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AULA 4 DIREITOS SOCIAIS E POLÍTICAS PÚBLICAS Prof.ª Juliana Bertholdi 2 INTRODUÇÃO Anteriormente, estudamos os direitos sociais relacionados à educação, saúde, ao trabalho e à previdência social, entendendo como se estruturam na Constituição Federal da República de 1988 e na legislação infraconstitucional. Nesta aula, iremos esmiuçar os direitos à moradia e lazer, direitos da criança e do adolescente, proteção à maternidade e à infância e ao direito à assistência e seguridade social. Com tais conhecimentos consolidados, poderemos então passar a relacioná-los com as noções e construções das políticas públicas nacionais. TEMA 1 – DIREITOS SOCIAIS: DIREITO À MORADIA O direito à moradia traduz uma necessidade básica do homem, sendo inafastável para uma vida plena. Como bem ensina Nolasco (2008, p. 87) “a casa é o asilo inviolável do cidadão, a base de sua indivisibilidade, é, acima de tudo, como apregoou Edwark Coke, no século XVI: ‘a casa de um homem é o seu castelo’”. Relembrando o que discutimos quando tratamos da interdependência dos direitos sociais, o direito à moradia está intimamente ligado aos demais direitos sociais: inegável que um lugar para permanecer e desenvolver-se está ligado aos anseios do indivíduo, pois para alcançar as necessidades básicas da vida, como trabalhar, educar-se, descansar, ter lazer, faz-se necessário um lugar fixo e amplamente reconhecido por todos (Souza, 2004). Nesse sentido, esclarece Gilson Luiz Inácio (2002, p.41): Quando se escreve no artigo 6º da Constituição, que trata dos direitos sociais, que todos os brasileiros têm direito à moradia, isso significa que a partir da entrada em vigor desta emenda o Estado brasileiro está obrigado a traçar, conceber, implementar e executar políticas públicas que tornem a moradia um direito mínimo de cada brasileiro. Anota-se ainda os ensinamentos de Flavio Pansieri (2008, p.112): O direito a uma moradia adequada significa dispor de um lugar onde se possa asilar, caso o deseje, com espaço adequado, segurança, iluminação, ventilação, infraestrutura básica, uma situação adequada em relação ao trabalho e o acesso aos serviços básicos, todos a um custo razoável. 3 A inseparável relação da dignidade humana e do direito à moradia origina- se do direito a condições materiais mínimas para uma vivência ampla: Com efeito, sem um lugar adequado para proteger a si próprio e a sua família contra intempéries, sem um lugar para gozar de sua intimidade e privacidade, enfim, de um espaço essencial para viver com um mínimo de saúde e bem-estar, certamente a pessoa não terá assegurada a sua dignidade, aliás, a depender das circunstancias, por vezes não terá sequer assegurado o direito a própria existência física, e, portanto, o seu direito a vida. Não é por outra razão que o direito à moradia, também entre nós- e de modo incensurável- tem sido incluído até mesmo no elenco dos assim designados direitos de subsistência, como expressão mínima do próprio direito à vida (Sarlet, 2008, p. 45). Vale anotar que o direito à moradia também encontra amparo na legislação internacional, especialmente no Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais de 1966, ratificado pelo Brasil em 1992, cujo art. 11 determina que os “Estados signatários do presente pacto reconhecem o direito de toda pessoa a um nível de vida adequado para si e para sua família, inclusive alimentação, vestimenta e moradia adequadas, assim como uma melhoria contínua de suas condições de vida” (Inácio, 2002, p. 45). Não obstante, com a crescente globalização e o exponencial aumento populacional, foram reduzidos os espaços que comportam o pleno exercício desse direito, acarretando segregação social em relação aos menos favorecidos: Se em seu estado natural o homem, na imensidão do orbe, encontrava um ponto para estabelecer-se e a abundância de material para a sua edificação, o incremento da população e a carência de espaços livres foram comprimindo a potencialidade de exercício de moradia, até a sua gradual e drástica redução, senão extinção para os mais desfavorecidos (os moradores debaixo das pontes, das ruas, das praças e das calçadas), como ocorre diariamente nos grandes aglomerados humanos (Nolasco, 2008, p. 88). Desse modo, o direito à moradia passou de direito de todos para apenas direito dos mais favorecidos, exigindo que o Estado agisse através de políticas públicas que visam o desenvolvimento da dignidade da pessoa humana. Assim, pode-se afirmar que a concretização do direito à moradia requer uma intervenção na ordem econômica e social pelo Estado, devendo ser criadas políticas públicas de organização do uso e do desenvolvimento da área urbana. TEMA 2 – DIREITOS SOCIAIS: DIREITO AO LAZER O lazer é fundamental à dignidade do homem. Lafargue (2000, p. 112) apresenta o Lazer como um momento para exercer a sua consciência, momento 4 em que a classe operária possui liberdade de pensamento e consciência de sua condição como ser explorado: Se, extirpando do peito o vício que a domina e que avilta sua natureza, a classe operária se levantasse em sua força terrível, não para exigir os Direitos do Homem, que não passam dos direitos da exploração capitalista; não para reivindicar o Direito ao Trabalho, que não passa do direito à miséria, mas para forjar uma lei de bronze que proíba o trabalho além de três horas diárias, a terra, a velha Terra, tremendo de alegria, sentiria brotar dentro de si um novo universo... Mas como exigir de um proletário corrompido pela moral capitalista uma decisão tão viril? Como Cristo, dolente personificação da escravidão antiga, os homens, mulheres e crianças do proletariado sobem penosamente, há um século, o duro calvário da dor; há um século, o trabalho forçado quebra seus ossos, mata suas carnes, esmaga seus nervos; há um século, a fome retorce suas entranhas e alucina suas mentes!... Preguiça, tenha piedade de nossa longa miséria! Preguiça, mãe das artes e das virtudes nobres, seja o bálsamo das angústias humanas! Nelson Carvalho Marcellino (2007, p. 31) entende o lazer como a cultura – compreendida no seu sentido mais amplo – vivenciada (praticada ou fruída) no “tempo disponível”. O importante, como traço definidor, é o caráter “desinteressado” dessa vivência. Não se busca, pelo menos fundamentalmente, outra recompensa além da satisfação provocada pela situação. A “disponibilidade de tempo” significa possibilidade de opção pela atividade prática ou contemplativa. Finalmente, há de se destacar, sobre a organização jurídica do direito ao lazer que juridicamente, o lazer é uma faculdade natural do ser humano que deve ser amplamente reconhecida pelo direito positivo” (Pereira Pinto, 2006). Assim, muito embora não tenha sido propriamente sistematizado, é possível encontrar manifestações formais como forma de garantia e legitimidade do lazer na Magna Carta e na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), o que revela íntima ligação com os direitos sociais ao trabalho. 2.1 Direito à felicidade No direito comparado, já se encontra positivado em muitos textos legais o direito à busca da felicidade, sendo apresentado no ano de 2010, pelo então Senador da República Cristovam Buarque, um Projeto de Emenda à Constituição que altera o art. 6 da Constituição da República Federativa do Brasil para constar que os Direitos Sociais são essências à busca da felicidade. Trata-se do Projeto de Emenda à Constituição n. 19/2010, a partir do qual a redação do art. 6º passaria a ser a seguinte: “Art. 6º São direitos sociais, essenciais à busca da felicidade, a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e 5 à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição” (Buarque, 2010). Destaca-se que tal proposta não encontra qualquer impedimentono art. 60, parágrafo 4º de nossa Carta Magna, pois como vimos nas primeiras aulas, as mudanças são possíveis desde que não haja supressão de qualquer direito gravado em cláusula pétrea, em virtude do Princípio da Vedação do retrocesso. Nesse sentido, bem ensina Pinheiro (2012): Segundo o projeto de emenda, a busca individual pela felicidade pressupõe a observância da felicidade coletiva, evidenciado na observância dos itens que tornam mais feliz a sociedade, ou seja, a garantia e efetivação dos direitos sociais. Desta forma, uma sociedade mais feliz é uma sociedade desenvolvida, onde todos tenham acesso aos serviços públicos básicos de saúde, educação, previdência social, cultura, lazer, entre outros. Não se trata de ensejar direito do particular em buscar sua felicidade de forma egoística, mas sim de afirmar que os direitos sociais previstos no art. 6º da CRFB - educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados – são essenciais para que se alcance uma felicidade em sentindo coletivo, com reflexos na vida do particular. É possível depreender da construção principiológica da Constituição Federal que os direitos ali assegurados, em especial os direitos sociais, convergem para a felicidade. Vejamos: Nesse norte, quando assegura nossa Lei Maior o direito do indivíduo a uma vida digna, também é esta requisito essencial para que a pessoa atinja a sua felicidade. Da mesma forma ocorre com a vida com saúde, uma vez que resulta na felicidade do indivíduo e da sociedade, e no direito a uma adequada segurança pública, e como uma série de direitos presentes na Constituição. Cabe ressaltar que, no contexto constitucional, pode-se visualizar nos critérios objetivos da felicidade um caráter inviolável, o mesmo presente nos direitos de liberdade negativa previstos no art. 5º da CRFB – variantes da vida, ao Estado prestacional; os Direitos Sociais, como os preconizados liberdade, igualdade, propriedade e segurança – além dos relacionados no art. 6º da Constituição (Pinheiro, 2012). TEMA 3 – DIREITOS SOCIAIS: DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE A Declaração dos Direitos da Criança foi adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas de 1959 e aprovada pelo Brasil. Tem como base e fundamento os direitos à liberdade, aos estudos, a brincar e ao convívio social das crianças. Na declaração, foram recomendados dez princípios: Princípio I - À igualdade, sem distinção de raça, religião ou nacionalidade. 6 Princípio II - Direito a especial proteção para o seu desenvolvimento físico, mental e social. Princípio III - Direito a um nome e a uma nacionalidade. Princípio IV - Direito à alimentação, moradia e assistência médica adequadas para a criança e a mãe. Princípio V - Direito à educação e a cuidados especiais para a criança física ou mentalmente deficiente. Princípio VI - Direito ao amor e à compreensão por parte dos pais e da sociedade. Princípio VII - Direito à educação gratuita e ao lazer infantil. Princípio VIII - Direito a ser socorrido em primeiro lugar, em caso de catástrofes. Princípio IX - Direito a ser protegido contra o abandono e a exploração no trabalho. Princípio X - Direito a crescer dentro de um espírito de solidariedade, compreensão, amizade e justiça entre os povos. No Brasil, tais direitos foram perfectibilizados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Cunhado em 1990, o ECA prevê regras, direitos e deveres, dispondo a respeito de princípios básicos às crianças e adolescentes brasileiros. O ECA afirma, em seu art. 3º (Brasil, 1990): A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-lhes, por lei ou por outros, meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. O ECA significou importante marco na garantia dos direitos infanto-juvenis no Brasil, buscando a garantia pelos demais direitos sociais adaptados à realidade da faixa-etária. Assim, o universo jurídico brasileiro, aqui representado mormente pela CF/88 e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, “sem prejuízo das normas internacionais especiais e das normas infraconstitucionais de cunho social”, conta com um verdadeiro sistema de garantias de direitos sociais das crianças e do adolescente. 7 Ressalva-se, no entanto, o fato de que “o referido sistema não é hermético, tampouco autossuficiente” (Santos, 2013, p.145), mas um conjunto de conexões e obrigações que converge para a consolidação dos direitos sociais. Um interessante exemplo de política pública construída em um plano macro é o Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA), criado em 2006 para assegurar e fortalecer a implementação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Conforme as próprias disposições de sua constituição, com vistas a sanar as dificuldades ainda existentes para certificar a proteção integral e criar novos órgãos de defesa, o SGDCA se consolidou, por meio da Resolução n. 113 do Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente). O sistema é formado pela integração e a articulação entre o Estado, as famílias e a sociedade civil, para garantir e operacionalizar os direitos das crianças e adolescentes no Brasil. Os atores são muitos: conselheiros tutelares; promotores e juízes das Varas da Infância e Juventude; defensores públicos; conselheiros de direitos da criança e adolescente; educadores sociais; profissionais que trabalham em entidades sociais e nos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS); policiais das delegacias especializadas; integrantes de entidades de defesa dos direitos humanos da criança e adolescente, entre outros. O sistema é composto de três eixos essenciais: o eixo da defesa, consistente no acesso à Justiça, o eixo da promoção, consistente em uma composição transversal e intersetorial dos agentes que realizam o direito a educação, saúde, saneamento básico, e todos os outros que ocupam o leque das necessidades básicas das crianças e adolescentes. Finalmente, temos o eixo de controle e efetivação de direitos, composto pelos vários conselhos que contribuem na formação de políticas públicas, deliberando e veiculando normas técnicas, resoluções, orientações, planos e projetos. 8 TEMA 4 – DIREITOS SOCIAIS: DIREITO À PROTEÇÃO À MATERNIDADE E À INFÂNCIA Igualmente relacionada no art. 6º, a proteção à maternidade também encontra guarida constitucional exclusiva, mais especificamente no art. 203, I, da Constituição, como um dos objetivos da assistência social, relacionando-se, assim, aos direitos assistenciais, previdenciários e trabalhistas. Está assegurada também pelo art. 201, II, da Constituição, segundo o qual a previdência social atenderá, nos termos da lei, a proteção à maternidade, especialmente à gestante. A Lei n. 6.136/1974 já estabelecera a natureza previdenciária da proteção à maternidade, ao desonerar o empregador e assim buscar a não discriminação entre sexos na contratação. Por sua vez, o art. 7º da CF/88, já debatido alhures como constituinte dos direitos dos trabalhadores, assegura em seu inciso XVIII, às trabalhadoras gestantes, licença sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 120 (cento e vinte) dias. Ainda, o inciso XIX estabelece a licença-paternidade ao trabalhador. Acerca da licença maternidade e paternidade, tais diretos foram também garantidos pelo art. 39, parágrafo 3º, da Constituição, aos servidores ocupantes de cargo público, nos mesmos prazos, direito este replicado pela Lei n. 8.112/1990, em seus art. 207 e 208. Ainda, há de se destacar oPrograma Empresa Cidadã, instituído pela Lei n. 11.770/2008, por meio do qual a licença-maternidade pode ser prorrogada por mais 60 (sessenta) dias pela empresa que aderir ao programa, em troca de incentivos fiscais, totalizando assim 180 (cento e oitenta) dias. O programa não contempla empresas optantes do Simples. A Lei n. 13.257/2016 (Estatuto da Primeira Infância), posteriormente, ampliou o Programa Empresa Cidadã para prorrogar também a licença- paternidade por 15 (quinze) dias além dos 5 estabelecidos pelo ADCT, totalizando assim 20 (dias). No entanto, a dilatação da licença-paternidade não é espontânea, dependendo de adesão formal da pessoa jurídica ao programa e de requerimento do beneficiário. 9 Fizeram-se constar ainda que tais licenças se estendem também, na mesma proporção, ao empregado ou empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de crianças. A proteção à infância, assim como à maternidade, além de direito social, tem natureza assistencial. Conforme art. 203, I e II, da Constituição, a assistência social também tem como objetivos a proteção à infância e à adolescência, e o amparo às crianças e adolescentes carentes. Lembrando que a Lei n. 12.852/2010 instituiu o Estatuto da Juventude, dispondo sobre os direitos dos jovens, os princípios e diretrizes das políticas públicas de juventude, e o Sistema Nacional de Juventude – Sinajuve. TEMA 5 – DIREITOS SOCIAIS – DIREITO À SEGURIDADE E ASSISTÊNCIA SOCIAL A seguridade social é definida na Constituição Federal, no art. 194, caput, como um “conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social” (Brasil, 1988). É, portanto, um sistema de proteção social que abrange os três programas sociais de maior relevância: a previdência social, a assistência social e a saúde. A assistência aos desamparados é direito social consolidado pelos art. 203 e 204 da Constituição, dos quais se extrai que a assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social. Além disso, as ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do orçamento da seguridade social, além de outras fontes. A Assistência Social é disciplinada pela Lei n. 8.742/93, e conceituada da seguinte forma: direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas (Brasil, 1993). Vale anotar que o campo de abrangência da assistência é diverso do da previdência, pois, como vimos, segundo o art. 203 da Constituição Federal, aquela será prestada a quem dela necessitar, sendo desnecessária a sua vinculação a contribuição obrigatória, como ocorre com a previdência social. Assim, o que 10 efetiva o auxílio assistencial é a necessidade humana, e não a sua capacidade contributiva. São exemplos de benefícios da assistência social: auxílio-natalidade; auxílio-funeral; aluguel social (que o Governo está pagando às famílias vitimadas pelas chuvas na Região Serrana do Rio de Janeiro); bolsa família; benefício de prestação continuada (art. 203, V); abrigos etc. O Ministério responsável pelas ações da Assistência Social é o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Dessa forma, conclui-se que aqueles que possuem recursos financeiros à sua manutenção e subsistência não possuem o direito de perceber qualquer benefício consistente em pecúnia com os presentes fundamentos. Apresentados os principais Direitos Sociais, resta entendermos, nas próximas aulas, como tais conceitos pautam e estruturam a construção das Políticas Públicas. LEITURA OBRIGATÓRIA PINHEIRO, R. F. A positivação da felicidade como direito fundamental: o Projeto de Emenda Constitucional n. 19/10. Âmbito Jurídico, Rio Grande, v. XV, n. 100, maio 2012. Disponível em: <http://www.ambito- juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11701&re vista_caderno=9>. Acesso em: 29 jan. 2019. 11 REFERÊNCIAS BASTOS, M. de J. Políticas Públicas na Educação Brasileira. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, ed. 5, ano 2, v. 01, p 253-263, jul. 2017. BLOOD, R. L. P. Y. Direito social à saúde: opção cidadã. Âmbito Jurídico, Rio Grande, V. 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