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Direito Civil III

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MINI PROVA I 
 
1) Quanto à evicção e aos vícios redibitórios, 
A) nos contratos onerosos, o alienante responde ‘pela evicção, salvo se a aquisição 
se houver realizado em hasta pública, quando então não subsiste a garantia. Art. 447, CC 
B) como a responsabilidade pelo vício redibitório é objetiva, o alienante do bem 
restituirá o valor recebido com perdas e danos, conhecendo ou não o defeito da coisa por 
ocasião da alienação. Art. 443, CC 
C) a responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do 
alienatário, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da tradição. Art. 444, CC 
Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça 
em poder do alienatário, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da 
tradição. 
D) as partes podem, por cláusula expressa, reforçar a responsabilidade pela evicção, 
mas não diminuí-la ou excluí-la, dado seu caráter cogente. Art. 448, CC 
E) se a evicção for parcial, caberá somente direito indenizatório ao evicto, seja qual 
for a extensão do desfalque sofrido. Art. 455, CC 
 
2) Anita, dona de casa, comprou de sua vizinha Bernadete, também do lar, um 
conjunto de sala de jantar. Pago o preço e entregue o mobiliário, Anita percebeu 
alguns defeitos aparentes e incontornáveis nos móveis, como, por exemplo, cadeiras 
montadas com peças de cores contrastantes e várias bolhas no tampo de vidro da 
mesa. Negado o desfazimento do negócio, Anita, 40 dias após a entrega dos móveis, 
propôs ação redibitória, a fim de rejeitar a coisa, rescindindo o contrato e pleiteando 
a devolução do preço pago. A sentença será Art. 445, CC 
A) desfavorável a Anita, pois ela não pode rejeitar a coisa e pedir a devolução do 
preço pago, já que já usou os móveis. 
B) favorável a Anita, pois os defeitos nos móveis os tornaram imprestáveis para o 
efeito decorativo a que se destinavam. 
C) favorável a Anita, pois o prazo para ajuizamento de tal demanda é de 1 ano, pois 
se tratam de bens móveis. 
D) parcialmente favorável a Anita, pois, já que o bem contém defeitos ocultos, não 
descobertos em um simples e rápido exame exterior, o adquirente apenas pode requerer 
diminuição do preço pago. 
E) desfavorável a Anita, pois o prazo para ajuizamento de tal demanda é de 30 dias, 
e também porque os defeitos não são de difícil constatação. 
 
3) André devia a quantia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) em dinheiro a 
Mateus. Maria era fiadora de André. Mateus aceitou receber em pagamento pela 
dívida um imóvel urbano de propriedade de André, avaliado em R$ 60.000,00 
(sessenta mil reais) com área de 200 m2 e deu regular quitação. Entretanto, o imóvel 
estava ocupado por Pedro, que o habitava há mais de cinco anos, nele estabelecendo 
sua moradia. Pedro ajuizou ação de usucapião para obter a declaração de 
propriedade do imóvel que foi julgada procedente. Na época em que se evenceu, o 
imóvel foi avaliado em R$ 65.000,00 (sessenta e cinco mil reais). A respeito dos 
efeitos da evicção sobre a obrigação originária, é possível afirmar que a obrigação 
originária Art. 359, CC 
A) foi extinta com a dação em pagamento. André será responsável perante Mateus 
pelo valor correspondente ao bem imóvel perdido, na época em que se evenceu. Maria está 
liberada da fiança anteriormente prestada. 
B) foi extinta com a dação em pagamento. André será responsável perante Mateus 
pelo valor correspondente ao bem imóvel perdido, na época em que houve a dação em 
pagamento. Maria está liberada da fiança anteriormente prestada. 
C) é restabelecida, mas não contará mais com a garantia pessoal prestada por Maria. 
Em razão da evicção, a obrigação repristinada terá por objeto o valor equivalente ao bem 
na época em que se evenceu. 
D) é restabelecida, pelo seu valor original, em razão da evicção da coisa dada em 
pagamento, mas sem a garantia pessoal prestada por Maria, tendo em vista que o credor 
aceitou receber objeto diverso do constante na obrigação originária. 
Art. 359. Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, 
restabelecer-se-á a obrigação primitiva, ficando sem efeito a quitação dada, 
ressalvados os direitos de terceiros. 
E) é restabelecida, em razão da evicção da coisa dada em pagamento, inclusive com 
a garantia pessoal prestada por Maria. Contudo, em razão da evicção, a obrigação 
repristinada terá por objeto o valor equivalente ao bem na época em que se evenceu. 
 
4) Sobre a evicção, assinale a alternativa correta. 
A) Nos contratos bilaterais gratuitos também responde o alienante pela evicção. Art. 
447, CC 
B) Por cláusula expressa, é possível diminuir a responsabilidade pela evicção. Art. 
448, CC 
Art. 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou 
excluir a responsabilidade pela evicção. 
C) As custas judiciais e honorários advocatícios estão excluídos da garantia. Art. 
450, III, CC 
D) Não há essa garantia quando a aquisição se tenha realizado em hasta pública. 
Art. 447, CC 
E) Em regra, não subsiste essa obrigação se a coisa alienada esteja deteriorada. 
Art. 451, CC 
 
5) À luz da disciplina dos vícios redibitórios no Código Civil, é correto afirmar: 
A) Tratando-se de venda de animais, não se caracterizam vícios redibitórios. Art. 
445, § 2º, CC 
B) O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no 
prazo de noventa dias [30 dias] se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel. Art. 445, 
CC 
C) O adquirente da coisa viciada poderá se valer de uma das ações edilícias [edil]. 
Arts. 441 e 442, CC 
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser 
enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é 
destinada, ou lhe diminuam o valor. 
Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas. 
Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o 
adquirente reclamar abatimento no preço. 
D) Se o alienante conhecia o vício da coisa, restituirá ao adquirente o que recebeu 
sem perdas e danos. Art. 443, CC 
E) Não se aplica às doações onerosas, por expressa previsão legal, nenhuma 
disposição relativa aos vícios redibitórios. Art. 441, § único, CC 
 
6) Havendo constatação de vício redibitório, o alienante que conhecia o vício 
da coisa fica obrigado a restituir o que recebeu Art. 443, CC 
A) em dobro. 
B) acrescido da metade. 
C) em dobro, mais perdas e danos. 
D) mais perdas e danos. 
Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que 
recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor 
recebido, mais as despesas do contrato. 
E) acrescido das despesas do contrato. 
 
7) Assinale a alternativa correta sobre o que o código civil brasileiro estabelece 
em relação aos vícios redibitórios e a coisa recebida por contrato. 
A) Em qualquer caso da existência de vícios redibitórios, o alienante deverá restituir 
o que recebeu com perdas e danos. Art. 443, CC 
B) A responsabilidade do alienante não subsiste se a coisa perecer em poder do 
alienatário, ainda que isso ocorra por vício oculto já existente ao tempo da tradição. Art. 
444, CC 
C) De ordinário, o adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no 
preço no prazo de cento e oitenta dias se a coisa for móvel. Art. 445, CC 
D) Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde que o 
ordinário, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo 
de noventa dias [180 dias], em se tratando de bens móveis ou imóveis. Art. 445, § 1º, CC 
E) Na constância de cláusula de garantia o adquirente deve denunciar o defeito ao 
alienante nos trinta dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena de decadência. Art. 
446, CC 
Art. 446. Não correrão os prazos do artigo antecedente na constância de 
cláusula de garantia; mas o adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos 
trinta dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena de decadência. 
 
8) De acordo com as normas do CódigoCivil, analise as afirmativas a seguir e 
assinale a opção CORRETA: 
V I. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço 
no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da 
entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta- se da alienação, reduzido à 
metade. Art. 445, caput, CC 
V II. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se 
der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube 
do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu. Art. 449, CC 
V III. Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a 
rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque 
sofrido. Art. 455, primeira parte, CC 
Se não for considerável, caberá somente direito a indenização. 
A) Apenas uma afirmativa é verdadeira. 
B) Apenas duas afirmativas são verdadeiras. 
C) Nenhuma afirmativa é verdadeira. 
D) Todas as afirmativas são verdadeiras. 
Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento 
no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, 
contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, 
reduzido à metade. 
§ 1 o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o 
prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de 
cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os 
imóveis. 
§ 2 o Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios 
ocultos serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, 
aplicando-se o disposto no parágrafo antecedente se não houver regras 
disciplinando a matéria. 
 
9) O que são “ações edilícias”? Explique, sucintamente, as hipóteses de 
cabimento de cada uma delas. 
Ações edilícias são as ações cabíveis em caso de vício de redibitório. São elas: (i) 
ação redibitória, cujo intento é resolver o contrato e obter a devolução do preço pago; e 
(ii) ação estimatória ou “quanti minoris”, cujo intento é obter um abatimento no preço 
pago, proporcional à desvalorização que o defeito causou na coisa. 
 
10) Diferencie as garantias legais dos defeitos dos negócios jurídicos. 
Os defeitos do negócio jurídico (erro, dolo, coação, lesão, estado de perigo, fraude 
contra credores e simulação) estão no plano da validade, isto é, sua presença torna o 
contrato INVÁLIDO (nulo ou anulável). 
Por outro lado, as garantias legais estão no plano da eficácia, isto é, sua presença 
não anula o contrato; faz apenas com que o contrato não produza os efeitos esperados. 
 
 
 
 
 
 
 
MINI PROVA II 
 
1) Em matéria de extinção dos contratos é CORRETO afirmar: 
A) Considerando os postulados da boa-fé objetiva e da função social do contrato, é 
eventualmente possível, mesmo diante do inadimplemento, recusar-se a resolução do 
contrato pela invocação da teoria do substancial adimplemento. 
B) Na resolução do contrato por onerosidade excessiva, segundo a lei, os efeitos da 
sentença que a decretar retroagirão ao momento da ocorrência dos acontecimentos tidos 
por extraordinários e imprevisíveis. Art. 478, CC: “à citação” 
C) A resilição unilateral é vedada e deve ser juridicamente qualificada como violação 
do contrato a justificar sua resolução por justa causa. Art. 473, CC 
D) Não havendo no contrato expressa cláusula resolutiva, não há como presumir que 
exista disposição tácita de tal natureza. Art. 474, CC 
 
2) Sobre a extinção dos contratos, assinale a alternativa correta. 
A) Para os casos de distrato, não há que se falar em atendimento ao princípio do 
paralelismo entre as formas. Art. 472, CC 
B) No caso de um contrato em que houve investimentos consideráveis por uma das 
partes, a denúncia unilateral só produzirá efeitos após o transcurso de prazo compatível 
com a natureza e valor dos investimentos. Art. 473, § único, CC 
Art. 473. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou 
implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte. 
Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes 
houver feito investimentos consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral 
só produzirá efeito depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o 
vulto dos investimentos. 
C) A evicção, diferentemente do vício redibitório, não permite a manutenção do 
contrato, apenas sua extinção. Art. 455, CC 
D) Nos contratos bilaterais, não é permitida a alegação de exceptio non adimpleti 
contractus caso um dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, exija o 
implemento da obrigação do outro. Art. 476, CC 
E) Nos contratos por execução continuada, a resolução por onerosidade excessiva 
só poderá ser alegada em casos de extrema vantagem para uma das partes, decorrentes 
de eventos previsíveis. Art. 478, CC 
 
3) Tomando por base o artigo 478 do Código Civil, para que se dê a resolução 
contratual por onerosidade excessiva, será preciso o preenchimento dos requisitos 
seguintes: 
A) os contratos devem ser de parcelas sucessivas, ou diferidos no tempo, exigindo-
se a onerosidade excessiva à parte prejudicada e vantagem extrema à outra, mas não a 
imprevisibilidade dos acontecimentos. 
B) a natureza dos contratos é irrelevante, bem como a vantagem a uma das partes, 
bastando a onerosidade excessiva à parte prejudicada e os acontecimentos extraordinários 
e imprevisíveis. 
C) os contratos devem ser bilaterais e as prestações sucessivas, bastando a 
onerosidade excessiva a uma das partes, sem se cogitar de vantagem à outra parte mas 
exigindo-se a imprevisibilidade dos acontecimentos. 
D) na atual sistemática civil, basta a onerosidade excessiva, não se cogitando seja 
de vantagem à outra parte, seja da imprevisibilidade dos eventos. 
E) os contratos devem ser de execução continuada ou diferida; e à onerosidade 
excessiva a uma das partes deve corresponder a extrema vantagem à outra, em virtude de 
acontecimentos extraordinários e imprevisíveis. 
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação 
de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para 
a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o 
devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar 
retroagirão à data da citação. 
 
4) Assinale a alternativa INCORRETA, a respeito da teoria geral dos contratos: 
A) Se a evicção for parcial, mas não considerável, caberá ao evicto somente o direito 
à indenização, não podendo optar pela rescisão do contrato; Art. 455, CC 
B) A função social do contrato não elimina o princípio da autonomia contratual, mas 
atenua ou reduz o alcance desse princípio quando presentes interesses metaindividuais ou 
interesse individual relativo à dignidade da pessoa humana; Art. 421, CC 
C) Nos contratos de execução continuada ou diferida se a prestação de uma das 
partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude 
de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do 
contrato; Art. 478, CC 
D) São classificados como comutativos os contratos nos quais as partes podem 
antever as vantagens e os sacrifícios, tendo como característica a ideia de equivalência das 
prestações; 
E) O princípio da boa-fé objetiva deve ser observado pelas partes apenas durante a 
execução do contrato propriamente dito e após a sua conclusão. Art. 422, CC 
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do 
contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé. 
 
5) Sobre a extinção do contrato, assinale a alternativa correta. 
A) Implica, necessariamente, o fim de todos os efeitos decorrentes da relação 
obrigacional. Art. 422, CC 
B) Será eficaz a partir da sentença que a declara, quando decorra do exercício do 
direito de resolução por onerosidade excessiva, pormeio da ação respectiva. Art. 478, CC 
C) Pode ser impedida pela oposição de exceção de contrato não cumprido, que é 
meio de autodefesa do devedor. Art. 476, CC 
Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de 
cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro. 
D) Será eficaz, em qualquer caso, a partir da notificação do outro contratante, quando 
decorrente de denúncia unilateral. Art. 473, § único, CC 
E) Poderá decorrer do implemento de condição resolutiva, desde que esta não seja 
impossível, caso em que deverá ser reconhecida a invalidade do negócio jurídico. 
 
6) Sobre os contratos, é CORRETO afirmar que: 
A) Os contratos têm uma obrigatoriedade relativa, segundo princípio da relatividade, 
podendo, como regra, a parte optar pela revisão das cláusulas contratuais, ou 
simplesmente não cumpri-lo. 
B) O contrato aleatório é instrumento oneroso, pelo qual um dos contratantes 
transfere coisa incerta em troca de coisa certa. 
C) A exceptio non rite adimpleti contractus é uma cláusula resolutiva que deve ser 
sempre expressa e se prende a um contrato bilateral. Art. 476, CC 
D) Segundo o atual Código Civil brasileiro para que possa haver intervenção judicial 
por onerosidade excessiva em um contrato é necessário que o mesmo seja decorrente de 
um fato extraordinário e imprevisível. Art. 478, CC 
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação 
de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para 
a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o 
devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar 
retroagirão à data da citação. 
 
7) O distrato é caracterizado como hipótese de: 
A) resilição unilateral. 
B) resilição bilateral. Art. 472, CC 
Art. 472. O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato. 
C) resolução por inadimplemento voluntário. 
D) resolução por inadimplemento involuntário. 
E) resolução por onerosidade excessiva. 
 
8) Contrato é o negócio jurídico resultante de mútuo consenso, capaz de criar, 
modificar ou extinguir direitos e obrigações para os contratantes. Quando 
descumprido, alguns efeitos daí emergem, entre eles, a resolução. Acerca desse 
assunto, assinale a opção correta. 
A) Segundo entendimento do STJ, o adimplemento substancial do contrato não 
autoriza o credor a resolver unilateralmente o negócio jurídico. 
B) Em contratos bilaterais, o direito civil brasileiro prescreve que um contratante pode 
exigir do outro o implemento da obrigação, mesmo que não cumprida a sua. Art. 476, CC 
C) Nos contratos em geral, o Código Civil prevê que a resolução não poderá ser 
evitada, ainda que haja a possibilidade de modificação equitativa das condições do 
contrato. Art. 479, CC 
D) O ordenamento jurídico brasileiro não admite a hipótese de resolução contratual 
por onerosidade excessiva aventada pelo devedor, por vigorar nos contratos a cláusula 
rebus sic stantibus. Art. 478, CC 
E) Depois de perfeito o contrato de compra e venda de bem imóvel de valor superior 
a trinta vezes o salário mínimo nacional, sem qualquer vício, mediante escritura pública, é 
possível a resilição bilateral, com efeito ex tunc, inclusive perante terceiros, uma vez que 
as partes voltam ao estado anterior ao negócio jurídico entabulado, sendo inexigível a 
escritura pública para esse distrato. Art. 472, CC 
 
9) Assinale a alternativa correta: 
V I. A resolução por onerosidade excessiva só pode ocorrer nos contratos de 
execução continuada ou diferida. Art. 478, CC 
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação 
de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para 
a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o 
devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar 
retroagirão à data da citação. 
V II. A sentença que decretar a resolução por onerosidade excessiva retroage à data 
da citação. Art. 478, CC 
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação 
de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para 
a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o 
devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar 
retroagirão à data da citação. 
V III. A responsabilidade pela evicção pode ser excluída pelas partes desde que por 
cláusula expressa. Art. 448, CC 
Art. 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou 
excluir a responsabilidade pela evicção. 
V IV. O direito de reclamar da coisa por vícios redibitórios se estende às doações 
onerosas. Art. 441, § único, CC 
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser 
enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é 
destinada, ou lhe diminuam o valor. 
Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas. 
A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é: 
A) I, II, III e IV 
B) I e II 
C) II e III 
D) III e IV 
E) II e IV 
 
10) O que é a cláusula “solve et repete”? Em que situações ela pode ser 
validamente inserida em um contrato? 
A cláusula “solve et repete” (cuja tradução literal seria algo como: “pague e peça a 
devolução”) é uma disposição que excepciona a regra da exceptio non adimpleti contractus. 
Ela determina que o contratante deverá cumprir a sua obrigação mesmo diante do 
inadimplemento da outra parte, e apenas retroativamente solicitar a devolução dos valores 
pagos. Trata-se de uma das “cláusulas exorbitantes”, implícitas em todo contrato 
administrativo; é admissível nos contratos civis paritários; e nula, porque leonina, nos 
contratos de adesão. 
 
11) O que caracteriza a “resilição unilateral abusiva”? 
Também é conhecida como “denúncia injusta”. É a denúncia precoce do contrato. 
Quando uma das partes fez investimentos consideráveis, a resilição unilateral só produzirá 
efeitos depois de transcorrido tempo compatível com tais investimentos. Portanto, a 
denúncia injusta é uma hipótese de abuso de direito; uma infração da boa-fé objetiva. E 
encontra respaldo legal no art. 473, § único, CC. 
 
12) É possível dizer que a teoria da onerosidade excessiva se confunde com o 
caso fortuito/força maior? Justifique. 
Não. Ambas as teorias são causas potenciais de extinção do contrato (de resolução, 
mais especificamente), em função de acontecimentos supervenientes. Mas, na teoria da 
onerosidade excessiva, a prestação de uma das partes torna-se demasiadamente 
pesada, conquanto ainda seja possível; ao passo que, no caso fortuito/força maior, existe 
impossibilidade absoluta de cumprimento da prestação. 
 
 
 
Artigos da prova: 
 
Art. 441 a 457, CC 
Seção V 
Dos Vícios Redibitórios 
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser 
enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é 
destinada, ou lhe diminuam o valor. 
Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas. 
Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o 
adquirente reclamar abatimento no preço. 
Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que 
recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor 
recebido, mais as despesas do contrato. 
Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça 
em poder do alienatário, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da 
tradição. 
Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento 
no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, 
contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, 
reduzido à metade. 
§ 1 o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o 
prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazomáximo de 
cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis. 
§ 2 o Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios 
ocultos serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, 
aplicando-se o disposto no parágrafo antecedente se não houver regras 
disciplinando a matéria. 
Art. 446. Não correrão os prazos do artigo antecedente na constância de 
cláusula de garantia; mas o adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos 
trinta dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena de decadência. 
 
Seção VI 
Da Evicção 
Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. 
Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública. 
Art. 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou 
excluir a responsabilidade pela evicção. 
Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se 
esta se der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se 
não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu. 
Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da 
restituição integral do preço ou das quantias que pagou: 
I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir; 
II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que 
diretamente resultarem da evicção; 
III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído. 
Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da 
coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de 
evicção parcial. 
Art. 451. Subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a coisa alienada 
esteja deteriorada, exceto havendo dolo do adquirente. 
Art. 452. Se o adquirente tiver auferido vantagens das deteriorações, e não 
tiver sido condenado a indenizá-las, o valor das vantagens será deduzido da quantia 
que lhe houver de dar o alienante. 
Art. 453. As benfeitorias necessárias ou úteis, não abonadas ao que sofreu a 
evicção, serão pagas pelo alienante. 
Art. 454. Se as benfeitorias abonadas ao que sofreu a evicção tiverem sido 
feitas pelo alienante, o valor delas será levado em conta na restituição devida. 
Art. 455. Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar 
entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao 
desfalque sofrido. Se não for considerável, caberá somente direito a indenização. 
Art. 456. (Revogado pela Lei n º 13.105, de 2015) (Vigência) 
Art. 457. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa 
era alheia ou litigiosa. 
 
 
Art. 472 a 480, CC 
Seção I 
Do Distrato 
Art. 472. O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato. 
Art. 473. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou 
implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte. 
Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes 
houver feito investimentos consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral 
só produzirá efeito depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o 
vulto dos investimentos. 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1072
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1072
Seção II 
Da Cláusula Resolutiva 
Art. 474. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita 
depende de interpelação judicial. 
Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do 
contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos 
casos, indenização por perdas e danos. 
 
Seção III 
Da Exceção de Contrato não Cumprido 
Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de 
cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro. 
Art. 477. Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes 
contratantes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar 
duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que 
lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de 
satisfazê-la. 
 
Seção IV 
Da Resolução por Onerosidade Excessiva 
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação 
de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para 
a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o 
devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar 
retroagirão à data da citação. 
Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar 
eqüitativamente as condições do contrato. 
Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, 
poderá ela pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de 
executá-la, a fim de evitar a onerosidade excessiva.

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