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Gerenciamento de Riscos (introdução)
APRESENTAÇÃO
Você sabia que a gestão da cadeia de suprimentos envolve todos os processos e as ações 
necessários para que a empresa atenda às necessidades dos clientes, desde a busca pela matéria-
prima, os processos de transformação e transporte, até a entrega dos produtos aos consumidores 
finais? As inúmeras variáveis envolvidas nessas etapas tornam o gerenciamento de riscos um 
dos pilares de uma gestão logística bem-sucedida. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer os aspectos iniciais do Gerenciamento de 
Riscos para as cadeias logísticas. Além disso, vai compreender quais são os requisitos 
fundamentais para a implantação de uma cadeia de suprimentos seguros, e os impactos de 
variáveis como segurança e questões financeiras no dimensionamento dos riscos. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar os objetivos e o escopo da Gestão de Riscos no gerenciamento logístico.•
Analisar os impactos das variáveis de regulamentação, financeiras e tributárias, e de 
segurança, na mensuração dos riscos logísticos.
•
Estabelecer os requisitos básicos para o desenvolvimento de uma cadeia logística segura.•
DESAFIO
Suponha que uma montadora de veículos coreana que está em franca expansão mundial decida 
instalar sua primeira fábrica na América do Sul.
 
 
Você deve contribuir para esse relatório de análise de mercado oferecendo uma visão sobre os 
riscos existentes para a instalação em cada um dos países.
Para iniciar a abordagem, como você categorizaria os principais riscos para esse 
empreendimento?
INFOGRÁFICO
Uma estrutura de segurança adequada exige o desenvolvimento de competências essenciais 
pelas empresas. Confira no Infográfico quais são elas:
 
CONTEÚDO DO LIVRO
A regulamentação, as estratégias financeiras e tributárias e a segurança são fatores importantes 
que precisam ser considerados pela gestão da cadeia de suprimentos.
Para ampliar suas referências sobre o tema, você pode acessar o conteúdo selecionado da obra 
"Gestão Logística da Cadeia de Suprimentos", de Donald Bowersox. Inicie a leitura no título 
Gestão de Riscos e Segurança e leia até o início da página 212.
G393 Ges tão logística da cadeia de suprimentos [recurso eletrônico] / 
Donald J. Bowersox ... [et al.] ; revisão técnica: Alexandre 
Pignanelli ; tradução: Luiz Claudio de Queiroz Faria. – 4. 
ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2014.
Editado também como livro impresso em 2014.
ISBN 978-85-8055-318-5
1. Logística Empresarial. 2. Administração – Material – 
Logística. I. Bowersox, Donald J.
 CDU 658.7
Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB-10/2052
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PARTE 4 Administração406
FINANCEIRA E TRIBUTÁRIA
O Capítulo 13 discutiu os conceitos e processos relativos ao planejamento logístico da 
cadeia de suprimentos. Embora atender os requisitos de serviço desejados seja o foco 
principal, um requisito fundamental é minimizar o custo total da cadeia de suprimentos. Para 
isso, combinam--se os custos relacionados de suprimentos, manufatura, logística e 
atendimento ao cliente. Considerações sobre impostos nacionais, regionais e até mesmo 
locais estão se tornando cada vez mais significativas para o projeto da cadeia de suprimentos.
Os impostos nacionais, estaduais e municipais podem afetar o projeto da cadeia de supri-
mentos de várias maneiras, incluindo impostos sobre propriedade, renda e valor agregado. 
Conforme países e localidades tentam manter ou criar empregos, eles consideram incentivos 
fiscais referentes às atividades da cadeia de suprimentos para atrair empresas. Estados e cidades 
têm usado incentivos fiscais sobre propriedades e redução ou eliminação temporária de impos-
tos para atrair empresas a instalar fábricas e centros de distribuição em suas áreas. Os políticos 
acreditam que essa é uma boa política pública para atrair empregos e o consequente aumento 
da base de impostos sobre propriedades e renda. Embora as empresas tenham, tradicionalmen-
te, considerado os impostos ao tomarem decisões sobre a cadeia de suprimentos e a localização 
de instalações, as diferenças de taxas entre locais não foram fatores decisivos. No entanto, con-
forme os impostos aumentaram, essas reduções ou eliminações temporárias têm levado as em-
presas a mudar suas instalações entre cidades e estados relativamente próximos. Por 
exemplo, muitas empresas abriram depósitos em ou perto de Reno, Nevada, em vez da 
Califórnia, para reduzir os impostos sobre propriedade e estoque.
Mais recentemente, os países começaram a usar abatimentos fiscais para atrair 
instalações da cadeia de suprimentos para locais que, em outras situações, não seriam 
desejáveis. Nesses casos, os países mudaram suas políticas fiscais para reduzir os impostos de 
valor agregado e de renda (corporativos e/ou individuais). O imposto de valor agregado tem 
regras específicas em cada país e pode variar entre 10% -40% do aumento de valor. Como 
exemplo, a União Europeia permitiu à Irlanda oferecer um imposto reduzido às empresas 
dos setores eletrônico e farma-cêutico. Para esses setores, as empresas poderiam fabricar os 
produtos na Irlanda com um im-posto de valor agregado de 10% -12%, em vez de cerca de 
20% no restante da Europa. Como essa política gerou uma redução de 5%- 10% nos 
impostos sobre o produto, dependendo da margem de contribuição, o diferencial muitas 
vezes era grande o suficiente para relocar as instalações para a Irlanda, embora a estratégia, 
de uma perspectiva operacional, possa resultar em custos totais maiores na cadeia de 
suprimentos. Com o imposto de renda corporativo na faixa de 30% -50%, as empresas 
também estão preferindo mover as principais atividades da ca-deia de suprimentos para locais 
com vantagens corporativas e pessoais no imposto de renda.
4 Para uma visão mais detalhada sobre a Organização Mundial do Comércio, veja <http://www.wto.org>.
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Riscos e sustentabilidade CAPÍTULO 16 407
Quer sejam impostos sobre propriedade, valor agregado ou de renda, muitos governos es-
tão usando estratégias fiscais para atrair empresas para seus territórios. Em alguns casos, tais 
decisões podem melhorar o desempenho financeiro global da empresa, minimizando os impos-
tos globais. No entanto, a decisão estimulada pelos impostos também pode apresentar desafios 
para a cadeia de suprimentos. Na situação citada, por exemplo, embora a estratégia fiscal tenha 
atraído empresas para a Irlanda, a insularidade e a dependência da capacidade de transporte 
aéreo geraram muitos problemas operacionais para a cadeia de suprimentos que precisaram ser 
resolvidos. Outros locais, como Cingapura, Ásia, América do Sul, Oriente Médio e África, es-
tão desenvolvendo estratégias de alinhamento fiscal. O resultado é que os executivos da cadeia 
de suprimentos devem trabalhar com suas contrapartes financeiras para o alinhamento tribu-
tário da cadeia de suprimentos.5 O alinhamento visa ajudar as empresas a conseguir um impos-
to favorável no mundo todo.
Existem duas estratégias de cadeia de suprimentos que as empresas podem usar para fazer 
o alinhamento fiscal. A primeira é um modelo que centraliza funções-chave e os riscos do 
negócio em um país com impostos baixos. Por exemplo, as empresas podem centralizar as 
compras corporativas ou o gerenciamento de estoque em um país com impostos baixos e de-
pois organizar seus preços de transferência intracorporativos para concretizar uma parte subs-
tancial da renda no local com vantagens fiscais. A segunda é uma estratégia incremental, que 
considera as implicações fiscais de alterações incrementais na cadeia de suprimentos, como 
localização única de instalação. Essa estratégia requer que as empresas considerem sistemati-
camente as implicações dos impostos sobre propriedade, valor agregadoe renda nas decisões 
da cadeia de suprimentos.
Embora essas estratégias fiscais tenham sido usadas por alguns países para atrair atividades 
da cadeia de suprimentos das empresas, estados e cidades passaram a utilizar estratégias seme-
lhantes para atrair empresas para suas localidades. Isso provavelmente deve aumentar conforme 
muitos políticos regionais tentam manter os empregos locais e a base tributária. No entanto, é 
importante reconhecer que, embora estratégias fiscais vantajosas possam ser criadas rapidamen-
te, elas também podem ser retiradas. Portanto, a duração dos incentivos deve ser bem avaliada.
SEGURANÇA
As operações globais cada vez mais exigem cadeias de suprimentos seguras para proteger a 
empresa, seus produtos e sua reputação. Cadeias de suprimentos seguras exigem que a empresa 
não apenas projete esses processos internos para reduzir o risco em relação à segurança, mas 
também que colabore com parceiros da cadeia de suprimentos, além do governo, para minimi-
zar os riscos envolvidos nas operações entre empresas e entre fronteiras. Esta seção discute as 
ações que as empresas estão tomando para desenvolver cadeias de suprimentos mais seguras e 
as iniciativas que os governos estão tomando para reduzir o risco. É importante que os executi-
vos da cadeia de suprimentos entendam a necessidade de colaboração. A não colaboração leva 
ao aumento do risco ou a redundâncias, sendo que ambos expõem os consumidores a riscos 
maiores e a um custo mais elevado.
Desenvolvimento de uma cadeia de suprimentos segura
A segurança na cadeia de suprimentos consiste da aplicação de políticas, procedimentos e tecnolo-
gia para proteger ativos, produtos, instalações, equipamentos, informações e funcionários de rou-
bos, danos ou terrorismo e para evitar o uso da cadeia de suprimentos para mercados paralelos de 
5 Maurice Emmer and Dan Lange, “Advantages of Tax -Aligning the Supply Chain,” Financial Executive 23, no 8, October 2007, pp. 56-59. 
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PARTE 4 Administração408
contrabando, pessoas ou armas de destruição em massa. Os desafios de segurança na cadeia de 
suprimentos impostos pela ameaça de terrorismo têm implicações significativas para empresas, 
fornecedores, clientes, transportadoras, operadoras de terminais, governos e parceiros comerciais 
globais. Na verdade, a economia global depende da segurança e da resiliência da cadeia de supri-
mentos. Embora a segurança na cadeia de suprimentos tenha sido definida anteriormente, sua 
resiliência refere -se à capacidade de resistir e se recuperar de um incidente. Uma cadeia de supri-
mentos resiliente é proativa em antecipar e planejar seus passos para evitar e reagir a incidentes de 
segurança; assim são rapidamente reconstruídas ou estabelecem meios alternativos de operação.
Fundamentação lógica para a proteção da cadeia de suprimentos 6
O aumento das ameaças de terrorismo exige elevada consciência da segurança da empresa e da 
cadeia de suprimentos. No passado, as empresas podem ter considerado apenas a ameaça po-
tencial quando avaliavam os aspectos de defesa. No entanto, dada a interconectividade entre 
empresas, produtos e infraestrutura de transportes nas atuais cadeias de suprimentos globais de 
alta velocidade, há uma crescente preocupação de que as interrupções podem ter – e normal-
mente terão – impacto sobre as operações além de empresas individuais, levando à necessidade 
de uma estrutura mais ampla de defesa da cadeia de suprimentos.
As empresas devem aumentar proativamente a resiliência da sua cadeia de suprimentos con-
tra o terrorismo. Elas também precisam melhorar sua segurança total, para proteger clientes, o 
público e o valor da marca. Isso começa com a compreensão das cinco principais consequências 
adversas potenciais de falhas na segurança da cadeia de suprimentos: (1) um ataque terrorista à 
cadeia de suprimentos de uma empresa pode interromper a capacidade de entrega aos clientes, 
levando à perda de receita no curto prazo, e gerar falhas de serviço; (2) pode haver redução no 
valor da marca se os clientes acreditarem que o ataque ocorreu por uma falha de segurança resul-
tante de negligência; (3) insatisfação dos investidores por causa da perda de receita e subsequente 
venda de investimentos de capital; (4) essa interrupção também pode aumentar o rigor das regu-
lamentações; e (5) um ataque terrorista poderia resultar em significativa responsabilidade legal.
Embora esses itens citados provavelmente sejam consequências primárias para a empresa-
-alvo, também existe a probabilidade de consequências secundárias que se estendem e incluem 
os parceiros da cadeia de suprimentos. Se estes perceberem que o ataque foi possível devido a 
esforços insuficientes de segurança, o relacionamento na cadeia de suprimentos pode sofrer e 
ser dissolvido.
Os desafios para proteger a cadeia de suprimentos são significativos, especialmente no am-
biente de hoje, em que várias entidades estão envolvidas na movimentação entre organizações 
e entre fronteiras, em que um produto é manuseado diversas vezes e há muitas mudanças de 
propriedade. A quantidade de partes envolvidas nessas trocas gera grandes desafios quando se 
considera que os esforços de proteção de uma empresa podem ser anulados pela desatenção ou 
inadequação de um único parceiro da cadeia de suprimentos.
A proteção da marca e a segurança são as principais razões para aumentar a proteção. Os 
profissionais temem que a contaminação do produto danifique as percepções dos clientes quan-
to à sua marca. Relacionadas ao valor da marca estão as questões da pirataria, o mercado pa-
ralelo e a falsificação de produtos. As empresas protegem os ativos da cadeia de suprimentos 
para reduzir o roubo e oferecer aos clientes uma garantia da origem do produto.
6 Essa pesquisa foi apoiada pelo Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (Department of Homeland Security – nú-
mero N -00014 -04 -1 -0659) por meio de uma subvenção concedida ao Centro Nacional de Proteção e Defesa de Alimentos (National 
Center for Food Protection and Defense) da University of Minnesota. Quaisquer opiniões, constatações, conclusões ou recomendações 
expressas nesta publicação são de responsabilidade dos autores e não representam a política ou a posição do Department of Homeland 
Security (Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos).
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Riscos e sustentabilidade CAPÍTULO 16 409
Para se protegerem, as empresas agora exigem mais segurança de seus fornecedores. Quer 
esse requisito venha na forma de programas de certificação de qualidade, auditorias ou outras 
iniciativas de segurança, como o C -TPAT – Customs ‑Trade Partnership Against Terrorism 
(Parceria Aduaneira e de Comércio Contra o Terrorismo), as empresas precisam ser mais vigi-
lantes quanto a quem está envolvido na manufatura e/ou distribuição de seus produtos e esta-
belecer requisitos que possam ser monitorados regularmente. Certamente, os recentes recalls 
na indústria de brinquedos destacam a necessidade de mais rigor nesse contexto.
A pressão do governo é outro impulsionador significativo. Embora muitas iniciativas, como o 
C -TPAT, sejam voluntárias, o governo formalizou medidas regulamentares. A Bioterrorism Act 
(Lei de Bioterrorismo) de 2002, por exemplo, exige que as indústrias de processamento de alimen-
tos rastreiem matérias -primas e produtos acabados uma camada acima e uma camada abaixo na 
cadeia de suprimentos. Além disso, em um esforço para oferecer aos consumidores mais informa-
ções sobre a origem do produto, orientações regulatórias e voluntárias foram desenvolvidas para 
apresentar informações sobre o país de origem para alguns produtos agrícolas e alimentares.
Embora essas iniciativas estejam levando as empresas a serem proativas na criação de pro-
gramas de segurança, muitos gerentes ainda estão míopes quanto à vulnerabilidade da empresa 
e têm demoradopara iniciar programas de segurança. Uma possível explicação é que os geren-
tes acham que a empresa não será alvo de um ataque terrorista. Outros gerentes podem acre-
ditar que suas obrigações de segurança terminam quando os bens são transferidos para outro 
parceiro da cadeia de suprimentos.
A estrutura de segurança
Essa estrutura identifica as competências essenciais que as empresas devem desenvolver para se pro-
teger, bem como suas cadeias de suprimentos e seus clientes. Como define essa estrutura, as cadeias 
de suprimentos exigem dez competências de segurança para proteger seus produtos e a si mesmas.
TABELA 16.5
Definições das 
competências 
de segurança 
da cadeia de 
suprimentos.
Competência Definição
Estratégia de processos Compromisso executivo de reforçar a segurança e instituir uma cultura de segurança dentro da empresa
Gerenciamento de processos
Grau em que as disposições específicas de segurança são 
integradas aos processos de gerenciamento do fluxo de materiais e 
produtos dentro e fora da empresa
Administração de infraestrutura
Disposições de segurança que foram implementadas para garantir 
a infraestrutura física e os produtos (por exemplo, edifícios e 
veículos de transporte)
Administração das comunicações Troca de informações internas entre funcionários, gerentes e fornecedores para melhorar a segurança
Tecnologia administrativa Eficácia dos sistemas de informação existentes para identificar e responder a uma violação de segurança potencial
Tecnologia de processos
Tecnologias específicas (por exemplo, selos eletrônicos e 
identificação por radiofrequência) implementadas para limitar o 
acesso e monitorar a movimentação de produtos
Métricas Disponibilidade e uso de medições para melhor identificar e gerenciar as ameaças de segurança
Administração de relacionamentos
Troca de informações e colaboração 
entre a empresa e seus parceiros da cadeia de suprimentos 
(por exemplo, clientes e fornecedores)
Administração da colaboração 
com prestadores de serviços
Compartilhamento de informações e colaboração entre a empresa 
e seus prestadores de serviços logísticos (por exemplo, empresas 
de transporte, fornecedores de armazenamento, 3PLs etc.)
Administração da interface 
com o público
Relacionamentos e trocas de informações relacionados à 
segurança com o governo e o público
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PARTE 4 Administração410
As competências de segurança são criadas desenvolvendo habilidades de segurança como 
infraestrutura, processos, ativos e recursos que atingem e mantêm a segurança na cadeia de 
suprimentos. A Tabela 16.5 define as competências específicas de segurança, enquanto a 
Tabela 16.6 oferece exemplos de iniciativas específicas que as empresas estão usando para apli-
car cada competência.
Operações entre fronteiras
Dada a natureza global das cadeias de suprimentos, as empresas são dependentes de procedimen-
tos, leis e regulamentos que podem ser específicos em diferentes países. Decisões sobre fornecedo-
res provavelmente são tomadas caso a caso, de acordo com a situação de confiabilidade do 
parceiro e de seu país de origem. Preocupa saber se os parceiros da cadeia de suprimentos e 
os prestadores de serviço demonstraram ser confiáveis quando se trata de garantir a segurança do 
produto quando ele está sob seu controle. Por fim, os gerentes da cadeia de suprimentos devem se 
Competência Exemplos
Estratégia de processos • A alta gerência acredita que a segurança na cadeia de suprimentos é crítica para a 
proteção dos consumidores e da marca
• A empresa tem representação multifuncional na equipe de gerenciamento de crises de 
segurança no nível sênior
• O apoio gerencial à conscientização sobre segurança é evidenciado por meio de 
treinamento contínuo
Gerenciamento de processos • Procedimentos definidos para realizar recalls de produtos
• Procedimentos padronizados para controlar o recebimento e o carregamento de produtos
• Aplicação de sistema de análise de perigos e pontos críticos de controle (HACCP)
Administração de infraestrutura • Uso de portões, fechaduras, controles de acesso e guardas para restringir o acesso a 
áreas sensíveis
• Uso de equipamentos de monitoramento para detectar atividades não autorizadas
• Controles para limitar o acesso de não empregados a instalações e operações
Administração das 
comunicações
• Incorpora módulos sobre prevenção de incidentes de contaminação/segurança ao 
treinamento de funcionários
• Estabelece protocolos pré‑definidos de comunicação para uso em caso de um incidente 
de contaminação/segurança
• Estabelece protocolos pré‑definidos para elaboração de relatórios em caso de um 
incidente de contaminação/segurança
Tecnologia administrativa • Capacidade de compartilhar rapidamente informações com empregados no caso de um 
incidente de contaminação/segurança
• Sistemas de informação seguros
• Capacidade de monitorar transações por origem, destino, data, descrição e rota
Tecnologia de processos • Capacidade de controlar e monitorar mercadorias e produtos ao longo de toda a 
cadeia de suprimentos
• Capacidade de acompanhar produtos recuperados e devolvidos
• Veículos de transportes são lacrados enquanto não estão sob o controle da empresa
Métricas • Medidas para controlar e monitorar áreas vulneráveis (por exemplo, produtos, 
instalações e base de fornecedores)
• Métricas de segurança da cadeia de suprimentos baseadas em uma combinação de 
orientações internas, setoriais e governamentais
Administração da colaboração 
com prestadores de serviços/
gestão de relacionamentos
• Aplica auditorias externas (e não apenas internas) para verificar os procedimentos 
de segurança
• Mantém um banco de dados de informações de contatos de emergência para 
prestadores de serviços
• Exige que os prestadores de serviços usem as orientações de segurança 
governamentais ou setoriais
Administração da interface com 
o público
• Cumpre regulamentações governamentais sobre arquivamento de registros de ameaças 
e incidentes
• Estabelece uma estratégia de comunicação para fornecer informações sobre incidentes 
de contaminação/segurança aos órgãos governamentais adequados
TABELA 16.6
Exemplos de 
iniciativas 
relacionadas às 
competências 
de segurança.
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Riscos e sustentabilidade CAPÍTULO 16 411
envolver na avaliação da segurança da cadeia de suprimentos e no planejamento de contingên-
cias, e as equipes multifuncionais devem desenvolver planos de gerenciamento de crises que 
incluam componentes de planejamento, mitigação, detecção, resposta e recuperação.
Com o objetivo de promover o crescimento econômico e aumentar o comércio internacio-
nal, os governos são responsáveis por facilitar a movimentação de pessoas e produtos entre 
fronteiras e, em última instância, pela segurança das pessoas, do país e do comércio. No caso 
de agências governamentais, o foco tradicional tem estado no controle do comércio, garantindo 
a coleta de impostos e taxas e restringindo o fluxo de itens ilegais com inspeção amostral de 
produtos importados para garantir a segurança. O foco contemporâneo, no entanto, está mu-
dando pois é possível trabalhar com parceiros confiáveis, o que aumenta a segurança da inspe-
ção de produtos exportados e do rastreamento de informação. No entanto, a própria ideia de 
parceiros confiáveis deve ser desenvolvida sobre uma plataforma de cooperação global.
Os Estados Unidos e muitos de seus parceiros comerciais responderam à ameaça de terro-
rismo iniciando esforços para aumentar a segurança e facilitar o comércio. O Congresso norte-
-americano obrigou a Diretoria de Segurança nas Fronteiras e nos Transportes (Directorate of 
Border and Transportation Security) do Departamento de Segurança Interna dos Estados 
Unidos (DHS – Department of Homeland Security) a garantir o fluxo rápido, ordenado e efi-
ciente do tráfego e do comércio legais. A Agência de Alfândegae Proteção de Fronteiras dos 
Estados Unidos (United States Customs and Border Protection), agora parte do DHS, tentou 
facilitar o comércio e aumentar a segurança por meio de programas como o C-TPAT – 
Customs‑Trade Partnership Against Terrorism (Parceria Aduaneira e de Comércio contra o 
Terrorismo), o Container Security Initiative (CSI) e outros programas relacionados.7 A C -TPAT 
busca certificar antecipadamente embarcadores selecionados por meio de autoavaliações de 
procedimentos de segurança em conjunto com auditorias e verificações alfandegárias. A CSI 
exige a pré -inspeção de contêineres em conjunto com um rastreamento rápido quando a carga 
chega aos Estados Unidos. O AMR – Advanced Manifest Rule (Regulamento de Manifesto 
Antecipado) e, mais recentemente, a ACI – Advance Cargo Information (Informação Antecipada 
de Carga) exigem dados detalhados sobre a carga antes que ela seja levada para os Estados 
Unidos ou embarcada a partir do país por vias hidroviárias, aéreas, ferroviárias ou rodoviárias.8 
O programa FAST – Free and Secure Trade (Comércio Livre e Seguro) permite que produtos 
de baixo risco carregados por transportadoras confiáveis para empresas confiáveis passem ra-
pidamente pelas fronteiras ao mesmo tempo que reserva os recursos de inspeção para cargas 
desconhecidas ou de alto risco. Todas essas providências exigem cooperação internacional. 
A próxima evolução desses avanços será a utilização de tecnologia para melhorar a detecção de 
falsificações, aumentar a eficiência e a eficácia do rastreamento e expandir o escopo de “parcei-
ros confiáveis” em uma grande quantidade de locais de carregamento.
Esses esforços globais não estão restritos a iniciativas do governo norte -americano. 
A Organização Mundial do Comércio (WTO – World Trade Organization) também busca 
facilitar o comércio ao auxiliar os controles e a inspeção para a etapa de exportação compar-
tilhando informações uniformes entre agências governamentais, empresas, fornecedores, 
transportadoras e clientes. A Organização Aduaneira Mundial (WCO – World Customs 
Organization), incluindo os 161 países membro envolvidos na iniciativa Global Standards for 
7 Para uma discussão mais detalhada e atual sobre essas iniciativas para aumentar a segurança na cadeia de suprimentos, veja o site do 
U.S. Department of Homeland Security (Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos) em <http://www.dhs.gov>.
8 A AMR se aplica a cargas marítimas. A Advance Electronic Presentation of Cargo Information (Apresentação Eletrônica Antecipada de 
Informações de Cargas) abrange transporte marítimo, aéreo, ferroviário e rodoviário. Requisitos semelhantes foram impostos por 
Israel em novembro de 2003 e outros se seguiram.
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PARTE 4 Administração412
Supply Chain Security (Padrões Globais para a Segurança na Cadeia de Suprimentos), busca, 
de modo semelhante, facilitar o comércio desenvolvendo e promovendo orientações para 
ajudar as administrações aduaneiras a trabalharem em conjunto para conseguir a liberação 
rápida de cargas de baixo risco em fronteiras.
Os programas aduaneiros norte -americanos, bem como os esforços da WTO e da WCO, 
ampliaram os processos de verificação alfandegária para incluir produtos exportados, confian-
do nas declarações que incluem dados essenciais para a avaliação adequada do risco da carga. 
Os dados incluem descrição do produto, preço, origem e destino, embarcador, destinatário e 
fornecedor de transportes a serem usados por fabricantes, transportadoras e outras entidades 
certificadas. A Organização Internacional de Normalização (ISO – International Organization 
for Standardization) está trabalhando com o Conselho Estratégico de Tecnologia de Segurança 
(Strategic Council on Security Technology) em uma iniciativa chamada SST – Smart and 
Secure Tradelanes (Vias Comerciais Inteligentes e Seguras). A SST está desenvolvendo uma 
plataforma tecnológica para monitorar contêineres globalmente e gerar registros de auditoria 
de cadeia de custódia.
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Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
 
DICA DO PROFESSOR
Assista ao vídeo para conhecer um olhar complementar sobre a importância e os benefícios da 
Gestão de Riscos.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
EXERCÍCIOS
1) A gestão da cadeia de suprimentos envolve todos os processos e ações necessários 
para que a empresa atenda às necessidades dos clientes, contemplando desde a busca 
pela matéria-prima, os processos de transformação e transporte, até a entrega dos 
produtos acabados aos consumidores finais. O grande número de variáveis 
envolvidas nessas etapas faz com que o gerenciamento de riscos seja um dos pilares 
de uma gestão logística bem-sucedida. Qual o principal benefício esperado pelo 
gerenciamento de risco na gestão da cadeia de suprimentos? 
A) A redução dos custos totais do processo logístico.
B) Maior eficiência nas atividades logísticas.
C) A redução das incertezas da demanda e do ciclo de atividades.
D) Garantir que nenhuma variável não prevista no planejamento impacte o processo logístico.
E) Auferir retornos pelos prêmios de seguro.
O gerenciamento de risco busca prever com certo grau de assertividade com possíveis 
problemas que fujam do planejamento regular da operação logística; isso inclui, além 
da operação em si, como transportes, fornecedores e produção, dimensões mais 
2) 
abrangentes, como a regulamentação, as estratégias financeiras e tributárias, e a 
segurança. Quando um governo proíbe a importação de determinado produto, é um 
risco relacionado a qual dessas dimensões? 
A) Financeira.
B) Segurança.
C) Regulação.
D) Ambiental.
E) Tributação.
3) O projeto da cadeia de suprimentos pode ser afetado de diversas formas por impostos 
nacionais, estaduais e municipais. Muitas empresas definem a sua instalação ou não 
em determinado país ou Estado, mediante a comparação entre os custos de produção, 
como o que passou a acontecer com o Brasil e o Paraguai após 2012, com vários 
empresários optando por instalar suas empresas no Paraguai, que hoje detêm 
questões fiscais mais claras. Ao fazerem essa escolha, esses empresários visam 
minimizar quais tipos de riscos? 
A) Riscos de segurança.
B) Riscos financeiros e tributários.
C) Logísticos.
D) Riscos de regulamentação.
E) Riscos de alavancagem.
4) A expansão do comércio global gerou novas necessidades de proteção das cadeias de 
suprimentos, exigindo que as empresas projetem não apenas seus processos internos, 
mas também uma série de respostas a impactos externos. O conjunto desse 
planejamento irá compor o desenvolvimento de uma cadeia segura. Qual, entre as 
definições a seguir, é a mais completa sobre a segurança na cadeia de suprimentos? 
A) A segurança na cadeia de suprimentos consiste na aplicação de procedimentos para 
proteger produtos e instalações de roubos, danos ou terrorismo.
B) A segurança na cadeia de suprimentos serve para evitar o uso da cadeia de suprimentos 
para mercados paralelos de contrabando, pessoas ou armas de destruição em massa.
C) A segurança na cadeia de suprimentos consiste na aplicação de tecnologia para proteger 
ativos, funcionários de roubos, danos ou terrorismo.
D) A segurança na cadeia de suprimentos consiste na aplicação de políticas, procedimentos e 
tecnologia para proteger ativos, produtos, instalações, equipamentos, informações e 
funcionários de roubos, danos ou terrorismo e para evitar o uso da cadeia de suprimentos 
para mercados paralelos de contrabando, pessoas ou armas de destruição em massa.
E) A segurança na cadeia de suprimentos consiste na aplicação de políticas e procedimentos 
para proteger ativos de roubos, danos ou terrorismo e para evitar o uso da cadeia de 
suprimentospara mercados paralelos de contrabando, pessoas ou armas de destruição em 
massa.
5) O Gerenciamento de Riscos envolve a consolidação de uma estrutura de 
competências usualmente definidas como dez "competências essenciais". Qual dessas 
competências é definida como "Eficácia dos sistemas de informação existentes para 
identificar e responder a uma violação de segurança patrimonial"? 
A) Administração de Relacionamentos.
B) Métricas.
C) Tecnologia Administrativa.
D) Administração de Infraestrutura.
E) Administração de interface com o público.
NA PRÁTICA
Veja como uma das gigantes do varejo de moda brasileiro investe pesado na consolidação de 
uma linha de produção própria.
Nos últimos anos, a Riachuelo vem ampliando a construção de fábricas próprias e recentemente 
a Guararapes, dona da marca Riachuelo, buscava a construção de um centro de confecção que 
pudesse praticamente dobrar sua produção atual. Um investimento de aproximadamente US$ 5 
milhões.
Dada a importância da construção dessa fábrica para a sua cadeia de suprimentos, vários riscos 
foram analisados para definir o local de instalação da unidade.
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SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Conceitos da Gestão de Riscos
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Curso PMP - Módulo 9 - Capítulo 11 - Riscos
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Análise de Risco: Você Sabe Explicar Esses 5 Termos?
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Apresentação: Gerenciamento de Riscos no Transporte Brasileiro
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Gestão de Riscos em Cadeias de Suprimentos: Estudo Exploratório sobre a Experiência 
Brasileira - UFMG
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