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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - CAMPUS SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE- BACHARELADO EM ENFERMAGEM DISCIPLINA:ANTROPOLOGIA DA SAÚDE ACADÊMICA: JAINE MEURER DOCENTE: TIAGO DOS SANTOS BRANCO RESENHA SAPIENS : Uma Breve História da Humanidade No decorrer do livro o autor traça um paralelo íntegro da evolução, desde os primeiros hominídeos conhecidos que habitaram a terra, traçando paralelos sobre a nossa evolução, revoluções e como ocorreram, trazendo inclusive elementos históricos pouco conhecidos e como eles tiveram relevância na construção da sociedade atual e como eles repercutem na política e na religião que conhecemos hoje. Harari apresenta o progresso da humanidade em uma linha do tempo com divisão baseada em quatro partes, sendo elas a revolução cognitiva, a revolução agrícola, a unificação da humanidade e, por fim, a revolução científica. A primeira Revolução é descrita como capacidade de sintetização de fatos e memória que somente o nosso cérebro possui, permitindo que pudéssemos dar origem ao que chamamos hoje de sociedade, formadas por pequenas comunidades por conta de alimentos insuficientes para grupos maiores. Neste momento surge a revolução agrícola, possibilitando que uma maior quantidade de alimentos fosse produzida e, como consequência, grupos maiores formados, construindo uma civilização, que é representada muito bem na formação religiosa e das grandes comunidades, essa é considerada a unificação da humanidade. A revolução científica é trazida como a que estamos vivendo hoje, executada graças ao excedente produzido, permitindo que, enquanto alguns produzem o alimento, outros poucos possam focar em outras coisas, que fez com que fosse possível as tecnologias atuais. A Revolução Cognitiva Na revolução cognitiva é dada uma uma breve introdução de como chegamos até aqui, como porque a física ou a química estuda o que estuda, assim como o estudo da história e determinados períodos específicos e qual a importância deles no desenvolvimento do ser humano. Revolução Cognitiva, marcou o início da história, por volta de 70 mil anos atrás. É apresentada uma linha do tempo que traça a trajetória dos Homo Sapiens começando pela África Oriental há 2,5 milhões de anos. Na obra são citadas espécies como os Homo neanderthelis, Homo erectus, Homo denisova, entre outros e fala sobre as habilidades que cada um desenvolveu para sobrevivência no local em que viveram e Yuval Harari defende uma hipótese ampla em seu livro sobre como a nossa espécie — Homo Sapiens — se sobressaiu das demais e se tornou espécie dominante no nosso planeta. A evolução do cérebro e das habilidades sociais, a dominação do fogo são mencionadas como vantagens que fizeram o Homo Sapiens se sobressair e ter vantagens, Duas teorias apresentadas que explicam o que pode ter ocorrido: “teoria da miscigenação” que fala que os povos se fundiram e a “teoria da substituição” onde os Homo sapiens teriam substituído todas as outras espécies humanas. Até hoje não se sabe qual é a mais correta, “Revolução Cognitiva”, segundo Harari, todas as maneiras de pensar e de se comunicar geraram essa revolução, além disso, os sapiens desenvolveram um sistema de linguagem e códigos que facilitaram a sobrevivência em grupo. Ele chama isso de “teoria da fofoca”. A Revolução Agrícola Os Homo sapiens baseavam a sua alimentação em plantas coletadas e animais que caçavam. Datando de 9500–8500 a.C. houve uma grande transição para agricultura, onde foi iniciada a prática do cultivo de alimentos e a domesticação dos animais, essa iniciativa permitiu que os Homo Sapiens permanecessem em um mesmo local por muito mais tempo, fazendo com que eles não precisassem mais ser nômades para sobrevivência, e assim terem locais fixos para viver. Ao invés de colher frutas e caçar animais (época dos caçadores-coletores), a revolução agrícola permitiu que os Sapiens parassem de se mover tanto e se fixassem em um único lugar, logo, a espécie Sapiens não precisava ficar em um único local lutando para sobreviver, mas sim procurar melhores locações para a sua vida. Uma das consequências disso foi a explosão populacional, já que agora existia mais fartura de alimentos. Harari sustenta a ideia de que a revolução agrícola foi uma grande fraude, pois, apesar da reserva de alimentos ser maior, não era uma alimentação melhor, além do mais, com uma população maior ocorria de os alimentos não serem distribuídos de melhor forma. Uma das coisas que o autor menciona é que, talvez, por conta das condições climáticas favorecerem a produção de alimentos, a prática de coleta foi deixada de lado. Contudo, o preparo físico não era adequado para essas mudanças. Este processo fez com que os Homo Sapiens procurassem espaços que chamavam de casas, e que Harari chama de ilhas humanas artificiais. Nesses locais foram derrubadas árvores, criaram canais e também foram domesticados animais para consumo, tornando os locais cada vez mais difíceis de serem abandonados para iniciar tudo novamente do zero. De alguma forma, isso fez com que os sapiens começassem a pensar no futuro, passando a planejar quando e quanto plantar, fato que deve se dar importância pois, mesmo parecendo coisa pouca, para a época, foi uma grande mudança. Também nessa época, criaram uma forma de anotação para registros, a escrita, e tiveram a problemática de criar símbolos que representassem determinada coisa, como o nosso alfabeto atual. Posteriormente foram criados os números, pelos Hindus, vindo a se tornar uma linguagem universal.
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