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LIVE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NOSSA LIVE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE • A CRFB/88 É O PARÂMETRO PARA O CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE • PRINCÍPIO DA PARÂMETRIA/ PRINCÍPIO DA SUPREMACIA • TODAS AS NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS DEVEM OBSERVÁ-LA • TUDO QUE CONTRARIÁ-LA É INCONSTITUCIONAL, E TUDO QUE MATERIALMENTE COMPATÍVEL É CONSTITUCIONAL. 1ª A Lei Y do Estado Beta obriga pessoas físicas ou jurídicas, independentemente da atividade que exerçam, a oferecer estacionamento ao público, a cercar o respectivo local e a manter funcionários próprios para garantia da segurança, sob pena de pagamento de indenização em caso de prejuízos causados ao dono do veículo. A Confederação Nacional do Comércio procurou seus serviços, como advogado(a), visando obter esclarecimentos quanto à constitucionalidade da referida lei estadual. Sobre a Lei Y, com base na ordem jurídico-constitucional vigente, assinale a afirmativa correta. A É inconstitucional, pois viola a competência privativa da União de legislar sobre matéria concernente ao Direito Civil. B É inconstitucional, pois, conforme a Constituição Federal, compete ao ente municipal legislar sobre Direito do Consumidor. C É constitucional, pois versa sobre matéria afeta ao Direito do Consumidor, cuja competência legislativa privativa pertence ao Estado Beta. D É constitucional, pois, tratando a Lei de temática afeta ao Direito Civil, a competência legislativa concorrente entre a União e os Estados permite que Beta legisle sobre a matéria. GABARITO – A O STF entende ser inconstitucional por violar a competência privativa da União (art. 22), no que se refere à direito civil, bem como por violar a livre iniciativa: "Lei estadual que impõe a prestação de serviço de segurança em estacionamento a toda pessoa física ou jurídica que disponibilize local para estacionamento é inconstitucional, quer por violar a competência privativa da União para legislar sobre direito civil, quer por violar a livre iniciativa". (...) STF. Plenário. ADI 451/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 1º/8/2017 (Info 871) Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; II - desapropriação; III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra; IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; V - serviço postal; VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais; VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores; VIII - comércio exterior e interestadual; IX - diretrizes da política nacional de transportes; X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial; XI - trânsito e transporte; XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; XIV - populações indígenas; XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros; XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões; XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes; XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais; XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular; XX - sistemas de consórcios e sorteios; XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação, mobilização, inatividades e pensões das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais; XXIII - seguridade social; XXIV - diretrizes e bases da educação nacional; XXV - registros públicos; XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza; XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional; XXIX - propaganda comercial. XXX - proteção e tratamento de dados pessoais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 115, de 2022) Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. 2ª O Presidente da República e a Mesa da Assembleia Legislativa propuseram, em conjunto, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) sem a demonstração da pertinência temática. O Ministro Relator, entretanto, indeferiu liminarmente a ADI, sob a alegação de que ambos são legitimados especiais e deveriam comprovar o efetivo interesse na causa. Nesse caso, com base na jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que: A apenas o Presidente precisa comprovar interesse na causa. B a Mesa Assembleia Legislativa precisa comprovar interesse na causa. C ambos precisam comprovar interesse na causa. D nem o Presidente nem a Mesa Assembleia Legislativa precisam comprovar interesse pela causa. RESPOSTA: B A Mesa de Assembleia Legislativa do Estado ou Mesa da Câmara Legislativa do DF, bem como o Governador de Estado/DF e a Confederação Sindical ou Entidade de Classe de âmbito nacional, DEVE demonstrar a pertinência temática na propositura da ADI sendo, portanto, os Legitimados Especiais. LEGITIMADOS PARA O CONTROLE (VIDE TAMBÉM ART.2º DA 9.868/99) Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da Câmara dos Deputados; IV - a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; PT V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; PT VI - o Procurador-Geral da República; VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.PT 3ª O governador do Estado Alfa propôs, perante o Supremo Tribunal Federal, Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), com pedido de tutela cautelar de urgência, para ver confirmada a legitimidade jurídico-constitucional de dispositivos da Constituição estadual, isto em razão da recalcitrância de alguns órgãos jurisdicionais na sua observância. Foi requerida medida cautelar. A partir do caso narrado, assinale a afirmativa correta. A A ADC pode ser conhecida e provida pelo STF, para que venha a ser declarada a constitucionalidade dos dispositivos da Constituição do Estado Alfa indicados pelo governador. B Embora a ADC proposta pelo governador do Estado Alfa possa ser conhecida e julgada pelo STF, revela-se incabível o deferimento de tutela cautelar de urgência nessa modalidade de ação de controle abstrato de constitucionalidade. C A admissibilidade da ADC prescinde da existência do requisito da controvérsia judicial relevante, uma vez que a norma sobre a qual se funda o pedido de declaração de constitucionalidade tem natureza supralegal. D A ADC não consubstancia a via adequada à análise da pretensão formulada, uma vez que a Constituição do Estado Alfa não pode ser objeto de controle em tal modalidade de ação abstrata de constitucionalidade. RESPOSTA: D A ADC não é a correta para uso de controle de constitucionalidade quando se refere a uma norma da Constituição estadual. Neste caso é cabível uma representação de inconstitucionalidade. Quando se trata de uma norma inconstitucional que seja: a) Constituição Federal: LEGITIMADOS: ART. 103 CF/88 COMPETÊNCIA PARA JULGAR: Supremo Tribunal Federal. AÇÃO: ADI, ADC, ADO, ADPF b) Constituição Estadual:LEGITIMADOS: A constituição estadual dispõe sobre os legitimados, podendo ser qualquer órgão, desde que não seja o único. COMPETÊNCIA PARA JULGAR: Tribunal de Justiça. AÇÃO: Representação de Inconstitucionalidade 4ª Em março de 2017, o Supremo Tribunal Federal, em decisão definitiva de mérito proferida no âmbito de uma Ação Declaratória de Constitucionalidade, com eficácia contra todos (erga omnes) e efeito vinculante, declarou que a lei federal, que autoriza o uso de determinado agrotóxico no cultivo de soja, é constitucional, desde que respeitados os limites e os parâmetros técnicos estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Inconformados com tal decisão, os congressistas do partido Y apresentaram um projeto de lei perante a Câmara dos Deputados visando proibir, em todo o território nacional, o uso do referido agrotóxico e, com isso, “derrubar” a decisão da Suprema Corte. Em outubro de 2017, o projeto de lei é apresentado para ser votado. A A superação legislativa das decisões definitivas de mérito do Supremo Tribunal Federal, no âmbito de uma ação declaratória de constitucionalidade, deve ser feita pela via da emenda constitucional, ou seja, como fruto da atuação do poder constituinte derivado reformador; logo, o projeto de lei proposto deve ser impugnado por mandado de segurança em controle prévio de constitucionalidade. B Embora as decisões definitivas de mérito proferidas pelo Supremo Tribunal Federal nas ações declaratórias de constitucionalidade não vinculem o Poder Legislativo em sua função típica de legislar, a Constituição de 1988 veda a rediscussão de temática já analisada pela Suprema Corte na mesma sessão legislativa, de modo que o projeto de lei apresenta vício formal de inconstitucionalidade. C Como as decisões definitivas de mérito proferidas pelo Supremo Tribunal Federal em sede de controle concentrado de constitucionalidade gozam de eficácia contra todos e efeito vinculante, não poderia ser apresentado projeto de lei que contrariasse questão já pacificada pela Suprema Corte, cabendo sua impugnação pela via da reclamação constitucional. D O Poder Legislativo, em sua função típica de legislar, não fica vinculado às decisões definitivas de mérito proferidas pelo Supremo Tribunal Federal no controle de constitucionalidade, de modo que o projeto de lei apresentado em data posterior ao julgamento poderá ser regularmente votado e, se aprovado, implicará a superação ou reação legislativa da jurisprudência. RESPOSTA: D A) FALSO. Embora os efeitos das decisões tomadas em sede de controle concentrado de constitucionalidade possuam, em regra, caráter vinculante e eficácia erga omnes, tais características não alcançam o próprio STF, que poderá futuramente alterar o conteúdo de sua decisão, caso provocado, e o próprio Poder Legislativo, que ficará livre para edição de nova lei ou emenda à Constituição de mesmo objeto. Tal vedação, no bendizer da doutrina constitucional, se faz necessária a evitar a chamada fossilização da Constituição. O erro da assertiva reside, porém, na indicação que deveria haver no caso em tela controle prévio de constitucionalidade por parte do Poder Judiciário, o que não procede - esse só pode ser feito de forma extremamente excepcional; B) FALSO. Não há qualquer vedação a rediscussão da temática na mesma sessão legislativa. O que ocorre é que as eventuais emendas à Constituição posteriores, ainda que contrárias a decisão do Supremo, nascem com presunção de constitucionalidade; C) FALSO. Como já visto nos itens anteriores, não há que se falar em "eficácia contra todos e efeito vinculante"; D) VERDADEIRO. Item compatível como o entendimento doutrinário sobre o tema, conforme explanação nas letras anteriores; 5ª A Lei Z, elaborada recentemente pelo Poder Legislativo do Município M, foi promulgada e passou a produzir seus efeitos regulares após a Câmara Municipal ter derrubado o veto aposto pelo Prefeito. A peculiaridade é que o conteúdo da lei é praticamente idêntico ao de outras leis que foram editadas em milhares de outros Municípios, o que lhe atribui inegável relevância. Inconformado com a derrubada do veto, o Prefeito do Município M, partindo da premissa de que a Lei Z possui diversas normas violadoras da ordem constitucional federal, pretende que sua inconstitucionalidade seja submetida à apreciação do Supremo Tribunal Federal. A partir das informações acima, assinale a opção que se encontra em consonância com o sistema de controle de constitucionalidade adotado no Brasil. A O Prefeito do Município M, como agente legitimado pela Constituição Federal, está habilitado a propor arguição de descumprimento de preceito fundamental questionando a constitucionalidade dos dispositivos que entende violadores da ordem constitucional federal. B A temática pode ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade ou de arguição de descumprimento de preceito fundamental, se proposta por qualquer um dos legitimados pelo Art. 103 da Constituição Federal. C A Lei Z não poderá ser objeto de ação, pela via concentrada, perante o Supremo Tribunal Federal, já que, de acordo com o sistema de controle de constitucionalidade adotado no Brasil, atos normativos municipais só podem ser objeto de controle, caso se utilize como paradigma de confronto a Constituição Federal, pela via difusa. D Os dispositivos normativos da Lei Z, sem desconsiderar a possibilidade de ser realizado o controle incidental pela via difusa, podem ser objeto de controle por via de arguição de descumprimento de preceito fundamental, se proposta por qualquer um dos legitimados pelo Art. 103 da Constituição Federal. RESPOSTA: D ALTERNATIVA A (ERRADA) O Prefeito NÃO é legitimado para propor ADPF (arguição de descumprimento de preceito fundamental) junto ao STF, nos termos do artigo 103 da Constituição Federal. ALTERNATIVA B (ERRADA) NÃO cabe ADI (ação direta de inconstitucionalidade) para impugnar lei municipal. Só cabe ADI em face de lei ou ato normativo FEDERAL ou ESTADUAL, nos termos do artigo 102, inciso I, alínea "a", da Constituição Federal. ALTERNATIVA C (ERRADA) e a D ESTÁ (CORRETA) A ADPF é uma das ações do controle concentrado de constitucionalidade. Além disso, cabe ADPF para impugnar lei municipal, nos termos do artigo 1º, parágrafo único, inciso I, da Lei nº 9.882/1999 (Lei da ADPF): Art. 1o A arguição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público. Parágrafo único. Caberá também arguição de descumprimento de preceito fundamental: I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição; 6ª A 3ª turma, órgão fracionário do Tribunal de Justiça do Estado X, afastou a incidência de parte de uma lei, sem declarar expressamente a sua inconstitucionalidade. Nessa situação hipotética, segundo o entendimento do STF, a decisão da turma: A não violou a cláusula de reserva do plenário, o que ocorreria somente se tivesse sido declarada a inconstitucionalidade da lei. B não violou a cláusula de reserva do plenário, posto que a turma, como órgão especial que é, pode arrogar para si a competência do Órgão Pleno do Tribunal de Justiça do Estado X. C violou a cláusula de reserva do plenário, uma vez que o afastamento da incidência da lei só poderia ocorrer concomitantemente à declaração de inconstitucionalidade desta. D violou a cláusula de reserva do plenário, uma vez que afastou a incidência, ainda que em parte, de lei. RESPOSTA: D Súmula Vinculante 10 do STF Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta a sua incidência no todo ou em parte. Art. 97. Somente pelo voto da maioria absolutade seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. Assim, ficou estipulado na Súmula que, por mais que não seja declarada a inconstitucionalidade de maneira expressa, não pode um órgão fracionário dos tribunais afastar a incidência, no todo ou em parte, de lei ou ato normativo. Tal decisão apenas será possível pela maioria absoluta dos membros, ou dos membros do órgão especial. Note-se que a súmula fala em declaração de inconstitucionalidade em tribunais. Assim, não inclui a declaração de constitucionalidade, e não afeta a decisão proferida por juízes monocráticos. GABARITO • 1-A • 2-B • 3-D • 4-D • 5-D • 6-D CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE • #FICAADICA: • TODAS AS AÇÕES DE CONTROLE CONCENTRADO ADMITEM: • *AMICUS CURIAE • *MEDIDA CAUTELAR • *MODULAÇÃO DOS EFEITOS • *NÃO CABE RECURSO • *NÃO CABE DESISTÊNCIA • E NÃO VINCULAM O STF E NEM O PODER LEGISLATIVO LEMBREM-SE: NENHUM OBSTÁCULO SERÁ GRANDE SE SUA VONTADE DE VENCER FOR MAIOR. #4fs
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