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Geração, transmissão e 
distribuição de energia elétrica
Transmissão de energia elétrica
Sistema Interligado Nacional (SIN)
Bloco 1
Leandro José Cesini da Silva
Sistema Interligado Nacional
Figura 1 – Linhas de transmissão no Brasil
Fonte: ONS (2022a, [s. p.]).
Números do SIN
• 2020 – 9.204 km 2025 – 9.204 km800 kV - CC
• 2020 – 1.722 km 2025 – 1.722 km750 kV
• 2020 – 9.544 km 2025 – 9.544 km600 kV - CC
• 2020 – 53.214 km 2025 – 76.220 km500 kV
• 2020 – 6.911 km 2025 – 7.130 km440 kV
• 2020 – 9.551 km 2025 – 11.131 km345 kV
• 2020 – 55.454 km 2025 – 69.103 km230 kV
• 2020 – 145.600 km 2025 – 184.054 kmTotal
(NOS, 2022b)
Planejamento da transmissão no Brasil
Figura 2 – Investimentos em 
transmissão até 2028 
Fonte: EPE (2021a, [n. p.]).
Planejamento da transmissão no Brasil
Figura 3 – Expansão física das subestações
Fonte: EPE (2021a, [n. p.]).
Principais desafios da expansão da transmissão
Envelhecimento do sistema de transmissão:
• Altos investimentos na substituição de sistemas obsoletos.
Alta complexidade socioambiental e fundiária:
• Implica em atrasos na execução e entrada em operação.
Crescimento de novas fontes variáveis e não controláveis no SIN:
• Espera-se que, com o avanço de tecnologias e redes 
inteligentes, o sistema elétrico se torne mais flexível e 
dinâmico aos requisitos operativos instantâneos que as fontes 
intermitentes causam no sistema.
Transmissão de energia elétrica
Transmissão CA e CC
Bloco 2
Leandro José Cesini da Silva
Transmissão CA
Vantagens:
• Potência pode ser gerada em altas tensões.
• Manutenção de subestações é mais simples e mais barata.
• Tensão pode ser elevada ou reduzida por transformadores com 
facilidade e eficiência.
Desvantagens:
• Necessita de mais cobre do que em corrente contínua.
• Linhas de transmissão mais complexas.
• Resistência efetiva da linha é maior devido efeito pelicular.
• A capacitância desses sistemas causam perdas mesmo com o 
sistema aberto.
Transmissão CC
Vantagens:
• Não há indutância ou capacitância.
• Não possui efeito pelicular.
• Não existem perdas dielétricas.
Desvantagens:
• Tensão da geração deve ser menor, devido problemas de 
conversão.
• Tensão não pode ser elevada para transmissão em altas 
tensões.
• Interruptores e disjuntores possuem limitações.
Transmissão CC
Tecnologia HVDC (High-Voltage Direct Current):
• Custo reduzido para transporte de grande 
quantidade de energia elétrica em longas distâncias.
• Não sofre com problemas de instabilidade.
• Baixas perdas por efeito corona.
• Reversibilidade e controlabilidade do fluxo de 
potência facilitados.
• Não são necessárias estações intermediárias.
Comparativo de custos CA versus CC
Figura 4 – CA x CC
Fonte: adaptada de Pinto (2018).
• Intersecção das curvas 
marca a inversão dos 
custos.
• CA = CC geralmente entre 
600 km e 800km.
• Acima disso, sistemas de 
transmissão em corrente 
contínua possuem melhor 
custo-benefício.
Transmissão de energia elétrica
Torres de transmissão de energia elétrica
Bloco 3
Leandro José Cesini da Silva
Tipos de torres
Figura 5 – Linhas 440 kV
Fonte: adaptada de Pinto (2018).
Linha 440 kV – circuito simples (cadeia “IVI”)
Linha 440 kV – circuito duplo triangular Linha 440 kV estaiada – circuito simples
Linha 440 kV – circuito simples (cadeia “VVV”)
Faixa de servidão
• É o espaço ocupado pelas torres de transmissão.
• A norma NBR 5422/85 estabelece os parâmetros que devem ser 
obedecidos em projetos.
• A faixa de servidão deve ser mantida livre de ocupações.
• É proporcional à tensão de linha, quanto maior a tensão, maior 
a área ocupada pela faixa de servidão.
Figura 6 – Faixa de servidão em torres de transmissão
Fonte: Pinto (2018).
Tipos de condutores
• All Aluminium Conductor (AAC): composto por vários 
condutores de alumínio.
• All Aluminium Alloy Conductor (AAAC): compostos por ligas 
de alumínio de alta resistência.
• Aluminium Conductor steel-reinforced (ACSR): possui 
camadas concêntricas de condutores de alumínio sobre 
uma alma de aço.
• Aluminium Conductor, Aluminium Alloy Reinforced (ACAR): 
mesma configuração anterior, porém com alma de alumínio 
de alta resistência.
Características ideias de condutores
Alta condutibilidade elétrica.
Baixo custo.
Boa resistência mecânica.
Alta resistência à oxidação.
Baixo peso. 
Manutenção
Figura 7 – Execução de reparos em 
uma linha
Fonte: Photoman195/iStock.com.
• Uma falha em algum ponto 
desencadeia problemas para 
todo o sistema 
interconectado.
• Uso de helicópteros é comum 
em manutenção de linhas.
• Trabalho de alto risco.
• Técnicos passam por vários 
treinamentos.
• Avaliação psicológica prévia é 
importante para esse tipo de 
atividade.
• Atualmente, o uso de drones 
é comum para realização de 
inspeções.
Teoria em Prática
Bloco 4
Leandro José Cesini da Silva
Reflita sobre a seguinte situação
Você foi designado (a) para iniciar os estudos para a instalação 
de uma linha de transmissão de 440 kV, que passará pela 
cidade de Salvador, na Bahia. O comprimento dessa linha de 
transmissão é curto, aproximadamente 70 km, e ficará restrito 
ao estado da Bahia.
Diante do exposto, elabore um relatório contendo os 
requisitos básicos necessários para a execução desse projeto.
Norte para a resolução
1. Em primeiro lugar, tente buscar informações sobre as 
linhas de transmissão que circundam seu projeto. Em 
Salvador, existem linhas já instaladas de 230 kV e de 
500 kV. Isso é importante para definição de estratégias 
de interconexão e se a tensão previamente definida 
para o projeto está adequada.
Norte para a resolução
2. Você possui o comprimento aproximado de sua linha de 
transmissão, portanto, deve verificar se a linha é 
economicamente viável em corrente contínua ou 
alternada. Lembrando que o ponto em que a curva de 
custo de uma linha em corrente alternada cruza a curva de 
custo de uma linha em corrente contínua é em torno de 
600 km de extensão, logo, você tende a definir sua linha 
como sendo em CA.
Norte para a resolução
3. A escolha da torres dependerá da quantidade de circuitos 
e a disposição do mesmo na torre de transmissão. 
Podendo ser uma torre de circuito simples com cadeia IVI 
ou uma torre estaiada com circuito simples ou duplo. Claro 
que estudos mais aprofundados deverão ser realizados 
para a definição ótima dos tipos de torres a serem 
utilizados em seu projeto.
Dicas do(a) Professor(a)
Bloco 5
Leandro José Cesini da Silva
Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis 
em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o login
através do seu AVA). Algumas indicações também podem estar 
disponíveis em sites acadêmicos como o Scielo, repositórios de 
instituições públicas, órgãos públicos, anais de eventos 
científicos ou periódicos científicos, acessíveis pela internet.
Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de 
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que 
você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, 
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na 
construção da sua carreira profissional. 
Por isso, te convidamos a explorar todas as possibilidades da 
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!
Leitura Fundamental
Indicação de leitura 1
O PRORET reúne os Procedimentos de Regulação Tarifária 
para os consumidores de energia elétrica, elaborado pela 
Agencia Nacional de Energia Elétrica. Em seu submódulo 9.3 
trata exclusivamente da tarifa destinada aos consumidores 
conectados em linhas de transmissão de propriedade das 
transmissoras de energia elétrica. 
Referência:
ANEEL. Procedimentos de Regulação Tarifária – PRORET. Submódulo 9.3 –
Reajuste Anual das Receitas das Concessionárias de Transmissão. ANEEL, 2017.
Indicação de leitura 2
No capítulo 6, deste livro, é possível verificar como funciona o 
sistema interligado de vários países europeus e dos Estados 
Unidos. É interessante, durante a leitura, fazer uma 
comparaçãomental com o Sistema Interligado Nacional (SIN).
Referência:
PINTO, O. M. Energia elétrica - geração, transmissão e sistemas interligados. 1. 
ed., reimpr., p. 113-117. Rio de Janeiro: LTC, 2018.
Dica do(a) Professor(a)
No site do Operador Nacional 
do Sistema existe um 
aplicativo chamado Mapa 
Dinâmico do SIN. Nele, é 
possível localizar todas as 
linhas de transmissão e as 
subestações, além das usinas 
que compõem o SIN e o 
sistemas isolados. Vale a pena 
dar uma olhada e desbravar o 
mapa elétrico do país.
Fonte: http://www.ons.org.br/paginas/sobre-
o-sin/mapas. Acesso em: 17 mar. 2022.
http://www.ons.org.br/paginas/sobre-o-sin/mapas
Referências
EPE. Plano Nacional de Energia – 2050. Rio de Janeiro: EPE, 2021b.
EPE. Programa de Expansão da Transmissão/Plano de Expansão de Longo Prazo 
Ciclo 2021: 2º semestre, Rio de Janeiro: EPE, 2021a.
ONS. Mapa do sistema de transmissão – Horizonte 2024. Disponível em: 
www.ons.org.br. Acesso em: 17 mar. 2022.
ONS. O sistema em números. Disponível em: www.ons.org.br. Acesso em: 17 mar. 
2022.
PINTO, O. M. Energia elétrica - geração, transmissão e sistemas interligados. 1. 
ed., reimpr. Rio de Janeiro: LTC, 2018.
Bons estudos!

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