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Herbário Fitopatológico Matheus Chim

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E 
TECNOLOGIA FARROUPILHA CAMPUS SÃO VICENTE DO SUL 
CURSO DE BACHARELADO EM AGRONOMIA 
 
 
 
 
 
 
 
FITOPATOLOGIA 
 
 
Coleção Fitopatológica 
 
 
 
 
 
 
 
 
Matheus Ramalho Chim 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Vicente do Sul, RS, Brasil 
2019 
 
2 
 
Sumário: 
1 Ascomicotyna .................................................................................................................. 3 
1.1 Giberela Gibberella zeae (Fusarium graminearum) .................................................. 3 
2 Bactéria ............................................................................................................................ 6 
2.1 Cancro Cítrico (Xanthomonas citri subsp. citri)........................................................ 6 
3 Basidiomycotina .............................................................................................................. 9 
3.1 Carvão (Ustilago avenae) ......................................................................................... 9 
3.2 Ferrugem (Puccinia coronata) ................................................................................ 12 
4 Deuteromycotina ........................................................................................................... 15 
4.1 Oídio (Oidium) ........................................................................................................ 15 
4.2 Oídio (Oidium) ........................................................................................................ 18 
4.3 Cercosporiose (Cercospera beticola) ...................................................................... 21 
5 Nematoides .................................................................................................................... 24 
5.1 Nematoides em alface (Meloidogyne sp) ................................................................. 24 
6 Oomycota ....................................................................................................................... 27 
6.1 Míldio (Hyaloperonospora brassicae) ..................................................................... 27 
7 Vírus .............................................................................................................................. 30 
7.1 Nanismo amarelo do trigo (Barley yellow dwarf vírus – BYDV) ............................. 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 Ascomicotyna 
 
1.1 Giberela Gibberella zeae (Fusarium graminearum) 
 
Hospedeiro: 
Trigo (Triticum) 
Etiologia: 
O Fusarium graminearum produz fiálides laterais curtas e conídios falciformes, 
com 3 a 7 septos. Os peritécios são superficiais, de coloração púrpura-escura a pretos, 
com diâmetro de 150-350 µm. Possuem ascos clavados contendo 8 ascósporos hialinos 
os quais apresentam 0 a 4 septos. Sobrevive em restos culturais. A disseminação a curtas 
distâncias é feita por conídios transportados em respingos de chuva. Ascósporos são 
transportados pelo vento a longas distâncias. O período de suscetibilidade da cultura 
ocorre entre o início da floração e o início da floração e o início da maturação. O principal 
sítio de infecção de Gibberella zeae são as anteras. Para a infecção são requeridas 30h de 
molhamento contínuo com temperatura média de 20°C. 
Sintomas: 
O fungo infecta a flor, colonizando todos os componentes da espiga. Para atingir 
a flor, o inóculo disseminado através do ar deve depositar-se nas anteras, onde os 
ascósporos germinam. As aristas arrepiadas são o sintoma mais característico e de mais 
fácil reconhecimento da doença. Os grãos se desenvolvem, mostrando sintomas 
característicos da doença, como grãos enrugados, chochos, ásperos e róseo, ou em casos 
de maior severidade a espiga pode ser totalmente destruída, impedindo a formação de 
grãos. As espiguetas infectadas exibem anasarca, tornando-se despigmentadas, 
esbranquiçadas ou de cor palha. Sob clima úmido e quente, o desenvolvimento de 
macroconídios é abundante e a espigueta infectada apresenta-se rósea, especialmente na 
base e bordos das glumas. 
Quadro sintomatológico: 
 As espiguetas infectadas inicialmente, exibem anasarca seguida pela perda da 
clorofila. Pela evolução da colonização do fungo estas apresentam-se despigmentadas, 
de coloração esbranquiçada ou palha. 
4 
 
Controle: 
A Gibberalla zeae é uma doença de difícil controle, sendo a semeadura antecipada 
um método que possibilita a planta atingir o período de suscetibilidade sob condições 
menos favoráveis ao fungo. O controle químico deve ser realizado após o início da 
floração, com uso de fungicidas, como triazóis e estrobilurinas misturados a espalhante 
siliconado. 
Classificação conforme grupo de doenças: 
Grupo IV (Carvões, galhas e viroses). 
Bibliografia: 
L. Amorim et al. Manual de Fitopatologia Volume 2: Doenças das plantas cultivadas. 
Vol. 2. Minas Gerais: Agronômica Ceres Ltda, 2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Fotos: 
Imagem 1: Estrutura de Gibberella zeae (Fusarium graminearum) 
 
 
Fonte: Chim, M.R. 2019 
Imagem 2: Espiguetas de trigo com presença de Gibberella zeae 
 
Fonte: Reis, E.M. 2015 
6 
 
2 Bactéria 
 
2.1 Cancro Cítrico (Xanthomonas citri subsp. citri) 
 
Hospedeiro: 
Laranjeira (Citrus sinensis) 
Etiologia: 
O cancro cítrico asiático ou cancrose A, induzido pela estripe A da bactéria 
Xanthomonas axonopodis pv. citri, é gram-negativa, baciliforme, monotríquia e aeróbia. 
Desenvolve-se sob temperaturas entre 29,5 e 39°C. Em ausência de plantas cítricas, há 
um rápido declínio na população da bactéria em solos, ou seja, não é capaz de sobreviver 
por longos períodos no solo, em ervas invasoras ou restos de cultura. Entretanto a bactéria 
consegue sobreviver por vários anos em tecidos desidratados. A disseminação a curtas 
distâncias se dá principalmente por chuvas e ventos. A bactéria penetra em tecidos novos 
por estômatos e aberturas naturais ou ferimentos produzidos por insetos ou tratos 
culturais. Em tecidos jovens a infecção ocorre via aberturas naturais, em folhas e ramos 
acontece até 6 semanas após o início do desenvolvimento desses órgãos, já os frutos são 
suscetíveis até os 90 dias de idade. Espécies, híbridos e cultivares de citros apresentam 
grande variação na resistência à doença. Onde são divididas em: Altamente resistente, 
resistentes, moderadamente resistentes, moderadamente suscetíveis, suscetíveis e 
altamente suscetíveis. 
Sintomas: 
Lesões eruptivas, levemente salientes, puntiforme de cor parda, que com o passar 
do tempo tornam-se esponjosas, esbranquiçadas e em seguida pardacentas, circundadas 
por um halo amarelo translúcido. Em frutos, as lesões são maiores em relação as folhas, 
apresentando fissuras ou crateras no centro, os frutos com lesões geralmente caem antes 
de atingirem o ponto final de maturação. Em ramos as lesões são corticosas, salientes, 
podendo provocas sua morte. Ataques severos podem provocar desfolha com 
consequente depauperamento de plantas e queda prematura de frutos. 
 
 
7 
 
Quadro sintomatológico: 
No início da aparição da doença, formam-se pontos escurecidos com 
amarelecimento ao redor, resultado da multiplicação da bactéria e encharcamento do 
tecido vegetal. Após evoluem para pústulas de coloração marrom-clara. As lesões são 
observadas primeiro na face inferior, com o progresso da doença é possível observar 
machas dos dois lados da folha. Nos frutos as manchas são encontradas na parte voltada 
para o exterior da copa da planta, devido à maior exposição dá chuva e ventos. À medida 
que ocorre o aumento da área afetada, as lesões apresentam rachaduras. Os frutos são 
suscetíveis durante os primeiros quatro meses após a queda das pétalas. 
Controle: 
Evitar a instalação de pomares em locais onde as condições são favoráveis ao 
desenvolvimento da doença, utilização de cultivaresresistentes ou moderadamente 
resistentes, mudas sadias, implantação de quebra-ventos, pulverizações preventivas com 
produtos cúpricos, visando a proteção das novas brotações, restringir o acesso e 
circulação de pessoas, máquinas e implementos em pomares, principalmente quando 
provenientes de outras propriedades citrícolas, promover a lavagem e desinfestação de 
máquinas, implementos e ferramentas antes de adentrar no pomar. Em casos de infestação 
se deve eliminar as plantas infectadas do pomar e as que estiverem ao redor num raio 
mínimo de 30m. 
Classificação conforme grupo de doenças: 
Grupo V (Manchas, ferrugens, oídios e míldios). 
Bibliografia: 
Fundecitrus. Cancro cítrico. Fundo de defesa da citricultura. Araraquara-SP. 
L. Amorim et al. Manual de Fitopatologia Volume 2: Doenças das plantas cultivadas. 
Vol. 2. Minas Gerais: Agronômica Ceres Ltda, 2016. 
 
 
 
 
8 
 
Fotos: 
Imagem 3: Fruto laranjeira atacada por Xanthomonas citri. 
 
Fonte: Fundecitrus. 
Imagem 4: Ramos e folhas atacadas por Xanthomonas citri 
 
Fonte: Fundecitrus 
 
9 
 
 
 
 
3 Basidiomycotina 
 
3.1 Carvão (Ustilago avenae) 
 
Hospedeiro: 
Azevém (Llolium multiflorum) 
Etiologia: 
O agente causal do carvão é o fungo do gênero Ustilago. O qual sobrevive como 
micélio dormente no interior do embrião da semente. Após o crescimento, o fungo sua 
parte vegetativa fica localizada no meristema apical da planta. 
Sintomas: 
Os sintomas são caracterizados pela presença de espigas de coloração escura a 
negra, formada pela massa pulverulenta dos esporos do fungo. As espigas infectadas 
apresentam a massa de teliósporos aderida à ráquis, quando removidos pelo vento a ráquis 
fica nua. 
Quadro sintomatológico: 
O fungo desenvolve-se intercelularmente até o início do emborrachamento e 
espigamento. No interior das espiguetas, forma-se uma massa pulverulenta de teliósporos, 
os quais são de coloração pardo-olivácea a marrom, medindo 5-10 µm de diâmetro. A 
infecção floral ocorre quando os teliósporos entram em contato com as flores, onde 
germinam e produzem micélio infeccioso que invadem o ovário e consequentemente o 
embrião da semente. 
Controle: 
O controle é realizado com a utilização de cultivares resistentes ou tratamento de 
sementes, com fungicidas sistêmicos específicos, como por exemplo triadimentol ou 
carboxina + tiram. 
10 
 
Classificação conforme grupo de doenças: 
Grupo VI (Carvões, galhas e viroses). 
 
Bibliografia: 
L. Amorim et al. Manual de Fitopatologia Volume 2: Doenças das plantas cultivadas. 
Vol. 2. Minas Gerais: Agronômica Ceres Ltda, 2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
Fotos: 
Imagem 5: Estrutura de Ustilago avenae. 
 
 
 
 
Fonte: Chim, M.R. 2019 
Imagem 6: Espiguetas de azevém atacada por Ustilago avenae. 
 
 
Fonte: MECRED 
 
 
12 
 
 
 
3.2 Ferrugem (Puccinia coronata) 
 
Hospedeiro: 
Aveia (Avena sativa) 
Etiologia: 
 Os patógenos responsáveis pelas ferrugens são fungos basidiomicetos 
pertencentes à ordem Uredinales, Pústulas jovens produzem uredósporos unicelulares, de 
forma esférica ou ovalada, equinados, de coloração amarelo-alaranjada e diâmetro de 20-
32jtm. Os uredósporos, que são facilmente disseminados pelas plantas, germinam em 
temperaturas que variam de 2 a 330C, com ótimo entre 18 e 220C, e umidade relativa de 
100%. Em regiões de clima quente, o fungo persiste, de uma estação para outra, através 
da contínua produção de uredósporos, os quais são disseminados pelo vento até 2.000 km 
de distância. Infecções iniciadas a partir de eciósporos produzidos sobre o hospedeiro 
intermediário (Rhamnus cathartica) não ocorrem no Brasil devido à ausência desta 
espécie em nossas regiões de cultivo. 
Sintomas: 
 As pústulas desenvolvem-se principalmente nas folhas, podendo também aparecer 
nas bainhas e panículas. Tais pústulas são pequenas, ovais, isoladas e expõem uma massa 
alaranjada de uredósporos, os sinais do patógeno. A medida que finda o ciclo da cultura, 
aparecem pústulas mais escuras que permanecem cobertas pela epiderme. Dentro destas, 
desenvolvem-se teliósporos bicelulares e escuros. A ferrugem da folha se diferencia da 
ferrugem do colmo por apresentar pústulas menores amarelo-claras e ausência de tecidos 
epidermais levantados ao redor destas. 
Quadro sintomatológico: 
 Os sintomas manifestam-se na folha com o aparecimento de massas alaranjadas. 
Controle: 
 A eliminação de plantas voluntárias infectadas, muito comuns durante o verão, 
também é recomendada, embora não seja medida que, isoladamente, resolva o problema. 
13 
 
O controle químico é bastante empregado nas lavouras destinadas à produção de grãos e 
sementes, destacando-se os fungicidas triadimefon, triadimenol, propiconazole e 
tebuconazole. Técnica e economicamente, os melhores resultados são obtidos com duas 
aplicações, a primeira no aparecimento dos primeiros sinais (0 a 5% de severidade) e a 
segunda aproximadamente 20 dias após. 
Classificação conforme grupo de doenças: 
Grupo V (Manchas, ferrugens, oídios e míldios). 
Bibliografia: 
L. Amorim et al. Manual de Fitopatologia Volume 2: Doenças das plantas cultivadas. 
Vol. 2. Minas Gerais: Agronômica Ceres Ltda, 2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
 
Fotos: 
Imagem 7: Estrutura de Puccinia coronata. 
 
Fonte: Chim, M.R. 2019 
Imagem 8: Folha de malva atacada por Puccinia coronata. 
 
 
Fonte: Agrolink 
 
15 
 
4 Deuteromycotina 
 
4.1 Oídio (Oidium) 
 
Hospedeiro: 
Serralha (Sonchus oleraceus) 
Etiologia: 
É um fungo biotrófico, portanto precisa da planta viva para se desenvolver. Produz 
micélio na parte superior das folhas, nutrindo-se através de haustórios intracelulares, nas 
células da epiderme. Muitos conídios são produzidos em cadeias, originadas de 
conidióforos simples. Sua disseminação ocorre facilmente através do vento, onde as 
condições favoráveis para seu desenvolvimento são temperaturas entre 20-25°C e baixa 
umidade. 
Sintomas: 
O fungo ataca a parte aérea da planta, podendo ser observado estruturas de 
coloração branca na parte superior das folhas, formadas por micélio e esporos do 
patógeno. Em condições de ataque severo pode causar a seca e queda prematura de folhas. 
Quadro sintomatológico: 
Na superfície da planta, forma-se uma fina camada de micélio e esporos (conídios) 
pulverulentos que, de pequenos pontos brancos, podem cobrir toda a parte aérea da planta. 
Nas folhas, com o passar dos dias, a coloração branca do fungo muda para cor castanho-
acinzentada, dando a aparência de uma cobertura de sujeira nas duas faces da folha. Sob 
condição de infecção severa, a cobertura de micélio e a frutificação do fungo impedem a 
fotossíntese e as folhas secam e caem prematuramente. 
Controle: 
Não é recomendado o controle de oídio em serralha, por se tratar de uma planta 
invasora. Mas como ela pode se torna um hospedeiro da doença é necessário a eliminação 
das plantas infectadas para que não se transmita a doença para as culturas de interesse 
agronômico. 
 
16 
 
Classificação conforme grupo de doenças: 
Grupo V (Manchas, ferrugens, oídios e míldios). 
Bibliografia: 
L. Amorim et al. Manual de Fitopatologia Volume 2: Doenças das plantas cultivadas. 
Vol. 2. Minas Gerais: Agronômica Ceres Ltda, 2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
Fotos: 
Imagem 9: Estrutura de Oidium. 
 
Fonte: Chim, M.R 2019 
 
Imagem 10: Folha de serralha atacada por Oidium. 
 
Fonte: Chim, M.R. 2019 
 
18 
 
4.2 Oídio (Oidium) 
 
Hospedeiro: 
Radite (Cichorium intybus) 
Etiologia: 
 O fungo Oidium caracteriza-se por apresentar conídios elípticos, hialinos, 
crescendo em cadeia sobre conidióforos curtos, não ramificados, produzidos em micélio 
superficial. A absorção dos nutrientes do hospedeiro é feita via haustórios, emitidos pelas 
hifasseptadas e bastante ramificadas. Em geral, temperaturas elevadas são mais 
favoráveis à ocorrência da doença, mas chuvas pesadas podem danificar o micélio 
superficial e os conidióforos, desfavorecendo o desenvolvimento do patógeno 
Sintomas: 
 Na superfície da planta, forma-se uma fina camada de micélio e esporos (conídios) 
pulverulentos que, de pequenos pontos brancos formados da frutificação assexuada do 
fungo. 
Quadro sintomatológico: 
 O sintoma mais comum é o aspecto pulverulento de cor branca a cinza, podem 
cobrir toda a parte aérea da planta. Nas folhas, com o passar dos dias, a coloração 
branca do fungo muda para cor castanho-acinzentada, dando a aparência de uma 
cobertura de sujeira nas duas faces da folha. Sob condição de infecção severa, a 
cobertura de micélio e a frutificação do fungo impedem a fotossíntese e as folhas secam 
e caem prematuramente. 
Controle: 
 É uma doença sem muita importância, porque pode ser controlada facilmente 
com fungicidas registrados para o controle de oídio. Produtos a base de enxofre e 
benomyl estão entre os recomendados. 
 
 
 
19 
 
Classificação conforme grupo de doenças: 
Grupo V (Manchas, ferrugens, oídios e míldios). 
 
Bibliografia: 
L. Amorim et al. Manual de Fitopatologia Volume 2: Doenças das plantas cultivadas. 
Vol. 2. Minas Gerais: Agronômica Ceres Ltda, 2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
Fotos: 
Imagem 11: Estrutura de Oidium. 
 
Fonte: Chim, M.R. 2019 
 
Imagem 12: Superfície da folha atacada por Oidium. 
 
Fonte: Plantix 
 
 
 
 
21 
 
4.3 Varíola (Asperisporium caricae ) 
 
Hospedeiro: 
Mamoeiro (Carica papaya) 
 
Etiologia: 
O fungo Asperisporium caricae é o agente da varíola. Apresenta estroma subepidérmicos 
com 60 x 200 mm de diâmetro e 60-80 mm de altura, produzindo conidióforos 
fasciculados, eretos e septados com 40-45 µm de comprimento. Os conídios são 
piriformes ou oblongos com dimensões de 10-24 x 8-10 mm, escuros, equinulados e 
bicelulares. Os esporos são disseminados pelo vento a longas distâncias. Respingos de 
chuva e água de orvalho também contribuem para a disseminação 
Sintomas: 
 O desenvolvimento da planta, principalmente as mais novas, pode ser afetado 
quando a incidência da doença for muito elevada. Nos frutos, inicialmente, aparecem 
áreas circulares encharcadas, que evoluem para pústulas marrons e salientes, podendo 
atingir 5 mm de diâmetro. Estas lesões não atingem a polpa do fruto, causando apenas um 
endurecimento da casca na parte afetada. Porém, tais sintomas desvalorizam o produto 
para o comércio. As folhas são afetadas, aparecendo manchas marrons de no máximo 4 
mm de diâmetro, circundadas por um halo clorótico. A frutificação do fungo, pulverulenta 
e escura, ocorre na página inferior da folha, dando à mancha um aspecto cinzento a preto. 
Quadro sintomatológico: 
As lesões na folha são manhas marrons, circulares, rodeadas por um bordo 
marrom-escuro. Ao aumentarem de tamanho, atingem 4 mm de diâmetro, ocupando uma 
grande área na lâmina foliar. 
Controle: 
 Geralmente, em campos comerciais de produção, não são necessárias 
pulverizações específicas contra este patógeno, pois as medidas recomendadas para o 
controle de podridões pós-colheita são suficientes para suprimir o desenvolvimento desta 
doença. 
22 
 
Classificação conforme grupo de doenças: 
Grupo V (Manchas, ferrugens, oídios e míldios) 
Bibliografia: 
L. Amorim et al. Manual de Fitopatologia Volume 2: Doenças das plantas cultivadas. 
Vol. 2. Minas Gerais: Agronômica Ceres Ltda, 2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
Fotos: 
Imagem 13: Estrutura de Asperisporium caricae. 
 
Fonte: Chim, M.R. 2019 
Imagem 14: Folha do mamoeiro atacada por Asperisporium caricae. 
 
Fonte: Chim, M.R. 2019 
 
 
24 
 
5 Nematoides 
 
5.1 Nematoides em alface (Meloidogyne sp) 
 
Hospedeiro: 
Alface (Lactuca sativa) 
Etiologia: 
De corpo globoso e região anterior formando “pescoço”, a fêmea do Meloidogyne 
deposita todos os ovos em um único local da raiz, originando um aglomerado ou massa. 
Os ovos mantem-se unidos devido à presença de substância aderente secretada pelas 
glândulas retais da fêmea, que flui através do ânus durante a oviposição. As massas são 
formadas em meio ao parênquima cortical ou sobre a superfície das rízes, podendo conter 
mais de 400 ovos. No interior dos ovos, há juvenis do 1° estágio (J¹), que ali sofrem a 
primeira ecdise, originando juvenis do 2° estágio (J²). São estes, chamados J² pré-
parasitas, que eclodem e abandonando os ovos, passam a migrar à procura de raízes de 
um hospedeiro favorável constituindo e estádio infectante. Penetrando na raiz da planta 
hospedeira, estabelece seu sítio de alimentação formado por células hipertrofiadas. Até 
atingir a fase adulta passa por mais duas ecdises, a fase J3 e J4 que é desprovido de estilete 
bucal. Posteriormente ocorre a última ecdise formando os adultos com os estiletes 
regenerados, sendo que as fêmeas de algumas espécies geralmente se reproduzem apenas 
por partenogênese. 
Sintomas: 
Os nematoides causam sintomas diretos, nos órgãos vegetais subterrâneos, como 
formação de galhas, redução no volume do sistema radicular ou excesso de raízes laterais, 
rachaduras e raízes digitadas, além de causar sintomas reflexos como desuniformidade de 
plantas, geralmente em reboleiras, plantas amareladas, pequenas, murchamento das 
plantas e consequentemente redução da produção. 
Quadro sintomatológico: 
Os problemas causados pelos nematoides começam a apresentar seus primeiros 
sintomas na parte aérea da planta. Normalmente, os ataques dos nematoides ocorrem em 
reboleiras, causando menor crescimento das plantas, amarelecimento das folhas, 
25 
 
murchamento, clorose e menor produção devido à dificuldade para retirar água e 
nutrientes do solo. Nas raízes das plantas atacadas por nematoides, os sintomas costumam 
ser específicos a cada espécie, como formação de nódulos, engrossamento de raízes 
formação de raízes raquíticas, lesões, entre outros. 
Controle: 
Para controle dos nematoides se exige tratos culturais como rotação de culturas, 
utilização de variedades resistentes, aplicação de nematicidas de controle biológico ou 
químico, evitar a introdução de nematoides em áreas isentas e outras medidas como 
solarização, plantio de culturas armadilhas entre outros. 
Classificação conforme grupo de doenças: 
Grupo VI (Carvões, galhas e viroses). 
Bibliografia: 
Da Silva, J.B.C; et al. Doenças – Nematóides. Embrapa Hortaliças. Brasília-DF, 2006. 
Disponível em: https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Tomate/To 
mateIndustrial_2ed/doencas_nema.htm 
L. Amorim et al. Manual de Fitopatologia Volume 2: Doenças das plantas cultivadas. 
Vol. 2. Minas Gerais: Agronômica Ceres Ltda, 2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
Fotos: 
Imagem 14: Raízes atacadas por Meloidogyne sp. 
 
 
Fonte: Agrolink 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
6 Oomycota 
 
6.1 Míldio (Hyaloperonospora brassicae) 
 
Hospedeiro: 
Nabo forrageiro (Brassica rapa) 
Etiologia: 
É um parasita obrigatório, cresce intercelularmente nos tecidos do hospedeiro, 
através de hifas cenocíticas, emitindo haustórios globosos no interior das células 
parasitadas. A reprodução assexual ocorre através dos estômatos, com a emissão dos 
esporanginóforos ramificados monopodialmente, que produzem esporângios ovalados e 
hialinos. A formação dessas estruturas ocorre preferencialmente com a temperatura 
variando de 17°C a 22°C. A fase sexuada ocorre dentro dos tecidos do hospedeiro, os 
oósporos são liberados durante o inverno. Sua disseminação ocorre por pingos de chuva 
e pelo vento. Os oósporos germinam na presença de água e formam zoósporos que iniciam 
a infecção primária. 
Sintomas: 
Nas folhas, os sintomas são caracterizadospor manchas circulares, úmidas e 
cloróticas, que posteriormente evoluem para lesões irregulares e necróticas, com a 
presença típica de frutificações branco-acinzentada na face inferior das mesmas. 
Quadro sintomatológico: 
 Na fase sementeira, ataca afetando a formação dos cotilédones e das mudas. Nas 
plantas adultas, dependendo das condições ambientais, o patógeno provoca sérios 
prejuízos, pois afeta as folhas. Mas é na fase reprodutiva, quando o fungo infecta a 
inflorescência, que os danos são maiores. 
Controle: 
 A eliminação dos restos culturais, rotação de culturas utilizando plantas não 
susceptíveis e a utilização de sementes sadias são práticas que auxiliam no controle da 
doença. Além disso, recomenda-se evitar a elevada densidade de plantas, principalmente 
nas sementeiras, assim como a irrigação por aspersão e os locais com excesso de 
28 
 
sombreamento. Realizar pulverizações com fungicidas protetores e/ou sistêmicos, 
registrados para a cultura. 
Classificação conforme grupo de doenças: 
Grupo V (Manchas, ferrugens, oídios e míldios). 
Bibliografia: 
FITOCON. Doenças das Brássicas – Míldio. Fitocon – Consultoria Fitossanitária. 
Biguaçú – SC, 2017. Disponível em: https://www.manejebem.com.br/doenca/doenca-das-
brassicas-mildio 
L. Amorim et al. Manual de Fitopatologia Volume 2: Doenças das plantas cultivadas. 
Vol. 2. Minas Gerais: Agronômica Ceres Ltda, 2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fotos: 
Imagem 15: Estrutura de Hyaloperonospora brassicae. 
 
 
Fonte: Chim, M.R. 2019. 
Imagem 16: Parte superior/inferior da folha atacada por Hyaloperonospora brassicae. 
 
 
Fonte: Sampaio, J. 2016 
 
 
30 
 
 
 
7 Vírus 
 
7.1 Nanismo amarelo do trigo (Barley yellow dwarf vírus – BYDV) 
 
Hospedeiro: 
Trigo (Triticum) 
Etiologia: 
O agente causal da doença é Barley yelloow dwarf vírus (BYDV), tendo como 
principal vetor os afídeos (pulgões), principalmente Rhopalosiphodum padi, R. maydis, 
Sitobium avenae e Schizaphis graminum. As estirpes do vírus são relatadas em uma ampla 
gama de hospedeiros da família Poaceae. A transmissão do vírus pelo afídeo é estiletar 
ou não persistente. O tempo de transmissão é de aproximadamente 24 – 48 horas. 
Temperaturas em torno de 25 – 30 °C, normalmente no final do ciclo de cultivo, 
favorecem a transmissão. 
Sintomas: 
 A contaminação pelo vírus do nanismo do trigo causa sintomas severos incluindo 
plantas atrofiadas, aspecto arbustivo e número reduzido de folhas e perfilhamentos. As 
folhas apresentam veios de clorose que mais tarde podem cobrir toda a folha. Menos 
espigas se formam e as existentes são estéreis ou atrofiadas. 
Quadro sintomatológico: 
 Geralmente ocorre o amarelecimento do limbo foliar, mas, dependendo da 
cultivar, outras tonalidades mais avermelhadas podem ser observadas. Além da alteração 
da cor, ocorrem modificações morfológicas, com o limbo foliar adquirindo aspecto 
lanceolado e tornando-se mais rígido. O conjunto destas alterações morfo-fisiológicas 
pode levar ao atraso no desenvolvimento da planta e tornar a planta menos capaz de 
suportar estresses ambientais, como o déficit hídrico. A diminuição da produtividade é 
decorrente da redução do número e do peso dos grãos. A expressão dos sintomas é 
variável e depende do nível de suscetibilidade e tolerância da cultivar e da época em que 
31 
 
as plantas foram infectadas. Quanto mais cedo ocorrer a infecção, mais severos tendem a 
ser os sintomas. 
 
Controle: 
O controle da doença é realizado através de tratamentos com tratos culturais, 
produtos químicos e/ou biológicos. Anos de invernos secos e com temperaturas elevadas 
favorecem as populações de afídeos, permitindo aumento da incidência da virose. O 
controle biológico, realizado principalmente por espécies de vespinhas. O controle 
químico pode ser realizado no tratamento de sementes e em aplicações na parte aérea. Os 
níveis de ação preconizados são 10% das plantas com afídeos nas fases vegetativas e dez 
pulgões por afilho/espiga nas fases reprodutivas. 
Classificação conforme grupo de doenças: 
Grupo VI (Carvões, galhas e viroses). 
Bibliografia: 
L. Amorim et al. Manual de Fitopatologia Volume 2: Doenças das plantas cultivadas. 
Vol. 2. Minas Gerais: Agronômica Ceres Ltda, 2016. 
Lau, Douglas. Viroses no trigo. Embrapa trigo. Passo Fundo-RS. Disponível em: 
https://www.grupocultivar.com.br/artigos/viroses-no-trigo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fotos: 
Imagem 17: Espiga de trigo com nanismo. 
 
 
Fonte: Chim, M.R. 2019

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