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PMCE 
 
Plano de Leitura 
11 Dias 
 
 
 
 
Polícia Militar do Ceará 
Cargo: Soldado 
Pós-edital 
2021 
 
 
 
 
2 
ID: 
É proibido o compartilhamento desse material, ainda que sem fins lucrativos. Registramos “CPF, e-mail e Internet Protocol (IP)” do comprador em nosso site e nos arquivos PDF. 
S U M Á R I O 
 
D i a 1 ............................................................................................................................................... 5 
Constituição Federal: Art. 5º 
Código de Processo Penal: Arts. 1º - 3-F 
Código Penal Militar: Arts. 1º - 135 
 
D i a 2 ............................................................................................................................................. 25 
Constituição Federal: Arts. 6º - 17 
Código de Processo Penal: Arts. 4º – 23 
Código Penal Militar: Arts. 136 - 239 
 
D i a 3 .............................................................................................................................................. 42 
Constituição Federal: Arts. 18 - 33 
Código de Processo Penal: Arts. 24 – 62 
Código Penal Militar: Arts. 240 - 297 
 
D i a 4 .............................................................................................................................................................................. 59 
Constituição Federal: Arts. 44 - 58 
Código de Processo Penal: Arts. 282 – 310 
Código Penal Militar: Arts. 298 – 354 
Lei nº 12.288/2010 (Estatuto da Igualdade Racial) 
 
D i a 5 .............................................................................................................................................................................. 80 
Constituição Federal: Arts. 76 - 88 
Código de Processo Penal: Arts. 311 - 350 
Código Penal Militar: Arts. 355 – 410 
Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) 
D i a 6 .............................................................................................................................................................................. 98 
Constituição Federal: Arts. 92 – 103-B 
Código de Processo Penal: Arts. 513 – 518 
Decreto nº 7.037/2009 (Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH-3): Diretriz 1 – 6 
Lei nº 7.716/1989 (Crimes de Racismo) 
D i a 7 ............................................................................................................................................................................115 
Constituição Federal: Arts. 177 – 135 
Código de Processo Penal: Arts. 647 - 667 
Decreto nº 7.037/2009 (Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH-3): Diretriz 7 – 10 
Lei nº 7.960/1989 (Prisão Temporária) 
 
D i a 8 ............................................................................................................................................ 133 
Decreto nº 7.037 / 2009 (Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH-3): Diretriz 11 – 15 
Lei nº 13.146/2015. (Estatuto da Pessoa com Deficiência): Arts. 1º - 52 
Lei nº 9.455/1997 (Crimes de Tortura) 
 
D i a 9 ............................................................................................................................................ 151 
Decreto nº 7.037/2009 (Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH-3): Diretriz 16 – 25 
Lei nº 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência): Arts. 53 - 127 
 
D i a 10 ......................................................................................................................................... 173 
Resolução ONU nº 217-A/ 1948 (Declaração Universal dos Direitos Humanos) 
Convenção Internacional Contra a Tortura e Outras Penas ou Tratamentos Cruéis, Desumanos ou Degradantes 
Decreto nº 98.386/1989 (Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura) 
 
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https://www.legislacaofacilitada.com.br
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3 
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D i a 11 ......................................................................................................................................... 185 
Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica) 
Decreto nº 7.053/2009 (Política Nacional para a População em Situação de Rua) 
Decreto nº 9.894 / 2019 (Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política Nacional para a População em 
Situação de Rua) 
 
 
 
O Plano de Leitura - Legislação Facilitada - é uma ferramenta indispensável para quem deseja aumentar o rendimento 
nos estudos e alcançar a tão sonhada aprovação. Abordamos toda a legislação exigida pelo edital do concurso PMCE – Soldado 
2021 - selecionando somente os dispositivos que poderão ser objeto de cobrança, com o intuito de implementar um estudo 
direcionado e objetivo. 
Cada dia de leitura contempla leis e dispositivos diversos, de modo a tornar o estudo mais agradável e diversificado. 
Incorporamos, ainda, diversas ferramentas para facilitar o estudo da legislação: 
• Marcações 
• Súmulas 
• Comentários Pontuais 
 
Os recursos empregados variam de acordo com a legislação exigida. 
Data de fechamento: 10.08.2021 
 
Atenção: É proibido o compartilhamento desse material, ainda que sem fins lucrativos. Registramos “CPF, e-mail e 
Internet Protocol (IP)” do comprador em nosso site e nos arquivos PDF. Caso haja o descumprimento dessa orientação, adotaremos 
as medidas judiciais cabíveis. 
 
Código Penal. 
Violação de direito autoral 
Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: 
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. 
 
 
 
 
 
 
 
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4 
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Horário Semanal 
 Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab 
12 am 
 
1 am 
 
2 am 
 
3 am 
 
4 am 
 
5 am 
 
6 am 
 
7 am 
 
8 am 
 
9 am 
 
10 am 
 
11 am 
 
12 pm 
 
1 pm 
 
2 pm 
 
3 pm 
 
4 pm 
 
5 pm 
 
6 pm 
 
7 pm 
 
8 pm 
 
9 pm 
 
10 pm 
 
11 pm 
 
 
 
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5 
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TÍTULO II 
Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
CAPÍTULO I 
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E 
COLETIVOS 
Direitos Fundamentais são cláusulas pétreas e normas abertas, 
sendo permitida a inclusão de novos direitos não previstos pelo 
constituinte originário. 
 
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS: 
Imprescritibilidade: Não desaparece com o tempo 
Inalienabilidade: Não é transferível a outra pessoa 
Irrenunciabilidade: Não pode sofrer renúncia 
Inviolabilidade: Autoridades e disposições infraconstitucionais 
devem observá-los 
Universalidade: Abrange a todos 
Efetividade: Poder público deve garantir sua aplicação 
Interdependência: Há diversas ligações entre os Direitos 
fundamentais 
Complementariedade: Devem ser interpretados de forma 
conjunta 
Relatividade: Direitos fundamentais não são absolutos 
Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, Direito Constitucional Descomplicado. 
 Art. 5º Todos são iguaisperante a lei, sem 
distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
STF: O estrangeiro em trânsito também está resguardado pelos 
direitos individuais, podendo, inclusive, utilizar-se de remédios 
constitucionais. Contudo, ele não poderá fazer uso de todos os 
direitos, a exemplo da ação popular, que é privativa de brasileiro. 
 I - homens e mulheres são iguais em direitos e 
obrigações, nos termos desta Constituição; 
Princípio da Isonomia. Determina que seja dado igual 
tratamento aos que estão em situação equivalente, e tratamento 
desigual os desiguais, na medida de suas desigualdades. 
 II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer 
alguma coisa senão em virtude de lei; 
Princípio da Legalidade. Para o particular, somente a lei pode 
criar obrigações, assim, a inexistência de lei proibitiva implica em 
permissão. Para o Poder Público, por sua vez, não é permitido 
atuar na ausência de lei. 
 III - ninguém será submetido a tortura nem a 
tratamento desumano ou degradante; 
 IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo 
vedado o anonimato; 
STF: A defesa da legalização de drogas em espaços públicos 
constitui legítimo exercício do direito à livre manifestação do 
pensamento. 
 V - é assegurado o direito de resposta, 
proporcional ao agravo, além da indenização por dano 
material, moral ou à imagem; 
STJ: Súmula 37 - São cumuláveis as indenizações por dano 
material e dano moral oriundos do mesmo fato. 
 VI - é inviolável a liberdade de consciência e de 
crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos 
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos 
locais de culto e a suas liturgias; 
 VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação 
de assistência religiosa nas entidades civis e militares de 
internação coletiva; 
 VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de 
crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, 
salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a 
todos imposta e recusar-se a cumprir prestação 
alternativa, fixada em lei; 
Escusa de Consciência. Norma constitucional de eficácia contida. 
 IX - é livre a expressão da atividade intelectual, 
artística, científica e de comunicação, 
independentemente de censura ou licença; 
Veda-se qualquer censura de natureza política, artística e 
ideológica, não se podendo exigir licença de autoridade para 
veiculação de publicações. 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a 
honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a 
indenização pelo dano material ou moral decorrente de 
sua violação; 
STJ: Súmula 227 - Pessoa jurídica pode sofrer dano moral. 
STF: Admite-se biografias não‐autorizadas, não se excluindo a 
possibilidade de indenização por dano material ou moral. 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, 
ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do 
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, 
ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por 
determinação judicial; 
STF: Casa é um termo amplo, consagrando consultório, escritório 
e qualquer lugar privado não aberto ao público. Contudo, não é 
um direito absoluto. 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das 
comunicações telegráficas, de dados e das comunicações 
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas 
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de 
investigação criminal ou instrução processual penal; 
STF: É lícita a gravação de conversa telefônica realizada por um 
dos interlocutores, ou com sua autorização, sem ciência do outro, 
quando há investida criminosa deste último. 
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, 
ofício ou profissão, atendidas as qualificações 
profissionais que a lei estabelecer; 
Norma de eficácia contida. O STF decidiu pela 
inconstitucionalidade da exigência de diploma de jornalismo para 
o exercício da profissão de jornalista e pela constitucionalidade 
do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por 
considerar que o exercício da advocacia traz um risco coletivo. 
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação 
e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao 
exercício profissional; 
XV - é livre a locomoção no território nacional em 
tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da 
lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; 
Constituição da República Federativa 
do Brasil de 1988 
 
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6 
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XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem 
armas, em locais abertos ao público, 
independentemente de autorização, desde que não 
frustrem outra reunião anteriormente convocada para o 
mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à 
autoridade competente; 
XVII - é plena a liberdade de associação para fins 
lícitos, vedada a de caráter paramilitar; 
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, 
a de cooperativas independem de autorização, sendo 
vedada a interferência estatal em seu funcionamento; 
XIX - as associações só poderão ser 
compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades 
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro 
caso, o trânsito em julgado; 
Atividades Suspensas: Decisão Judicial 
Compulsoriamente Dissolvidas: Decisão Judicial + Trânsito em 
Julgado 
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se 
ou a permanecer associado; 
XXI - as entidades associativas, quando 
expressamente autorizadas, têm legitimidade para 
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; 
Representação Processual: Exige expressa autorização do 
associado para que seja válida, não podendo ser substituída por 
autorização genérica prevista em estatutos da entidade. 
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
 XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para 
desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou 
por interesse social, mediante justa e prévia indenização 
em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta 
Constituição; 
 XXV - no caso de iminente perigo público, a 
autoridade competente poderá usar de propriedade 
particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, 
se houver dano; 
Requisição administrativa da propriedade. A autoridade será 
competente para utilizar temporariamente o imóvel. Não haverá 
indenização se não ocorrer dano. 
XXVI - a pequena propriedade rural, assim 
definida em lei, desde que trabalhada pela família, não 
será objeto de penhora para pagamento de débitos 
decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei 
sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; 
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de 
utilização, publicação ou reprodução de suas obras, 
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; 
O Direito Autoral configura-se como um privilégio vitalício, 
transmissível aos herdeiros apenas pelo prazo que a lei 
determinar. Após o prazo estipulado, será de domínio público. 
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: 
a) a proteção às participações individuais em obras 
coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, 
inclusive nas atividades desportivas; 
b) o direito de fiscalização do aproveitamento 
econômico das obras que criarem ou de que participarem 
aos criadores, aos intérpretes e às respectivas 
representações sindicais e associativas; 
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos 
industriais privilégio temporário para sua utilização, bem 
como proteção às criações industriais, à propriedade das 
marcas, aos nomesde empresas e a outros signos 
distintivos, tendo em vista o interesse social e o 
desenvolvimento tecnológico e econômico do País; 
Os inventos industriais, diferentemente do direito autoral, são 
privilégios temporários. 
XXX - é garantido o direito de herança; 
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros 
situados no País será regulada pela lei brasileira em 
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que 
não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus"; 
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a 
defesa do consumidor; 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos 
públicos informações de seu interesse particular, ou de 
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo 
da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas 
cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade 
e do Estado; 
XXXIV - são a todos assegurados, 
independentemente do pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em 
defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de 
poder; 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, 
para defesa de direitos e esclarecimento de situações de 
interesse pessoal; 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder 
Judiciário lesão ou ameaça a direito; (Princípio da 
Inafastabilidade de Jurisdição) 
Como regra, qualquer pessoa poderá acessar o Poder Judiciário 
sem a necessidade de esgotar as esferas administrativas, 
ressalvadas as questões relativas à Justiça Desportiva e ao 
Habeas Data. 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, 
o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; 
Direito Adquirido: direitos que o seu titular, ou alguém por ele, 
possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha 
termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio 
de outrem. 
Ato Jurídico Perfeito: consumado segundo a lei vigente ao 
tempo em que se efetuou. 
Coisa Julgada: decisão judicial de que já não caiba recurso. 
 
LINDB – Art. 6º (Decreto-Lei nº 4.657) 
---------------------------------------------------------------------------------------
STF: Súmula 654 - A garantia da irretroatividade da lei, prevista 
no art. 5º, XXXVI, da Constituição da República, não é invocável 
pela entidade estatal que a tenha editado. 
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
(Princípio do Juiz Natural) 
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a 
organização que lhe der a lei, assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes 
dolosos contra a vida; 
STF: Súmula Vinculante 45 - A competência constitucional do 
Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função 
estabelecido exclusivamente pela Constituição estadual 
STF: Súmula 603 - A competência para o processo e julgamento 
de latrocínio é do juiz singular, e não do Tribunal do Júri. 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, 
nem pena sem prévia cominação legal; 
O Princípio da Legalidade desdobra-se em dois: Princípio da 
Reserva Legal e Princípio da anterioridade. 
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XL - a lei penal não retroagirá, salvo para 
beneficiar o réu; 
STF: Súmula 711 - A lei penal mais grave aplica-se ao crime 
continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior 
à cessação da continuidade ou da permanência. 
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória 
dos direitos e liberdades fundamentais; 
XLII - a prática do racismo constitui crime 
inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, 
nos termos da lei; 
 XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e 
insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o 
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o 
terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por 
eles respondendo os mandantes, os executores e os que, 
podendo evitá-los, se omitirem; (Memorize: 3TH não tem Graça) 
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a 
ação de grupos armados, civis ou militares, contra a 
ordem constitucional e o Estado Democrático; 
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do 
condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a 
decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, 
estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até 
o limite do valor do patrimônio transferido; (Princípio da 
intranscendência das penas) 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e 
adotará, entre outras, as seguintes: (Princípio da 
individualização da pena) 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos; 
Rol não-exaustivo, podendo a lei criar novos tipos de 
penalidades. 
XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, 
nos termos do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; 
Quanto ao caráter perpétuo, o máximo penal legalmente 
exequível, no ordenamento positivo nacional, é de 40 (quarenta) 
anos. (2019) 
XLVIII - a pena será cumprida em 
estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza 
do delito, a idade e o sexo do apenado; 
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à 
integridade física e moral; 
L - às presidiárias serão asseguradas condições 
para que possam permanecer com seus filhos durante o 
período de amamentação; 
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o 
naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes 
da naturalização, ou de comprovado envolvimento em 
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da 
lei; 
LII - não será concedida extradição de estrangeiro 
por crime político ou de opinião; (Concessão de asilo político) 
LIII - ninguém será processado nem sentenciado 
senão pela autoridade competente; (Princípio do Juiz Natural) 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus 
bens sem o devido processo legal; (Princípio do devido 
processo legal - Due process of law) 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados 
o contraditório e ampla defesa, com os meios e 
recursos a ela inerentes; 
STF: Súmula Vinculante 5 - A falta de defesa técnica por 
advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a 
Constituição. 
STF: Súmula Vinculante 14 - É direito do defensor, no interesse 
do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, 
já documentados em procedimento investigatório realizado por 
órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao 
exercício do direito de defesa. 
STF: Súmula Vinculante 21: É inconstitucional a exigência de 
depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para 
admissibilidade de recurso administrativo. 
STF: Súmula Vinculante 28 - É inconstitucional a exigência de 
depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação 
judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito 
tributário. 
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas 
obtidas por meios ilícitos; 
Para a Teoria dos Frutos da Árvore Envenenada (Fruits of the 
Poisonous Tree), uma prova ilícita contamina todas as outras que 
dela derivam. Essa teoria é denominada pela doutrina como 
ilicitude por derivação. 
--------------------------------------------------------------------------------------- 
STJ: Não se aplica a Teoria da Árvore dos Frutos Envenenados 
quando a prova considerada como ilícita é independente dos 
demais elementos de convicção coligidos nos autos, bastantes 
para fundamentar a condenação. 
LVII - ninguém será considerado culpado até o 
trânsito em julgado de sentença penal condenatória; 
(Princípio da presunção de inocência) 
LVIII - ocivilmente identificado não será submetido 
a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em 
lei; 
LIX - será admitida ação privada nos crimes de 
ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; 
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos 
atos processuais quando a defesa da intimidade ou o 
interesse social o exigirem; 
LXI - ninguém será preso senão em flagrante 
delito ou por ordem escrita e fundamentada de 
autoridade judiciária competente, salvo nos casos de 
transgressão militar ou crime propriamente militar, 
definidos em lei; 
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde 
se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz 
competente e à família do preso ou à pessoa por ele 
indicada; 
LXIII - o preso será informado de seus direitos, 
entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe 
assegurada a assistência da família e de advogado; 
(Direito ao silêncio e à não-autoincriminação) 
LXIV - o preso tem direito à identificação dos 
responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório 
policial; 
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada 
pela autoridade judiciária; 
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela 
mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com 
ou sem fiança; 
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo 
a do responsável pelo inadimplemento voluntário e 
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inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário 
infiel; 
O Brasil tornou-se signatário da Convenção Americana de 
Direitos Humanos - Pacto de San Jose da Costa Rica, que 
somente permite a prisão civil pelo não pagamento de obrigação 
alimentícia. Embora a Constituição continue prevendo a 
possibilidade de prisão do depositário infiel, a referida 
convenção, por possuir status supralegal, suspendeu a eficácia 
de toda legislação infraconstitucional que regia essa prisão civil, 
tornando-a inaplicável. 
--------------------------------------------------------------------------------------- 
STF: Súmula Vinculante 25 - É ilícita a prisão civil do 
depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito. 
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que 
alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência 
ou coação em sua liberdade de locomoção, por 
ilegalidade ou abuso de poder; 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança 
para proteger direito líquido e certo, não amparado 
por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável 
pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública 
ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições 
do Poder Público; 
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser 
impetrado por: 
a) partido político com representação no Congresso 
Nacional; 
b) organização sindical, entidade de classe ou 
associação legalmente constituída e em funcionamento 
há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus 
membros ou associados; 
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção 
sempre que a falta de norma regulamentadora torne 
inviável o exercício dos direitos e liberdades 
constitucionais e das prerrogativas inerentes à 
nacionalidade, à soberania e à cidadania; 
LXXII - conceder-se-á habeas data: 
a) para assegurar o conhecimento de informações 
relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros 
ou bancos de dados de entidades governamentais ou de 
caráter público; 
b) para a retificação de dados, quando não se 
prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou 
administrativo; 
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para 
propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao 
patrimônio público ou de entidade de que o Estado 
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e 
ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo 
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus 
da sucumbência; 
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica 
integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de 
recursos; 
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro 
judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo 
fixado na sentença; 
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente 
pobres, na forma da lei: 
a) o registro civil de nascimento; 
b) a certidão de óbito; 
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas 
corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos 
necessários ao exercício da cidadania. 
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, 
são assegurados a razoável duração do processo e os 
meios que garantam a celeridade de sua tramitação. 
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias 
fundamentais têm aplicação imediata. 
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta 
Constituição não excluem outros decorrentes do regime e 
dos princípios por ela adotados, ou dos tratados 
internacionais em que a República Federativa do Brasil 
seja parte. 
§ 3º Os tratados e convenções internacionais 
sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada 
Casa do Congresso Nacional, em 2 (dois) turnos, por 3/5 
(três quintos) dos votos dos respectivos membros, serão 
equivalentes às emendas constitucionais. 
Os tratados e convenções internacionais de direitos humanos 
que não forem aprovados de acordo com os critérios acima 
mencionados terão hierarquia supralegal, situando-se abaixo 
da Constituição e acima da legislação interna. Os tratados 
internacionais que não versem sobre direito humanos terão 
status de leis ordinárias. 
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal 
Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado 
adesão. 
 
Direitos e garantias fundamentais 
STF: Súmula vinculante 25 - É ilícita a prisão civil de depositário 
infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito. 
STF: Súmula 654 - A garantia da irretroatividade da lei, prevista 
no art. 5º, XXXVI, da Constituição da República, não é invocável 
pela entidade estatal que a tenha editado. 
STJ: Súmula 444 - É vedada a utilização de inquéritos policiais e 
ações penais em curso para agravar a pena-base. 
STJ: Súmula 2 - Não cabe o habeas data (CF, art. 5º, LXXII, 
letra "a") se não houve recusa de informações por parte da 
autoridade administrativa. 
STJ: Súmula 419 - Descabe a prisão civil do depositário infiel. 
STJ: Súmula 280 - O art. 35 do Decreto-Lei n° 7.661, de 1945, 
que estabelece a prisão administrativa, foi revogado pelos incisos 
LXI e LXVII do art. 5° da Constituição Federal de 1988. 
STJ: Súmula 403 - Independe de prova do prejuízo a 
indenização pela publicação não autorizada da imagem de 
pessoa com fins econômicos ou comerciais. 
 
 
 
 
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LIVRO I 
DO PROCESSO EM GERAL 
TÍTULO I 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o 
território brasileiro (Princípio da territorialidade), por este 
Código, ressalvados:I - os tratados, as convenções e regras de direito 
internacional; 
II - as prerrogativas constitucionais do Presidente 
da República, dos ministros de Estado, nos crimes 
conexos com os do Presidente da República, e dos 
ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de 
responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2º, e 100); 
(Jurisdição política) 
III - os processos da competência da Justiça Militar; 
IV - os processos da competência do tribunal 
especial (Constituição, art. 122, no 17); 
V - os processos por crimes de imprensa. (Vide 
ADPF nº 130) 
Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este 
Código aos processos referidos nos nos. IV e V, quando 
as leis especiais que os regulam não dispuserem de 
modo diverso. 
 
Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á desde 
logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a 
vigência da lei anterior. (Princípio do “tempus regit actum”) 
 
Art. 3o A lei processual penal admitirá 
interpretação extensiva e aplicação analógica, bem 
como o suplemento dos princípios gerais de direito. 
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS PENAIS: 
• Princípio da inércia: Veda-se o início da ação penal de ofício 
pelo juiz, cabendo ao titular da ação o seu oferecimento. 
• Princípio do devido processo legal: Busca assegurar um 
processo que respeite todas as etapas previstas em lei e que 
observe de todas as garantias constitucionais. É um princípio 
que desencadeia vários outros no processo penal. 
• Princípio da presunção de inocência: O acusado deve ser 
presumido inocente até a sentença condenatória transitar em 
julgado. 
• Princípio da paridade das armas: As partes devem ter as 
mesmas oportunidades em juízo e igualdade de tratamento. 
• Princípio da ampla defesa: O réu deve ter amplo acesso aos 
instrumentos de defesa, garantindo-se a autodefesa e a defesa 
técnica. 
• Princípio do contraditório: Ambos possuem o direito de 
manifestação quanto aos fatos e provas trazidos pela parte 
contrária. 
• Princípio do “in dubio pro reo”: Havendo dúvida quando à 
inocência do réu, este não deverá ser considerado culpado. 
• Princípio do duplo grau de jurisdição: Como regra, garante-
se à parte a possibilidade de reexame da causa por instância 
superior. 
• Princípio do juiz natural: O julgador deve atuar nos feitos que 
foram previamente estabelecidos pelo ordenamento jurídico. 
Veda-se o Tribunal de Exceção. 
• Princípio da publicidade: Como regra, os atos processuais 
devem ser públicos, permitindo-se o amplo acesso à 
população, contudo, essa publicidade poderá sofrer restrição 
quando a defesa da intimidade ou o interesse social exigirem. 
• Princípio da vedação às provas ilícitas: São inadmissíveis 
no processo, segundo nosso ordenamento jurídico, as provas 
obtidas por meios ilícitos e as ilícitas por derivação. 
• Princípio da duração razoável do processo: O Estado 
deverá prestar sua incumbência jurisdicional no menor prazo 
possível, respeitando, porém, os demais princípios, como a 
busca pela verdade real. 
• Princípio da busca pela verdade real ou material: 
Diferentemente do que ocorre no processo civil - no qual se 
busca a verdade formal, a verdade dos autos – no processo 
penal, busca-se a verdade material dos fatos, do mundo real, 
uma vez que trata de direitos indisponíveis, como a liberdade. 
• Princípio da vedação à autoincriminação: O acusado não é 
obrigado a participar de atividades probatórias que lhe sejam 
prejudiciais. 
• Princípio do “non bis in idem”: Veda-se que uma pessoa 
seja processada e condenada duas vezes pelo mesmo fato. 
• Princípio da comunhão da prova: Após ser produzida, a 
prova pertence ao juízo, podendo ser utilizada pelo juiz e por 
qualquer das partes 
• Princípio do impulso oficial: Iniciada a ação penal, o juiz tem 
o dever de promover o seu andamento até a etapa final. 
• Princípio do livre convencimento motivado: O juiz é livre 
para formar seu convencimento, contudo, deverá fundamentar 
suas decisões no momento de prolatá-las. 
• Princípio da lealdade processual: Reflete o dever de 
verdade, e a vedação a qualquer forma de fraude processual. 
 
Observação: Atualmente, encontram-se SUSPENSOS por prazo 
indeterminado, por decisão do STF, os dispositivos referentes à 
criação do Juiz de Garantias – Código de Processo Penal 
(CPP): Arts. 3º-A, 3º-B, 3º-C, 3º-D, 3º-E e 3º-F. 
 
Juiz das Garantias 
Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura 
acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de 
investigação e a substituição da atuação probatória 
do órgão de acusação. (2019) 
 
Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo 
controle da legalidade da investigação criminal e pela 
salvaguarda dos direitos individuais cuja franquia 
tenha sido reservada à autorização prévia do Poder 
Judiciário, competindo-lhe especialmente: (2019) 
I - receber a comunicação imediata da prisão, 
nos termos do inciso LXII do caput do art. 5º da 
Constituição Federal; (2019) 
CF/ 1988 
Art. 5º (...) 
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se 
encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e 
à família do preso ou à pessoa por ele indicada; 
II - receber o auto da prisão em flagrante para o 
controle da legalidade da prisão, observado o disposto 
no art. 310 deste Código; (2019) 
III - zelar pela observância dos direitos do 
preso, podendo determinar que este seja conduzido à 
sua presença, a qualquer tempo; (2019) 
Decreto-Lei nº 3.689 / 1941 
Código de Processo Penal 
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IV - ser informado sobre a instauração de qualquer 
investigação criminal; (2019) 
V - decidir sobre o requerimento de prisão 
provisória ou outra medida cautelar, observado o 
disposto no § 1º deste artigo; (2019) 
VI - prorrogar a prisão provisória ou outra 
medida cautelar, bem como substituí-las ou revogá-las, 
assegurado, no primeiro caso, o exercício do contraditório 
em audiência pública e oral, na forma do disposto neste 
Código ou em legislação especial pertinente; (2019) 
VII - decidir sobre o requerimento de produção 
antecipada de provas consideradas urgentes e não 
repetíveis, assegurados o contraditório e a ampla defesa 
em audiência pública e oral; (2019) 
VIII - prorrogar o prazo de duração do inquérito, 
estando o investigado preso, em vista das razões 
apresentadas pela autoridade policial e observado o 
disposto no § 2º deste artigo; (2019) 
IX - determinar o trancamento do inquérito 
policial quando não houver fundamento razoável para 
sua instauração ou prosseguimento; (2019) 
X - requisitar documentos, laudos e informações 
ao delegado de polícia sobre o andamento da 
investigação; (2019) 
XI - decidir sobre os requerimentos de: (2019) 
a) interceptação telefônica, do fluxo de 
comunicações em sistemas de informática e telemática ou 
de outras formas de comunicação; 
b) afastamento dos sigilos fiscal, bancário, de 
dados e telefônico; 
c) busca e apreensão domiciliar; 
d) acesso a informações sigilosas; 
e) outros meios de obtenção da prova que 
restrinjam direitos fundamentais do investigado; 
XII - julgar o habeas corpus impetrado antes do 
oferecimento da denúncia; (2019) 
XIII - determinar a instauração de incidente de 
insanidade mental; (2019) 
XIV - decidir sobre o recebimento da denúncia ou 
queixa, nos termos do art. 399 deste Código; (2019) 
CPP 
Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará 
dia e hora para a audiência, ordenando a intimação do acusado, 
de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do 
querelante e do assistente. 
§ 1o O acusado preso será requisitado para comparecer 
ao interrogatório, devendo o poder público providenciar sua 
apresentação. 
§ 2o O juiz que presidiu a instruçãodeverá proferir a 
sentença. 
XV - assegurar prontamente, quando se fizer 
necessário, o direito outorgado ao investigado e ao seu 
defensor de acesso a todos os elementos 
informativos e provas produzidos no âmbito da 
investigação criminal, salvo no que concerne, 
estritamente, às diligências em andamento; (2019) 
XVI - deferir pedido de admissão de assistente 
técnico para acompanhar a produção da perícia; (2019) 
XVII - decidir sobre a homologação de acordo de 
não persecução penal ou os de colaboração premiada, 
quando formalizados durante a investigação; (2019) 
XVIII - outras matérias inerentes às atribuições 
definidas no caput deste artigo. (2019) 
§ 1º O preso em flagrante ou por força de 
mandado de prisão provisória será encaminhado à 
presença do juiz de garantias no prazo de 24 (vinte e 
quatro) horas, momento em que se realizará audiência 
com a presença do Ministério Público e da Defensoria 
Pública ou de advogado constituído, vedado o emprego 
de videoconferência. (2019) 
§ 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das 
garantias poderá, mediante representação da autoridade 
policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma 
única vez, a duração do inquérito por até 15 (quinze) 
dias, após o que, se ainda assim a investigação não for 
concluída, a prisão será imediatamente relaxada. (2019) 
 
Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias 
abrange todas as infrações penais, exceto as de menor 
potencial ofensivo, e cessa com o recebimento da 
denúncia ou queixa na forma do art. 399 deste Código. 
(2019) 
§ 1º Recebida a denúncia ou queixa, as questões 
pendentes serão decididas pelo juiz da instrução e 
julgamento. (2019) 
§ 2º As decisões proferidas pelo juiz das 
garantias não vinculam o juiz da instrução e 
julgamento, que, após o recebimento da denúncia ou 
queixa, deverá reexaminar a necessidade das medidas 
cautelares em curso, no prazo máximo de 10 (dez) dias. 
(2019) 
§ 3º Os autos que compõem as matérias de 
competência do juiz das garantias ficarão acautelados 
na secretaria desse juízo, à disposição do Ministério 
Público e da defesa, e não serão apensados aos autos 
do processo enviados ao juiz da instrução e 
julgamento, ressalvados os documentos relativos às 
provas irrepetíveis, medidas de obtenção de provas ou de 
antecipação de provas, que deverão ser remetidos para 
apensamento em apartado. (2019) 
§ 4º Fica assegurado às partes o amplo acesso 
aos autos acautelados na secretaria do juízo das 
garantias. (2019) 
 
Art. 3º-D. O juiz que, na fase de investigação, 
praticar qualquer ato incluído nas competências dos arts. 
4º e 5º deste Código ficará impedido de funcionar no 
processo. (2019) 
Parágrafo único. Nas comarcas em que 
funcionar apenas um juiz, os tribunais criarão um 
sistema de rodízio de magistrados, a fim de atender às 
disposições deste Capítulo. (2019) 
 
Art. 3º-E. O juiz das garantias será designado 
conforme as normas de organização judiciária da União, 
dos Estados e do Distrito Federal, observando critérios 
objetivos a serem periodicamente divulgados pelo 
respectivo tribunal. (2019) 
 
Art. 3º-F. O juiz das garantias deverá assegurar o 
cumprimento das regras para o tratamento dos 
presos, impedindo o acordo ou ajuste de qualquer 
autoridade com órgãos da imprensa para explorar a 
imagem da pessoa submetida à prisão, sob pena de 
responsabilidade civil, administrativa e penal. (2019) 
Parágrafo único. Por meio de regulamento, as 
autoridades deverão disciplinar, em 180 (cento e 
oitenta) dias, o modo pelo qual as informações sobre a 
realização da prisão e a identidade do preso serão, de 
modo padronizado e respeitada a programação normativa 
aludida no caput deste artigo, transmitidas à imprensa, 
assegurados a efetividade da persecução penal, o direito 
à informação e a dignidade da pessoa submetida à prisão. 
(2019) 
 
 
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Os Ministros da Marinha de Guerra, do Exército e da 
Aeronáutica Militar, usando das atribuições que lhes 
confere o art. 3º do Ato Institucional nº 16, de 14 de 
outubro de 1969, combinado com o § 1° do art. 2°, do Ato 
Institucional n° 5, de 13 de dezembro de 1968, decretam: 
 
CF/88, Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, 
pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais 
permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e 
na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da 
República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos 
poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei 
e da ordem. 
 
CÓDIGO PENAL MILITAR 
PARTE GERAL 
LIVRO ÚNICO 
TÍTULO I 
DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR 
 Princípio de legalidade 
 Art. 1º Não há crime sem lei anterior que o defina, 
nem pena sem prévia cominação legal. 
CF/88, Art. 5º, XXXIX - não há crime sem lei anterior que o 
defina, nem pena sem prévia cominação legal. 
 
 Lei supressiva de incriminação 
 Art. 2° Ninguém pode ser punido por fato que lei 
posterior deixa de considerar crime, cessando, em 
virtude dela, a própria vigência de sentença condenatória 
irrecorrível, salvo quanto aos efeitos de natureza civil. 
(Princípio do Tempus Regit Actum) 
 
 Retroatividade de lei mais benigna 
 § 1º A lei posterior que, de qualquer outro modo, 
favorece o agente, aplica-se retroativamente, ainda 
quando já tenha sobrevindo sentença condenatória 
irrecorrível. (Novatio Legis In Mellius) 
 
 Apuração da maior benignidade 
 § 2° Para se reconhecer qual a mais favorável, a lei 
posterior e a anterior devem ser consideradas 
separadamente, cada qual no conjunto de suas normas 
aplicáveis ao fato. 
 
 Medidas de segurança 
 Art. 3º As medidas de segurança regem-se pela lei 
vigente ao tempo da sentença, prevalecendo, entretanto, 
se diversa, a lei vigente ao tempo da execução. 
CPM, Art. 110. As medidas de segurança são pessoais ou 
patrimoniais. As da primeira espécie subdividem-se em 
detentivas e não detentivas. As detentivas são a internação em 
manicômio judiciário e a internação em estabelecimento 
psiquiátrico anexo ao manicômio judiciário ou ao estabelecimento 
penal, ou em seção especial de um ou de outro. As não 
detentivas são a cassação de licença para direção de veículos 
motorizados, o exílio local e a proibição de frequentar 
determinados lugares. As patrimoniais são a interdição de 
estabelecimento ou sede de sociedade ou associação, e o 
confisco. 
 
 
 Lei excepcional ou temporária 
 Art. 4º A lei excepcional ou temporária, embora 
decorrido o período de sua duração ou cessadas as 
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato 
praticado durante sua vigência. 
 
 Tempo do crime 
 Art. 5º Considera-se praticado o crime no momento 
da ação ou omissão, ainda que outro seja o do 
resultado. 
(Teoria Da Atividade) 
 
 Lugar do crime 
 Art. 6º Considera-se praticado o fato, no lugar em 
que se desenvolveu a atividade criminosa, no todo ou 
em parte, e ainda que sob forma de participação,bem 
como onde se produziu ou deveria produzir-se o 
resultado (Teoria Da Ubiquidade, Mista ou Unitária). Nos crimes 
omissivos, o fato considera-se praticado no lugar em que 
deveria realizar-se a ação omitida. (Teoria Da Atividade) 
 
 Territorialidade, Extraterritorialidade 
 Art. 7º Aplica-se a lei penal militar, sem prejuízo de 
convenções, tratados e regras de direito internacional, ao 
crime cometido, no todo ou em parte no território nacional, 
ou fora dele, ainda que, neste caso, o agente esteja 
sendo processado ou tenha sido julgado pela justiça 
estrangeira. 
 
 Território nacional por extensão 
Decreto-Lei nº 1.001 / 1969 
Código Penal Militar 
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 § 1° Para os efeitos da lei penal militar consideram-
se como extensão do território nacional as aeronaves e 
os navios brasileiros, onde quer que se encontrem, sob 
comando militar ou militarmente utilizados ou ocupados 
por ordem legal de autoridade competente, ainda que de 
propriedade privada. 
 
 Ampliação a aeronaves ou navios estrangeiros 
 § 2º É também aplicável a lei penal militar ao crime 
praticado a bordo de aeronaves ou navios estrangeiros, 
desde que em lugar sujeito à administração militar, e o 
crime atente contra as instituições militares. 
 
 Conceito de navio 
 § 3º Para efeito da aplicação deste Código, 
considera-se navio toda embarcação sob comando 
militar. 
 
 Pena cumprida no estrangeiro 
 Art. 8° A pena cumprida no estrangeiro atenua a 
pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando 
diversas, ou nela é computada, quando idênticas. 
 
 Crimes militares em tempo de paz 
 Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de 
paz: 
 I - os crimes de que trata este Código, quando 
definidos de modo diverso na lei penal comum, ou nela 
não previstos, qualquer que seja o agente, salvo 
disposição especial; 
CRIMES PROPRIAMENTE MILITARES: 
São aqueles cuja prática não seria possível senão por militar, 
porque essa qualidade do agente é essencial para que o fato 
delituoso se verifique. É aquele que só é previsto no Código 
Penal Militar e que só pode ser praticado por militar, violando a 
disciplina, hierarquia, o dever ou serviço militar. Há, como 
exemplo, o delito de deserção, previsto no art. 187 do CPM. 
Direito Penal Militar – Parte Geral e Especial, Fabiano Caetano Prestes 
 II – os crimes previstos neste Código e os 
previstos na legislação penal, quando praticados: (2016) 
CRIMES IMPROPRIAMENTE MILITARES: 
São aqueles que estão definidos tanto no Código Penal Militar 
quanto no Código Penal Comum e que, por previsão legal, se 
tornaram militares por se enquadrarem em uma das várias 
hipóteses do inciso II do art. 9º do CPM. Exemplo: furto – art. 240 
do CPM e art. 155 do CP. São civis em sua essência, pois não 
atingem diretamente o dever ou serviço militar, mas assumem 
conotação militar por serem cometidos por militares em sua 
função. 
Direito Penal Militar – Parte Geral e Especial, Fabiano Caetano Prestes 
 a) por militar em situação de atividade ou 
assemelhado, contra militar na mesma situação ou 
assemelhado; 
 b) por militar em situação de atividade ou 
assemelhado, em lugar sujeito à administração militar, 
contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, 
ou civil; 
 c) por militar em serviço ou atuando em razão da 
função, em comissão de natureza militar, ou em 
formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração 
militar contra militar da reserva, ou reformado, ou civil; 
 d) por militar durante o período de manobras ou 
exercício, contra militar da reserva, ou reformado, ou 
assemelhado, ou civil; 
 e) por militar em situação de atividade, ou 
assemelhado, contra o patrimônio sob a administração 
militar, ou a ordem administrativa militar; 
 f) revogada. 
 III - os crimes praticados por militar da reserva, ou 
reformado, ou por civil, contra as instituições militares, 
considerando-se como tais não só os compreendidos no 
inciso I, como os do inciso II, nos seguintes casos: 
 a) contra o patrimônio sob a administração militar, 
ou contra a ordem administrativa militar; (Ratione Materiae) 
 b) em lugar sujeito à administração militar contra 
militar em situação de atividade ou assemelhado, ou 
contra funcionário de Ministério militar ou da Justiça 
Militar, no exercício de função inerente ao seu cargo; 
(Ratione Loci + Ratione Personae) 
 c) contra militar em formatura, ou durante o período 
de prontidão, vigilância, observação, exploração, 
exercício, acampamento, acantonamento ou manobras; 
(Ratione Personae) 
 d) ainda que fora do lugar sujeito à administração 
militar, contra militar em função de natureza militar, ou no 
desempenho de serviço de vigilância, garantia e 
preservação da ordem pública, administrativa ou 
judiciária, quando legalmente requisitado para aquele fim, 
ou em obediência a determinação legal superior. (Ratione 
Personae) 
§ 1o Os crimes de que trata este artigo, quando 
dolosos contra a vida e cometidos por militares 
contra civil, serão da competência do Tribunal do Júri. 
(2017) 
§ 2o Os crimes de que trata este artigo, quando 
dolosos contra a vida e cometidos por militares das 
Forças Armadas contra civil, serão da competência da 
Justiça Militar da União, se praticados no contexto: (2017) 
I – do cumprimento de atribuições que lhes forem 
estabelecidas pelo Presidente da República ou pelo 
Ministro de Estado da Defesa; (2017) 
II – de ação que envolva a segurança de instituição 
militar ou de missão militar, mesmo que não beligerante; 
ou (2017) 
III – de atividade de natureza militar, de operação 
de paz, de garantia da lei e da ordem ou de atribuição 
subsidiária, realizadas em conformidade com o disposto 
no art. 142 da Constituição Federal e na forma dos 
seguintes diplomas legais: (2017) 
a) Lei no 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - 
Código Brasileiro de Aeronáutica; (2017) 
b) Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999; 
(2017) 
c) Decreto-Lei no 1.002, de 21 de outubro de 
1969 - Código de Processo Penal Militar; e (2017) 
d) Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código 
Eleitoral. (2017) 
 
 Crimes militares em tempo de guerra 
 Art. 10. Consideram-se crimes militares, em tempo 
de guerra: 
 I - os especialmente previstos neste Código para o 
tempo de guerra; 
 II - os crimes militares previstos para o tempo de 
paz; 
 III - os crimes previstos neste Código, embora 
também o sejam com igual definição na lei penal comum 
ou especial, quando praticados, qualquer que seja o 
agente: 
 a) em território nacional, ou estrangeiro, militarmente 
ocupado; 
 b) em qualquer lugar, se comprometem ou podem 
comprometer a preparação, a eficiência ou as operações 
militares ou, de qualquer outra forma, atentam contra a 
segurança externa do País ou podem expô-la a perigo; 
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 IV - os crimes definidos na lei penal comum ou 
especial, embora não previstos neste Código, quando 
praticados em zona de efetivas operações militares ou em 
território estrangeiro, militarmente ocupado. 
 
 Militares estrangeiros 
 Art. 11. Os militares estrangeiros, quando em 
comissão ou estágio nas forças armadas, ficam sujeitos à 
lei penalmilitar brasileira, ressalvado o disposto em 
tratados ou convenções internacionais. 
 
 Equiparação a militar da ativa 
 Art. 12. O militar da reserva ou reformado, 
empregado na administração militar, equipara-se ao 
militar em situação de atividade, para o efeito da 
aplicação da lei penal militar. 
 
 Militar da reserva ou reformado 
 Art. 13. O militar da reserva, ou reformado, conserva 
as responsabilidades e prerrogativas do posto ou 
graduação, para o efeito da aplicação da lei penal militar, 
quando pratica ou contra ele é praticado crime militar. 
 
 Defeito de incorporação 
 Art. 14. O defeito do ato de incorporação não exclui 
a aplicação da lei penal militar, salvo se alegado ou 
conhecido antes da prática do crime. 
 
 Tempo de guerra 
 Art. 15. O tempo de guerra, para os efeitos da 
aplicação da lei penal militar, começa com a declaração 
ou o reconhecimento do estado de guerra, ou com o 
decreto de mobilização se nele estiver compreendido 
aquele reconhecimento; e termina quando ordenada a 
cessação das hostilidades. 
 
 Contagem de prazo 
 Art. 16. No cômputo dos prazos inclui-se o dia do 
começo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo 
calendário comum. 
 
 Legislação especial. Salário-mínimo 
 Art. 17. As regras gerais deste Código aplicam-se 
aos fatos incriminados por lei penal militar especial, se 
esta não dispõe de modo diverso. Para os efeitos penais, 
salário mínimo é o maior mensal vigente no país, ao 
tempo da sentença. 
 
 Crimes praticados em prejuízo de país aliado 
 Art. 18. Ficam sujeitos às disposições deste Código 
os crimes praticados em prejuízo de país em guerra 
contra país inimigo do Brasil: 
 I - se o crime é praticado por brasileiro; 
 II - se o crime é praticado no território nacional, ou 
em território estrangeiro, militarmente ocupado por força 
brasileira, qualquer que seja o agente. 
 
 Infrações disciplinares 
 Art. 19. Este Código não compreende as infrações 
dos regulamentos disciplinares. 
 
 Crimes praticados em tempo de guerra 
 Art. 20. Aos crimes praticados em tempo de guerra, 
salvo disposição especial, aplicam-se as penas 
cominadas para o tempo de paz, com o aumento de um 
terço. 
 
 Assemelhado 
 Art. 21. Considera-se assemelhado o servidor, 
efetivo ou não, dos Ministérios da Marinha, do Exército ou 
da Aeronáutica, submetido a preceito de disciplina militar, 
em virtude de lei ou regulamento. 
 
 Pessoa considerada militar 
 Art. 22. É considerada militar, para efeito da 
aplicação deste Código, qualquer pessoa que, em tempo 
de paz ou de guerra, seja incorporada às forças armadas, 
para nelas servir em posto, graduação, ou sujeição à 
disciplina militar. 
 
 Equiparação a comandante 
 Art. 23. Equipara-se ao comandante, para o efeito da 
aplicação da lei penal militar, toda autoridade com função 
de direção. 
 
 Conceito de superior 
 Art. 24. O militar que, em virtude da função, exerce 
autoridade sobre outro de igual posto ou graduação, 
considera-se superior, para efeito da aplicação da lei 
penal militar. 
 
 Crime praticado em presença do inimigo 
 Art. 25. Diz-se crime praticado em presença do 
inimigo, quando o fato ocorre em zona de efetivas 
operações militares, ou na iminência ou em situação de 
hostilidade. 
 
 Referência a "brasileiro" ou "nacional" 
 Art. 26. Quando a lei penal militar se refere a 
"brasileiro" ou "nacional", compreende as pessoas 
enumeradas como brasileiros na Constituição do Brasil. 
 
 Estrangeiros 
 Parágrafo único. Para os efeitos da lei penal militar, 
são considerados estrangeiros os apátridas e os 
brasileiros que perderam a nacionalidade. 
 
 Os que se compreendem, como funcionários da 
Justiça Militar 
 Art. 27. Quando este Código se refere a funcionários, 
compreende, para efeito da sua aplicação, os juízes, os 
representantes do Ministério Público, os funcionários e 
auxiliares da Justiça Militar. 
 
 Casos de prevalência do Código Penal Militar 
 Art. 28. Os crimes contra a segurança externa do 
país ou contra as instituições militares, definidos neste 
Código, excluem os da mesma natureza definidos em 
outras leis. 
 
TÍTULO II 
DO CRIME 
 Relação de causalidade 
 Art. 29. O resultado de que depende a existência do 
crime somente é imputável a quem lhe deu causa. 
Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o 
resultado não teria ocorrido. 
 § 1º A superveniência de causa relativamente 
independente exclui a imputação quando, por si só, 
produziu o resultado. Os fatos anteriores, imputam-se, 
entretanto, a quem os praticou. 
 § 2º A omissão é relevante como causa quando o 
omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O 
dever de agir incumbe a quem tenha por lei obrigação de 
cuidado, proteção ou vigilância; a quem, de outra forma, 
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assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; e a 
quem, com seu comportamento anterior, criou o risco de 
sua superveniência. 
 
 Art. 30. Diz-se o crime: 
 Crime consumado 
 I - consumado, quando nele se reúnem todos os 
elementos de sua definição legal; 
 
 Tentativa 
 II - tentado, quando, iniciada a execução, não se 
consuma por circunstâncias alheias à vontade do 
agente. 
 
 Pena de tentativa 
 Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a pena 
correspondente ao crime, diminuída de um a dois terços, 
podendo o juiz, no caso de excepcional gravidade, aplicar 
a pena do crime consumado. 
 
 Desistência voluntária e arrependimento eficaz 
 Art. 31. O agente que, voluntariamente, desiste de 
prosseguir na execução ou impede que o resultado se 
produza, só responde pelos atos já praticados. 
 
 Crime impossível 
 Art. 32. Quando, por ineficácia absoluta do meio 
empregado ou por absoluta impropriedade do objeto, 
é impossível consumar-se o crime, nenhuma pena é 
aplicável. 
 
 Art. 33. Diz-se o crime: 
 Culpabilidade 
 I - doloso, quando o agente quis o resultado ou 
assumiu o risco de produzi-lo; 
 II - culposo, quando o agente, deixando de 
empregar a cautela, atenção, ou diligência ordinária, ou 
especial, a que estava obrigado em face das 
circunstâncias, não prevê o resultado que podia prever 
ou, prevendo-o, supõe levianamente que não se realizaria 
ou que poderia evitá-lo. 
 
 Excepcionalidade do crime culposo 
 Parágrafo único. Salvo os casos expressos em lei, 
ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, 
senão quando o pratica dolosamente. 
 
 Nenhuma pena sem culpabilidade 
 Art. 34. Pelos resultados que agravam especialmente 
as penas só responde o agente quando os houver 
causado, pelo menos, culposamente. 
 
 Erro de direito 
 Art. 35. A pena pode ser atenuada ou substituída por 
outra menos grave quando o agente, salvo em se 
tratando de crime que atente contra o dever militar, supõe 
lícito o fato, por ignorância ou erro de interpretação da 
lei, se escusáveis. 
 
 Erro de fato 
 Art. 36. É isento de pena quem, ao praticar o crime, 
supõe, por erro plenamente escusável, a inexistência de 
circunstância de fato que o constitui ou a existência de 
situação de fato que tornaria a ação legítima. 
 
 Erro culposo 
 1º Se o erro deriva de culpa, a este título responde o 
agente, se o fato é punível como crime culposo. 
 
 Erro provocado 
 2º Se o erro é provocado por terceiro, responderá 
este pelo crime, a título de doloou culpa, conforme o 
caso. 
 
 Erro sobre a pessoa 
 Art. 37. Quando o agente, por erro de percepção ou 
no uso dos meios de execução, ou outro acidente, atinge 
uma pessoa em vez de outra, responde como se tivesse 
praticado o crime contra aquela que realmente pretendia 
atingir. Devem ter-se em conta não as condições e 
qualidades da vítima, mas as da outra pessoa, para 
configuração, qualificação ou exclusão do crime, e 
agravação ou atenuação da pena. 
 
 Erro quanto ao bem jurídico 
 § 1º Se, por erro ou outro acidente na execução, é 
atingido bem jurídico diverso do visado pelo agente, 
responde este por culpa, se o fato é previsto como crime 
culposo. 
 
 Duplicidade do resultado 
 § 2º Se, no caso do artigo, é também atingida a 
pessoa visada, ou, no caso do parágrafo anterior, ocorre 
ainda o resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 79. 
 
 Art. 38. Não é culpado quem comete o crime: 
 Coação irresistível 
 a) sob coação irresistível ou que lhe suprima a 
faculdade de agir segundo a própria vontade; 
 Obediência hierárquica 
 b) em estrita obediência a ordem direta de superior 
hierárquico, em matéria de serviços. 
 1° Responde pelo crime o autor da coação ou da 
ordem. 
 2° Se a ordem do superior tem por objeto a prática 
de ato manifestamente criminoso, ou há excesso nos 
atos ou na forma da execução, é punível também o 
inferior. 
 
 Estado de necessidade, com excludente de 
culpabilidade 
 Art. 39. Não é igualmente culpado quem, para 
proteger direito próprio ou de pessoa a quem está ligado 
por estreitas relações de parentesco ou afeição, contra 
perigo certo e atual, que não provocou, nem podia de 
outro modo evitar, sacrifica direito alheio, ainda quando 
superior ao direito protegido, desde que não lhe era 
razoavelmente exigível conduta diversa. 
 
 Coação física ou material 
 Art. 40. Nos crimes em que há violação do dever 
militar, o agente não pode invocar coação irresistível 
senão quando física ou material. 
 
 Atenuação de pena 
 Art. 41. Nos casos do art. 38, letras a e b , se era 
possível resistir à coação, ou se a ordem não era 
manifestamente ilegal; ou, no caso do art. 39, se era 
razoavelmente exigível o sacrifício do direito ameaçado, o 
juiz, tendo em vista as condições pessoais do réu, pode 
atenuar a pena. 
 
 Exclusão de crime 
 Art. 42. Não há crime quando o agente pratica o 
fato: 
 I - em estado de necessidade; 
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 II - em legítima defesa; 
 III - em estrito cumprimento do dever legal; 
 IV - em exercício regular de direito. 
 Parágrafo único. Não há igualmente crime quando o 
comandante de navio, aeronave ou praça de guerra, na 
iminência de perigo ou grave calamidade, compele os 
subalternos, por meios violentos, a executar serviços e 
manobras urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou 
evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a 
revolta ou o saque. 
 
 Estado de necessidade, como excludente do 
crime 
 Art. 43. Considera-se em estado de necessidade 
quem pratica o fato para preservar direito seu ou alheio, 
de perigo certo e atual, que não provocou, nem podia de 
outro modo evitar, desde que o mal causado, por sua 
natureza e importância, é consideravelmente inferior ao 
mal evitado, e o agente não era legalmente obrigado a 
arrostar o perigo. 
 
 Legítima defesa 
 Art. 44. Entende-se em legítima defesa quem, 
usando moderadamente dos meios necessários, repele 
injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de 
outrem. 
 
 Excesso culposo 
 Art. 45. O agente que, em qualquer dos casos de 
exclusão de crime, excede culposamente os limites da 
necessidade, responde pelo fato, se este é punível, a 
título de culpa. 
 
 Excesso escusável 
 Parágrafo único. Não é punível o excesso quando 
resulta de escusável surpresa ou perturbação de ânimo, 
em face da situação. 
 
 Excesso doloso 
 Art. 46. O juiz pode atenuar a pena ainda quando 
punível o fato por excesso doloso. 
 
 Elementos não constitutivos do crime 
 Art. 47. Deixam de ser elementos constitutivos do 
crime: 
 I - a qualidade de superior ou a de inferior, quando 
não conhecida do agente; 
 II - a qualidade de superior ou a de inferior, a de 
oficial de dia, de serviço ou de quarto, ou a de sentinela, 
vigia, ou plantão, quando a ação é praticada em repulsa a 
agressão. 
 
TÍTULO III 
DA IMPUTABILIDADE PENAL 
 Inimputáveis 
 Art. 48. Não é imputável quem, no momento da ação 
ou da omissão, não possui a capacidade de entender o 
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo 
com esse entendimento, em virtude de doença mental, 
de desenvolvimento mental incompleto ou retardado. 
 
 Redução facultativa da pena 
 Parágrafo único. Se a doença ou a deficiência mental 
não suprime, mas diminui consideravelmente a 
capacidade de entendimento da ilicitude do fato ou a de 
autodeterminação, não fica excluída a imputabilidade, 
mas a pena pode ser atenuada, sem prejuízo do disposto 
no art. 113. 
 
 Embriaguez 
 Art. 49. Não é igualmente imputável o agente que, 
por embriaguez completa proveniente de caso fortuito 
ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, 
inteiramente incapaz de entender o caráter criminoso 
do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento. 
 Parágrafo único. A pena pode ser reduzida de um a 
dois terços, se o agente por embriaguez proveniente de 
caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da 
ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o 
caráter criminoso do fato ou de determinar-se de acordo 
com esse entendimento. 
 
 Menores 
 Art. 50. O menor de dezoito anos é inimputável, 
salvo se, já tendo completado dezesseis anos, revela 
suficiente desenvolvimento psíquico para entender o 
caráter ilícito do fato e determinar-se de acordo com este 
entendimento. Neste caso, a pena aplicável é diminuída 
de um terço até a metade. 
 
 Equiparação a maiores 
 Art. 51. Equiparam-se aos maiores de dezoito anos, 
ainda que não tenham atingido essa idade: 
 a) os militares; 
 b) os convocados, os que se apresentam à 
incorporação e os que, dispensados temporariamente 
desta, deixam de se apresentar, decorrido o prazo de 
licenciamento; 
 c) os alunos de colégios ou outros estabelecimentos 
de ensino, sob direção e disciplina militares, que já 
tenham completado dezessete anos. 
 Art. 52. Os menores de dezesseis anos, bem como 
os menores de dezoito e maiores de dezesseis 
inimputáveis, ficam sujeitos às medidas educativas, 
curativas ou disciplinares determinadas em legislação 
especial. 
 
TÍTULO IV 
DO CONCURSO DE AGENTES 
 Co-autoria 
 Art. 53. Quem, de qualquer modo, concorre para o 
crime incide nas penas a este cominadas. 
 
 Condições ou circunstâncias pessoais 
 § 1º A punibilidade de qualquer dos concorrentes é 
independente da dos outros, determinando-se segundo a 
sua própria culpabilidade. Não se comunicam, outrossim, 
as condições ou circunstâncias de caráter pessoal, salvo 
quando elementares do crime. 
 
 Agravação de pena 
 § 2° A pena é agravada em relação ao agente que: 
 I - promove ou organiza a cooperação no crime ou 
dirige a atividade dos demais agentes; 
 II - coage outrem à execução material do crime; 
 III - instiga ou determina a cometer o crime alguém 
sujeito à sua autoridade, ou não punível em virtude de 
condição ou qualidade pessoal;IV - executa o crime, ou nele participa, mediante 
paga ou promessa de recompensa. 
 
 Atenuação de pena 
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 § 3º A pena é atenuada com relação ao agente, cuja 
participação no crime é de somenos importância. 
 
 Cabeças 
 § 4º Na prática de crime de autoria coletiva 
necessária, reputam-se cabeças os que dirigem, 
provocam, instigam ou excitam a ação. 
 § 5º Quando o crime é cometido por inferiores e um 
ou mais oficiais, são estes considerados cabeças, assim 
como os inferiores que exercem função de oficial. 
 
 Casos de impunibilidade 
 Art. 54. O ajuste, a determinação ou instigação e o 
auxílio, salvo disposição em contrário, não são puníveis 
se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. 
 
TÍTULO V 
DAS PENAS 
CAPÍTULO I 
DAS PENAS PRINCIPAIS 
 Penas principais 
 Art. 55. As penas principais são: 
 a) morte; 
 b) reclusão; 
 c) detenção; 
 d) prisão; 
 e) impedimento; 
 f) suspensão do exercício do posto, graduação, 
cargo ou função; 
 g) reforma. 
 
 Pena de morte 
 Art. 56. A pena de morte é executada por 
fuzilamento. 
 
 Comunicação 
 Art. 57. A sentença definitiva de condenação à 
morte é comunicada, logo que passe em julgado, ao 
Presidente da República, e não pode ser executada 
senão depois de sete dias após a comunicação. 
 Parágrafo único. Se a pena é imposta em zona de 
operações de guerra, pode ser imediatamente 
executada, quando o exigir o interesse da ordem e da 
disciplina militares. 
 
 Mínimos e máximos genéricos 
 Art. 58. O mínimo da pena de reclusão é de um ano, 
e o máximo de trinta anos; o mínimo da pena de detenção 
é de trinta dias, e o máximo de dez anos. 
 
 Pena até dois anos imposta a militar 
 Art. 59 - A pena de reclusão ou de detenção até 2 
(dois) anos, aplicada a militar, é convertida em pena de 
prisão e cumprida, quando não cabível a suspensão 
condicional: 
 I - pelo oficial, em recinto de estabelecimento militar; 
 II - pela praça, em estabelecimento penal militar, 
onde ficará separada de presos que estejam cumprindo 
pena disciplinar ou pena privativa de liberdade por tempo 
superior a dois anos. 
 
 Separação de praças especiais e graduadas 
 Parágrafo único. Para efeito de separação, no 
cumprimento da pena de prisão, atender-se-á, também, à 
condição das praças especiais e à das graduadas, ou 
não; e, dentre as graduadas, à das que tenham 
graduação especial. 
 
 Pena do assemelhado 
 Art. 60. O assemelhado cumpre a pena conforme o 
posto ou graduação que lhe é correspondente. 
 
 Pena dos não assemelhados 
 Parágrafo único. Para os não assemelhados dos 
Ministérios Militares e órgãos sob controle destes, regula-
se a correspondência pelo padrão de remuneração. 
 
 Pena superior a dois anos, imposta a militar 
 Art. 61 - A pena privativa da liberdade por mais de 2 
(dois) anos, aplicada a militar, é cumprida em 
penitenciária militar e, na falta dessa, em estabelecimento 
prisional civil, ficando o recluso ou detento sujeito ao 
regime conforme a legislação penal comum, de cujos 
benefícios e concessões, também, poderá gozar. 
 
 Pena privativa da liberdade imposta a civil 
 Art. 62 - O civil cumpre a pena aplicada pela Justiça 
Militar, em estabelecimento prisional civil, ficando ele 
sujeito ao regime conforme a legislação penal comum, de 
cujos benefícios e concessões, também, poderá gozar. 
 
 Cumprimento em penitenciária militar 
 Parágrafo único - Por crime militar praticado em 
tempo de guerra poderá o civil ficar sujeito a cumprir a 
pena, no todo ou em parte em penitenciária militar, se, em 
benefício da segurança nacional, assim o determinar a 
sentença. 
 
 Pena de impedimento 
 Art. 63. A pena de impedimento sujeita o condenado 
a permanecer no recinto da unidade, sem prejuízo da 
instrução militar. 
 
 Pena de suspensão do exercício do posto, 
graduação, cargo ou função 
 Art. 64. A pena de suspensão do exercício do 
posto, graduação, cargo ou função consiste na 
agregação, no afastamento, no licenciamento ou na 
disponibilidade do condenado, pelo tempo fixado na 
sentença, sem prejuízo do seu comparecimento regular à 
sede do serviço. Não será contado como tempo de 
serviço, para qualquer efeito, o do cumprimento da pena. 
 
 Caso de reserva, reforma ou aposentadoria 
 Parágrafo único. Se o condenado, quando proferida 
a sentença, já estiver na reserva, ou reformado ou 
aposentado, a pena prevista neste artigo será convertida 
em pena de detenção, de três meses a um ano. 
 
 Pena de reforma 
 Art. 65. A pena de reforma sujeita o condenado à 
situação de inatividade, não podendo perceber mais de 
um vinte e cinco avos do soldo, por ano de serviço, nem 
receber importância superior à do soldo. 
 
 Superveniência de doença mental 
 Art. 66. O condenado a que sobrevenha doença 
mental deve ser recolhido a manicômio judiciário ou, 
na falta deste, a outro estabelecimento adequado, onde 
lhe seja assegurada custódia e tratamento. 
 
 Tempo computável 
 Art. 67. Computam-se na pena privativa de liberdade 
o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no 
estrangeiro, e o de internação em hospital ou 
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manicômio, bem como o excesso de tempo, reconhecido 
em decisão judicial irrecorrível, no cumprimento da pena, 
por outro crime, desde que a decisão seja posterior ao 
crime de que se trata. 
 
 Transferência de condenados 
 Art. 68. O condenado pela Justiça Militar de uma 
região, distrito ou zona pode cumprir pena em 
estabelecimento de outra região, distrito ou zona. 
 
CAPÍTULO II 
DA APLICAÇÃO DA PENA 
 Fixação da pena privativa de liberdade 
 Art. 69. Para fixação da pena privativa de liberdade, 
o juiz aprecia a gravidade do crime praticado e a 
personalidade do réu, devendo ter em conta a intensidade 
do dolo ou grau da culpa, a maior ou menor extensão do 
dano ou perigo de dano, os meios empregados, o modo 
de execução, os motivos determinantes, as circunstâncias 
de tempo e lugar, os antecedentes do réu e sua atitude de 
insensibilidade, indiferença ou arrependimento após o 
crime. 
 
 Determinação da pena 
 § 1º Se são cominadas penas alternativas, o juiz 
deve determinar qual delas é aplicável. 
 
 Limites legais da pena 
 § 2º Salvo o disposto no art. 76, é fixada dentro dos 
limites legais a quantidade da pena aplicável. 
 
 Circunstâncias agravantes 
 Art. 70. São circunstâncias que sempre agravam a 
pena, quando não integrantes ou qualificativas do crime: 
 I - a reincidência; 
 II - ter o agente cometido o crime: 
 a) por motivo fútil ou torpe; 
 b) para facilitar ou assegurar a execução, a 
ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime; 
 c) depois de embriagar-se, salvo se a embriaguez 
decorre de caso fortuito, engano ou força maior; 
 d) à traição, de emboscada, com surpresa, ou 
mediante outro recurso insidioso que dificultou ou tornou 
impossível a defesa da vítima; 
 e) com o emprego de veneno, asfixia, tortura, fogo, 
explosivo, ou qualquer outro meio dissimulado ou cruel, 
ou de que podia

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