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M ó d u L O 2 Políticas de Atenção à Saúde da Mulher Lei do planejamento familiar A Lei nº 9.263, de 1996, permite a esterilização voluntária nas seguintes situações: Em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos de idade. Ou com 2 filhos vivos. Prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação do desejo da intervenção e o ato cirúrgico. Consentimento informado. Direitos sexuais e reprodutivos das mulher Década de 80 e 90 Expansão e legitimação das críticas relativas às políticas de controle populacional. Integração do Planejamento familiar e saúde da mulher. Ainda não havia preocupação explícita com a saúde em geral e a qualidade de vida da mulher. Conferência mundial de população e desenvolvimento Cairo 1994 Contribuiu para que ocorre-se mudanças direcionadas a saúde da mulher, pois meio de: Políticas e programas amplos de saúde reprodutiva Planejamento familiar Componentes de um programa mais amplo Respeito aos direito individuais: Direitos humanos: desenvolvimento sustentável, solidariedade entre gerações, superação de desigualdades, de classe, raça e gênero. Cuidado pré-natal Aconselhamento, informação, educação, comunicação e serviço Parto e pós-parto Segurança Infertilidade Prevenção e tratamento Aborto Prevenção e tratamento Sexualidade humana, saúde reprodutiva e paternidade responsável. Tratamento, informação e educação. Conferência Mundial sobre a Mulher Beijing 1995 Teve como ênfase: Inclusão do conceito de gênero Igualdade de gêneros. Além disso, abordou que a saúde da mulher deveria ser norteada por esses princípios e a garantia dos direitos, como base em uma comunidade organizada. Saúde sexual e reprodutiva Baseada nos princípios: Integralidade. Engloba homens e mulheres. Considera todas as faixas etárias. Inclui o exercício da sexualidade com satisfação. Assegura o direito à informação e acesso aos métodos. Direitos sexuais Relacionam-se a expressão da sexualidade, sendo eles: Viver e expressar livremente a sexualidade sem violência, discriminação ou imposições e com respeito pleno pelo corpo do parceiro. Escolher o parceiro sexual. Viver plenamente a sexualidade sem medo vergonha culpa ou falsas crenças. Viver a sexualidade independentemente do estado civil, idade ou condição física. Escolher se quer ter ou não relação sexual. Expressar livremente a orientação sexual. Ter relações independentemente da reprodução. M ó d u L O 2 Sexo seguro para prevenção da gravidez indesejada e DST/HIV/AIDS. Serviços de saúde que garantam privacidade, sigilo e atendimento de qualidade sem discriminação. Informação e educação sexual e reprodutiva. Direitos reprodutivos Se refere a decisão livre e responsável sobre: Desejo de ter filhos. Número de filhos. Momento da vida desejam filhos. Saúde reprodutiva É um completo bem estar físico, mental e social e não somente a ausência de doença, em todos os aspectos relacionados ao sistema reprodutivos e suas funções e processos. Envolve a capacidade de desfrutar de uma vida sexual satisfatória sem riscos, e a liberdade para a pessoa decidir se quer ou não ter filhos, o número de filhos que deseja ter e em que momento da vida. Evolução dos programas de saúde e a política de atenção à saúde da mulher PMI (1975): Programa Materno-Infantil. PAISM (1984): Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher. PHPN (2000): Programa de Humanização do Pré- Natal e Nascimento. PNAISM (2004): Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher. Rede Cegonha (2011). Programa Materno-Infantil PMI Foi voltado para a questão da mortalidade infantil, que possuía níveis alarmantes naquela época. Teve como base 6 subprogramas, são eles: 1. Assistência materna: gestação, parto e puerpério; 2. Assistência à criança e ao adolescente; 3. Expansão da assistência materno infantil; 4. Suplementação alimentar: prevenção de desnutrição materna, gestação e lactação; 5. Atividades educativas; 6. Capacitação de recursos humanos. Vale salientar, que nessa fase tinha um governo que não permitia a participação da sociedade livremente no processos de decisão, desse modo, foi considerado um programa verticalizado. Imposto pelo governo da época que era uma ditadura, logo as pessoas tinham que aceitar as imposições. Foi um programa bastante criticado pelos estudiosos da saúde da mulher. Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher PAISM Criado para quebrar os conceitos dos princípios norteadores da política de saúde das mulheres e os critérios para eleição de prioridades neste campo. Foi uma resposta aos movimentos das mulheres Englobando: Ações educativas, preventivas, de diagnóstico, tratamento e recuperação. Assistência à mulher em ginecologia, pré natal, parto, puerpério, climatério, planejamento familiar, DST, câncer de colo de útero e de mama, além de outras necessidades identificadas a partir do perfil populacional das mulheres. Princípios e diretrizes: Descentralização. Hierarquização. Regionalização. Integralidade. Equidade. O processo de construção do SUS tem grande influência sobre a implementação do PAISM M ó d u L O 2 O SUS tem como base nos princípios e diretrizes contidos na legislação básica: Constituição de 1988, Lei n o 8.080 e Lei n o 8.142. Nesse sentido, ocorreu a participação popular, uma inovação do SUS, que dá as pessoas os diretos de voz e voto nas ações de saúde, por meio dos conselhos de saúde. Particularmente, com a implementação da NOB 96, consolida se o processo de municipalização das ações e serviços de saúde em todo o País. Lacunas deixadas pelo programa: Atenção ao climatério/menopausa. Queixas ginecológicas. Infertilidade e reprodução assistida. Saúde da mulher na adolescência. Doenças crônico degenerativas. Saúde ocupacional. Saúde mental. Doenças infectocontagiosas. Inclusão da perspectiva de gênero e raça. Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento PHPN Criado com o intuito de garantir a mulher uma gestação mais tranquila e um parto mais humanizado. Portaria/GM nº 569, de 1/6/2000. Objetivos: Melhoria do acesso, da cobertura e da qualidade do acompanhamento pré natal, da assistência ao parto e puerpério às gestantes e ao recém-nascido, na perspectiva dos direitos de cidadania. Aspectos fundamentais da humanização: 1. É dever das unidades de saúde receber com dignidade a mulher, seus familiares e o recém- nascido. 2. Evitar práticas intervencionistas e desnecessárias. Definição dos critérios de atendimento e financiamento. Isto é, números de consultas, exames que deveriam ser realizados, de forma que seja resgatado o lado humanizado. Além disso, as unidades seriam remuneradas por meio de suas participações no programa. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher PNAISM Surgiu com o objetivo de ampliar o PAISM. Heterogeneidade que caracteriza o País: condições socioeconômicas e culturais, acesso às ações e serviços de saúde, perfil epidemiológico da população feminina a presenta diferenças importantes de uma região a outra Pautas do programa: As histórias das mulheres na busca pelos serviços de saúde expressam discriminação, frustrações e violações dos direitos e aparecem como fonte de tensão e mal estar psíquico físico A humanização e a qualidade da atenção implicam na promoção, reconhecimento e respeito aos seus direitos humanos, dentro de um marco ético que garanta a saúde integral e seu bem-estar. Deverá atingir as mulheres em todos os ciclos de vida, resguardadas as especificidades das diferentes faixas etárias e dos distintosgrupos populacionais mulheres negras, indígenas, residentes em áreas urbanas e rurais, residentes em locais de difícil acesso, em situação de risco, presidiárias, de orientação homossexual, com deficiência entre outras Perspectiva de gênero, de raça e de etnia, rompendo se as fronteiras da saúde sexual e da saúde reprodutiva para alcançar todos os aspectos da saúde da mulher. Respeito a mulher em todas as diferenças, sem discriminação de qualquer espécie e sem imposição de valores e crenças pessoais. Atenção clínica e ginecológica, planejamento familiar, cuidado na gravidez, parto em pós parto, abortamento, com vistas à redução da mortalidade materna e perinatal, situação de violência e também doenças crônico degenerativas e cardiovasculares, controle do câncer ginecológico. M ó d u L O 2 Rede Cegonha Iniciativa: novo modelo de atenção à saúde da mulher e à saúde da criança. Portaria nº 1.459, de 24 de junho de 2011. Surgiu como uma resposta da problemática de mortalidade materna. Tendo em vista que o país não conseguiu chegar as metas que tinha o intuito de reduzir a mortalidade materna. Logo o Rede Cegonha foi criado para atender as necessidades maternas. Componentes: I. Pré Natal. II. Parto e Nascimento. III. Puerpério e Atenção Integral à Saúde da Criança. IV. Sistema Logístico: Transporte Sanitário e Regulação. Diretrizes: Relacionadas aos componentes acima e inclui ainda a garantia de acesso às ações do planejamento reprodutivo.