementos que o cercam, que são de consistência muito branca. Próximo à sua terminação, o ducto deferente apresenta uma dilatação que recebe o nome de ampola do ducto deferente; 5. Funículo espermático/ cordão espermático • O funículo espermático se estende da extremidade superior da borda do testículo ao ângulo inguinal profundo, local em que seus elementos tomam rumos diferentes; • O esquerdo é mais longo, o que significa que o testículo esquerdo permanece em nível mais baixo do que o direito; • Conteúdo: o Ducto deferente; o A. testicular; o A. do ducto deferente; o A. cremastérica; o Vv. Do plexo pampiniforme; o Ramo genital do N. genitofemoral; 6. Canal inguinal • Hérnias inguinais; • É um canal entre os anéis inguinais superficial e profundo, com 3 a 5 cm de comprimento, localizado na parede abdominal, 2 a 4cm superiormente ao ligamento inguinal; • O trajeto do canal inguinal é no sentido inferomedial e de profundo para superficial; • Nos homens, o canal inguinal é ocupado pelo funículo espermático, enquanto nas mulheres é ocupado pelo ligamento redondo do útero e pelos vasos que acompanham o N. ilioinguinal; • Esse canal é uma área fraca onde as hérnias ocorrem; • Ângulo inguinal superficial/ externo → abertura triangular de tamanho variável na aponeurose do M. oblíquo externo; 7. Vesícula seminal • Produz o líquido seminal; • O sêmen é o conjunto dos espermatozoides + os líquidos que os careiam (líquido seminal, produzido pela vesícula seminal e líquido prostático, produzido pela próstata); • Se localiza na parte posterior da bexiga, acima da próstata; • As glândulas seminais ejetam o líquido seminal; • O ducto da vesícula seminal se une ao ducto deferente e forma o ducto ejaculatório, desembocando na uretra prostática; • O ducto ejaculatório é apenas uma passagem → é um fino tubo par, que penetra pela face posterior da próstata, atravessando seu parênquima, e se abre em um pequeno orifício na uretra prostática; 8. Próstata • É um órgão localizado abaixo da bexiga urinária; • Possui uma porção glandular (posterior) e uma musculofibrosa; • A cápsula fibrosa da próstata é densa e neurovascular, incorporando os plexos prostáticos de veias e nervos; • Secreta substâncias alcalinas que neutralizam a acidez da urina e ativam os espermatozoides; • Relações anatômicas: o Base → intimamente relacionada com o colo da bexiga – por isso a hiperplasia prostática pode causar problemas na micção; o Ápice → em contato com a fáscia na face superior dos Mm. esfíncter da uretra e transverso profundo do períneo; o Face anterior muscular → a maioria das fibras musculares é transversal. A face anterior é separada da sínfise púbica pela gordura retroperitoneal no espaço retropúbico; o Face posterior glandular → relacionada com a ampola do reto (por isso é feito o exame de toque retal – o tipo de câncer mais comum é o adenocarcinoma, que ocorre na porção glandular, que tem relação com o reto); o Faces inferolaterais → relacionadas com o M. levantador do ânus; • Irrigação arterial e drenagem venosa o As Aa. prostáticas são principalmente ramos da A. ilíaca interna, sobretudo as Aa. vesicais inferiores, mas também as Aa. pudenda interna e retal média; o As veias se unem para formar um plexo ao redor das laterais e da base da próstata, chamado de plexo venoso prostático, situado entre a cápsula fibrosa da próstata e a bainha prostática, e drena para as Vv. Ilíacas internas; o O plexo venoso prostático é contínuo superiormente com o plexo venoso vesical e comunica-se, posteriormente, com o plexo venoso vertebral interno (por isso é comum, em câncer de próstata, haver disseminação hematogênica, provocando metástases na coluna vertebral); 9. Glândulas bulbouretrais • Se localizam junto à musculatura do diafragma urogenital; • Sua secreção transparente é lançada dentro da uretra para limpá-la e preparar a passagem dos espermatozoides; • Também tem função de lubrificação do pênis durante o ato sexual; 10. Clínica • Fimose → existem diversos graus, podendo levar a problemas na micção devido à dificuldade de retração do prepúcio; • Balanopostites → inflamações na glande e no prepúcio (podem ser decorrentes de falta de higiene, por exemplo); • Doença de Peyronie → fibrose, causando o desvio do pênis para a esquerda; • Herpes genital → herpes tipo II, DST; • Fratura de pênis; • Câncer de pênis; • Hiperplasia benigna da próstata → causa problemas na micção por comprimir a bexiga e formar uma bolsa, que sempre promove a retenção urinária; • Cateterismo vesical de demora → implanta-se o cateter e ele permanece por mais tempo; • RTU – ressecção transuretral de próstata → é o procedimento para tratar a hiperplasia benigna da próstata. Consiste no restabelecimento do canal urinário; AULA 07 (26/05) – PARTE II - SISTEMA REPRODUTOR FEMININO 1. Órgãos internos x externos • Internos o Gônadas ou ovários; o Vias condutoras ou tuba uterina; o Útero; o Órgão de cópula ou vagina; • Externos (pudendo feminino ou vulva) o Monte púbico; o Lábios maiores; o Lábios menores; o Estruturas eréteis – clitóris e bulbo do vestíbulo; o Glândulas anexas; 2. Ovários • Os ovários são as gônadas femininas; • Existe um número pré-determinado de óvulos que saem dos ovários e são captados pelas trompas → por isso, o ovário não é peritonizado (se fosse revestido de peritônio, não haveria como liberar os óvulos); • O ovário fica aderido ao ligamento largo (ligamento que dá estabilidade ao útero); • Ligamentos: o Lig. Suspensor do ovário (= infundíbulo pélvico – por onde passam os vasos ovarianos, que são a A. gonadal ou ovariana e a V. gonadal ou ovariana); ▪ Em histerectomia com ooferectomia, deve-se ligar o infundíbulo pélvico, justamente para ligar os vasos ovarianos; o Lig. Largo do útero; o Lig. Próprio do ovário → fixa o ovário ao útero; 3. Trompas uterinas/ tubas uterinas/ salpinges/ trompas de falópio • Tubos onde os óvulos chegam, após serem liberados dos ovários; • As fímbrilas (tentáculos) são a porção terminal das tubas uterinas, onde são captados os óvulos; • Os óvulos, então, por peristalse (movimentos rítmicos involuntários da musculatura lisa) se encaminham para dentro das trompas, onde ocorre a fecundação pelo espermatozoide; • Porções: o Istmo (estreitamento); o Ampola (dilatação); o Trompa de falópio; • Salpingite o É uma das causas de esterilização feminina: processos inflamatórios nas trompas podem gerar fibrose e impedir que ocorra fecundação; 4. Comunicação com o ambiente externo • Existe uma comunicação da cavidade uterina com o ambiente externo → a vagina possui passagem até a trompa; • Há comunicação da cavidade pélvica feminina com o ambiente, o que não ocorre nos homens, já que a uretra termina na bexiga; • É uma diferença importante principalmente por questõesde processos infecciosos: uma infecção genital pode, por exemplo, provocar uma peritonite nas mulheres (e nos homens não); 5. Útero • Porções: corpo e colo; o Corpo é dividido em: ▪ Fundo (atrás da origem das trompas); ▪ Corpo propriamente dito; o Colo tem duas porções: ▪ Intravaginal; ▪ Intrapélvica; • Possui uma estrutura muscular (miométrio), onde pode haver miomas (tumorações benignas de músculo uterino); • O istmo (estreitamento) separa o corpo do colo; • OBS: colo = cérvice (cervicite = inflamação do colo uterino); • O útero é dividido em porções: o Endométrio (camada que descama na menstruação); o Miométrio; o Perimétrio; • Útero é um órgão peritonizado (mas não todo); • A cérvice uterina é subdividida em duas porções por um plano transversal que passa pela sua parte média, que são as porções supravaginal e vaginal. Este plano transversal é representado pela inserção do fórnix (fórnice) da vagina, em torno da parte média da cérvix. Com isso, a porção supravaginal da cérvix está dentro da cavidade peritoneal e é envolta pelo peritônio, formando um bloco comum, para cima, com o istmo, corpo e fundo do útero, enquanto a porção vaginal da cérvix representa um um segmento cilíndrico arredondado para baixo, que faz saliência no interior da vagina, ocupando o centro do seu fórnix. No centro da extremidade inferior da porção vaginal da cérvix do útero, há um orifício denominado óstio do útero; • Principais ligamentos: o Ligamento redondo → fixa o útero, passando pelo canal inguinal até a púbis; o Ligamento largo → vai da parte óssea até a lateral do útero; o Ligamentos útero-sacros → fixam o útero ao sacro; o Existem, então, 4 ligamentos para manter o útero em sua posição: ligamento largo, ligamento redondo, ligamento útero-sacro e ligamento transverso do colo; • Ureter cruza com a A. uterina → por isso ligadura da A. uterina, na histerectomia, pode acabar levando a lesão no ureter; • Peritônio: o Recobre parcialmente o útero; o Existem porções não peritonizadas: ▪ Fundo de saco de Douglas (recesso útero-vesical); • Vascularização: o A. ovárica; o V. ovárica; o O útero (principalmente gravídico) pode chegar à cavidade abdominal. Nesses casos, pode, por exemplo, haver compressão de estruturas vasculares; ▪ É por isso que a grávida deve dar preferência para deitar-se em decúbito lateral esquerdo → para promover a descompressão da V. M. I. e melhorar o retorno venoso, evitando varizes e hemorroidas; 6. Vagina • É um canal, mas não é aberto → parede posterior e parede anterior se sobrepõem, formando uma fenda (e não um tubo); • Colo do útero é dividido em Intravaginal e Intrapélvica; • Paracolpos são os ligamentos para dar estabilidade à vagina; • Não é propriamente composta por mucosa, mas por epitélio estratificado; • Existe o entroito (entrada) com uma membrana (hímen); o O hímen serve como uma barreira física (para diminuição do contato com o meio externo); o Pode ser anular, septado ou cribiforme; • Posição da vagina: tem relação com o útero e com a bexiga; 7. Vulva ou pudendo feminino • Estruturas: o Lábios; o Vestíbulo vaginal; o Óstio externo da uretra; o Óstio vaginal; o Ductos e glândulas vestibulares (maiores e menores); o Monte do púbis (monte pubiano); o Comissura anterior; o Comissura posterior; o Clitóris (pênis involuído – região de maior quantidade de terminações nervosas, por isso é a maior área de estímulo); o Uretra; o Óstio vaginal; • Glândulas vestibulares: o Maiores (Bartholin) ▪ Glândulas pares; ▪ Podem obstruir e causar bartolinite – ficam volumosas e dolorosas e precisam ser drenadas. Se isso ocorrer diversas vezes pode ser necessário passar por cirurgia; ▪ Inferiores; o Menores ▪ Variam em número e função; AULA 08 (02/06) – SISTEMA URINÁRIO 1. Função • O sistema urinário é responsável pela filtração (rins) e pela excreção (ureteres, uretra e bexiga); • É constituído pelos órgãos uropoéticos, ou seja, aqueles incumbidos de elaborar a urina e armazená- la temporariamente, até a oportunidade de ser eliminada para o exterior; • Na urina, encontramos: ácido úrico, ureia, sódio, potássio, bicarbonato, etc; 2. Classificação • Este aparelho pode ser dividido em: o Órgãos secretores → aqueles que produzem a urina (rins); o Órgãos excretores → aqueles que são encarregados de processar a drenagem da urina para fora do corpo (ureteres, bexiga e uretra); • OBS: na parte superior dos rins, existem as glândulas suprarrenais, as quais não fazem parte do sistema urinário, e sim do endócrino; 3. Localização • O rim esquerdo é mais alto do que o direito → teoricamente, isso ocorre porque o fígado empurra o rim direito para baixo; • Disposição dos vasos renais: o A V. cava fica do lado direito e a A. aorta do lado esquerdo. Portanto, a A. renal é menor à esquerda, pela proximidade da A. aorta. O contrário também é verdade; o Resumindo: ▪ A. renal esquerda é menor do que a direita porque está mais perto da A. aorta; ▪ V. renal direita é menor do que a esquerda porque está mais perto da V. cava inferior; • A A. renal direita passa atrás da VCI; 4. Órgãos • Elemento modificador → rins – produzem e alteram a constituição da urina; • Elementos condutores → ureteres, bexiga e uretra – não modificam a urina ao longo do caminho: ao contrário, armazenam e conduzem a urina do rim para o meio externo; • Formação do cálculo renal: o O cálculo é formado no rim, cai na região do cálice e, junto com a urina, é levado ao canal, podendo ficar impactado ou migrar, indo impactar o ureter. O ureter é musculatura lisa, o que faz com que esse cálculo seja empurrado em direção da luz do canal, provocando a cólica renal; 4.1. Rins • Modificações na urina: o Os rins modificam a urina de acordo com a necessidade metabólica, do equilíbrio ácido-base, da necessidade de retenção hídrica, etc; o A urina pode ser mais clara e diluída ou mais concentrada; o ADH → hormônio antidiurético – álcool inibe esse hormônio; • Os rins são órgãos pares, retroperitoneais, em forma de grão de feijão, localizados logo acima da cintura, entre o peritônio e a parede posterior do abdômen. Sua coloração é vermelho-parda; • Os rins estão situados de cada lado da coluna vertebral, por diante da região superior da parede posterior do abdome, estendendo-se entre a 11ª costela e o processo transverso da 3ª vértebra lombar; • Os rins são retroperitoneais e circundados por uma massa de gordura e de tecido areolar frouxo (cápsula); • Cada rim tem cerca de 11cm de comprimento, 5 a 7cm de largura e um pouco mais de 2,5cm de espessura; • O esquerdo é um pouco mais comprido e mais estreito do que o direito, que é ligeiramente abaixo do rim esquerdo devido ao grande tamanho do lobo direito do fígado; • O acesso ao rim é feito posteriormente, porque ele é retroperitoneal (também por isso a cólica é lombar); • Na margem medial e côncava de cada rim, encontra-se uma fenda vertical → hilo renal (onde passam a A. renal, a V. renal e a pelve renal); o No hilo, a V. renal está anterior à A. renal, que está anterior à pelve renal; o O hilo renal é a entrada para um espaço dentro do rim; o O seio renal, que é ocupado pela pelve renal, cálices, nervos, vasos sanguíneos e linfáticos e uma variável quantidade de gordura; • Configuração externa: o Cada rim apresenta duas faces, duas bordas e duas extremidades; ▪ Faces: anterior e posterior; ▪ Bordas: medial (côncava) e lateral (convexa); ▪ Extremidades: superior (glândula suprarrenal) e inferior (a nível de L3); • Configuração interna: o Em um corte frontal, são reveladas duas regiões distintas: uma avermelhada de textura lisa (córtex renal) e uma marrom-avermelhada profunda, denominada medula renal; o O córtex é a periferiae a medula o centro; ▪ A medula consiste em 8-18 estruturas cuneiformes, as pirâmides renais; • A base (extremidade mais larga) de cada pirâmide aponta para o córtex, e seu ápice (extremidade mais estreita), chamada de papila renal, aponta para o hilo do rim; • Entre duas pirâmides, existe uma região chamada de coluna renal; o Juntos, o córtex e as pirâmides renais da medula renal constituem a parte funcional (parênquima do rim); ▪ No parênquima, estão as unidades funcionais dos rins (cerca de 1 milhão de estruturas microscópicas chamadas de néfrons); o A pelve, que é formada pelos cálices, dá origem ao ureter; o A urina é formada pelos néfrons e drenada para os grandes ductos papilares, que se estendem ao longo das papilas renais das pirâmides; ▪ Os ductos drenam para estruturas chamadas cálices renais maior e menor; ▪ Cada rim tem 8-18 cálices menores e 2-3 cálices maiores; • O cálice renal menor recebe urina dos ductos papilares de uma papila renal e transporta até um cálice renal maior; • Do cálice renal maior, a urina é drenada para a grande cavidade chamada pelve renal, e depois, pelo ureter, é drenada até a bexiga urinária; • O hilo renal se expande em uma cavidade, no rim, chamada de seio renal; ▪ Resumindo: os néfrons desembocam nas papilas (áreas onde terminam as pirâmides), e formam cálices menores, que se juntam para formar cálices menores, que formam a pelve renal. A pelve renal dá origem ao ureter; • Clínica o Pinça aorto-mesentérica → Síndrome do estrangulamento da V. renal esquerda; ▪ Estrangulamento da V. renal esquerda, pela A. mesentérica superior (devido à conformação); ▪ Pode levar a: trombose, congestão renal, etc; ▪ Não é muito rara nem muito comum; o Lombotomia → via de acesso aos rins; 4.2. Ureteres • São dois tubos que transportam a urina dos rins para a bexiga; • Órgãos pouco calibrosos, com menos de 6mm de diâmetro e 25-30cm de comprimento; • Pelve renal é a extremidade superior do ureter, localizada no interior do rim; • Descendo obliquamente para baixo e medialmente, o ureter percorre por diante da parede posterior do abdome, penetrando em seguida na cavidade pélvica, abrindo-se no óstio do ureter situado no assoalho da bexiga urinária; • Em virtude desse trajeto, distinguem-se duas partes do ureter: abdominal e pélvica; • Os ureteres são capazes de realizar contrações rítmicas denominadas peristaltismo; • A urina se move ao longo dos ureteres em resposta à gravidade e ao peristaltismo; • Vascularização o Extremidade proximal → ramo ureteral da A. renal; o Segmento médio → A. gonadal e ramo ureteral direito da A. aorta abdominal; o Porção distal → ramos ureterais das Aa. vesicais superior e inferior (que são drenadas por veias correspondentes); • É retroperitoneal; • Importância clínica do ureter o Na mulher, o ureter cruza com a A. uterina (ramo da ilíaca interna) na pelve verdadeira; o A importância clínica é que, em uma histerectomia, pode haver secção acidental do ureter; 4.3. Bexiga • A bexiga urinária funciona como um reservatório temporário para o armazenamento da urina por ser oco e elástico; • Quando vazia, a bexiga está localizada inferiormente ao peritônio e posteriormente à sínfise púbica: quando cheia, ela se eleva para a cavidade abdominal; o Vazia, ela se localiza na pelve verdadeira, podendo chegar à pelve falsa e à cavidade abdominal se estiver muito cheia; • Não é totalmente peritonizada; • A bexiga tem quatro superfícies anatômicas: o Superior, inferior, inferolateral direita e inferolateral esquerda; • A bexiga pode ser dividida em 4 partes: o Corpo, ápice, fundo e colo; • Nos homens, situa-se diretamente anterior ao reto; • Nas mulheres, está à frente da vagina e abaixo do útero; • Vascularização o Homem → Aa. vesicais superior e inferior (ramos da ilíaca interna); o Mulher → Aa. vesicais superior e inferior, Aa. vaginais; o Drenagem → plexo venoso vesical; • A saída da bexiga urinária contém o M. esfíncter interno da uretra (formado pelo M. detrusor), que se contrai involuntariamente, prevenindo o esvaziamento; • Inferiormente, envolvendo parte da uretra, está o M. esfíncter externo da uretra, que é controlado voluntariamente e permite a resistência à necessidade de urinar; • A capacidade média da bexiga urinária é de 700-800mL, e é menor nas mulheres porque o útero ocupa o espaço imediatamente acima da bexiga; 4.4. Uretra • É um tubo que conduz a urina da bexiga para o meio externo, sendo revestida por mucosa que contém grande quantidade de glândulas secretoras de muco; • Se abre para o exterior através do óstio externo da uretra; • A masculina difere da feminina: o Diferem do ponto de vista funcional e estrutural; o O trajeto é diferente; o A do homem é maior; o Na mulher: ▪ É curta (3,8cm) e faz parte exclusivamente do sistema urinário; ▪ Seu óstio externo se localiza anteriormente à vagina e entre os lábios menores; o No homem: ▪ Faz parte dos sistemas urinário e reprodutor; ▪ Mede cerca de 20cm; ▪ Deixa a bexiga, passa através da próstata e se estende ao longo do comprimento do pênis; ▪ Conduz urina e esperma; ▪ É dividida em três porções: prostática, membranácea (que passa no diafragma urogenital) e esponjosa (que passa no corpo esponjoso do pênis); 5. Patologias • Cisto renal; • Rim policístico; • Nefrolitíase (cálculos renais); • Litíase ureteral; • Tumor renal; AULA 08 (02/06) – PARTE II - SISTEMA ENDÓCRINO • No sistema endócrino, a comunicação entre os órgãos se faz por sinais químicos, através de substâncias chamadas hormônios e que provocam respostas lentas e duradouras; • O sistema endócrino é formado por glândulas endócrinas, que produzem estes hormônios e estão amplamente distribuídas pelo corpo; • As glândulas endócrinas são glândulas sem ductos, ou seja, secretam hormônios diretamente no interior de capilares sanguíneos; • O sistema endócrino produz seus efeitos por meio da secreção de hormônios; • Os hormônios são mensageiros químicos que influenciam ou controlam as atividades de outros tecidos ou órgãos; • A maioria dos hormônios é transportada pelo sangue a outras partes do corpo, exercendo efeitos em tecidos mais distantes; • A diferença entre as glândulas endócrinas e exócrinas é que as endócrinas não possuem ductos; 1. Glândulas endócrinas • Hipófise; • Glândula tireoide; • Glândulas paratireoides; • Glândulas suprarrenais; • Pâncreas; • Gônadas (ovários e testículos); • Timo; • Glândula pineal; 2. Hipófise • A hipófise é uma pequena glândula com o tamanho aproximado de uma ervilha, também conhecida como glândula pituitária; • Está localizada abaixo do hipotálamo, posteriormente ao quiasma óptico, em uma depressão em forma de sela do osso esfenoide, denominada fossa hipofisária → na célula turca (base do crânio); • É coberta superiormente pelo diafragma da sela, circular, da dura-máter; • A hipófise está fixada à superfície inferior do hipotálamo, por uma curta haste denominada infundíbulo; • É dividida em duas partes: o Adeno-hipófise (anterior); o Neuro-hipófise (posterior); • A hipófise secreta 8 hormônios e, por isso, afeta quase todas as funções do corpo; • Adeno-hipófise o Parte anterior, composta por tecido epitelial glandular e altamente vascular; o Constituída de células epiteliais de tamanhos e formas variados, dispostas em cordões ou folículos irregulares; o Hormônios: ▪ STH (somatostatina) – envolvida no controla de crescimento do corpo; ▪ LTH (mamotropina) – estimula o crescimento e a secreção da mama feminina; ▪ ACTH (adenocorticotropina) – controla a secreção de alguns hormônios corticais da glândula suprarrenal; ▪ TSH (tireotropina) – estimula a atividade da glândula tireoide; ▪ FSH (hormônio folículo-estimulante) – estimula o crescimento e a secreção
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