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Legislacao-Facilitada-PMBA-Soldado-2022

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PM-BA 
Soldado 
 
 
 
Plano de Leitura 
10 Dias 
 
 
 
 
Polícia Militar – Bahia 
Cargo: Soldado 
Pós-Edital 2022 
 
 
 
 
Joabe Brito, cfnbrito@gmail.com
 
 
 
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S U M Á R I O 
 
D i a 1 .............................................................................................................................................. 3 
Constituição Federal: Arts. 1° - 4º 
Código Penal: Arts. 13 - 25 
Código Penal Militar: Arts. 149 – 166 
Decreto-Lei nº 3.688/1941 (Lei das Contravenções Penais) 
 
D i a 2 ............................................................................................................................................ 15 
Constituição Federal: Art. 5º 
Código Penal: Arts. 121 – 129 / 137 / 140 
Código Penal Militar: Arts. 177 / 187 – 194 
Lei n° 9.455/1997 (Crimes de Tortura) 
 
D i a 3 ............................................................................................................................................. 24 
Constituição Federal: Arts. 6 – 17 
Código Penal: Arts. 146 - 148 
Código Penal Militar: Arts. 195 – 203 
Lei n° 12.288/2010 (Estatuto da Igualdade Racial) 
 
D i a 4 ........................................................................................................................................................................... 38 
Constituição Federal: Arts. 18 - 36 
Código Penal: Arts. 155 – 160 / 168 – 170 / 180 – 180-A 
Código Penal Militar: Arts. 298 – 307 / 319 
 
D i a 5 ........................................................................................................................................................................... 50 
Constituição Federal: Arts. 37 - 43 
Código Penal: Arts. 213 – 218-C 
Lei nº 7.716/1989 (Crimes Resultantes de Preconceito de Raça ou de Cor) 
 
D i a 6 ........................................................................................................................................................................... 59 
Constituição Federal: Art. 144 
Código Penal: Arts. 317 – 333 
Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) 
 
D i a 7 ........................................................................................................................................................................... 68 
Constituição do Estado da Bahia 
Lei Estadual nº 7.990/2001 (Estatuto dos Policiais Militares do Estado da Bahia): Arts. 1º ao 59 
D i a 8 ............................................................................................................................................. 80 
Lei nº 7.437/1985 (Lei Caó) 
Lei Estadual n° 10.549/2006 (Secretaria de Promoção da Igualdade Racial) 
Lei nº 10.678/2003 (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República) 
 
D i a 9 ............................................................................................................................................. 85 
Decreto n° 65.810/1969 (Convenção internacional sobre a eliminação de todas as formas de discriminação racial) 
Decreto n° 4.377/2002 (Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher) 
 
D i a 1 0 .......................................................................................................................................... 97 
Declaração Universal dos Direitos Humanos/1948 
Pacto de São José da Costa Rica: Art. 1° ao 32 
Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais: Art. 1° ao 15 
Declaração de Pequim Adotada pela Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres: Ação para Igualdade, Desenvolvimento e Paz 
 
 
Joabe Brito, cfnbrito@gmail.com
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
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O Plano de Leitura - Legislação Facilitada - é uma ferramenta indispensável para quem deseja aumentar o rendimento nos 
estudos e alcançar a tão sonhada aprovação. Abordamos toda a legislação exigida pelo edital do concurso PMBA – Soldado 2022, 
selecionando somente os dispositivos que poderão ser objeto de cobrança, com o intuito de implementar um estudo direcionado e objetivo. 
Cada dia de leitura contempla leis e dispositivos diversos, de modo a tornar o estudo mais agradável e diversificado. Incorporamos, 
ainda, diversas ferramentas para facilitar o estudo da legislação: 
• Marcações 
• Súmulas 
• Comentários Pontuais 
 
Os recursos empregados variam de acordo com a legislação exigida. 
Data de fechamento: 10.10.2022 
 
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as medidas judiciais cabíveis. 
 
Código Penal 
Violação de direito autoral 
Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: 
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. 
 
 
 
 
 
 
 
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Horário Semanal 
 Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab 
12 am 
 
1 am 
 
2 am 
 
3 am 
 
4 am 
 
5 am 
 
6 am 
 
7 am 
 
8 am 
 
9 am 
 
10 am 
 
11 am 
 
12 pm 
 
1 pm 
 
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PREÂMBULO 
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos 
em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um 
Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício 
dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a 
segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade 
e a justiça como valores supremos de uma sociedade 
fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na 
harmonia social e comprometida, na ordem interna e 
internacional, com a solução pacífica das controvérsias, 
promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO 
BRASIL. 
STF: O preâmbulo não possui força normativa, não pode 
servir de parâmetro para tornar normas inconstitucionais e não é 
de reprodução obrigatória pelas Constituições Estaduais. Trata-
se de uma síntese das intenções dos constituintes e deve ser 
utilizado para fins interpretativos. 
 
 “O fato de usar no preâmbulo a expressão ‘sob a proteção de 
Deus’ por si não faz o Estado brasileiro um Estado religioso. O 
Brasil é um país ‘laico’ ou ‘leigo’, não possui elos de relação com 
religiões, embora inclua entre suas proteções o sentimento de 
liberdade religiosa e de crença”. 
Vitor Cruz, Constituição Federal anotada para concursos. 
 
TÍTULO I 
Dos Princípios Fundamentais 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada 
pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do 
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de 
Direito e tem como fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre 
iniciativa; 
V - o pluralismopolítico. 
(Memorize: So Ci Di Va Plu) 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que 
o exerce por meio de representantes eleitos ou 
diretamente, nos termos desta Constituição. 
 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e 
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o 
Judiciário. 
Sistema de Freios e Contrapesos (check and balances): Cada 
Poder irá atuar com o intuito de impedir o exercício arbitrário do 
outro. 
 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da 
República Federativa do Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
II - garantir o desenvolvimento nacional; 
III - erradicar a pobreza e a marginalização e 
reduzir as desigualdades sociais e regionais; 
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de 
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas 
de discriminação. 
(Memorize: Con Ga Er Pro) 
 
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se 
nas suas relações internacionais pelos seguintes 
princípios: 
I - independência nacional; 
II - prevalência dos direitos humanos; 
III - autodeterminação dos povos; 
IV - não-intervenção; 
V - igualdade entre os Estados; 
VI - defesa da paz; 
VII - solução pacífica dos conflitos; 
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
IX - cooperação entre os povos para o progresso 
da humanidade; 
X - concessão de asilo político. 
(Memorize: A-In-D Não Co-Pre-I Re-Co-S) 
A – autodeterminação dos povos In – independência nacional 
D – defesa da paz Não – não intervenção Co – cooperação 
entre os povos para o progresso da humanidade Pre – 
prevalência dos direitos humanos I – igualdade entre os Estados 
Re – repúdio ao terrorismo e ao racismo Co – concessão de asilo 
político S – solução pacífica dos conflitos 
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil 
buscará a integração econômica, política, social e cultural 
dos povos da América Latina, visando à formação de uma 
comunidade latino-americana de nações. 
ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA BRASILEIRA 
 
- FORMA DE ESTADO: FEDERAÇÃO 
Na federação brasileira, o poder político é distribuído 
geograficamente em entidades governamentais autônomas 
(União, Estados, DF, Municípios), caracterizando-se pela 
descentralização política. Contudo, não há direito de secessão, 
pois se estabelece um vínculo indissolúvel. 
Características: Autogoverno (escolhem seus governantes); 
Auto-organização (criam constituições estaduais ou leis 
orgânicas); Autolegislação (elaboram suas próprias leis); 
Autoadministração (possuem competências tributárias e 
administrativas). 
 
- FORMA DE GOVERNO: REPÚBLICA 
Trata da relação entre governantes e governados e a forma de 
distribuição do poder na sociedade. 
Características: Prestação de contas; Transparência; 
Temporariedade do mandato dos governantes; Eleições 
periódicas. 
 
- REGIME DE GOVERNO: DEMOCRACIA (SEMIDIRETA) 
Refere-se à participação do povo na produção do ordenamento 
jurídico e nas ações do governo. Prevalece a vontade da maioria, 
protegendo-se também as minorias. No Brasil, consagrou-se a 
Democracia Semidireta, que unifica a participação por 
Constituição da República Federativa 
do Brasil de 1988 
 
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representatividade com a participação direta, através de 
referendo e plebiscito. 
 
- SISTEMA DE GOVERNO: PRESIDENCIALISMO 
Está ligado ao modo como se relacionam os Poderes Executivo e 
Legislativo. No presidencialismo, há uma independência maior do 
Poder executivo em relação ao Legislativo. O presidente da 
república exerce as funções de Chefe de Estado (representando 
o Brasil internacionalmente) e Chefe de Governo (tratando da 
política interna). 
 
 
 
 
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TÍTULO II 
DO CRIME 
De acordo com o Conceito Analítico de Crime, o delito 
constitui-se de um fato típico, ilícito e culpável. 
CONCEITO TRIPARTIDO DE CRIME 
✓ FATO TÍPICO - Conduta 
- Resultado 
- Nexo de causalidade 
- Tipicidade 
✓ ILÍCITO É a relação de contrariedade entre a 
conduta e a norma. Essa ilicitude poderá ser 
afastada por causas excludentes de 
antijuridicidade, quando o agente, por 
exemplo, pratica o fato: 
-- em estado de necessidade; 
-- em legítima defesa; 
-- em estrito cumprimento de dever legal 
-- em exercício regular de direito 
✓ CULPÁVEL - Imputabilidade 
- Potencial consciência da ilicitude 
- Exigibilidade de conduta diversa 
 
 Relação de causalidade 
 Art. 13 - O resultado, de que depende a existência 
do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. 
Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o 
resultado não teria ocorrido. (Teoria da equivalência dos 
antecedentes causais – conditio sine qua non) 
A teoria da equivalência dos antecedentes causais possui 
extensão muito ampla, permitindo o regresso infinito das causas. 
Para evitar a responsabilização de determinadas condutas 
existentes na cadeia do regresso, deve-se buscar limites e 
complementos na legislação e na doutrina, como os critérios de 
imputação objetiva e a análise do dolo e da culpa. 
 Superveniência de causa independente 
 § 1º - A superveniência de causa relativamente 
independente exclui a imputação quando, por si só, 
produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, 
imputam-se a quem os praticou. (Teoria da causalidade 
adequada) 
 Relevância da omissão 
 § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o 
omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O 
dever de agir incumbe a quem: (Crime omissivo impróprio ou 
comissivo por omissão) 
 a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou 
vigilância; 
 b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de 
impedir o resultado; 
 c) com seu comportamento anterior, criou o risco da 
ocorrência do resultado. 
 
 Art. 14 - Diz-se o crime: 
 Crime consumado 
 I - consumado, quando nele se reúnem todos os 
elementos de sua definição legal; 
 Tentativa 
 II - tentado, quando, iniciada a execução, não se 
consuma por circunstâncias alheias à vontade do 
agente. (Conatus) 
 Pena de tentativa 
 Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, 
pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime 
consumado, diminuída de 1/3 a 2/3 (um a dois terços). 
Infrações que não admitem a tentativa: 
- Contravenções penais 
- Crimes culposos 
- Crimes preterdolosos 
- Crimes unissubsistentes 
- Crimes omissivos próprios 
- Crimes condicionados 
- Crimes habituais 
- Crimes de atentado 
 
 Desistência voluntária e arrependimento eficaz 
 Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de 
prosseguir na execução ou impede que o resultado se 
produza, só responde pelos atos já praticados 
 
 Arrependimento posterior 
 Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou 
grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída 
a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por 
Decreto-Lei nº 2.848 / 1940 
Código Penal 
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ato voluntário do agente, a pena será reduzida de 1/3 a 
2/3 (um a dois terços). 
 
 Crime impossível 
 Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por 
ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade 
do objeto, é impossível consumar-se o crime. 
STF: Súmula 145 - Não há crime, quando a preparação do 
flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação. 
STJ: Súmula 567 - Sistema de vigilância realizado por 
monitoramento eletrônico ou por existência de segurança no 
interior de estabelecimento comercial, por si só, não torna 
impossível a configuração do crime de furto. 
 
 Art. 18 - Diz-se o crime: 
 Crime doloso 
 I - doloso, quando o agente quis o resultado (Dolo 
direto) ou assumiu o risco de produzi-lo (Dolo eventual). 
 Crime culposo 
 II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado 
por imprudência, negligência ou imperícia. 
Imprudência – Atitude realizada sem a devida ponderação, de 
forma perigosa e precipitada; 
Negligência – Ausência de precaução. Deixar de fazer algo 
imposto; 
Imperícia – Conduta realizada com inaptidão para o exercício de 
arte ou profissão. 
 Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, 
ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, 
senão quando o pratica dolosamente. 
Princípio da excepcionalidade do tipo culposo: Os tipos 
penais culposos devem ser previstos de forma expressa. 
 
 Agravação pelo resultado 
 Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a 
pena, só responde o agente que o houver causado ao 
menos culposamente. 
 
 Erro sobre elementos do tipo 
 Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo 
legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por 
crime culposo, se previsto em lei. 
O erro sobre elementos do tipo, conhecido como Erro de Tipo 
Essencial, é a representação errônea da realidade. O agente 
acredita não estar presente um dos elementos essenciais que 
compõem o tipo penal. 
ERRO DE TIPO ESSENCIAL 
Escusável ou Inevitável: 
Exclui o dolo e a culpa 
Inescusável ou Evitável: 
Exclui o dolo, mas permite a 
punição por crime culposo, a 
título de culpa imprópria. 
 
 Descriminantes putativas (Erro de tipo permissivo) 
 § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente 
justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato 
que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há 
isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é 
punível como crime culposo 
 
 Erro determinado por terceiro 
 § 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina 
o erro. 
 
 Erro sobre a pessoa (Error in persona) 
 § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é 
praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste 
caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da 
pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. 
 
 Erro sobre a ilicitude do fato (Erro de proibição) 
 Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O 
erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de 
pena; se evitável, poderá diminuí-la de 1/6 a 1/3 (um 
sexto a um terço). 
 Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o 
agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do 
fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou 
atingir essa consciência. 
 
 Coação irresistível e obediência hierárquica 
 Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível 
ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente 
ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da 
coação ou da ordem 
 
 Exclusão de ilicitude 
 Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o 
fato: 
 I - em estado de necessidade; 
 II - em legítima defesa 
 III - em estrito cumprimento de dever legal ou no 
exercício regular de direito 
 Excesso punível 
 Parágrafo único - O agente, em qualquer das 
hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso 
ou culposo 
 
 Estado de necessidade 
 Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade 
quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não 
provocou por sua vontade, nem podia de outro modo 
evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas 
circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
 § 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem 
tinha o dever legal de enfrentar o perigo. 
 § 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do 
direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de 1/3 a 
2/3 (um a dois terços). 
 
 Legítima defesa 
 Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, 
usando moderadamente dos meios necessários, repele 
injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de 
outrem. 
Parágrafo único. Observados os requisitos 
previstos no caput deste artigo, considera-se também em 
legítima defesa o agente de segurança pública que 
repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida 
refém durante a prática de crimes. (2019) 
 
 
 
 
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TÍTULO II 
DOS CRIMES CONTRA A AUTORIDADE 
OU DISCIPLINA MILITAR 
CAPÍTULO I 
DO MOTIM E DA REVOLTA 
 Motim 
 Art. 149. Reunirem-se militares ou assemelhados: 
 I - agindo contra a ordem recebida de superior, ou 
negando-se a cumpri-la; 
 II - recusando obediência a superior, quando estejam 
agindo sem ordem ou praticando violência; 
 III - assentindo em recusa conjunta de obediência, ou 
em resistência ou violência, em comum, contra superior; 
 IV - ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou 
estabelecimento militar, ou dependência de qualquer 
deles, hangar, aeródromo ou aeronave, navio ou viatura 
militar, ou utilizando-se de qualquer daqueles locais ou 
meios de transporte, para ação militar, ou prática de 
violência, em desobediência a ordem superior ou em 
detrimento da ordem ou da disciplina militar: 
 Pena - reclusão, de quatro a oito anos, com aumento 
de um terço para os cabeças. 
 
 Revolta 
 Parágrafo único. Se os agentes estavam armados: 
 Pena - reclusão, de oito a vinte anos, com aumento 
de um terço para os cabeças. 
 
 Organização de grupo para a prática de violência 
 Art. 150. Reunirem-se dois ou mais militares ou 
assemelhados, com armamento ou material bélico, de 
propriedade militar, praticando violência à pessoa ou à 
coisa pública ou particular em lugar sujeito ou não à 
administração militar: 
 Pena - reclusão, de quatro a oito anos. 
 
 Omissão de lealdade militar 
 Art. 151. Deixar o militar ou assemelhado de levar 
ao conhecimento do superior o motim ou revolta de 
cuja preparação teve notícia, ou, estando presente ao ato 
criminoso, não usar de todos os meios ao seu alcance 
para impedi-lo: 
 Pena - reclusão, de três a cinco anos. 
 
 Conspiração 
 Art. 152. Concertarem-se militares ou assemelhados 
para a prática do crime previsto no artigo 149: 
 Pena - reclusão, de três a cinco anos. 
 
 Isenção de pena 
 Parágrafo único. É isento de penaaquele que, antes 
da execução do crime e quando era ainda possível evitar-
lhe as consequências, denuncia o ajuste de que 
participou. 
 
 Cumulação de penas 
 Art. 153. As penas dos arts. 149 e 150 são aplicáveis 
sem prejuízo das correspondentes à violência. 
 
CAPÍTULO II 
DA ALICIAÇÃO E DO INCITAMENTO 
 Aliciação para motim ou revolta 
 Art. 154. Aliciar militar ou assemelhado para a 
prática de qualquer dos crimes previstos no capítulo 
anterior: 
 Pena - reclusão, de dois a quatro anos. 
 
 Incitamento 
 Art. 155. Incitar à desobediência, à indisciplina ou 
à prática de crime militar: 
 Pena - reclusão, de dois a quatro anos. 
 Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem 
introduz, afixa ou distribui, em lugar sujeito à 
administração militar, impressos, manuscritos ou material 
mimeografado, fotocopiado ou gravado, em que se 
contenha incitamento à prática dos atos previstos no 
artigo. 
 
 Apologia de fato criminoso ou do seu autor 
 Art. 156. Fazer apologia de fato que a lei militar 
considera crime, ou do autor do mesmo, em lugar 
sujeito à administração militar: 
 Pena - detenção, de seis meses a um ano. 
 
CAPÍTULO III 
DA VIOLÊNCIA CONTRA SUPERIOR OU 
MILITAR DE SERVIÇO 
 Violência contra superior 
 Art. 157. Praticar violência contra superior: 
 Pena - detenção, de três meses a dois anos. 
 
 Formas qualificadas 
 § 1º Se o superior é comandante da unidade a que 
pertence o agente, ou oficial general: 
 Pena - reclusão, de três a nove anos. 
 § 2º Se a violência é praticada com arma, a pena é 
aumentada de um terço. 
 § 3º Se da violência resulta lesão corporal, aplica-
se, além da pena da violência, a do crime contra a 
pessoa. 
 § 4º Se da violência resulta morte: 
 Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
 § 5º A pena é aumentada da sexta parte, se o crime 
ocorre em serviço. 
 
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 Violência contra militar de serviço 
 Art. 158. Praticar violência contra oficial de dia, de 
serviço, ou de quarto, ou contra sentinela, vigia ou 
plantão: 
 Pena - reclusão, de três a oito anos. 
 
 Formas qualificadas 
 § 1º Se a violência é praticada com arma, a pena é 
aumentada de um terço. 
 § 2º Se da violência resulta lesão corporal, aplica-se, 
além da pena da violência, a do crime contra a pessoa. 
 § 3º Se da violência resulta morte: 
 Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
 
 Ausência de dolo no resultado 
 Art. 159. Quando da violência resulta morte ou 
lesão corporal e as circunstâncias evidenciam que o 
agente não quis o resultado nem assumiu o risco de 
produzi-lo, a pena do crime contra a pessoa é diminuída 
de metade. 
 
CAPÍTULO IV 
DO DESRESPEITO A SUPERIOR E A 
SÍMBOLO NACIONAL OU A FARDA 
 Desrespeito a superior 
 Art. 160. Desrespeitar superior diante de outro 
militar: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato 
não constitui crime mais grave. 
 
 Desrespeito a comandante, oficial general ou 
oficial de serviço 
 Parágrafo único. Se o fato é praticado contra o 
comandante da unidade a que pertence o agente, oficial-
general, oficial de dia, de serviço ou de quarto, a pena é 
aumentada da metade. 
 
 Desrespeito a símbolo nacional 
 Art. 161. Praticar o militar diante da tropa, ou em 
lugar sujeito à administração militar, ato que se traduza 
em ultraje a símbolo nacional: 
 Pena - detenção, de um a dois anos. 
 
 Despojamento desprezível 
 Art. 162. Despojar-se de uniforme, condecoração 
militar, insígnia ou distintivo, por menosprezo ou 
vilipêndio: 
 Pena - detenção, de seis meses a um ano. 
 Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se 
o fato é praticado diante da tropa, ou em público. 
 
CAPÍTULO V 
DA INSUBORDINAÇÃO 
 Recusa de obediência 
 Art. 163. Recusar obedecer a ordem do superior 
sobre assunto ou matéria de serviço, ou relativamente 
a dever imposto em lei, regulamento ou instrução: 
 Pena - detenção, de um a dois anos, se o fato não 
constitui crime mais grave. 
 
 Oposição a ordem de sentinela 
 Art. 164. Opor-se às ordens da sentinela: 
 Pena - detenção, de seis meses a um ano, se o fato 
não constitui crime mais grave. 
 
 Reunião ilícita 
 Art. 165. Promover a reunião de militares, ou nela 
tomar parte, para discussão de ato de superior ou assunto 
atinente à disciplina militar: 
 Pena - detenção, de seis meses a um ano a quem 
promove a reunião; de dois a seis meses a quem dela 
participa, se o fato não constitui crime mais grave. 
 
 Publicação ou crítica indevida 
 Art. 166. Publicar o militar ou assemelhado, sem 
licença, ato ou documento oficial, ou criticar 
publicamente ato de seu superior ou assunto atinente à 
disciplina militar, ou a qualquer resolução do Governo: 
 Pena - detenção, de dois meses a um ano, se o fato 
não constitui crime mais grave. 
 
 
 
 
01_____________________________________ 
02_____________________________________ 
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15_____________________________________ 
 
 
 
LEI DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS 
PARTE GERAL 
 Art. 1º Aplicam-se as contravenções às regras gerais 
do Código Penal, sempre que a presente lei não disponha 
de modo diverso. 
 
 Art. 2º A lei brasileira só é aplicável à contravenção 
praticada no território nacional. 
 
Decreto-Lei nº 3.688 / 1941 
Lei das Contravenções Penais 
Joabe Brito, cfnbrito@gmail.com
 
 
 
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 Art. 3º Para a existência da contravenção, basta a 
ação ou omissão voluntária. Deve-se, todavia, ter em 
conta o dolo ou a culpa, se a lei faz depender, de um ou 
de outra, qualquer efeito jurídico. 
 
 Art. 4º Não é punível a tentativa de contravenção. 
 
 Art. 5º As penas principais são: 
 I – prisão simples. 
 II – multa. 
 
 Art. 6º A pena de prisão simples deve ser cumprida, 
sem rigor penitenciário, em estabelecimento especial ou 
seção especial de prisão comum, em regime semi-
aberto ou aberto. 
 § 1º O condenado a pena de prisão simples fica 
sempre separado dos condenados a pena de reclusão ou 
de detenção. 
 § 2º O trabalho é facultativo, se a pena aplicada, 
não excede a quinze dias. 
 
 Art. 7º Verifica-se a reincidência quando o agente 
pratica uma contravenção depois de passar em julgado a 
sentença que o tenha condenado, no Brasil ou no 
estrangeiro, por qualquer crime, ou, no Brasil, por motivo 
de contravenção. 
 
 Art. 8º No caso de ignorância ou de errada 
compreensão da lei, quando escusáveis, a pena pode 
deixar de ser aplicada. 
 
 Art. 9º A multa converte-se em prisão simples, de 
acordo com o que dispõe o Código Penal sobre a 
conversão de multa em detenção. 
 Parágrafo único. Se a multa é a única pena 
cominada, a conversão em prisão simples se faz entre os 
limites de quinze dias e três meses.- Dispositivo revogado pela Lei n. 9.268/96 
 
 Art. 10. A duração da pena de prisão simples não 
pode, em caso algum, ser superior a 5 (cinco) anos, nem 
a importância das multas ultrapassar cinquenta contos. 
 
 Art. 11. Desde que reunidas as condições legais, o 
juiz pode suspender por tempo não inferior a 1 (um) ano 
nem superior a 3 (três), a execução da pena de prisão 
simples, bem como conceder livramento condicional. 
Observam-se, em relação ao sursis para contravenções penais, 
as mesmas condições exigidas nos arts. 77 e 78 do CP. Quanto 
ao livramento condicional, incidem as regras constantes no art. 
83 do CP. 
 
 Art. 12. As penas acessórias são a publicação da 
sentença e as seguintes interdições de direitos: 
 I – a incapacidade temporária para profissão ou 
atividade, cujo exercício dependa de habilitação especial, 
licença ou autorização do poder público; 
 lI – a suspensão dos direitos políticos. 
 Parágrafo único. Incorrem: 
 a) na interdição sob nº I, por um mês a dois anos, o 
condenado por motivo de contravenção cometida com 
abuso de profissão ou atividade ou com infração de dever 
a ela inerente; 
 b) na interdição sob nº II, o condenado a pena 
privativa de liberdade, enquanto dure a execução do pena 
ou a aplicação da medida de segurança detentiva. 
- Lei n. 7.209/84 aboliu as penas acessórias e implantou a 
reforma do Código Penal 
 
 Art. 13. Aplicam-se, por motivo de contravenção, as 
medidas de segurança estabelecidas no Código Penal, à 
exceção do exílio local. 
- Não existe mais exílio local. 
 
 Art. 14. Presumem-se perigosos, além dos indivíduos 
a que se referem os ns. I e II do art. 78 do Código Penal: 
 I – o condenado por motivo de contravenção 
cometido, em estado de embriaguez pelo álcool ou 
substância de efeitos análogos, quando habitual a 
embriaguez; 
 II – o condenado por vadiagem ou mendicância; 
- Dispositivo revogado pela Lei n. 7.209/84 
 
 Art. 15. São internados em colônia agrícola ou em 
instituto de trabalho, de reeducação ou de ensino 
profissional, pelo prazo mínimo de um ano: 
 I – o condenado por vadiagem (art. 59); 
 II – o condenado por mendicância (art. 60 e seu 
parágrafo); 
- Dispositivo revogado pela Lei n. 7.209/84 
 
 Art. 16. O prazo mínimo de duração da internação 
em manicômio judiciário ou em casa de custódia e 
tratamento é de 6 (seis) meses. 
 Parágrafo único. O juiz, entretanto, pode, ao invés de 
decretar a internação, submeter o indivíduo a liberdade 
vigiada. 
- Dispositivo alterado pela Lei n. 7.209/84. Atualmente o 
prazo mínimo é de 1 ano. 
 
 Art. 17. A ação penal é pública, devendo a 
autoridade proceder de ofício. 
As contravenções penais são infrações de menor potencial 
ofensivo e se submetem ao rito da Lei dos Juizados Especiais 
(Lei nº 9.099/1995). 
--------------------------------------------------------------------------------------- 
Súmula 38 do STJ - Compete à justiça estadual comum, na 
vigência da constituição de 1988, o processo por contravenção 
penal, ainda que praticada em detrimento de bens, serviços ou 
interesse da união ou de suas entidades. 
 
PARTE ESPECIAL 
CAPÍTULO I 
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À PESSOA 
 Art. 18. Fabricar, importar, exportar, ter em 
depósito ou vender, sem permissão da autoridade, 
arma ou munição: 
 Pena – prisão simples, de três meses a um ano, ou 
multa, de um a cinco contos de réis, ou ambas 
cumulativamente, se o fato não constitui crime contra a 
ordem política ou social. 
- Deve-se observar que, em face da Lei 10.826/2003 
(Estatuto do Desarmamento), os arts. 18 e 19 da Lei de 
Contravenções Penais foram derrogados quanto à arma de 
fogo. Porém, os referidos artigos continuam a ter 
aplicabilidade no que se refere às armas brancas: facas, 
navalhas, canivetes, estiletes etc. 
 Art. 19. Trazer consigo arma fora de casa ou de 
dependência desta, sem licença da autoridade: 
 Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, 
ou multa, de duzentos mil réis a três contos de réis, ou 
ambas cumulativamente. 
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 § 1º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até 
metade, se o agente já foi condenado, em sentença 
irrecorrível, por violência contra pessoa. 
 § 2º Incorre na pena de prisão simples, de quinze 
dias a três meses, ou multa, de duzentos mil réis a um 
conto de réis, quem, possuindo arma ou munição: 
 a) deixa de fazer comunicação ou entrega à 
autoridade, quando a lei o determina; 
 b) permite que alienado menor de 18 anos ou 
pessoa inexperiente no manejo de arma a tenha 
consigo; 
 c) omite as cautelas necessárias para impedir que 
dela se apodere facilmente alienado, menor de 18 anos 
ou pessoa inexperiente em manejá-la. 
 
 Art. 20. Anunciar processo, substância ou objeto 
destinado a provocar aborto: 
 Pena - multa de hum mil cruzeiros a dez mil 
cruzeiros. 
 
 Art. 21. Praticar vias de fato contra alguém: 
 Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, 
ou multa, de cem mil réis a um conto de réis, se o fato não 
constitui crime. 
 Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um 
terço) até a metade se a vítima é maior de 60 (sessenta) 
anos. 
São exemplos de vias de fato: tapa, empurrão, puxão de cabelo, 
rasteira. Não é possível verificar lesão pelo exame de corpo de 
delito. 
 
 Art. 22. Receber em estabelecimento psiquiátrico, e 
nele internar, sem as formalidades legais, pessoa 
apresentada como doente mental: 
 Pena – multa, de trezentos mil réis a três contos de 
réis. 
 § 1º Aplica-se a mesma pena a quem deixa de 
comunicar a autoridade competente, no prazo legal, 
internação que tenha admitido, por motivo de urgência, 
sem as formalidades legais. 
 § 2º Incorre na pena de prisão simples, de quinze 
dias a três meses, ou multa de quinhentos mil réis a cinco 
contos de réis, aquele que, sem observar as prescrições 
legais, deixa retirar-se ou despede de estabelecimento 
psiquiátrico pessoa nele, internada. 
 
 Art. 23. Receber e ter sob custódia doente mental, 
fora do caso previsto no artigo anterior, sem autorização 
de quem de direito: 
 Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, 
ou multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis. 
 
CAPÍLULO II 
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES AO 
PATRIMÔNIO 
 Art. 24. Fabricar, ceder ou vender gazua ou 
instrumento empregado usualmente na prática de crime 
de furto: 
 Pena – prisão simples, de seis meses a dois anos, e 
multa, de trezentos mil réis a três contos de réis. 
São exemplos de Gazua: pé-de-cabra, chave de fenda, serra etc. 
 
 Art. 25. Ter alguém em seu poder, depois de 
condenado, por crime de furto ou roubo, ou enquanto 
sujeito à liberdade vigiada ou quando conhecido como 
vadio ou mendigo, gazuas, chaves falsas ou alteradas ou 
instrumentos empregados usualmente na prática de crime 
de furto, desde que não prove destinação legítima: 
 Pena – prisão simples, de dois meses a um ano, e 
multa de duzentos mil réis a dois contos de réis 
. 
 Art. 26. Abrir alguém, no exercício de profissão de 
serralheiro ou oficio análogo, a pedido ou por incumbência 
de pessoa de cuja legitimidade não se tenha certificado 
previamente, fechadura ou qualquer outro aparelho 
destinado à defesa de lugar ou objeto: 
 Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, 
ou multa, de duzentos mil réis a um conto de réis. 
 
 Art. 27. (Revogado) 
 
CAPÍTULO III 
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À 
INCOLUMIDADE PÚBLICA 
 Art. 28. Disparar arma de fogo em lugar habitado ou 
em suas adjacências,em via pública ou em direção a ela: 
 Pena – prisão simples, de um a seis meses, ou 
multa, de trezentos mil réis a três contos de réis. 
 Parágrafo único. Incorre na pena de prisão simples, 
de quinze dias a dois meses, ou multa, de duzentos mil 
réis a dois contos de réis, quem, em lugar habitado ou em 
suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, 
sem licença da autoridade, causa deflagração perigosa, 
queima fogo de artifício ou solta balão aceso. 
- Caput revogado pelo art. 15 da Lei n. 10.826 / 2003 
(Estatuto do Desarmamento). 
- Parágrafo único revogado pelo art. 42 da Lei n. 9.605 / 1998 
(Lei de Crimes Ambientais). 
 
 Art. 29. Provocar o desabamento de construção ou, 
por erro no projeto ou na execução, dar-lhe causa: 
 Pena – multa, de um a dez contos de réis, se o fato 
não constitui crime contra a incolumidade pública. 
Somente caracteriza contravenção penal se não constituir crime 
mais grave. Código Penal, art. 256: “Causar desabamento ou 
desmoronamento, expondo a perigo a vida, a integridade física 
ou o patrimônio de outrem. Pena - reclusão, de um a quatro 
anos, e multa”. 
 
 Art. 30. Omitir alguém a providência reclamada pelo 
Estado ruinoso de construção que lhe pertence ou cuja 
conservação lhe incumbe: 
 Pena – multa, de um a cinco contos de réis. 
 
 Art. 31. Deixar em liberdade, confiar à guarda de 
pessoa inexperiente, ou não guardar com a devida 
cautela animal perigoso: 
 Pena – prisão simples, de dez dias a dois meses, ou 
multa, de cem mil réis a um conto de réis. 
 Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem: 
 a) na via pública, abandona animal de tiro, carga ou 
corrida, ou o confia à pessoa inexperiente; 
 b) excita ou irrita animal, expondo a perigo a 
segurança alheia; 
 c) conduz animal, na via pública, pondo em perigo a 
segurança alheia. 
 
 Art. 32. Dirigir, sem a devida habilitação, veículo na 
via pública, ou embarcação a motor em águas públicas: 
 Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de 
réis. 
STF: Súmula 720 - O art. 309 do Código de Trânsito Brasileiro, 
que reclama decorra do fato perigo de dano, derrogou o art. 32 
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https://www.legislacaofacilitada.com.br
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9605.htm
 
 
 
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da lei das contravenções penais no tocante à direção sem 
habilitação em vias terrestres. 
--------------------------------------------------------------------------------------- 
A contravenção penal, contudo, ainda subsiste em relação à 
direção sem habilitação de embarcação a motor em águas 
públicas. 
 
 Art. 33. Dirigir aeronave sem estar devidamente 
licenciado: 
 Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, 
e multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. 
 
 Art. 34. Dirigir veículos na via pública, ou 
embarcações em águas públicas, pondo em perigo a 
segurança alheia: 
 Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, 
ou multa, de trezentos mil réis a dois contos de réis. 
Atualmente estão previstos na Lei 9.503/97 (Código de Trânsito 
Brasileiro) os tipos penais referentes à direção de veículos na via 
pública. Porém, a contravenção penal ainda subsiste em relação 
às embarcações em águas públicas. 
 
 Art. 35. Entregar-se na prática da aviação, a 
acrobacias ou a voos baixos, fora da zona em que a lei 
o permite, ou fazer descer a aeronave fora dos lugares 
destinados a esse fim: 
 Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, 
ou multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis. 
 
 Art. 36. Deixar de colocar na via pública, sinal ou 
obstáculo, determinado em lei ou pela autoridade e 
destinado a evitar perigo a transeuntes: 
 Pena – prisão simples, de dez dias a dois meses, ou 
multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. 
 Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem: 
 a) apaga sinal luminoso, destrói ou remove sinal de 
outra natureza ou obstáculo destinado a evitar perigo a 
transeuntes; 
 b) remove qualquer outro sinal de serviço público. 
 
 Art. 37. Arremessar ou derramar em via pública, ou 
em lugar de uso comum, ou do uso alheio, coisa que 
possa ofender, sujar ou molestar alguém: 
 Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de 
réis. 
 Parágrafo único. Na mesma pena incorre aquele 
que, sem as devidas cautelas, coloca ou deixa suspensa 
coisa que, caindo em via pública ou em lugar de uso 
comum ou de uso alheio, possa ofender, sujar ou 
molestar alguém. 
 
 Art. 38. Provocar, abusivamente, emissão de 
fumaça, vapor ou gás, que possa ofender ou molestar 
alguém: 
 Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de 
réis. 
 
CAPÍTULO IV 
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À PAZ 
PÚBLICA 
 Art. 39. (Revogado) (2021) 
 
 Art. 40. Provocar tumulto ou portar-se de modo 
inconveniente ou desrespeitoso, em solenidade ou ato 
oficial, em assembleia ou espetáculo público, se o fato 
não constitui infração penal mais grave; 
 Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, 
ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. 
 
 Art. 41. Provocar alarma, anunciando desastre ou 
perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de 
produzir pânico ou tumulto: 
 Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, 
ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. 
 
 Art. 42. Perturbar alguém o trabalho ou o sossego 
alheios: 
 I – com gritaria ou algazarra; 
 II – exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em 
desacordo com as prescrições legais; 
 III – abusando de instrumentos sonoros ou sinais 
acústicos; 
 IV – provocando ou não procurando impedir barulho 
produzido por animal de que tem a guarda: 
 Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, 
ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. 
 
CAPÍTULO V 
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À FÉ PÚBLICA 
 Art. 43. Recusar-se a receber, pelo seu valor, 
moeda de curso legal no país: 
 Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de 
réis. 
 
 Art. 44. Usar, como propaganda, de impresso ou 
objeto que pessoa inexperiente ou rústica possa 
confundir com moeda: 
 Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de 
réis. 
 
 Art. 45. Fingir-se funcionário público: 
 Pena – prisão simples, de um a três meses, ou 
multa, de quinhentos mil réis a três contos de réis. 
 
 Art. 46. Usar, publicamente, de uniforme, ou 
distintivo de função pública que não exerce; usar, 
indevidamente, de sinal, distintivo ou denominação cujo 
emprego seja regulado por lei. 
 Pena – multa, de duzentos a dois mil cruzeiros, se o 
fato não constitui infração penal mais grave. 
 
CAPÍTULO VI 
DAS CONTRAVENÇÕES RELATIVAS À 
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO 
 Art. 47. Exercer profissão ou atividade econômica 
ou anunciar que a exerce, sem preencher as condições 
a que por lei está subordinado o seu exercício: 
 Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, 
ou multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis. 
 
 Art. 48. Exercer, sem observância das prescrições 
legais, comércio de antiguidades, de obras de arte, ou de 
manuscritos e livros antigos ou raros: 
 Pena – prisão simples de um a seis meses, ou multa, 
de um a dez contos de réis. 
 
 Art. 49. Infringir determinação legal relativa à 
matrícula ou à escrituração de indústria, de comércio, ou 
de outra atividade: 
 Pena – multa, de duzentos mil réis a cinco contos de 
réis. 
 
CAPÍTULO VII 
DAS CONTRAVENÇÕES RELATIVAS À POLÍCIA DE 
COSTUMES 
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 Art. 50. Estabelecer ou explorar jogo de azar em 
lugar público ou acessível ao público, mediante o 
pagamento de entrada ou sem ele: 
 Pena – prisão simples, de três meses a um ano, e 
multa, de dois a quinze contos de réis, estendendo-se os 
efeitos da condenação à perda dos moveis e objetos de 
decoração do local. 
 § 1º A pena é aumentada de 1/3 (um terço), se 
existe entre os empregados ou participa do jogo pessoa 
menor de 18 (dezoito) anos. 
§ 2o Incorre na pena de multa, de R$ 2.000,00 
(dois mil reais) a R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), 
quem é encontrado a participar do jogo, ainda que pela 
internet ou por qualquer outro meio de comunicação, 
como ponteiro ou apostador. 
 § 3º Consideram-se, jogos de azar: 
 a) o jogo em que o ganho e a perda dependem 
exclusiva ou principalmente da sorte; 
 b) as apostas sobre corrida de cavalos fora de 
hipódromo ou de local onde sejam autorizadas; 
 c) as apostas sobre qualquer outra competição 
esportiva. 
 § 4º Equiparam-se, para os efeitos penais, a lugar 
acessível ao público: 
 a) a casa particular em que se realizam jogos de 
azar, quando deles habitualmente participam pessoas que 
não sejam da família de quem a ocupa; 
 b) o hotel ou casa de habitação coletiva, a cujos 
hóspedes e moradores se proporciona jogo de azar; 
 c) a sede ou dependência de sociedade ou 
associação, em que se realiza jogo de azar; 
 d) o estabelecimento destinado à exploração de jogo 
de azar, ainda que se dissimule esse destino. 
 
 Art. 51. Promover ou fazer extrair loteria, sem 
autorização legal: 
 Pena – prisão simples, de seis meses a dois anos, e 
multa, de cinco a dez contos de réis, estendendo-se os 
efeitos da condenação à perda dos moveis existentes no 
local. 
 § 1º Incorre na mesma pena quem guarda, vende ou 
expõe à venda, tem sob sua guarda para o fim de venda, 
introduz ou tenta introduzir na circulação bilhete de loteria 
não autorizada. 
 § 2º Considera-se loteria toda operação que, 
mediante a distribuição de bilhete, listas, cupões, vales, 
sinais, símbolos ou meios análogos, faz depender de 
sorteio a obtenção de prêmio em dinheiro ou bens de 
outra natureza. 
 § 3º Não se compreendem na definição do parágrafo 
anterior os sorteios autorizados na legislação especial. 
- Dispositivo revogado pelo art. 45 do Decreto-Lei n. 6.259/44 
 
 Art. 52. Introduzir, no país, para o fim de comércio, 
bilhete de loteria, rifa ou tômbola estrangeiras: 
 Pena – prisão simples, de quatro meses a um ano, e 
multa, de um a cinco contos de réis. 
 Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem 
vende, expõe à venda, tem sob sua guarda. para o fim de 
venda, introduz ou tenta introduzir na circulação, bilhete 
de loteria estrangeira. 
- Dispositivo revogado pelo art. 46 do Decreto-Lei n. 6.259/44 
 
 Art. 53. Introduzir, para o fim de comércio, bilhete de 
loteria estadual em território onde não possa legalmente 
circular: 
 Pena – prisão simples, de dois a seis meses, e 
multa, de um a três contos de réis. 
 Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem 
vende, expõe à venda, tem sob sua guarda, para o fim de 
venda, introduz ou tonta introduzir na circulação, bilhete 
de loteria estadual, em território onde não possa 
legalmente circular. 
- Dispositivo revogado pelos arts. 46, 48 e 50 do Decreto-Lei 
n. 6.259/44 
 
 Art. 54. Exibir ou ter sob sua guarda lista de sorteio 
de loteria estrangeira: 
 Pena – prisão simples, de um a três meses, e multa, 
de duzentos mil réis a um conto de réis. 
 Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem exibe 
ou tem sob sua guarda lista de sorteio de loteria estadual, 
em território onde esta não possa legalmente circular. 
- Dispositivo revogado pelo art. 49 do Decreto-Lei n. 6.259/44 
 
 Art. 55. Imprimir ou executar qualquer serviço de 
feitura de bilhetes, lista de sorteio, avisos ou cartazes 
relativos a loteria, em lugar onde ela não possa 
legalmente circular: 
 Pena – prisão simples, de um a seis meses, e multa, 
de duzentos mil réis a dois contos de réis. 
- Dispositivo revogado pelo art. 51 do Decreto-Lei n. 6.259/44 
 
 Art. 56. Distribuir ou transportar cartazes, listas de 
sorteio ou avisos de loteria, onde ela não possa 
legalmente circular: 
 Pena – prisão simples, de um a três meses, e multa, 
de cem a quinhentos mil réis. 
- Dispositivo revogado pelo art. 52 do Decreto-Lei n. 6.259/44 
 
 Art. 57. Divulgar, por meio de jornal ou outro 
impresso, de rádio, cinema, ou qualquer outra forma, 
ainda que disfarçadamente, anúncio, aviso ou resultado 
de extração de loteria, onde a circulação dos seus 
bilhetes não seria legal: 
 Pena – multa, de um a dez contos de réis. 
- Dispositivo revogado pelos art. 55 e art. 56 do Decreto-Lei 
n. 6.259/44 
 
 Art. 58. Explorar ou realizar a loteria denominada 
jogo do bicho, ou praticar qualquer ato relativo à sua 
realização ou exploração: 
 Pena – prisão simples, de quatro meses a um ano, e 
multa, de dois a vinte contos de réis. 
 Parágrafo único. Incorre na pena de multa, de 
duzentos mil réis a dois contos de réis, aquele que 
participa da loteria, visando a obtenção de prêmio, para si 
ou para terceiro. 
- Dispositivo revogado pelo art. 58 do Decreto-Lei n. 6.259/44 
STJ: Súmula 51 - A punição do intermediador, no jogo do bicho, 
independe da identificação do “apostador” ou do “banqueiro”. 
 
 Art. 59. Entregar-se alguém habitualmente à 
ociosidade, sendo válido para o trabalho, sem ter renda 
que lhe assegure meios bastantes de subsistência, ou 
prover à própria subsistência mediante ocupação ilícita: 
 Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses. 
 Parágrafo único. A aquisição superveniente de 
renda, que assegure ao condenado meios bastantes de 
subsistência, extingue a pena. 
Joabe Brito, cfnbrito@gmail.com
https://www.legislacaofacilitada.com.br
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13155.htm#art37
 
 
 
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 Art. 60 (Revogado) 
 Art. 61. (Revogado) 
 
 Art. 62. Apresentar-se publicamente em estado de 
embriaguez, de modo que cause escândalo ou ponha 
em perigo a segurança própria ou alheia: 
 Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, 
ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. 
 Parágrafo único. Se habitual a embriaguez, o 
contraventor é internado em casa de custódia e 
tratamento. 
 
 Art. 63. Servir bebidas alcoólicas: 
 I - (Revogado) 
 II – a quem se acha em estado de embriaguez; 
 III – a pessoa que o agente sabe sofrer das 
faculdades mentais; 
 IV – a pessoa que o agente sabe estar judicialmente 
proibida de frequentar lugares onde se consome bebida 
de tal natureza: 
 Pena – prisão simples, de dois meses a um ano, ou 
multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis. 
 
 Art. 64. Tratar animal com crueldade ou submetê-lo a 
trabalho excessivo: 
 Pena – prisão simples, de dez dias a um mês, ou 
multa, de cem a quinhentos mil réis. 
 § 1º Na mesma pena incorre aquele que, embora 
para fins didáticos ou científicos, realiza em lugar público 
ou exposto ao público, experiência dolorosa ou cruel em 
animal vivo. 
 § 2º Aplica-se a pena com aumento de metade, se o 
animal é submetido a trabalho excessivo ou tratado com 
crueldade, em exibição ou espetáculo público. 
- Dispositivo revogado pelo art. 32 da Lei 9.605/98 (Lei dos 
Crimes Ambientais), o qual prevê o crimede maus tratos. 
 
 Art. 65. (Revogado) (2021) 
 
CAPÍTULO VIII 
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 Art. 66. Deixar de comunicar à autoridade 
competente: 
 I – crime de ação pública, de que teve conhecimento 
no exercício de função pública, desde que a ação penal 
não dependa de representação; 
 II – crime de ação pública, de que teve 
conhecimento no exercício da medicina ou de outra 
profissão sanitária, desde que a ação penal não 
dependa de representação e a comunicação não exponha 
o cliente a procedimento criminal: 
 Pena – multa, de trezentos mil réis a três contos de 
réis. 
Crime próprio. Somente pode ser cometido por funcionário 
público ou profissional da área da saúde. 
 
 Art. 67. Inumar ou exumar cadáver, com infração 
das disposições legais: 
 Pena – prisão simples, de um mês a um ano, ou 
multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. 
Inumar: sepultar, enterrar. 
 
 Art. 68. Recusar à autoridade, quando por esta, 
justificadamente solicitados ou exigidos, dados ou 
indicações concernentes à própria identidade, estado, 
profissão, domicílio e residência: 
 Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de 
réis. 
 Parágrafo único. Incorre na pena de prisão simples, 
de um a seis meses, e multa, de duzentos mil réis a dois 
contos de réis, se o fato não constitui infração penal mais 
grave, quem, nas mesmas circunstâncias, faz declarações 
inverídicas a respeito de sua identidade pessoal, estado, 
profissão, domicílio e residência. 
 
 Art. 69. (Revogado) 
 
 Art. 70. Praticar qualquer ato que importe violação do 
monopólio postal da União: 
 Pena – prisão simples, de três meses a um ano, ou 
multa, de três a dez contos de réis, ou ambas 
cumulativamente. 
- O privilégio postal da União atualmente é regulado pela Lei 
n. 6.538/78, que dispõe sobre os Serviços Postais. O art. 42 
da referida lei revogou essa contravenção penal, passando a 
tipificar a violação do privilégio postal da União como crime. 
O monopólio é exercido atualmente pelos Correios - Empresa 
Brasileira de Correios e Telégrafos. 
 
 
 
 
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Joabe Brito, cfnbrito@gmail.com
 
 
 
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TÍTULO II 
Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
CAPÍTULO I 
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E 
COLETIVOS 
Direitos Fundamentais são cláusulas pétreas e normas abertas, 
sendo permitida a inclusão de novos direitos não previstos pelo 
constituinte originário. 
 
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS: 
Imprescritibilidade: Não desaparece com o tempo 
Inalienabilidade: Não é transferível a outra pessoa 
Irrenunciabilidade: Não pode sofrer renúncia 
Inviolabilidade: Autoridades e disposições infraconstitucionais 
devem observá-los 
Universalidade: Abrange a todos 
Efetividade: Poder público deve garantir sua aplicação 
Interdependência: Há diversas ligações entre os Direitos 
fundamentais 
Complementariedade: Devem ser interpretados de forma 
conjunta 
Relatividade: Direitos fundamentais não são absolutos 
Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, Direito Constitucional Descomplicado. 
 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem 
distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
STF: O estrangeiro em trânsito também está resguardado pelos 
direitos individuais, podendo, inclusive, utilizar-se de remédios 
constitucionais. Contudo, ele não poderá fazer uso de todos os 
direitos, a exemplo da ação popular, que é privativa de brasileiro. 
 I - homens e mulheres são iguais em direitos e 
obrigações, nos termos desta Constituição; 
Princípio da Isonomia. Determina que seja dado igual 
tratamento aos que estão em situação equivalente, e tratamento 
desigual os desiguais, na medida de suas desigualdades. 
 II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer 
alguma coisa senão em virtude de lei; 
Princípio da Legalidade. Para o particular, somente a lei pode 
criar obrigações, assim, a inexistência de lei proibitiva implica em 
permissão. Para o Poder Público, por sua vez, não é permitido 
atuar na ausência de lei. 
 III - ninguém será submetido a tortura nem a 
tratamento desumano ou degradante; 
 IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo 
vedado o anonimato; 
STF: A defesa da legalização de drogas em espaços públicos 
constitui legítimo exercício do direito à livre manifestação do 
pensamento. 
 V - é assegurado o direito de resposta, 
proporcional ao agravo, além da indenização por dano 
material, moral ou à imagem; 
STJ: Súmula 37 - São cumuláveis as indenizações por dano 
material e dano moral oriundos do mesmo fato. 
 VI - é inviolável a liberdade de consciência e de 
crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos 
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos 
locais de culto e a suas liturgias; 
 VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação 
de assistência religiosa nas entidades civis e militares de 
internação coletiva; 
 VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de 
crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, 
salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a 
todos imposta e recusar-se a cumprir prestação 
alternativa, fixada em lei; 
Escusa de Consciência. Norma constitucional de eficácia contida. 
 IX - é livre a expressão da atividade intelectual, 
artística, científica e de comunicação, 
independentemente de censura ou licença; 
Veda-se qualquer censura de natureza política, artística e 
ideológica, não se podendo exigir licença de autoridade para 
veiculação de publicações. 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a 
honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a 
indenização pelo dano material ou moral decorrente de 
sua violação; 
STJ: Súmula 227 - Pessoa jurídica pode sofrer dano moral. 
STF: Admite-se biografias não‐autorizadas, não se excluindo a 
possibilidade de indenização por dano material ou moral. 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, 
ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do 
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, 
ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por 
determinação judicial; 
STF: Casa é um termo amplo, consagrando consultório, escritório 
e qualquer lugar privado não aberto ao público. Contudo, não é 
um direito absoluto. 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das 
comunicações telegráficas, de dados e das comunicações 
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas 
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de 
investigação criminal ou instrução processual penal; 
STF: É lícita a gravação de conversa telefônica realizada por um 
dos interlocutores, ou com sua autorização, sem ciência do outro, 
quando há investida criminosa deste último. 
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, 
ofício ou profissão, atendidas as qualificações 
profissionais que a lei estabelecer; 
Norma de eficácia contida. OSTF decidiu pela 
inconstitucionalidade da exigência de diploma de jornalismo para 
o exercício da profissão de jornalista e pela constitucionalidade 
do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por 
considerar que o exercício da advocacia traz um risco coletivo. 
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação 
e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao 
exercício profissional; 
XV - é livre a locomoção no território nacional em 
tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da 
lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; 
Constituição da República Federativa 
do Brasil de 1988 
 
Joabe Brito, cfnbrito@gmail.com
 
 
 
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É proibido o compartilhamento desse material, ainda que sem fins lucrativos. Registramos “CPF, e-mail e Internet Protocol (IP)” do comprador em nosso site e nos arquivos PDF. 
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem 
armas, em locais abertos ao público, 
independentemente de autorização, desde que não 
frustrem outra reunião anteriormente convocada para o 
mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à 
autoridade competente; 
XVII - é plena a liberdade de associação para fins 
lícitos, vedada a de caráter paramilitar; 
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, 
a de cooperativas independem de autorização, sendo 
vedada a interferência estatal em seu funcionamento; 
XIX - as associações só poderão ser 
compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades 
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro 
caso, o trânsito em julgado; 
Atividades Suspensas: Decisão Judicial 
Compulsoriamente Dissolvidas: Decisão Judicial + Trânsito em 
Julgado 
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se 
ou a permanecer associado; 
XXI - as entidades associativas, quando 
expressamente autorizadas, têm legitimidade para 
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; 
Representação Processual: Exige expressa autorização do 
associado para que seja válida, não podendo ser substituída por 
autorização genérica prevista em estatutos da entidade. 
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
 XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para 
desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou 
por interesse social, mediante justa e prévia indenização 
em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta 
Constituição; 
 XXV - no caso de iminente perigo público, a 
autoridade competente poderá usar de propriedade 
particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, 
se houver dano; 
Requisição administrativa da propriedade. A autoridade será 
competente para utilizar temporariamente o imóvel. Não haverá 
indenização se não ocorrer dano. 
XXVI - a pequena propriedade rural, assim 
definida em lei, desde que trabalhada pela família, não 
será objeto de penhora para pagamento de débitos 
decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei 
sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; 
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de 
utilização, publicação ou reprodução de suas obras, 
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; 
O Direito Autoral configura-se como um privilégio vitalício, 
transmissível aos herdeiros apenas pelo prazo que a lei 
determinar. Após o prazo estipulado, será de domínio público. 
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: 
a) a proteção às participações individuais em obras 
coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, 
inclusive nas atividades desportivas; 
b) o direito de fiscalização do aproveitamento 
econômico das obras que criarem ou de que participarem 
aos criadores, aos intérpretes e às respectivas 
representações sindicais e associativas; 
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos 
industriais privilégio temporário para sua utilização, bem 
como proteção às criações industriais, à propriedade das 
marcas, aos nomes de empresas e a outros signos 
distintivos, tendo em vista o interesse social e o 
desenvolvimento tecnológico e econômico do País; 
Os inventos industriais, diferentemente do direito autoral, são 
privilégios temporários. 
XXX - é garantido o direito de herança; 
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros 
situados no País será regulada pela lei brasileira em 
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que 
não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus"; 
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a 
defesa do consumidor; 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos 
públicos informações de seu interesse particular, ou de 
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo 
da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas 
cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade 
e do Estado; 
XXXIV - são a todos assegurados, 
independentemente do pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em 
defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de 
poder; 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, 
para defesa de direitos e esclarecimento de situações de 
interesse pessoal; 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder 
Judiciário lesão ou ameaça a direito; (Princípio da 
Inafastabilidade de Jurisdição) 
Como regra, qualquer pessoa poderá acessar o Poder Judiciário 
sem a necessidade de esgotar as esferas administrativas, 
ressalvadas as questões relativas à Justiça Desportiva e ao 
Habeas Data. 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, 
o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; 
Direito Adquirido: direitos que o seu titular, ou alguém por ele, 
possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha 
termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio 
de outrem. 
Ato Jurídico Perfeito: consumado segundo a lei vigente ao 
tempo em que se efetuou. 
Coisa Julgada: decisão judicial de que já não caiba recurso. 
 
LINDB – Art. 6º (Decreto-Lei nº 4.657) 
---------------------------------------------------------------------------------------
STF: Súmula 654 - A garantia da irretroatividade da lei, prevista 
no art. 5º, XXXVI, da Constituição da República, não é invocável 
pela entidade estatal que a tenha editado. 
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
(Princípio do Juiz Natural) 
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a 
organização que lhe der a lei, assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes 
dolosos contra a vida; 
STF: Súmula Vinculante 45 - A competência constitucional do 
Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função 
estabelecido exclusivamente pela Constituição estadual 
STF: Súmula 603 - A competência para o processo e julgamento 
de latrocínio é do juiz singular, e não do Tribunal do Júri. 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, 
nem pena sem prévia cominação legal; 
O Princípio da Legalidade desdobra-se em dois: Princípio da 
Reserva Legal e Princípio da anterioridade. 
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É proibido o compartilhamento desse material, ainda que sem fins lucrativos. Registramos “CPF, e-mail e Internet Protocol (IP)” do comprador em nosso site e nos arquivos PDF. 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para 
beneficiar o réu; 
STF: Súmula 711 - A lei penal mais grave aplica-se ao crime 
continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior 
à cessação da continuidade ou da permanência. 
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória 
dos direitos e liberdades fundamentais; 
XLII - a prática do racismo constitui crime 
inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, 
nos termos da lei; 
 XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e 
insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o 
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o 
terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por 
eles respondendo os mandantes, os executores e os que, 
podendo evitá-los, se omitirem;(Memorize: 3TH não tem Graça) 
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a 
ação de grupos armados, civis ou militares, contra a 
ordem constitucional e o Estado Democrático; 
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do 
condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a 
decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, 
estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até 
o limite do valor do patrimônio transferido; (Princípio da 
intranscendência das penas) 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e 
adotará, entre outras, as seguintes: (Princípio da 
individualização da pena) 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos; 
Rol não-exaustivo, podendo a lei criar novos tipos de 
penalidades. 
XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, 
nos termos do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; 
Quanto ao caráter perpétuo, o máximo penal legalmente 
exequível, no ordenamento positivo nacional, é de 40 (quarenta) 
anos. (2019) 
XLVIII - a pena será cumprida em 
estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza 
do delito, a idade e o sexo do apenado; 
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à 
integridade física e moral; 
L - às presidiárias serão asseguradas condições 
para que possam permanecer com seus filhos durante o 
período de amamentação; 
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o 
naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes 
da naturalização, ou de comprovado envolvimento em 
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da 
lei; 
LII - não será concedida extradição de estrangeiro 
por crime político ou de opinião; (Concessão de asilo político) 
LIII - ninguém será processado nem sentenciado 
senão pela autoridade competente; (Princípio do Juiz Natural) 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus 
bens sem o devido processo legal; (Princípio do devido 
processo legal - Due process of law) 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados 
o contraditório e ampla defesa, com os meios e 
recursos a ela inerentes; 
STF: Súmula Vinculante 5 - A falta de defesa técnica por 
advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a 
Constituição. 
STF: Súmula Vinculante 14 - É direito do defensor, no interesse 
do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, 
já documentados em procedimento investigatório realizado por 
órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao 
exercício do direito de defesa. 
STF: Súmula Vinculante 21: É inconstitucional a exigência de 
depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para 
admissibilidade de recurso administrativo. 
STF: Súmula Vinculante 28 - É inconstitucional a exigência de 
depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação 
judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito 
tributário. 
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas 
obtidas por meios ilícitos; 
Para a Teoria dos Frutos da Árvore Envenenada (Fruits of the 
Poisonous Tree), uma prova ilícita contamina todas as outras que 
dela derivam. Essa teoria é denominada pela doutrina como 
ilicitude por derivação. 
--------------------------------------------------------------------------------------- 
STJ: Não se aplica a Teoria da Árvore dos Frutos Envenenados 
quando a prova considerada como ilícita é independente dos 
demais elementos de convicção coligidos nos autos, bastantes 
para fundamentar a condenação. 
LVII - ninguém será considerado culpado até o 
trânsito em julgado de sentença penal condenatória; 
(Princípio da presunção de inocência) 
LVIII - o civilmente identificado não será submetido 
a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em 
lei; 
LIX - será admitida ação privada nos crimes de 
ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; 
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos 
atos processuais quando a defesa da intimidade ou o 
interesse social o exigirem; 
LXI - ninguém será preso senão em flagrante 
delito ou por ordem escrita e fundamentada de 
autoridade judiciária competente, salvo nos casos de 
transgressão militar ou crime propriamente militar, 
definidos em lei; 
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde 
se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz 
competente e à família do preso ou à pessoa por ele 
indicada; 
LXIII - o preso será informado de seus direitos, 
entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe 
assegurada a assistência da família e de advogado; 
(Direito ao silêncio e à não-autoincriminação) 
LXIV - o preso tem direito à identificação dos 
responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório 
policial; 
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada 
pela autoridade judiciária; 
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela 
mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com 
ou sem fiança; 
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo 
a do responsável pelo inadimplemento voluntário e 
Joabe Brito, cfnbrito@gmail.com
 
 
 
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inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário 
infiel; 
O Brasil tornou-se signatário da Convenção Americana de 
Direitos Humanos - Pacto de San Jose da Costa Rica, que 
somente permite a prisão civil pelo não pagamento de obrigação 
alimentícia. Embora a Constituição continue prevendo a 
possibilidade de prisão do depositário infiel, a referida 
convenção, por possuir status supralegal, suspendeu a eficácia 
de toda legislação infraconstitucional que regia essa prisão civil, 
tornando-a inaplicável. 
--------------------------------------------------------------------------------------- 
STF: Súmula Vinculante 25 - É ilícita a prisão civil do 
depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito. 
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que 
alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência 
ou coação em sua liberdade de locomoção, por 
ilegalidade ou abuso de poder; 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança 
para proteger direito líquido e certo, não amparado 
por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável 
pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública 
ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições 
do Poder Público; 
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser 
impetrado por: 
a) partido político com representação no Congresso 
Nacional; 
b) organização sindical, entidade de classe ou 
associação legalmente constituída e em funcionamento 
há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus 
membros ou associados; 
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção 
sempre que a falta de norma regulamentadora torne 
inviável o exercício dos direitos e liberdades 
constitucionais e das prerrogativas inerentes à 
nacionalidade, à soberania e à cidadania; 
LXXII - conceder-se-á habeas data: 
a) para assegurar o conhecimento de informações 
relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros 
ou bancos de dados de entidades governamentais ou de 
caráter público; 
b) para a retificação de dados, quando não se 
prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou 
administrativo; 
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para 
propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao 
patrimônio público ou de entidade de que o Estado 
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e 
ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo 
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus 
da sucumbência; 
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica 
integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de 
recursos; 
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro 
judiciário, assim como o que ficar

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