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Resumo - Diferenciação e Morte Celular

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Diferenciação e Morte Celular 
 
Diferenciação celular 
É o processo pelo qual as células passam para se especializar em uma função específica. 
Após a fecundação de um óvulo por um espermatozoide, temos o início da vida com a primeira célula do indivíduo, 
que passará em seguida por diversas e sucessivas divisões mitóticas. Nesta altura do desenvolvimento embrionário, 
apresenta-se um grupo de células designadas como células totipotentes, o que quer dizer que são células 
indiferenciadas que podem dar origem a qualquer tipo celular daquele ser vivo. 
Embora todas as células apresentem as mesmas informações genéticas, durante a diferenciação, grupos de genes vão 
sendo ativados e outros são inibidos, conforme o destino das células na sua especialização. Por isso, depois da 
diferenciação, as células passam a desempenhar papéis diferentes, ou seja, passam a ter funções distintas no 
organismo, de acordo com sua especialização. 
Em resumo, cada tipo celular apresenta inibição ou ativação de determinados grupos de genes, e isso é determinante 
na definição da função que cada célula vai apresentar. 
O processo de diferenciação ainda não é totalmente explicado pela ciência. Não se sabe ainda qual fator permite que 
tal processo se inicie e o motivo de as células serem designadas para sua especificidade. Não se sabe como a célula 
identifica o seu destino e sua função no organismo. Contudo, é sabido que isso acontece durante o desenvolvimento 
do embrião. 
O processo de diferenciação da célula é geralmente irreversível, ou seja, uma vez que a célula é designada para 
formar o coração, esta dará origem somente a células cardíacas. Contudo, há registros de desdiferenciação ou 
transdiferenciação de alguns tipos celulares, ou seja, quando outros tipos celulares são formados a partir de células já 
diferenciadas (células maduras ou especializadas). A desdiferenciação é mais comumente observada em células 
vegetais. 
Sabemos que todas as células de um organismo têm os mesmos genes. Então, por que as várias partes do corpo são 
tão diferentes entre si? Cada célula de um indivíduo adulto tem codificada em seu DNA a informação genética 
completa e necessária para sintetizar todas as proteínas que o constituem. Entretanto, somente alguns grupos 
específicos de proteínas são produzidos em cada célula especializada e de acordo com sua especialidade e localização 
no corpo. Podemos pensar, como exemplo, nas células hepáticas, que são diferentes das células cardíacas, porque os 
genes ativos em uma são diferentes daqueles ativos na outra. Ou seja, existe uma diferença na atividade gênica de 
cada tipo de célula, existe uma diferença nos genes que são expressos em cada tipo de célula. 
A expressão gênica tem controle sobre quatro mecanismos durante o desenvolvimento do embrião, a fim de garantir 
a diferenciação das células de maneira correta para formar o indivíduo. Esses quatro mecanismos estão envolvidos 
com os seguintes processos: 
Proliferação celular: garantindo que muitas células sejam produzidas. 
Especialização celular: garantindo que as células se diferenciem de maneira correta para que possam exercer suas 
funções com êxito. 
Interação celular: garantindo a mediação do comportamento das células em relação às vizinhas, de forma a 
promover uma coordenação adequada. 
Movimentação celular: garantindo a correta disposição das células, de forma que as células próximas possuam 
características em comum, colaborando para a formação dos tecidos e órgãos. 
Células-tronco 
Caracterizam-se por apresentarem alta potencialidade, isto é, alta capacidade de se diferenciar em diversos tipos 
celulares e de se dividir continuamente. Estão presentes em algumas partes do organismo humano adulto, como uma 
reserva – uma parcela dessas células pode se direcionar para outro tecido que necessite, e se diferenciar em algum 
tipo celular específico; enquanto o restante da reserva se mantém totipotente. 
Ex.: o epitélio intestinal possui células-tronco prontas para originar células especializadas e capazes de absorver os 
nutrientes da dieta alimentar. Parte das células do epitélio intestinal permanece como células-tronco e a outra parte 
se diferencia. 
Sabe-se hoje que há regiões restritas do tecido nervoso com pequenas populações de células proliferantes, quando 
se acreditava que este era um tecido sem capacidade proliferativa. Já as células-tronco da medula óssea vermelha 
potencialmente podem originar todas as células do sangue e outros tipos não sanguíneos. 
A perspectiva do emprego das células-tronco da medula óssea, de forma terapêutica para doenças sanguíneas e de 
outros tecidos, amplia os recursos médicos, por exemplo, para reconstituição de tecidos que tenham sido danificados 
por doenças hereditárias ou adquiridas. 
O câncer é o resultado de alterações na estrutura e funcionamento de genes que controlam o crescimento normal e a 
diferenciação das células de determinado tecido de um organismo. O câncer gera alteração drástica no sistema de 
regulação da proliferação e da diferenciação celular. Na maioria dos tecidos, as células normais se dividem de forma 
controlada, enquanto células cancerígenas se dividem de forma descontrolada e apresentam proliferação 
desordenada, isto é, para além das necessidades do tecido. 
Morte celular 
Embora em muitos casos a morte celular possa ocorrer como resposta de um estímulo negativo, como mortes por 
lesões, na maioria das situações, a morte celular é considerada importante e positiva para o indivíduo, desde que não 
ocorra aleatoriamente, e sim de maneira organizada e controlada. 
Um exemplo para evidenciar a importância desse mecanismo é que, durante a fase embrionária, embriões humanos 
apresentam uma membrana entre os dedos, resultando em mãos com formato de pá. É graças à morte celular 
organizada e controlada que os dedos são separados e individualizados da maneira como conhecemos no indivíduo 
ao nascer, se apresentando sem a membrana interdigital. As membranas desapareceram devido à programação de 
suas células, que são instruídas a morrer ainda no desenvolvimento embrionário. 
Tipos de morte celular 
Por necrose celular, quando as células morrem devido a situações de injúria, isto é, sofrem estímulos que provocam 
danos irreversíveis e acabam morrendo. 
Esses danos podem ser decorrentes de uma lesão física ou da ação de produtos químicos e tóxicos, por exemplo. 
Também encontramos essa situação em algumas doenças degenerativas, como é o caso da artrite reumatoide e a 
gota. Ou em algumas doenças desencadeadas por estímulos externos, como é o caso da silicose e asbestose – que 
afetam, geralmente, profissionais que manipulam sílica e amianto, respectivamente, devido à inalação dessas 
substâncias. 
A necrose se apresenta como uma morte mais desorganizada e desencadeia resposta do sistema imunológico, 
gerando uma inflamação. 
Durante a necrose, na maioria das vezes, as células expelem seu conteúdo enquanto morrem. Isso acontece porque 
sua membrana plasmática é danificada, logo não pode mais controlar a passagem de íons e água e, em decorrência 
disso, a célula incha e seu conteúdo extravasa. Isso geralmente desencadeia um processo inflamatório nos tecidos 
circundantes à célula que sofre necrose. 
Já a morte por apoptose ocorre quando as células são estimuladas a morrer de forma programada. É uma morte que 
se dá com gasto de energia, configurando um fenômeno espontâneo, como se as células cometessem suicídio por 
efeito de sua função não ser mais necessária para o organismo. 
A apoptose é organizada e ocorre com a célula sendo dividida em pequenas porções, que são recolhidas por outras 
células, evitando a ativação de uma resposta imunológica como reação ao processo. 
Durante a apoptose, as células passam por uma série de etapas organizadas e ordenadas. Elas encolhem e 
desenvolvem protusões em sua superfície, chamadas bolhas. No núcleo, o DNA é fragmentado, assim como algumas 
outrasorganelas também são, para que, no fim, toda a célula se desintegre por meio da divisão em pequenos 
pacotes, todos envoltos por membrana plasmática. Estes pacotes de fragmentos celulares emitem sinais que atraem 
células do sistema imunológico, como os macrófagos, para que os fagocitem, não gerando uma resposta inflamatória.

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