Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Gestão da Construção Civil Aula 10: Mão de Obra na Construção Civil Apresentação Nesta aula, trataremos de uma importante questão no segmento da construção civil: a mão de obra. Este, na verdade, é um grande desa�o para as construtoras e para todos que atuam nos canteiros de obra, inclusive (e principalmente para os trabalhadores). Trabalhadores quali�cados, treinados e motivados, além de bem remunerados, obviamente poderão render mais e gerar bons resultados em todos os níveis. Objetivo Reconhecer a importância de uma boa estrutura em recursos humanos na construção civil para bons resultados numa obra; Apontar as principais de�nições de mão de obra direta e indireta; Desenvolver os cálculos do custo de mão de obra na indústria da construção civil. Gestão de Recursos Humanos da Construção Civil Inegavelmente, veri�camos no dia a dia que a qualidade da mão de obra na construção civil está diretamente relacionada a uma boa gestão de recursos humanos neste segmento. Na verdade, entendemos que este é um dos principais requisitos para bons resultados numa obra. Assim, investir em quali�cação, treinamentos, cursos de formação especí�ca e bons salários (ou ainda, justos salários) são fundamentais para reter um bom trabalhador na empresa. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Atenção Porém, neste mesmo alinhamento, deveremos entender que, apesar de representar uma economia em curto prazo, na Construção Civil, a mão de obra barata simplesmente não compensa, pois, sem dúvida alguma, em médio e curto prazo os problemas aparecerão: reclamações, acidentes com os trabalhadores e perdas em geral. O cronograma de obras será sempre comprometido. Infelizmente, muitos gestores consideram que a capacitação e uma boa remuneração de seus funcionários num canteiro de obras é custo, não tendo a capacidade de entenderem que na verdade trata-se de investimentos com excelentes resultados. O funcionário quando se sente valorizado pela empresa se compromete mais e, além disso, os resultados que ele garantirá numa obra compensará esses investimentos. Se uma construtora deixar de investir no seu pessoal, ela certamente �cará estagnada frente aos diversos desa�os dos canteiros de obra. Grande parte dos problemas da indústria da Construção Civil ocorre na fase pós-obra. Podemos exempli�car vários problemas no chamado pós-obra decorrentes da baixa qualidade da mão de obra de uma construtora. As in�ltrações são casos clássicos que ilustram bem o exposto e ocorrem em função de um processo de vedação inadequada de ambientes como banheiro, cozinha e área de serviço. Para evitar problemas como esses, é necessário investir em mão de obra quali�cada, que tenha conhecimento su�ciente dos procedimentos na área da construção civil. Assim, será possível garantir a qualidade do serviço. (Fonte: Freepik) Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Fica-nos claro que, de acordo com o que apresentamos acima, ao contrário de uma mão de obra viciada, sem comprometimento por falta de valorização, toda uma obra poderá �car extremamente empenhada, tanto no cumprimento de seu cronograma quanto no pós-entrega. Logo, por essas razões, é fundamental investir em mão de obra quali�cada. Esse será um dos investimentos com maior taxa de retorno para a empresa. A�nal, a Construção Civil é muito dependente do desempenho dos seus operários para produzir um produto de qualidade elevada. Mão de Obra Direta – MOD A mão de obra direta na construção civil pode ser plenamente de�nida como aquela em que esteja claramente relacionada de forma direta à determinada produção ou mesmo a algum tipo de serviço. Por exemplo, numa determinada obra, o melhor exemplo que podemos apresentar é o caso de trabalhadores que atuam na fase de revestimento predial, como na colocação de pastilhas cerâmicas numa edi�cação residencial. Este procedimento permitirá, inclusive, quanti�car o número de trabalhadores para concluir o trabalho, num prazo de�nido e o valor de sua mão de obra por metro quadrado. Mão de Obra Indireta – MOI Mão de obra indireta não signi�ca a contratação de mão de obra terceirizada. São modelos bem parecidos, mas completamente distintos. Podemos a�rmar que a mão de obra indireta é aquela relacionada a atividades, não consideradas como atividades �ns em uma empresa, e, em especial numa obra de construção civil, por exemplo. Importante considerar que, neste caso, bem diferentemente da mão de obra direta, este modelo não pode ser mensurado, logo, os valores devem ser tratados por meio de contratos entre as partes. Cálculo do custo da mão de obra direta Agora vamos abordar de forma mais objetiva como calcular o custo de uma mão de obra direta na construção civil. As nossas abordagens e orientações, referem-se a qualquer tipo de empreendimento, visto que a nossa legislação trabalhista não faz distinção quanto à tipologia das construções e sim à forma e modelo de contratação dos trabalhadores. Logo, para se calcular o valor da mão de obra direta, consideraremos sempre um mínimo de 220h (duzentas e vinte horas) trabalhadas por mês. Este total não inclui as horas extras que, por lei, não podem ultrapassar as 2 (duas) horas diárias. Outro fator que deverá ser desconsiderado para este tipo de contratação direta refere-se ao fato de que, produzindo ou não, o trabalhador contratado receberá sua remuneração normalmente. Por exemplo, em situações de greve ou chuvas torrenciais, ou outro fator que leve à paralização ou interrupção da construção, o trabalhador continuará com o recebimento de seu salário mensalmente. Assim, sua remuneração independerá de sua produção. Algumas orientações importantes: Identi�que as atividades que efetivamente necessitarão de trabalhadores com mão de obra direta e a referida quantidade para o empreendimento; Mensure o custo de cada um dos trabalhadores, levando-se em consideração tanto o salário efetivamente pactuado com eles, como os encargos trabalhistas e tributários, alimentação, planos de saúde etc., decorrentes desta demanda; Divida o valor total dos custos pelo número total de horas trabalhadas (não considere os �nais de semana e horas extras). Exemplo Vamos aqui exempli�car: Imagine que numa determinada construção, o valor total da mão de obra direta seja de R$200.000,00 (duzentos mil reais) e o número total de horas trabalhadas no mês, foi de 16.000 (dezesseis mil) horas. Fazendo a divisão simples, chegamos a um custo de mão de obra direta de R$12,50 (doze reais e cinquenta centavos) por hora trabalhada. Atividade 1. Na indústria da construção civil, vários são os fatores que contribuem para que uma obra alcance seus reais objetivos. Marque a única opção que não representa esta a�rmativa. a) Correta e criteriosa contratação de mão de obra.Andaimes simples. b) Punição para trabalhadores que não atingem suas metas. c) Treinamento e capacitação dos trabalhadores. d) Boa remuneração e reconhecimento dos trabalhadores. e) Atividades desempenhadas com segurança. 2. Na construção civil, os itens de treinamento, capacitação e quali�cação dos trabalhadores, podem ser classi�cados como: a) Custo da construção civil. b) Perda de tempo. c) Cumprimento da legislação. d) Investimento com a certeza de retorno em qualidade. e) N.R.A. 3. Como podemos de�nir “mão de obra direta”? a) Aquela relacionada à supervisão e apoio à produção, mas que não tem relação direta com o produto, mesmo que seja fundamental para a sua fabricação e comercialização. b) É aquela em que o trabalho é realizado especificamente no regime de terceirização. c) É aquela relacionada ao trabalho realizado diretamente na produção de determinado bem ou serviço. d) É aquela realizada em regime de cooperativas na construção civil. e) Nenhuma das respostas acima refletem o conceito de mão de obra direta. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online 4. Como podemos de�nir “mão de obra indireta”? a) Aquela relacionada à supervisão e apoio à produção, mas que não tem relaçãodireta com o produto, mesmo que seja fundamental para a sua fabricação e comercialização. b) É aquela em que o trabalho é realizado especificamente no regime de terceirização. c) É aquela relacionada ao trabalho realizado diretamente na produção de determinado bem ou serviço. d) É aquela realizada em regime de cooperativas na construção civil. e) Nenhuma das respostas acima refletem o conceito de mão de obra indireta. 5. Para mensurar o custo da mão de obra indireta, é correto a�rmar que: a) Neste caso é comum utilizar a metodologia de rateios ou divisões proporcionais. b) Este custo deve ser calculado através do valor por hora de trabalho considerando as 220 horas/mês. c) Este custo é único e deve ser repassado a empresas terceiras nos canteiros de obra. c) Este custo é único e deve ser repassado a empresas terceiras nos canteiros de obra. e) Deve haver dispositivo que impeça a movimentação sob inclinações superiores a 30º. Notas Filtros Ultravioleta 1 Eles são substâncias que, quando adicionadas aos produtos para proteção solar, têm a �nalidade de absorver os raios ultravioleta para proteger a pele de seus efeitos danosos.Referências ABIKO, A. K.; MARQUES, F. S.; CARDOSO, F. F.; TIGRE, P. B. Setor de Construção Civil: segmento de edi�cações. Brasília, SENAI/DN, 2005. 159 p. il. (Série Estudos Setoriais). ALVES, T. C. L. Buffering practices in HVAC Ductwork Supply Chains. Berkeley, CA. 2005. 286 f. Ph.D. Dissertation. Department of Civil and Environmental Engineering, University of California, Berkeley, 2005. ARBULU, R. Improving construction supply chain performance: case study on pipe supports used in power plants. Berkeley, CA. 2002. 108 f. Master of Engineering Thesis, Department of Civil and Environmental Engineering, University of California, Berkeley, 2002. AZAMBUJA, M. M. B. Processo de projeto, aquisição e instalação de elevadores em edifícios: diagnóstico e propostas de melhoria. 2002. 149 f., il. Dissertação (Pós-Graduação em Engenharia Civil) - Escola de Engenharia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, 2002. CARDOSO, F. F. Importância dos estudos de preparação e da logística na organização dos sistemas de produção de edifícios: alguns aprendizados a partir da experiência francesa. Brasil - São Paulo, SP, 1996. Próxima aula Falta de trabalhadores habilitados; Quali�cação de mão de obra; Processos para elevar a produtividade no desenvolvimento dos projetos. Explore mais Pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Em caso de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem.
Compartilhar