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9 Marcelo Moraes • Denise Pinesso • Angela Rama ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA 9 MANUAL DO PROFESSOR COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA 9 MANUAL DO PROFESSOR 1a edição São Paulo ∙ 2022 MARCELO MORAES PAULA (Marcelo Moraes) Bacharel e licenciado em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP). Bacharel em Ciências Econômicas pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU-SP). Atuou como professor em cursos pré-vestibulares e no Ensino Fundamental e Médio das redes pública e particular de ensino. DENISE CRISTINA CHRISTOV PINESSO (Denise Pinesso) Mestra em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP). Bacharela e licenciada em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP). Atuou como coordenadora de Geografia na rede particular de ensino e como professora no Ensino Fundamental da rede pública. MARIA ANGELA GOMEZ RAMA (Angela Rama) Bacharela e licenciada em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP). Licenciada em Pedagogia pela Universidade de Franca (UNIFRAN-SP). Especialista em Ensino de Geografia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Mestra em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP). Formadora de professores. Atuou como professora no Ensino Fundamental e Médio das redes pública e particular e na Educação Superior. Geografia: Espaço & Interação – Geografia – 9o ano (Ensino Fundamental – Anos Finais) Copyright © Marcelo Moraes Paula, Denise Cristina Christov Pinesso, Maria Angela Gomez Rama, 2022. Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira Direção de Conteúdo e Negócios Cayube Galas Diretor editorial adjunto Luiz Tonolli Gerência editorial Roberto Henrique Lopes da Silva Edição Deborah D' Almeida Leanza (coord.), Fábio Bonna Moreirão, Carlos Zanchetta de Oliveira Preparação e revisão de textos Maria Clara Paes (coord.), Carolina Machado Gerência de produção e arte Ricardo Borges Design Andréa Dellamagna (coord.), Sérgio Cândido Projeto de capa Andréa Dellamagna Imagem de capa Farley Baricuatro/Getty Images, Visoot Uthairam/Getty Images Arte e Produção Vinicius Fernandes dos Santos (coord.) Juliana Signal, Jacqueline Nataly Ortolan (assist.) Diagramação Aparecida Pimentel Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga Licenciamento de textos Érica Brambila Cartografia Allmaps, DaCosta Mapas, Renato Bassani, Robson Rocha/K2lab Design, Sonia Vaz Iconografia Jonathan Santos Ilustrações Alex Argozino, Bentinho, FJF Vetorização, Luis Moura, Luiz Rubio, Sonia Vaz Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada. Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD CNPJ 61.186.490/0016-33 Avenida Antonio Bardella, 300 Guarulhos-SP – CEP 07220-020 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375 Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br Imagens de capa Trouxas de folhas de coco com arroz cozido. Chamadas de ke- tupat na Indonésia, são tradi- cionais oferendas nos templos hindus da ilha de Bali. Agricultores trabalham em plantação de arroz na Tailândia. Esse cereal é um dos alimentos de maior importância para o ser humano. Na Ásia, principal continente produtor de arroz, existem técnicas milenares de cultivo desse alimento. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Paula, Marcelo Moraes Geografia espaço & interação : 9o ano : ensino fundamental : anos finais / Marcelo Moraes Paula, Denise Cristina Christov Pinesso, Maria Angela Gomez Rama. -- 1. ed. -- São Paulo : FTD, 2022. Componente curricular: Geografia. ISBN 978-85-96-03539-2 (aluno) ISBN 978-85-96-03540-8 (professor) 1. Geografia (Ensino fundamental) I. Pinesso, Denise Cristina Christov. II. Rama, Maria Angela Gomez. III. Título. 22-114868 CDD-372.891 Índices para catálogo sistemático: 1. Geografia : Ensino fundamental 372.891 Eliete Marques da Silva - Bibliotecária - CRB-8/9380 Cara professora e caro professor, Um livro didático de Geografia é muito mais que um con- junto de textos, fotografias, mapas, gráficos... Por meio dele abrem-se possibilidades de construção do conhecimento, su- peração do senso comum, oportunidades de olhar para o mundo de uma forma diferente, relacionar os lugares de vivências com muitos outros lugares, perceber-se como cidadão e como ser ativo na construção do espaço geográfico. Essas possibilidades são efetivadas e ampliadas com a sua mediação e o seu trabalho, pois você conhece cada um dos es- tudantes, a comunidade e a região onde a escola se localiza. Com este Manual do professor, esperamos contribuir para o planejamento e a preparação das suas aulas e também para sua formação contínua. Estaremos, assim, juntos nesta tra- jetória tão importante, que é a jornada pela educação. Bom trabalho! Os autores APRESENTAÇÃO CONHEÇA SEU MANUAL QUADRO DE CONTEÚDOS Conteúdos, competências e habilida- des, além de proposta de planejamento bimestral, trimestral e semestral. Nos quadros a seguir, são apresentados os principais conteúdos trabalhados no volume 9, os objetos de conhecimento e as habilidades da BNCC que a eles estão relacionados. 9o ANO UNIDADES CONTEÚDOS PRINCIPAIS COMPETÊNCIAS OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES 1. Mundo globalizado Temas Contemporâneos Transversais: • Ciência e Tecnologia • Trabalho • Educação Ambiental • Mundialização e globalização • Inovações técnicas e transformações espaciais • Globalização e espaço geográfico • Indústria e agropecuária • Questão energética • Mudanças no mundo do trabalho • Gerais: 1, 2, 6 e 7 • Ciências Humanas: 2, 5, 6 e 7 • Geografia: 1, 3, 4 e 6 • A hegemonia europeia na economia, na política e na cultura EF09GE01 • Corporações e organismos internacionais EF09GE02 • Integração mundial e suas interpretações: globalização e mundialização EF09GE05 • A divisão do mundo em Ocidente e Oriente EF09GE06 • Transformações do espaço na sociedade urbano- -industrial EF09GE10 EF09GE11 • Cadeias industriais e inovação no uso dos recursos naturais e matérias-primas EF09GE12 EF09GE13 • Cadeias industriais e inovação no uso dos recursos naturais e matérias-primas EF09GE14 • Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na Europa, na Ásia e na Oceania EF09GE18 1o B IM ES TR E 1o T R IM ES TR E 1o S EM ES TR E 2. Globalização e desa- fios no século XXI Temas Contemporâneos Transversais: • Ciência e Tecnologia • Diversidade Cultural • Educação Alimentar e Nutricional • Educação em Direitos Humanos • Educação Ambiental • Comunicações, transportes e fluxos • Globalização e cultura • Globalização: contradições e desigualdades • Globalização e pandemias • Organizações internacionais • Gerais: 1, 2, 3, 4, 7, 9 e 10 • Ciências Humanas: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 • Geografia: 1, 3, 4, 5, 6 e 7 • Corporações e organismos internacionais EF09GE02 • As manifestações culturais na formação populacional EF09GE03 • Integração mundial e suas interpretações: globalização e mundialização EF09GE05 • Intercâmbios históricos e culturais entre Europa, Ásia e Oceania EF09GE09 • Leitura e elaboração de mapas temáticos, croquis e outras formas de representação para analisar informações geográficas EF09GE14 EF09GE15 3. Europa: território e natureza Temas Contemporâneos Transversais: • Educação Fiscal • Educação Ambiental • Diversidade Cultural • Localização e regionalizações • Integrações da Europa • Aspectos naturais • Gerais: 1, 2, 3, 4, 5 e 7 • Ciências Humanas: 2, 3, 5, 6 e 7 • Geografia: 1, 3, 4, 5 e 6 • A hegemonia europeia na economia, na política e na cultura EF09GE01 • Corporaçõese organismos internacionais EF09GE02 • As manifestações culturais na formação populacional EF09GE04 • Integração mundial e suas interpretações: globalização e mundialização EF09GE05 • A divisão do mundo em Ocidente e Oriente EF09GE06 • Intercâmbios históricos e culturais entre Europa, Ásia e Oceania EF09GE07 EF09GE08 EF09GE09 • Transformações do espaço na sociedade urbano- -industrial EF09GE10 • Leitura e elaboração de mapas temáticos, croquis e outras formas de representação para analisar informações geográficas EF09GE14 EF09GE15 • Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na Europa, na Ásia e na Oceania EF09GE16 EF09GE17 EF09GE18 2o B IM ES TR E 2o T R IM ES TR E 4. Europa: população e economia Temas Contemporâneos Transversais: • Processo de Envelhecimento, Respeito e Valorização do Idoso • Educação em Direitos Humanos • Diversidade Cultural • Trabalho • Educação Alimentar e Nutricional • Ciência e Tecnologia • Educação Ambiental • Distribuição da população • Crescimento demográfico e envelhecimento • Diferentes povos e culturas • Migrações • Conflitos e tensões • Espaço econômico europeu • Gerais: 1, 2, 7 e 9 • Ciências Humanas: 1, 2, 3, 5 e 6 • Geografia: 1, 2 e 6 • A hegemonia europeia na economia, na política e na cultura EF09GE01 • As manifestações culturais na formação populacional EF09GE03 EF09GE04 • Intercâmbios históricos e culturais entre Europa, Ásia e Oceania EF09GE08 EF09GE09 • Transformações do espaço na sociedade urbano- -industrial EF09GE10 • Leitura e elaboração de mapas temáticos, croquis e outras formas de representação para analisar informações geográficas EF09GE14 EF09GE15 • Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na Europa, na Ásia e na Oceania EF09GE17 EF09GE18 QUADRO DE CONTEÚDOS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES DA BNCC DO VOLUME 6.1 LXV OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS UNIDADE 1 • Mundo globalizado • Reconhecer o papel do avanço tecnológico dos meios de comunicação e de transportes para compreender sua importância na aproximação de lugares e pessoas. • Compreender que a globalização se relaciona a aspectos econômicos, culturais e espaciais, para analisar os agentes e processos de ocorrência espacial. • Compreender a globalização como resultado da expansão do sistema capitalista, entendendo que esse fenô- meno é possível devido ao desenvolvimento das técnicas na sociedade. • Entender a mundialização como uma das características do processo de globalização. • Associar a divisão do mundo em Ocidente e Oriente com o sistema colonial implantado pelos europeus no século XVI. • Identificar as fases do capitalismo e relacioná-las às etapas de expansão e produção de bens e serviços. • Conhecer as principais características das revoluções industriais e caracterizar a Divisão Internacional do Traba- lho (DIT) imposta pela Revolução Industrial para compreender o processo de internacionalização e fragmenta- ção da produção. • Reconhecer a importância do acesso à informação e aos meios de comunicação modernos para mobilização social e melhoria de condições de vida. • Reconhecer os efeitos da globalização e do desenvolvimento da tecnologia no espaço geográfico, para enten- der as mudanças tecnológicas relacionadas ao advento da Quarta Revolução Industrial e as transformações decorrentes dela no mundo do trabalho. • Compreender a importância da agropecuária e os interesses envolvidos nessa atividade no mundo atual, per- cebendo a sobreposição dos interesses econômicos aos interesses da população, relacionando à questão da insegurança alimentar. • Entender a importância das fontes de energia no desenvolvimento das atividades humanas, reconhecendo as principais fontes utilizadas no mundo atual, bem como os desafios relacionados a essa questão. UNIDADE 2 • Globalização e desafios no século XXI • Reconhecer o avanço das técnicas nos meios de comunicação e de transportes, para compreender a im- portância do acesso à informação e para a mobilização social e a melhoria de condições de vida, além de aproximar pessoas e lugares. • Analisar a participação do processo de globalização no fenômeno da homogeneização cultural, para compreender as formas de resistência, conhecendo a experiência de minorias étnicas ao redor do mundo. • Analisar a existência de aspectos contraditórios da globalização, reconhecendo-a como um processo que não atingiu todos os países e pessoas da mesma forma e com a mesma intensidade. • Observar disparidades regionais e entre países, analisando indicadores socioeconômicos diversos que demons- tram um padrão de distribuição espacial que opõe países desenvolvidos, subdesenvolvidos e emergentes. • Relacionar as características do mundo globalizado ao surgimento cada vez mais frequente de epidemias e pandemias, tornando possível analisar os diferentes impactos da pandemia de covid-19 nas áreas da saúde, economia, educação, trabalho. • Reconhecer que a pandemia de covid-19 aprofundou ainda mais as disparidades econômicas, sociais, ét- nicas e de gênero. • Compreender a necessidade de uma abordagem integrada de bem-estar de espécies animais, vegetais e ecossistemas como forma de reduzir os riscos de pandemias. 6.2 LXVII • Analisar o processo de formação das duas Coreias no contexto do Imperialismo e da Guerra Fria, para compre- ender aspectos históricos, políticos e econômicos relacionados à Coreia do Norte e à Coreia do Sul. • Analisar aspectos físicos do território japonês, relacionando-os às ocorrências geológicas, para compreen- der o uso que se faz do solo e das técnicas nele empregadas. • Compreender o processo de ascensão da China como potência econômica mundial, para conhecer aspec- tos do desenvolvimento econômico chinês, tendo em perspectiva os problemas socioambientais enfrenta- dos pelo país. • Analisar as políticas adotadas pela China para compreender a expansão de sua zona de influência na Ásia e no mundo. • Analisar aspectos históricos e políticos para compreender as tensões entre Índia e Paquistão. • Compreender o sistema de castas e seu papel na manutenção das desigualdades sociais na Índia. • Analisar aspectos da dinâmica natural e sua influência nas atividades econômicas desenvolvidas no Sudes- te Asiático. UNIDADE 8 • Oceania • Conhecer aspectos relacionados à localização do território, às características físicas e ambientais dos países da Oceania, para compreender aspectos demográficos, socioeconômicos e culturais dos países da Oceania. • Analisar aspectos históricos e políticos relacionados à produção do espaço geográfico da Oceania, anali- sando os impactos da colonização sobre os povos originários dessa região. • Analisar a distribuição territorial da população da Oceania levando em conta as características naturais do território. • Reconhecer a existência de diferenças socioeconômicas nos países que fazem parte da Oceania, para compreender a importância da Austrália e da Nova Zelândia na economia do continente. • Analisar o papel desempenhado por Austrália e Nova Zelândia na região do oceano Pacífico, identificando suas áreas de influência e os principais impactos do aquecimento global nos territórios de países da Oceania. • Relacionar aspectos da natureza, da sociedade e da economia que caracterizam o espaço geográfico da Austrália e da Nova Zelândia. AVALIAÇÃO UNIDADE 1 • Mundo globalizado 1. Podemos pensar os conceitos de mundialização e globalização de forma distinta, ainda que estejam rela- cionados. De que maneira a mundialização está inserida no processo de globalização? 2. É possível afirmarmos que o acesso ao modo de vida globalizado é democrático? Por quê? 3. Explique como a globalização afeta a cultura de diferentes lugares do mundo. 4. Mesmo com a globalização, algumas culturas tradicionais se mantêm preservadas. Cite pelo menos dois fatores que ajudam a explicar por que isso acontece. 5. De quais formas o desenvolvimento dos meios de comunicação etransporte interfere na circulação de pessoas, informações e mercadorias? Dê exemplos. 6. Considere as seguintes afirmações a respeito das fases da Revolução Industrial. I. A Segunda Revolução Industrial, ainda que tenha conquistado determinado grau de desenvolvimento tecnológico, não interferiu no processo de globalização. II. Ao se alcançar nova fase de desenvolvimento, as etapas anteriores são totalmente superadas por tor- narem-se ineficazes frente aos avanços tecnológicos. 6.3 LXX AVALIAÇÕES Nessa seção, apresentamos sugestões de avaliações (simples e breves) que podem contribuir com o processo de análise dos estudantes para as práticas peda- gógicas. OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS Objetivos e justificativas de sua pertinência para cada unidade do volume. IV ORGANIZAÇÃO DAS ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS As Orientações específicas são apresentadas junto à reprodução reduzida das páginas do Livro do estudante. Há sugestões para o desenvolvimento de conteúdos e ampliação, atividades complementares, textos de aprofundamento, sugestões de leitura, entre outros elementos. Para auxiliar no desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem e propor um melhor aproveitamento desta obra, sugerimos que as consultas a essas orientações sejam feitas constantemente, em um movimento integrado com as propostas do Livro do estudante. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Apresentam comentários, orientações e sugestões para o desenvolvimento dos conceitos e conteúdos, complementos de atividades e outras informações im- portantes para o encaminhamento do trabalho em sala de aula. AMPLIANDO HORIZONTES Sugestões de sites, livros, artigos, ví- deos, músicas e outros recursos para am- pliar o trabalho do professor. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Neste início de volume, o con- ceito de globalização é retomado e ampliado, destacando caracte- rísticas relacionadas à produção do espaço, como os fluxos de pes- soas e o papel das redes de trans- porte e de comunicação na apro- ximação de lugares e pessoas, as cidades globais e os tecnopolos. Pedir aos estudantes que ana- lisem a imagem da abertura e co- mentem as impressões que têm em relação a ela, verificando se identificam a ideia de um mundo conectado. Auxiliar os estudan- tes a refletirem sobre os aspectos que contribuiriam para essa in- tegração, reconhecendo o papel dos transportes e das comunica- ções nesse processo. Nas atividades 1 e 2, é espera- do que os estudantes utilizem os conhecimentos prévios acerca de dois aspectos centrais da globa- lização que serão abordados na unidade: os fluxos que integram diferentes pontos do planeta, intensificados pelas inovações tecnológicas. Na atividade 3, comentar que não há um conceito definido para o termo globalização. Esclarecer que, para muitos autores, a globaliza- ção é uma fase do capitalismo que representa a interdependência entre países e povos do globo, incentivada pelo avanço dos meios de comunica- ção e dos transportes. Sobre o reflexo da globalização no cotidiano dos estudantes, eles poderão citar, entre outras coisas, a rapidez com que as notícias são divul- gadas; a tecnologia disponível; a velocidade dos meios de transporte, dos fluxos de pessoas e mercadorias; as novas relações de trabalho; o avanço nos meios de comunicação; a internet; a expansão do uso da língua inglesa e do uso de telefones celulares, tablets etc. Competências na unidade Gerais: 1, 2, 6 e 7 Ciências Humanas: 2, 5, 6 e 7 Geografia: 1, 3, 4 e 6 Habilidades Geografia: • EF09GE01 • EF09GE02 • EF09GE05 • EF09GE06 • EF09GE10 • EF09GE11 • EF09GE12 • EF09GE13 • EF09GE14 • EF09GE18 BNCC NA UNIDADE Abertura da Unidade • Atende-se à habilidade EF09GE05 com foco em analisar fatos e situações para compreender a integração mundial (econômica, política e cultural) no contexto da globalização. BNCC Imagem ilustrativa das principais redes aéreas do mundo. 1 Nesta Unidade, analisaremos como o mundo atual se configurou a partir das inovações técnicas e tec- nológicas e como essas inovações resultaram em transformações no espaço geográfico, no trabalho, nas relações humanas e entre países, possibilitando o aumento dos fluxos de pessoas, informações e mercado- rias, uma das características do pro- cesso de globalização. UNI- DADE MUNDO GLOBALIZADO 12 12 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Promover uma tempestade de ideias a respeito das expressões “Mundo Ocidental” e “Mundo Oriental”. Para melhor organi- zação da proposta, iniciar por “Mundo Ocidental”. Solicitar aos estudantes que falem tudo o que lhes vem à cabeça quando ouvem essa expressão. Anotar na lousa o que for falado. Depois, fazer o mesmo para “Mundo Oriental”. Comentar que, geografica- mente, a divisão do mundo em Oriente e Ocidente é feita pelo Meridiano de Greenwich. Além do critério geográfico, destacar que a divisão do mundo em Oci- dente e Oriente está relacionada à divisão do Império Romano e que sua expansão para outras partes do planeta ocorreu a partir das Grandes Navegações. No contexto atual, os termos “oriente” e “oci- dente” estão impregnados de possibilidades, vi- sões de mundo e, em alguns casos, preconceito. A ideia divulgada durante os períodos colonial e imperialista de que a civilização ocidental seria superior às demais ficou gravada no imaginário de muitas pessoas, por isso é importante traba- lhar a desconstrução de possíveis preconceitos. Refletir com os estudantes a respeito da valida- de dessa ideia, pois originalmente ela foi cunhada na Europa com o objetivo de demonstrar, distin- guir e ressaltar sua cultura em relação às demais. Na atividade 1, explicar que a noção de Oci- dente e Oriente surgiu com os gregos, que consi- deravam sua cultura e seu modo de vida bastante diferentes dos povos asiáticos conhecidos, e foi consolidada quando o Império Romano passou a ser dividido em duas partes, no ano 395 d.C. Na atividade 2, propõe-se um trabalho in- terdisciplinar com Língua Portuguesa, com foco nas habilidades EF08LP03 e EF89LP15, que de- senvolvem a produção de artigos de opinião e a Competências • Gerais: 1 e 2 • Ciências Humanas: 5 • Geografia: 3 • Atende-se à habilidade EF09GE06 ao associar-se o critério de divisão do mundo em Ocidente e Oriente com o Siste- ma Colonial implantado pelas potências europeias. Interdisciplinaridade com... Língua Portuguesa: • EF08LP03 Produzir artigos de opinião, tendo em vista o contexto de produção dado, a defesa de um ponto de vista, utilizando argumentos e contra- -argumentos e articuladores de coesão que marquem relações de oposição, contraste, exem- plificação, ênfase. • EF89LP15 Utilizar, nos debates, operadores argumentativos que marcam a defesa de ideia e de diálogo com a tese do outro: con- cordo, discordo, concordo parcial- mente, do meu ponto de vista, na perspectiva aqui assumida etc. BNCC Mar Mediterrâneo M ar V erm elho Mar Negro OCEANO ATLÂNTICO Mar do Norte Mar Bá ltico 0º 45º N M e ri d ia n o d e G re e n w ic h Roma IMPÉRIO ROMANO DO OCIDENTE IMPÉRIO ROMANO DO ORIENTE Constantinopla 0 372 A L L M A P S A noção de Ocidente e Oriente O Oriente está relacionado à direção onde o Sol nasce (leste); e o Ocidente, à direção oposta (oeste). A noção de Ocidente tem suas origens com as civilizações grega e romana, na Europa, em oposição aos povos do Oriente, como os persas. Porém, essa noção passou a ser oficialmente utilizada com a divisão do Império Romano em duas partes, no ano de 395 d.C. Analise o mapa 1. Revolução Industrial: rápida mudança no processo de transformação de matérias-primas decorrente de avanços tecnológicos. Processo que marca o surgimento da indústria na segunda metade do século XVIII. INTEGRANDO comLÍNGUA PORTUGUESA com CONEXÃO LÍNGUA PORTUGUESA Do século XV em diante, com as Grandes Navegações, o chamado “mundo ocidental” ampliou suas fronteiras disseminando uma falsa noção de superioridade da civilizaçãoocidental em relação às demais. Com o passar dos séculos, a influência dos valores ocidentais foi se consolidando em todo o planeta. Os Estados Unidos, ao adotar os valores europeus de democracia, liberdade e direitos humanos, passaram a integrar o mundo ocidental. A Revolução Industrial e a noção de progresso validaram a necessidade de expansão dessa civilização, consolidada pela política imperialista ao longo do século XIX e início do século XX. No contexto do pós-Segunda Guerra Mundial, a emergência dos Estados Unidos e da União Soviética como potências mundiais redefi- niu o uso dos termos “Ocidental” e “Oriental” com base em critérios políticos e econômicos. Os Estados Unidos e os países alinhados a eles representavam os valores ocidentais e do capitalismo, enquanto a União Soviética e os países alinhados a ela faziam parte do bloco socialista, considerados orientais. Império Romano – 395 d.C. Fonte: LE MONDE HORS-SÉRIE. L’histoire de l’Occident: choques et métamorphoses. Paris: Malesherbes Publications, 2021. p. 16-17. 1 18 18 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Reforçar a importância do pe- tróleo para a economia do Orien- te Médio. Porém, destacar que, pensando na possibilidade de um futuro esgotamento das reser- vas desse recurso, países como Barein, Catar e Emirados Árabes Unidos estão investindo em ou- tros setores econômicos para di- versificar suas atividades. Incen- tivar a análise do mapa “Oriente Médio: uso da terra” para identi- ficar outras atividades praticadas no Oriente Médio. Encaminhar as atividades 1 a 4, que auxiliam na interpretação do mapa. A seguir, apresentar as principais características naturais do Oriente Médio, destacando a carência de água como um dos fatores pre- ponderantes na distribuição da população e na organização das atividades agropastoris. Ressaltar também que o acesso à água tem sido fonte de conflitos na região. Entre as principais caracterís- ticas naturais, destacar a predo- minância de clima desértico e se- miárido (desertos da Arábia e do Irã), com ocorrência de clima me- diterrâneo nas áreas próximas do crescente fértil. Há principalmente formações vegetais de Deserto, Estepes e Prada- rias, além de Vegetação Mediterrânea nas áreas próximas aos rios. A rede hidrográfica da região é pobre, com muitos rios temporários – com destaque para os rios Tigre e Eufrates. O relevo é bastante irregu- lar, com extensas planícies situadas nas áreas li- torâneas e planaltos que podem atingir altitudes superiores a 4 mil metros a leste, nas áreas próxi- mas ao Afeganistão e ao Irã. Relacionar as características naturais à ocupa- ção e ao uso do solo. Chamar a atenção para o crescimento de outras atividades como a cons- trução civil e o setor de serviços (bancos, segura- doras, transportes, energia, telecomunicações, aviação civil, tecnologia digital, turismo etc.) e para a necessidade de mão de obra para diversos setores, com estímulo para a entrada de imigran- tes, sobretudo em países do Golfo Pérsico. Se jul- gar adequado, ler para os estudantes o excerto da seção Texto complementar. ATIVIDADE COMPLEMENTAR Viajar ao Oriente A atividade proposta possibilita desenvolver práticas de pesquisa com destaque para a aná- lise documental, observação, tomada de notas e construção de relatórios (ver tópico Práticas de pesquisa, nas Orientações gerais deste Manual). Sugerir atividade de pesquisa sobre o turismo no Oriente Médio. Dividir a turma em grupos e atribuir um tema para cada um deles, como: tu- rismo religioso, turismo de negócios, turismo de alto padrão, crescimento do turismo e principais dificuldades para o desenvolvimento da atividade. Cada grupo deverá realizar a pesquisa e apre- sentá-la de forma livre, ou seja, o produto final pode ser uma apresentação de slides, um cartaz, um vídeo, uma música etc. Para inspirar os grupos é interessante apresen- tar diferentes linguagens durante as aulas, traba- lhando com quadrinhos, textos, vídeos etc. TEXTO COMPLEMENTAR Até poucos anos atrás, [...] para boa parte da humanidade, o Oriente Médio era apenas o lugar de onde saía a maioria do petróleo que movia a economia do planeta. Mas o petróleo [...] não durará para sempre, e os árabes, capita- lizados com os dólares resultan- tes da exploração [...], decidiram se precaver. O resultado está na transformação do Oriente Médio no destino que apresenta o maior crescimento proporcional de visi- tantes do planeta, segundo da- dos da Organização Mundial do Turismo. [...] [...] O fator que fez nascer a eco- nomia do turismo local foram os gigantescos investimentos em infraestrutura realizados [...]. A pequena Dubai, nos Emirados Árabes, foi a primeira a enxergar que a transformação do deserto instalado no caminho entre a Eu- ropa e a emergente China poderia atrair multidões em busca de luxo e lazer exótico [...] [...] O modelo de Dubai serve atual- mente de inspiração para outras localidades do Oriente Médio, que decidiram também financiar pro- jetos semelhantes [...] ANTUNES, Luciene As novas Dubais. Exame, [s. l.], 9 mar. 2011. Disponível em: https://exame.abril.com.br/revista-exame/ novas-dubais-396426/. Acesso em: 14 ago. 2022. • A habilidade EF09GE09 é apre- sentada com foco em analisar características de países e gru- pos de países asiáticos em seus aspectos econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas e pressões sobre seus ambientes físico-naturais. • Trabalha-se a habilidade EF09GE15 com ênfase em classificar diferentes regiões do mundo com base em informa- ções econômicas representadas em mapas temáticos com dife- rentes projeções cartográficas. • Atende-se a habilidade EF09GE17 ao explicar as carac- terísticas físico-naturais e a for- ma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Europa, da Ásia e da Oceania. BNCC AMPLIANDO HORIZONTES • AMBIÇÕES nucleares: Arábia Sau- dita começa a explorar suas re- servas de Urânio. Sputnik Bra- sil, [s. l.], 18 dez. 2017. Dispo- nível em: https://sputniknews brasil.com.br/20171218/ambicoes -nucleares-arabia-saudita-uranio- 10097665.html. Acesso em: 14 ago. 2022. A reportagem avalia o potencial dos recursos da Arábia Saudita para a produção de energia atômica. • DÍAZ, Marcos González. Os re- atores nucleares da Arábia Sau- dita que geram disputa entre EUA, China e Rússia. BBC News, [s. l.], 2018. Disponível em: https:// www.bbc.com/portuguese/inter nacional-43202463. Acesso em: 14 ago. 2022. A matéria explica os interesses de países como EUA e China nos novos empreendimentos da Arábia Saudita em diversificar sua matriz energética. O tipo de pecuária que se destaca no Oriente Médio é o pastoreio nômade. Com as condições climáticas adversas, os criadores deslocam o gado em busca de água e alimentos. Os principais rebanhos são de ovelhas, cabras e camelos. Na atividade industrial, destacam-se Israel e Turquia, os países mais industrializados do Oriente Médio. A Turquia concentra indústrias química, mecânica e automobilística, e Israel, indús- trias de equipamentos eletrônicos, alimentos, telecomunicações, armamentos e equipamentos agrícolas. Nos países produtores de petróleo, destacam-se as indústrias petroquímicas. Nos demais países, a atividade industrial é incipiente, basicamente com indústrias de bens de consumo não duráveis (alimentos, bebidas, vestuário etc.), concentrando-se principalmente nas capitais. O turismo é uma atividade que tem apresentado crescimento no Oriente Médio, com grande destaque nos países do Golfo Pérsico, principalmente nos Emirados Árabes Unidos. Preocupado em diminuir a dependência econômica em relação ao petróleo, o país tem realizado altos investi- mentos em infraestrutura e desenvolvimento do setor com a construção de hotéis luxuosos, praias e ilhas artificiais que atraem turistas do mundo todo, principalmente para Dubai e Abu Dhabi. O turismo religioso também se destaca, atraindo devotos do mundo todo, pois foi nessa região que se originaramtrês importantes religiões: cristianismo, islamismo e judaísmo. O turismo de alto padrão tem apresentado crescimento nos Emirados Árabes Unidos. Fotografia de Dubai, 2022. YURI DONDISH/SHUTTERSTOCK.COM 195 AFEGANISTÃO IRÃ ARÁBIA SAUDITA BAREIN CHIPRE EMIRADOS ÁRABES UNIDOS IRAQUE ISRAEL JORDÂNIA ÁFRICA ÁSIA EUROPA KUWAIT LÍBANO OMÃ CATAR SÍRIA TURQUIA IÊMEN OCEANO ÍNDICO Trópico de Cânc er Mar Negro Mar C áspio M ar Verm elho Mar Mediterrâneo 50° L Cidade do Kuwait AmãTelaviv Beirute Ancara Damasco Bagdá Teerã Riad Sana Mascate Doha Manama Abu Dhabi Kabul Utilização do solo Cultivos Trigo Beterraba Arroz Uva Café Azeitona Capital Áreas improdutivas Florestas e bosques Área cultivável Estepes e desertos Área de criação de gado 0 393 D A C O S T A M A P A S Outras atividades econômicas Além da extração e da exportação do petróleo, outras atividades econômicas se destacam no Oriente Médio. Analise o mapa. 1 Que atividades econômicas foram representadas no mapa? 2 Por que a agricultura irrigada é muito importante na região? Se necessário, retome o mapa “Ásia: climas”, da página 166. 3 Em que região do mapa se concentram as florestas e os bosques? 4 Qual é o principal cultivo representado no mapa? Em que países é realizado? Como em diversas áreas do Oriente Médio predomina o clima desértico, a agricultura é praticada principalmente nas áreas mais úmidas, onde é possível o uso da irrigação. Na Planície da Mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates, destaca-se o cultivo irrigado de trigo, além de arroz, frutas e algodão. No litoral do mar Mediterrâneo, destacam-se as azeitonas e frutas. Algumas áreas de desertos, no entanto, têm se tornado importantes produtoras agrícolas em decorrência do desenvolvimento de técnicas de irrigação e manipulação genética de semen- tes. Israel é o país que tem obtido maior sucesso no aproveitamento das regiões áridas para a agricultura, ocupando, ao lado da Turquia, a liderança na produção agrícola do Oriente Médio. No deserto de Neguev, além do trigo, destaca-se o cultivo de frutas, cevada, legumes, verduras e algodão. Agricultura e criação de gado. Por causa dos climas árido e semiárido da região. Na Região Norte, nos territórios da Turquia e do Irã, principalmente. Trigo. No Afeganistão, no Irã, no Iraque, na Turquia e na Síria. Oriente Médio: uso da terra Fonte: ISTITUTO GEOGRAFICO DE AGOSTINI. Atlante geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico de Agostini, 2021. p. 100-101. 194 195194 BNCC NA UNIDADE BNCC Ao longo da unidade, o quadro indica a rela- ção entre o conteúdo trabalhado e as habili- dades. São apresentadas, ainda, as compe- tências gerais, por área e específicas em des- taque, assim como, no Interdisciplinaridade com..., as habilidades e abordagens relacio- nadas a outros componentes curriculares. COMPETÊNCIAS Relação das competências gerais, competências específicas por área (Ciências Humanas) e competências específicas de Geografia trabalhadas na unidade, de acordo com a BNCC. HABILIDADES Relação das habilidades, de acordo com a BNCC, vinculadas aos conteú- dos trabalhados na unidade. TEXTOS COMPLEMENTARES Textos que visam aprofun- dar conteúdos abordados no Livro do estudante. São textos variados que também servem de leitura para am- pliação de informações para o professor. ATIVIDADES COMPLEMENTARES Sugestões de atividades extras, cujo objetivo é am- pliar o estudo de conceitos da unidade ou dos temas abordados. V ORIENTAÇÕES GERAIS PARA A COLEÇÃO . . . . . . . . . . . . VII Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . VII 1. Mudanças no ensino de Geografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . VIII 1.1 A BNCC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . IX 1.1.1 Competências e habilidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . X 2. Proposta teórico-metodológica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XVIII 2.1 Expectativas de aprendizagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIX 2.2 Conceitos da Geografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XX 2.3 Escalas de análise espacial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXII 2.4 A Cartografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .XXIII 2.4.1 Cartografia e educação inclusiva . . . . . . . . .XXIV 2.4.2 Mapas digitais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXVI 2.4.3 Mapas digitais colaborativos . . . . . . . . . . . . . XXVII 2.5 Interdisciplinaridade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .XXIX 2.6 O trabalho com os temas contemporâneos transversais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .XXXI 2.7 O trabalho com a diversidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXXII 3. Recursos e estratégias didáticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXXIII 3.1 Sugestões para o uso da obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXXIII 3.1.1 Como usar o livro em salas compostas de grupos grandes de estudantes . . . . . . . XXXIV 3.2 Estudo do meio e trabalho de campo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXXIV 3.2.1 Possíveis riscos para saídas de campo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXXVI 3.3 Geografia e a alfabetização contínua . . . . . . . . . XXXVII 3.3.1 Gêneros textuais e linguagens diversas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXXVII 3.4 Tecnologias digitais de comunicação e informação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .XXXVIII 3.4.1 As “novas tecnologias” na escola . . . . . . . XXXIX 3.4.2 O pensamento computacional . . . . . . . . . . . . . XLI 3.5 Práticas de pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .XLIII 3.6 Trabalhos em grupo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .XLIV 3.7 Jogos tradicionais e eletrônicos (games) . . . . . . . .XLIV 3.7.1 Games . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .XLV 3.8 Aprendizagem baseada em problemas . . . . . . . . . . XLVI 3.9 Aprendizagem baseada em projetos . . . . . . . . . . . . XLVII 3.10 Sala de aula invertida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XLVII 3.11 Inclusão em sala de aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XLVIII 3.11.1 O bullying e a saúde mental . . . . . . . . . . . XLVIII 3.11.2 A cultura de paz na escola . . . . . . . . . . . . . .XLIX 4. Avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . L 4.1 Mapa conceitual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LI 4.2 Portfólio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LII 4.3 Contrato didático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LIII 4.4 Autoavaliação e ensino-aprendizagem . . . . . . . . . . . LIV 5. Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LIV 5.1 Livros e outras publicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LIV 5.2 Sites consultados e recomendados . . . . . . . . . . . . . . LXIII 6. Seleção dos conteúdos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .LXIV 6.1 Quadro de conteúdos, objetos de conhecimento e habilidades da BNCC do volume . . . . . . . . . . . . . . . . . LXV 6.2 Objetivos e justificativas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LXVII Unidade 1 – Mundo globalizado Unidade 2 – Globalização e desafios no século XXI Unidade 3 – Europa: território e natureza Unidade 4 – Europa: população e economia Unidade 5 – Ásia Unidade6 – Oriente Médio, Ásia Setentrional e Ásia Central Unidade 7 – Extremo Oriente, Ásia Meridional e Sudeste Asiático Unidade 8 – Oceania 6.3 Avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LXX Unidade 1 – Mundo globalizado Unidade 2 – Globalização e desafios no século XXI Unidade 3 – Europa: território e natureza Unidade 4 – Europa: população e economia Unidade 5 – Ásia Unidade 6 – Oriente Médio, Ásia Setentrional e Ásia Central Unidade 7 – Extremo Oriente, Ásia Meridional e Sudeste Asiático Unidade 8 – Oceania 6.4 Gabarito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LXXIV ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS ESPECÍFICAS DO VOLUME 9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .LXXX VI INTRODUÇÃO Colegas professores, convidamos vocês a iniciar nosso diálogo com algumas perguntas que nos fazem refletir sobre a Geografia na escola dos dias atuais. Como a Geografia contribui para a compreensão do mundo contemporâneo, relacionando- -o com a vida cotidiana? Que conteúdos, conceitos e categorias trabalhados na Geografia os estudantes devem apreender para desvendar os acontecimentos do seu mundo? Qual é o papel do professor de Geografia diante do jovem considerado um “nativo digital”? As respostas passam pela concepção de estudante, de escola, de educação e de Geografia. Nesta coleção, concebemos o estudante como sujeito das relações no processo de apren- dizagem, e o professor como mediador entre o conhecimento e o estudante, no sentido de promover situações de problematização dos fatos, de relação com os lugares de vivência, de protagonismos em pesquisas e discussões, de superação do senso comum, entre outras. Quanto à concepção de Geografia, é importante esclarecer que o objeto central de estudo é o espaço geográfico que, associado aos saberes científicos da disciplina, deve contribuir para a compreensão dos fatos e a busca por um mundo melhor para todos e todas. Pode-se dizer que o papel da escola, sobretudo do professor de Geografia, nunca foi tão desafiador, não só porque o mundo está em constante e veloz mudança, mas também porque os mais diversos entendimentos sobre o mundo são divulgados em segundos e comentados por milhões de pessoas instantaneamente. O excessivo apelo ao consumo, aliado à facilidade na disseminação de opiniões e de notí- cias – muitas vezes falsas –, estabelece, para o professor de Geografia, o desafio de romper com a banalização dos acontecimentos e a indiferença da sociedade em relação aos problemas humanos, sociais e ambientais. Um dos caminhos é possibilitar ao estudante o trabalho com as “ferramentas” próprias da Geografia e de outras ciências para analisar, refletir, emitir opiniões bem fundamentadas e fazer uma leitura crítica do mundo e das vivências, o que significa compreender a realidade e pensar possibilidades para um mundo melhor. Ao mesmo tempo, devemos pensar na formação do cidadão1 , que convive com as diferen- ças nos seus aspectos cultural, étnico-cultural, de gênero, etário, entre outras, contribuindo para a promoção do respeito ao outro e à diversidade. Enfim, são grandes os desafios que dependem de um conjunto de atores e forças, aos quais nos unimos: docentes, pais, estudantes, gestores, políticas públicas, movimentos sociais e todos aqueles comprometidos com um país melhor para todas as pessoas. 1 Para ampliar essa reflexão, sugerimos a leitura do livro O espaço do cidadão, de Milton Santos (2014). ORIENTAÇÕES GERAIS PARA A COLEÇÃO VII Ao conversar sobre as aulas de Geografia com pessoas que frequentaram a escola nas décadas de 1960 ou 1970, é comum ouvir relatos de experiências que não contribuíam efetivamente para a compreensão do mundo, como decorar nomes de rios, países e capitais e reproduzir e pintar mapas. Embora não constituam regra, esses exemplos ilustram práticas comuns em um momento no qual a Geografia era considerada uma disciplina repleta de conteúdo para decorar. Já na década de 1970, o geógrafo francês Yves Lacoste, em seu livro A Geografia – isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra (2008), estabelecia novos para- digmas para a Geografia e para o seu ensino nas escolas. De modo geral, a obra representa um marco para a ciência geográfica e, desde então, norteia o fazer e o pensar de geógrafos e professores de Geografia, bem como fez faz críticas à Geografia que a precedeu2 , que se convencionou chamar Geografia tradicional. Lacoste apontou a neutralidade científica, o aspecto descritivo e a compartimentação do conhecimento da Geografia ensinada nas escolas e, também, daquela produzida nas instituições acadêmicas e de pesquisa. Para a chamada Geografia tradicional, o conhecimento era um saber neutro, que não abordava as relações sociais e as contradições que envolviam a produção do espaço geográfico. Na escola, a Geografia não tinha a preocupação com os lugares de vivência nem incentivava os estudantes a se perceber como sujeitos de sua realidade, podendo, portanto, transformá-la. A questão do método passou a ser intensamente debatida na ciência geográfica, visando à superação de uma ciência pautada no Positivismo, corrente que sustentava as Ciências Humanas. Esse movimento de dis- cussão e renovação metodológica é o que passou a ser denominado Geografia crítica. No Brasil, a partir da década de 1980, estudos acadêmicos fizeram críticas à chamada Geografia escolar e buscaram meios para minimizar a compartimentação dos conteúdos e o distanciamento entre o ensino de Geografia e a realidade social, política e econômica do país. A busca pela renovação da Geografia escolar era parte do movimento de renovação curricular, que centrava esforços na “melhoria da qualidade de ensino, a qual necessariamente passava por uma revisão dos conteúdos e das formas de ensinar e aprender das diferentes disciplinas dos currículos da escola básica” (PONTUSCHKA; CACETE; PAGANELLI, 2009, p. 37). Um dos documentos que marcaram fortemente esse movimento de reno- vação foi a proposta da Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (Cenp), da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, que inspirou propostas curriculares de outras Unidades da Federação, assim como o Movimento de Reorientação Curricular promovido pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo em 1992. Outro marco importante para o ato de repensar o currículo foi a publicação, em âmbito nacional, dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), nos anos 1990, que propunha conteúdos conceituais, temas trans- versais e orientações didáticas específicas para as disciplinas escolares. Os PCN de Geografia pretendiam re- forçar a importância social dessa disciplina, buscar um ensino para a conquista da cidadania, trabalhar meios para os estudantes receberem informação e formação considerando conteúdos conceituais, atitudinais e procedimentais. Outro aspecto importante era a intercessão da Geografia com outros campos do saber, como a Antropologia, a Sociologia, a Biologia, as Ciências Políticas, entre outros (BRASIL, 1997a).3 Nas décadas de 2000 e 2010, houve uma tendência das Unidades da Federação e dos municípios de ela- borarem seus próprios documentos curriculares, valendo-se da autonomia garantida pelas legislações e reve- lando diferentes possibilidades de organização curricular. 2 Lacoste (2008) faz críticas à Geografia a qual ele denominou “Geografia dos professores”, que caracterizava não só a escola de nível médio, mas também os cursos universitários. 3 A proposta da Cenp e os PCN não ficaram livres de críticas, sendo que as principais delas foram, respectivamente, a de que não atingiu a prática da maior parte dos professores das redes públicas e a pequena participação, na sua elaboração, dos professores da Educação Básica. Independentemente das críticas e das linhas metodológicas, os dois documentos contribuíram imensamente para reflexões sobre a Geografia escolar, entendendo-a como uma disciplinaque vai muito além da memorização de conteúdos e da reprodução de mapas. 1 MUDANÇAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA VIII Destaca-se também o aumento do número de pesquisas e de grupos de estudo nas universidades bra- sileiras e a maior frequência dos encontros na área de didática da Geografia e da educação geográfica, re- velando maior preocupação com o tema. Pesquisadores, docentes e autores de livros didáticos passaram a repensar a função social da Geografia, apontando para a superação da chamada Geografia tradicional e en- fatizando a importância de levar em conta os conhecimentos prévios dos estudantes para a construção dos saberes geográficos e dos raciocínios espaciais. A partir da segunda metade da década de 2010, educadores brasileiros, pesquisadores e a sociedade civil se organizaram em movimentos que deram origem à criação uma base curricular nacional, que resultou na publicação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em 2018. Grande parte das discussões recentes so- bre a Geografia escolar está contemplada na BNCC, sobre a qual nos detemos a seguir. A BNCC A BNCC teve suas primeiras versões publicadas na segunda metade da década de 2010, orientada pelos princípios das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) e pelos marcos legais vigentes no Brasil. O documento define as aprendizagens essenciais, indica conhecimentos e competências que se espera que os estudantes desenvolvam ao longo da Educação Básica e explicita as especificidades e o papel das áreas do conhecimen- to (no caso da Geografia, as Ciências Humanas) e dos componentes curriculares na formação do estudante do Ensino Fundamental, na aplicação e no desenvolvimento de diferentes competências e habilidades. Ao apresentar a Geografia, a BNCC aponta que a grande contribuição desse componente curricular aos estudantes da Educação Básica é “desenvolver o pensamento espacial, estimulando o raciocínio geográfico para representar e interpretar o mundo em permanente transformação e relacionando componentes da sociedade e da natureza” (BRASIL, 2018, p. 360). De acordo com a BNCC, o raciocínio geográfico, que é uma maneira de exercitar o pensamento, envolve princípios para compreender aspectos fundamentais da realidade, conforme expostos no quadro 1. 1.1 QUADRO 1 – DESCRIÇÃO DOS PRINCÍPIOS DO RACIOCÍNIO GEOGRÁFICO Princípio Descrição Analogia Um fenômeno geográfico sempre é comparável a outros. A identificação das semelhanças entre fenômenos geográficos é o início da compreensão da unidade terrestre. Conexão Um fenômeno geográfico nunca acontece isoladamente, mas sempre em interação com outros fenômenos próximos ou distantes. Diferenciação* É a variação dos fenômenos de interesse da geografia pela superfície terrestre (por exemplo, o clima), resultando na diferença entre áreas. Distribuição Exprime como os objetos se repartem pelo espaço. Extensão Espaço finito e contínuo delimitado pela ocorrência do fenômeno geográfico. Localização Posição particular de um objeto na superfície terrestre. A localização pode ser absoluta (definida por um sistema de coordenadas geográficas) ou relativa (expressa por meio de relações espaciais topológicas ou por interações espaciais). Ordem** Ordem ou arranjo espacial é o princípio geográfico de maior complexidade. Refere-se ao modo de estruturação do espaço de acordo com as regras da própria sociedade que o produziu. FERNANDES, José Alberto Rio; TRIGAL, Lourenzo López; SPÓSITO, Eliseu Savério. Dicionário de geografia aplicada. Porto: Porto Editora, 2016. *MOREIRA, Ruy. A diferença e a geografia: o ardil da identidade e a representação da diferença na geografia. GEOgraphia, Rio de Janeiro, ano 1, n. 1, p. 41-58, 1999. **MOREIRA, Ruy. Repensando a Geografia. In: SANTOS, Milton (org.). Novos rumos da geografia brasileira. São Paulo: Hucitec, 1982. p. 35-49. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 360. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022. IX 1.1.1 • Competências e habilidades As competências referem-se à “mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida coti- diana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho” (BRASIL, 2018, p. 8). Na BNCC, as competências apresentam-se em diversos níveis. No plano das competências gerais para a Educação Básica, elas se inter-relacionam e perpassam todos os componentes curriculares. COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 9-10. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022. X No âmbito das Ciências Humanas, conforme exposto na BNCC, as competências devem propiciar aos estudantes a capacidade de interpretar o mundo, de compreender processos e fenômenossociais, políticos e culturais e de atuar de forma ética, responsável e autônoma diante de fenômenos sociais e naturais. No âmbito da Geografia, as competências contribuem para a formação das identidades e para a leitura de mundo. É imprescindível, para isso, desenvolver o pensamento espacial dos estudantes, estimulando seu raciocínio geográfico. COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE CIÊNCIAS HUMANAS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL 1. Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de forma a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plural e promover os direitos humanos. 2. Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técnico-científico-informacional com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, considerando suas variações de significado no tempo e no espaço, para intervir em situações do cotidiano e se posicionar diante de problemas do mundo contemporâneo. 3. Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade, exercitando a curiosidade e propondo ideias e ações que contribuam para a transformação espacial, social e cultural, de modo a participar efetivamente das dinâmicas da vida social. 4. Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com relação a si mesmo, aos outros e às diferentes culturas, com base nos instrumentos de investigação das Ciências Humanas, promovendo o acolhimento e a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. 5. Comparar eventos ocorridos simultaneamente no mesmo espaço e em espaços variados, e eventos ocorridos em tempos diferentes no mesmo espaço e em espaços variados. 6. Construir argumentos, com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, para negociar e defender ideias e opiniões que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental, exercitando a responsabilidade e o protagonismo voltados para o bem comum e a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 7. Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e comunicação no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal relacionado a localização, distância, direção, duração, simultaneidade, sucessão, ritmo e conexão. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 357. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022. COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL 1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas. 2. Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história. 3. Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem. XI Nos Anos Finais (6o ao 9o) do Ensino Fundamental, devem ser garantidas a continuidade e a progressão das aprendizagens dos Anos Iniciais (1o ao 5o) em níveis crescentes de complexidade da compreensão. Para garantir o desenvolvimento das competências propostas e da progressão das aprendizagens, a BNCC apresenta um conjunto de habilidades que “expressam as aprendizagens essenciais que devem ser asse- guradas aos estudantes nos diferentes contextos escolares” (BRASIL, 2018, p. 29). Essas habilidades estão organizadas por componente curricular e ano, relacionadas a diferentes unidades temáticas e objetos de co- nhecimento, entendidos como conteúdos, conceitos e processos. A numeração sequencial que identifica as habilidades (por exemplo: EF06GE01) não indica uma ordem esperada das aprendizagens, tão somente indi- ca a organização de determinada habilidade da etapa do ensino (EF – Ensino Fundamental), ano (06), com- ponente curricular (Geografia) e, por fim, a habilidade indicada. Além disso, o agrupamento das habilidades não é um modelo obrigatório para os currículos, como é esclarecido no documento. COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL 4. Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas. 5. Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para compreender o mundo natural, social, econômico, político e o meio técnico-científico e informacional, avaliar ações e propor perguntas e soluções (inclusive tecnológicas) para questões que requerem conhecimentos científicos da Geografia. 6. Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza. 7. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, propondo ações sobre as questões socioambientais, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 366. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022. A seguir, estão apresentados quadros com as unidades temáticas, objetos de conhecimento e habilida- des do componente curricular de Geografia, na BNCC para cada ano do Ensino Fundamental – Anos Finais. Nas páginas LXV e LXVI, oferecemos um quadro dos conteúdos e conceitos trabalhados em cada volume e os respectivos objetos de conhecimento e habilidades que estão relacionados a eles. Essas relações com as competências e habilidades da BNCC também são sinalizadas no início de cada unidade das Orientações específicas deste Manual. [...] Essa forma de apresentação adotada na BNCC tem por objetivo assegu- rar a clareza, a precisão e a explicitação do que se espera que todos os alunos aprendam no Ensino Fundamental, fornecendo orientações para a elaboração de currículos em todo o País, adequados aos diferentes contextos. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 31. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022. XII GEOGRAFIA • 6o ANO UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES O sujeito e seu lugar no mundo Identidade sociocultural • (EF06GE01) Comparar modificações das paisagens nos lugares de vivência e os usos desses lugares em diferentes tempos. • (EF06GE02) Analisar modificações de paisagens por diferentes tipos de sociedade, com destaque para os povos originários. Conexões e escalas Relações entre os componentes físico- naturais • (EF06GE03) Descrever os movimentos do planeta e sua relação com a circulação geral da atmosfera, o tempo atmosférico e os padrões climáticos. • (EF06GE04) Descrever o ciclo da água, comparando o escoamento superficial no ambiente urbano e rural, reconhecendo os principais componentes da morfologia das bacias e das redes hidrográficas e a sua localização no modelado da superfície terrestre e da cobertura vegetal. • (EF06GE05) Relacionar padrões climáticos, tipos de solo, relevo e formações vegetais. Mundo do trabalho Transformação das paisagens naturais e antrópicas • (EF06GE06) Identificar as características das paisagens transformadas pelo trabalho humano a partir do desenvolvimentoda agropecuária e do processo de industrialização. • (EF06GE07) Explicar as mudanças na interação humana com a natureza a partir do surgimento das cidades. Formas de representação e pensamento espacial Fenômenos naturais e sociais representados de diferentes maneiras • (EF06GE08) Medir distâncias na superfície pelas escalas gráficas e numéricas dos mapas. • (EF06GE09) Elaborar modelos tridimensionais, blocos-diagramas e perfis topográficos e de vegetação, visando à representação de elementos e estruturas da superfície terrestre. Natureza, ambientes e qualidade de vida Biodiversidade e ciclo hidrológico • (EF06GE10) Explicar as diferentes formas de uso do solo (rotação de terras, terraceamento, aterros etc.) e de apropriação dos recursos hídricos (sistema de irrigação, tratamento e redes de distribuição), bem como suas vantagens e desvantagens em diferentes épocas e lugares. • (EF06GE11) Analisar distintas interações das sociedades com a natureza, com base na distribuição dos componentes físico-naturais, incluindo as transformações da biodiversidade local e do mundo. • (EF06GE12) Identificar o consumo dos recursos hídricos e o uso das principais bacias hidrográficas no Brasil e no mundo, enfatizando as transformações nos ambientes urbanos. Atividades humanas e dinâmica climática • (EF06GE13) Analisar consequências, vantagens e desvantagens das práticas humanas na dinâmica climática (ilha de calor etc.). XIII GEOGRAFIA • 7o ANO UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES O sujeito e seu lugar no mundo Ideias e concepções sobre a formação territorial do Brasil • (EF07GE01) Avaliar, por meio de exemplos extraídos dos meios de comunicação, ideias e estereótipos acerca das paisagens e da formação territorial do Brasil. Conexões e escalas Formação territorial do Brasil • (EF07GE02) Analisar a influência dos fluxos econômicos e populacionais na formação socioeconômica e territorial do Brasil, compreendendo os conflitos e as tensões históricas e contemporâneas. • (EF07GE03) Selecionar argumentos que reconheçam as territorialidades dos povos indígenas originários, das comunidades remanescentes de quilombos, de povos das florestas e do cerrado, de ribeirinhos e caiçaras, entre outros grupos sociais do campo e da cidade, como direitos legais dessas comunidades. Características da população brasileira • (EF07GE04) Analisar a distribuição territorial da população brasileira, considerando a diversidade étnico-cultural (indígena, africana, europeia e asiática), assim como aspectos de renda, sexo e idade nas regiões brasileiras. Mundo do trabalho Produção, circulação e consumo de mercadorias • (EF07GE05) Analisar fatos e situações representativas das alterações ocorridas entre o período mercantilista e o advento do capitalismo. • (EF07GE06) Discutir em que medida a produção, a circulação e o consumo de mercadorias provocam impactos ambientais, assim como influem na distribuição de riquezas, em diferentes lugares. Desigualdade social e o trabalho • (EF07GE07) Analisar a influência e o papel das redes de transporte e comunicação na configuração do território brasileiro. • (EF07GE08) Estabelecer relações entre os processos de industrialização e inovação tecnológica com as transformações socioeconômicas do território brasileiro. Formas de representação e pensamento espacial Mapas temáticos do Brasil • (EF07GE09) Interpretar e elaborar mapas temáticos e históricos, inclusive utilizando tecnologias digitais, com informações demográficas e econômicas do Brasil (cartogramas), identificando padrões espaciais, regionalizações e analogias espaciais. • (EF07GE10) Elaborar e interpretar gráficos de barras, gráficos de setores e histogramas, com base em dados socioeconômicos das regiões brasileiras. Natureza, ambientes e qualidade de vida Biodiversidade brasileira • (EF07GE11) Caracterizar dinâmicas dos componentes físico-naturais no território nacional, bem como sua distribuição e biodiversidade (Florestas Tropicais, Cerrados, Caatingas, Campos Sulinos e Matas de Araucária). • (EF07GE12) Comparar unidades de conservação existentes no Município de residência e em outras localidades brasileiras, com base na organização do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). XIV GEOGRAFIA • 8o ANO UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES O sujeito e seu lugar no mundo Distribuição da população mundial e deslocamentos populacionais • (EF08GE01) Descrever as rotas de dispersão da população humana pelo planeta e os principais fluxos migratórios em diferentes períodos da história, discutindo os fatores históricos e condicionantes físico-naturais associados à distribuição da população humana pelos continentes. Diversidade e dinâmica da população mundial e local • (EF08GE02) Relacionar fatos e situações representativas da história das famílias do Município em que se localiza a escola, considerando a diversidade e os fluxos migratórios da população mundial. • (EF08GE03) Analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando características da população (perfil etário, crescimento vegetativo e mobilidade espacial). • (EF08GE04) Compreender os fluxos de migração na América Latina (movimentos voluntários e forçados, assim como fatores e áreas de expulsão e atração) e as principais políticas migratórias da região. Conexões e escalas Corporações e organismos internacionais e do Brasil na ordem econômica mundial • (EF08GE05) Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões na contemporaneidade, com destaque para as situações geopolíticas na América e na África e suas múltiplas regionalizações a partir do pós-guerra. • (EF08GE06) Analisar a atuação das organizações mundiais nos processos de integração cultural e econômica nos contextos americano e africano, reconhecendo, em seus lugares de vivência, marcas desses processos. • (EF08GE07) Analisar os impactos geoeconômicos, geoestratégicos e geopolíticos da ascensão dos Estados Unidos da América no cenário internacional em sua posição de liderança global e na relação com a China e o Brasil. • (EF08GE08) Analisar a situação do Brasil e de outros países da América Latina e da África, assim como da potência estadunidense na ordem mundial do pós-guerra. • (EF08GE09) Analisar os padrões econômicos mundiais de produção, distribuição e intercâmbio dos produtos agrícolas e industrializados, tendo como referência os Estados Unidos da América e os países denominados de Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). • (EF08GE10) Distinguir e analisar conflitos e ações dos movimentos sociais brasileiros, no campo e na cidade, comparando com outros movimentos sociais existentes nos países latino-americanos. • (EF08GE11) Analisar áreas de conflito e tensões nas regiões de fronteira do continente latino-americano e o papel de organismos internacionais e regionais de cooperação nesses cenários. • (EF08GE12) Compreender os objetivos e analisar a importância dos organismos de integração do território americano (Mercosul, OEA, OEI, Nafta, Unasul, Alba, Comunidade Andina, Aladi, entre outros). XV GEOGRAFIA • 8o ANO UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES Mundo do trabalho Os diferentes contextos e os meios técnico e tecnológico na produção • (EF08GE13) Analisar a influência do desenvolvimento científico e tecnológico na caracterização dos tipos de trabalho e na economia dos espaços urbanos e rurais da América e da África. • (EF08GE14) Analisar os processos de desconcentração, descentralização e recentralização das atividades econômicas a partir do capital estadunidense e chinês em diferentes regiões no mundo, com destaque para o Brasil. Transformações do espaço na sociedade urbano-industrial na América Latina • (EF08GE15) Analisar a importância dos principais recursos hídricos da América Latina(Aquífero Guarani, Bacias do rio da Prata, do Amazonas e do Orinoco, sistemas de nuvens na Amazônia e nos Andes, entre outros) e discutir os desafios relacionados à gestão e comercialização da água. • (EF08GE16) Analisar as principais problemáticas comuns às grandes cidades latino-americanas, particularmente aquelas relacionadas à distribuição, estrutura e dinâmica da população e às condições de vida e trabalho. • (EF08GE17) Analisar a segregação socioespacial em ambientes urbanos da América Latina, com atenção especial ao estudo de favelas, alagados e zona de riscos. Formas de representação e pensamento espacial Cartografia: anamorfose, croquis e mapas temáticos da América e África • (EF08GE18) Elaborar mapas ou outras formas de representação cartográfica para analisar as redes e as dinâmicas urbanas e rurais, ordenamento territorial, contextos culturais, modo de vida e usos e ocupação de solos da África e América. • (EF08GE19) Interpretar cartogramas, mapas esquemáticos (croquis) e anamorfoses geográficas com informações geográficas acerca da África e América. Natureza, ambientes e qualidade de vida Identidades e interculturalidades regionais: Estados Unidos da América, América espanhola e portuguesa e África • (EF08GE20) Analisar características de países e grupos de países da América e da África no que se refere aos aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades sociais e econômicas e as pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valoração na produção e circulação), o que resulta na espoliação desses povos. • (EF08GE21) Analisar o papel ambiental e territorial da Antártica no contexto geopolítico, sua relevância para os países da América do Sul e seu valor como área destinada à pesquisa e à compreensão do ambiente global. Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na América Latina • (EF08GE22) Identificar os principais recursos naturais dos países da América Latina, analisando seu uso para a produção de matéria-prima e energia e sua relevância para a cooperação entre os países do Mercosul. • (EF08GE23) Identificar paisagens da América Latina e associá-las, por meio da cartografia, aos diferentes povos da região, com base em aspectos da geomorfologia, da biogeografia e da climatologia. • (EF08GE24) Analisar as principais características produtivas dos países latino-americanos (como exploração mineral na Venezuela; agricultura de alta especialização e exploração mineira no Chile; circuito da carne nos pampas argentinos e no Brasil; circuito da cana-de-açúcar em Cuba; polígono industrial do sudeste brasileiro e plantações de soja no centro- oeste; maquiladoras mexicanas, entre outros). XVI GEOGRAFIA • 9o ANO UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES O sujeito e seu lugar no mundo A hegemonia europeia na economia, na política e na cultura • (EF09GE01) Analisar criticamente de que forma a hegemonia europeia foi exercida em várias regiões do planeta, notadamente em situações de conflito, intervenções militares e/ou influência cultural em diferentes tempos e lugares. Corporações e organismos internacionais • (EF09GE02) Analisar a atuação das corporações internacionais e das organizações econômicas mundiais na vida da população em relação ao consumo, à cultura e à mobilidade. As manifestações culturais na formação populacional • (EF09GE03) Identificar diferentes manifestações culturais de minorias étnicas como forma de compreender a multiplicidade cultural na escala mundial, defendendo o princípio do respeito às diferenças. • (EF09GE04) Relacionar diferenças de paisagens aos modos de viver de diferentes povos na Europa, Ásia e Oceania, valorizando identidades e interculturalidades regionais. Conexões e escalas Integração mundial e suas interpretações: globalização e mundialização • (EF09GE05) Analisar fatos e situações para compreender a integração mundial (econômica, política e cultural), comparando as diferentes interpretações: globalização e mundialização. A divisão do mundo em Ocidente e Oriente • (EF09GE06) Associar o critério de divisão do mundo em Ocidente e Oriente com o Sistema Colonial implantado pelas potências europeias. Intercâmbios históricos e culturais entre Europa, Ásia e Oceania • (EF09GE07) Analisar os componentes físico-naturais da Eurásia e os determinantes histórico-geográficos de sua divisão em Europa e Ásia. • (EF09GE08) Analisar transformações territoriais, considerando o movimento de fronteiras, tensões, conflitos e múltiplas regionalidades na Europa, na Ásia e na Oceania. • (EF09GE09) Analisar características de países e grupos de países europeus, asiáticos e da Oceania em seus aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas e pressões sobre seus ambientes físico-naturais. Mundo do trabalho Transformações do espaço na sociedade urbano-industrial • (EF09GE10) Analisar os impactos do processo de industrialização na produção e circulação de produtos e culturas na Europa, na Ásia e na Oceania. • (EF09GE11) Relacionar as mudanças técnicas e científicas decorrentes do processo de industrialização com as transformações no trabalho em diferentes regiões do mundo e suas consequências no Brasil. Cadeias industriais e inovação no uso dos recursos naturais e matérias-primas • (EF09GE12) Relacionar o processo de urbanização às transformações da produção agropecuária, à expansão do desemprego estrutural e ao papel crescente do capital financeiro em diferentes países, com destaque para o Brasil. • (EF09GE13) Analisar a importância da produção agropecuária na sociedade urbano-industrial ante o problema da desigualdade mundial de acesso aos recursos alimentares e à matéria-prima. XVII Com base nas recentes discussões sobre a Geografia escolar, na BNCC e em nossa experiência como educado- res, a proposta teórico-metodológica desta coleção tem o espaço geográfico como objeto de estudo e os es- tudantes como sujeitos, tanto nas relações socioespaciais quanto no processo de construção do conhecimento. A coleção se aproxima, em muitos aspectos, da chamada Geografia crítica e, do ponto de vista pedagógico, da corrente socioconstrutivista, com o professor como mediador no processo de ensino-aprendizagem. Entendemos que a Geografia deve contribuir para que os estudantes compreendam o mundo e pensem caminhos e atitudes propositivas, almejando uma sociedade mais justa. Deve, também, responder de que formas e com quais objetivos os seres humanos produzem o espaço geográfico, revelando as contradições presentes nesse processo, como, por exemplo, em sua relação com a natureza e na apropriação e no uso dos recursos naturais. A busca por tais respostas é feita com o apoio das “ferramentas” e das “lentes” da Geografia. Quando se usa as “lentes” da Geografia, vemos o que interessa à compreensão do espaço geo- gráfico: que elementos o compõem, como esses elementos estão organizados e aparecem na paisagem, por que estão organizados dessa forma, como o espaço geográfico é produzido, que agentes atuam em sua GEOGRAFIA • 9o ANO UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES Formas de representação e pensamento espacial Leitura e elaboração de mapas temáticos, croquis e outras formas de representação para analisar informações geográficas • (EF09GE14) Elaborar e interpretar gráficos de barras e de setores, mapas temáticos e esquemáticos (croquis) e anamorfoses geográficas para analisar, sintetizar e apresentar dados e informações sobre diversidade, diferenças e desigualdades sociopolíticas e geopolíticas mundiais. • (EF09GE15) Comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações populacionais, econômicas e socioambientais representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas. Natureza, ambientes e qualidade de vida Diversidade ambiental e as transformações
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