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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7
Cadernos PDE
II
 
 
 
 
Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2014 
 
Título: O Pedagogo na EJA: Desafios e Perspectivas 
Autora: Arlete Probst de Lima 
 Disciplina/Área: Pedagogia 
Escola de Implementação do 
Projeto e sua localização: 
CEEBJA Casturina Campanharo Bonfim 
 Município da escola: Pitanga/PR. 
 Núcleo Regional de Educação: Pitanga/PR. 
 Professora Orientadora: Maria Joselia Zanlorense 
 Instituição de Ensino Superior: UNICENTRO 
 Relação Interdisciplinar: Todas as disciplinas da EJA. 
 Resumo: 
 
A Educação de Jovens e Adultos – EJA é uma 
modalidade de ensino que atende jovens e 
adultos que não conseguiram concluir seus 
estudos da educação básica na idade 
apropriada. Para atender a este público, 
chegam a cada ano no CEEBJA, profissionais 
sem formação adequada para atuar nesta 
modalidade e desconhecem a organização e 
funcionamento da EJA. Perante as 
dificuldades destes profissionais, buscou-se 
com este trabalho, analisar e refletir sobre o 
trabalho que o pedagogo desenvolve no dia a 
dia do CEEBJA. Para composição deste 
caderno, realizou-se pesquisa teórico-
bibliográfica sobre a formação do professor e 
do pedagogo, bem como a legislação vigente 
sobre as especificidades e organização da 
EJA. Esta produção de cunho teórico-prático 
contém indicações de leituras da legislação e 
documentos que norteiam e amparam a EJA, 
textos para estudo e reflexão, vídeos e filmes 
com temas relacionados para serem 
trabalhados com docentes e pedagogos que 
chegam para atuar no CEEBJA, no início do 
 
 
 
ano, ou a qualquer tempo letivo. Espera-se 
com esse trabalho contribuir para o 
fortalecimento e desenvolvimento das ações 
pedagógicas no CEEBJA, a fim de melhor 
atender o público da EJA e suas 
especificidades. 
Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos; Formação 
Docente; Organização do Trabalho 
Pedagógico. 
Formato do Material Didático: Caderno Temático 
Público: 
Agentes Educacionais I e II, Equipe 
Pedagógica e Docentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CADERNO TEMÁTICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
O PEDAGOGO NA EJA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
PITANGA 
2014/2015 
 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ 
SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED 
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE – UNICENTRO 
 
 
 
 
Tema 
O Pedagogo na EJA: 
Desafios e perspectivas 
 
 
 
 
 
Área de concentração: Pedagogia 
 
 
 
 
 
Professora PDE 
Arlete Probst de Lima 
 
 
 
 
Orientadora 
Professora Mestre Maria Joselia Zanlorense 
 
 
 
 
 
Secretaria de Estado da Educação do Paraná 
Avenida Água Verde, 2140 - Água Verde 
CEP 80240-900 Curitiba-PR 
Tel.: (041) 3340-1500 
 
 
 
SUMÁRIO 
APRESENTAÇÃO................................................................................................. 06 
INTRODUÇÃO....................................................................................................... 08 
CEEBJA CASTURINA CAMPANHARO BONFIM – HISTÓRICO........................ 11 
UNIDADE 1 – A EJA E SEU PÚBLICO................................................................. 13 
UNIDADE 2 – ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA EJA.......................... 18 
 2.1 MATRÍCULA................................................................................................ 18 
 2.2 MATRIZ CURRICULAR............................................................................... 19 
 2.3 APROVEITAMENTO DE ESTUDOS........................................................... 20 
 2.4 ORGANIZAÇÃO DE TURMAS.................................................................... 22 
 2.4.1 Organização Coletiva.......................................................................... 22 
 2.4.2 Organização Individual …................................................................... 23 
 2.5 APED – AÇÃO PEDAGÓGICA DESCENTRALIZADA ….......................... 24 
 2.6 SISTEMA DE AVALIAÇÃO ….................................................................... 25 
 2.7 EXAME DE SUPLÊNCIA …....................................................................... 26 
UNIDADE 3 – FORMAÇÃO DO PROFESSOR …............................................... 29 
UNIDADE 4 – O TRABALHO DO PEDAGOGO NA EJA: DESAFIOS E 
PERSPECTIVAS …............................................................................................... 
35 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 40 
ANEXOS................................................................................................................ 43 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 
 
Prezado Educador: 
 
 
Este “Caderno Temático” faz parte da produção didático-pedagógica 
solicitada aos professores participantes do Programa de Desenvolvimento 
Educacional da Secretaria de Estado da Educação do Paraná – PDE, turma 
2014/2015, como critério de avaliação. 
 Intitulada: “O Pedagogo na EJA: desafios e perspectivas”, esta produção tem 
como objetivo analisar e refletir sobre a ação do pedagogo no dia a dia do CEEBJA, 
perante as dificuldades que o professor encontra ao iniciar sua atuação na 
Educação de Jovens e adultos, desconhecendo sua organização e funcionamento, 
diferentes do ensino regular. 
A intenção de produzir um material que aborde temas sobre a EJA e reúna 
em um só material a legislação e os principais documentos oficiais que orientam e 
amparam a Educação de Jovens e Adultos, simplificando a compreensão da sua 
organização e funcionamento, partiu da minha observação enquanto professora da 
educação especial desta escola e posteriormente como pedagoga, sobre a 
dificuldade e inquietação dos professores que chegam a cada ano no CEEBJA 
Casturina Campanharo Bonfim, de Pitanga, com atuação apenas no ensino regular e 
sem os conhecimentos básicos da organização desta modalidade, dificultando a 
continuidade do processo educacional, já que este profissional demora algum tempo 
para compreender tal organização. 
Este Caderno está organizado em quatro unidades. Três delas com 
especificidades de organização da EJA e formação docente, temas apontados pelos 
professores entrevistados, como maiores dificuldades encontradas ao iniciarem seus 
trabalhos na EJA. A última unidade discorre sobre o trabalho do pedagogo, suas 
funções e sugestão de ações para o pedagogo poder realizar um bom trabalho de 
estudos e orientação sobre o funcionamento e organização do CEEBJA. 
7 
 
 
 
Unidade I – A EJA e seu Público; Unidade II – Organização e Funcionamento 
do CEEBJA; Unidade III – Formação do Professor; Unidade IV – Os desafios e as 
perspectivas no trabalho do pedagogo da EJA. 
Cada unidade conta com atividades de reflexão, aprendizagem, indicações de 
leituras e culturais, como apoio teórico e pedagógico aos professores que iniciam 
seus trabalhos na Educação de Jovens e Adultos. 
A implementação desta produção didático-pedagógica será desenvolvida no 
CEEBJA - Casturina Campanharo Bonfim, no primeiro semestre de 2015 e terá 
como público-alvo: professores iniciantes, PSS e equipe pedagógica. O curso de 
extensão terá 32 horas de estudos, distribuídas em 8 encontros de 4 horas, que 
ocorrerão nas dependências do CEEBJA, aos sábados, por meio de grupos de 
estudos, onde haverá discussão de textos, debates sobre recortes de filmes, estudo 
de documentos e legislação vigente. A certificação via Curso de Extensão será 
disponibilizada aos participantes pela Universidade Estadual do Centro Oeste - 
UNICENTRO. 
Acredita-se que os estudos realizados no curso contribuirão para a 
organização, fortalecimento e desenvolvimento de ações pedagógicas próprias, 
direcionadas à Educação de Jovens e Adultos, objetivandomelhor atendimento ao 
público da EJA e suas especificidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
A educação para jovens e adultos, começou a se estabelecer e garantir um 
lugar na educação básica brasileira a partir da década de 30, quando, devido ao 
crescimento da industrialização, há grande necessidade e interesse por educação 
em boa parte da população. 
A LDB de 1971 estipulava que o dever do Estado seria oferecer o ensino para 
crianças de 7 a 14 anos, no entanto, reconhecia a educação de adultos como direito 
de cidadania. Em 74, implantou-se os CES (Centros de Estudos Supletivos), estes 
davam oportunidade de certificação rápida, porém superficial, com um ensino auto 
instrucional. Já a década de 1980 foi marcada por projetos e pesquisas na área da 
alfabetização de adultos. 
 Em 1988, a Constituição, em seu artigo 208, garante que “O dever do Estado 
com a Educação será efetivado mediante a garantia de: ensino fundamental 
obrigatório e gratuito, assegurada inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a 
ele não tiveram acesso na idade própria”, 
Para Souza (2000, p. 165), 
 
A educação básica para todos significa dar às pessoas, independentemente 
da idade, a oportunidade de desenvolver seu potencial, coletivamente ou 
individualmente. Não é apenas um direito, mas também um dever e uma 
responsabilidade para com os outros e com toda a sociedade. 
 
Com o direito assegurado na LDB, na década de 90 a Educação de Jovens e 
Adultos estabelece nova política, ganha novos métodos para trabalhar com 
criatividade, com o objetivo de fazer com que jovens e adultos que tiveram pouco ou 
quase nada de escolaridade tivessem nova oportunidade educacional. 
A Lei Federal nº 9.394/96 (LDB) assegura que a EJA passa a ser uma 
modalidade de educação básica nas etapas de Ensino Fundamental e Médio, que 
objetiva não só alfabetizar os jovens e adultos, mas dar oportunidades de 
escolarização no ensino regular, reafirmando o direito de jovens e adultos à 
educação escolar, conforme a seção V do Capítulo II: 
 
9 
 
 
 
Art. 37. A Educação de Jovens e Adultos será destinada àqueles que 
não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e 
médio na idade própria. 
 
Parágrafo 1º. Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos 
jovens e adultos que não puderam efetuar os estudos na idade regular, 
oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características 
do aluno, seus interesses, condições de vida e trabalho, mediante cursos 
e exames. 
 
Parágrafo 2º. O poder público viabilizará e estimulará o acesso e 
permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e 
complementares entre si. 
 
Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos 
que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao 
prosseguimento de estudos em caráter regular. 
 
Parágrafo 1º. Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão: no 
nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de quinze 
anos; o nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito 
anos. 
 
 
 No ano de 1997, a EJA, no Brasil, ganha um grande reforço com a V 
Conferência Internacional sobre a Educação de Jovens e Adultos – CONFINTEA, 
realizada em Hamburgo, na Alemanha. A Declaração de Hamburgo, propõe a EJA 
como grande desafio para o Século XXI, assinado por diversos países, inclusive pelo 
Brasil. Nela, um trecho sintetiza tal desafio: 
 
A Educação de Jovens e Adultos é, ao mesmo tempo, consequência da 
cidadania ativa e condição de plena e inteira participação na vida da 
sociedade. Ou seja, a Declaração de Hamburgo reafirma o caráter 
permanente da educação. O grande desafio hoje, é fazer com que a 
sociedade oportunize a todos o direito de viver de forma decente, como 
cidadãos e cidadãs do Brasil e do mundo. 
 
 
Em 2000, o Conselho Nacional de Educação (CNE), estabeleceu em seu 
Parecer nº 11, (Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e 
Adultos), as incumbências e as bases legais da EJA fundamentadas na LDB, nos 
Parâmetros Curriculares Nacionais e nas Diretrizes Curriculares Nacionais. Já o 
Parecer do Conselho de Educação Básica – CEB 11/2000, estabelece os 
fundamentos da Educação de Jovens e Adultos, colocando a necessidade da EJA 
ser pensada como “modelo pedagógico próprio, a fim de criar situações pedagógicas 
10 
 
 
 
e satisfazer necessidades de aprendizagem de jovens e adultos” (Parecer 11/2000, 
p. 9) e faz um retrato do educando da EJA: 
 
Os alunos da EJA são diferentes dos alunos presentes nos anos 
adequados à faixa etária. São jovens e adultos, muitos deles 
trabalhadores, maduros, com larga experiência profissional ou com 
expectativa de (re)inserção no mercado de trabalho e com um olhar 
diferenciado sobre as coisas da existência (...). Para eles, foi a ausência 
de uma escola ou a evasão da mesma que os dirigiu para um retorno 
nem sempre tardio à busca do direito ao saber. Outros são jovens 
provindos de estratos privilegiados e que, mesmo tendo condições 
financeiras, não lograram sucesso nos estudos, em geral por razões de 
caráter sociocultural. (Parecer CEB 11/2000, p. 33-34). 
 
 
Este retrato a que se refere o parecer é real. Jovens e adultos que 
abandonaram ou foram privados de uma educação formal na idade certa, ao 
retomarem os estudos, mesmo que tardiamente, formam grupos heterogêneos que 
têm muitas histórias e conhecimentos acumulados ao longo da vida e veem a escola 
como um espaço onde suas expectativas educacionais poderão ser alcançadas. 
Na Educação de jovens e adultos, com trabalho em equipe, inovação 
pedagógica e respeito à heterogeneidade, o que se busca é o acesso à 
aprendizagem significativa, considerando os conhecimentos e saberes anteriores, 
aliando-os às novas informações e aprendizagens. 
Sobre isso, FREIRE (2003, p. 69), destaca: 
 
Mulheres e homens, somos os únicos seres que, social e historicamente, 
nos tornamos capazes de aprender. Por isso, somos os únicos em que 
aprender é uma aventura criadora, algo por isso mesmo, muito mais rico 
do que meramente repetir a lição dada. Aprender para nós é construir, 
reconstruir, constatar para mudar o que não se faz sem abertura ao risco 
e à aventura do espírito. 
 
 
 Procurar a escola tardiamente, não é uma tarefa simples; é uma decisão 
difícil, um desafio. A exigência do mercado de trabalho e da sociedade em geral, por 
pessoas instruídas, obriga esta tomada de decisão, que não envolve apenas a 
pessoa, mas patrões, famílias, condições de acesso, projetos pessoais e 
profissionais, dentre outros. 
11 
 
 
 
 No entanto, esta decisão poderá ser mais fácil se acreditarmos que o 
processo educacional não tem prazo para acabar, e que a EJA, mesmo com suas 
fragilidades é uma modalidade de ensino que pode contribuir para uma sociedade 
mais justa e igualitária. 
 
 
CEEBJA CASTURINA CAMPANHARO BONFIM 
 
HISTÓRICO 
 
O Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos, de Pitanga, 
CEEBJA1 Casturina Campanharo Bonfim, situado à Rua Ébano Pereira 145, teve 
autorização de funcionamento, pelo Conselho Estadual de Educação, para o Ensino 
Fundamental Fase II em 11/06/1991, por meio da Resolução nº 2003/91, ainda com 
a denominação Centro de Estudos Supletivos – CES, foi reconhecido através da 
Resolução n. 5319/93, de 29/09/1993 e para o Ensino Médio, sob a Resolução n. 
3633/96, de 016/06/1996, reconhecido pela Resolução n. 3893/98 de 10/11/1998. 
 De CES, passou para CEAD – Centro de Educação Aberta, Continuada e à 
Distância em 1999, pela Resolução Secretarial nº 3.120/98 e em 2000, atendendo 
ao artigo 28 da Deliberação n. 012/99 do Conselho Estadual de Educação, através 
da Resolução n. 4561/99 de 15/12/1999, passou a denominar-se Centro Estadual de 
Educação Básica para Jovens e Adultos – CEEBJA. 
Em 2001, foi autorizado o funcionamento do Ensino Fundamental – Fase I e II 
e Médio – namodalidade de Educação de Jovens e Adultos semipresencial, pela 
Resolução 2968/01 de 04/12/01, que também reconhece os cursos. 
No ano de 2006, altera-se para presencial – Fase II e Ensino Médio através 
da Resolução nº 3957/06, DOE 22/08/2006, sendo renovado em 2010 por meio da 
Resolução Nº 2010/10 de 20 de maio de 2010. 
 
 
1 Histórico retirado do Projeto Político Pedagógico – PPP do CEEBJA Casturina Campanharo Bonfim, disponível 
emhttp://www.pigceebjacasturinacbonfim.seed.pr.gov.br/redeescola/escolas/24/1980/47775/arquivos/File/re
formulacao_PPP.pdf, acesso em 07/11/2014. 
 
http://www.pigceebjacasturinacbonfim.seed.pr.gov.br/redeescola/escolas/24/1980/47775/arquivos/File/reformulacao_PPP.pdf
http://www.pigceebjacasturinacbonfim.seed.pr.gov.br/redeescola/escolas/24/1980/47775/arquivos/File/reformulacao_PPP.pdf
12 
 
 
 
 
Indicação de Leitura 
 
PPP CEEBJA 
 
http://www.pigceebjacasturinacbonfim.seed.pr.gov.br/redeescola/escolas/24/1980/47775/arq
uivos/File/reformulacao_PPP.pdf 
 
Importante! 
 
O Projeto Político Pedagógico é o guia do trabalho educativo. Não é um 
documento da equipe pedagógica, que cumpre uma exigência legal, mas um 
documento elaborado por toda a comunidade escolar, extremamente importante e 
necessário para o bom andamento do trabalho pedagógico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.pigceebjacasturinacbonfim.seed.pr.gov.br/redeescola/escolas/24/1980/47775/arquivos/File/reformulacao_PPP.pdf
http://www.pigceebjacasturinacbonfim.seed.pr.gov.br/redeescola/escolas/24/1980/47775/arquivos/File/reformulacao_PPP.pdf
13 
 
 
 
UNIDADE 1 
 
 
A EJA E SEU PÚBLICO 
 
 
O que é a EJA? 
Quem são os sujeitos desta modalidade de ensino? 
 
 
A Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade de ensino que já passou 
por várias mudanças e consegue se firmar por meio de leis que amparam o sujeito 
que não conseguiu estudar na idade apropriada. A Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional nº 9394/96, no artigo 37, estabelece que “A Educação de Jovens 
e Adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de 
estudos no Ensino Fundamental e Médio na idade própria”. 
No Brasil, historicamente, a EJA foi pensada para suprir o problema do 
analfabetismo, não foi pensada em termos de processo educativo para aqueles que 
na idade adequada foram impedidos de estudar, ou seja, uma escola adequada à 
diversidade de perfis desta modalidade. A EJA que abordaremos neste trabalho 
refere-se à Educação de Jovens e Adultos, público do ensino fundamental Fase II – 
anos finais e Ensino Médio. 
Os CEEBJAs no Paraná são originários dos CES, antigos Centros de Estudos 
Supletivos, implantados com o objetivo de atender todos os alunos que tivessem o 
desejo de retomar seus estudos, tantas vezes interrompidos. 
A proposta pedagógica dos CES permitia o ensino semipresencial. Os alunos 
se preparavam à distância e só compareciam esporadicamente para serem 
avaliados e receberem nova ementa de conteúdos para a próxima avaliação. 
Hoje, no Paraná, a EJA é uma modalidade 100% presencial que atinge a 
formação de jovens e adultos, idosos, alunos especiais oriundos da inclusão e os 
excluídos da sociedade, que não conseguiram estudar na idade apropriada, ou que, 
por muitos motivos abandonaram a escola. 
Alunos com diferentes potencialidades, que apresentam maneira diferenciada 
de aprender e ordenar seu conhecimento. Pessoas com uma história de vida que 
14 
 
 
 
deve ser levada em conta e considerada no processo de ensino aprendizagem; com 
uma considerável bagagem de experiências e conhecimentos, que segundo Freire, 
(1996), “[...] já trazem consigo para a sala de aula uma leitura articulada do mundo”. 
 Diante de toda esta diversidade, o professor de EJA se depara com um 
grande desafio. Para Moraes (2006, p. 5): 
 
O aluno da EJA apresenta um conjunto de características muito peculiar 
que envolve o retorno à escola como sendo a via possível para se alcançar 
postos mais elevados no mercado de trabalho, um lugar nesse mesmo 
mercado, ou, ainda, para as mulheres – donas de casa, em específico - 
uma oportunidade de vivenciarem uma atividade produtiva diferente das 
realizadas no interior do próprio lar. Em geral, esse aluno chega à escola 
com grande receio de não conseguir cumprir com as exigências 
institucionais e, ao mesmo tempo, apresenta uma visão de escola 
completamente atrelada à perspectiva empirista de educação. Isto o leva a 
refutar quaisquer propostas de ensino que sejam distintas do conhecido e 
‘clássico’ modelo de uma aula transmitida via quadro de giz, com pouco 
diálogo, muita cópia e repleta de exercícios repetitivos para que o aluno 
execute. 
 
 
Este sujeito a que se refere Moraes (2006) é o aluno adulto, que vê a EJA 
como segunda, ou talvez, última chance de concluir a Educação Básica; aquele que 
teve pouco ou quase nada de escola e ainda a vê como um modelo tradicional, na 
qual apenas a escrita e a leitura dão conta de um aprendizado significativo. 
Juntamente com este público, há muitos jovens que por algum motivo 
abandonaram o ensino regular e veem o CEEBJA como a única chance de concluir 
a Educação Básica. Estes, diferente dos adultos, não aceitam mais o modelo 
tradicional, ao contrário, querem aulas dinâmicas, interativas e funcionais, travando 
muitas vezes um embate de ideias e atitudes. 
No intuito de contemplar os diferentes sujeitos, as Diretrizes Curriculares da 
Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná apresentam os eixos que 
devem nortear o trabalho pedagógico na EJA: a Cultura o trabalho e o tempo. 
Cultura, por ser produto de significações da atividade humana, “[...]a arte, a 
ciência, a linguagem, os costumes, os hábitos de vida, os sistemas morais, as 
instituições sociais, as crenças, as formas de trabalhar” (SACRISTÀN, 2001, p.105). 
Trabalho, por ser compreendido como a forma de produção da vida material, 
não se reduzindo à preocupação para o mercado de trabalho, mas como ação pela 
qual o homem transforma a natureza e a si mesmo. 
15 
 
 
 
Tempo: físico, vivido e pedagógico. Físico, ligado à organização escolar, 
tempo de ação pedagógica; vivido, tanto do docente nas suas experiências 
pedagógicas, formação e ação, quando do discente, nas suas experiências sociais, 
escolares e pedagógicas, tempo destinado à escolarização e socialização do 
conhecimento. 
Estes eixos devem se unir para efetiva apropriação do conhecimento, não se 
restringindo à simples transmissão, mas à compreensão. 
Embora tenha tido muitos sucessos, a educação de jovens e adultos possui 
características próprias e tem muito a avançar. A EJA pode contribuir para que seu 
público desenvolva suas habilidades intelectuais, suas capacidades de participação 
social, sejam críticos, tenham independência, autonomia, aumentem sua 
consciência e interação com o mundo. 
 
 
Indicação de Leitura 
 
- INSTRUÇÃO Nº 032/2010 – SUED/SEED 
 
http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes/instrucao0322010.pdf 
 
 
Importante! 
 
 A instrução 32/2010, trata da carga horária do curso do Ensino Fundamental 
Fase II e da idade para ingresso na modalidade de educação de Jovens e Adultos. 
 
 
Indicação Cultural 
 
 
1. Narradores de Javé: Direção: Eliane Caffé. Roteiro: Eliane Caffé e Luis Alberto 
de Abreu. Gênero: Drama. Brasil, 2003. Duração: 100 minutos. 
O filme aborda a questão das dificuldades enfrentadas por uma comunidade, 
a cidade de Javé, no interior da Bahia, ameaçada de ser inundada por uma 
hidroelétrica se não elaborarem um dossiê alegando que o local deve ser 
preservado como patrimônio histórico. O fato de poucos moradores saberem ler e 
apenas o carteiro saber escrever, os leva a uma sofrida batalha para salvar sua 
comunidade. 
http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes/instrucao0322010.pdf
16 
 
 
 
2. Quem quer serum milionário? Direção: Danny Boyle. Roteiro: Simon Beaufoy. 
Gênero: Drama. Filme Britânico, 2008. Duração: 120 minutos. 
 O drama, filmado na Índia, conta a história de Jamal, um menino que viveu a 
infância em uma comunidade muito pobre, quase não foi à escola e passa por todos 
os problemas inimagináveis na vida. Aos dezoito anos, fica milionário participando 
de um programa de perguntas de respostas na televisão. Sua brilhante atuação e 
pouca escolaridade levantam suspeitas de trapaça, fazendo com que a polícia o 
prenda para um interrogatório massacrante. Jamal, porém conta à polícia a história 
da sua vida nas ruas e justifica que todas as respostas corretas que deu foram 
associadas a acontecimentos vividos. A polícia acredita em sua versão e o libera 
para responder a última pergunta que o faz milionário. 
 
 
QUESTÕES PARA REFLEXÃO 
 
 
 
1. Após a leitura do texto “A EJA e seu público”, reflita sobre a importância desta 
modalidade de ensino para a garantia de direitos assegurados na LDB nº 
9394/96, no artigo 37, que estabelece: “A Educação de Jovens e Adultos será 
destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no 
Ensino Fundamental e Médio na idade própria”. Como este direito seria 
garantido sem a modalidade EJA? Quais os maiores desafios para o aluno 
adulto que volta à escola? 
 
2. Paulo Freire (1996), diz que os alunos jovens e adultos “[...] já trazem consigo 
para a sala de aula uma leitura articulada do mundo”. Diante desta afirmação, 
reflita sobre a relação entre educação formal e a aprendizagem/conhecimento de 
mundo. Como estes conhecimentos podem se complementar? Qual a 
importância de cada um para uma aprendizagem significativa? Que elementos 
extrair da realidade do aluno para tornar significativa a relação da vida com o 
conteúdo proposto? 
17 
 
 
 
 
3. O PPP é um documento legal, elaborado pelo coletivo escolar, que partiu de um 
diagnóstico da escola. Neste documento estão explícitas as concepções de 
homem, sociedade, educação, aprendizagem, planejamento e avaliação que 
fundamentarão o trabalho pedagógico. Ciente disto, reflita: Quando cheguei à 
EJA, me interessei em tomar conhecimento deste documento? Quanto ele me 
auxiliou para a compreensão desta modalidade e suas especificidades? 
 
4. Os filmes indicados tratam das dificuldades enfrentadas por pessoas que tiveram 
sua história escolar interrompida. Faça uma relação entre eles apontando as 
semelhanças, diferenças e conquistas alcançadas. Imagine como seria a vida 
destas pessoas se tivessem tido a oportunidade de uma escolarização 
adequada. Qual foi a importância do conhecimento de mundo para elas? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
 
UNIDADE 2 
 
 
ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA EJA 
 
 
2.1 MATRÍCULA 
 
 
A Proposta Pedagógica-Curricular - PPC da EJA do Paraná, estabelece que 
nesta modalidade de ensino a matrícula se dá por disciplina e o aluno pode se 
matricular, se houver horário compatível, em até quatro disciplinas, tanto na 
organização coletiva quanto na individual, formas de organização de estudos da 
EJA. 
A matrícula é realizada diretamente no CEEBJA. O Cadastro Geral de 
Matrícula – CGM, pode ser feito a qualquer tempo. Em 2014, conforme a instrução 
002/2014, quatro períodos anuais foram destinados à matrícula, tanto no 
atendimento coletivo como na forma individualizada por disciplina, porém esta 
tentativa não atendeu às necessidades da modalidade e a instrução foi cancelada, 
voltando, portanto as matrículas a qualquer tempo, conforme a instrução nº 13/2014. 
Para ter garantido o seu ingresso na EJA, segundo o artigo 7º da Deliberação 
05/10, do Conselho Estadual de Educação – CEE, o jovem deve ter idade mínima de 
15 anos completos para o ensino fundamental e 18 anos completos para o ensino 
médio, não havendo um limite máximo de idade, portanto, é possível encontrar em 
uma mesma sala, alunos de 15 a 70 anos ou mais. Sobre esta heterogeneidade, 
Oliveira, (2004, p.59-60), destaca: 
 
O jovem tem um olhar para o futuro. Na transição da infância para a fase 
adulta está ligado às inovações tecnológicas, aos modismos dos meios 
de comunicação, ou seja, às mudanças que ocorrem no mundo. O adulto 
está interessado na vida profissional, na sua inserção no mercado de 
trabalho, olhando para a sua situação de vida presente. O idoso busca 
ser cidadão, viver a sua vida em sociedade, sendo respeitado como 
pessoa e pelo seu passado, pela sua história de vida. Almeja viver na 
sociedade com dignidade. 
 
 
Gerações diferentes não só em idade, mas na forma de pensar e nos 
interesses. 
19 
 
 
 
 
 
Indicação de Leitura 
 
- INSTRUÇÃO N° 13/2014 - SUED/SEED 
http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes2014%20sued%20seed/instru
cao0132014seedsued.PDF 
 
 
Importante! 
 
A Instrução 13/2014, trata da organização da oferta das Disciplinas para os 
cursos do Ensino Fundamental Fase II e Ensino Médio, na modalidade da Educação 
de Jovens e Adultos – EJA. 
 
2.2 MATRIZ CURRICULAR 
 
 
 A EJA segue os mesmos conteúdos curriculares previstos nas Diretrizes 
Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná, porém por se tratar de um 
público distinto, de jovens, adultos e idosos, sua organização é peculiar. Segundo a 
Proposta Pedagógica – Curricular (2006), não contempla a cultura da aceleração, 
 
[...] mas compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura 
geral, de modo que os educandos venham a participar política e 
produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e 
compromisso político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual 
e moral. 
 
 
Levando em conta o conhecimento de mundo que o público da EJA traz, a 
carga horária ofertada para esta modalidade de ensino, prevista na Proposta 
Pedagógica Curricular, respeitando a Legislação é de 1600 horas para o Ensino 
Fundamental Fase II e 1200 horas para o Ensino Médio. Mesmo este número 
representando quase a metade da carga horária prevista para o ensino regular, os 
conteúdos são os mesmos, mas os encaminhamentos metodológicos são 
http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes2014%20sued%20seed/instrucao0132014seedsued.PDF
http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes2014%20sued%20seed/instrucao0132014seedsued.PDF
20 
 
 
 
diferenciados, levando seriamente em consideração as particularidades de cada um, 
seu conhecimento, sua cultura, experiências e vivência. 
 
 
Indicação de Leitura: 
 
1. Diretrizes Curriculares EJA 
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/diretrizes/dce_eja.pdf 
 
2. Manual de Orientações da EJA 
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/manual_orientacoes_eja
_2012.pdf 
 
Importante! 
 
1. As diretrizes curriculares são um documento oficial, orientador do currículo para 
toda a rede pública estadual. Trata das especificidades da Educação Básica e são 
organizadas a partir das disciplinas que compõem a base nacional comum e a parte 
diversificada, orientando a organização de cada disciplina. 
 
2. O manual de Orientações da EJA é um documento que contém orientações 
importantes e específicas sobre a organização e funcionamento da EJA. 
 
 
 
2.3 APROVEITAMENTO DE ESTUDOS 
 
 Em se tratando da Educação de Jovens e Adultos, há de se considerar aquilo 
que o aluno já cursou, seja em uma escola regular ou em outra EJA. Assim, no 
momento da matrícula, o aluno pode, mediante documento que comprove a 
conclusão, requerer aproveitamento de estudos, cursados regularmente em séries, 
disciplinas ou exames de suplência. 
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/diretrizes/dce_eja.pdf
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/manual_orientacoes_eja_2012.pdf
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/manual_orientacoes_eja_2012.pdf
21 
 
 
 
 Cada série concluída – no ensino regular - equivale a umaproveitamento de 
25% da carga horária de cada disciplina, podendo aproveitar até 75% no ensino 
fundamental fase II e até 50% no ensino médio. Já no ensino médio com 
organização por blocos, o aproveitamento só se dará se o aluno tiver cursado dois 
blocos completos. 
 Além do aproveitamento de estudos, se o requerente não comprova sua 
escolarização formalmente, por meio do histórico escolar, a escola pode adotar o 
procedimento de classificação, amparada pelo Art. 22 da Deliberação 09/01, do 
Conselho Estadual de Educação/PR. A avaliação para classificação deve ser 
elaborada, aplicada e avaliada pelos professores das disciplinas e pela equipe 
pedagógica, já que tem cunho pedagógico e visa a medição do conhecimento. Após 
o processo, o resultado deve ser lavrado em ata, assinada pela comissão 
responsável e em seguida arquivada na pasta individual do aluno. 
 Também é possível, a reclassificação, processo em que a escola pode avaliar 
o educando que já tenha frequentado 25% da carga horária total da disciplina, dando 
possibilidade de avanço, conforme comprovação de apropriação de conhecimento, 
posicionando-o em mais 25%, 50% ou 75% da carga horária total da disciplina, no 
Ensino Fundamental Fase II e em mais 25% ou 50% no Ensino Médio, através de 
uma avaliação elaborada, aplicada e avaliada pelo professor da disciplina e equipe 
pedagógica, acompanhado pelo Núcleo Regional de Educação. 
 O processo e o resultado da reclassificação devem ser registrados em ata, 
assinada pela comissão responsável e em seguida arquivada na pasta individual do 
aluno. 
 
Indicação de Leitura 
 
1. Deliberação 09/2001 
http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/deliberacoes/deliberacao072005.pdf 
 
2. Instrução 020/2008 
http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes/instrucao202008.PDF 
 
http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/deliberacoes/deliberacao072005.pdf
http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes/instrucao202008.PDF
22 
 
 
 
3. Instrução 02/2009 
http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes/instrucao022009.pdf 
 
Importante! 
 
1. A deliberação 09/01 trata da matrícula de ingresso, por transferência e em regime 
de progressão parcial; o aproveitamento de estudos; a classificação e a 
reclassificação; as adaptações; a revalidação e equivalência de estudos feitos no 
exterior e regularização de vida escolar em estabelecimentos que ofertem Ensino 
Fundamental e Médio nas suas diferentes modalidades. 
 
2. A Instrução 020/2008 estabelece os procedimentos para o processo de 
reclassificação de alunos. 
 
3. A Instrução 02/2009 orienta sobre os procedimentos relacionados ao registro em 
documentos escolares da Progressão Parcial no Ensino Fundamental e Médio, e da 
Classificação e Reclassificação no Ensino Fundamental e Médio na Educação de 
Jovens e Adultos – EJA. 
 
 
2.4 ORGANIZAÇÃO DE TURMAS 
 
2.4.1 Organização Coletiva 
 
Organização coletiva é aquela formada por um grupo de alunos, em uma 
mesma sala de aula, cursando o mesmo conteúdo de uma disciplina. Nesta 
organização, a escola programa um cronograma de ofertas de até quatro disciplinas, 
sempre em aulas geminadas em duas ou três vezes por semana, determinando 
dias, períodos e horários de aulas, prevendo datas de início e fim das disciplinas 
ofertadas. As turmas podem ser formadas para cursar 100%, para iniciantes ou 
reunindo alunos com o mesmo percentual da carga horária cursada: 75%, 50% ou 
http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes/instrucao022009.pdf
23 
 
 
 
25%, de acordo com a comprovação de aproveitamento apresentada pelo aluno no 
ato da matrícula. 
O encaminhamento e condução dos trabalhos e conteúdos em sala de aula 
se dão de forma coletiva, porém respeitando os conhecimentos, a visão de mundo, 
as experiências e o ritmo de cada um. 
A organização coletiva é destinada, preferencialmente, àqueles que podem 
frequentar com assiduidade as aulas, a partir de um horário definido, porém 
qualquer pessoa pode se matricular nesta organização, desde que tenha 
possibilidades de cumprir o cronograma estabelecido, frequentando as aulas 
regularmente, já que a frequência mínima de 75% do total da carga horária de cada 
disciplina é obrigatória. 
 Na organização coletiva da EJA, o professor utiliza, para controle de 
frequência do aluno, o Livro Registro de Classe, Código – 1058, registrando o 
conteúdo da aula, a presença ou a falta do aluno. 
 
 
2.4.2 Organização Individual 
 
A organização individual, quase extinta atualmente, é destinada aos 
educandos que trabalham e comprovam a impossibilidade de frequentar 
assiduamente as aulas por conta dos horários e para os que passaram por 
classificação ou apresentaram aproveitamento de estudos, mas no momento da 
matrícula, não havia turma coletiva organizada à sua necessidade. 
Na organização individual, o fundamento básico é o respeito pelo ritmo de 
cada um e pelo tempo que cada indivíduo tem para participar da educação escolar. 
Cabe salientar que esta organização não é sinônimo de apenas um aluno 
para um docente. Ela se dá, através de um cronograma elaborado pela escola, 
determinando dias e horários em que a disciplina será ofertada. O docente pode ter 
uma turma com 20 alunos, mas cada um em um ritmo, com carga horária e temática 
diferentes, com saberes apropriados distintos e tempos diferenciados; Os alunos 
que frequentam a organização individual poderão ter conteúdos e avaliações 
individuais ou em grupos, desde que lhes sejam assegurados o respeito pelo ritmo 
individual e a construção dos saberes. 
24 
 
 
 
Na Organização Individual, o aluno, obrigatoriamente, deve cumprir 100% do 
total da carga horária de cada disciplina, em sala de aula. O controle de frequência 
do aluno é feito através da Ficha de Registro de Avaliação, Frequência e Conteúdo, 
código - 10652, na qual o docente registra o dia e horas-aula frequentados pelo 
aluno. 
 Tanto na Organização Individual, quanto na Coletiva, o aluno que deixar de 
comparecer às aulas por dois meses conseguintes, será desistente e se voltar, num 
prazo de até dois anos, terá que reativar sua matrícula, mas poderá aproveitar a 
carga horária frequentada. Após dois anos, não terá aproveitamento da carga 
horária cursada e a escola deve fazer uma rematrícula. 
 
Indicação de Leitura 
 
Instrução 07/2010 
http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes/instrucao072010.pdf 
 
Importante! 
 
A instrução 07/2010 estabelece as normas para preenchimento do Livro 
Registro de Classe na Rede Estadual de Educação. 
 
 
 
2.5 AÇÃO PEDAGÓGICA DESCENTRALIZADA 
 
 
 Ação Pedagógica Descentralizada – APED, são turmas de EJA que 
funcionam fora do CEEBJA, em locais de difícil acesso, em outras escolas que não 
ofertam a modalidade EJA, mas há demanda discente. Estas turmas ofertam apenas 
a organização coletiva, de quatro horas-aula em quatro dias da semana e são 
atendidas por até dois professores, em até duas disciplinas, preferencialmente no 
período noturno. As APEDs funcionam respeitando a Proposta Pedagógica e o 
Regimento Escolar da Escola Sede. 
 
2
 Modelo da Ficha em anexo. 
http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes/instrucao072010.pdf
25 
 
 
 
 A matrícula para a APED, segue as normas e instruções de matrícula da 
SEED e cada disciplina ofertada obedece a um cronograma especial do CEEBJA 
que deve cumprir 100% da carga horária total de cada disciplina de acordo com a 
Matriz Curricular, não podendo ultrapassar três anos letivos, contados a partir da 
data de início. 
No ano de 2014, o CEEBJA de Pitanga contou com 11 turmas de APEDs, 
sendo 08 de Ensino Fundamental e 03 de Ensino Médio. 
 
Indicação de Leitura 
 
Instrução 17/2010 
http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes2010%20sued%20seed/instru
cao172010.pdf 
 
Importante! 
 
A Instrução17/2010 trata das APEDs – Ações Descentralizadas da Educação 
de Jovens e Adultos da Rede Pública Estadual. 
 
2.6 SISTEMA DE AVALIAÇÃO 
 
Na Diretriz Curricular Estadual de Educação de Jovens e Adultos (DCE), 
sobre avaliação encontramos: “[...] a educação deve ser o centro da ação do 
professor e os exames devem ser usados como meios de estimular o trabalho 
intelectual da aprendizagem dos educandos” (p. 40). Ainda na DCE: “A avaliação é 
um meio e não um fim em si. É um processo contínuo, diagnóstico, dialético e deve 
ser tratada como integrante das relações de ensino-aprendizagem” (p. 42). Para 
Luckesi (2000), a avaliação da aprendizagem é um recurso pedagógico útil e 
necessário para auxiliar o educador e o educando na busca e na construção de si 
mesmo e do seu melhor modo de estar na vida (p,23). 
Na EJA, busca-se uma avaliação que tenha finalidade de acompanhar o 
educando, diagnosticar resultados e aperfeiçoar o processo de ensino-
http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes2010%20sued%20seed/instrucao172010.pdf
http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes2010%20sued%20seed/instrucao172010.pdf
26 
 
 
 
aprendizagem, dando oportunidade concreta de reflexão, tanto do professor quanto 
do aluno para uma efetiva apropriação do conhecimento. Sendo assim, uma 
avaliação diagnóstica, sistemática e permanente, com utilização de instrumentos 
diversificados, voltada para as necessidades e considerando o perfil de cada 
educando e a função social da EJA, é o tipo de avaliação ideal. 
Para Luckesi (1999), a avaliação “é como um julgamento de valor sobre 
manifestações relevantes da realidade, tendo em vista, uma tomada de decisão" 
(p.33). O mesmo autor também chama a atenção para a avaliação com incumbência 
de classificação, pois esta não contribui para o crescimento discente e tampouco do 
professor, ainda conclui: “Para não ser autoritária e conservadora, a avaliação tem a 
tarefa de ser diagnóstica, ou seja, deverá ser o instrumento dialético do avanço, terá 
de ser o instrumento da identificação de novos rumos” (p.43). 
 O sistema de registro de notas na EJA, se dá de duas a seis notas por 
disciplina, podendo o professor optar por avaliações escritas, orais ou outras 
ferramentas avaliativas, devendo o aluno atingir no mínimo a média 6,0. Se o aluno 
não conseguir alcançar a média, o docente deve submetê-lo à recuperação de 
estudos que se dá simultaneamente ao processo de ensino-aprendizagem e é direito 
de todo educando. A EJA não se utiliza da ferramenta Conselho de Classe, mas 
Conselho de avaliação, então na organização coletiva quando o aluno não atinge a 
média, o Conselho de Avaliação é reunido e pode indicar o remanejamento do aluno 
para a organização individual, com o objetivo do aluno ter mais tempo, em seu ritmo, 
para se apropriar dos conteúdos inalcançados na disciplina, sem prejuízos na carga 
horária cursada. 
 
 
2.7 EXAME DE SUPLÊNCIA 
 
Exames de suplência ou de massa oferecem oportunidade de conclusão do 
Ensino Fundamental ou do Ensino Médio. São ofertados na modalidade On-line e 
presencial/convencional, formado pelas disciplinas da Base Nacional Comum e 
Diversificada respeitando as Diretrizes Curriculares Nacionais. 
A oferta online do exame, a partir de 2014 acontece em sete momentos 
alternados, sendo três para o Ensino Fundamental e quatro para o Médio, nos 
27 
 
 
 
meses de Julho a Dezembro, onde o aluno inscrito poderá fazer o exame em até 6 
disciplinas, podendo concluir uma etapa de ensino em dois momentos. O exame é 
realizado no laboratório de informática do CEEBJA, acompanhado por um aplicador 
responsável da Instituição de ensino, num único dia, nos períodos da manhã, tarde e 
noite, com alternação de disciplina entre os turnos. Os requisitos para inscrição no 
exame são as idades: 15 anos completos para o ensino fundamental e 18 para o 
ensino médio, além de outros descritos no edital 50/2014 da SEED. O exame 
convencional1 no ano de 2014 não foi ofertado, apenas para alunos com privação de 
liberdade. 
Os exames, por serem regulamentados por edital próprio anualmente, são 
imprevisíveis, então não se pode garantir a sua continuidade. 
 
Indicação de Leitura 
 
Edital 50/2014 
http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/editais/edital502014gsseed.pdf 
 
Importante! 
 
 O Edital 50/2014 trata das inscrições dos exames da EJA no Paraná, em 
nível de conclusão do Ensino Fundamental e Ensino Médio, ofertas on-line e 
convencional3 – 2014. 
 
 
QUESTÕES PARA REFLEXÃO 
 
 
1. Na fala de Oliveira, o jovem tem um olhar para o futuro, está ligado às inovações 
tecnológicas, às mudanças. Já o adulto está interessado na vida profissional, no 
presente. E o idoso, busca viver em sociedade, ser respeitado por sua história de 
vida. Temos, portanto, três gerações com interesses e perspectivas distintas. Como 
 
3
 Exame Convencional é aquele que utiliza material (prova) impresso. 
http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/editais/edital502014gsseed.pdf
28 
 
 
 
organizar um currículo que não ignore tais diferenças e dê a todos as mesmas 
oportunidades? 
 
2. De acordo com a sua experiência no ensino regular e na EJA, relate quais são as 
dificuldades encontradas e quais são os problemas relacionados ao currículo 
proposto para a EJA. 
 
3. A organização de um CEEBJA é diferente do Ensino Regular: oferta não seriada, 
mas por etapa – Fundamental Fase II e Médio, organização de turmas, carga 
horária, exame de suplência, APED, etc. Como se apropriar de tais informações tão 
logo chegue a um CEEBJA, já que a formação do professor não abrange tanta 
especificidade? 
 
4. A EJA, mais do que as outras modalidades de ensino, é regida por documentos 
como: instruções, editais, deliberações e resoluções. Qual deve ser a postura dos 
educadores, em relação a tais documentos? Quais as possíveis implicações 
decorrentes do desconhecimento das leis que regem esta modalidade? 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
 
UNIDADE 3 
 
FORMAÇÃO DO PROFESSOR 
 
Uma reflexão sobre a formação recebida e a formação necessária 
para atuação na EJA 
 
As rápidas transformações pelas quais a nossa sociedade está passando, 
tem ocasionado grande pressão para que as escolas se adequem para acompanhar 
essa evolução, já que ela tem e recebe grande influência social, política, cultural, 
tecnológica e econômica. 
Toda esta influência torna muito maior o desafio de atuar na educação de 
Jovens e Adultos sem formação adequada. 
 
Os professores que trabalham na educação de Jovens e Adultos, em sua 
quase totalidade, não estão preparados para o campo específico de sua 
atuação. Em geral, são professores leigos ou recrutados no próprio corpo 
docente do ensino regular. Note-se que na área específica de formação 
de professores, tanto em nível médio quanto em nível superior, não se 
tem encontrado preocupação com o campo específico da EJA. 
(HADDAD; DI PIERRO, 1994, p. 15). 
 
 
Os profissionais, especialmente docentes que assumem suas funções na 
EJA, geralmente são os mesmos que atuam nas escolas de ensino regular, 
profissionais que não tiveram incluídas na sua formação as exigências 
características desta modalidade de ensino. 
 
Com maior razão, pode-se dizer que o preparo de um docente voltado 
para a EJA deve incluir, além das exigências formativas para todo e 
qualquer professor, aquelas relativas à complexidade diferencial desta 
modalidade de ensino. Assim esse profissional do magistério deve estar 
preparado para interagir empaticamente com esta parcela de estudantes 
e estabelecer o exercício do diálogo. Jamais um professor aligeirado ou 
motivado apenas pela boa vontade ou por um voluntariado idealista e 
sim um docente que se nutra do geral e também das especificidades que 
a habilitação como formação sistemática requer. (Parecer 11/2000, p. 
56). 
 
 
30 
 
 
 
Pensara formação do docente que atua na EJA, é lembrar que a Educação 
de Jovens e Adultos tem uma realidade específica, um público específico de 
pessoas que já vivem no mundo do trabalho, com responsabilidades, experiências, 
valores, perspectivas diferenciadas e uma gama de conhecimentos. Mas também 
adolescentes com defasagem de idade-série, excluídos, marginalizados e que, 
portanto, não admitem a mesma pedagogia educacional utilizada nas escolas 
regulares. 
Para qualquer destes públicos, o professor precisa estar preparado com boa 
formação e consciência de que ela nunca se acaba. "Ninguém nasce educador ou 
marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma, como 
educador, permanentemente, na prática e na reflexão da prática". (FREIRE, 1997, 
58). A formação inicial não basta, conhecimento se atualiza e se aperfeiçoa, 
especialmente se ele for pautado por situações vividas, reflexivas que resultem em 
retomada de reflexões sobre a profissão, atuação e limitações. 
Os cursos de formação de professores não tem proporcionado uma formação 
abrangente, de forma que este profissional possa atuar em qualquer modalidade de 
ensino, ao contrário disso, temos visto uma formação precária e fragmentada. 
Quando analisamos as matrizes curriculares4 dos cursos de licenciatura, 
como Letras, História e Pedagogia da UNICENTRO5, é possível entender a 
precariedade na formação do professor. Elas não oferecem uma disciplina de EJA, 
nem mesmo obrigam estágio nesta modalidade, apenas o curso de pedagogia 
oferece esta disciplina, porém apenas no quarto ano, numa carga horária de 68 
horas, sem obrigatoriedade de estágio. 
A privação da EJA no currículo destes cursos causa perdas. E, sobre esta 
privação, Ribeiro (1999, p. 197) destaca: 
 
 
[...] cabe ressaltar que a problemática da educação de jovens e adultos 
merece compor o currículo de formação básica de todos os educadores. 
Afinal, diz respeito a todos a luta contra a exclusão social e educativa, a 
superação da perspectiva assistencialista da educação compensatória e a 
 
4
 Matrizes Curriculares disponíveis em: http://sites.unicentro.br/wp/historia/matriz-curricular/. Acesso 
em 07/11/2014. 
5
 Universidade Estadual do Centro Oeste. Guarapuava - Paraná. 
http://sites.unicentro.br/wp/historia/matriz-curricular/
31 
 
 
 
articulação de sistemas de ensino inclusivos, que viabilizem múltiplas 
trajetórias de formação. 
 
 
Sendo assim, os cursos de especialização e formação continuada para 
qualificar os profissionais à apropriação dos conhecimentos necessários, são uma 
boa estratégia para a reflexão da prática pedagógica em EJA. 
Silva defende a formação continuada, mas com base na realidade da escola: 
 
Defendemos a proposta de que a formação continuada deve se dar com 
base na realidade da própria escola, em suas reais necessidades e seu 
projeto pedagógico. Não se pode pensar a perspectiva de uma nova escola 
sem colocar como meta primordial a formação continuada. Para tanto, é 
necessário que a escola se constitua num espaço de crescimento do 
professor. (SILVA, 2002, p. 15) 
 
 
Não há como negar que a formação continuada com base nas teorias que 
sustentam a EJA e nas teorias pedagógicas sobre a juventude e a vida adulta, 
aliadas à reflexão e prática que a cada dia ensina o professor a conhecer seu aluno 
é o caminho para o sucesso educacional desta modalidade. Paulo Freire (1996, p. 
39) evidencia a importância da formação constante e da reflexão do professor: 
 
É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode 
melhorar a próxima prática. O próprio discurso teórico, necessário à reflexão 
crítica, tem de ser de tal modo concreto que quase se confunda com a 
prática. O seu “distanciamento” epistemológico da prática enquanto objeto 
de sua análise, deve dela “aproximá-lo” ao máximo. 
 
 
O educador da EJA precisa procurar permanentemente por qualificação 
profissional para que suas ações pedagógicas sejam condizentes com as 
necessidades dos educandos jovens e adultos, para que a práxis esteja presente em 
seu meio e para que atenda a demanda que a nossa sociedade está exigindo nos 
dias atuais. 
 
A responsabilidade ética, política e profissional do ensinamento lhe coloca o 
dever de se preparar, de se capacitar, de se formar antes mesmo de iniciar 
sua atividade docente. Essa atividade exige que sua preparação, sua 
capacidade, sua formação se tornem processos permanentes. Sua 
experiência docente, se bem percebida e bem vivida, vai deixando claro que 
ela requer uma formação permanente do ensinamento. Formação que se 
funda na análise crítica de sua prática. (FREIRE, 1993, p. 28). 
32 
 
 
 
 
Uma boa formação dos profissionais que atuarão na EJA, contribuirá muito 
mais na conquista da qualidade da educação para aqueles que buscam na escola o 
sentido de fazer parte da sociedade, de serem reconhecidos e respeitados como 
verdadeiros cidadãos. 
 
 
Indicação de Leitura 
 
1. Livro: Formação de Educadores de Jovens e Adultos. Org. Leôncio Soares. 
http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001493/149314porb.pdf 
 
2. Livro: Formação de Educadores de Jovens e Adultos – II Seminário. Org. 
Maria Margarida Machado. – Brasília: Secad – MEC, UNESCO, 2008. 
 
Importante! 
 
1. O Livro, resultado do I Seminário Nacional sobre a formação do Educador de 
Jovens e Adultos, contem quinze textos discutidos no evento sobre formação inicial 
e continuada do educador da EJA. 
 
2. O Livro é resultado do II Seminário Nacional sobre a formação do Educador de 
Jovens e Adultos. Apresenta textos reflexivos sobre a temática, bem como os 
resultados do encontro, os desafios e perspectivas futuras em relação à formação do 
educador da EJA. 
 
Indicação Cultural 
 
Como estrelas na terra. Direção: Aamir Khan. Roteiro: Amole Gupte. Gênero: 
Drama. India, 2007. Duração: 165 minutos. 
 O filme trata sobre uma criança, um menino de 9 anos com dislexia. Na 
escola sofre com a reprovação e severas punições por ter dificuldades e em casa 
http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001493/149314porb.pdf
33 
 
 
 
pela incompreensão da família. Inteligente, criativo e curioso, tem sua dislexia e 
seus talentos descobertos pelo novo professor de artes que, através de sua 
sensibilidade e interesse o compreende, orienta seus pais, dá apoio e ensino 
adequado e descobre um verdadeiro gênio. 
 
 
QUESTÕES PARA REFLEXÃO 
 
 
1. No texto “Formação do Professor”, da unidade III, há a afirmação de que os 
profissionais que assumem suas funções na EJA, geralmente são os mesmos que 
atuam nas escolas regulares; profissionais que não tiveram incluídas na sua 
formação as exigências características desta modalidade de ensino. Reflita sobre a 
sua formação: Tive uma disciplina que abordasse o tema EJA? Fiz algum estágio 
nesta modalidade? Tive suporte teórico que possa me auxiliar na prática? 
 
2. Pense em uma turma do sexto ao nono ano do ensino regular (com idade/série 
compatíveis) e em uma turma do ensino Fundamental Fase II de EJA, com alunos 
de 15 a 70 anos. Compare-as quanto às semelhanças, diferenças e especificidades. 
Qual a importância do currículo como definidor do que, como e para que os 
conteúdos serão trabalhados? Qual a importância do currículo trazer questões 
políticas, econômicas, culturais e históricas, ultrapassando a ideia de simples 
seleção de conteúdos? 
 
3. Paulo Freire (1997, 58), diz: "Ninguém nasce educador ou marcado para ser 
educador. A gente se faz educador, a gente se forma, como educador, 
permanentemente, na prática e na reflexão da prática". Com base nas palavras do 
autor, pode-se questionar: É possível se fazer educador do ensino formal na prática, 
sem nenhuma teoria? É possível se fazer educador na teoria sem nenhuma prática? 
 
34 
 
 
 
4. No texto: “Reflexões sobre a Formação de Educadores de Jovens e Adultos em 
Redesde Ensino Públicas” de Maria Aparecida Zanetti – Livro Formação de 
Educadores de Jovens e Adultos, 2008, a autora afirma que para a formação dos 
educadores de EJA ser de fato formação e não instrução ou treinamento, é 
fundamental a constituição de coletivos, com espaços e tempos garantidos diante 
das especificidades dessa modalidade educacional. Como conseguir tal constituição 
para melhor conhecer a comunidade escolar, seu entorno, suas relações e 
especificidades diante da grande rotatividade de profissionais a cada ano? 
 
5. O filme “Como Estrelas na Terra”, trata sobre um menino de 9 anos com dislexia 
que sofre na escola com a reprovação e severas punições por ter dificuldades. Em 
casa sofre pela incompreensão da família. O aluno de EJA muitas vezes também é 
incompreendido, devido às suas limitações. No filme, o menino é descoberto como 
verdadeiro gênio das artes, por meio da sensibilidade e interesse de um professor. 
Como agir perante as dificuldades dos nossos alunos? Como saber ou compreender 
o potencial de cada um, em uma escola com tantas diferenças? Como perceber as 
dificuldades do aluno em sala? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
 
UNIDADE 4 
 
O trabalho do Pedagogo na EJA – Desafios e perspectivas 
 
 
O curso de Pedagogia no Brasil passou por várias reformulações desde a sua 
criação, na tentativa de adequar o curso às necessidades da escola. O curso já 
formou bacharel com habilitação técnica na área educacional, licenciado para atuar 
na docência e dar aula no ensino secundário e normal, especialista em orientação e 
supervisão educacional, administração e inspeção escolar. 
Em 2006, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia, na 
tentativa de encontrar uma identidade própria, determinam que o curso de 
pedagogia deve ser pautado na docência, extinguindo as habilitações e indicando 
que a formação deverá ser teórica, dentro de uma diversidade de conhecimentos, 
implicando assim a licenciatura como identidade do pedagogo. 
Analisemos o Edital Nº 17/2013 (p.2, item 2.3.1) do concurso público do 
Estado do Paraná e a descrição do cargo professor-pedagogo: 
 
Atividades de Suporte Pedagógico direto à docência na Educação 
Básica, voltadas para planejamento, administração, supervisão e 
orientação educacional, incluindo, entre outras, as seguintes atribuições: 
coordenar a elaboração e execução da proposta da escola; administrar o 
pessoal e os recursos materiais e financeiros da escola, tendo em vista o 
atingimento de seus objetivos pedagógicos: assegurar o cumprimento 
dos dias letivos e horas-aula estabelecidas; zelar pelo cumprimento do 
plano de trabalho dos docentes: prover meios para a recuperação dos 
alunos de menor rendimento: promover a articulação com as famílias e a 
comunidade criando processos de integração da sociedade com a 
escola; informar os pais ou responsáveis sobre a frequência e o 
rendimento dos alunos, bem como sobre a execução da proposta 
pedagógica da escola; coordenar, no âmbito da escola, as atividades de 
planejamento, avaliação e desenvolvimento profissional; acompanhar e 
orientar o processo de desenvolvimento dos estudantes, em colaboração 
com os docentes e as famílias; elaborar estudos, levantamentos 
qualitativos e quantitativos indispensáveis ao desenvolvimento do 
sistema ou rede de ensino ou da escola; elaborar, implementar, 
acompanhar e avaliar planos, programas e projetos voltados para o 
desenvolvimento do sistema e/ ou rede de ensino e da escola, em 
relação a aspectos pedagógicos, administrativos, financeiros, de pessoal 
e de recursos materiais; acompanhar e supervisionar o funcionamento 
das escolas, zelando pelo cumprimento da legislação e normas 
educacionais e pelo padrão de qualidade de ensino. 
 
36 
 
 
 
Todas essas atribuições descritas no edital servem para qualquer escola ou 
modalidade de ensino, deixando claro que apenas a nomenclatura mudou, mas as 
funções não mudaram, apenas se acumularam. Desta forma, o pedagogo chegou 
nas escolas com uma formação inadequada e sem momentos de estudos para 
compreensão das novas funções que o cargo exige: domínio de conteúdo científico, 
pedagógico e técnico. Sobre tais funções, Franco (2003, P.110), elucida: 
 
O pedagogo será aquele profissional capaz de mediar teoria pedagógica e 
práxis educativa e deverá estar comprometido com a construção de um 
projeto político voltado à emancipação dos sujeitos da práxis na busca de 
novas e significativas relações sociais desejadas pelos sujeitos. 
 
 
Com todas e por todas as funções atribuídas ao pedagogo, seu trabalho fica 
ineficiente. E, a falta de reflexão e organização de um plano de ação eficiente, 
direcionado especialmente às especificidades da EJA, suas ações acabam 
descaracterizadas. 
O problema que deu origem a esta produção pedagógica foi a observação da 
inquietação e dificuldade dos novos profissionais que chegam a cada ano no 
CEEBJA e desconhecem a organização e funcionamento da modalidade de 
Educação de Jovens e Adultos, diferente do ensino regular, exigindo do pedagogo 
uma postura de orientação docente. No entanto, como saber quais são as maiores 
dificuldades encontradas por estes profissionais? Como o pedagogo pode orientar 
de forma eficaz o professor que chega para trabalhar na EJA e não conhece a sua 
organização? 
No início deste trabalho, muitos docentes foram entrevistados, com o intuito 
de classificar as maiores e mais comuns dificuldades encontradas por estes 
profissionais, os quais apontaram: heterogeneidade dos sujeitos, especificidades e 
organização da EJA e formação docente, temas descritos nos três primeiros 
capítulos deste trabalho que poderá contribuir como apoio à orientação destes e dos 
demais profissionais que iniciarem seus trabalhos na EJA. Em relação ao que diz 
respeito ao trabalho do pedagogo, pretende-se responder a seguir. 
O pedagogo da EJA cumpre todas as funções possíveis que lhe cabem e até 
as que não cabem, tal qual no ensino regular. Há um grande equívoco por parte de 
muitas pessoas, inclusive dos próprios pedagogos da rede e de professores que 
37 
 
 
 
nunca atuaram nesta modalidade, que o CEEBJA, por trabalhar com jovens e 
adultos, é um local muito tranquilo, sem problemas, correrias ou dificuldades que 
mereçam grande atenção. 
O trabalho pedagógico, seja em qualquer modalidade de ensino, tem suas 
especificidades e dificuldades, e o pedagogo, de qualquer modalidade, mas 
especialmente da EJA, precisa munir-se de ferramentas teóricas que o auxiliem na 
prática. É imprescindível a este profissional, formação e aprofundamento reflexivo 
sobre o processo de escolarização de Jovens e Adultos. Para FREIRE, (1996, p.39): 
 
Não existe prática sem teoria, como também não existe teoria que não 
tenha nascido de uma prática, porque o importante é que a reflexão seja 
um instrumento dinamizador entre prática e teoria. Porém, não basta 
pensar, refletir, o crucial é fazer com que a reflexão nos conduza à ação 
transformadora, que nos comprometa com nossos desejos, nossas 
opções, nossa história. 
 
 
Resolver os problemas docentes e discentes que aparecem todos os dias, é 
essencial, porém a organização para a prevenção dos problemas poderá ser uma 
estratégia inteligente que favorecerá a atuação do grupo. Desta forma, o trabalho do 
pedagogo, com todo o coletivo da escola poderá partir de: 
1. Um plano de ação bem elaborado que contemple formação sobre as 
especificidades e organização da EJA, dando especial suporte aos iniciantes, no 
início do ano ou a qualquer tempo letivo em que novos profissionais cheguem ao 
CEEBJA, sejam eles professores, pedagogos, agentes I ou II. A compreensão e 
condução do trabalho pedagógico é condição para o bom desempenho do processo 
ensino aprendizagem. 
2. Criar um grupo de estudos permanente onde se desafie a buscar respostas aos 
questionamentos, através de suporte teórico, como forma de contribuir paraa 
formação continuada de todos os envolvidos na EJA. Esta formação deve 
contemplar estudos e reflexões sobre a modalidade de ensino e suas 
especificidades, tanto pedagógicas quanto burocráticas, utilizando-se da legislação e 
documentos enviados pela SEED, possibilitando ao profissional que chega, mais 
segurança na condução do seu fazer pedagógico. 
3. Criar uma pasta compartilhada, de fácil acesso, com indicação de textos para 
reflexão, documentos, links de acesso e referências bibliográficas. 
38 
 
 
 
4. Criar um grupo de referência composto por pedagogo, professor, agente I e 
agente II, responsáveis por informações e pelo estudo imediato de novas resoluções 
e pareceres com o intuito de repasse de informações precisas. 
A educação, em qualquer modalidade é sempre um grande desafio, mas na 
EJA, tendo em vista às exigências e especificidades existentes, o desafio se torna 
ainda maior e o pedagogo é peça fundamental na mediação das práticas escolares e 
precisa estar sempre repensando suas ações. 
É uma tarefa desafiadora, mas extremamente importante para a condução e 
sucesso das ações pedagógicas desenvolvidas na EJA. 
 
Indicação de Leitura 
 
1. Edital 017/2013 
http://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&ved=0CDEQ
FjAB&url=http%3A%2F%2Fwww.pucpr.br%2FarquivosUpload%2F53732905513616
51363.pdf&ei=VkWLUtruL8KSkQes1IDYBA&usg=AFQjCNF3WorRyn4P1a4TnTrbM2
AxW2sj8w&bvm=bv.56643336,d.eW0&cad=rja 
 
2. Plano Nacional de Educação: 
http://fne.mec.gov.br/component/content/article?id=383:plano-nacional-de-educacao 
 
Importante! 
 
1. O Edital 017/2013 estabelece as instruções especiais para a realização do 
Concurso Público de Provas e Títulos para provimento no cargo de Professor, nas 
disciplinas da matriz curricular e pedagogo, do Quadro Próprio do Magistério – QPM, 
da Secretaria de Estado da Educação – SEED. 
 
2. O Plano Nacional de Educação (PNE 2014-2024), sancionado em junho de 2014 
com a Lei 13.005, define as bases da política educacional brasileira para os 
próximos 10 anos. 
http://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&ved=0CDEQFjAB&url=http%3A%2F%2Fwww.pucpr.br%2FarquivosUpload%2F5373290551361651363.pdf&ei=VkWLUtruL8KSkQes1IDYBA&usg=AFQjCNF3WorRyn4P1a4TnTrbM2AxW2sj8w&bvm=bv.56643336,d.eW0&cad=rja
http://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&ved=0CDEQFjAB&url=http%3A%2F%2Fwww.pucpr.br%2FarquivosUpload%2F5373290551361651363.pdf&ei=VkWLUtruL8KSkQes1IDYBA&usg=AFQjCNF3WorRyn4P1a4TnTrbM2AxW2sj8w&bvm=bv.56643336,d.eW0&cad=rja
http://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&ved=0CDEQFjAB&url=http%3A%2F%2Fwww.pucpr.br%2FarquivosUpload%2F5373290551361651363.pdf&ei=VkWLUtruL8KSkQes1IDYBA&usg=AFQjCNF3WorRyn4P1a4TnTrbM2AxW2sj8w&bvm=bv.56643336,d.eW0&cad=rja
http://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&ved=0CDEQFjAB&url=http%3A%2F%2Fwww.pucpr.br%2FarquivosUpload%2F5373290551361651363.pdf&ei=VkWLUtruL8KSkQes1IDYBA&usg=AFQjCNF3WorRyn4P1a4TnTrbM2AxW2sj8w&bvm=bv.56643336,d.eW0&cad=rja
http://fne.mec.gov.br/component/content/article?id=383:plano-nacional-de-educacao
39 
 
 
 
 
QUESTÕES PARA REFLEXÃO 
 
1. As atribuições do pedagogo, assim como a formação docente, servem para 
qualquer modalidade de ensino. Entretanto, o trabalho em EJA é diferenciado, com 
especificidades burocráticas e pedagógicas. Como suprir a falta de formação e se 
apropriar dos conhecimentos necessários para o trabalho na EJA? 
 
2. A formação do pedagogo é ineficiente para atender as especificidades de todas 
as modalidades de ensino e esta precariedade acaba tornando seu trabalho um 
grande desafio. Freire (1996, p.39) diz que: “Não existe prática sem teoria, como 
também não existe teoria que não tenha nascido de uma prática, porque o 
importante é que a reflexão seja um instrumento dinamizador entre prática e teoria”. 
Como vencer este desafio na prática quando falta base teórica? Como exercer a 
função de pedagogo como interventor do processo pedagógico? 
 
3. Autores como Arroyo, Freire e Luckesi, tiveram papel fundamental no 
desenvolvimento da educação de Jovens e Adultos, fundamentam as diretrizes 
estaduais da EJA e discutem com maior profundidade e propriedade a formação do 
pedagogo e do docente que atuam nesta modalidade de ensino. Considerando a 
sua prática, reflita sobre a sua formação, os seus sucessos e dificuldades em 
relação aos desafios e perspectivas do trabalho do pedagogo e sobre o seu 
conhecimento teórico sobre a EJA. 
 
4. Refletir, no grupo, a seguinte questão: Qual seria a melhor forma de formação e 
organização de um grupo que pudesse estudar e pensar o trabalho na EJA, 
trocando conhecimentos e experiências? De que os profissionais da EJA sentem 
falta para melhor atuar nesta modalidade de ensino? 
 
 
 
40 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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responsabilidade pública. In: GIOVANETTI, Maria Amélia, GOMES, Nilma Lino e 
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DI PIERRO, Maria Clara. Notas sobre a definição da identidade e das políticas 
públicas de educação de jovens e adultos no Brasil. Educação e Sociedade, 
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FRANCO, Maria Amélia Santoro. Pedagogia como ciência da educação. 
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FREIRE, P. Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993. 
_______. Observação, registro e reflexão: instrumentos metodológicos. São 
Paulo: Espaço Pedagógico, 1996. 
 
_______. Medo e ousadia: cotidiano do professor. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 
1986. 
 
_______. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 
24. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1997. 
 
_______. A Educação na Cidade. São Paulo: Cortez Editora, 1991. 
 
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 4. ed. São Paulo : Cortez, 
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41 
 
 
 
MACHADO, Maria Margarida. Formação de Educadores de Jovens e Adultos. II 
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______. Instrução 17/2010, disponível em 
http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes2010%20sued%20seed/instru
cao172010.pdf. Acesso em 5/12/2014. 
 
______. Instrução 02/2014, disponível em 
http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes2014%20sued%20seed/instru
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______. Manual de Orientações EJA, disponível 
emhttp://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/manual_orientacoes_
eja_2012.pdf. Acesso em 7/12/2014. 
 
PARECER CNE/CEB 11/2000, acessível em 
http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/eja/legislacao/parecer_11_2000.pdf. Acesso em 
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RIBEIRO, Vera Massagão. Alfabetismo e atitudes. Campinas: Papirus/Ação 
Educativa,1999. 
 
SACRISTÁN, José Gimeno. A escolarização transforma-se em uma característica 
antropológica das sociedades complexas. In: SACRISTÁN, José Gimeno. A 
educação obrigatória. Porto Alegre: Artmed, 2001, p. 35-55. 
 
SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução crítica do 
currículo. Belo Horizonte: Autentica, 1999. 
 
SOARES, Leôncio. Formação de Educadores de Jovens e Adultos. / Org. 
Leôncio Soares. – Belo Horizonte: Autêntica / SECAD – MEC / UNESCO, 2006. 
Disponível em http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001493/149314porb.pdf. 
Acesso em 23/11/2014. 
 
SOUZA, J. F. A educação escolar, nosso fazer maior, des(a)fia o nosso saber: 
Educação de Jovens e Adultos. Recife: Bagaço, 2000. 
 
 
 
 
 
 
http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/eja/legislacao/parecer_11_2000.pdf
43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
 
1. MATRIZES6 
 
 
 
1.1 ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II 
 
 
 
 
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA 
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II 
ESTABELECIMENTO: 
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná 
MUNICÍPIO: NRE: 
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2010 FORMA: Simultânea 
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1600/.1610 HORAS ou 
1920/1932 H/A 
 
DISCIPLINAS TOTAL DE HORAS TOTAL DE HORAS /AULA 
LÍNGUA PORTUGUESA 280 336 
ARTE 94 112 
LEM - INGLÊS 213 256 
EDUCAÇÃO FÍSICA 94 112 
MATEMÁTICA 280 336 
CIÊNCIAS NATURAIS 213 256 
HISTÓRIA 213 256 
GEOGRAFIA 213 256 
ENSINO RELIGIOSO* 10 12 
Total de Carga Horária do Curso 1600/1610 horas ou 1920/1932 h/a 
*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE 
ENSINO E DE 
MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO. 
 
 
 
 
 
 
6
 Matrizes retiradas do Manual de Orientações da EJA, disponível em: 
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/manual_orientacoes_eja_2012.pdf, acesso em 
07/11/2014. 
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/manual_orientacoes_eja_2012.pdf
45 
 
 
 
 
1.2 ENSINO MÉDIO 
 
 
 
 
 
 
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA 
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 
ENSINO MÉDIO 
ESTABELECIMENTO: 
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná 
MUNICÍPIO: NRE: 
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2010 FORMA: Simultânea 
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORAS 
 
DISCIPLINAS TOTAL DE HORAS TOTAL DE HORAS /AULA 
LÍNGUA PORTUGUESA 
E LITERATURA 
174 208 
ARTE 54 64 
LEM – INGLÊS 106 128 
FILOSOFIA 54 64 
SOCIOLOGIA 54 64 
EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64 
MATEMÁTICA 174 208 
QUÍMICA 106 128 
FÍSICA 106 128 
BIOLOGIA 106 128 
HISTÓRIA 106 128 
GEOGRAFIA 106 128 
LÍNGUA ESPANHOLA * 106 128 
Total de Carga Horária do Curso 1200/1306 horas ou 1440/1568 h/a 
* LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE 
MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO. 
 
 
 
 
 
 
 
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2. Modelo de cronograma7 de uma organização coletiva para o Ensino Fundamental 
e para o Ensino Médio: 
 
 TURMA I 
EF 
TURMA II 
EF 
TURMA I 
EM 
TURMA II 
EM 
TURMA III 
EM 
2ª Feira MAT CIE LP0RT GEO FILO 
 MAT CIE LP0RT GEO FILO 
 LPORT ARTE MAT EDFIS SOCIO 
 LPORT ARTE MAT EDFIS SOCIO 
3ª Feira ING EDFIS HIST ARTE QUI 
 ING EDFIS HIST ARTE QUI 
 HIST GEO ING BIO FIS 
 HIST GEO ING BIO FIS 
4ª Feira MAT CIE LP0RT GEO FILO 
 MAT CIE LP0RT GEO FILO 
 LPORT ARTE MAT EDFIS SOCIO 
 LPORT ARTE MAT EDFIS SOCIO 
5ª Feira ING EDFIS HIST ARTE QUI 
 ING EDFIS HIST ARTE QUI 
 HIST GEO ING BIO FIS 
 HIST GEO ING BIO FIS 
6ª Feira MAT CIE LP0RT GEO XXXXX 
 MAT CIE LP0RT GEO XXXXX 
 LPORT GEO MAT BIO XXXXX 
 LPORT GEO MAT BIO XXXXX 
 
 
 
 
 
 
7
 Modelo de cronograma retirado do Manual de Orientações da EJA, disponível em: 
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/manual_orientacoes_eja_2012.pdf, acesso em 
07/11/2014. 
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/manual_orientacoes_eja_2012.pdf
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3. Modelo de Ficha8 de registro de avalição, frequência e conteúdo – organização 
individual. 
 
 
8
 Modelo de ficha disponibilizado pelo CEEBJA Casturina Campanharo Bonfim. 
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