Buscar

QUESTÕES DE DIREITO EMPRESARIAL - EMPRESA E FALÊNCIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 
Universidade Federal de Pernambuco 
Centro de Ciências Jurídicas 
Faculdade de Direito do Recife 
DISCIPLINA: Direito Empresarial 4 – Recuperação de Empresas e Falência 
TURMAS: 2022.1 – M7-N7 
AVALIAÇÃO 1º Exercício - DATA: 24/09/2022 
 
INSTRUÇÕES 
 
Responda, com clareza e objetividade, as questões abaixo. Sempre que precisar transcrever o 
enunciado de uma norma, indique a sua fonte ou origem. 
 
Enviar o arquivo de resposta em formato PDF, e postar no espaço de Atividades das turmas M7 e N7 no 
Google Meet - Código da Turma 4fdvyww; acesso em: 
https://classroom.google.com/u/0/c/NTI2MTk5MTYyMTM5 . 
 
Por segurança, enviar o arquivo também para o e-mail do Professor: ivanildo.figueiredo@ufpe.br ou 
ivanildo.figueiredo@gmail.com, até as 23:59 horas do dia 01/10/2022 (sábado). 
 
Cada resposta deverá ter, no mínimo 20 (vinte) e no máximo, 30 (trinta) linhas, fonte Arial, Calibri, 
Tahoma ou Times New Roman, tamanho 12. 
 
Nome dos arquivos: Os arquivos deverão ser nomeados e identificados com o nome abreviado do(a) 
aluno(a), a disciplina, turma e semestre, para facilitar a ordenação segundo a lista da turma. 
 
Exemplo: Bruna.Silva.Empresarial 4.M7.2022.1.1exercicio.pdf. 
 
Atenção: Arquivos enviados em outro formato e sem a identificação contendo o nome do(a) 
aluno(a), conforme critério acima, serão devolvidos para correção e a nota não será lançada no 
Siga, até que sejam reenviados com a identificação correta. 
 
Estudo de Caso 
 
Empresa recuperanda: Máquinas Piratininga Indústria e Comércio S.A. 
Processo nº 0006698-47.2015.8.17.0810 
2ª Vara Cível da Comarca de Jaboatão dos Guararapes 
 
 
Diante do caso apresentado, após análise dos documentos em anexo, responder de modo 
fundamentado com base na Lei 11.101/2005 (avaliação de 2,5 pontos por quesito): 
 
1) Na petição inicial do pedido de Recuperação Judicial da Máquinas Piratininga Indústria e Comércio 
S.A., protocolado em março de 2015, a empresa alegou que a sua crise econômico-financeira foi 
provocada pelo inadimplemento da Petrobras no pagamento de equipamentos industriais e bens de 
capital anteriormente contratados, destinados à construção da Refinaria Abreu e Lima, em Suape. 
Esse inadimplemento, por parte da Petrobras, teria sido causado, de acordo com as justificativas 
apresentadas pela empresa devedora, em razão das investigações da denominada operação Lava 
Jato. Em decorrência dessas investigações, o Tribunal de Contas da União – TCU suspendeu todos 
os pagamentos relativos à construção da refinaria de petróleo. Dentre outras razões ou causas da 
crise, a petição inicial da Recuperação Judicial também relacionou os seguintes motivos: “A 
conjunção de Copa do Mundo, excessos de feriados, eleições, erros sucessivos do governo na 
política econômica do país e os escândalos de corrupção levaram a uma redução brutal no 
ritmo dos investimentos, com repercussões graves na indústria nacional e, em especial, no setor 
metalmecânico. Essa desordem causou uma grande desestruturação em empresas vitais, a 
exemplo da Petrobras e da Eletrobras, fundamentais para o bom andamento dos projetos de 
infraestrutura no Brasil” (Petição Inicial da RJ, p. 9). 
 
https://classroom.google.com/u/0/c/NTI2MTk5MTYyMTM5
mailto:ivanildo.figueiredo@ufpe.br
mailto:ivanildo.figueiredo@gmail.com
2 
 
Perguntas: Cabe ao juiz, ao despachar o pedido de recuperação judicial, investigar as causas e razões 
apontadas pela empresa da sua crise econômico-financeira para, a partir da verificação da procedência 
dos argumentos, deferir o processamento da recuperação judicial? A análise das causas e razões da 
crise econômico-financeira deve se limitar apenas à análise dos fatores internos, decorrentes da 
administração da empresa e das suas políticas de gestão, ou deve também levar em consideração as 
causas externas ou exógenas? No caso de o juiz indeferir o processamento da recuperação judicial, 
considerando não demonstradas as causas da crise, cabe recurso dessa decisão? 
 
Resposta à 1ª Questão 
 
 
Não. O que ocorre é que, no processamento do pedido de recuperação judicial, o juiz deve 
analisar questões específicas a respeito do procedimento, estando elas relacionadas aos 
requisitos da petição inicial para a entrada desse tipo de ação. Sobre o assunto, apresenta o 
art. 51 da Lei 11.101/2005 uma série de elementos que devem estar presentes junto à petição 
inicial, os quais devem ser úteis à análise da situação econômica da empresa, sendo eles fiscais, 
contábeis e/ou econômicos. 
Por isso, nos termos do art. 52, estando em termos a documentação exigida, o juiz deferirá o 
processamento da recuperação judicial. Assim, independentemente dos motivos pelos quais a 
empresa está em situação de inadimplência, deverá a recuperação judicial ser processada. 
A análise das causas e das razões da crise econômico-financeira pela qual passa a empresa 
pode ser analisada para fins de apresentação do plano de recuperação judicial (art. 53, Lei 
11.101/2005). 
Isso porque, nesta fase, será necessária a apresentação de estratégias que tenham como fim 
precípuo justamente o contorno da inadimplência. Por isso, não se deve descartar a análise 
das condições internas e externas à empres que possam ter contribuído para a situação de 
inadimplência. 
Entretanto, é cediço que a apresentação de causas para o pedido de recuperação judicial não 
é necessário, bastando tão somente a demonstração da situação de inadimplência empresarial. 
Contra a decisão que indefere o processamento da recuperação judicial, cabe agravo de 
instrumento, conforme preleciona o art. 1.015, parágrao único, do CPC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
2) O quadro geral de credores da Máquinas Piratininga Indústria e Comércio S.A. apresentou os 
seguintes dados quanto ao número de credores e ao valor dos créditos habilitados na Recuperação 
Judicial (Plano de Recuperação Judicial, p. 26): 
 
Classe Credores Valor % Credores % Valor 
I - Trabalhistas 312 R$ 4.737.819,00 61,35 17,89 
II - Garantia Real 4 R$ 9.167.888,00 0,60 34,62 
III - Quirografários 100 R$ 11.615.477,00 19,92 43,86 
IV - Micro e pequena empresa 91 R$ 959.701,00 18,13 3,62 
Total 507 R$ 26.480.885,00 100 100 
 
Segundo a Ata da Assembleia de Credores que apreciou e votou o plano de recuperação judicial, 
estavam presentes os seguintes credores, conforme a respectiva classe (fls. 03): 
 
Classe Credores Valor 
I - Trabalhistas 311 R$ 4.690.441,00 
II - Garantia Real 3 R$ 8.566.474,55 
III - Quirografários 38 R$ 9.686.146,27 
IV - Micro e pequena empresa 36 R$ 359.312,05 
Total 388 R$ 23.302.373,87 
 
Perguntas: De acordo com os critérios para a aprovação do plano de recuperação judicial definidos 
pela lei, calcular o quorum mínimo em cada classe, para que todas as classes de credores, em 
conjunto, por unanimidade, aprovem o plano. Responder se, de acordo com o resultado constante da 
Ata da Assembleia Geral de Credores, esse quorum foi efetivamente atingido, apesentando, em 
números, planilha ou quadro com resumo da apuração dos votos. Na hipótese da Classe I – Trabalhista, 
ter votado pela rejeição do plano, aprovado por 102 dos credores presentes, não sendo alcançada a 
unanimidade de todas as classes, mesmo assim pode o juiz conceder a Recuperação Judicial da 
empresa Máquinas Piratininga Indústria e Comércio S.A.? Sob qual procedimento e fundamento? 
 
Resposta à 2ª Questão 
 
 
Para a aprovação unânime do Plano de Recuperação Judicial apresentado, é necessário, por óbvio, 
que todas as classes o aprovem, isoladamente. De acordo com os termos estabelecidos pela Lei 
11.101/2005, para que haja a aproovação, é preciso que a votação tenha como resultado a maioria 
simples de presentes nas classes trabalhista e micro e pequena empresa e maioria simples de crédtos 
e presentes nas classes de garantia real e de quirografários (sem qualquer garantia).Nesse sentido, o 
quorum para aprovação unânime seria do mínimo de, respectivamente, 117, 2, 19 e 19 votos favoráveis 
à aprovação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
3) O Plano de Recuperação Judicial apresentado e aprovado pela Assembleia Geral de Credores, 
realizada em 05/07/2016, assim estipulava quanto ao pagamento dos credores da Classe I – 
Trabalhistas (fls. 33): 
 
 
 
Todavia, em 10/08/2015, a empresa Máquinas Piratininga Indústria e Comércio S.A., já havia 
celebrado com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Materiais 
Elétricos do Estado de Pernambuco (Ata da AGC, fls. 36/47), um Termo de Ajuste e Entendimento 
para Celebração de Acordo Coletivo referente ao pagamento dos créditos trabalhistas dos 
funcionários da Piratininga. Nesse Termo de Ajuste, constavam as seguintes condições para o 
pagamento dos credores trabalhistas: 
 
 
 
Perguntas: Nos termos da lei, qual desses dois instrumentos deve prevalecer, para determinar o 
modo de pagamento dos credores trabalhistas: o Acordo Coletivo com o Sindicato, que estabelecia o 
prazo de 2 anos para pagamento dos créditos trabalhistas, com deságio de 35,3%, ou o Plano de 
Recuperação Judicial proposto pela empresa devedora e aprovado pela Assembleia Geral de 
Credores, estipulando o prazo de um ano para pagamento dos credores trabalhistas, sem qualquer 
redução ou deságio? É válido, juridicamente, que o valor de créditos trabalhistas reconhecidos pela 
Justiça do Trabalho e transitados em julgado, possam sofrer redução ou deságio em acordos de dívida 
nos processos de recuperação judicial? Fundamentar e apontar as normas incidentes. 
 
Ainda sobre a questão dos credores trabalhistas. No mês de dezembro de 2021, o Sindicato dos 
Trabalhadores realizou reunião no portão da fábrica da Máquinas Piratininga, denunciando que, desde 
o ano de 2016, a empresa em Recuperação Judicial não vem realizando o pagamento dos créditos 
trabalhistas, nos termos das obrigações assumidas perante os credores laborais. O Sindicato informou 
5 
 
que requereu, assim, da Juíza da 2ª Vara Cível de Jaboatão dos Guararapes, a decretação da falência 
da empresa, devido ao descumprimento do plano quanto ao pagamento dos credores trabalhistas. 
Nesse caso, a Juíza da Recuperação Judicial deve convolar a recuperação judicial em falência, com 
base no pedido de uma única classe de credores, ou cabe a ela convocar a Assembleia de Credores, 
para que todas as classes de credores se pronunciem sobre o pedido de falência por descumprimento 
do plano? Indicar as normas aplicáveis. 
 
No ano de 2013, a empresa Máquinas Piratininga possuía um quadro de 410 empregados diretos. Na 
data do pedido de recuperação judicial, em março de 2015, o número de empregados estava reduzido 
a 80 funcionários. No mês de dezembro de 2021, o quadro de funcionários limitava-se a apenas 39 
empregados, conforme o Relatório Mensal de Atividades – RMA apresentado pelo administrador 
judicial (fls. 24). Esse fato, ao demonstrar que a empresa não está atendendo aos objetivos do art. 47 
da Lei nº 11.101/2005, de manutenção dos empregos dos trabalhadores, por si só, seria evidência 
bastante e suficiente para a convolação da recuperação judicial em falência? Justificar. 
 
 
 
https://wordpress-direta.s3.sa-east-1.amazonaws.com/sites/1511/wp-content/uploads/2021/12/15155633/WhatsApp-Video-2021-12-15-at-
07.47.44.mp4?_=1 
 
Resposta à 3ª Questão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://wordpress-direta.s3.sa-east-1.amazonaws.com/sites/1511/wp-content/uploads/2021/12/15155633/WhatsApp-Video-2021-12-15-at-07.47.44.mp4?_=1
https://wordpress-direta.s3.sa-east-1.amazonaws.com/sites/1511/wp-content/uploads/2021/12/15155633/WhatsApp-Video-2021-12-15-at-07.47.44.mp4?_=1
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
4) A empresa Máquinas Piratininga, em recuperação judicial desde 2015, ou seja, há mais de 7 (sete) 
anos, não vem conseguindo cumprir com a obrigação assumida, básica ou elementar, de pagar seus 
credores, como assim reconhecido pelo Relatório Mensal de Atividades – RMA, elaborado pelo 
administrador judicial em julho de 2022 (fls. 12/25). A empresa devedora encontra-se, de fato, em 
situação indefinida, em autêntico limbo jurídico, porque nem consegue cumprir o plano de recuperação 
judicial, ainda que funcionando, de modo precário, com poucos empregados, nem teve a sua falência 
decretada. Nos termos da lei, o processo de recuperação judicial deveria ter a duração de, no máximo, 
2 (dois) anos, após a aprovação do plano pelos credores e sua homologação pelo juiz. 
 
Perguntas: Considerando que a empresa Máquinas Piratininga não vem conseguindo cumprir o plano 
de recuperação judicial homologado pela juíza, deixando de pagar seus credores, é possível, de acordo 
com a lei aplicável, que a empresa devedora possa reformular e apresentar novo plano de recuperação 
judicial, propondo novas condições para o pagamento da dívida? O novo plano deverá ser submetido à 
aprovação da Assembleia Geral de Credores, ou a própria juíza pode decidir pela validade e viabilidade 
econômica da proposta substitutiva? A lei admite, nesse caso, a formulação de um plano alternativo 
elaborado pelos próprios credores, na hipótese de a empresa não conseguir aprovar o novo plano 
substitutivo? Fundamentar. 
 
 
 
 
Resposta à 4ª Questão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
Aviso: Este trabalho de estudo de caso para avaliação do 1º exercício da disciplina é individual e 
pessoal. Todas as respostas entregues serão submetidas, previamente, antes da correção, a 
programa de varredura antiplágio (CopySpider©), e sendo detectados textos com similitude ou 
coincidência de palavras, igual ou superior a 10%, ambas ou todas as respostas serão anuladas, 
sem prejuízo da responsabilidade pela originalidade dos trabalhos acadêmicos de ensino e 
pesquisa (Resolução UFPE Consad nº 06/2017).

Continue navegando