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Sujeitos 2

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Direito das Partes
Direito de acesso à Justiça: se dá segundo a
garantia do devido processo legal e seus
consectários enunciados na Lei Magna e nas leis
processuais que a complementam.
→ O CPC elenca uma série de poderes e
deveres do juiz, como o de assegurar o
tratamento igualitário das partes,
velar pela duração razoável do
processo, prevenir ou reprimir atos
contrários à dignidade da justiça, etc.
Direito especial dos litigantes idosos e
portadores de doenças graves
→ O CPC instituiu, por meio do art.
1.048, I, o direito dos litigantes
idosos a uma preferência de tramitação,
a ser observada em iguais ou superiores
a 60 anos. Também consta, no Estatuto
do Idoso (Lei 10.741/2003, art. 71).
→ Essa regra beneficia tanto o autor
como o réu. Uma vez requerido o favor
legal do idoso, mediante petição
acompanhada da prova de sua condição,
caberá ao juiz ordenar ao cartório as
providências tendentes a fazer com que
o andamento do feito tenha preferência
sobre os demais (art. 1.048, § 1º).
→ Mesmo que o idoso venha a falecer
antes do julgamento da causa, a
tramitação preferencial continuará
prevalecendo em benefício do cônjuge
supérstite, companheiro ou companheira,
em união estável (art. 1.048, § 3º).
→ O novo Código equiparou ao idoso o
portador de doença grave, de modo que o
benefício da tramitação preferencial se
aplica indistintamente a ambos (art.
1.048, I). A tramitação
privilegiada vale tanto nos
processos contenciosos como
nos procedimentos de jurisdição
voluntária.
→ Concedida a prioridade pelo juiz da
causa, os autos deverão receber
identificação própria que evidencie o
regime de tramitação prioritária (art.
1.048, § 2º)
Direito especial dos litigantes crianças e
adolescentes
→ O Código novo estabeleceu, também,
prioridade de tramitação aos
procedimentos regulados pelo Estatuto
da Criança e do Adolescente (Lei 8.069,
de 13 de julho de 1990) (art. 1.048,
II).
→ Importante ressaltar que a tramitação
prioritária não depende de deferimento
pelo órgão jurisdicional, é garantia de
observância imediata e automática, que
decorre da prova da condição de
beneficiário (art. 1.048, § 4º).
DESPESAS E MULTAS
→ A prestação da tutela jurisdicional é
serviço público remunerado, a não ser
nos casos em que o Estado concede à
parte o benefício da “assistência
judiciária” (Lei 1.060, de 05.02.1950;
CPC, arts. 98 a 102).
→ Fora a exceção legal, “incumbe às
partes prover as despesas dos atos que
realizarem ou requererem no processo”
(art. 82).
→ Compreendem custas e todos os demais
gastos efetuados com os atos do
processo, como indenização de viagem,
diária de testemunha e a remuneração de
perito e assistentes técnicos (art.
84).
Custas: verbas pagas aos serventuários da
Justiça e aos cofres públicos, pela prática de ato
processual conforme a tabela da lei ou regimento
adequado. Pertencem ao gênero dos tributos, por
representarem remuneração de serviço público.
Despesas: todos os demais gastos feitos pelas
partes na prática dos atos processuais, com
exclusão dos honorários advocatícios, que
receberam do novo Código tratamento especial
(art. 85).
a) Antecipação das despesas
→ Ônus processual de pagar
antecipadamente as despesas dos atos
que realizar ou requerer, em curso do
processo (NCPC, art. 82, caput).
→ Ao autor incumbe o ônus de adiantar
as despesas relativas aos atos cuja
realização for determinada pelo juiz ou
a requerimento do Ministério Público
(art. 82, § 1º).
→ Cumpre ao autor, também, efetuar o
preparo inicial, logo após a
propositura da ação (art. 290).
→ O descumprimento do ônus financeiro
processual, pelo não pagamento
antecipado das
despesas respectivas, conduz à não realização do
ato, em prejuízo da parte que o requereu.
ex: se requereu o depoimento de testemunha,
mas não depositou a verba necessária para a
devida intimação, a diligência não será praticada
e a audiência será realizada sem a coleta do
depoimento.
→ No tocante à antecipação das despesas
de perícia, dispõe o art. 95 e
parágrafos.
→ Na eventualidade de adiamento ou de
repetição de ato processual, por culpa
da parte, órgão do Ministério Público
ou juiz, as despesas ficarão a cargo do
que houver dado causa ao adiamento
(art. 93).
→ Não se sujeitam ao ônus de
antecipação de preparo a Fazenda
Pública e o Ministério Público (art.
91, caput).
b) A sucumbência e as obrigações financeiras do
processo
→ Diversa do ônus de antecipar as
despesas dos atos processuais é a
obrigação que resulta para a parte
vencida de ressarcir à vencedora todos
os gastos que antecipou - art. 82, §
2º, do NCPC antecipou”.
Art. 85: condenação do vencido a pagar
honorários ao advogado do vencedor. São
também devidos honorários de advogado na
reconvenção, no cumprimento de sentença,
provisório ou definitivo, na execução, resistida ou
não, e nos recursos interpostos, cumulativamente
(art. 85, § 1º).
→ Qualquer que seja a natureza
principal da sentença – condenatória,
declaratória ou constitutiva – conterá
sempre uma parcela de condenação, como
efeito obrigatório da sucumbência.
Nessa parte formará, portanto, um
título executivo em favor do que ganhou
a causa (autor ou réu, pouco importa).
→ O Código adotou o princípio da
sucumbência, que consiste em atribuir à
parte vencida na causa a
responsabilidade por todos os gastos do
processo.
→ O CPC prevê a condenação do vencido
ao pagamento das despesas antecipadas
pelo vencedor, bem como dos honorários
de seu advogado, como ato integrante da
sentença (arts. 82, § 2º, e 85).
→ Se vários forem os litigantes
sucumbidos, o que ocorre nos casos de
litisconsórcio, os vencidos responderão
pelas despesas e honorários em
proporção (art. 87). Cada sucumbente
será responsabilizado, assim, na medida
do interesse que tiver no objeto da
decisão.
________________________________________________
Ressalvas aos efeitos da sucumbência:
→ Se o processo terminar por
desistência, renúncia ou reconhecimento
do pedido, as despesas e os honorários
serão pagos pela parte que desistiu,
renunciou ou reconheceu (art. 90).
→ Se a desistência, a renúncia ou o
reconhecimento for parcial, a
responsabilidade pelas despesas e pelos
honorários será proporcional à parte de
que se desistiu, se renunciou ou que se
reconheceu (art. 90, § 1º).
→ Se as partes transigirem, extinguindo
o litígio, a sucumbência seguirá os
termos do acordo celebrado. Contudo, se
as partes não dispuserem sobre as
despesas na transação, deverão elas ser
divididas igualmente (art. 90, § 2º).
Sendo a transação realizada antes da
sentença, as partes ficarão dispensadas
do pagamento das custas processuais
remanescentes, se houver (art. 90, §
3º).
→ Prestigiando os princípios da boa-fé
e da cooperação processual, o CPC
determina, ainda, que, se o réu
reconhecer a procedência do pedido e,
simultaneamente, cumprir, de forma
integral e espontânea, a prestação
reconhecida, os honorários advocatícios
serão reduzidos pela metade (art. 90, §
4º).
→ Não basta, portanto, que o réu dê sua
adesão ao pedido do autor. Para que os
encargos dos honorários sejam
reduzidos, é indispensável que se
proceda ao mesmo tempo ao
reconhecimento do direito e ao imediato
pagamento, espontâneo e integral, da
prestação reconhecida.
→ Não se pode falar em sucumbência nos
procedimentos de jurisdição voluntária,
por inexistência de litígio e de parte.
Assim, o requerente adiantará o
pagamento de todas as despesas, mas
terá direito de rateá-las entre os
demais interessados (art. 88).
→ Nos casos em que o processo for
extinto, sem resolução do mérito, a
requerimento do réu, o autor não poderá
propor novamente a ação sem pagar ou
depositar em cartório as despesas e
honorários a que foi condenado (art.
92).
_________________________________________________
Extinção do processo por perda do objeto:
hipótese freqüente: extinção do processo que, por
fato superveniente, sofre perda do respectivo
objeto, fazendo desaparecer o interesse do autor
no julgamento do mérito da causa. Quando isso
se dá, por fato imputável ao réu, como, por
exemplo, no pagamento voluntário da dívida
ajuizada,ele será responsável pelos honorários
de sucumbência, pela simples razão de que foi o
causador do litígio, ficando, outrossim,
reconhecida de sua parte, implicitamente, a
procedência inicial do pedido do autor (art. 85, §
10).
Sucumbência recíproca: quando o autor sai
vitorioso apenas em parte de sua pretensão.
Tanto ele como o réu serão, pois, vencidos e
vencedores, a um só tempo. Nesses casos, “serão
proporcionalmente distribuídas entre eles as
despesas” (art. 86).
→ Calcula-se o total dos gastos do
processo e estes são divididos entre os
litigantes na proporção em que se
sucumbiram.
→ A compensação dos honorários, foi
expressamente vedada pelo código atual,
na parte final do § 14 do art. 85.
Reconheceu o
Código que os honorários de sucumbência
constituem direito autônomo do advogado, e não
da parte.
→ Assim, na sucumbência recíproca, cada
advogado receberá a verba honorária
calculada integralmente sobre a parte
em que seu cliente saiu vitorioso.
→ Honorários Advogados – art. 85 e
parágrafos.
Justiça Gratuita – art. 98 ao 102
→ Lei 1.060/50
→ Parte revogada pelo CPC/15
Forma de requerer a gratuidade:
● na petição inicial;
● na contestação;
● na petição de ingresso de terceiro;
● no recurso;
● por simples petição.
Forma de impugnar a gratuidade: A impugnação
será nos próprios autos, inexistindo peça própria
para isso. Ou seja, conforme a petição que a parte
tiver de apresentar, em seu bojo, será aberto um
tópico para impugnar a gratuidade deferida pelo
juiz.
Especificação de quais despesas estão
abrangidas pela gratuidade: entre outras
I –custas judiciais;
II – despesas com correio;
III – despesas com publicação na imprensa oficial
(dispensada a publicação em outros meios de
comunicação); (…)
V – custo do exame de DNA e de “outros exames
considerados essenciais” (novidade – que poderá
ser realizado por hospital público, nos termos do
art. 95, § 3º);
VI – honorários de advogado, perito, intérprete ou
tradutor; (…)
VIII – depósitos devidos “para interposição de
recurso, propositura de ação e para a prática de
outros atos processuais inerentes ao exercício da
ampla defesa e do contraditório”
→ Permissão para o juiz indeferir a
gratuidade requerida pela parte: art.
99, §1 se houver nos
autos elementos que evidenciem a falta dos
pressupostos legais para a concessão da
gratuidade.
→ Justiça gratuita para a parte
patrocinada por advogado particular?
§3ª. 99 – forma expressa.
→ Indeferimento da Justiça Gratuita:
art. 101, agravo de Instrumento.
Dos Procuradores
Art. 103: necessidade das partes estarem
representadas por advogado para atuar em juízo,
ressalvadas as exceções previstas em lei, como,
por exemplo, no âmbito dos Juizados Especiais
(art. 9º, § 1º, da Lei n. 9.099/95 e art. 10 da Lei n.
10.259/2001).
Art. 104: possibilidade de atuação sem
procuração para evitar preclusão, prescrição,
decadência e ato de urgência.
§ 1º: prazo para juntada posterior da procuração.
§ 2º: atos não ratificados, ou seja, se a
procuração não é apresentada, os atos serão
considerados ineficazes em relação àqueles em
cujo nome foram praticados. O dispositivo ainda
sujeita o advogado ao pagamento das despesas
e estabelece sua responsabilidade por eventuais
perdas e danos decorrentes de seu ato (ou
omissão).
Art. 105:
→ Exigências dos §§ 1º a 4º
→ Formas de assinatura; identificação
completa ao advogado exigência de
endereço completo (entende a maioria
dos intérpretes pela indicação de
endereços físico e eletrônico); se
integrar sociedade, também da
sociedade.
→ Expressa previsão de que a procuração
vale para todas as fases do processo,
ressalvada a possibilidade de
outorgante e outorgado disporem
diferentemente (§ 4º).
Art. 106: atuação em causa própria;
Art. 107: Direitos do advogado;
Da Sucessão das partes e dos
procuradores
Art. 108 a 110: Difere da substituição processual
(legitimação extraordinária) da regra do art. 18,
CPC.
Art. 108: traz a sucessão inter vivos;
Art. 110: traz a sucessão causa mortis;
→ Terceira pessoa assume o lugar de um
dos litigantes, tornando-se parte da
relação jurídica processual.
Regra: após a citação não pode haver alteração
voluntária das partes, salvo nos casos que a lei
permite (art. 108, CPC).
→ Art. 108 (sucessão inter vivos): com a citação
válida, a coisa ou o direito disputado entre os
litigantes passa a ser litigioso. E continuará sendo
até a conclusão definitiva do processo, até o
trânsito em julgado.
Exceção: Se houver autorização da parte
contrária (art. 109 §1º) o alienante ou cedente
são sucedidos pelo adquirente ou cessionário.
→ Se a parte contrária não autorizar o
alienante ou o cedente continuam como
parte, mas agora litigando pelo
interesse do adquirente ou cessionário
– aí é uma legitimação extraordinária
ou substituição processual.
→ Art. 110 (sucessão causa mortis): as partes,
em caso de falecimento, serão sucedidas pelo
espólio ou pelos herdeiros. Ex: herdeiro passa a
ser o novo autor ou o novo réu, na ação em que
ocorreu o falecimento do litigante originário.
Exceção: a morte de uma das partes pode
implicar na extinção do processo, sem resolução
de mérito quando a ação for de caráter
personalíssimo como o divórcio, anulação de
casamento, guarda de filhos, etc.
→ Desde o momento da morte da parte o
processo fica suspenso até a sucessão
processual. Se não houver dúvida sobre
quem sejam os sucessores, ela se fará
desde logo, nos
próprios autos. Se houver dúvida, será necessário
recorrer ao processo de habilitação que está
regulado no art. 687 e ss, do CPC.
→ Remissão feita ao art. 313: significa
que, ocorrendo o falecimento, haverá
suspensão do processo. O § 1º, do art.
313, remete procedimento de habilitação
(arts. 687 e ss.)
→ Se não houver habilitação dos
herdeiros, o magistrado observará as
regras do § 2º do art. 313,
determinando a intimação do espólio, do
sucessor ou dos herdeiros nas condições
lá tratadas (incisos).
Art. 111 (sucessão do advogado)
Parágrafo único: regula o caso de não haver
constituição de novo advogado em quinze dias,
quando haverá suspensão do processo e a
tomada das providências previstas no art. 76 com
vistas a sanar o vício.
Art. 112, § 2º: tendo vários advogados, o
renunciante não precisa comunicar o mandante,
que continuará representado por outro, apesar da
renúncia. A regra alcança também a hipótese de o
renunciante ser advogado substabelecido com
reservas. O substabelecente, neste caso, continua
a representar o mandante, dispensada também a
comunicação referida no caput.
Art. 313, I: suspensão do processo;
Litisconsórcio
→ Art. 113 a 118;
→ O processo na maioria das vezes é
composto de um autor e de um réu.
→ Todavia o CPC admite a possibilidade
de propositura de ação contra
diferentes réus, como também que
diversos autores formulem pretensão
contra o mesmo réu ou contra réus.
→ O litisconsórcio corresponde à
pluralidade de sujeitos (autores/ réus)
no mesmo processo.
→ Significa, assim, a presença de
várias (duas ou mais) pessoas que, em
geral, se reúnem pela comunhão ou
conexidade de interesses (direitos
ou obrigações) sobre o objeto da demanda, com
o intuito de obterem os mesmos resultados;
→ Para que exista o litisconsórcio, é
necessária a presença de qualquer das
hipóteses dos art. 113 do CPC;
→ É uma cumulação subjetiva;
ex: ação proposta pela vítima de um dano contra
dois responsáveis pelo ressarcimento: num
acidente de automóvel, a vítima, que sofreu danos
materiais e pessoais, propõe ação de
ressarcimento contra o motorista do veículo e
também contra o seu proprietário.
→ Justificativa: a adoção da possibilidade de
cumulação subjetiva atende alguns princípios do
processo civil, tais como: economia processual e
segurança jurídica (evita decisões conflitantes).
Tipos de litisconsórcio
a. Quanto à cumulação de sujeitos do processo
● Litisconsórcio ativo: quando há vários
sujeitos que propõem ação contra um
único réu.
● Litisconsórcio passivo: quando ocorre que
um só autor propõe ação contra vários
réus.
● Litisconsórcio misto (bilateral): quando
diversos autores propõemação contra
diversos réus.
b. Quanto ao tempo de duração
● Litisconsórcio inicial: quando formado
logo na propositura da ação.
● Litisconsórcio ulterior: quando é
constituído no curso do processo,
posteriormente à propositura, mediante a
qualquer uma das formas de intervenção
de terceiro, ou no caso de se tratar de
litisconsórcio necessário.
→ Neste caso ocorre uma exceção ao
princípio da perpetuatio legitimationis. (Art.
108 do CPC - procura assegurar o princípio da
estabilidade da instância ou estabilidade
subjetiva da lide).
c. Quanto ao alcance da sentença e seus efeitos
● Litisconsórcio unitário: quando a sentença
a ser proferida pelo juiz deva ser idêntica
para todos os que estejam no mesmo
pólo do processo.
● Litisconsórcio simples: é aquela em que o
juiz é livre para julgar de modo distinto
para cada um dos litisconsortes, os quais
são tratados pela decisão como parte
autônomas (art. 117, CPC).
d. Quanto a sua obrigatoriedade
Litisconsórcio facultativo: nos casos onde não há
sua necessidade nem na formação do processo,
nem no seu andamento. Previsão art. 113, CPC.
→ Nestes casos o autor poderia propor
várias ações isoladamente, contra cada
um dos réus. No caso de litisconsórcio
ativo, os diversos autores poderiam ter
proposto cada um a sua ação,
isoladamente, contra o mesmo réu.
→ No caso de litisconsórcio misto,
poderiam ter várias ações com a
formação de litisconsórcio num dos
pólos ou não.
→ Casos de litisconsórcio facultativo
(art. 113, CPC):
● inciso I: comunhão de direitos ou de
obrigações (é o caso de solidariedade
entre credores ou devedores- art. 264 e
265, CC; ou co-proprietários na defesa do
bem comum – art. 1314, CC);
● inciso II: no caso de direitos e obrigações
decorrerem de idêntico fundamento de
fato ou de direito (motorista e proprietário
de veículo responsável por um acidente
que gerou danos a terceiros)
● inciso III: os titulares de ações conexas
com o mesmo objeto e causa de pedir
(Duas pessoas que tenham sofrido danos
em virtude de um mesmo acidente, podem
ir juntas à juízo).
Litisconsórcio necessário: nos casos em que a lei
exige sua formação no início do processo, pois a
sua não observância pode gerar pena de vício
bastante grave, como: inexistência jurídica,
ineficácia, nulidade absoluta.
→ É a cumulação de sujeitos da relação
processual obrigatória quando a lide
deve ser decidida da mesma forma no
plano do direito material, para todos
os litisconsortes. Depende de previsão
legal. São as hipóteses do art. 114 e
115, CPC.
--. A ausência de qualquer dos litisconsortes
implicará falta de eficácia da sentença que, a
rigor, deveria decidir uniformemente ou não,
conforme se tratasse de caso de litisconsórcio
necessário unitário ou simples.
→ Casos de litisconsórcio necessário:
● por disposição de Lei;
● pela natureza da relação jurídica
controvertida.
Exemplos de litisconsórcio necessário por
expressa disposição de lei:
Ex.1: no pólo passivo da ação de
usucapião deverão estar o sujeito em nome do
qual está registrada a terra que se pretende
usucapir (proprietário) e os confinantes (art. 246,
§3°).
Ex.2: em face dos cônjuges em ações que
versem sobre direitos reais imobiliários, ainda que
pertencentes a um deles (art. 73, §1°).
Art. 115: Conseqüências da não formação de um
litisconsórcio necessário
→ Caso o juiz verifique, no momento do
ajuizamento da demanda, a situação de
litisconsórcio passivo necessário, ele
determinará que o autor promova a
citação de todos os litisconsortes, sob
pena de extinção do processo sem
resolução do mérito (art. 115, §
único).
→ Se o juiz não perceber que era caso
de litisconsórcio necessário e proferir
sentença de mérito, a solução está no
art. 115, I e II):
a) se era caso de litisconsórcio unitário, a
sentença é nula em relação às partes que
participaram ou não do processo.
b) se era caso de litisconsórcio necessário
simples, a sentença será ineficaz apenas para os
que não integraram o contraditório. Então, ela
produzirá seus regulares efeitos entre as partes,
mas será sem efeitos em relação aos possíveis
litisconsortes necessários que não participaram
do processo.
ex: na ação de usucapião em que não esteve
presente um dos confinantes, não produzirá
qualquer efeito em relação a ele, não podendo
prejudicá-lo.
Art. 116: Conceito de litisconsórcio unitário:
será unitário quando, pela natureza da relação
jurídica, o juiz tiver de decidir o mérito de modo
uniforme para todos os litisconsortes.
Art. 117: Regime jurídico do litisconsórcio
→ A atividade ou omissão de qualquer
dos litisconsortes não beneficia ou
prejudica os demais.
→ Essa regra se aplica aos casos de
litisconsórcio facultativo simples e
necessário simples.
→ Não se aplica aos casos de
litisconsórcio unitário, pois como a
sentença deve ser uniforme para todos,
os atos que beneficiarem a um
litisconsorte beneficiarão também aos
demais. Mas, a omissão processual de um
dos litisconsortes não prejudicará os
demais.
→ Art. 229, CPC: Prazos processuais para os
litisconsortes;
Litisconsórcio multitudinário Acontece esse tipo
de litisconsórcio quando há um número excessivo
de litigantes e o juiz decide limitar esta
pluralidade de partes.
→ Isso não ocorre no litisconsórcio
necessário.
→ O juiz pode limitar o número de
litisconsorte, quando o número for
excessivo e comprometer a rápida
solução a lide ou dificultar o
exercício do direito de defesa. Pois,
pode ferir a celeridade processual e o
princípio da economia processual (art.
113, parágrafos).
→ Nenhuma parte é excluída, na verdade
ocorre um desmembramento do processo.

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