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Espaco-e-interacao-Geografia_-9-ano

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Prévia do material em texto

9
Marcelo Moraes • Denise Pinesso • Angela Rama
ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS
COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA
9
MANUAL DO PROFESSOR
COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA
9
MANUAL DO PROFESSOR
1a edição
São Paulo ∙ 2022
MARCELO MORAES PAULA (Marcelo Moraes)
Bacharel e licenciado em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP). 
Bacharel em Ciências Econômicas pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU-SP). 
Atuou como professor em cursos pré-vestibulares e no Ensino Fundamental 
 e Médio das redes pública e particular de ensino. 
DENISE CRISTINA CHRISTOV PINESSO (Denise Pinesso) 
Mestra em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP). 
Bacharela e licenciada em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP). 
Atuou como coordenadora de Geografia na rede particular de ensino 
e como professora no Ensino Fundamental da rede pública. 
MARIA ANGELA GOMEZ RAMA (Angela Rama)
Bacharela e licenciada em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).
Licenciada em Pedagogia pela Universidade de Franca (UNIFRAN-SP). 
Especialista em Ensino de Geografia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). 
Mestra em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP). 
Formadora de professores. 
Atuou como professora no Ensino Fundamental e 
Médio das redes pública e particular e na Educação Superior. 
 
Geografia: Espaço & Interação – Geografia – 9o ano (Ensino Fundamental – Anos Finais) 
Copyright © Marcelo Moraes Paula, Denise Cristina Christov Pinesso,
Maria Angela Gomez Rama, 2022.
Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira
Direção de Conteúdo e Negócios Cayube Galas
Diretor editorial adjunto Luiz Tonolli
Gerência editorial Roberto Henrique Lopes da Silva
Edição Deborah D' Almeida Leanza (coord.), 
Fábio Bonna Moreirão, Carlos Zanchetta de Oliveira 
Preparação e revisão de textos Maria Clara Paes (coord.), 
Carolina Machado
Gerência de produção e arte Ricardo Borges
Design Andréa Dellamagna (coord.), 
Sérgio Cândido
Projeto de capa Andréa Dellamagna
Imagem de capa Farley Baricuatro/Getty Images, Visoot Uthairam/Getty Images 
Arte e Produção Vinicius Fernandes dos Santos (coord.)
Juliana Signal, Jacqueline Nataly Ortolan (assist.)
Diagramação Aparecida Pimentel
Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga
Licenciamento de textos Érica Brambila
Cartografia Allmaps, DaCosta Mapas, Renato Bassani, Robson Rocha/K2lab Design, Sonia Vaz 
Iconografia Jonathan Santos
Ilustrações Alex Argozino, Bentinho, FJF Vetorização, Luis Moura, Luiz Rubio, Sonia Vaz 
Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste 
livro foram produzidas com fibras obtidas de 
árvores de florestas plantadas, com origem 
certificada.
Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD
CNPJ 61.186.490/0016-33
Avenida Antonio Bardella, 300
Guarulhos-SP – CEP 07220-020
Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375
Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 
de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à
EDITORA FTD.
Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP
CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300
Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970
www.ftd.com.br
central.relacionamento@ftd.com.br
Imagens de capa
Trouxas de folhas de coco com 
arroz cozido. Chamadas de ke-
tupat na Indonésia, são tradi-
cionais oferendas nos templos 
hindus da ilha de Bali.
Agricultores trabalham em 
plantação de arroz na Tailândia. 
Esse cereal é um dos alimentos 
de maior importância para o 
ser humano. Na Ásia, principal 
continente produtor de arroz, 
existem técnicas milenares de 
cultivo desse alimento.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Paula, Marcelo Moraes
 Geografia espaço & interação : 9o ano : ensino
fundamental : anos finais / Marcelo Moraes Paula, 
Denise Cristina Christov Pinesso, Maria Angela Gomez
Rama. -- 1. ed. -- São Paulo : FTD, 2022.
 
 Componente curricular: Geografia.
 ISBN 978-85-96-03539-2 (aluno)
 ISBN 978-85-96-03540-8 (professor)
 1. Geografia (Ensino fundamental) I. Pinesso, 
Denise Cristina Christov. II. Rama, Maria Angela 
Gomez. III. Título.
22-114868 CDD-372.891
Índices para catálogo sistemático:
1. Geografia : Ensino fundamental 372.891
Eliete Marques da Silva - Bibliotecária - CRB-8/9380
Cara professora e caro professor,
Um livro didático de Geografia é muito mais que um con-
junto de textos, fotografias, mapas, gráficos... Por meio dele 
abrem-se possibilidades de construção do conhecimento, su-
peração do senso comum, oportunidades de olhar para o mundo 
de uma forma diferente, relacionar os lugares de vivências com 
muitos outros lugares, perceber-se como cidadão e como ser 
ativo na construção do espaço geográfico.
Essas possibilidades são efetivadas e ampliadas com a sua 
mediação e o seu trabalho, pois você conhece cada um dos es-
tudantes, a comunidade e a região onde a escola se localiza.
Com este Manual do professor, esperamos contribuir para 
o planejamento e a preparação das suas aulas e também para 
sua formação contínua. Estaremos, assim, juntos nesta tra-
jetória tão importante, que é a jornada pela educação.
Bom trabalho!
Os autores
APRESENTAÇÃO
CONHEÇA SEU MANUAL
QUADRO DE CONTEÚDOS
Conteúdos, competências e habilida-
des, além de proposta de planejamento 
bimestral, trimestral e semestral.
Nos quadros a seguir, são apresentados os principais conteúdos trabalhados no volume 9, os objetos de 
conhecimento e as habilidades da BNCC que a eles estão relacionados.
9o ANO
UNIDADES CONTEÚDOS PRINCIPAIS COMPETÊNCIAS
OBJETOS DE 
CONHECIMENTO 
E HABILIDADES
1. Mundo globalizado
Temas Contemporâneos Transversais:
• Ciência e Tecnologia
• Trabalho
• Educação Ambiental
• Mundialização e globalização
• Inovações técnicas e 
transformações espaciais
• Globalização e espaço 
geográfico
• Indústria e agropecuária
• Questão energética
• Mudanças no mundo do 
trabalho
• Gerais:  1, 2, 6 e 7
• Ciências Humanas: 2, 
5, 6 e 7
• Geografia: 1, 3, 4 e 6
• A hegemonia europeia na economia, na política e 
na cultura EF09GE01 
• Corporações e organismos internacionais 
EF09GE02 
• Integração mundial e suas interpretações: 
globalização e mundialização EF09GE05 
• A divisão do mundo em Ocidente e Oriente 
EF09GE06 
• Transformações do espaço na sociedade urbano- 
-industrial EF09GE10 EF09GE11 
• Cadeias industriais e inovação no uso dos recursos 
naturais e matérias-primas EF09GE12 EF09GE13 
• Cadeias industriais e inovação no uso dos recursos 
naturais e matérias-primas EF09GE14 
• Diversidade ambiental e as transformações nas 
paisagens na Europa, na Ásia e na Oceania 
EF09GE18
1o
 B
IM
ES
TR
E
1o
 T
R
IM
ES
TR
E
1o
 S
EM
ES
TR
E
2. Globalização e desa-
fios no século XXI
Temas Contemporâneos Transversais:
• Ciência e Tecnologia
• Diversidade Cultural
• Educação Alimentar e Nutricional
• Educação em Direitos Humanos
• Educação Ambiental
• Comunicações, transportes e 
fluxos
• Globalização e cultura
• Globalização: contradições e 
desigualdades
• Globalização e pandemias
• Organizações internacionais
• Gerais: 1, 2, 3, 4, 7, 9 
e 10
• Ciências Humanas: 1, 2, 
3, 4, 5, 6 e 7
• Geografia: 1, 3, 4, 5, 
6 e 7
• Corporações e organismos internacionais 
EF09GE02 
• As manifestações culturais na formação 
populacional EF09GE03 
• Integração mundial e suas interpretações: 
globalização e mundialização EF09GE05 
• Intercâmbios históricos e culturais entre Europa, 
Ásia e Oceania EF09GE09 
• Leitura e elaboração de mapas temáticos, croquis 
e outras formas de representação para analisar 
informações geográficas EF09GE14 EF09GE15
3. Europa: território e 
natureza
Temas Contemporâneos Transversais:
• Educação Fiscal
• Educação Ambiental
• Diversidade Cultural
• Localização e regionalizações
• Integrações da Europa
• Aspectos naturais
• Gerais: 1, 2, 3, 4, 5 e 7
• Ciências Humanas: 2, 3, 
5, 6 e 7
• Geografia: 1, 3, 4, 5 e 6
• A hegemonia europeia na economia, na política e 
na cultura EF09GE01
• Corporaçõese organismos internacionais 
EF09GE02
• As manifestações culturais na formação 
populacional EF09GE04
• Integração mundial e suas interpretações: 
globalização e mundialização EF09GE05
• A divisão do mundo em Ocidente e Oriente 
EF09GE06
• Intercâmbios históricos e culturais entre Europa, Ásia 
e Oceania EF09GE07 EF09GE08 EF09GE09
• Transformações do espaço na sociedade urbano- 
-industrial EF09GE10
• Leitura e elaboração de mapas temáticos, croquis 
e outras formas de representação para analisar 
informações geográficas EF09GE14 EF09GE15
• Diversidade ambiental e as transformações nas 
paisagens na Europa, na Ásia e na Oceania 
EF09GE16 EF09GE17 EF09GE18
2o
 B
IM
ES
TR
E
2o
 T
R
IM
ES
TR
E
4. Europa: população e 
economia
Temas Contemporâneos Transversais:
• Processo de Envelhecimento, Respeito e 
Valorização do Idoso 
• Educação em Direitos Humanos
• Diversidade Cultural
• Trabalho
• Educação Alimentar e Nutricional
• Ciência e Tecnologia
• Educação Ambiental
• Distribuição da população 
• Crescimento demográfico e 
envelhecimento
• Diferentes povos e culturas
• Migrações
• Conflitos e tensões
• Espaço econômico europeu
• Gerais: 1, 2, 7 e 9
• Ciências Humanas: 1, 
2, 3, 5 e 6
• Geografia: 1, 2 e 6
• A hegemonia europeia na economia, na política e 
na cultura EF09GE01
• As manifestações culturais na formação 
populacional EF09GE03 EF09GE04
• Intercâmbios históricos e culturais entre Europa, Ásia 
e Oceania EF09GE08 EF09GE09
• Transformações do espaço na sociedade urbano- 
-industrial EF09GE10
• Leitura e elaboração de mapas temáticos, croquis 
e outras formas de representação para analisar 
informações geográficas EF09GE14 EF09GE15
• Diversidade ambiental e as transformações nas 
paisagens na Europa, na Ásia e na Oceania 
EF09GE17 EF09GE18
QUADRO DE CONTEÚDOS, OBJETOS DE CONHECIMENTO 
E HABILIDADES DA BNCC DO VOLUME
6.1
LXV
OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS
UNIDADE 1 • Mundo globalizado
• Reconhecer o papel do avanço tecnológico dos meios de comunicação e de transportes para compreender sua 
importância na aproximação de lugares e pessoas. 
• Compreender que a globalização se relaciona a aspectos econômicos, culturais e espaciais, para analisar os 
agentes e processos de ocorrência espacial. 
• Compreender a globalização como resultado da expansão do sistema capitalista, entendendo que esse fenô-
meno é possível devido ao desenvolvimento das técnicas na sociedade. 
• Entender a mundialização como uma das características do processo de globalização. 
• Associar a divisão do mundo em Ocidente e Oriente com o sistema colonial implantado pelos europeus 
no século XVI. 
• Identificar as fases do capitalismo e relacioná-las às etapas de expansão e produção de bens e serviços. 
• Conhecer as principais características das revoluções industriais e caracterizar a Divisão Internacional do Traba-
lho (DIT) imposta pela Revolução Industrial para compreender o processo de internacionalização e fragmenta-
ção da produção. 
• Reconhecer a importância do acesso à informação e aos meios de comunicação modernos para mobilização 
social e melhoria de condições de vida. 
• Reconhecer os efeitos da globalização e do desenvolvimento da tecnologia no espaço geográfico, para enten-
der as mudanças tecnológicas relacionadas ao advento da Quarta Revolução Industrial e as transformações 
decorrentes dela no mundo do trabalho. 
• Compreender a importância da agropecuária e os interesses envolvidos nessa atividade no mundo atual, per-
cebendo a sobreposição dos interesses econômicos aos interesses da população, relacionando à questão da 
insegurança alimentar. 
• Entender a importância das fontes de energia no desenvolvimento das atividades humanas, reconhecendo as 
principais fontes utilizadas no mundo atual, bem como os desafios relacionados a essa questão.
UNIDADE 2 • Globalização e desafios no século XXI
• Reconhecer o avanço das técnicas nos meios de comunicação e de transportes, para compreender a im-
portância do acesso à informação e para a mobilização social e a melhoria de condições de vida, além de 
aproximar pessoas e lugares. 
• Analisar a participação do processo de globalização no fenômeno da homogeneização cultural, para 
compreender as formas de resistência, conhecendo a experiência de minorias étnicas ao redor do mundo. 
• Analisar a existência de aspectos contraditórios da globalização, reconhecendo-a como um processo que 
não atingiu todos os países e pessoas da mesma forma e com a mesma intensidade. 
• Observar disparidades regionais e entre países, analisando indicadores socioeconômicos diversos que demons-
tram um padrão de distribuição espacial que opõe países desenvolvidos, subdesenvolvidos e emergentes. 
• Relacionar as características do mundo globalizado ao surgimento cada vez mais frequente de epidemias 
e pandemias, tornando possível analisar os diferentes impactos da pandemia de covid-19 nas áreas da 
saúde, economia, educação, trabalho. 
• Reconhecer que a pandemia de covid-19 aprofundou ainda mais as disparidades econômicas, sociais, ét-
nicas e de gênero. 
• Compreender a necessidade de uma abordagem integrada de bem-estar de espécies animais, vegetais e 
ecossistemas como forma de reduzir os riscos de pandemias.
6.2
LXVII
• Analisar o processo de formação das duas Coreias no contexto do Imperialismo e da Guerra Fria, para compre-
ender aspectos históricos, políticos e econômicos relacionados à Coreia do Norte e à Coreia do Sul. 
• Analisar aspectos físicos do território japonês, relacionando-os às ocorrências geológicas, para compreen-
der o uso que se faz do solo e das técnicas nele empregadas. 
• Compreender o processo de ascensão da China como potência econômica mundial, para conhecer aspec-
tos do desenvolvimento econômico chinês, tendo em perspectiva os problemas socioambientais enfrenta-
dos pelo país. 
• Analisar as políticas adotadas pela China para compreender a expansão de sua zona de influência na Ásia 
e no mundo. 
• Analisar aspectos históricos e políticos para compreender as tensões entre Índia e Paquistão. 
• Compreender o sistema de castas e seu papel na manutenção das desigualdades sociais na Índia. 
• Analisar aspectos da dinâmica natural e sua influência nas atividades econômicas desenvolvidas no Sudes-
te Asiático.
UNIDADE 8 • Oceania
• Conhecer aspectos relacionados à localização do território, às características físicas e ambientais dos países 
da Oceania, para compreender aspectos demográficos, socioeconômicos e culturais dos países da Oceania. 
• Analisar aspectos históricos e políticos relacionados à produção do espaço geográfico da Oceania, anali-
sando os impactos da colonização sobre os povos originários dessa região. 
• Analisar a distribuição territorial da população da Oceania levando em conta as características naturais do 
território. 
• Reconhecer a existência de diferenças socioeconômicas nos países que fazem parte da Oceania, para 
compreender a importância da Austrália e da Nova Zelândia na economia do continente.
• Analisar o papel desempenhado por Austrália e Nova Zelândia na região do oceano Pacífico, identificando suas 
áreas de influência e os principais impactos do aquecimento global nos territórios de países da Oceania. 
• Relacionar aspectos da natureza, da sociedade e da economia que caracterizam o espaço geográfico da 
Austrália e da Nova Zelândia.
AVALIAÇÃO
UNIDADE 1 • Mundo globalizado
1. Podemos pensar os conceitos de mundialização e globalização de forma distinta, ainda que estejam rela-
cionados. De que maneira a mundialização está inserida no processo de globalização?
2. É possível afirmarmos que o acesso ao modo de vida globalizado é democrático? Por quê?
3. Explique como a globalização afeta a cultura de diferentes lugares do mundo.
4. Mesmo com a globalização, algumas culturas tradicionais se mantêm preservadas. Cite pelo menos dois 
fatores que ajudam a explicar por que isso acontece.
5. De quais formas o desenvolvimento dos meios de comunicação etransporte interfere na circulação de 
pessoas, informações e mercadorias? Dê exemplos.
6. Considere as seguintes afirmações a respeito das fases da Revolução Industrial.
 I. A Segunda Revolução Industrial, ainda que tenha conquistado determinado grau de desenvolvimento 
tecnológico, não interferiu no processo de globalização.
 II. Ao se alcançar nova fase de desenvolvimento, as etapas anteriores são totalmente superadas por tor-
narem-se ineficazes frente aos avanços tecnológicos.
6.3
LXX
AVALIAÇÕES
Nessa seção, apresentamos 
sugestões de avaliações (simples 
e breves) que podem contribuir 
com o processo de análise dos 
estudantes para as práticas peda-
gógicas.
OBJETIVOS E 
JUSTIFICATIVAS
Objetivos e justificativas de sua 
pertinência para cada unidade 
do volume. 
IV
ORGANIZAÇÃO DAS ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS
As Orientações específicas são apresentadas junto à reprodução reduzida das páginas do Livro do estudante. Há sugestões para 
o desenvolvimento de conteúdos e ampliação, atividades complementares, textos de aprofundamento, sugestões de leitura, entre 
outros elementos. Para auxiliar no desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem e propor um melhor aproveitamento 
desta obra, sugerimos que as consultas a essas orientações sejam feitas constantemente, em um movimento integrado com as 
propostas do Livro do estudante.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Apresentam comentários, orientações 
e sugestões para o desenvolvimento dos 
conceitos e conteúdos, complementos 
de atividades e outras informações im-
portantes para o encaminhamento do 
trabalho em sala de aula.
AMPLIANDO HORIZONTES
Sugestões de sites, livros, artigos, ví-
deos, músicas e outros recursos para am-
pliar o trabalho do professor.
ORIENTAÇÕES
DIDÁTICAS
Neste início de volume, o con-
ceito de globalização é retomado 
e ampliado, destacando caracte-
rísticas relacionadas à produção 
do espaço, como os fluxos de pes-
soas e o papel das redes de trans-
porte e de comunicação na apro-
ximação de lugares e pessoas, as 
cidades globais e os tecnopolos.
Pedir aos estudantes que ana-
lisem a imagem da abertura e co-
mentem as impressões que têm 
em relação a ela, verificando se 
identificam a ideia de um mundo 
conectado. Auxiliar os estudan-
tes a refletirem sobre os aspectos 
que contribuiriam para essa in-
tegração, reconhecendo o papel 
dos transportes e das comunica-
ções nesse processo.
Nas atividades 1 e 2, é espera-
do que os estudantes utilizem os 
conhecimentos prévios acerca de 
dois aspectos centrais da globa-
lização que serão abordados na 
unidade: os fluxos que integram 
diferentes pontos do planeta, 
intensificados pelas inovações 
tecnológicas.
Na atividade 3, comentar que não há um 
conceito definido para o termo globalização. 
Esclarecer que, para muitos autores, a globaliza-
ção é uma fase do capitalismo que representa a 
interdependência entre países e povos do globo, 
incentivada pelo avanço dos meios de comunica-
ção e dos transportes.
Sobre o reflexo da globalização no cotidiano 
dos estudantes, eles poderão citar, entre outras 
coisas, a rapidez com que as notícias são divul-
gadas; a tecnologia disponível; a velocidade 
dos meios de transporte, dos fluxos de pessoas 
e mercadorias; as novas relações de trabalho; o 
avanço nos meios de comunicação; a internet; 
a expansão do uso da língua inglesa e do uso de 
telefones celulares, tablets etc.
Competências na unidade
Gerais: 1, 2, 6 e 7
Ciências Humanas: 2, 5, 6 e 7
Geografia: 1, 3, 4 e 6
Habilidades
Geografia: • EF09GE01 • EF09GE02 
• EF09GE05 • EF09GE06 • EF09GE10 
• EF09GE11 • EF09GE12 • EF09GE13 
• EF09GE14 • EF09GE18
BNCC NA UNIDADE
Abertura da Unidade
• Atende-se à habilidade 
EF09GE05 com foco em 
analisar fatos e situações 
para compreender a 
integração mundial 
(econômica, política e 
cultural) no contexto da 
globalização.
BNCC
 Imagem ilustrativa das principais 
redes aéreas do mundo.
1
Nesta Unidade, analisaremos 
como o mundo atual se configurou a 
partir das inovações técnicas e tec-
nológicas e como essas inovações 
resultaram em transformações no 
espaço geográfico, no trabalho, nas 
relações humanas e entre países, 
possibilitando o aumento dos fluxos 
de pessoas, informações e mercado-
rias, uma das características do pro-
cesso de globalização.
UNI- 
DADE
MUNDO
GLOBALIZADO
12
12
ORIENTAÇÕES
DIDÁTICAS
Promover uma tempestade de 
ideias a respeito das expressões 
“Mundo Ocidental” e “Mundo 
Oriental”. Para melhor organi-
zação da proposta, iniciar por 
“Mundo Ocidental”. Solicitar aos 
estudantes que falem tudo o que 
lhes vem à cabeça quando ouvem 
essa expressão. Anotar na lousa 
o que for falado. Depois, fazer o 
mesmo para “Mundo Oriental”.
Comentar que, geografica-
mente, a divisão do mundo em 
Oriente e Ocidente é feita pelo 
Meridiano de Greenwich. Além 
do critério geográfico, destacar 
que a divisão do mundo em Oci-
dente e Oriente está relacionada 
à divisão do Império Romano e 
que sua expansão para outras 
partes do planeta ocorreu a partir 
das Grandes Navegações.
No contexto atual, os termos “oriente” e “oci-
dente” estão impregnados de possibilidades, vi-
sões de mundo e, em alguns casos, preconceito. 
A ideia divulgada durante os períodos colonial e 
imperialista de que a civilização ocidental seria 
superior às demais ficou gravada no imaginário 
de muitas pessoas, por isso é importante traba-
lhar a desconstrução de possíveis preconceitos.
Refletir com os estudantes a respeito da valida-
de dessa ideia, pois originalmente ela foi cunhada 
na Europa com o objetivo de demonstrar, distin-
guir e ressaltar sua cultura em relação às demais.
Na atividade 1, explicar que a noção de Oci-
dente e Oriente surgiu com os gregos, que consi-
deravam sua cultura e seu modo de vida bastante 
diferentes dos povos asiáticos conhecidos, e foi 
consolidada quando o Império Romano passou 
a ser dividido em duas partes, no ano 395 d.C.
Na atividade 2, propõe-se um trabalho in-
terdisciplinar com Língua Portuguesa, com foco 
nas habilidades EF08LP03 e EF89LP15, que de-
senvolvem a produção de artigos de opinião e a 
Competências
• Gerais: 1 e 2
• Ciências Humanas: 5
• Geografia: 3
• Atende-se à habilidade 
EF09GE06 ao associar-se o 
critério de divisão do mundo em 
Ocidente e Oriente com o Siste-
ma Colonial implantado pelas 
potências europeias.
Interdisciplinaridade com...
Língua Portuguesa:
• EF08LP03 Produzir artigos 
de opinião, tendo em vista o 
contexto de produção dado, a 
defesa de um ponto de vista, 
utilizando argumentos e contra-
-argumentos e articuladores de 
coesão que marquem relações 
de oposição, contraste, exem-
plificação, ênfase.
• EF89LP15 Utilizar, nos debates, 
operadores argumentativos que 
marcam a defesa de ideia e de 
diálogo com a tese do outro: con-
cordo, discordo, concordo parcial-
mente, do meu ponto de vista, na 
perspectiva aqui assumida etc.
BNCC
Mar Mediterrâneo
M
ar V
erm
elho
Mar Negro
OCEANO
ATLÂNTICO
Mar
do
Norte
Mar Bá
ltico
0º
45º N
M
e
ri
d
ia
n
o
 d
e
 G
re
e
n
w
ic
h
Roma
IMPÉRIO ROMANO
DO OCIDENTE
IMPÉRIO ROMANO
DO ORIENTE
Constantinopla
0 372
A
L
L
M
A
P
S
A noção de Ocidente e Oriente
O Oriente está relacionado à direção onde o Sol nasce (leste); e o Ocidente, à direção 
oposta (oeste).
A noção de Ocidente tem suas origens com as civilizações grega e romana, na Europa, em 
oposição aos povos do Oriente, como os persas. Porém, essa noção passou a ser oficialmente 
utilizada com a divisão do Império Romano em duas partes, no ano de 395 d.C. Analise o mapa 1.
Revolução Industrial: 
rápida mudança 
no processo de 
transformação de 
matérias-primas 
decorrente de avanços 
tecnológicos. Processo 
que marca o surgimento 
da indústria na segunda 
metade do século XVIII.
INTEGRANDO
comLÍNGUA PORTUGUESA com
CONEXÃO
LÍNGUA
PORTUGUESA
Do século XV em diante, com as Grandes Navegações, o chamado “mundo ocidental” 
ampliou suas fronteiras disseminando uma falsa noção de superioridade da civilizaçãoocidental 
em relação às demais.
Com o passar dos séculos, a influência dos valores ocidentais foi se consolidando em todo 
o planeta. Os Estados Unidos, ao adotar os valores europeus de democracia, liberdade e direitos 
humanos, passaram a integrar o mundo ocidental. A Revolução Industrial e a noção de progresso 
validaram a necessidade de expansão dessa civilização, consolidada pela 
política imperialista ao longo do século XIX e início do século XX.
No contexto do pós-Segunda Guerra Mundial, a emergência dos 
Estados Unidos e da União Soviética como potências mundiais redefi-
niu o uso dos termos “Ocidental” e “Oriental” com base em critérios 
políticos e econômicos. Os Estados Unidos e os países alinhados a eles 
representavam os valores ocidentais e do capitalismo, enquanto a União 
Soviética e os países alinhados a ela faziam parte do bloco socialista, 
considerados orientais.
Império Romano – 395 d.C.
Fonte: LE MONDE HORS-SÉRIE. L’histoire de 
l’Occident: choques et métamorphoses. Paris: 
Malesherbes Publications, 2021. p. 16-17.
1
18
18
ORIENTAÇÕES
DIDÁTICAS
Reforçar a importância do pe-
tróleo para a economia do Orien-
te Médio. Porém, destacar que, 
pensando na possibilidade de um 
futuro esgotamento das reser-
vas desse recurso, países como 
Barein, Catar e Emirados Árabes 
Unidos estão investindo em ou-
tros setores econômicos para di-
versificar suas atividades. Incen-
tivar a análise do mapa “Oriente 
Médio: uso da terra” para identi-
ficar outras atividades praticadas 
no Oriente Médio. Encaminhar as 
atividades 1 a 4, que auxiliam na 
interpretação do mapa.
A seguir, apresentar as principais 
características naturais do Oriente 
Médio, destacando a carência de 
água como um dos fatores pre-
ponderantes na distribuição da 
população e na organização das 
atividades agropastoris. Ressaltar 
também que o acesso à água tem 
sido fonte de conflitos na região.
Entre as principais caracterís-
ticas naturais, destacar a predo-
minância de clima desértico e se-
miárido (desertos da Arábia e do 
Irã), com ocorrência de clima me-
diterrâneo nas áreas próximas do 
crescente fértil. Há principalmente 
formações vegetais de Deserto, Estepes e Prada-
rias, além de Vegetação Mediterrânea nas áreas 
próximas aos rios.
A rede hidrográfica da região é pobre, com 
muitos rios temporários – com destaque para os 
rios Tigre e Eufrates. O relevo é bastante irregu-
lar, com extensas planícies situadas nas áreas li-
torâneas e planaltos que podem atingir altitudes 
superiores a 4 mil metros a leste, nas áreas próxi-
mas ao Afeganistão e ao Irã.
Relacionar as características naturais à ocupa-
ção e ao uso do solo. Chamar a atenção para o 
crescimento de outras atividades como a cons-
trução civil e o setor de serviços (bancos, segura-
doras, transportes, energia, telecomunicações, 
aviação civil, tecnologia digital, turismo etc.) e 
para a necessidade de mão de obra para diversos 
setores, com estímulo para a entrada de imigran-
tes, sobretudo em países do Golfo Pérsico. Se jul-
gar adequado, ler para os estudantes o excerto 
da seção Texto complementar.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Viajar ao Oriente
A atividade proposta possibilita desenvolver 
práticas de pesquisa com destaque para a aná-
lise documental, observação, tomada de notas 
e construção de relatórios (ver tópico Práticas 
de pesquisa, nas Orientações gerais deste 
Manual).
Sugerir atividade de pesquisa sobre o turismo 
no Oriente Médio. Dividir a turma em grupos e 
atribuir um tema para cada um deles, como: tu-
rismo religioso, turismo de negócios, turismo de 
alto padrão, crescimento do turismo e principais 
dificuldades para o desenvolvimento da atividade.
Cada grupo deverá realizar a pesquisa e apre-
sentá-la de forma livre, ou seja, o produto final 
pode ser uma apresentação de slides, um cartaz, 
um vídeo, uma música etc.
Para inspirar os grupos é interessante apresen-
tar diferentes linguagens durante as aulas, traba-
lhando com quadrinhos, textos, vídeos etc.
TEXTO
COMPLEMENTAR
Até poucos anos atrás, [...] para 
boa parte da humanidade, o 
Oriente Médio era apenas o lugar 
de onde saía a maioria do petróleo 
que movia a economia do planeta.
Mas o petróleo [...] não durará 
para sempre, e os árabes, capita-
lizados com os dólares resultan-
tes da exploração [...], decidiram 
se precaver. O resultado está na 
transformação do Oriente Médio 
no destino que apresenta o maior 
crescimento proporcional de visi-
tantes do planeta, segundo da-
dos da Organização Mundial do 
Turismo. [...]
[...]
O fator que fez nascer a eco-
nomia do turismo local foram os 
gigantescos investimentos em 
infraestrutura realizados [...]. A 
pequena Dubai, nos Emirados 
Árabes, foi a primeira a enxergar 
que a transformação do deserto 
instalado no caminho entre a Eu-
ropa e a emergente China poderia 
atrair multidões em busca de luxo 
e lazer exótico [...]
[...]
O modelo de Dubai serve atual-
mente de inspiração para outras 
localidades do Oriente Médio, que 
decidiram também financiar pro-
jetos semelhantes [...]
ANTUNES, Luciene As novas Dubais. 
Exame, [s. l.], 9 mar. 2011. Disponível em: 
https://exame.abril.com.br/revista-exame/
novas-dubais-396426/. Acesso em: 
14 ago. 2022.
• A habilidade EF09GE09 é apre-
sentada com foco em analisar 
características de países e gru-
pos de países asiáticos em seus 
aspectos econômicos, e discutir 
suas desigualdades sociais e 
econômicas e pressões sobre 
seus ambientes físico-naturais.
• Trabalha-se a habilidade 
EF09GE15 com ênfase em 
classificar diferentes regiões do 
mundo com base em informa-
ções econômicas representadas 
em mapas temáticos com dife-
rentes projeções cartográficas.
• Atende-se a habilidade 
EF09GE17 ao explicar as carac-
terísticas físico-naturais e a for-
ma de ocupação e usos da terra 
em diferentes regiões da Europa, 
da Ásia e da Oceania.
BNCC
AMPLIANDO HORIZONTES
• AMBIÇÕES nucleares: Arábia Sau- 
dita começa a explorar suas re-
servas de Urânio. Sputnik Bra-
sil, [s. l.], 18 dez. 2017. Dispo-
nível em: https://sputniknews 
brasil.com.br/20171218/ambicoes 
-nucleares-arabia-saudita-uranio- 
10097665.html. Acesso em: 14 
ago. 2022.
A reportagem avalia o potencial 
dos recursos da Arábia Saudita para 
a produção de energia atômica.
• DÍAZ, Marcos González. Os re-
atores nucleares da Arábia Sau-
dita que geram disputa entre 
EUA, China e Rússia. BBC News, 
[s. l.], 2018. Disponível em: https://
www.bbc.com/portuguese/inter 
nacional-43202463. Acesso em: 
14 ago. 2022.
A matéria explica os interesses 
de países como EUA e China nos 
novos empreendimentos da Arábia 
Saudita em diversificar sua matriz 
energética.
O tipo de pecuária que se destaca no Oriente Médio é o pastoreio nômade. Com as 
condições climáticas adversas, os criadores deslocam o gado em busca de água e alimentos. Os 
principais rebanhos são de ovelhas, cabras e camelos.
Na atividade industrial, destacam-se Israel e Turquia, os países mais industrializados do 
Oriente Médio. A Turquia concentra indústrias química, mecânica e automobilística, e Israel, indús-
trias de equipamentos eletrônicos, alimentos, telecomunicações, armamentos e equipamentos 
agrícolas. Nos países produtores de petróleo, destacam-se as indústrias petroquímicas. Nos demais 
países, a atividade industrial é incipiente, basicamente com indústrias de bens de consumo não 
duráveis (alimentos, bebidas, vestuário etc.), concentrando-se principalmente nas capitais.
O turismo é uma atividade que tem apresentado crescimento no Oriente Médio, com grande 
destaque nos países do Golfo Pérsico, principalmente nos Emirados Árabes Unidos. Preocupado 
em diminuir a dependência econômica em relação ao petróleo, o país tem realizado altos investi-
mentos em infraestrutura e desenvolvimento do setor com a construção de hotéis luxuosos, praias 
e ilhas artificiais que atraem turistas do mundo todo, principalmente para Dubai e Abu Dhabi. O 
turismo religioso também se destaca, atraindo devotos do mundo todo, pois foi nessa região que 
se originaramtrês importantes religiões: cristianismo, islamismo e judaísmo.
 O turismo de alto padrão tem apresentado crescimento nos Emirados Árabes Unidos. Fotografia de Dubai, 2022.
YURI DONDISH/SHUTTERSTOCK.COM
195
AFEGANISTÃO
IRÃ
ARÁBIA 
SAUDITA
BAREIN
CHIPRE
EMIRADOS
ÁRABES 
UNIDOS
IRAQUE
ISRAEL
JORDÂNIA
ÁFRICA ÁSIA
EUROPA
KUWAIT
LÍBANO
OMÃ
CATAR
SÍRIA
TURQUIA 
IÊMEN
OCEANO
ÍNDICO 
Trópico 
de Cânc
er
Mar Negro Mar C
áspio 
M
ar Verm
elho
Mar Mediterrâneo 
50° L
Cidade do Kuwait
AmãTelaviv
Beirute
Ancara
Damasco Bagdá
Teerã
Riad
Sana
Mascate
Doha
Manama
Abu Dhabi
Kabul
Utilização do solo
Cultivos
Trigo
Beterraba
Arroz
Uva
Café
Azeitona
Capital
Áreas improdutivas
Florestas e bosques
Área cultivável
Estepes e desertos
Área de criação de gado
0 393
D
A
C
O
S
T
A
 M
A
P
A
S
Outras atividades econômicas
Além da extração e da exportação do petróleo, outras atividades econômicas se destacam 
no Oriente Médio. Analise o mapa.
1 Que atividades econômicas foram representadas no mapa?
2 Por que a agricultura irrigada é muito importante na região? Se necessário, retome o 
mapa “Ásia: climas”, da página 166.
3 Em que região do mapa se concentram as florestas e os bosques?
4 Qual é o principal cultivo representado no mapa? Em que países é realizado?
Como em diversas áreas do Oriente Médio predomina o clima desértico, a agricultura é 
praticada principalmente nas áreas mais úmidas, onde é possível o uso da irrigação. Na Planície da 
Mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates, destaca-se o cultivo irrigado de trigo, além de arroz, 
frutas e algodão. No litoral do mar Mediterrâneo, destacam-se as azeitonas e frutas.
Algumas áreas de desertos, no entanto, têm se tornado importantes produtoras agrícolas 
em decorrência do desenvolvimento de técnicas de irrigação e manipulação genética de semen-
tes. Israel é o país que tem obtido maior sucesso no aproveitamento das regiões áridas para a 
agricultura, ocupando, ao lado da Turquia, a liderança na produção agrícola do Oriente Médio.
No deserto de Neguev, além do trigo, destaca-se o cultivo de frutas, cevada, legumes, 
verduras e algodão.
Agricultura e criação de gado.
Por causa dos climas árido e semiárido da região.
Na Região Norte, nos territórios da Turquia e do Irã, principalmente.
Trigo. No Afeganistão, no Irã, no Iraque, na Turquia e na Síria.
Oriente Médio: uso da terra
Fonte: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico De Agostini. Novara: 
Istituto Geografico de Agostini, 2021. p. 100-101.
194
195194
BNCC NA UNIDADE
BNCC
Ao longo da unidade, o quadro indica a rela-
ção entre o conteúdo trabalhado e as habili-
dades. São apresentadas, ainda, as compe-
tências gerais, por área e específicas em des-
taque, assim como, no Interdisciplinaridade 
com..., as habilidades e abordagens relacio-
nadas a outros componentes curriculares.
COMPETÊNCIAS
Relação das competências gerais, 
competências específicas por área 
(Ciências Humanas) e competências 
específicas de Geografia trabalhadas 
na unidade, de acordo com a BNCC.
HABILIDADES
Relação das habilidades, de acordo 
com a BNCC, vinculadas aos conteú-
dos trabalhados na unidade.
TEXTOS 
COMPLEMENTARES
Textos que visam aprofun-
dar conteúdos abordados 
no Livro do estudante. São 
textos variados que também 
servem de leitura para am-
pliação de informações para 
o professor.
ATIVIDADES 
COMPLEMENTARES
Sugestões de atividades 
extras, cujo objetivo é am-
pliar o estudo de conceitos 
da unidade ou dos temas 
abordados.
V
ORIENTAÇÕES GERAIS PARA A COLEÇÃO . . . . . . . . . . . . VII
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . VII
1. Mudanças no ensino de Geografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . VIII
1.1 A BNCC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . IX
 1.1.1 Competências e habilidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . X
2. Proposta teórico-metodológica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XVIII
2.1 Expectativas de aprendizagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIX
2.2 Conceitos da Geografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XX
2.3 Escalas de análise espacial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXII
2.4 A Cartografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .XXIII
 2.4.1 Cartografia e educação inclusiva . . . . . . . . .XXIV
 2.4.2 Mapas digitais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXVI
 2.4.3 Mapas digitais colaborativos . . . . . . . . . . . . . XXVII
2.5 Interdisciplinaridade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .XXIX
2.6 O trabalho com os temas contemporâneos 
 transversais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .XXXI
2.7 O trabalho com a diversidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXXII
3. Recursos e estratégias didáticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXXIII
3.1 Sugestões para o uso da obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXXIII
 3.1.1 Como usar o livro em salas compostas
 de grupos grandes de estudantes . . . . . . . XXXIV
3.2 Estudo do meio e trabalho de 
 campo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXXIV
 3.2.1 Possíveis riscos para saídas de 
 campo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXXVI
3.3 Geografia e a alfabetização contínua . . . . . . . . . XXXVII
 3.3.1 Gêneros textuais e linguagens 
 diversas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXXVII
3.4 Tecnologias digitais de comunicação 
 e informação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .XXXVIII
 3.4.1 As “novas tecnologias” na escola . . . . . . . XXXIX
 3.4.2 O pensamento computacional . . . . . . . . . . . . . XLI
3.5 Práticas de pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .XLIII
3.6 Trabalhos em grupo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .XLIV
3.7 Jogos tradicionais e eletrônicos (games) . . . . . . . .XLIV
 3.7.1 Games . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .XLV
3.8 Aprendizagem baseada em problemas . . . . . . . . . . XLVI
3.9 Aprendizagem baseada em projetos . . . . . . . . . . . . XLVII
3.10 Sala de aula invertida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XLVII
3.11 Inclusão em sala de aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XLVIII
 3.11.1 O bullying e a saúde mental . . . . . . . . . . . XLVIII
 3.11.2 A cultura de paz na escola . . . . . . . . . . . . . .XLIX
4. Avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . L
4.1 Mapa conceitual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LI
4.2 Portfólio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LII
4.3 Contrato didático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LIII
4.4 Autoavaliação e ensino-aprendizagem . . . . . . . . . . . LIV
5. Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LIV
5.1 Livros e outras publicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LIV
5.2 Sites consultados e recomendados . . . . . . . . . . . . . . LXIII
6. Seleção dos conteúdos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .LXIV
6.1 Quadro de conteúdos, objetos de conhecimento 
 e habilidades da BNCC do volume . . . . . . . . . . . . . . . . . LXV
6.2 Objetivos e justificativas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LXVII
 Unidade 1 – Mundo globalizado
 Unidade 2 – Globalização e desafios no século XXI
 Unidade 3 – Europa: território e natureza
 Unidade 4 – Europa: população e economia
 Unidade 5 – Ásia
 Unidade6 – Oriente Médio, Ásia Setentrional e 
 Ásia Central
 Unidade 7 – Extremo Oriente, Ásia Meridional e 
 Sudeste Asiático
 Unidade 8 – Oceania
6.3 Avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LXX
 Unidade 1 – Mundo globalizado
 Unidade 2 – Globalização e desafios no século XXI
 Unidade 3 – Europa: território e natureza
 Unidade 4 – Europa: população e economia
 Unidade 5 – Ásia
 Unidade 6 – Oriente Médio, Ásia Setentrional e 
 Ásia Central
 Unidade 7 – Extremo Oriente, Ásia Meridional e 
 Sudeste Asiático
 Unidade 8 – Oceania
6.4 Gabarito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LXXIV
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 
ESPECÍFICAS DO VOLUME 9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .LXXX 
VI
INTRODUÇÃO
Colegas professores, convidamos vocês a iniciar nosso diálogo com algumas perguntas que 
nos fazem refletir sobre a Geografia na escola dos dias atuais.
Como a Geografia contribui para a compreensão do mundo contemporâneo, relacionando-
-o com a vida cotidiana?
Que conteúdos, conceitos e categorias trabalhados na Geografia os estudantes devem 
apreender para desvendar os acontecimentos do seu mundo?
Qual é o papel do professor de Geografia diante do jovem considerado um “nativo digital”?
As respostas passam pela concepção de estudante, de escola, de educação e de Geografia. 
Nesta coleção, concebemos o estudante como sujeito das relações no processo de apren-
dizagem, e o professor como mediador entre o conhecimento e o estudante, no sentido 
de promover situações de problematização dos fatos, de relação com os lugares de vivência, 
de protagonismos em pesquisas e discussões, de superação do senso comum, entre outras. 
Quanto à concepção de Geografia, é importante esclarecer que o objeto central de estudo é 
o espaço geográfico que, associado aos saberes científicos da disciplina, deve contribuir para 
a compreensão dos fatos e a busca por um mundo melhor para todos e todas.
Pode-se dizer que o papel da escola, sobretudo do professor de Geografia, nunca foi tão 
desafiador, não só porque o mundo está em constante e veloz mudança, mas também porque 
os mais diversos entendimentos sobre o mundo são divulgados em segundos e comentados 
por milhões de pessoas instantaneamente.
O excessivo apelo ao consumo, aliado à facilidade na disseminação de opiniões e de notí-
cias – muitas vezes falsas –, estabelece, para o professor de Geografia, o desafio de romper 
com a banalização dos acontecimentos e a indiferença da sociedade em relação aos problemas 
humanos, sociais e ambientais.
Um dos caminhos é possibilitar ao estudante o trabalho com as “ferramentas” próprias 
da Geografia e de outras ciências para analisar, refletir, emitir opiniões bem fundamentadas e 
fazer uma leitura crítica do mundo e das vivências, o que significa compreender a realidade e 
pensar possibilidades para um mundo melhor.
Ao mesmo tempo, devemos pensar na formação do cidadão1 , que convive com as diferen-
ças nos seus aspectos cultural, étnico-cultural, de gênero, etário, entre outras, contribuindo 
para a promoção do respeito ao outro e à diversidade.
Enfim, são grandes os desafios que dependem de um conjunto de atores e forças, aos 
quais nos unimos: docentes, pais, estudantes, gestores, políticas públicas, movimentos sociais 
e todos aqueles comprometidos com um país melhor para todas as pessoas.
1 Para ampliar essa reflexão, sugerimos a leitura do livro O espaço do cidadão, de Milton Santos (2014).
ORIENTAÇÕES GERAIS 
PARA A COLEÇÃO
VII
Ao conversar sobre as aulas de Geografia com pessoas que frequentaram a escola nas décadas de 1960 
ou 1970, é comum ouvir relatos de experiências que não contribuíam efetivamente para a compreensão do 
mundo, como decorar nomes de rios, países e capitais e reproduzir e pintar mapas. Embora não constituam 
regra, esses exemplos ilustram práticas comuns em um momento no qual a Geografia era considerada uma 
disciplina repleta de conteúdo para decorar. Já na década de 1970, o geógrafo francês Yves Lacoste, em seu 
livro A Geografia – isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra (2008), estabelecia novos para-
digmas para a Geografia e para o seu ensino nas escolas. De modo geral, a obra representa um marco para 
a ciência geográfica e, desde então, norteia o fazer e o pensar de geógrafos e professores de Geografia, 
bem como fez faz críticas à Geografia que a precedeu2 , que se convencionou chamar Geografia tradicional.
Lacoste apontou a neutralidade científica, o aspecto descritivo e a compartimentação do conhecimento 
da Geografia ensinada nas escolas e, também, daquela produzida nas instituições acadêmicas e de pesquisa. 
Para a chamada Geografia tradicional, o conhecimento era um saber neutro, que não abordava as relações 
sociais e as contradições que envolviam a produção do espaço geográfico. Na escola, a Geografia não tinha 
a preocupação com os lugares de vivência nem incentivava os estudantes a se perceber como sujeitos de sua 
realidade, podendo, portanto, transformá-la.
A questão do método passou a ser intensamente debatida na ciência geográfica, visando à superação de 
uma ciência pautada no Positivismo, corrente que sustentava as Ciências Humanas. Esse movimento de dis-
cussão e renovação metodológica é o que passou a ser denominado Geografia crítica.
No Brasil, a partir da década de 1980, estudos acadêmicos fizeram críticas à chamada Geografia escolar 
e buscaram meios para minimizar a compartimentação dos conteúdos e o distanciamento entre o ensino de 
Geografia e a realidade social, política e econômica do país.
A busca pela renovação da Geografia escolar era parte do movimento de renovação curricular, que centrava 
esforços na “melhoria da qualidade de ensino, a qual necessariamente passava por uma revisão dos conteúdos 
e das formas de ensinar e aprender das diferentes disciplinas dos currículos da escola básica” (PONTUSCHKA; 
CACETE; PAGANELLI, 2009, p. 37). Um dos documentos que marcaram fortemente esse movimento de reno-
vação foi a proposta da Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (Cenp), da Secretaria de Educação 
do Estado de São Paulo, que inspirou propostas curriculares de outras Unidades da Federação, assim como o 
Movimento de Reorientação Curricular promovido pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo em 1992.
Outro marco importante para o ato de repensar o currículo foi a publicação, em âmbito nacional, dos 
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), nos anos 1990, que propunha conteúdos conceituais, temas trans-
versais e orientações didáticas específicas para as disciplinas escolares. Os PCN de Geografia pretendiam re-
forçar a importância social dessa disciplina, buscar um ensino para a conquista da cidadania, trabalhar meios 
para os estudantes receberem informação e formação considerando conteúdos conceituais, atitudinais e 
procedimentais. Outro aspecto importante era a intercessão da Geografia com outros campos do saber, 
como a Antropologia, a Sociologia, a Biologia, as Ciências Políticas, entre outros (BRASIL, 1997a).3
Nas décadas de 2000 e 2010, houve uma tendência das Unidades da Federação e dos municípios de ela-
borarem seus próprios documentos curriculares, valendo-se da autonomia garantida pelas legislações e reve-
lando diferentes possibilidades de organização curricular.
2 Lacoste (2008) faz críticas à Geografia a qual ele denominou “Geografia dos professores”, que caracterizava não só a escola de nível médio, mas também os cursos 
universitários.
3 A proposta da Cenp e os PCN não ficaram livres de críticas, sendo que as principais delas foram, respectivamente, a de que não atingiu a prática da maior parte 
dos professores das redes públicas e a pequena participação, na sua elaboração, dos professores da Educação Básica. Independentemente das críticas e das linhas 
metodológicas, os dois documentos contribuíram imensamente para reflexões sobre a Geografia escolar, entendendo-a como uma disciplinaque vai muito além da 
memorização de conteúdos e da reprodução de mapas.
1 MUDANÇAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA
VIII
Destaca-se também o aumento do número de pesquisas e de grupos de estudo nas universidades bra-
sileiras e a maior frequência dos encontros na área de didática da Geografia e da educação geográfica, re-
velando maior preocupação com o tema. Pesquisadores, docentes e autores de livros didáticos passaram a 
repensar a função social da Geografia, apontando para a superação da chamada Geografia tradicional e en-
fatizando a importância de levar em conta os conhecimentos prévios dos estudantes para a construção dos 
saberes geográficos e dos raciocínios espaciais.
A partir da segunda metade da década de 2010, educadores brasileiros, pesquisadores e a sociedade civil 
se organizaram em movimentos que deram origem à criação uma base curricular nacional, que resultou na 
publicação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em 2018. Grande parte das discussões recentes so-
bre a Geografia escolar está contemplada na BNCC, sobre a qual nos detemos a seguir.
A BNCC
A BNCC teve suas primeiras versões publicadas na segunda metade da década de 2010, orientada pelos 
princípios das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) e pelos marcos legais vigentes no Brasil. O documento 
define as aprendizagens essenciais, indica conhecimentos e competências que se espera que os estudantes 
desenvolvam ao longo da Educação Básica e explicita as especificidades e o papel das áreas do conhecimen-
to (no caso da Geografia, as Ciências Humanas) e dos componentes curriculares na formação do estudante 
do Ensino Fundamental, na aplicação e no desenvolvimento de diferentes competências e habilidades.
Ao apresentar a Geografia, a BNCC aponta que a grande contribuição desse componente curricular aos 
estudantes da Educação Básica é “desenvolver o pensamento espacial, estimulando o raciocínio geográfico 
para representar e interpretar o mundo em permanente transformação e relacionando componentes da 
sociedade e da natureza” (BRASIL, 2018, p. 360). De acordo com a BNCC, o raciocínio geográfico, que 
é uma maneira de exercitar o pensamento, envolve princípios para compreender aspectos fundamentais da 
realidade, conforme expostos no quadro 1.
1.1
QUADRO 1 – DESCRIÇÃO DOS PRINCÍPIOS DO RACIOCÍNIO GEOGRÁFICO 
Princípio Descrição
Analogia
Um fenômeno geográfico sempre é comparável a outros. A identificação das semelhanças entre fenômenos 
geográficos é o início da compreensão da unidade terrestre.
Conexão
Um fenômeno geográfico nunca acontece isoladamente, mas sempre em interação com outros fenômenos 
próximos ou distantes.
Diferenciação*
É a variação dos fenômenos de interesse da geografia pela superfície terrestre (por exemplo, o clima), 
resultando na diferença entre áreas. 
Distribuição Exprime como os objetos se repartem pelo espaço. 
Extensão Espaço finito e contínuo delimitado pela ocorrência do fenômeno geográfico.
Localização
Posição particular de um objeto na superfície terrestre. A localização pode ser absoluta (definida por um 
sistema de coordenadas geográficas) ou relativa (expressa por meio de relações espaciais topológicas ou 
por interações espaciais).
Ordem**
Ordem ou arranjo espacial é o princípio geográfico de maior complexidade. Refere-se ao modo de 
estruturação do espaço de acordo com as regras da própria sociedade que o produziu.
FERNANDES, José Alberto Rio; TRIGAL, Lourenzo López; SPÓSITO, Eliseu Savério. Dicionário de geografia aplicada. Porto: Porto Editora, 2016.
*MOREIRA, Ruy. A diferença e a geografia: o ardil da identidade e a representação da diferença na geografia. GEOgraphia, Rio de Janeiro, ano 1, n. 
1, p. 41-58, 1999.
**MOREIRA, Ruy. Repensando a Geografia. In: SANTOS, Milton (org.). Novos rumos da geografia brasileira. São Paulo: Hucitec, 1982. p. 35-49.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 360. Disponível 
em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.
IX
1.1.1 • Competências e habilidades
As competências referem-se à “mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades 
(práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida coti-
diana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho” (BRASIL, 2018, p. 8).
Na BNCC, as competências apresentam-se em diversos níveis. No plano das competências gerais para 
a Educação Básica, elas se inter-relacionam e perpassam todos os componentes curriculares.
COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital 
para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade 
justa, democrática e inclusiva.
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a 
reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, 
formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das 
diferentes áreas.
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de 
práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora 
e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e 
partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem 
ao entendimento mútuo.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, 
reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar 
informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e 
coletiva.
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe 
possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da 
cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender 
ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência 
socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em 
relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana 
e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o 
respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de 
grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, 
tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 
9-10. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.
X
No âmbito das Ciências Humanas, conforme exposto na BNCC, as competências devem propiciar aos 
estudantes a capacidade de interpretar o mundo, de compreender processos e fenômenossociais, políticos e 
culturais e de atuar de forma ética, responsável e autônoma diante de fenômenos sociais e naturais.
No âmbito da Geografia, as competências contribuem para a formação das identidades e para a leitura 
de mundo. É imprescindível, para isso, desenvolver o pensamento espacial dos estudantes, estimulando seu 
raciocínio geográfico.
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE CIÊNCIAS HUMANAS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
1. Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de forma a exercitar o respeito à diferença em uma 
sociedade plural e promover os direitos humanos.
2. Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técnico-científico-informacional com base nos 
conhecimentos das Ciências Humanas, considerando suas variações de significado no tempo e no espaço, para 
intervir em situações do cotidiano e se posicionar diante de problemas do mundo contemporâneo.
3. Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade, exercitando a 
curiosidade e propondo ideias e ações que contribuam para a transformação espacial, social e cultural, de 
modo a participar efetivamente das dinâmicas da vida social.
4. Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com relação a si mesmo, aos outros e às diferentes 
culturas, com base nos instrumentos de investigação das Ciências Humanas, promovendo o acolhimento 
e a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e 
potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
5. Comparar eventos ocorridos simultaneamente no mesmo espaço e em espaços variados, e eventos ocorridos 
em tempos diferentes no mesmo espaço e em espaços variados.
6. Construir argumentos, com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, para negociar e defender ideias 
e opiniões que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental, exercitando a 
responsabilidade e o protagonismo voltados para o bem comum e a construção de uma sociedade justa, 
democrática e inclusiva.
7. Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais 
de informação e comunicação no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal relacionado a localização, 
distância, direção, duração, simultaneidade, sucessão, ritmo e conexão.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 
357. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 
2 jul. 2022.
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o 
espírito de investigação e de resolução de problemas.
2. Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos 
objetos técnicos para a compreensão das formas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza 
ao longo da história.
3. Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise 
da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, 
distribuição, extensão, localização e ordem.
XI
Nos Anos Finais (6o ao 9o) do Ensino Fundamental, devem ser garantidas a continuidade e a progressão 
das aprendizagens dos Anos Iniciais (1o ao 5o) em níveis crescentes de complexidade da compreensão.
Para garantir o desenvolvimento das competências propostas e da progressão das aprendizagens, a BNCC 
apresenta um conjunto de habilidades que “expressam as aprendizagens essenciais que devem ser asse-
guradas aos estudantes nos diferentes contextos escolares” (BRASIL, 2018, p. 29). Essas habilidades estão 
organizadas por componente curricular e ano, relacionadas a diferentes unidades temáticas e objetos de co-
nhecimento, entendidos como conteúdos, conceitos e processos. A numeração sequencial que identifica as 
habilidades (por exemplo: EF06GE01) não indica uma ordem esperada das aprendizagens, tão somente indi-
ca a organização de determinada habilidade da etapa do ensino (EF – Ensino Fundamental), ano (06), com-
ponente curricular (Geografia) e, por fim, a habilidade indicada. Além disso, o agrupamento das habilidades 
não é um modelo obrigatório para os currículos, como é esclarecido no documento.
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
4. Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e iconográficas, de diferentes 
gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas.
5. Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para compreender o mundo natural, 
social, econômico, político e o meio técnico-científico e informacional, avaliar ações e propor perguntas e 
soluções (inclusive tecnológicas) para questões que requerem conhecimentos científicos da Geografia.
6. Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e defender ideias e pontos de vista 
que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o respeito à biodiversidade e ao outro, sem 
preconceitos de qualquer natureza.
7. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e 
determinação, propondo ações sobre as questões socioambientais, com base em princípios éticos, 
democráticos, sustentáveis e solidários.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 
366. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.
A seguir, estão apresentados quadros com as unidades temáticas, objetos de conhecimento e habilida-
des do componente curricular de Geografia, na BNCC para cada ano do Ensino Fundamental – Anos Finais. 
Nas páginas LXV e LXVI, oferecemos um quadro dos conteúdos e conceitos trabalhados em cada volume 
e os respectivos objetos de conhecimento e habilidades que estão relacionados a eles. Essas relações com as 
competências e habilidades da BNCC também são sinalizadas no início de cada unidade das Orientações 
específicas deste Manual.
[...] Essa forma de apresentação adotada na BNCC tem por objetivo assegu-
rar a clareza, a precisão e a explicitação do que se espera que todos os alunos 
aprendam no Ensino Fundamental, fornecendo orientações para a elaboração 
de currículos em todo o País, adequados aos diferentes contextos.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: 
educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 31. Disponível em: 
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.
XII
GEOGRAFIA • 6o ANO
UNIDADES 
TEMÁTICAS
OBJETOS DE 
CONHECIMENTO HABILIDADES
O sujeito e seu 
lugar no mundo
Identidade 
sociocultural
• (EF06GE01) Comparar modificações das paisagens nos lugares de vivência 
e os usos desses lugares em diferentes tempos.
• (EF06GE02) Analisar modificações de paisagens por diferentes tipos de 
sociedade, com destaque para os povos originários.
Conexões e 
escalas
Relações entre os 
componentes físico-
naturais
• (EF06GE03) Descrever os movimentos do planeta e sua relação com a 
circulação geral da atmosfera, o tempo atmosférico e os padrões climáticos.
• (EF06GE04) Descrever o ciclo da água, comparando o escoamento 
superficial no ambiente urbano e rural, reconhecendo os principais 
componentes da morfologia das bacias e das redes hidrográficas e a sua 
localização no modelado da superfície terrestre e da cobertura vegetal.
• (EF06GE05) Relacionar padrões climáticos, tipos de solo, relevo e 
formações vegetais.
Mundo do 
trabalho
Transformação das 
paisagens naturais e 
antrópicas
• (EF06GE06) Identificar as características das paisagens transformadas 
pelo trabalho humano a partir do desenvolvimentoda agropecuária e do 
processo de industrialização.
• (EF06GE07) Explicar as mudanças na interação humana com a natureza a 
partir do surgimento das cidades.
Formas de 
representação 
e pensamento 
espacial
Fenômenos naturais e 
sociais representados 
de diferentes maneiras
• (EF06GE08) Medir distâncias na superfície pelas escalas gráficas e 
numéricas dos mapas.
• (EF06GE09) Elaborar modelos tridimensionais, blocos-diagramas e perfis 
topográficos e de vegetação, visando à representação de elementos e 
estruturas da superfície terrestre.
Natureza, 
ambientes e 
qualidade de 
vida
Biodiversidade e ciclo 
hidrológico
• (EF06GE10) Explicar as diferentes formas de uso do solo (rotação de 
terras, terraceamento, aterros etc.) e de apropriação dos recursos hídricos 
(sistema de irrigação, tratamento e redes de distribuição), bem como suas 
vantagens e desvantagens em diferentes épocas e lugares.
• (EF06GE11) Analisar distintas interações das sociedades com a natureza, 
com base na distribuição dos componentes físico-naturais, incluindo as 
transformações da biodiversidade local e do mundo.
• (EF06GE12) Identificar o consumo dos recursos hídricos e o uso das 
principais bacias hidrográficas no Brasil e no mundo, enfatizando as 
transformações nos ambientes urbanos.
Atividades humanas e 
dinâmica climática
• (EF06GE13) Analisar consequências, vantagens e desvantagens das 
práticas humanas na dinâmica climática (ilha de calor etc.).
XIII
GEOGRAFIA • 7o ANO
UNIDADES 
TEMÁTICAS
OBJETOS DE 
CONHECIMENTO HABILIDADES
O sujeito e seu 
lugar no mundo
Ideias e concepções 
sobre a formação 
territorial do Brasil
• (EF07GE01) Avaliar, por meio de exemplos extraídos dos meios de 
comunicação, ideias e estereótipos acerca das paisagens e da formação 
territorial do Brasil.
Conexões e 
escalas
Formação territorial do 
Brasil
• (EF07GE02) Analisar a influência dos fluxos econômicos e populacionais 
na formação socioeconômica e territorial do Brasil, compreendendo os 
conflitos e as tensões históricas e contemporâneas.
• (EF07GE03) Selecionar argumentos que reconheçam as territorialidades 
dos povos indígenas originários, das comunidades remanescentes de 
quilombos, de povos das florestas e do cerrado, de ribeirinhos e caiçaras, 
entre outros grupos sociais do campo e da cidade, como direitos legais 
dessas comunidades.
Características da 
população brasileira
• (EF07GE04) Analisar a distribuição territorial da população brasileira, 
considerando a diversidade étnico-cultural (indígena, africana, europeia 
e asiática), assim como aspectos de renda, sexo e idade nas regiões 
brasileiras.
Mundo do 
trabalho
Produção, circulação 
e consumo de 
mercadorias
• (EF07GE05) Analisar fatos e situações representativas das alterações 
ocorridas entre o período mercantilista e o advento do capitalismo.
• (EF07GE06) Discutir em que medida a produção, a circulação e o 
consumo de mercadorias provocam impactos ambientais, assim como 
influem na distribuição de riquezas, em diferentes lugares.
Desigualdade social e o 
trabalho
• (EF07GE07) Analisar a influência e o papel das redes de transporte e 
comunicação na configuração do território brasileiro.
• (EF07GE08) Estabelecer relações entre os processos de industrialização e 
inovação tecnológica com as transformações socioeconômicas do território 
brasileiro.
Formas de 
representação 
e pensamento 
espacial
Mapas temáticos do 
Brasil
• (EF07GE09) Interpretar e elaborar mapas temáticos e históricos, inclusive 
utilizando tecnologias digitais, com informações demográficas e econômicas 
do Brasil (cartogramas), identificando padrões espaciais, regionalizações e 
analogias espaciais.
• (EF07GE10) Elaborar e interpretar gráficos de barras, gráficos de setores e 
histogramas, com base em dados socioeconômicos das regiões brasileiras.
Natureza, 
ambientes e 
qualidade de 
vida
Biodiversidade 
brasileira
• (EF07GE11) Caracterizar dinâmicas dos componentes físico-naturais no 
território nacional, bem como sua distribuição e biodiversidade (Florestas 
Tropicais, Cerrados, Caatingas, Campos Sulinos e Matas de Araucária).
• (EF07GE12) Comparar unidades de conservação existentes no Município 
de residência e em outras localidades brasileiras, com base na organização 
do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC).
XIV
GEOGRAFIA • 8o ANO
UNIDADES 
TEMÁTICAS
OBJETOS DE 
CONHECIMENTO HABILIDADES
O sujeito e seu 
lugar no mundo
Distribuição da 
população mundial 
e deslocamentos 
populacionais
• (EF08GE01) Descrever as rotas de dispersão da população humana 
pelo planeta e os principais fluxos migratórios em diferentes períodos da 
história, discutindo os fatores históricos e condicionantes físico-naturais 
associados à distribuição da população humana pelos continentes.
Diversidade e dinâmica 
da população mundial 
e local
• (EF08GE02) Relacionar fatos e situações representativas da história 
das famílias do Município em que se localiza a escola, considerando a 
diversidade e os fluxos migratórios da população mundial.
• (EF08GE03) Analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, 
considerando características da população (perfil etário, crescimento 
vegetativo e mobilidade espacial).
• (EF08GE04) Compreender os fluxos de migração na América Latina 
(movimentos voluntários e forçados, assim como fatores e áreas de 
expulsão e atração) e as principais políticas migratórias da região.
Conexões e 
escalas
Corporações 
e organismos 
internacionais e 
do Brasil na ordem 
econômica mundial
• (EF08GE05) Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e 
país para o entendimento de conflitos e tensões na contemporaneidade, 
com destaque para as situações geopolíticas na América e na África e suas 
múltiplas regionalizações a partir do pós-guerra.
• (EF08GE06) Analisar a atuação das organizações mundiais nos processos 
de integração cultural e econômica nos contextos americano e africano, 
reconhecendo, em seus lugares de vivência, marcas desses processos.
• (EF08GE07) Analisar os impactos geoeconômicos, geoestratégicos e 
geopolíticos da ascensão dos Estados Unidos da América no cenário 
internacional em sua posição de liderança global e na relação com a China 
e o Brasil.
• (EF08GE08) Analisar a situação do Brasil e de outros países da América 
Latina e da África, assim como da potência estadunidense na ordem 
mundial do pós-guerra.
• (EF08GE09) Analisar os padrões econômicos mundiais de produção, 
distribuição e intercâmbio dos produtos agrícolas e industrializados, tendo 
como referência os Estados Unidos da América e os países denominados de 
Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
• (EF08GE10) Distinguir e analisar conflitos e ações dos movimentos sociais 
brasileiros, no campo e na cidade, comparando com outros movimentos 
sociais existentes nos países latino-americanos.
• (EF08GE11) Analisar áreas de conflito e tensões nas regiões de fronteira 
do continente latino-americano e o papel de organismos internacionais e 
regionais de cooperação nesses cenários.
• (EF08GE12) Compreender os objetivos e analisar a importância dos 
organismos de integração do território americano (Mercosul, OEA, OEI, 
Nafta, Unasul, Alba, Comunidade Andina, Aladi, entre outros).
XV
GEOGRAFIA • 8o ANO
UNIDADES 
TEMÁTICAS
OBJETOS DE 
CONHECIMENTO HABILIDADES
Mundo do 
trabalho
Os diferentes contextos 
e os meios técnico 
e tecnológico na 
produção
• (EF08GE13) Analisar a influência do desenvolvimento científico e 
tecnológico na caracterização dos tipos de trabalho e na economia dos 
espaços urbanos e rurais da América e da África.
• (EF08GE14) Analisar os processos de desconcentração, descentralização e 
recentralização das atividades econômicas a partir do capital estadunidense 
e chinês em diferentes regiões no mundo, com destaque para o Brasil.
Transformações do 
espaço na sociedade 
urbano-industrial na 
América Latina
• (EF08GE15) Analisar a importância dos principais recursos hídricos da 
América Latina(Aquífero Guarani, Bacias do rio da Prata, do Amazonas e 
do Orinoco, sistemas de nuvens na Amazônia e nos Andes, entre outros) e 
discutir os desafios relacionados à gestão e comercialização da água.
• (EF08GE16) Analisar as principais problemáticas comuns às grandes cidades 
latino-americanas, particularmente aquelas relacionadas à distribuição, 
estrutura e dinâmica da população e às condições de vida e trabalho.
• (EF08GE17) Analisar a segregação socioespacial em ambientes urbanos 
da América Latina, com atenção especial ao estudo de favelas, alagados e 
zona de riscos.
Formas de 
representação 
e pensamento 
espacial
Cartografia: 
anamorfose, croquis 
e mapas temáticos da 
América e África
• (EF08GE18) Elaborar mapas ou outras formas de representação 
cartográfica para analisar as redes e as dinâmicas urbanas e rurais, 
ordenamento territorial, contextos culturais, modo de vida e usos e 
ocupação de solos da África e América.
• (EF08GE19) Interpretar cartogramas, mapas esquemáticos (croquis) e 
anamorfoses geográficas com informações geográficas acerca da África e 
América.
Natureza, 
ambientes e 
qualidade de 
vida
Identidades e 
interculturalidades 
regionais: Estados 
Unidos da América, 
América espanhola e 
portuguesa e África
• (EF08GE20) Analisar características de países e grupos de países da 
América e da África no que se refere aos aspectos populacionais, urbanos, 
políticos e econômicos, e discutir as desigualdades sociais e econômicas e 
as pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valoração 
na produção e circulação), o que resulta na espoliação desses povos.
• (EF08GE21) Analisar o papel ambiental e territorial da Antártica no contexto 
geopolítico, sua relevância para os países da América do Sul e seu valor como 
área destinada à pesquisa e à compreensão do ambiente global.
Diversidade ambiental 
e as transformações 
nas paisagens na 
América Latina
• (EF08GE22) Identificar os principais recursos naturais dos países da 
América Latina, analisando seu uso para a produção de matéria-prima e 
energia e sua relevância para a cooperação entre os países do Mercosul.
• (EF08GE23) Identificar paisagens da América Latina e associá-las, por 
meio da cartografia, aos diferentes povos da região, com base em aspectos 
da geomorfologia, da biogeografia e da climatologia.
• (EF08GE24) Analisar as principais características produtivas dos países 
latino-americanos (como exploração mineral na Venezuela; agricultura 
de alta especialização e exploração mineira no Chile; circuito da carne 
nos pampas argentinos e no Brasil; circuito da cana-de-açúcar em Cuba; 
polígono industrial do sudeste brasileiro e plantações de soja no centro-
oeste; maquiladoras mexicanas, entre outros).
XVI
GEOGRAFIA • 9o ANO
UNIDADES 
TEMÁTICAS
OBJETOS DE 
CONHECIMENTO HABILIDADES
O sujeito e seu 
lugar no mundo
A hegemonia europeia 
na economia, na 
política e na cultura
• (EF09GE01) Analisar criticamente de que forma a hegemonia europeia 
foi exercida em várias regiões do planeta, notadamente em situações de 
conflito, intervenções militares e/ou influência cultural em diferentes tempos 
e lugares.
Corporações 
e organismos 
internacionais
• (EF09GE02) Analisar a atuação das corporações internacionais e das 
organizações econômicas mundiais na vida da população em relação ao 
consumo, à cultura e à mobilidade.
As manifestações 
culturais na formação 
populacional
• (EF09GE03) Identificar diferentes manifestações culturais de minorias 
étnicas como forma de compreender a multiplicidade cultural na escala 
mundial, defendendo o princípio do respeito às diferenças.
• (EF09GE04) Relacionar diferenças de paisagens aos modos de viver de 
diferentes povos na Europa, Ásia e Oceania, valorizando identidades e 
interculturalidades regionais.
Conexões e 
escalas
Integração mundial e 
suas interpretações: 
globalização e 
mundialização
• (EF09GE05) Analisar fatos e situações para compreender a integração 
mundial (econômica, política e cultural), comparando as diferentes 
interpretações: globalização e mundialização.
A divisão do mundo em 
Ocidente e Oriente
• (EF09GE06) Associar o critério de divisão do mundo em Ocidente e 
Oriente com o Sistema Colonial implantado pelas potências europeias.
Intercâmbios históricos 
e culturais entre 
Europa, Ásia e Oceania
• (EF09GE07) Analisar os componentes físico-naturais da Eurásia e os 
determinantes histórico-geográficos de sua divisão em Europa e Ásia.
• (EF09GE08) Analisar transformações territoriais, considerando o 
movimento de fronteiras, tensões, conflitos e múltiplas regionalidades na 
Europa, na Ásia e na Oceania.
• (EF09GE09) Analisar características de países e grupos de países 
europeus, asiáticos e da Oceania em seus aspectos populacionais, urbanos, 
políticos e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas 
e pressões sobre seus ambientes físico-naturais.
Mundo do 
trabalho
Transformações do 
espaço na sociedade 
urbano-industrial
• (EF09GE10) Analisar os impactos do processo de industrialização na 
produção e circulação de produtos e culturas na Europa, na Ásia e na 
Oceania.
• (EF09GE11) Relacionar as mudanças técnicas e científicas decorrentes 
do processo de industrialização com as transformações no trabalho em 
diferentes regiões do mundo e suas consequências no Brasil.
Cadeias industriais e 
inovação no uso dos 
recursos naturais e 
matérias-primas
• (EF09GE12) Relacionar o processo de urbanização às transformações da 
produção agropecuária, à expansão do desemprego estrutural e ao papel 
crescente do capital financeiro em diferentes países, com destaque para o 
Brasil.
• (EF09GE13) Analisar a importância da produção agropecuária na 
sociedade urbano-industrial ante o problema da desigualdade mundial de 
acesso aos recursos alimentares e à matéria-prima.
XVII
Com base nas recentes discussões sobre a Geografia escolar, na BNCC e em nossa experiência como educado-
res, a proposta teórico-metodológica desta coleção tem o espaço geográfico como objeto de estudo e os es-
tudantes como sujeitos, tanto nas relações socioespaciais quanto no processo de construção do conhecimento. 
A coleção se aproxima, em muitos aspectos, da chamada Geografia crítica e, do ponto de vista pedagógico, da 
corrente socioconstrutivista, com o professor como mediador no processo de ensino-aprendizagem.
Entendemos que a Geografia deve contribuir para que os estudantes compreendam o mundo e pensem 
caminhos e atitudes propositivas, almejando uma sociedade mais justa. Deve, também, responder de que 
formas e com quais objetivos os seres humanos produzem o espaço geográfico, revelando as contradições 
presentes nesse processo, como, por exemplo, em sua relação com a natureza e na apropriação e no uso 
dos recursos naturais. A busca por tais respostas é feita com o apoio das “ferramentas” e das “lentes” da 
Geografia. Quando se usa as “lentes” da Geografia, vemos o que interessa à compreensão do espaço geo- 
gráfico: que elementos o compõem, como esses elementos estão organizados e aparecem na paisagem, por 
que estão organizados dessa forma, como o espaço geográfico é produzido, que agentes atuam em sua 
GEOGRAFIA • 9o ANO
UNIDADES 
TEMÁTICAS
OBJETOS DE 
CONHECIMENTO HABILIDADES
Formas de 
representação 
e pensamento 
espacial
Leitura e elaboração 
de mapas temáticos, 
croquis e outras formas 
de representação para 
analisar informações 
geográficas
• (EF09GE14) Elaborar e interpretar gráficos de barras e de setores, mapas 
temáticos e esquemáticos (croquis) e anamorfoses geográficas para 
analisar, sintetizar e apresentar dados e informações sobre diversidade, 
diferenças e desigualdades sociopolíticas e geopolíticas mundiais.
• (EF09GE15) Comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base 
em informações populacionais, econômicas e socioambientais representadas 
em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.
Natureza, 
ambientes e 
qualidade de 
vida
Diversidade ambiental 
e as transformações

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