Prévia do material em texto
Enfermagem Saúde Coletiva II Alice Goldin e Ruth Lima Desenvolvimento Puberal No Brasil, a média é 25 anos. Início – Indeterminado, podendo preceder ou suceder a puberdade. Fim – Difícil de determinar. O que é? Adolescência Crescimento e desenvolvimento biopsicossocial marcante. faixa etária de 12 a 18 anos 02 03 Puberdade Os mediadores Caracterizada pelo componente biológico das transformações próprias da adolescência. FimInício mulheres - 8 e 13 anos homens - 9 e 14 anos 18 a 24 anos - parada do crescimento físico e o amadurecimento gonadal. Maturação sexual. Desenvolvimento do sistemas. Crescimento abrupto (estirão do crescimento). Mudança na composição corporal. 04 O que acontece nesse período? 1 2 3 4 05 Importante! avaliação do peso e altura podem ser feitas pelo acompanhamento das curvas de crescimento, que contém informações dos percentís para ambos os sexos até 20 anos de idade. 1 Estirão do Crescimento Crescimento acelerado em que ocorre um grande aumento da velocidade de crescimento junto com a puberdade. Ação 1 Ação 2 Ação 3 Ação 4 Fase de crescimento estável: 4-6cm/ano Fase de aceleração do crescimento: a velocidade aumenta gradativamente até atingir um máximo. Pico de velocidade de crescimento - PVC: meninas: entre 11 e 12 anos – 8cm/ano meninos: entre 13 e 14 anos – 9,5cm/ano Fase de desaceleração do crescimento: término do crescimento e alcance da altura final 06 07 Idade óssea ou esquelética alterações evolutivas da maturação óssea, que acompanham a idade cronológica no processo de crescimento, sendo considerada como um indicador da idade biológica. Modificações da Composição Corporal O crescimento se faz inicialmente em membros (Distal -> Proximal) e somente depois o tronco. Desenvolvimento muscular é mais acentuado no sexo masculino. 08 2 Desenvolvime nto do sistemas. Coração, Pulmões, Fígado, Baço, Rins, Pâncreas, Tireóide, Supra-renais, Gônadas e praticamente todos os órgãos crescem durante a puberdade. Ocorre pequeno aumento, porém nítido do SNC. 09 3 Fatores que determinam maior capacidade física no menino Desenvolvimento do sistema cardiorrespiratório com aumento absoluto e relativo do coração e pulmões. Alterações hematológicas: a ação da testosterona sobre a eritropoiese determina o aumento da concentração de Hb e Nº de hemáceas, resultando na melhora da capacidade de transporte de O2. Aumento na massa e força muscular e da resistência ao esforço. Alterações morfológicas ocorrem na laringe; as cordas vocais tornam-se espessas e mais longas e a voz mais grave - momento mais marcante para os meninos. O crescimento dos pelos da face indica o final deste processo, quando a muda vocal deve estar completa. 10 Maturação sexual. 11 4 sequência dos eventos puberais foi sistematizada por TANNER Mulheres Broto Mamário (Telarca) Pelos Pubianos (Pubarca) Pelos axilares (Axarca) - aos 10,4 anos. Primeiras manifestações 1ª menstruação (Menarca) - após o PVC, na fase de desaceleração do crescimento (média de 12,4 anos). 12 Homens Primeiras manifestações Crescimento dos testículos e desenvolvimento do saco escrotal (10,9 anos) geralmente não é percebido pelo adolescente. Desenvolvimento dos pelos pubianos (11,3anos). Crescimento peniano (12,3 anos) é sempre percebido pelo adolescente. Pelos axilares, faciais e restante do corpo, glândulas sudoríparas (12,9 - 14,5 anos). 1ª ejaculação (espermarca ou semenarca) –em média aos 12,8 anos. Coincide na maioria das vezes com a aceleração ou PVC. Mudança de voz - ocorre por estimulação androgênica com consequente aumento da laringe. 13 14 PROBLEMAS NO DESENVOLVIMENTO PUBERAL 15 PUBERDADE PRECOCE feminino: ausência dos caracteres sexuais secundários a partir de 13 anos. masculino: ausência dos caracteres sexuais secundários a partir de 14 anos. feminino: aparecimento caracteres sexuais secundários antes de 8 anos; masculino: aparecimento caracteres sexuais secundários antes de 9 anos. PUBERDADE ATRASADA 16 Caracteres sexuais secundários O que é? são as características externas que permitem distinguir os indivíduos do sexo masculino dos do sexo feminino Baixa estatura Hirsutismo Sexo masculino = AP+ (AM – 12 cm) Limite ± 10 2 Sexo feminino = AM+ (AP – 12 cm) Limite ± 9 2 AP = Altura do pai AM = Altura da mãe Aparecimento anormal de pelos no corpo feminino, em quantidade excessiva. Manifestações clínicas de doenças virilizantes e estar associadas a doenças endócrinas e ovários policísticos. 17 Micropênis Depressão Quando o tamanho peniano for menor que 1,9 cm, medido da base até a ponta e esticado. Conduta: Considerando a amplitude dos fatores etiológicos, deve-se referenciar para serviço especializado. Oferecer suporte psicológico. 18 Síndrome clínica caracterizada por um distúrbio persistente do humor e um comportamento disfuncional. Geralmente inclui tristeza, infelicidade, retraimento social, dificuldade de concentração, problemas alimentares, perturbação do sono e perda de interesse nas atividades habituais. Fatores que podem levar à depressão Relação malsucedida com parceiros. Dificuldades com a família. Ambiente escolar (baixo rendimento, bullying). Insatisfação com o próprio corpo. Conduta: Ouvir o adolescente. Quando necessário, realizar interconsulta ou atenção conjunta aos profissionais da Saúde Mental dos Nasf. 19 Suicídio Anorexia Conduta: O adolescente pode ser abordado sobre pensamentos suicidas, independentemente de parecer ou apresentar sintomas de depressão É um distúrbio emocional e alimentar caracterizado por: insatisfação do peso, medo de engordar, distorção da imagem corporal. 20 Condutas Avaliação clínica a fim de verificar risco de vida devido à desnutrição. Procurar fazer diagnóstico diferencial com outras doenças psiquiátricas. Procurar conhecer a estrutura familiar e de suporte social. É fundamental a atuação de um profissional da área de Saúde Mental do Nasf e do apoio de nutricionista. 21 Bulimia Períodos de grande compulsão alimentar, quando é ingerida uma grande quantidade de alimentos seguidos de período de purgação em que a(o) paciente lança mão de vômitos provocados, uso de laxativos e diuréticos e exercícios vigorosos. 22 Apresentam risco de vida durante estes surtos devido aos distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básicos desencadeados pelos vômitos, uso de laxantes e diuréticos. Conduta: Avaliar a história do adolescente e os riscos para depressão. É fundamental o acompanhamento por profissionais da Saúde Mental do Nasf; e/ou referenciar para serviços especializados com equipe multidisciplinar, de preferência formada por especialista de Saúde Mental, nutricionista e clínico. Obesidade Conduta: manutenção de peso tão próximo do normal quanto às características fisiológicas do indivíduo permitirem. O tratamento consiste em normalizar (não restringir) o consumo de alimentos. Aumentar a movimentação corporal, especialmente os exercícios aeróbicos. Atentar para as condições sociais e emocionais. 23 Violência Alterações psicológicas e comportament ais Uso de drogas Gravidez 24 outros tipos