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OS IMPACTOS DA PANDEMIA DO COVID-19 NA FORMAÇÃO DE ACADÊMICOS

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE 
ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA AFONSO COSTA 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM E LICENCIATURA 
 
 
 
 
JANAÍNA QUITO PARETO DE MORAES 
 
 
 
 
 
OS IMPACTOS DA PANDEMIA DO COVID-19 NA FORMAÇÃO DE ACADÊMICOS 
DE ENFERMAGEM: REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NITERÓI/RJ 
2022
JANAÍNA QUITO PARETO DE MORAES 
 
 
 
 
 
OS IMPACTOS DA PANDEMIA DO COVID-19 NA FORMAÇÃO DE ACADÊMICOS 
DE ENFERMAGEM: REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Coordenação do Curso de Graduação em 
Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora de 
Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense 
como requisito parcial à obtenção do título de 
Bacharel e Licenciatura em Enfermagem. 
 
 
 
Orientador (a): Profª Drª Cristina Lavoyer Escudeiro 
 
 
 
 
Niterói,RJ 
2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JANAÍNA QUITO PARETO DE MORAES 
 
 
 
OS IMPACTOS DA PANDEMIA DO COVID-19 NA FORMAÇÃO DE ACADÊMICOS 
DE ENFERMAGEM: REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Coordenação do Curso de Graduação em 
Enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora de 
Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense 
como requisito parcial à obtenção do título de 
Bacharel e Licenciatura em Enfermagem 
 
 
Aprovado em 05 de Janeiro de 2023 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 ________________________________________________________ 
Profa. Dra. Cristina Lavoyer Escudeiro – UFF – Presidente 
 
 
 ________________________________________________________ 
Prof. Dr. Pedro Ruiz Barbosa Nassar- UFF – 1º Examinador 
 
 
 
 _________________________________________________________ 
Profa.Drª Aldira Samantha Garrido Teixeira – UFF – 2º Examinador 
 
 
 
Niterói, RJ 
2022 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço primeiramente a meu mentor espiritual e meus guias, pois sem o apoio e 
zelo destes, seria impossível estar aqui hoje. Minha eterna gratidão a Emmanuel, 
Lucas, Pai Joaquim, Miguel, minha mãe Iansã e meu pai Xangô. 
Agradeço a minha avó Marly por sempre acreditar no meu potencial e fazer tripas 
coração para que fosse possível ver sua neta formada em um curso superior e como 
bônus, na tão sonhada universidade federal. De todo amor que eu tenho, metade foi 
a senhora que me deu vó!. Agradeço ao meu avô Rudis (in memorian) por sempre me 
incentivar com estetoscópios de brinquedo, remédios feitos de suquinho em pó e 
sobretudo por jamais deixar de acreditar que um dia eu me tornaria apta a cuidar de 
seres humanos. Vô, ainda que não esteja fisicamente aqui, para sempre o senhor será 
um pedaço de mim. 
Agradeço aos meus pais e em especial a minha mãe por todo o apoio, dedicação e 
inspiração para que eu me tornasse um ser humano capaz de ajudar o próximo e por 
fazer o possível e o impossível para que fosse uma realidade ver sua filha formada na 
tão sonhada graduação na área da saúde. Mãe, todo o trabalho, todas as noites de 
sono perdidas e todos os bicos não foram em vão, metade do meu ser existe por você, 
essa graduação é nossa!. Pai obrigada por todas as vezes em que se fez presente, 
me acolheu e me resgatou em meio às crises de pânico, sou eternamente grata por 
todos os conselhos e incentivos. 
Agradeço a minha tidinda (tia e dinda) Michele por sempre estar ao meu lado, me 
incentivando e me aconselhando em todas as áreas da minha vida, saiba que a vida 
é mais leve na sua companhia. 
Agradeço aos meus irmãos Marwin e Joana por serem definitivamente a minha âncora 
em todos os momentos da vida, desde todas as lágrimas, surtos e principalmente 
todos os risos. Vocês representam a parte mais importante e mais bonita que 
compõem o meu ser. Muito obrigada por serem os melhores irmãos e amigos que o 
universo poderia me dar, amo vocês até as próximas vidas. 
Agradeço a mulher mais incrível, companheira, noiva e parceira para a vida toda, que 
a graduação pôde me presentear. Gabriela, obrigada por tanto amor, 
companheirismo, paciência, dedicação, afeto e apoio. Me emociona e me deixa 
imensamente feliz poder compartilhar esse momento tão especial e significativo 
contigo. Gratidão por me escolher e sorrir todos os dias para mim. 
Agradeço aos irmãos que a vida me presenteou: Bernardo, Karolina e Rosana, por 
não só serem os melhores amigos, mas também as melhores pessoas desse mundo. 
Obrigada por nunca permitirem que eu desistisse, por todos os momentos bons e ruins 
e principalmente por permitirem que eu faça parte da vida de cada um de vocês. 
Agradeço aos verdadeiros amigos que a graduação me deu: Eliane, Luciana e 
Cristiane, que por muitas vezes foram suporte enquanto eu ainda estava na 
Anhanguera e principalmente fonte de inspiração e resiliência. Agradeço também aos 
amigos que a UFF me deu e que ao longo da graduação foram essenciais para tornar 
tudo mais leve: Milena Stein, Beatriz Saturnino, Bianca, Lewi Soares e Emanuele 
Gomes. 
Agradeço aos amigos que durante esta jornada permitiram-me compartilhar alegrias 
e tristezas mas sobretudo, momentos memoráveis e eternos: Letícia Bispo, Pamela 
Caracciolo, Bebel (meu amor de 4 patas), Kezia Marques, Victoria Rodrigues, Luiza, 
Thiago Claudinha e Tio Ivo. Saibam que cada um de vocês possui grande parte do 
meu coração. 
Agradeço às melhores madrinhas que essa universidade me proporcionou, por todo 
apoio, conselho, materiais e principalmente “socorros” jamais presenciados nesse 
país. Jennifer Honorato, Ana Lamdin e Mirian Lima, vocês foram de longe um dos 
melhores presentes que essa graduação me deu. 
Gratidão a vida, ao universo e todas as circunstâncias que permitiram-me concluir 
essa graduação, ainda que com dificuldades inimagináveis, toda e qualquer vírgula 
foram necessárias para moldar quem sou hoje, com orgulho e muita cor. Agradeço a 
mim mesma por não desistir de quem sou e por ser mais resiliente a cada tombo. 
Minha mais sincera gratidão à professora, amiga, orientadora, exemplo de profissional 
e ser humano: Cristina Escudeiro, por absolutamente toda a graduação ter feito com 
excelência muito mais do que o papel de professora e Coordenadora de Graduação 
na Escola de Enfermagem. Cris obrigada por cada conselho, por cada puxão de 
orelha, por cada momento em que muitas vezes você foi mãe, amiga e suporte. Não 
existem palavras capazes de demonstrar ou mensurar tamanha gratidão e admiração 
que tenho por você. Você é luz! 
Agradeço a professora Marcela Pimenta por ser exemplo de profissional que desejo 
me tornar. Aos professores da disciplina de gerência: Pedro, Maritza e Mirian por todo 
o aprendizado e impacto que fizeram em minha jornada acadêmica e também como 
monitora, para que eu tivesse a oportunidade de agregar ainda mais conhecimento, 
no intuito de me tornar uma excelente profissional. 
Por último mas não menos importante, agradeço a banca por sua disponibilidade, 
aceitação ao convite e principalmente por todo conhecimento que me foi agregado 
nesta defesa. Obrigada Samantha e Pedro por todo carinho e dedicação!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aos meus irmãos, Marwin e Joana que representam a parte mais bonita em mim. 
A todos aqueles que um dia pensaram em desistir… Vocês não estão sós, continuem! 
 
 
RESUMO 
 
O presente estudo teve como tema os impactos da pandemia do Covid-19 na 
formação de acadêmicos de Enfermagem. Por meio deste estudo, objetivou-se 
discutir acerca do impacto causado pela pandemia do COVID-19 na formação dos 
acadêmicos de enfermagem. A metodologia tem como base a revisão integrativa de 
literatura, realizada no período de janeiro a dezembro de 2022, com os descritores: 
pandemia, acadêmicos, enfermagem e Covid-19. Foram selecionados 6 artigos e 
categorizados de acordo com suas características. Para compor a discussão dos 
dados, os estudos foram agrupados em 2 categorias: 1- Os impactos físicos e 
psicossociaisda Pandemia do Covid-19 nos acadêmicos de Enfermagem e 2- Os 
reflexos da Pandemia do Covid-19 nos moldes da formação acadêmica em 
Enfermagem e suas influências para a vida profissional. A partir das evidências 
coletadas e com o auxílio de artigos internacionais, tornou-se possível afirmar que não 
só no Brasil mas na maioria dos países, a pandemia do Covid-19 fez mais do que 
vítimas na disseminação do vírus, uma vez que esta deixou rastros e marcas na 
formação profissional do acadêmico de enfermagem. A prevalência e o aumento dos 
transtornos psicossociais em acadêmicos de enfermagem neste momento de 
pandemia, deixa em evidência um alerta para as universidades, a respeito da 
necessidade da criação de medidas de assistência e apoio psicossocial, não apenas 
no momento de pandemia, mas em todo o curso da graduação. 
Palavras-chave: pandemias; saúde mental; Covid-19; acadêmicos de enfermagem; 
enfermagem; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The present study had as its theme the impacts of the Covid-19 pandemic on the 
education of nursing students. This study aimed to discuss the impact of the Covid-19 
pandemic on the education of nursing students. The methodology is based on an 
integrative literature review, carried out from January to December 2022, with the 
descriptors: pandemic, academics, nursing, and Covid-19. Six articles were selected 
and categorized according to their characteristics. To compose the discussion of the 
data, the studies were grouped into 2 categories: 1- The physical and psychosocial 
impacts of the Covid-19 Pandemic on nursing students and 2- The reflections of the 
Covid-19 Pandemic in the patterns of academic training in nursing and its influences 
on professional life. From the evidence collected and with the help of international 
articles, it became possible to state that not only in Brazil but in most countries, the 
Covid-19 pandemic has done more than victims in the spread of the virus, since it has 
left traces and marks in the professional training of nursing students. The prevalence 
and increase of psychosocial disorders in nursing students at this time of pandemic 
highlights an alert for universities regarding the need to create measures for 
psychosocial assistance and support, not only at the time of pandemic, but throughout 
the undergraduate course. 
Keywords: pandemics; mental health; Covid-19; nursing students; nursing; 
 
LISTA DE QUADROS 
 
 
Quadro 1 - Distribuição dos artigos incluídos na revisão, obtidos através da pesquisa 
nas bases de dados eletrônicas, Niterói, Rio de Janeiro, 2022, p. 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1- Fluxograma da seleção de artigos incluídos no estudo. p, 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS 
 
BDENF - Base de Dados de Enfermagem 
COVID-19 – Novo coronavírus 
EAD - Ensino a Distância 
ERE - Ensino Remoto Emergencial 
IES - Instituições de Ensino Superior 
LILACS - Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde 
MEC - Ministério da Educação 
MEDLINE - Medical Literature Analysis and Retrieval System Online 
OMS - Organização Mundial da Saúde 
PSM - Promoção a Saúde Mental 
SARS-CoV-2 - Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 
SCIELO - Scientific Electronic Library Online 
UFF - Universidade Federal Fluminense
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO, p. 14 
1.1 TEMA, p. 14 
1.2 MOTIVAÇÃO DO ESTUDO, p. 15 
1.3 OBJETO DE ESTUDO, p. 16 
1.4 QUESTÃO NORTEADORA, p. 16 
1.5 OBJETIVO GERAL, p. 16 
1.6 OBJETIVOS ESPECÍFICOS, p. 16 
1.7 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA, p. 17 
1.8 CONTRIBUIÇÕES DO ESTUDO, p. 17 
 
2 REFERENCIAL TEMÁTICO, p. 18 
2.1 O ENSINO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM, FRENTE À PANDEMIA DO COVID-
19, p. 18 
2.2 A NECESSIDADE DO DESENVOLVIMENTO DE NOVAS METODOLOGIAS DE 
ENSINO DURANTE O CENÁRIO PANDÊMICO, p. 19 
2.3 OS IMPACTOS À SAÚDE MENTAL DOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM EM UM 
CENÁRIO PANDÊMICO, p. 20 
2.4 A FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO E O IMPACTO NO DESENVOLVIMENTO DE SUAS 
HABILIDADES EM UMA FORMAÇÃO PAUTADA NO ENSINO REMOTO EMERGENCIAL, p. 
21 
 
3 METODOLOGIA, p. 23 
3.1 TIPO DE ESTUDO, p. 23 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO, p. 25 
4.1 OS IMPACTOS FÍSICOS E PSICOSSOCIAIS DA PANDEMIA DO COVID-19 NOS 
ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM, p. 28 
 
4.2 OS REFLEXOS DA PANDEMIA DO COVID-19 NOS MOLDES DA FORMAÇÃO 
ACADÊMICA EM ENFERMAGEM E SUAS INFLUÊNCIAS PARA A VIDA PROFISSIONAL, p. 
30 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS, p. 32 
 
6 OBRAS CITADAS, p. 34 
 
7 OBRAS CONSULTADAS, p. 37 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
1.1 Tema 
 
Pandemias são caracterizadas por sua facilidade em espalhar-se rapidamente 
por diversos países em um curto espaço de tempo, bem como por sua facilidade em 
afetar um grande quantitativo de indivíduos. A partir deste conceito e fazendo um 
recorte para o final do ano de 2019, evidencia-se um cenário onde o mundo inteiro 
pôde ter ciência de que um vírus conhecido cientificamente como SARS-CoV-2 e 
pertencente a família do coronavírus, havia sido identificado na China, alastrando-se 
desde então, de forma rápida por diversos locais do mundo, fazendo-se necessário a 
implementação de medidas e protocolos de proteção, contenção e mobilização em 
busca de um tratamento eficaz, com a finalidade de combater o vírus que deu origem 
a uma pandemia (OMS,2020). 
Em fevereiro de 2020 o Brasil teve seu primeiro caso de covid confirmado, e 
após este uma sequência de novos casos surgiram em todas as regiões do país, 
trazendo à tona a preocupação sobre a contaminação e seus riscos (UNASUS,2020). 
Com a chegada da pandemia, diversos setores foram impactados, afetando de várias 
formas a vida de indivíduos distintos, contudo, estudos apontam que a área da 
educação foi uma das áreas que mais sofreu impactos, tornando-se necessário 
reinventar-se para que fosse possível minimizar tais impactos (CONFETAM,2020). A 
partir disso, diante de um cenário pandêmico, surge o Ensino Remoto Emergencial 
(ERE) como uma alternativa análoga à modalidade de ensino presencial antes 
conhecida por estudantes. 
De acordo com a portaria do MEC nº 343, de 17 de março de 2020, dispõe 
sobre a substituição das aulas presenciais por plataformas digitais, no período de 
duração da pandemia do COVID-19. Desta forma, as universidades ao redor do Brasil 
necessitaram migrar suas atividades que antes eram presenciais para o ensino remoto 
com o intuito de manter as atividades e minimizar os impactos causados pela COVID-
19 à educação. Tal movimento culminou em alternativas, bem como o 
desenvolvimento de novas metodologias a fim de abranger da melhor forma a 
formação acadêmica, inclusive a formação na área da saúde, como a da Enfermagem. 
Ainda que as universidades e todo o corpo docente tenha buscado por 
alternativas a fim de manter a qualidade na formação e a permanência do discente na 
graduação em enfermagem, vale ressaltar que durante a graduação o discente se vê 
frente a diversos desafios diários, desde o medo, a insegurança, a ansiedade e até 
mesmo a instabilidade financeira, frente a um cenário pandêmico, pode-se dizer que 
as adversidades e dificuldades são ainda maiores, seja na dificuldade de 
aprendizagem, ao isolamento, a necessidade de conseguir um emprego para se 
manter e conciliar com a graduação, mas sobretudo a insegurança do retorno às 
atividades presenciais e o anseio pelo contato com o paciente, sem que se tenha 
adquirido prática. 
 
1.2 Motivação do Estudo 
 
O interesse pelo tema surgiu primeiramente por minha paixão pela saúde 
mental, uma área a qual me identifiquei desde o primeiro contato na disciplina de 
Promoção à Saúde Mental (PSM), logo no início da graduação. Durante a graduação, 
acredito que o questionamento que mais “assombra” o acadêmicode enfermagem é: 
“Que tipo de profissional irei me tornar?”. Com este questionamento somado à uma 
constante busca por destaque, perfeição, cobranças e principalmente excessivas 
horas de estudo, sobra pouquíssimo tempo para que o discente possa cuidar de sua 
saúde mental. 
A graduação em enfermagem na UFF (Universidade Federal Fluminense) 
possui um currículo onde o discente necessita estar em tempo integral dedicado aos 
seus estudos e formação, a necessidade de trabalhar para manter-se 
financeiramente, por diversas vezes um ambiente de desunião e desarmonia fazendo 
com que o discente seja testado, cobrado e participante de forma indireta, de uma 
disputa por um espaço de destaque. A formação e todo seu processo é sem dúvidas 
um caminho árduo e doloroso, onde o discente necessita mais do que nunca cuidar 
de sua saúde mental e conciliar a sua rotina com os afazeres acadêmicos e pessoais. 
Perceber e sobretudo entender que para tornar-se um bom profissional, e 
principalmente para ter condições de cuidar de seus pacientes, faz-se necessário 
estar com sua saúde mental em dia, afinal, como se tornar um bom enfermeiro, se 
antes mesmo de formar-se o acadêmico se sente indisposto?. Como conseguir manter 
uma boa rotina de estudos se o discente desenvolve depressão e transtorno de 
ansiedade no meio do caminho? Paralelo às dificuldades pré existentes ao longo da 
graduação, vivenciar todos esses processos em um momento pandêmico fez com que 
eu me questionasse não só a respeito da qualidade da formação dos acadêmicos de 
enfermagem, mas também, aos impactos à saúde mental e principalmente a 
estratégias que fossem capazes de minimizá-los. 
 
1.3 Objeto de Estudo 
 
✔ O impacto causado pela pandemia do COVID-19 frente a formação de 
acadêmicos de enfermagem. 
 
1.4 Questão Norteadora 
 
✔ Como a pandemia do COVID-19 impactou a formação dos acadêmicos de 
enfermagem? 
 
1.5 Objetivo Geral 
✔ Discutir o impacto causado pela pandemia do COVID-19 na formação dos 
acadêmicos de enfermagem. 
 
1.6 Objetivos Específico 
 
✔ Identificar o impacto causado pela pandemia do COVID-19 à saúde mental 
dos acadêmicos de enfermagem; 
✔ Discorrer sobre medidas a fim de minimizar o impacto na formação de 
enfermeiros; 
✔ Discutir acerca do alto índice de desenvolvimento de transtorno de ansiedade 
e depressão durante o período de ensino remoto na graduação; 
 
1.7 Justificativa e Relevância 
 
A necessidade e a escassez de estudos que pautem os impactos da pandemia 
do COVID-19 durante a formação acadêmica (no âmbito da enfermagem), bem como 
seus agravos à saúde mental dos acadêmicos de enfermagem. 
 
1.8 Contribuições do Estudo 
 
Para a área do ensino, espera-se que este estudo possa contribuir como uma 
ferramenta de estímulo e estratégia a fim de evidenciar os impactos causados à 
formação acadêmica em enfermagem após o período de ensino remoto emergencial. 
Na perspectiva da pesquisa, espera-se contribuir agregando conhecimento e 
evidenciando dados, a fim de melhorar a qualidade de ensino através da busca de 
novas estratégias, bem como demonstrar a importância da saúde mental do 
enfermeiro desde sua formação, a fim de fomentar novos estudos e projetos na área 
da saúde com o intuito de prevenir o desenvolvimento de transtornos psíquicos e 
depressão. 
 
 
 
2. REFERENCIAL TEMÁTICO 
 
2.1 O ensino de graduação em enfermagem, frente à pandemia do COVID-19 
 
Em um cenário mundial, emerge uma doença de proporções extremas, um 
novo vírus causando doenças e complicações respiratórias, conhecido cientificamente 
por SARS-Cov-2 e popularmente chamado de Coronavírus. Em dezembro de 2019 o 
mundo pôde tomar ciência através das mídias, que na cidade de Wuhan, Hubei na 
China, haviam sido identificados os primeiros casos de COVID-19, e devido a sua 
rápida transmissibilidade de indivíduo para indivíduo, através das vias aéreas, a 
doença passou a ser tratada como um surto em uma província chinesa, tendo o vírus 
disseminado a mais de 200 países (MARQUES et al, 2020). 
Uma pandemia é caracterizada pela rápida disseminação de uma doença em 
um período de tempo, tendo a proliferação de patógenos com potencial epidêmico 
correlacionado ao imenso fator de mortalidade. Sendo assim, pode-se afirmar que sua 
facilidade em espalhar-se por continentes em um curto espaço de tempo é gigantesca, 
e seu abalo pela ocorrência de contágios é capaz de desencadear mudanças sociais 
e econômicas em todo o mundo. Desta forma, não seria pertinente deixar de lado os 
desafios enfrentados na área da educação e no ensino, no que tange a graduação em 
enfermagem (FERREIRA et al, 2020). 
Em um momento onde a saúde e mais precisamente, a educação em saúde 
pode ser vista como um divisor de águas e um fator de extrema relevância, devido a 
necessidade de isolamento social, e a fim de neutralizar a rápida transmissão do vírus 
e conter o alto índice de novos casos, o Ministério da saúde em 19 de março de 2020 
se pronunciou autorizando a substituição das aulas presenciais por aulas que utilizem 
instrumentos tecnológicos de comunicação, forçando os governantes a se reunirem 
com a finalidade de desenvolver táticas e metodologias capazes de suprir as 
necessidades educacionais e principalmente tornar possível a continuidade dos 
estudos de graduandos (CAVALCANTE et al, 2020). 
Levando em consideração que o curso de graduação em enfermagem, por se 
tratar de um curso da área da saúde, e necessitar que o enfermeiro esteja 80% do 
tempo frente ao paciente bem como seu processo de ensino aprendizagem se dar 
através da modalidade de ensino teórico prático, faz-se necessário o desenvolvimento 
de novas medidas capazes de encaixar-se aos moldes das competências 
fundamentais para que futuramente o acadêmico seja capaz de atuar 
profissionalmente atendendo seus pacientes, não deixando de lado a importância da 
construção de estratégias que continuem a torná-lo protagonista de sua formação 
(MARÇAL et al, 2020). 
 
2.2 A necessidade do desenvolvimento de novas metodologias de ensino durante o 
cenário pandêmico 
 
Diante de um cenário pandêmico, em meio ao caos, incertezas e a 
necessidade mais do que nunca de graduar-se, a fim de contribuir e dar suporte a 
crise que a saúde pública vivenciava, surge uma alternativa para os acadêmicos a fim 
de dar continuidade aos estudos que antes havia sido interrompido. Ao se deparar 
com a necessidade de adaptar-se, para “sobreviver”, as instituições de ensino superior 
(IES) seguindo a portaria 2.117 de 6 de dezembro de 2019, do Ministério da Educação 
(MEC) resolvem adaptar seu modelo de ensino ao Ensino Remoto Emergencial 
(ERE), uma alternativa que muito se assemelha ao modelo de Ensino a Distância 
(EAD), mas como o próprio nome já diz, trata-se de uma medida emergencial e não 
permanente (MEC, 219). 
No que diz respeito a esta medida, se enquadram nesta proposta de 
modalidade de ensino apenas disciplinas onde a carga horária não ultrapassasse 40% 
da carga horária total do curso. A partir disso, vale ressaltar que dentre a maioria dos 
cursos das áreas do conhecimento, o Bacharelado em Medicina é o único que não se 
enquadra nesta proposta, mas e no que diz respeito à Enfermagem? (MEC, 219). No 
que tange o curso de Enfermagem, pode-se dizer que fez-se necessário a redução do 
quantitativo de horas diárias por aula, a fim de tornar possível a presença do 
acadêmico em frente ao dispositivo eletrônico, a fim de não tornar prejudicial também, 
seu processo de aprendizagem. 
Paralelo a isso, surge a necessidade do desenvolvimento de medidas a fim 
de facilitar o processo de ensino aprendizagem, como a utilização de ferramentas de 
apoio, a fim de transformar o processo de aprendizagem cada vez mais lúdico, e 
permitir que o acadêmico continue a ser protagonista do seu próprio aprendizado. Vale 
ressaltar que as discussões em sala de aula invertida são de suma importânciapara 
a consolidação da aprendizagem teórico-prática em serviços de saúde (SILVA et al, 
2020). 
Desta forma, pode-se dizer que a pandemia do novo coronavírus trouxe a 
necessidade da implementação de novos modelos educacionais acessíveis para os 
discentes e docentes. Com a implementação desses novos modelos, será possível 
aproveitar ainda mais o tempo, e aprofundar-se em diversas áreas de seu interesse. 
Além disso, o aproveitamento de novas ferramentas e metodologias de ensino que 
surgiram na pandemia demonstra um olhar ainda mais esperançoso sobre novas 
pesquisas que surgirão e sobretudo, novas tecnologias e ferramentas que cada vez 
mais possam aliar-se à educação e suporte em saúde (ARAÚJO et al, 2021). 
 
2.3 Os impactos à saúde mental dos acadêmicos de enfermagem em um cenário 
pandêmico 
 
Com a chegada da pandemia do Covid-19, os acadêmicos de enfermagem 
que antes possuíam diversas atividades diárias em sua grande parte, em tempo 
integral, viram-se em uma situação de isolamento social, e por consequência, surge a 
necessidade da mudança de hábitos sociais. Vale ressaltar que tais mudanças foram 
fatores que contribuíram para o desenvolvimento de transtornos de ansiedade, 
depressão, síndrome do pânico e até medo agorafobia. As mudanças de hábito em 
suma geram preocupações, e as incertezas a respeito da pandemia, tornaram-se 
gatilhos para diversas fobias, expondo os acadêmicos a situações de estresse 
prolongado (GALVÃO et al, 2020). 
Um estudo realizado com acadêmicos de Enfermagem, em um período 
anterior a pandemia evidenciou que a prevalência de ansiedade e depressão eram 
demasiadamente superiores comparados aos da população em geral, por volta de 
36,1% e 28,6%. Desta forma, em uma situação de isolamento e distanciamento social 
como consequência da pandemia, pode-se afirmar que qualquer acadêmico estaria 
ainda mais suscetível a rápidas alterações físicas e emocionais. Paralelo a isso, por 
consequência da pandemia e da necessidade de medidas de prevenção e contenção 
do vírus, aulas foram suspensas e o modelo de ensino antes conhecido, migrou para 
uma modalidade remota de forma emergencial, desencadeando ainda mais incertezas 
e inúmeros problemas relacionados a saúde mental (LEÃO et al, 2018; HODGES et 
al, 2020; MAIA; DIAS, 2020). 
A partir da estadia compulsória em casa, estabeleceu-se diversos 
sentimentos, dos quais oscilaram entre descrença e esperança por dias melhores com 
a chegada do fim da pandemia, bem como sentimentos associados à preocupação, 
ansiedade e ociosidade. Vale ressaltar que tal cenário não colaborou para a realização 
de tarefas, ainda que houvesse conhecimento da existência de plataformas e sites 
gratuitos de capacitação e educação continuada. De fato pode-se afirmar que o 
caminho da formação que anteriormente em condições normais era árduo, 
transformou-se em um cenário ainda pior e de muita angústia para os acadêmicos em 
formação (GALVÃO et al, 2020). 
 
2.4 A formação do enfermeiro e o impacto no desenvolvimento de suas habilidades 
em uma formação pautada no ensino remoto emergencial 
 
A utilização de aulas em um modelo remoto, para o ensino à acadêmicos de 
enfermagem tornou-se um grande desafio. No que diz respeito ao ensino no curso de 
Enfermagem, é evidente a necessidade e a importância da existência de uma 
autonomia, bem como da responsabilidade do acadêmico quando se refere a 
diferença do ensino teórico e do ensino prático. Neste novo cenário, o discente torna-
se responsável e protagonista pela necessidade, não só do gerenciamento do seu 
tempo, bem como do planejamento de suas atividades, mas também, pela absorção 
do conteúdo teórico, sem que se tenha estabelecido contato com um paciente, sendo 
essencial o foco e a maturidade acadêmica sobre o exposto ensinado pelo docente 
de forma remota (DE SOUSA et al, 2013). 
Mediante ao exposto, pode-se afirmar que o maior impacto para os 
acadêmicos de enfermagem, no que diz respeito à formação acadêmica foi não só 
agregar em meio a pandemia e seus estudos, o uso da tecnologia em seu meio 
didático, mas também, assimilar o aprendizado virtual com a prática que neste meio 
tornou-se inexistente. Os alunos que iniciaram o primeiro período da graduação, foram 
afastados e sobretudo privados da vivência do momento de adaptação com a rotina 
de nível superior, ao qual não estavam familiarizados, assistindo aulas de forma 
remota, sem contato direto com outros alunos e professores, bem como laboratórios 
e campos de prática que normalmente iriam rodiziar, manifestando como 
consequência, um sentimento de frustração e incapacidade (DA SILVA et al, 2021). 
Um estudo realizado com 285 participantes, evidenciou que das 
preocupações relacionadas à graduação no momento de ensino remoto e isolamento 
social, à preocupação do desenvolvimento de um déficit na aprendizagem ocasionado 
pelas interferências que a pandemia gerou nas aulas, no que tange a prática, os 
acadêmicos de enfermagem sentem-se tomados por um impasse entre medo e 
insegurança dos impactos afetarem sua vida profissional e sobretudo sua formação. 
Também é apontado a dificuldade em adaptar-se ao novo modelo e as novas 
ferramentas de ensino, uma vez que o ambiente em casa não é propício para o 
aprendizado, seja por dificuldade de conexão, barulhos e fatores externos que 
dificultam o foco, a atenção e o aprendizado (DA SILVA et al, 2020). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. METODOLOGIA 
 
3.1 Tipo de Estudo 
 
Trata-se de uma revisão integrativa de literatura realizada de janeiro a 
dezembro de 2022. Caracterizada por um método amplo de abordagem, análise e 
síntese através do levantamento de dados bibliográficos. Para tal, este estudo seguiu 
as etapas sugeridas por Souza et al. (2010), sendo elas: I) A elaboração do tema e da 
questão norteadora; II) A busca e/ou amostragem da literatura; III) A coleta de dados; 
IV) A análise crítica de estudos selecionados e incluídos; V) Discussão; VI) Síntese e 
apresentação da revisão integrativa. 
Além disso, vale ressaltar que a revisão integrativa é capaz de indicar tanto 
lacunas do conhecimento que necessitam serem preenchidas com a realização de 
novos estudos, como também, auxilia a sintetização da evidência disponível na 
literatura sobre um tópico ou intervenção (GALVÃO; PEREIRA, 2014). Esse método, 
tem por finalidade a reunião e síntese dos resultados de pesquisas sobre um 
determinado tema ou questão, de maneira sistemática e ordenada, visando a 
contribuição no que tange o aprofundamento do conhecimento acerca do tema 
investigado (ROMAN et al, 1998). 
Para a elaboração da questão norteadora, foi utilizado o acrônimo PICo, como 
estratégia, onde (P) representa Paciente ou Problema; (I) representa Intervenção; (C) 
Comparação; (o) Desfecho. Neste estudo, definiram-se os parâmetros (P) 
Acadêmicos de Enfermagem; (I) Pandemia do COVID-19; (C) Ensino e Formação; (o) 
Impactos. A partir disso, a questão norteadora levantada, foi a seguinte: “Como a 
pandemia do COVID-19 impactou na formação dos acadêmicos de enfermagem?” 
Para identificação dos estudos, a busca por artigos se deu através da base 
de dados de enfermagem (BDENF) via Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific 
Electronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em 
Ciências da Saúde (LILACS) e Medical Literature Analysis and Retrieval System 
Online (MEDLINE). Foram utilizados os descritores: “pandemia”, “acadêmicos”, 
“enfermagem” e “COVID-19” intermediados pelo operador booleano “AND”. 
Vale ressaltar que as bases de dados citadas anteriormente foram 
selecionadas por sua importância na área da saúde, no que tange publicações 
científicas atuais e no fornecimento de evidências relevantes para a manutenção do 
conhecimento e formação em enfermagem. Além disso, por compreender também a 
importância da seleção de estudos que pautem a temática em diversos países, a fim 
deenriquecer e possibilitar o alcance do presente estudo, optou-se pela escolha de 
bases de dados internacionais. 
Para o critério de inclusão e exclusão, as referências deveriam derivar-se de 
pesquisas (artigos originais, teses dissertações, monografias), estar disponível nos 
idiomas português, inglês e/ou espanhol, de forma integral e gratuita, abordando a 
temática dos impactos da pandemia do COVID-19 na formação dos acadêmicos de 
enfermagem. Posteriormente à aplicação dos descritores, foi realizada a análise nas 
bases de dados, a fim de verificar se tais artigos condizem ou não, com a temática 
acerca do trabalho. Por fim, após uma leitura crítica e reflexiva, evidenciou-se que 
apenas 6 dos artigos levantados, encaixavam-se na temática abordada no presente 
estudo, fazendo com que os demais artigos fossem excluídos. 
 
Figura 1- Fluxograma da seleção de artigos incluídos no estudo 
 
Bases de Dados Consultadas 
 
SCIELO LILACS MEDLINE BDENF 
 
SCIELO LILACS MEDLINE BDENF 
Excluídos por título e 
resumo: 0 
Excluídos por título e 
resumo: 4 
Excluídos por título 
e resumo: 20 
Excluídos por título 
e resumo: 4 
Incluídos: 1 Incluídos: 2 Incluídos: 1 Incluídos: 2 
 
Total de Artigos Incluídos: 6 
 
Artigos excluídos por repetição nas 
bases de dados: 6 
 
Total de artigos incluídos: 
SCIELO: 1 
LILACS: 2 
MEDLINE: 1 
BDENF: 2 
Fonte: elaboração própria, com base na coleta em ambiente virtual, 2021. 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
No que corresponde à quarta etapa da revisão integrativa, os artigos 
selecionados foram organizados e categorizados no seguinte quadro, com o intuito de 
trazer aspectos mais relevantes, bem como estabelecer uma visão mais ampla do 
tema. 
 
Quadro 1 - Distribuição dos artigos incluídos na revisão, obtidos através da pesquisa 
nas bases de dados eletrônicas, Niterói, Rio de Janeiro, 2022. 
 
 
Título, 
autores, país e ano 
Objetivo Metodologia do 
Estudo 
Resultados / 
Conclusões 
Base de 
dados 
Academic Success of 
Online Learning in 
Undergraduate 
Nursing Education 
Programs in the 
COVID-19 Pandemic 
Era. 
 
Kim S, Jeong SH, Kim 
HS, Jeong YJ. 
 
Coreia do Sul 
2022 
Investigar 
preditores de 
sucesso 
acadêmico, 
incluindo 
satisfação com 
aulas online e 
desempenho 
acadêmico, na 
era da 
pandemia da 
doença de 
coronavírus 19 
(COVID-19). 
Pesquisa on-line 
transversal, 
descritiva e 
nacional na 
Coréia do Sul, 
realizada com a 
utilização de 
questionários 
estruturados. Os 
participantes 
foram 200 
estudantes de 
enfermagem que 
cursaram o 
aprendizado 
online em 
universidades em 
2020. Os dados 
foram analisados 
por meio de 
estatística 
descritiva e 
regressão 
múltipla 
hierárquica com o 
programa SPSS 
WIN 26.0. 
Para alcançar o 
sucesso 
acadêmico com o 
aprendizado on-
line, o 
aprendizado 
autodirigido deve 
ser priorizado e a 
satisfação com as 
aulas on-line 
precisa ser 
gerenciada pelos 
educadores de 
enfermagem. Para 
melhorar a 
satisfação com a 
aula online, o 
fluxo da aula 
cibernética deve 
ser considerado 
ao projetar 
métodos de 
ensino e 
aprendizagem 
para programas 
de graduação em 
enfermagem. 
MEDLINE 
Transtornos Mentais 
Comuns e rotina 
acadêmica na 
graduação em 
Enfermagem: 
impactos da 
pandemia de COVID-
19 
Investigar a 
prevalência de 
TMC entre 
estudantes de 
Enfermagem em 
relação a 
aspectos 
sociodemográfic
Estudo descritivo, 
quantitativo, 
realizado com 
estudantes da 
graduação em 
Enfermagem de 
uma universidade 
do sul da Bahia, 
O estudo 
evidenciou alta 
prevalência de 
TMC entre os 
estudantes, no 
contexto da 
pandemia, e 
descreve formas 
LILACS / 
BDENF 
 
GUNDIM, Vivian 
Andrade et al. 
Bahia, Brasil 
2022 
os, acadêmicos 
e da pandemia 
da COVID-19, e 
descrever 
formas de alívio/ 
manejo em 
saúde mental na 
percepção 
desses 
estudantes. 
Brasil. Os dados 
foram coletados a 
partir de 
questionário 
eletrônico, que 
incluía o Self 
Reporting 
Questionaire-20 
(SRQ-20). Nas 
análises de 
associações, 
calculou-se a 
Razão de 
Prevalência (RP) 
com Intervalo de 
Confiança (IC) de 
95%. O nível de 
significância 
utilizado foi 
p<0,05. 
de manejo da 
saúde mental de 
(possíveis) uso 
dos mesmos, 
podendo servir 
como subsídio 
para a elaboração 
de estratégias de 
prevenção de 
sofrimento 
psíquico e 
promoção da 
saúde mental por 
parte das 
universidades. 
O ensino remoto 
emergencial na 
formação superior em 
saúde no Brasil 
 
Girardello, D. T. F., & 
Conterno, S. de F. R. 
 
Brasil 
2022 
Sistematizar 
como foi 
abordado o 
desenvolviment
o da ERE no 
ensino superior 
nas produções 
científicas da 
área da saúde 
no Brasil na 
pandemia. 
 
Revisão 
Integrativa de 
Literatura 
A revisão trouxe à 
tona que apesar 
dos limites 
vivenciados 
durante o ERE, os 
impactos podem 
ser amenizados 
por meio de 
estratégias 
didáticas que 
fortaleçam o 
processo ensino 
aprendizagem na 
formação em 
saúde, entre as 
estratégias 
apresentadas, a 
fim de diminuir o 
impacto da 
falta de 
acesso/inclusão 
digital as 
instituições de 
ensino superior, 
ações sociais, 
como o 
empréstimo de 
equipamentos 
eletrônicos e a 
distribuição de 
pacotes de 
internet para 
celular são 
iniciativas 
promissoras. 
 
SCIELO 
Dor crônica, Identificar as Estudo A maioria dos LILACS / 
ansiedade e sintomas 
depressivos em 
estudantes de 
Enfermagem em 
tempos de pandemia 
 
Miotto, L. P., Souza, D. 
M. X. D. et al. 
 
Brasil 
2022 
 
manifestações 
de dor crônica 
(DC), ansiedade 
e sintomas 
depressivos em 
estudantes de 
Enfermagem de 
uma 
universidade 
pública federal 
em tempos de 
pandemia, 
analisando a 
associação 
entre essas 
variáveis, e 
descrever as 
características 
sociodemográfic
as e de hábitos 
de vida na 
população 
estudada. 
quantitativo, 
transversal, 
observacional e 
analítico, 
realizado de julho 
a novembro de 
2020, com 
amostra de 119 
estudantes de 
Enfermagem 
matriculados no 
segundo 
semestre de 
2020. Foram 
utilizados 
questionários 
para 
caracterização 
sociodemográfica 
e de hábitos de 
vida, o mapa 
corporal da 
Escala 
Multidimensional 
de Avaliação de 
Dor, o Inventário 
de Ansiedade 
Traço-Estado e o 
Patient Health 
Questionnaire-9. 
estudantes de 
Enfermagem da 
amostra é do sexo 
feminino, com 
idade média de 
23,4 anos, e 
37,8% convivem 
com DC. Os 
estudantes com 
DC apresentaram 
maiores níveis de 
ansiedade e mais 
sintomas 
depressivos. 
Verificou-se 
associação entre 
DC, ansiedade e 
sintomas 
depressivos nessa 
amostra. 
BDENF 
Aspectos 
psicossociais de 
acadêmicos de 
Enfermagem durante 
a pandemia da 
COVID-19 
 
Galvão, D. D. S., et al. 
 
Brasil 
2020 
Relatar a 
experiência do 
isolamento 
social de 
acadêmicos de 
enfermagem no 
período de 
pandemia de 
COVID-19. 
Trata-se de um 
relato de 
experiência 
realizado 
mediante adesão 
de novas 
estratégias para 
elaboração de 
estudos, em 
razão do atual 
cenário vivido, as 
discussões do 
relato se deram 
por 
videoconferências 
em plataformas 
virtuais que 
permitiram 
o debate crítico 
do tema de 
acordo com as 
medidas de 
isolamento social. 
 
Identificou-se 
agentes estres- 
sores advindos do 
isolamento social 
que 
comprometeram a 
saúde mental e 
física dos 
acadêmicos do 
estudo. 
 
LILACS / 
BDENF 
Impacto da COVID-19 
nas dinâmicas sócio 
familiares e 
Identificar as 
mudanças 
sociais, 
Estudo 
quantitativo 
descritivo-
A pandemia 
COVID-19 trouxe 
alterações à vida 
BDENF 
acadêmicas dos 
estudantes de 
enfermagem em 
Portugal 
 
XAVIER, Beatriz et al. 
 
Portugal 
2020 
familiares, 
acadêmicas e 
comportamentai
s relacionadas à 
pandemia de 
COVID-19 em 
estudantes de 
enfermagem; 
caracterizar 
suas 
percepções 
sobre saúde, 
informação e 
cumprimento 
das medidas. 
correlacional com 
425 estudantes 
de enfermagem. 
O estudo de bem-
estar do aluno 
internacional 
COVID-19 (C19 
ISWS) foi usado. 
Todos os 
requisitos éticos 
foram atendidos. 
dos estudantes de 
enfermagem, 
marcadas porretorno à casa da 
família, 
preocupações 
com sucesso 
escolar e 
afastamento das 
sociabilidades 
académicas, 
aderindo 
massivamente às 
medidas 
sanitárias 
recomendadas. 
 
 
A partir disso, os 6 artigos selecionados foram separados, analisados e 
categorizados por suas características. Por fim, para compor a discussão dos dados 
levantados, os estudos foram agrupados em 2 categorias: 1- Os impactos físicos e 
psicossociais da Pandemia do Covid-19 nos acadêmicos de Enfermagem e 2- Os 
reflexos da Pandemia do Covid-19 nos moldes da formação acadêmica em 
Enfermagem e suas influências para a vida profissional. 
 
4.1 Os impactos físicos e psicossociais da Pandemia do Covid-19 nos acadêmicos 
de Enfermagem. 
 
É perceptível que durante a pandemia do Covid-19, a prevalência e a 
incidência dos casos de transtornos psicossociais, bem como ansiedade e depressão 
aumentaram de forma alarmante. A falta de controle, medo, insegurança e sobretudo 
incertezas do profissional que futuramente irá se tornar é o suficiente para 
desencadear dor crônica e sintomas depressivos. 
Partindo deste princípio, a ansiedade é conceituada como a presença de 
sentimentos desagradáveis e vagos, como o medo e a apreensão, podendo 
caracterizar-se por tensão ou desconforto, devido à antecipação das sensações de 
perigo, como consequência. Tais sensações de medo e ansiedade, caracterizam-se 
como patológicas, a partir do momento que passam a ser desproporcionais ao seu 
estímulo, isto é, quando são capazes de interferir na vida e nas atividades cotidianas 
de um indivíduo (CASTILLO et al, 2000). 
A depressão, por sua vez, é uma doença caracterizada por um conjunto de 
sintomas como a alteração do humor, comportamento, padrões de pensamento e 
percepção. O envolvimento de queixas físicas também é considerado um fator de risco 
para o suicídio, além de ter como causa uma intereção heterogênea entre fatores 
biopsicossociais (ESTEVES et al, 2021). 
A partir do exposto e considerando que a depressão e a ansiedade são 
consideradas condições de saúde coexistentes, visto que interrelacionam-se, é 
necessário identificar sintomas como dor, ansiedade, irritabilidade, estresse excessivo 
e depressão durante a graduação em Enfermagem, para que se possa iniciar medidas 
de intervenção, no que tange a promoção da saúde mental e implementação de 
medidas assistenciais por meio da coordenação e da universidade (MIOTTO et al, 
2022). 
Um estudo realizado na universidade do sul da Bahia com 146 estudantes, 
expõe que a prevalência de transtornos mentais comuns (TMC) representa um 
quantitativo de 68,5% associada a um histórico de trancamento, reprovação em 
disciplinas e situações de irregularidades no curso de Enfermagem, relacionadas ao 
sentimento de esgotamento físico-mental e sobretudo pela sensação de incapacidade 
no que diz respeito a seu futuro profissional devido à pandemia do Covid-19 (GUNDIM 
et al, 2022). 
É de suma importância destacar que vivenciar a pandemia do Covid-19 
exacerbou os sentimentos de angústia e ansiedade no meio acadêmico, em 
decorrência de uma nova doença que tomou proporções mundiais. Fatores como a 
interrupção das aulas práticas, estágios curriculares, bem como a adoção do ensino 
de forma remota, resultou em preocupações excessivas, desde o acesso a internet, 
com uma boa conexão, a necessidade de conciliar um emprego para manter as contas 
e para os acadêmicos que eram de outros estados, na necessidade de trabalhar para 
manter-se na cidade em que estudava, por muitas vezes distante e isolados de seus 
familiares (GUNDIM et al, 2020). 
 
 
 
 
 
4.2 Os reflexos da Pandemia do Covid-19 nos moldes da formação acadêmica em 
Enfermagem e suas influências para a vida profissional. 
 
No ensino de enfermagem, a qualidade do ensino é um fator crucial para que 
seja possível tornar-se um bom profissional de saúde. Devido às mudanças impostas 
pela pandemia e com enfoque no que diz respeito ao formato de ensino, as instituições 
de ensino, as faculdades e universidades necessitaram buscar formas de viabilizar e 
garantir a continuidade, bem como a qualidade de ensino, ofertada em caráter 
emergencial. A partir disso, surgem diversos relatos sobre as consequências e os 
impactos que tais mudanças bruscas no modelo de ensino ocasionaram (BEZERRA, 
2020). 
Desta forma, é válido ressaltar que “Ensinar remotamente não é sinônimo de 
ensinar a distância” (GARCIA et al, 2020, p. 5). No ensino remoto emergencial (ERE) 
são utilizadas plataformas digitais já existentes e abertas na rede, com finalidades não 
estritamente educacionais, contudo, que possam contribuir para a reestruturação das 
salas de aula convencionais, que necessitaram migrar para o ambiente virtual, diante 
de necessidades e obrigatoriedades sanitárias (GARCIA et al, 2020; MOREIRA; 
HENRIQUES; BARROS, 2020). 
O Ensino Remoto Emergencial (ERE) precisa ser visto como uma medida 
temporária e pontual, uma vez que seu modelo apresenta limites e fragilização no que 
tange o desenvolvimento das atividades práticas dos acadêmicos de enfermagem. Os 
impactos causados pela pandemia do Covid-19 na formação acadêmica vai muito 
além de incertezas e dificuldades enfrentadas para acesso às aulas em caráter 
remoto. É necessário ressaltar que mais do que nunca medidas a fim de minimizar 
estes impactos, precisam ser estudadas e elaboradas, pensando em um contexto e 
principalmente no futuro do enfermeiro em formação. 
Em contrapartida, não se pode deixar de elucidar que o Ensino Remoto 
Emergencial (ERE) a medida que surtiu efeitos negativos, deu espaço a efeitos 
também positivos, como a potencialização da busca de estratégias criativas para o 
modelo de sala de aula invertida, bem como na criação de estratégias inovadoras 
capazes de auxiliar no processo de ensino-aprendizagem e em uma perspectiva 
futura, servir como objeto de apoio ao processo de aprendizagem presencial, com o 
intuito de dinamizar as metodologias de ensino. 
De acordo com um estudo realizado na Coreia do Sul, com o objetivo de 
investigar os preditores de sucesso acadêmico, bem como o desempenho dos 
acadêmicos de enfermagem na pandemia do Covid-19. Evidenciou-se a partir de uma 
pesquisa online, descritiva, contando com a participação de 200 acadêmicos, que para 
alcançar o sucesso acadêmico de forma online, o aprendizado autodirigido necessita 
ser priorizado e a satisfação com as aulas de forma on-line, precisam ser gerenciadas 
pelos docentes de enfermagem. Com o intuito de melhorar a satisfação com o ensino 
remoto, o fluxo da aula cibernética deve ser considerada ao projetar métodos de 
ensino aprendizagem para programas de graduação em enfermagem (KIM et al, 
2021). 
Em contrapartida, um outro estudo realizado por Silva et al (2021), apontou 
desafios apresentados no que diz respeito ao processo de ensino-aprendizagem de 
profissionais de enfermagem, considerando os impactos causados pela pandemia do 
Covid-19, durante a formação e para o fortalecimento da profissão. Destacou também, 
que o acadêmico de enfermagem não pode ser reduzido e moldado a um consumidor 
de conteúdo a distância, mas sim, que o uso de sua autonomia deve ser respaldado 
na colaboração e construção coletiva de sua profissão. Por fim, a incorporação de 
tecnologias na formação é uma necessidade, que deve ser feita, levando em 
consideração o acesso e a disponibilidade de recursos pelos sujeitos envolvidos, além 
da impossibilidade da formação do enfermeiro a distância, uma vez que sua profissão 
é construída a partir de relações interpessoais de forma presencial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Considerando os resultados obtidos neste trabalho e com base na literatura 
utilizada, o presente estudo evidenciou que o período da pandemia do Covid-19 
resultou em consideráveis impactos na saúde mental e principalmente na formação 
do acadêmico de enfermagem em qualqueresfera do mundo. A partir das evidências 
coletadas e com o auxílio de artigos internacionais, tornou-se possível afirmar que não 
só no Brasil mas na maioria dos países, a pandemia do Covid-19 fez mais do que 
vítimas na disseminação do vírus, uma vez que esta deixou rastros e marcas na 
formação profissional do acadêmico de enfermagem. 
Medos, incertezas, insegurança e sobretudo a inexperiência pela falta de 
prática do que era aprendido de maneira remota, colaborou para os moldes de um 
profissional esgotado físico e mentalmente. Vale ressaltar que a pandemia do Covid-
19 em contrapartida colaborou para a iniciativa de políticas de apoio ao estudante 
universitário por meio das universidade, com o desenvolvimento de novas ferramentas 
capazes de facilitar o aprendizado e sobretudo evidenciou que no que tange a 
graduação em enfermagem, o modelo EAD e o remoto jamais serão suficientes e 
capazes de substituir o ensino prático de forma presencial. 
A prevalência e o aumento dos transtornos psicossociais em acadêmicos de 
enfermagem neste momento de pandemia, deixa em evidência um alerta para as 
universidades, a respeito da necessidade da criação de medidas de assistência e 
apoio psicossocial, não apenas no momento de pandemia, mas em todo o curso da 
graduação. Infelizmente falar de saúde mental e da importância desta para a formação 
de acadêmicos de enfermagem, ainda é considerado um Tabu, contudo, pode-se 
afirmar que sem a saúde mental em dia, é impossível cuidar do próximo com 
excelência. 
Por fim, é necessário salientar que a criação de medidas que promovam a 
saúde mental, correlacionadas a novas ferramentas de educação, poderá ser um 
divisor de águas na formação dos acadêmicos ainda não concluintes. Como sugestão 
a partir do presente estudo, a criação de Grupos de Trabalho permanentes, com o 
apoio da coordenação do curso de Enfermagem e sobretudo da Universidade, para 
oferecer cursos de verão para que os discentes possam desenvolver suas habilidades 
e perder o receio sobre sua prática profissional, bem como grupos de apoio 
psicológico com escuta profissional e atividades que visem promover a saúde mental. 
Ser o autor do seu aprendizado e reconhecer que para tornar-se um profissional de 
excelência, faz-se necessário colocar sua saúde físico mental como um dos pilares 
fundamentais, a fim de permitir que se molde durante sua jornada acadêmica, um 
excelente enfermeiro. 
 
6. OBRAS CITADAS 
 
 
ARAÚJO, A. A. C. et al. O ensino de graduação em enfermagem durante a pandemia 
da COVID-19. Revista Cuidarte. v. 12, n. 1, p. e1290, 2021. 
http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.1290 
 
CASTILLO, A. R. G. et al. Transtornos de ansiedade. Br J Psychiatry. V. 22, n. (suppl 
2), p. 20-23, dez., 2000 dez. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462000000600006 
 
CAVALCANTE, A. S.P. et al. Educação superior em saúde: a educação a distância 
em meio à crise do novo coronavírus no Brasil. Avances en Enfermería. 2020. 
 
DE SOUSA, T. F. et al. Validade e reprodutibilidade do questionário Indicadores de 
Saúde e Qualidade de Vida de Acadêmicos (Isaq-A). Arquivos de Ciências do 
Esporte. 2013. 
 
DE ARAÚJO SOARES, R.; SILVA, G. A. Regulamentos da EaD no Brasil e o Impacto 
da Portaria Nº 343/2020 no Ensino Superior. EaD em Foco, v. 10, n. 3, 2020. 
 
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