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AGUARDE A ORDEM DO FISCAL PARA ABRIR ESTE CADERNO DE QUESTÕES. Auxiliar Técnico de Fiscalização – Suporte Administrativo SIMULADO: GRAN CURSOS ONLINE Nome do Candidato RG Inscrição Prédio Sala Carteira � Ba se ad o n o f or m at o d e p ro va � ap lic ad o p ela ba nc a V un es p CONCURSOS SIMULADO PREPARATÓRIO PARA 2 Agente de Fiscalização – Administração CONHECIMENTOS BÁSICOS LÍNGUA PORTUGUESA (JOÃO MARCOS E MÁRCIO WESLEY) TEXTO I 1 A capital do Império Romano foi imortalizada por seus monumentos e palácios grandio- sos, como o Coliseu, local de apresentações de teatro e lutas entre gladiadores, ou o Circo 5 Máximo, onde mais de 200 mil pessoas assis- tiam às corridas de bigas, os carros de com- bate da época. No entanto, a rotina dos romanos comuns acontecia num cenário bem diferente. A experiência de caminhar pelos bairros de Roma 10 no século I lembraria, hoje, a visita a um cortiço instalado em um movimentado mercado árabe. � A maior parte dos quase um milhão de ro- manos passava o dia em ruelas estreitas de pedra batida onde carroças circulavam com 15 dificuldade. Havia em Roma uma lei muito pare- cida à que recentemente restringiu o tráfego de caminhões em São Paulo: para não engarrafar as vielas, carroças só podiam entregar merca- dorias à noite. Escravos e cidadãos livres viviam 20 em casas de madeira ou em “ínsulas”, peque- nos prédios de tijolos que chegavam a quatro andares. No térreo, lojas de vinhos, ervas, azeite e calçados exibiam os produtos do lado de fora; cabeleireiros e barbeiros atendiam os 25 fregueses em banquinhos na calçada, trabalhando enquanto conversavam com quem passava. � O número de casas de banho, padarias e tabernas provavelmente chegava aos milhares – em Pompeia, cidade com 2% da população de 30 Roma, foram encontrados 20 bares e 40 pada- rias. O segundo andar de algumas tabernas abri- gava bordéis – que anunciavam seus serviços, sem muita sutileza, com imagens pornográficas. Narloch, Leandro; in Guia Politicamente Incorreto da História do Mundo – adaptado. Ed. Leya. São Paulo. 2013. O TEXTO I é referência para as questões de 1 a 6. 01. Com relação à construtividade textual, assinale a alternativa incorreta. (A) Trata-se de uma composição textual mista de cunho informativo e histórico. (B) No primeiro período do primeiro parágrafo, dá-se certo destaque a dois monumentos, quais sejam, o Coliseu e o Circo Máximo. (C) O texto destaca o caráter belicista do Impé- rio Romano à época do século primeiro antes de Cristo. (D) O segundo período do primeiro parágrafo menciona, de modo geral, a rotina dos cida- dãos romanos comuns. (E) O último período do primeiro parágrafo funda- menta-se numa noção comparativa. 02. Sobre aspectos gerais do texto, escolha a op- ção correta. (A) Os dados numéricos apresentados funda- mentam-se em informações exatas e inques- tionáveis, de natureza histórica e estatística. (B) O segundo parágrafo é predominantemente dissertativo-argumentativo. (C) Predomina no texto a função apelativa ou co- nativa da linguagem. (D) A última oração do último parágrafo tem como referente o sintagma casas de banho (l.27). (E) Predomina no texto a função referencial, de- notativa ou cognitiva da linguagem. 03. A respeito de alguns aspectos morfológicos do texto, escolha a alternativa incorreta. (A) Na linha 1, o vocábulo imortalizada forma- -se pelo processo denominado derivação regressiva. (B) Na linha 7, No entanto é locução conjuntiva coordenativa adversativa. (C) Na linha 7, o vocábulo rotina é diminutivo de rota, equivalente a rotinha, pequena rota, ca- minho já sabido ou habitualmente trilhado. (D) Os verbos do primeiro período do segundo parágrafo estão conjugados no pretérito im- perfeito simples do modo indicativo ativo. (E) Na linha 18, o vocábulo vielas é a forma dimi- nutiva de via, significando pequenas vias, es- treitas vias, mínimas passagens, dependendo do contexto em que se insira. 04. A respeito da função sintática de alguns termos no primeiro parágrafo, pode-se afirmar que (A) por seus monumentos e palácios grandio- sos (ls.2 e 3) funciona como complemento verbal indireto da locução verbal passiva foi imortalizada. (B) local de apresentações de teatro e lutas entre gladiadores (ls.3 e 4) tem função de aposto explicativo, cujo referente nominal é o substantivo próprio Coliseu (l.3). (C) onde (l.5) é pronome relativo com função sin- tática de adjunto adnominal. (D) a rotina dos romanos comuns (ls. 7 e 8) é sujeito simples cujo núcleo é o substantivo co- mum romanos. (E) de Roma (l.9) funciona como complemento nominal do substantivo concreto bairros (l.9). 3 Auxiliar Técnico de Fiscalização – Suporte Administrativo 05. A respeito da constituição sintática de alguns períodos do texto, é incorreto afirmar que (A) o primeiro período é composto por subordina- ção e constitui-se de duas orações. (B) o último período do texto é simples e constitui- -se de uma única oração denominada, tecni- camente, absoluta. (C) a última oração do último parágrafo classifica- -se como subordinada adjetiva explicativa de- senvolvida. (D) a oração para não engarrafar as vielas (l.17- 18) classifica-se como subordinada adverbial final reduzida de infinitivo. (E) a penúltima oração do segundo parágrafo re- presentada pela forma nominal trabalhando (l.25) tem como referentes os substantivos ca- beleireiros e barbeiros (l.24) e se classifica como adjetiva restritiva reduzida de gerúndio. 06. Quanto ao emprego de alguns sinais de pontua- ção no texto, escolha a alternativa incorreta. (A) As duas primeiras vírgulas do texto (l.3) inter- calam um aposto. (B) A última vírgula do primeiro período (l.6) sepa- ra um aposto explicativo e poderia, sem falhas gramaticais, substituir-se por dois pontos (:) ou travessão (–). (C) Na linha 10, as vírgulas que intercalam o ad- junto adverbial hoje têm emprego absoluta- mente imprescindível e obrigatório. (D) Nas linhas 32 e 33, as vírgulas intercalam o adjunto adverbial sem muita sutileza que, no contexto, expressa circunstância de natu- reza modal. (E) Na linha 22, a vírgula marca a antecipação do adjunto adverbial locativo No térreo e apre- senta caráter facultativo. TEXTO II A CONFISSÃO DE UM PECADOR IRÔNICO 1 Estou voando na classe executiva; não supor- taria estar numa classe econômica, um galinheiro de gente. Costumo dizer que os aeroportos e os aviões, em todos os lugares do mundo, viraram um 5 grande churrasco na laje. O futuro do mundo é ser brega. Isso é um fato, apesar de ser um pecado mortal afirmá-lo. Mas pecado contra o que mesmo, se é a mais pura verdade? Ainda não vou dizer “pecado contra o quê”, mas pode ver neste livro, 10 caro leitor, desde já, a confissão de um pecador. � Este livro não é um livro de história da filoso- fia, mas sim um ensaio de filosofia do cotidiano, mais especificamente um ensaio de ironia filo- sófica que dialoga com a filosofia e sua história, 15 movido poruma intenção específica: ser desa- gradável para um tipo específico de pessoa (que, espero, seja você ou alguém que você conhece), ou, talvez, para um tipo de comportamento (que, espero, seja o seu ou o de um amigo inteligentinho 20 que você tem). Mas, afinal, que tipo de pessoa? Esse tipo que vive numa “bolha de consciên- cia social” (nunca entendi bem o que vem a ser “consciência social”) sendo politicamente cor- reto, ao que, às vezes, me refiro neste ensaio 25 como “a praga PC”. Se você é uma delas, tenha em mim um fiel inimigo. Desejo sua extinção. Pondé, Luiz Felipe; in Guia Politicamente Incorreto da Filosofia – adaptado. Ed. Leya. São Paulo. 2012. O TEXTO II serve de referência às questões de 7 a 10. 07. De acordo com as informações do texto, pode-se afirmar que (A) Conforme já anuncia o título, permeia o texto um tom absoluta e intencionalmente irônico. (B) Nas linhas 2 e 3, a expressão “galinheiro de gente”, de natureza metafórica, refere-se a todos que cultivem o que se denomina com- portamento politicamente correto. (C) Nas linhas 3 e 4, a expressão “um grande churrasco na laje” constitui uma metonímia de natureza eufêmica. (D) Na linha 10, a expressão interpelativa “caro leitor” exemplifica o funcionamento expres- sivo ou emotivo da linguagem. (E) O autor caracteriza seu livro como uma es- pécie de história contemporânea da filosofia. 08. Levando em conta alguns aspectos de natureza linguístico-gramatical, escolha a opção incorreta. (A) Os dois primeiros períodos do texto iniciam-se por locuções verbais: Estou voando/ Cos- tumo dizer. (B) A expressão metafórica um galinheiro de gente (ls.2-3) tem função sintática de aposto explicativo. (C) Na linha 26, o pronome adjetivo possessi- vo sua retoma a expressão “a praga PC”, à linha 25. (D) Na linha 6, a oração principal Isso é um fato retoma o período composto imediatamente anterior O futuro do mundo é ser brega. (E) A oração ser brega (ls.5-6) classifica-se como subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo. 4 Auxiliar Técnico de Fiscalização – Suporte Administrativo 09. De acordo com alguns aspectos morfossintáticos do texto, escolha a opção incorreta. (A) Na linha 25, a oração Se você é uma delas poderia ser substituída pela equivalente Caso você seja uma delas. (B) Na linha 12, verifica-se a elipse da forma verbal é, conjugada no presente simples do modo indicativo ativo. (C) Na linha 10, o sintagma caro leitor é um vo- cativo, um chamamento interpelativo. (D) Na linha 16, o pronome relativo que tem fun- ção sintática de objeto direto. (E) Na linha 4 o termo em todos os lugares do mundo é um aposto explicativo cujo refe- rente é o nome “aeroportos” (l.3). 10. Com relação ao emprego de alguns sinais de pontuação no texto, assinale a alternativa correta. (A) Na linha 1, o sinal de ponto-e-vírgula (;) pode- ria trocar-se pela conjunção pois, antecedida de vírgula, sem qualquer prejuízo da correção gramatical. (B) As vírgulas da linha 4 intercalam uma oração adverbial locativa. (C) Na linha 19, a vírgula marca a antecipa- ção de uma oração subordinada adverbial concessiva. (D) Na linha 15, o sinal de dois pontos (:) intro- duzem uma apropriação de discurso alheio, a que se denomina, tecnicamente, dis- curso direto. (E) Na linha 9, a vírgula tem emprego obrigatório e se põe antes de uma conjunção coordenati- va de natureza aditiva. TEXTO III DO TÍTULO 1 Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei no trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou- 5 -se ao pé de mim, falou da lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem era curta, e os versos pode ser que não fossem intei- ramente maus. Sucedeu, porém, que como eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro 10 vezes; tanto bastou para que ele interrom- pesse a leitura e metesse os versos no bolso. � – Continue, disse eu acordando. � – Já acabei, murmurou ele. � – São muito bonitos. 15 Vi-lhe fazer um gesto para tirá-los outra vez do bolso, mas não passou do gesto; estava amuado. No dia seguinte entrou a dizer de mim nomes feios, e acabou alcunhando-me Dom Casmurro. (...) � Não consultes dicionários. Casmurro não está 20 aqui no sentido que eles lhe dão, mas no que lhe pôs o vulgo de homem calado e metido consigo. Assis, Machado de; in Dom Casmurro. O TEXTO III serve de referência às questões 11 e 12. 11. Com base no texto, escolha a alternativa correta. (A) Nas linhas 3 e 4, a expressão conheço de vista e de chapéu foi empregada para trans- mitir ao leitor a ideia de que o narrador e o jovem eram vizinhos e muito amigos. (B) Nas linhas 4 e 5, a expressão sentou-se ao pé de mim contextualmente significa que o jovem se tenha ajoelhado diante do narrador para recitar seus versos. (C) Pode-se inferir que os versos do jovem pu- dessem ter alguma qualidade literária. (D) Na linha 20, eles designa o público em geral. (E) O jovem poeta insistiu em recitar seus versos após o narrador ter despertado de seu bre- ve cochilo. 12. Levando em conta alguns aspectos linguístico- -gramaticais do texto, escolha a alternativa incorreta. (A) Nas linhas 1 e 2, a oração intercalada vindo da cidade para o Engenho Novo classifica- -se como subordinada adverbial temporal re- duzida de gerúndio. (B) Na linha 3, o pronome relativo que tem função sintática de complemento nominal do subs- tantivo comum bairro. (C) Na linha 11, o sintagma nomes feios é com- plemento verbal direto da forma verbal di- zer (l.17). (D) Na linha 19, a sentença imperativa negativa “Não consultes dicionários.” dirige-se ao leitor, seja quem for, e exemplifica o funcio- namento apelativo ou conativo da linguagem. (E) Pelo que se lê nas duas últimas linhas do tex- to, pode-se inferir que Casmurro signifique ensimesmado. 5 Auxiliar Técnico de Fiscalização – Suporte Administrativo Leia o texto abaixo para responder às questões de números 13 a 20. TEXTO IV 1 Embora alguns demagogos eleitos assumam o cargo com um plano de autocracia, esse não é o caso de muitos deles, como Fujimori. A rup- tura democrática não precisa de um plano. Antes, 5 como sugere a experiência do Peru, ela pode resultar de uma sequência não antecipada de acontecimentos — uma escalada de retaliações entre um líder demagógico que não obedece às regras e um establishment político ameaçado. 10 O processo muitas vezes começa com pala- vras. Demagogos atacam seus críticos com termos ásperos e provocativos — como inimigos, subver- sivos e até mesmo terroristas. Quando concorreu pela primeira vez à Presidência, Hugo Chávez 15 descreveu seus oponentes como “porcos ranço- sos” e “oligarcas esquálidos”. Como presidente, chamou seus críticos de “inimigos” e “traidores”; Fujimori ligava seus oponentes ao terrorismo e ao tráfico de drogas; e o primeiro-ministro italiano 20 Silvio Berlusconi atacou juízes que decidiam contra ele chamando-os de “comunistas”. Jornalistas também se tornam alvos. O presidente equatoriano Rafael Correa caracterizou a mídia como “inimiga política ameaçadora” que “tem que ser derrotada”. 25 Recep Tayyip Erdoğan, da Turquia, acusou jor- nalistas de propagarem “terrorismo”. Esses ata- ques podem ter consequências importantes. Se o público passar a compartilhar a opinião de que oponentes são ligados ao terrorismo e de que a 30 mídia está espalhando mentiras, torna-se mais fácil justificar ações empreendidas contra eles. � A investida não para por aí. Embora analistas muitas vezes assegurem que demagogos são “só falastrões” e que suas palavras não devem ser 35 levadas demasiadamente a sério, um rápido exame dos líderes demagógicos mundo afora sugere que muitos deles de fato cruzam a fron- teira entre palavras e ação. É por isso que a ascensão inicial de um demagogo ao poder 40 tende a polarizar a sociedade, criando uma atmosfera de pânico, hostilidade e desconfiança mútua. As palavrasameaçadoras do novo líder têm um efeito bumerangue. Se a mídia se sente ameaçada, pode abandonar o comedimento e 45 padrões profissionais, num esforço desespe- rado para enfraquecer o governo. E a oposição pode concluir que, pelo bem do país, o governo tem que ser afastado através de medidas extre- mas — impeachment, manifestações de massa, 50 até mesmo golpe. Quando Juan Perón foi eleito pela primeira vez na Argentina, em 1946, muitos dos seus oponentes o viam como um fascista. Membros da oposicionista União Cívica Radical, acreditando estar numa “luta contra o nazismo”, 55 boicotaram a posse de Perón. Desde o primeiro dia da Presidência, seus rivais no Congresso adotaram uma estratégia de “oposição, obstru- ção e provocação”, chegando mesmo a convo- car a Suprema Corte para assumir o controle do 60 governo. Igualmente, a oposição venezuelana solicitou que a Suprema Corte nomeasse uma equipe de psiquiatras para determinar se Chávez podia ser afastado do cargo com base em “inca- pacidade mental”. Jornais e redes de televisão 65 proeminentes endossaram os esforços extracons- titucionais para derrubá-lo. Autoritários potenciais interpretam esses ataques como uma ameaça séria e, por sua vez, se tornam mais hostis. � Eles também dão esse passo por outra 70 razão: a democracia é um trabalho árduo. Enquanto negócios familiares e esquadrões de exércitos podem ser governados por ordens, democracias exigem negociações, compromissos e concessões. Reveses são inevitáveis, vitórias 75 são sempre parciais. Iniciativas presidenciais podem morrer no Congresso ou ser bloqueadas por tribunais. Todos os políticos se veem frustrados por essas restrições, mas os democráticos sabem que têm de aceitá-las. Eles são capazes de vencer 80 a torrente constante de críticas. Para os outsiders, porém, sobretudo aqueles com inclinações dema- gógicas, a política democrática é com frequência considerada insuportavelmente frustrante. Para eles, freios e contrapesos são vistos como uma 85 camisa de força. Como o presidente Fujimori, que não tinha estômago para a ideia de ter de almo- çar com líderes do Senado toda vez que quisesse aprovar uma lei, os aspirantes a autoritários têm pouca paciência com o dia a dia da política da 90 democracia. E, como Fujimori, querem se libertar. LEVITSKY, Steven & ZIBLATT, Daniel. Como as democracias morrem. Trad.: Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Zahar, 2018, p.80-81, com adaptações. 13. O texto foi estruturado em quatro parágrafos. A análise que melhor reflete essa estruturação é: (A) O primeiro parágrafo estabelece a tese que o segundo e o terceiro parágrafos explicitam, e o quarto parágrafo, enfim, sintetiza as con- siderações com uma avaliação judicante dos polos argumentativos e com propostas de in- tervenção no conflito. (B) O primeiro parágrafo expõe a linha geral do conflito entre algumas forças políticas, o se- gundo parágrafo mostra o começo desse conflito na forma de palavras provocativas entre lideranças políticas e também sociais, o terceiro parágrafo mostra a possibilidade de 6 Auxiliar Técnico de Fiscalização – Suporte Administrativo passar das palavras à ação nos dois polos, o quarto parágrafo explica que o diálogo e as frustrações intrínsecos à democracia não são bem-vistos por líderes com tendências au- toritárias. (C) O primeiro parágrafo informa uma tendência geral entre demagogos para o embate ideo- lógico, enquanto o segundo e o terceiro pa- rágrafos mostram esse embate evoluindo de palavras e debates para ações concretas nas instâncias políticas para, enfim, o quarto pará- grafo justificar os embates como algo natural da democracia. (D) Os dois parágrafos iniciais orientam o debate para o campo dos discursos inflamados entre opositores na democracia, enquanto os dois últimos parágrafos esclarecem as ações rea- lizadas pelos contendores que, naturalmente, atuam no diálogo inerente às tomadas de de- cisões no processo democrático. (E) O texto evolui de uma constatação inicial so- bre as tendências demagógicas para a trans- posição desses ideais em discursos e emba- tes ideológicos que, no terceiro parágrafo, se convertem em atitudes demonstradas pelas forças políticas em diversas instâncias para, enfim, o quarto parágrafo demonstrar que a intolerância de alguns aspirantes a autoritá- rios tem fundo psicológico em baixa capaci- dade de negociação e concessão naturais no processo democrático. 14. As alternativas abaixo mostram expressões empregadas no texto para referir-se a demago- gos, exceto (A) oligarcas esquálidos (2º parágrafo). (B) autoritários potenciais (3º parágrafo). (C) aspirantes autoritários (4º parágrafo). (D) líder demagógico (1º parágrafo). (E) outsiders (4º parágrafo). 15. As frases abaixo respeitam a norma padrão de regência, exceto uma: (A) Os diálogos e negociações visam estabelecer acordos entre correntes de interesse. (B) As palavras ameaçadoras de um líder político implicam as mais diversas reações da mídia e outros setores. (C) A sociedade não assiste impassível aos ata- ques entre os atores políticos. (D) Alguns demagogos não aspiram inicialmente a uma autocracia, embora depois venham a implantá-la. (E) Demagogos preferem tomar decisões sem ou- vir setores diversos da sociedade do que dia- logar e aceitar frustrações de seus interesses. 16. As frases abaixo se encontram em sentido figura- do, exceto uma: (A) O processo muitas vezes começa com palavras. (B) Demagogos atacam seus críticos com ter- mos ásperos. (C) Hugo Chávez descreveu seus oponentes como “porcos rançosos”. (D) Muitos deles de fato cruzam a fronteira entre palavras e ação. (E) Iniciativas presidenciais podem morrer no Congresso ou ser bloqueadas por tribunais. 17. Assinale a alternativa que atende à norma pa- drão de pontuação. (A) Embora analistas, muitas vezes assegurem que demagogos são “só falastrões” — e que suas palavras não devem ser levadas dema- siadamente a sério —, um rápido exame dos líderes demagógicos mundo afora sugere que, muitos deles de fato cruzam a fronteira entre palavras e ação. (B) Embora analistas muitas vezes assegurem que: demagogos são “só falastrões” e que suas palavras não devem ser levadas dema- siadamente a sério; um rápido exame dos lí- deres demagógicos mundo afora sugere que muitos deles, de fato cruzam a fronteira entre palavras e ação. (C) Embora analistas, muitas vezes, assegurem que demagogos são “só falastrões” e que suas palavras não devem ser levadas, dema- siadamente, a sério, um rápido exame dos lí- deres demagógicos mundo afora sugere que muitos deles, de fato, cruzam a fronteira entre palavras e ação. (D) Embora analistas, muitas vezes assegurem: que demagogos são “só falastrões”, e que suas palavras não devem ser levadas dema- siadamente a sério — um rápido exame dos líderes demagógicos mundo afora sugere que muitos deles de fato cruzam a fronteira, entre palavras e ação. (E) Embora analistas muitas vezes assegurem que demagogos são “só falastrões” — e que suas palavras não devem ser levadas dema- siadamente a sério —, um rápido exame dos líderes demagógicos mundo afora, sugere que muitos deles, de fato cruzam a fronteira entre palavras e ação. 7 Auxiliar Técnico de Fiscalização – Suporte Administrativo 18. Assinale a alternativa em que a concordância verbal ou nominal está em conformidade com a norma padrão da língua portuguesa. (A) Sempre se faz necessário, em todas as épo- cas, medidas educativas para esclarecer os cidadãos. Na infância de Calvin, tiveram mui- tas histórias de mal-entendidos com os pais. (B) Já tiveram muitos países com economia fragi- lizada que adotaram regimes extremistas. (C) O mundo considerava superado o radicalis- mo e o fanatismo. “Foi eu que virou um cara ruim”, disse Calvin chateado com sua mãe. (D) Aos países já custou caro tantas vezes a igno- rância política. (E) Qual das notícias já publicadas ainda passa- riam pelo controle ou censura? 19. Uma das substituiçõesabaixo preserva o sentido original do texto: (A) “não precisa de um plano” (1º parágrafo) / não prescinde de um plano. (B) “uma escalada de retaliações” (1º parágrafo) / uma escalada de revides. (C) “ela pode resultar de uma sequência” (1º pa- rágrafo) / ela pode causar uma sequência. (D) “juízes que decidiam contra ele” (2º parágrafo) / juízes que opinavam contra ele. (E) “podem ter consequências importantes” (2º parágrafo) / podem ter intercorrências importantes. 20. A colocação pronominal é uma das marcas de respeito a um padrão formal escrito. Somente uma das frases abaixo respeitou a norma de co- locação do pronome oblíquo: (A) A democracia exige maturidade, nos reve- la o texto. (B) Quando elegeu-se presidente, Perón enfren- tou resistência. (C) O jornalismo reage aos ataques, desde que perceba-se ameaçado e injustiçado. (D) A história tem mostrado-nos tantos casos de governos extremistas. (E) Em se obtendo bons resultados, pode haver novas medidas. RACIOCÍNIO LÓGICO (MARCELO LEITE) 21. Paulo é Auxiliar Técnico de Fiscalização do TCM- -SP e, nesse mês, foi incumbido de comprar pas- tas e atas que serão utilizadas por outros Auxilia- res para anotações particulares. Com R$ 550, foi possível comprar 10 pastas, cujo valor unitário é igual a R$ 15,00, e ainda mais 20 atas iguais, não restando troco algum. Com o valor pago por três atas, é possível comprar quantas pastas? (A) 2. (B) 3. (C) 4. (D) 5. (E) 6. 22. Na sequência numérica -6, 0, -7, 1, -8, 2, -9, 3, -10, 4, ..., observe que o primeiro elemento é -6. Mantendo-se essa regularidade, o 12º termo será igual a: (A) 4. (B) 11. (C) -12. (D) 6. (E) 5. 23. O responsável pelos cursos de línguas ofere- cidos pelo TCM-SP pediu que fosse realizada uma pesquisa entre 100 servidores escolhidos aleatoriamente e esses servidores responderam a pergunta: Qual é o idioma que você fala fluentemente? ( ) � INGLÊS ( ) � ESPANHOL ( ) � NENHUM O responsável recebeu o resultado da pesquisa e constatou que 50 marcaram Inglês e 40 mar- caram espanhol, enquanto 10 marcaram inglês e espanhol. Então, a quantidade de servidores que marcaram nenhum em suas respostas é igual a: a) 20. b) 30. c) 40. d) 45. e) 48. 8 Auxiliar Técnico de Fiscalização – Suporte Administrativo 24. A figura representa um trecho da reta numérica, em que os pontos dividem o segmento de reta em intervalos iguais. 3 P Q 4,75 Ao somar P com Q, o resultado será igual a: (A) 5. (B) 6. (C) 7. (D) 8. (E) 9. 25. Na sede do TCM-SP, estão lotados 105 servido- res, entre Técnicos e Agentes, e a relação en- tre a quantidade de Técnicos e de Agentes é de 2/5. Para o próximo mês, serão transferidos cin- co Técnicos, enquanto a quantidade de Agentes permanecerá inalterada. Após essa modificação no quadro de servidores, a razão entre a quanti- dade de Técnicos para a quantidade de Agentes será igual a: (A) 2/5. (B) 3/1. (C) 1/3. (D) 2/3. (E) 1/5. 26. Nesse mês, os servidores Andréa, Paulo e Carla irão vistoriar 117 empresas suspeitas de falsifi- cação de notas fiscais, porém a divisão dessas empresas entre os servidores será feita de forma proporcional ao tempo em que cada uma trabalha nesse departamento. Conside que Andréa traba- lha há exatos dois anos, Paulo há exatos três anos, enquanto Carla, há exatos quatro anos, sendo esse o tempo em cada um trabalhou no departamento. Com base nessas informações, a quantidade de empresas que Carla irá vistoriar nesse mês é igual a: (A) 50. (B) 52. (C) 54. (D) 56. (E) 58. 27. O valor de custo de determinado produto para a loja é de R$ 900. Considerando que o empresário deseja ter um lucro de 10% sobre o preço de ven- da, então esse produto deverá ser vendido por: (A) R$ 990. (B) R$ 1.000. (C) R$ 1.010. (D) R$ 1.020. (E) R$ 1.030. 28. Considere as afirmações abaixo verdadeiras. – Todo cidadão que mora em Patópolis é milionário. – Nenhum milionário nasceu em Tão Tão Distante. Com base nessas informações, é correto afirmar que: (A) Algum morador de Patópolis nasceu em Tão Tão Distante. (B) Algum cidadão que nasceu em Tão Tão Dis- tante mora em Patópolis. (C) Nenhum cidadão que mora em Patópolis é milionário. (D) Nenhum milionário mora em Patópolis. (E) Ninguém que mora em Patópolis nasceu em Tão Tão Distante. 29. Considere que a afirmação abaixo é verdadeira: – Quem visita a rua 25 de Março vai à região nordeste. A partir dessa afirmação, é correto concluir que: (A) Quem não vai à região nordeste não visita a Rua 25 de Março. (B) Paulo não vai à região nordeste, logo ele visi- ta a Rua 25 de Março. (C) Quem não visita a Rua 25 de Março não vai à região nordeste. (D) Todos que vão a nordeste visitam a Rua 25 de Março. (E) Quem não visita a Rua 25 de Março vai à re- gião nordeste. 30. O dobro do triplo da metade da terça parte de R$ 600 é igual a M. Quanto é o quíntuplo de M? (A) R$ 3.000. (B) R$ 3.100. (C) R$ 3.200. (D) R$ 3.300. (E) R$ 3.400. 9 Auxiliar Técnico de Fiscalização – Suporte Administrativo CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS RELAÇÕES INTERPESSOAIS E TRABALHO EM EQUIPE (JOSÉ WESLEY) 31. No tocante às relações interpessoais, julgue o item que segue. I – Para ser bem-sucedido e agir como um líder, o gestor deve saber lidar com aspectos relativos à motivação, à comunicação, às relações inter- pessoais e ao trabalho em equipe. II – As relações interpessoais influenciam um grupo e podem afetar um ambiente e o clima organizacional, podendo gerar um ambiente agradável e estimulante, mas também desa- gradável e aversivo. III – A presença de acordos e de expectativas ex- plícitas e claras favorece a existência de boas relações interpessoais. Assinale a alternativa correta. (A) Nenhum item está certo. (B) Apenas os itens I e II estão certos. (C) Apenas os itens I e III estão certos. (D) Apenas os itens II e III estão certos. (E) Todos os itens estão certos. ARQUIVOLOGIA (ELVIS MIRANDA) 32. Quando se opta pelo método de arquivamento geográfico, a literatura arquivística apresenta al- gumas regras para a ordenação dos locais. Se a opção foi pela separação dos documentos por estado, deve-se organizá-los em ordem alfabé- tica. Dentro de cada estado, como será feita a ordenação das cidades? (A) Todas as cidades devem ser ordenadas em ordem alfabética. (B) Deve-se destacar a capital em primeiro lugar e as demais cidades vêm na sequência em ordem alfabética. (C) Deve-se destacar a capital em primeiro lugar, seguida das demais cidades em ordem de nú- mero de habitantes. (D) Deve-se ordenar as cidades em ordem de ano de fundação. (E) Deve-se ordenar as cidades em ordem alfabé- tica, colocando a capital no final de todas elas. 33. O método numérico de arquivamento é aquele em que os documentos são ordenados por nú- mero. Assinale o item que apresenta as subdivi- sões deste método. (A) Simples, cronológico e dígito-terminal. (B) Simples, cronológico e duplex. (C) Simples, cronológico e decimal. (D) Cronológico, dígito-terminal e duplex. (E) Dígito-terminal, decimal e duplex. REDAÇÃO OFICIAL (LUCAS LEMOS) 34. Considerando as normas regedoras das comuni- cações escritas das repartições públicas, assina- le a alternativa incorreta a respeito do ato admi- nistrativo ofício. (A) O vocativo, que invoca o destinatário, deve ser seguido de vírgula. (B) Quando o texto contiver mais de uma ideia so- bre o assunto, elas devem ser tratadas cada uma em um parágrafo. (C) As comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras que atendem a rito e tradição próprios são feitas de acordo com as deter- minações do país de origem a quem a comu- nicação é destinada. (D) Se tiver duas ou mais páginas, podem-se usar todas elas em frente e verso, desde que se façam as alterações específicas na diagrama- ção a partir da segunda página. (E) O parágrafo do fecho não pode ser numerado. Ele possui a finalidade de marcar o final do texto e de saudar o destinatário. 35. Uma das formas atuais de transmissão de docu- mentosé o correio eletrônico, mas a mensagem somente terá valor documental se: (A) Tiver certificação digital que ateste a identida- de do remetente. (B) Estiver com o campo de assunto preenchido. (C) For enviada com cópia para outros órgãos ou departamentos. (D) For enviada em horário comercial. (E) Não implicar a resposta do remetente. 10 Auxiliar Técnico de Fiscalização – Suporte Administrativo DIREITO ADMINISTRATIVO (RODRIGO CARDOSO) 36. Assinale a alternativa correta considerando as- pectos do Direito Administrativo. (A) O TCM-SP constatou que servidor ocupante de cargo de Auxiliar Técnico de Fiscalização está acumulando seu respectivo cargo com outro cargo eletivo de Deputado Estadual. Foi instaurado processo administrativo para avaliar a acumulação dos cargos. Com o tér- mino do processo, a comissão alegou que a acumulação é constitucional. O relatório da comissão está de acordo com a Constitui- ção de 1988. (B) A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a neces- sidade temporária de excepcional interesse público. Essa contratação independe da reali- zação de concurso público. (C) A validade de concurso será de dois anos, po- dendo esse prazo ser prorrogado uma única vez, por igual período. (D) É autorizada percepção simultânea de pro- ventos de aposentadoria com a remuneração de cargo, de emprego ou de função pública. Só não será permitida a percepção simultâ- nea quando esta for decorrente de cargos ele- tivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. (E) O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei complementar. A exigência da edição de lei compreende o con- teúdo do princípio da reserva legal. 37. Sobre a possibilidade de controle dos atos da Administração Pública, assinale a alternati- va correta. (A) O controle realizado por Corregedoria é mo- dalidade de controle externo. (B) O Poder Judiciário, ao realizar controle de mérito, pode revogar ato praticado pelo Poder Executivo. (C) O controle judicial pode invalidar ato por moti- vos de conveniência ou oportunidade, respei- tados os direitos adquiridos. (D) O controle parlamentar federal é exercido pelo Congresso Nacional com o auxílio do Tribunal de Contas da União. (E) O controle judicial é sempre posterior e externo. 38. Agentes públicos são todas as pessoas que exer- cem função pública. Os agentes públicos podem ser classificados em: agentes políticos; agentes administrativos; agentes honoríficos; agentes delegados e agentes credenciados. Quando al- guém é convocado para assumir encargos na Justiça Eleitoral para auxiliar na realização de uma eleição, é classificado como: (A) Agente político. (B) Agente administrativo. (C) Agente honorífico. (D) Agente delegado. (E) Agente credenciado. DIREITO CONSTITUCIONAL (RICARDO BLANCO) 39. É da competência concorrente entre a União, os estados e o DF legislar sobre: (A) Direito civil, comercial, penal, processual, elei- toral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho. (B) Desapropriação. (C) Requisições civis e militares, em caso de imi- nente perigo e em tempo de guerra. (D) Águas, energia, informática, telecomunica- ções e radiodifusão. (E) Direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico. 40. Não é competência do TCU: (A) Apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante pa- recer prévio que deverá ser elaborado em 60 dias a contar de seu recebimento. (B) Julgar as contas dos administradores e de- mais responsáveis por dinheiros, bens e va- lores públicos da Administração direta e indi- reta, incluídas as fundações e as sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público fe- deral, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público. (C) Apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na Administração direta e indireta, inclu- ídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, inclusive as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, refor- mas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento le- gal do ato concessório. (D) Realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias 11 Auxiliar Técnico de Fiscalização – Suporte Administrativo de natureza contábil, financeira, orçamentá- ria, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Exe- cutivo e Judiciário, e demais entidades referi- das no inciso II. (E) Fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos ter- mos do tratado constitutivo. 41. Sobre as finanças públicas, assinale a op- ção correta: (A) Lei ordinária disporá sobre finanças públicas. (B) Lei complementar disporá sobre dívida pú- blica externa e interna, excluídas a das au- tarquias, das fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público. (C) A competência da União para emitir moe- da será exercida exclusivamente pelo Ban- co Central. (D) É permitido ao Banco Central conceder, dire- ta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira. (E) O banco central não poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros. ESTATUTO DOS SERVIDORES DO MUNICÍPIO DE SP – LEI MUNICIPAL N 8.989/1979 (RODRIGO CARDOSO) 42. Marcos, servidor do TCM-SP, foi demitido após devido inquérito administrativo por ter aplicado indevidamente recursos do Tribunal. Irresignado, propôs ação judicial com o objetivo de anular sua demissão. Com fundamento na Lei n. 8.989/1979, assinale alternativa correta do que acontecerá se a demissão for anulada. (A) Marcos será reconduzido ao cargo de origem com direito a indenização. (B) Marcos será colocado em disponibilidade se o antigo cargo tiver sido transformado em outro. (C) Não sendo possível a readaptação, será o funcionário posto em disponibilidade com ven- cimentos proporcionais ao tempo de serviço. (D) Marcos será reintegrado no cargo anterior- mente ocupado. (E) O servidor será posto em disponibilidade com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço. 43. Márcio é servidor do TCM-SP há 22 anos. Após regular processo administrativo, foi demitido pela prática de ato administrativo. Inconformado, en- trou com pedido de revisão do processo. Com fun- damento na Lei n. 8.989/1979, é correto afirmar: (A) Constitui fundamento para a revisão a alega- ção de injustiça da penalidade. (B) A revisão, que poderá verificar-se a qualquer tempo, autoriza a agravação da pena. (C) Ocorrendo o falecimento do punido, o pedido de revisão poderá ser formulado por qualquer pessoa da família. (D) Justifica o pedido de revisão se a decisão do processo que gerou a demissão de Márcio for manifestamente contrária a dispositivo legal. (E) Julgada procedente a revisão, a autoridade competente determinará a majoração, a redu- ção, o cancelamento ou a anulação da pena. NOÇÕES DE AUDITORIA (CLAUDIO ZORZO) 44. A NBCTA 200 emitida pelo CFC, norma concei- tual básica da auditoria, apresenta os conceitos básicos, os objetivos da auditoria e do auditor independente no decorrer dos trabalhos. Segun- do a NBCTA, planejamento de auditoria é um procedimento (A) isolado da execução dos trabalhos, pois ter- mina com a elaboração do programa de au- ditoria que antecede os trabalhos de campo. (B) aplicado pela equipe de auditoria, sobre os dados e informações levantadas no processo de avaliação do controle interno. (C) destinado a avaliar o ambiente de controle da auditada para estabelecer o risco de auditoria e, posteriormente, formar a amostra. (D) no qual,com base na estratégia global de au- ditoria, o Auditor define o alcance, a época e a direção dos trabalhos na elaboração do plano de auditoria. (E) elaborado em conjunto pelo Auditor e sua equipe e o pessoal designado pela auditada, especialmente integrantes do Departamento de Auditoria Interna. 45. Quanto às características inerentes à auditoria independente e à interna, é correto afirmar: (A) O Auditor interno é vinculado ao Auditor inde- pendente quando da execução da auditoria na empresa. (B) Segundo o CFC, a auditoria externa deve ser realizada por Contador, já a auditoria in- terna, não. 12 Auxiliar Técnico de Fiscalização – Suporte Administrativo (C) O objetivo da auditoria interna é aumentar o grau de confiança dos usuários de seus relatórios. (D) O objetivo do Auditor independente é desco- brir erros e fraudes não identificados pelo Au- ditor interno. (E) O Auditor independente e o Auditor interno po- dem desenvolver ações em conjunto, contu- do, a responsabilidade pelo relatório final será do primeiro. 46. As atividades de controle e análise de risco com- preendem a sistemática de trabalho do COSO – Committee of Sponsoring Organizations. Sobre controle interno e risco de auditoria, marque o item correto: (A) A governança corporativa é um dos compo- nentes do controle interno. (B) O risco de auditoria tem uma relação direta- mente proporcional ao tamanho da amostra. (C) Um dos objetivos do controle interno, estabele- cido pela administração, é melhorar a qualida- de das informações fornecidas aos usuários. (D) O risco de auditoria é formado por três com- ponentes, risco próprio da empresa, risco de controle e risco de detecção. (E) O componente do controle interno que é a base para os demais componentes é a ava- liação do risco que pode afetar os objetivos da empresa. CONTABILIDADE PÚBLICA (CLAUDIO ZORZO) 47. De acordo com as normas emanadas pelo CFC e pela legislação vigente, principalmente o MCASP 8ª edição, a contabilidade aplicada ao setor públi- co se caracteriza por: (A) Ser uma ciência social que tem como objeto o orçamento público e o controle patrimonial. (B) Assegurar a exatidão das informações orça- mentárias, patrimoniais e de controle de todas as entidades dependentes do orçamento. (C) Ser um sistema independente de controle e avaliação do patrimônio público. (D) Ser um sistema que tem como órgão central a Secretaria do Tesouro Nacional e visa ge- rar informações sobre o patrimônio público e suas variações. (E) Ser um sistema que tem como órgão central o Conselho Federal de Contabilidade e visa gerar informações sobre o patrimônio público e suas variações. 48. Uma autarquia municipal de São Paulo alugou um imóvel para uma entidade internacional. Foi acordado que o pagamento do aluguel seria anual e de forma antecipada – o que ocorreu no dia 02 de janeiro de 2020, no valor de R$ 240.000,00, referente ao exercício corrente. Considerando os regimes de escrituração or- çamentária e patrimonial, no mês de janeiro de 2020, a autarquia deverá: (A) Empenhar a receita de R$ 240.000,00, pelo regime orçamentário. (B) Registrar uma VPA de R$ 20.000,00, pelo re- gime patrimonial. (C) Lançar uma receita orçamentária de R$ 20.000,00, pelo regime patrimonial. (D) Registrar uma receita orçamentária de R$ 240.000,00, pelo regime patrimonial. (E) Lançar uma VPA de R$ 20.000,00, pelo regi- me extraorçamentário. CONTABILIDADE GERAL (EGBERT BUARQUE) 49. Entre as alternativas a seguir, assinale aquela que não corresponde a um fato contábil: (A) Assinatura de contrato de empréstimo. (B) Compra de equipamentos. (C) Pagamento de duplicatas. (D) Perda de estoques em incêndio. (E) Recebimento de subvenção governamental. 50. Assinale a demonstração contábil obrigatória apenas para as companhias de capital aberto. (A) Balanço patrimonial. (B) Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados. (C) Demonstração dos fluxos de caixa. (D) Demonstração do resultado do exercício. (E) Demonstração do valor adicionado. 51. Quando uma empresa possui influência significa- tiva sobre outra, pode-se afirmar que essas são: (A) Coligadas. (B) Empresas que fazem parte de um mesmo grupo econômico. (C) Empresas sobre controle conjunto. (D) Empresas que formam um consórcio. (E) Sociedades de propósito específico. 52. O ajuste de avaliação patrimonial aplica-se ao registro do aumento de saldo de ativos e de pas- sivos, quando avaliados pelo: (A) Custo. (B) Valor justo. (C) Valor presente. (D) Valor corrente. (E) Custo amortizado. 13 Auxiliar Técnico de Fiscalização – Suporte Administrativo 53. Assinale a alternativa que representa a perda de valor de um ativo, em decorrência de uso ou desgaste, obsolescência ou ação do tempo (in- tempéries). (A) Amortização. (B) Perda por desvalorização (impairment). (C) Depreciação. (D) Exaustão. (E) Reavaliação. NOÇÕES DE ORÇAMENTO PÚBLICO (FLÁVIO ASSIS) 54. No que se refere ao conjunto das atividades finan- ceiras do estado, identifique a alternativa correta. (A) Por determinação da LC n. 101/2000 (LRF), o resultado positivo do Banco Central do Brasil deixou de ser transferido ao Tesouro Nacional. (B) Um exemplo de aplicação do princípio da uni- dade de caixa se dá com a Conta Única do Tesouro Nacional. (C) A fixação de despesas em montante não su- perior às receitas previstas atende ao princí- pio da prudência. (D) A dívida flutuante representa os passivos fi- nanceiros que necessitam de autorização or- çamentária para seu pagamento. (E) O orçamento público cria os recursos neces- sários para a execução das despesas fixadas. 55. No que se refere ao orçamento público, a Consti- tuição Federal de 1988 estabelece que (A) o Plano Plurianual, as diretrizes orçamentá- rias e os orçamentos anuais devem ser elabo- rados por meio de lei de iniciativa dos Pode- res Executivo e Legislativo, caracterizando o orçamento misto. (B) emendas ao Projeto de Lei do Orçamento Anual que indiquem recursos provenientes de anulação de despesa que incida sobre o ser- viço da dívida podem ser aprovadas somente se compatíveis com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias. (C) emendas ao Projeto de Lei do Orçamento Anual devem ser apreciadas pela Câma- ra dos Deputados, cabendo ao Senado sua homologação após parecer do Ministério da Economia. (D) normas de gestão financeira e patrimonial da Administração direta e indireta devem ser fei- tas mediante lei complementar. (E) o relatório resumido da execução orçamen- tária será publicado pelo respectivo Poder 30 dias após o encerramento do bimestre. NOÇÕES DE CONTROLE EXTERNO (HUGO ALENCAR) 56. Sobre a as disposições Constitucionais acerca dos Ministros do Tribunal de Contas da União, considere: I – Devem ter mais de 35 e menos de 65 anos de idade. II – Têm de possuir, cumulativamente, notórios co- nhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros e de Administração Pública. III – Serão escolhidos um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, e dois terços, pelo Congresso Nacional. IV – Terão as mesmas garantias, prerrogativas, im- pedimentos, vencimentos e vantagens dos Mi- nistros do STF. V – O Ministro Substituto, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impe- dimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de Juiz de TRF. Nos termos da Constituição Federal, está correto o que consta APENAS em (A) I e II. (B) I, IV e V. (C) I e III. (D) I, III e IV. (E) III e IV. 57. São características dos Tribunais de Contas exis- tentes no Brasil, exceto: (A) São órgãos colegiados, cujas decisões têm caráter administrativo, não fazem coisa julga- da material e são passíveis de controle judi- cial da legalidade. (B) Não se subordinam a nenhum dos pode- res e possuem autonomia administrativa e financeira. (C) Têm, entre suas funções, a de auxiliar o Po- der Legislativo no controle externo. (D) Na esfera federal, o TCU tem noveMinistros e, nas esferas distrital e estadual, os respecti- vos TCs têm sete Conselheiros cada. (E) Existem Tribunais de Contas dos Municípios nos estados da Bahia, do Pará e de Goiás, e Tribunais de Contas dos Municípios de São Paulo e do Rio de Janeiro, e todos são órgãos municipais. 14 Auxiliar Técnico de Fiscalização – Suporte Administrativo 58. Os Tribunais de Contas possuem diversas fun- ções que são exercidas através de sua atuação como órgão de controle. A alternativas abaixo exemplificam corretamente ações dos TCs rela- cionadas a algumas dessas funções, exceto a alternativa: (A) Fiscalizadora: fiscalizar, auditar. (B) Corretiva: emitir determinações, fixar prazos, sustar atos. (C) Ouvidoria: receber e examinar denúncias e representações. (D) Consultiva ou Opinativa: emitir parecer prévio, responder a consultas. (E) Judicante: julgar contas do Chefe do Executivo. 59. Segundo a Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, está correta a se- guinte disposição sobre seu Presidente e o Vice: (A) O Presidente e o Vice-Presidente serão elei- tos por seus pares e servirão durante o perío- do de dois anos. (B) Nas eleições, terão direito a voto os Conse- lheiros titulares, bem como os substitutos para esse fim devidamente convocados. (C) A eleição será feita por escrutínio secreto, na segunda quinzena de dezembro, ou, em se tratando de vaga eventual, até cinco dias após a ocorrência da vaga. (D) Considerar-se-á eleito o que alcançar dois votos. (E) e) Primeiro será eleito o Vice e, depois, o Presidente. 60. Segundo o Regimento Interno do Tribunal de Con- tas do Município de São Paulo, os procedimentos de fiscalização têm a finalidade de assegurar a eficácia do controle, subsidiar o julgamento de contas, atos e contratos e propor recomendações e alternativas para a melhoria da gestão de seus jurisdicionados, sob as óticas da economicidade, da eficiência, da eficácia e da efetividade, com- preendendo as seguintes modalidades, exceto: (A) Acompanhamentos. (B) Monitoramentos. (C) Inspeções. (D) Auditorias operacionais. (E) Auditorias transversais. 15 Auxiliar Técnico de Fiscalização – Suporte Administrativo 1 – C 2 – E 3 – A 4 – B 5 – D 6 – C 7 – A 8 – C 9 – E 10 – A 11 – C 12 – B 13 – B 14 – A 15 – E 16 – A 17 – C 18 – D 19 – B 20 – E 21 – C 22 – E 23 – B 24 – D 25 – C 26 – B 27 – B 28 – E 29 – A 30 – A 31 – E 32 – B 33 – A 34 – C 35 – A 36 – B 37 – D 38 – C 39 – E 40 – C 41 – C 42 – D 43 – E 44 – D 45 – E 46 – C 47 – D 48 – B 49 – A 50 – E 51 – A 52 – B 53 – C 54 – B 55 – D 56 – D 57 – E 58 – E 59 – C 60 – B GABARITO SIMULADO PREPARATÓRIO PARA CONCURSO PÚBLICO AUXILIAR TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO – SUPORTE ADMINISTRATIVO CONCURSOS SIMULADO PREPARATÓRIO PARA https://questoes.grancursosonline.com.br 17 Agente de Fiscalização – Administração CONHECIMENTOS BÁSICOS LÍNGUA PORTUGUESA (JOÃO MARCOS E MÁRCIO WESLEY) TEXTO I 1 A capital do Império Romano foi imortalizada por seus monumentos e palácios grandio- sos, como o Coliseu, local de apresentações de teatro e lutas entre gladiadores, ou o Circo 5 Máximo, onde mais de 200 mil pessoas assis- tiam às corridas de bigas, os carros de com- bate da época. No entanto, a rotina dos romanos comuns acontecia num cenário bem diferente. A experiência de caminhar pelos bairros de Roma 10 no século I lembraria, hoje, a visita a um cortiço instalado em um movimentado mercado árabe. � A maior parte dos quase um milhão de ro- manos passava o dia em ruelas estreitas de pedra batida onde carroças circulavam com 15 dificuldade. Havia em Roma uma lei muito pare- cida à que recentemente restringiu o tráfego de caminhões em São Paulo: para não engarrafar as vielas, carroças só podiam entregar merca- dorias à noite. Escravos e cidadãos livres viviam 20 em casas de madeira ou em “ínsulas”, peque- nos prédios de tijolos que chegavam a quatro andares. No térreo, lojas de vinhos, ervas, azeite e calçados exibiam os produtos do lado de fora; cabeleireiros e barbeiros atendiam os 25 fregueses em banquinhos na calçada, trabalhando enquanto conversavam com quem passava. � O número de casas de banho, padarias e tabernas provavelmente chegava aos milhares – em Pompeia, cidade com 2% da população de 30 Roma, foram encontrados 20 bares e 40 pada- rias. O segundo andar de algumas tabernas abri- gava bordéis – que anunciavam seus serviços, sem muita sutileza, com imagens pornográficas. Narloch, Leandro; in Guia Politicamente Incorreto da História do Mundo – adaptado. Ed. Leya. São Paulo. 2013. O TEXTO I é referência para as questões de 1 a 6. 01. Com relação à construtividade textual, assinale a alternativa incorreta. (A) Trata-se de uma composição textual mista de cunho informativo e histórico. (B) No primeiro período do primeiro parágrafo, dá-se certo destaque a dois monumentos, quais sejam, o Coliseu e o Circo Máximo. (C) O texto destaca o caráter belicista do Impé- rio Romano à época do século primeiro antes de Cristo. (D) O segundo período do primeiro parágrafo menciona, de modo geral, a rotina dos cida- dãos romanos comuns. (E) O último período do primeiro parágrafo funda- menta-se numa noção comparativa. Letra c. No texto, não há qualquer destaque ao espírito guerreiro dos romanos a esta época. 02. Sobre aspectos gerais do texto, escolha a op- ção correta. (A) Os dados numéricos apresentados funda- mentam-se em informações exatas e inques- tionáveis, de natureza histórica e estatística. (B) O segundo parágrafo é predominantemente dissertativo-argumentativo. (C) Predomina no texto a função apelativa ou co- nativa da linguagem. (D) A última oração do último parágrafo tem como referente o sintagma casas de banho (l.27). (E) Predomina no texto a função referencial, de- notativa ou cognitiva da linguagem. Letra e. Trata-se de um texto essencialmente informativo, cujo objetivo fundamental é dar ciência ao leitor so- bre alguns aspectos característicos de Roma e da sociedade romana à época do século I. 03. A respeito de alguns aspectos morfológicos do texto, escolha a alternativa incorreta. (A) Na linha 1, o vocábulo imortalizada forma- -se pelo processo denominado derivação regressiva. (B) Na linha 7, No entanto é locução conjuntiva coordenativa adversativa. (C) Na linha 7, o vocábulo rotina é diminutivo de rota, equivalente a rotinha, pequena rota, ca- minho já sabido ou habitualmente trilhado. (D) Os verbos do primeiro período do segundo parágrafo estão conjugados no pretérito im- perfeito simples do modo indicativo ativo. (E) Na linha 18, o vocábulo vielas é a forma dimi- nutiva de via, significando pequenas vias, es- treitas vias, mínimas passagens, dependendo do contexto em que se insira. Letra a. O vocábulo imortalizada (l.1) forma-se por deriva- ção prefixal. 04. A respeito da função sintática de alguns termos no primeiro parágrafo, pode-se afirmar que 18 Auxiliar Técnico de Fiscalização – Suporte Administrativo (A) por seus monumentos e palácios grandio- sos (ls.2 e 3) funciona como complemento verbal indireto da locução verbal passiva foi imortalizada. (B) local de apresentações de teatro e lutas entre gladiadores (ls.3 e 4) tem função de aposto explicativo, cujo referente nominal é o substantivo próprio Coliseu (l.3). (C) onde (l.5) é pronome relativo com função sin- tática de adjunto adnominal. (D) a rotina dos romanos comuns (ls. 7 e 8) é sujeito simples cujo núcleo é o substantivo co- mum romanos. (E) de Roma (l.9) funciona como complemento nominal do substantivo concreto bairros (l.9). Letra b. O termo destacado apõe-se ao nome “Coliseu” para explicar ou esclarecer algo a seu respeito. É, por- tanto, um aposto explicativo. 05. A respeito da constituição sintática de alguns períodos do texto, é incorreto afirmar que (A) o primeiro período é composto por subordina- ção e constitui-se de duas orações. (B) o último período do texto é simples e constitui- -se de uma única oração denominada, tecni- camente,absoluta. (C) a última oração do último parágrafo classifica- -se como subordinada adjetiva explicativa de- senvolvida. (D) a oração para não engarrafar as vielas (l.17- 18) classifica-se como subordinada adverbial final reduzida de infinitivo. (E) a penúltima oração do segundo parágrafo re- presentada pela forma nominal trabalhando (l.25) tem como referentes os substantivos ca- beleireiros e barbeiros (l.24) e se classifica como adjetiva restritiva reduzida de gerúndio. Letra d. A oração destacada é um adjunto adverbial oracio- nal que, contextualmente, exprime circunstância de finalidade. 06. Quanto ao emprego de alguns sinais de pontua- ção no texto, escolha a alternativa incorreta. (A) As duas primeiras vírgulas do texto (l.3) inter- calam um aposto. (B) A última vírgula do primeiro período (l.6) sepa- ra um aposto explicativo e poderia, sem falhas gramaticais, substituir-se por dois pontos (:) ou travessão (–). (C) Na linha 10, as vírgulas que intercalam o ad- junto adverbial hoje têm emprego absoluta- mente imprescindível e obrigatório. (D) Nas linhas 32 e 33, as vírgulas intercalam o adjunto adverbial sem muita sutileza que, no contexto, expressa circunstância de natu- reza modal. (E) Na linha 22, a vírgula marca a antecipação do adjunto adverbial locativo No térreo e apre- senta caráter facultativo. Letra c. O emprego das vírgulas é facultativo, opcional. TEXTO II A CONFISSÃO DE UM PECADOR IRÔNICO 1 Estou voando na classe executiva; não supor- taria estar numa classe econômica, um galinheiro de gente. Costumo dizer que os aeroportos e os aviões, em todos os lugares do mundo, viraram um 5 grande churrasco na laje. O futuro do mundo é ser brega. Isso é um fato, apesar de ser um pecado mortal afirmá-lo. Mas pecado contra o que mesmo, se é a mais pura verdade? Ainda não vou dizer “pecado contra o quê”, mas pode ver neste livro, 10 caro leitor, desde já, a confissão de um pecador. � Este livro não é um livro de história da filoso- fia, mas sim um ensaio de filosofia do cotidiano, mais especificamente um ensaio de ironia filo- sófica que dialoga com a filosofia e sua história, 15 movido por uma intenção específica: ser desa- gradável para um tipo específico de pessoa (que, espero, seja você ou alguém que você conhece), ou, talvez, para um tipo de comportamento (que, espero, seja o seu ou o de um amigo inteligentinho 20 que você tem). Mas, afinal, que tipo de pessoa? Esse tipo que vive numa “bolha de consciên- cia social” (nunca entendi bem o que vem a ser “consciência social”) sendo politicamente cor- reto, ao que, às vezes, me refiro neste ensaio 25 como “a praga PC”. Se você é uma delas, tenha em mim um fiel inimigo. Desejo sua extinção. Pondé, Luiz Felipe; in Guia Politicamente Incorreto da Filosofia – adaptado. Ed. Leya. São Paulo. 2012. O TEXTO II serve de referência às questões de 7 a 10. 07. De acordo com as informações do texto, pode-se afirmar que (A) Conforme já anuncia o título, permeia o texto um tom absoluta e intencionalmente irônico. (B) Nas linhas 2 e 3, a expressão “galinheiro de gente”, de natureza metafórica, refere-se a todos que cultivem o que se denomina com- portamento politicamente correto. 19 Auxiliar Técnico de Fiscalização – Suporte Administrativo (C) Nas linhas 3 e 4, a expressão “um grande churrasco na laje” constitui uma metonímia de natureza eufêmica. (D) Na linha 10, a expressão interpelativa “caro leitor” exemplifica o funcionamento expres- sivo ou emotivo da linguagem. (E) O autor caracteriza seu livro como uma es- pécie de história contemporânea da filosofia. Letra a. O texto é intencionalmente irônico e tal caracterís- tica já se põe no próprio título: A CONFISSÃO DE UM PECADOR IRÔNICO. 08. Levando em conta alguns aspectos de natureza linguístico-gramatical, escolha a opção incorreta. (A) Os dois primeiros períodos do texto iniciam-se por locuções verbais: Estou voando/ Cos- tumo dizer. (B) A expressão metafórica um galinheiro de gente (ls.2-3) tem função sintática de aposto explicativo. (C) Na linha 26, o pronome adjetivo possessi- vo sua retoma a expressão “a praga PC”, à linha 25. (D) Na linha 6, a oração principal Isso é um fato retoma o período composto imediatamente anterior O futuro do mundo é ser brega. (E) A oração ser brega (ls.5-6) classifica-se como subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo. Letra c. O pronome adjetivo possessivo sua (l.26) refere-se a qualquer leitor de modo geral. 09. De acordo com alguns aspectos morfossintáticos do texto, escolha a opção incorreta. (A) Na linha 25, a oração Se você é uma delas poderia ser substituída pela equivalente Caso você seja uma delas. (B) Na linha 12, verifica-se a elipse da forma verbal é, conjugada no presente simples do modo indicativo ativo. (C) Na linha 10, o sintagma caro leitor é um vo- cativo, um chamamento interpelativo. (D) Na linha 16, o pronome relativo que tem fun- ção sintática de objeto direto. (E) Na linha 4 o termo em todos os lugares do mundo é um aposto explicativo cujo refe- rente é o nome “aeroportos” (l.3). Letra e. O sintagma “em todos os lugares do mundo” tem função de adjunto adverbial locativo. 10. Com relação ao emprego de alguns sinais de pontuação no texto, assinale a alternativa correta. (A) Na linha 1, o sinal de ponto-e-vírgula (;) pode- ria trocar-se pela conjunção pois, antecedida de vírgula, sem qualquer prejuízo da correção gramatical. (B) As vírgulas da linha 4 intercalam uma oração adverbial locativa. (C) Na linha 19, a vírgula marca a antecipa- ção de uma oração subordinada adverbial concessiva. (D) Na linha 15, o sinal de dois pontos (:) intro- duzem uma apropriação de discurso alheio, a que se denomina, tecnicamente, dis- curso direto. (E) Na linha 9, a vírgula tem emprego obrigatório e se põe antes de uma conjunção coordenati- va de natureza aditiva. Letra a. A substituição proposta é perfeitamente possível e correta: Estou voando na classe executiva, pois não suportaria estar numa classe econômica, um gali- nheiro de gente. TEXTO III DO TÍTULO 1 Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei no trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou- 5 -se ao pé de mim, falou da lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem era curta, e os versos pode ser que não fossem intei- ramente maus. Sucedeu, porém, que como eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro 10 vezes; tanto bastou para que ele interrom- pesse a leitura e metesse os versos no bolso. � – Continue, disse eu acordando. � – Já acabei, murmurou ele. � – São muito bonitos. 15 Vi-lhe fazer um gesto para tirá-los outra vez do bolso, mas não passou do gesto; estava amuado. No dia seguinte entrou a dizer de mim nomes feios, e acabou alcunhando-me Dom Casmurro. (...) � Não consultes dicionários. Casmurro não está 20 aqui no sentido que eles lhe dão, mas no que lhe pôs o vulgo de homem calado e metido consigo. Assis, Machado de; in Dom Casmurro. O TEXTO III serve de referência às questões 11 e 12. 20 Auxiliar Técnico de Fiscalização – Suporte Administrativo 11. Com base no texto, escolha a alternativa correta. (A) Nas linhas 3 e 4, a expressão conheço de vista e de chapéu foi empregada para trans- mitir ao leitor a ideia de que o narrador e o jovem eram vizinhos e muito amigos. (B) Nas linhas 4 e 5, a expressão sentou-se ao pé de mim contextualmente significa que o jovem se tenha ajoelhado diante do narrador para recitar seus versos. (C) Pode-se inferir que os versos do jovem pu- dessem ter alguma qualidade literária. (D) Na linha 20, eles designa o público em geral. (E) O jovem poeta insistiu em recitar seus versos após o narrador ter despertado de seu bre- ve cochilo. Letra c. O indício para tal inferência está nas linhas 7-8: ... e os versos pode ser que não fossem inteira- mente maus. 12. Levando em conta alguns aspectos linguístico--gramaticais do texto, escolha a alternativa incorreta. (A) Nas linhas 1 e 2, a oração intercalada vindo da cidade para o Engenho Novo classifica- -se como subordinada adverbial temporal re- duzida de gerúndio. (B) Na linha 3, o pronome relativo que tem função sintática de complemento nominal do subs- tantivo comum bairro. (C) Na linha 11, o sintagma nomes feios é com- plemento verbal direto da forma verbal di- zer (l.17). (D) Na linha 19, a sentença imperativa negativa “Não consultes dicionários.” dirige-se ao leitor, seja quem for, e exemplifica o funcio- namento apelativo ou conativo da linguagem. (E) Pelo que se lê nas duas últimas linhas do tex- to, pode-se inferir que Casmurro signifique ensimesmado. Letra b. Na linha 3, o pronome relativo que tem função de complemento verbal direto da forma verbal: ... eu conheço um rapaz aqui do bairro (=que) de vista e de chapéu. Leia o texto abaixo para responder às questões de números 13 a 20. TEXTO IV 1 Embora alguns demagogos eleitos assumam o cargo com um plano de autocracia, esse não é o caso de muitos deles, como Fujimori. A rup- tura democrática não precisa de um plano. Antes, 5 como sugere a experiência do Peru, ela pode resultar de uma sequência não antecipada de acontecimentos — uma escalada de retaliações entre um líder demagógico que não obedece às regras e um establishment político ameaçado. 10 O processo muitas vezes começa com pala- vras. Demagogos atacam seus críticos com termos ásperos e provocativos — como inimigos, subver- sivos e até mesmo terroristas. Quando concorreu pela primeira vez à Presidência, Hugo Chávez 15 descreveu seus oponentes como “porcos ranço- sos” e “oligarcas esquálidos”. Como presidente, chamou seus críticos de “inimigos” e “traidores”; Fujimori ligava seus oponentes ao terrorismo e ao tráfico de drogas; e o primeiro-ministro italiano 20 Silvio Berlusconi atacou juízes que decidiam contra ele chamando-os de “comunistas”. Jornalistas também se tornam alvos. O presidente equatoriano Rafael Correa caracterizou a mídia como “inimiga política ameaçadora” que “tem que ser derrotada”. 25 Recep Tayyip Erdoğan, da Turquia, acusou jor- nalistas de propagarem “terrorismo”. Esses ata- ques podem ter consequências importantes. Se o público passar a compartilhar a opinião de que oponentes são ligados ao terrorismo e de que a 30 mídia está espalhando mentiras, torna-se mais fácil justificar ações empreendidas contra eles. � A investida não para por aí. Embora analistas muitas vezes assegurem que demagogos são “só falastrões” e que suas palavras não devem ser 35 levadas demasiadamente a sério, um rápido exame dos líderes demagógicos mundo afora sugere que muitos deles de fato cruzam a fron- teira entre palavras e ação. É por isso que a ascensão inicial de um demagogo ao poder 40 tende a polarizar a sociedade, criando uma atmosfera de pânico, hostilidade e desconfiança mútua. As palavras ameaçadoras do novo líder têm um efeito bumerangue. Se a mídia se sente ameaçada, pode abandonar o comedimento e 45 padrões profissionais, num esforço desespe- rado para enfraquecer o governo. E a oposição pode concluir que, pelo bem do país, o governo tem que ser afastado através de medidas extre- mas — impeachment, manifestações de massa, 50 até mesmo golpe. Quando Juan Perón foi eleito pela primeira vez na Argentina, em 1946, muitos 21 Auxiliar Técnico de Fiscalização – Suporte Administrativo dos seus oponentes o viam como um fascista. Membros da oposicionista União Cívica Radical, acreditando estar numa “luta contra o nazismo”, 55 boicotaram a posse de Perón. Desde o primeiro dia da Presidência, seus rivais no Congresso adotaram uma estratégia de “oposição, obstru- ção e provocação”, chegando mesmo a convo- car a Suprema Corte para assumir o controle do 60 governo. Igualmente, a oposição venezuelana solicitou que a Suprema Corte nomeasse uma equipe de psiquiatras para determinar se Chávez podia ser afastado do cargo com base em “inca- pacidade mental”. Jornais e redes de televisão 65 proeminentes endossaram os esforços extracons- titucionais para derrubá-lo. Autoritários potenciais interpretam esses ataques como uma ameaça séria e, por sua vez, se tornam mais hostis. � Eles também dão esse passo por outra 70 razão: a democracia é um trabalho árduo. Enquanto negócios familiares e esquadrões de exércitos podem ser governados por ordens, democracias exigem negociações, compromissos e concessões. Reveses são inevitáveis, vitórias 75 são sempre parciais. Iniciativas presidenciais podem morrer no Congresso ou ser bloqueadas por tribunais. Todos os políticos se veem frustrados por essas restrições, mas os democráticos sabem que têm de aceitá-las. Eles são capazes de vencer 80 a torrente constante de críticas. Para os outsiders, porém, sobretudo aqueles com inclinações dema- gógicas, a política democrática é com frequência considerada insuportavelmente frustrante. Para eles, freios e contrapesos são vistos como uma 85 camisa de força. Como o presidente Fujimori, que não tinha estômago para a ideia de ter de almo- çar com líderes do Senado toda vez que quisesse aprovar uma lei, os aspirantes a autoritários têm pouca paciência com o dia a dia da política da 90 democracia. E, como Fujimori, querem se libertar. LEVITSKY, Steven & ZIBLATT, Daniel. Como as democracias morrem. Trad.: Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Zahar, 2018, p.80-81, com adaptações. 13. O texto foi estruturado em quatro parágrafos. A análise que melhor reflete essa estruturação é: (A) O primeiro parágrafo estabelece a tese que o segundo e o terceiro parágrafos explicitam, e o quarto parágrafo, enfim, sintetiza as con- siderações com uma avaliação judicante dos polos argumentativos e com propostas de in- tervenção no conflito. (B) O primeiro parágrafo expõe a linha geral do conflito entre algumas forças políticas, o se- gundo parágrafo mostra o começo desse conflito na forma de palavras provocativas entre lideranças políticas e também sociais, o terceiro parágrafo mostra a possibilidade de passar das palavras à ação nos dois polos, o quarto parágrafo explica que o diálogo e as frustrações intrínsecos à democracia não são bem-vistos por líderes com tendências au- toritárias. (C) O primeiro parágrafo informa uma tendência geral entre demagogos para o embate ideo- lógico, enquanto o segundo e o terceiro pa- rágrafos mostram esse embate evoluindo de palavras e debates para ações concretas nas instâncias políticas para, enfim, o quarto pará- grafo justificar os embates como algo natural da democracia. (D) Os dois parágrafos iniciais orientam o debate para o campo dos discursos inflamados entre opositores na democracia, enquanto os dois últimos parágrafos esclarecem as ações rea- lizadas pelos contendores que, naturalmente, atuam no diálogo inerente às tomadas de de- cisões no processo democrático. (E) O texto evolui de uma constatação inicial so- bre as tendências demagógicas para a trans- posição desses ideais em discursos e emba- tes ideológicos que, no terceiro parágrafo, se convertem em atitudes demonstradas pelas forças políticas em diversas instâncias para, enfim, o quarto parágrafo demonstrar que a intolerância de alguns aspirantes a autoritá- rios tem fundo psicológico em baixa capaci- dade de negociação e concessão naturais no processo democrático. Letra b. a) Análise quase completamente adequada. Só um detalhe não confere: o texto apenas constata e ex- plica o problema, sem propor intervenções no quar- to parágrafo. b) Análise completa e condizente com cada movi- mentação do texto. c) No texto, o embate não é ideológico, mas sim marcado por retaliações, represálias e acusações agressivas sem fundamentação em reais e con- sistentes ideologias. Também não se trata de de- bates, mas apenas de provocações com palavras acintosas. d) Não são debates, mas provocações com pala- vras desrespeitosas. Além disso, o texto não mos- tra oscontendores atuando naturalmente no diálo- go para tomar decisões, mas, sim, acusando-se e recusando-se a diálogo e negociações. e) No texto, não se trata de embates ideológicos, mas apenas de provocações infundadas, palavras desrespeitosas e intolerância ao diálogo e negocia- ções, por parte de líderes aspirantes a autoritários. 22 Auxiliar Técnico de Fiscalização – Suporte Administrativo 14. As alternativas abaixo mostram expressões empregadas no texto para referir-se a demago- gos, exceto (A) oligarcas esquálidos (2º parágrafo). (B) autoritários potenciais (3º parágrafo). (C) aspirantes autoritários (4º parágrafo). (D) líder demagógico (1º parágrafo). (E) outsiders (4º parágrafo). Letra a. A expressão “oligarcas esquálidos” ocorreu como exemplo de referência áspera e provocativa feita por Hugo Chávez (demagogo) a um oponente seu. Então, não se referiu exatamente a um demagogo, no texto. Todas as demais expressões foram formas variantes empregadas no texto como referência a “demagogos”. 15. As frases abaixo respeitam a norma padrão de regência, exceto uma: (A) Os diálogos e negociações visam estabelecer acordos entre correntes de interesse. (B) As palavras ameaçadoras de um líder político implicam as mais diversas reações da mídia e outros setores. (C) A sociedade não assiste impassível aos ata- ques entre os atores políticos. (D) Alguns demagogos não aspiram inicialmente a uma autocracia, embora depois venham a implantá-la. (E) Demagogos preferem tomar decisões sem ou- vir setores diversos da sociedade do que dia- logar e aceitar frustrações de seus interesses. Letra e. a) Com sentido de “almejar”, o verbo “visar” rege mesmo a preposição “a” (quem visa, visa a algo). Porém, quando seu complemento verbal é repre- sentado por oração (estabelecer acordos...), essa preposição pode ficar subentendida. b) No sentido de “acarretar”, o verbo “implicar” é transitivo direto, então não requer preposição e, portanto, não ocorre crase (implicam as mais diver- sas reações...). c) Quando significa “ver, presenciar”, o verbo “assis- tir” rege a preposição “a” (...assiste...aos ataques...). d) Com sentido de “almejar”, o verbo “aspirar” rege a preposição “a” (...aspiram...a uma autocracia). e) Segundo a norma padrão, quem prefere, prefe- re algo a outro. Correção: ...preferem tomar deci- sões... a dialogar e aceitar... 16. As frases abaixo se encontram em sentido figura- do, exceto uma: (A) O processo muitas vezes começa com palavras. (B) Demagogos atacam seus críticos com ter- mos ásperos. (C) Hugo Chávez descreveu seus oponentes como “porcos rançosos”. (D) Muitos deles de fato cruzam a fronteira entre palavras e ação. (E) Iniciativas presidenciais podem morrer no Congresso ou ser bloqueadas por tribunais. Letra a. a) O significado de processo é próprio e está defini- do no texto literalmente. É denotação. b) O verbo “atacar” está em sentido figurado: não se trata do sentido físico real do ataque. Os termos ásperos caracterizam a figura da sinestesia: asso- cia a sensação do tato (áspero) à sensação auditiva (termos falados). c) O efeito de comparação associa a uma pessoa o aspecto mal cheiroso de porcos. d) A fronteira apareceu em sentido abstrato, figurado. e) O encerramento de iniciativas foi metaforicamen- te associado com morte. 17. Assinale a alternativa que atende à norma pa- drão de pontuação. (A) Embora analistas, muitas vezes assegurem que demagogos são “só falastrões” — e que suas palavras não devem ser levadas dema- siadamente a sério —, um rápido exame dos líderes demagógicos mundo afora sugere que, muitos deles de fato cruzam a fronteira entre palavras e ação. (B) Embora analistas muitas vezes assegurem que: demagogos são “só falastrões” e que suas palavras não devem ser levadas dema- siadamente a sério; um rápido exame dos lí- deres demagógicos mundo afora sugere que muitos deles, de fato cruzam a fronteira entre palavras e ação. (C) Embora analistas, muitas vezes, assegurem que demagogos são “só falastrões” e que suas palavras não devem ser levadas, dema- siadamente, a sério, um rápido exame dos lí- deres demagógicos mundo afora sugere que muitos deles, de fato, cruzam a fronteira entre palavras e ação. (D) Embora analistas, muitas vezes assegurem: que demagogos são “só falastrões”, e que suas palavras não devem ser levadas dema- siadamente a sério — um rápido exame dos líderes demagógicos mundo afora sugere que muitos deles de fato cruzam a fronteira, entre palavras e ação. 23 Auxiliar Técnico de Fiscalização – Suporte Administrativo (E) Embora analistas muitas vezes assegurem que demagogos são “só falastrões” — e que suas palavras não devem ser levadas dema- siadamente a sério —, um rápido exame dos líderes demagógicos mundo afora, sugere que muitos deles, de fato cruzam a fronteira entre palavras e ação. Letra c. a) O adjunto adverbial deslocado “muitas vezes” pode ficar entre vírgulas, mas não com apenas uma vírgula. Os travessões foram empregados correta- mente para enfatizar um trecho aditivo. A vírgula é mantida após o segundo travessão, porque é ne- cessária para separar a oração anterior como su- bordinada adverbial anteposta à principal. Proibida a vírgula após “sugere que”, pois em seguida apa- rece o complemento desse verbo. b) Errado o ponto e vírgula após “a sério”, pois não se deve empregar essa pontuação entre oração su- bordinada adverbial e oração principal. A locução adverbial deslocada “de fato” pode ficar entre vírgu- las, mas não com apenas uma vírgula. c) O adjunto adverbial deslocado “muitas vezes” foi corretamente colocado entre vírgulas. O advérbio deslocado “demasiadamente” foi colocado entre vír- gulas corretas. A locução adverbial deslocada “de fato” ficou corretamente entre vírgulas. d) Não cabem dois-pontos após “assegurem”, pois, em seguida, aparecem complementos para esse verbo. Vírgula facultativa antes de “e” como forma de ênfase entre orações coordenadas. Travessão inadequado entre oração subordinada adverbial e oração principal (deve ser empregada vírgula). Vírgula errada após “fronteira”: separou o adjunto adnominal (entre palavra e ação) e o substantivo a que se refere (fronteira). e) A vírgula após “afora” separou incorretamente su- jeito e predicado. 18. Assinale a alternativa em que a concordância verbal ou nominal está em conformidade com a norma padrão da língua portuguesa. (A) Sempre se faz necessário, em todas as épo- cas, medidas educativas para esclarecer os cidadãos. Na infância de Calvin, tiveram mui- tas histórias de mal-entendidos com os pais. (B) Já tiveram muitos países com economia fragi- lizada que adotaram regimes extremistas. (C) O mundo considerava superado o radicalis- mo e o fanatismo. “Foi eu que virou um cara ruim”, disse Calvin chateado com sua mãe. (D) Aos países já custou caro tantas vezes a igno- rância política. (E) Qual das notícias já publicadas ainda passa- riam pelo controle ou censura? Letra d. a) Correção: Sempre se fazem necessárias... me- didas educativas... Justificativa: o sujeito de “se fa- zem necessárias” é “medidas educativas”. b) Dois erros: (1) emprego inadequado do verbo “ter” com sentido de “existir”; (2) esse emprego caracte- riza verbo sem sujeito, portanto deve permanecer em 3ª pessoa singular (já teve). Correção total: já existiram muitos países...; já houve muitos países... c) O adjetivo “superado” exerceu função sintática de predicativo do objeto (o radicalismo e o fanatismo). Como tal, deve concordar no plural: ...considerava superados o radicalismo e o fanatismo. Cuidado: a norma de concordância permite concordar com o núcleo mais próximo o adjunto adnominal anteposto a dois ou mais substantivos. d) O sujeito de “custou caro” é “a ignorância política”. O termo “aos países” funciona como objeto indireto. e) No sujeito “qual das notícias”, o núcleo é “qual”, no singular. Correção: passaria. 19. Uma das substituições abaixo preserva o sentido original do texto: (A) “não precisa
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