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1 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S 2 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S 3 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S Núcleo de Educação a Distância GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO Diagramação: Gildenor Silva Fonseca PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira. O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho. O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem. 4 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S Prezado(a) Pós-Graduando(a), Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional! Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as suas expectativas. A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra- dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a ascensão social e econômica da população de um país. Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida- de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas pessoais e profissionais. Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi- ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atua- ção no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe- rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de ensino. E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos conhecimentos. Um abraço, Grupo Prominas - Educação e Tecnologia 5 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S 6 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! . É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo- sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve- rança, disciplina e organização. Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho. Estude bastante e um grande abraço! Professor: Herbet Filipe dos Santos Sousa 7 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc- nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela conhecimento. Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in- formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao seu sucesso profisisional. 8 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S Os mercados cada vez mais competitivos estão tornando impera- tivo o gerenciamento mais eficiente de sistemas de logística. A logística é uma das atividades mais importantes nas sociedades modernas. Os pla- nos de logística comercial implementam e controlam a entrada, saída e armazenamento eficiente e eficaz de mercadorias. Isso acontece devido à crescente complexidade de suprir os negócios de uma empresa e enviar os produtos. Um sistema de logística consiste, portanto, em um conjunto de instalações ligadas por serviços de transporte. Esses serviços movem materiais entre as instalações, usando veículos e equipamentos, incluindo caminhões, tratores, contêineres, carros e trens. O que se pretende com a gestão da logística empresarial é garantir a entrega do produto certo ao lugar certo e no tempo certo. Nesse sentido, o objetivo principal desta uni- dade é apresentar aos alunos os conceitos de logística empresarial ne- cessários para o entendimento da área. O conhecimento de logística é de suma importância para a garantia de uma gestão empresarial eficiente e eficaz, com redução de custos e garantia da operacionalidade. Gestão; Logística; Suprimentos. 9 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S CAPÍTULO 01 LOGÍSTICA EMPRESARIAL: CONCEITOS, EVOLUÇÃO E TENDÊNCIAS Apresentação do Módulo ______________________________________ 11 Logística Integrada ____________________________________________ Integração das Operações Logísticas ___________________________ Logística Globalizada __________________________________________ Logística Sustentável __________________________________________ Logística Reversa ______________________________________________ Recapitulando ________________________________________________ Serviço ao Cliente ______________________________________________ 16 18 22 25 26 27 20 CAPÍTULO 02 ESCOPO DA LOGÍSTICA Gestão da Cadeia de Suprimentos ou Supply Chain Management (SCM) __________________________________________________________ Gestão Organizacional Globalizada _____________________________ Recapitulando _________________________________________________ 33 43 46 Tecnologia da Informação aplicada à Logística _________________ 58 CAPÍTULO 03 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA LOGÍSTICA Operadores Logísticos _________________________________________ 53 10 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S Recapitulando _________________________________________________ Considerações Finais ___________________________________________ Fechando a Unidade ___________________________________________ Referências ____________________________________________________ 63 67 68 71 11 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S Em linhas gerais, pode-se considerar que a prática da logística é um componente essencial da economia moderna. O termo “logística” se originou de uma palavra grega antiga que significa razão, cálculo ou oração, e foi usado pela primeira vez pelos militares para descrever as atividades associadas à manutenção de uma força de combate no campo de batalha e, em seu sentido mais estrito, para descrever o alo- jamento de tropas. A definição do dicionário para logística descreve o termo como “o ramo da ciência militar que tem a ver com a aquisição, manutenção e transporte de material, pessoal e instalações”. A palavra também é usada para descrever o tempo relacionado ao posicionamen- to dos recursos. A logística se preocupa com a organização, movimentação e armazenamento de material e pessoas. Ela lida com o planejamento e controle do fluxo de materiais e informações relacionadas nas organiza- ções. Seu principal objetivo é levar os materiais certos para o lugar cer- to, no momento certo, otimizando os custos operacionais totais desseprocesso, sendo aplicada aos setores público e privado. No que diz res- peito às forças armadas, a logística preocupa-se em fornecer às tropas alimentos, armamentos, munições, peças de reposição e o transporte das próprias tropas. Para organizações civis, problemas de logística são encontrados por empresas que produzem e distribuem bens físicos. Ao longo dos anos, o significado do termo “logística” se ex- pandiu gradualmente para incluir atividades de negócios e serviços. O domínio das atividades de logística é, essencialmente, variar desde o fornecimento dos subcomponentes necessários para a fabricação, até o estoque na prateleira do revendedor; a quantidade e o tipo corretos de sangue disponíveis para um procedimento cirúrgico em um hospital. O principal problema que a logística tenta resolver é decidir como e quan- do as matériasprimas, produtos semi-acabados e acabados devem ser adquiridos, movidos e armazenados. A necessidade de gerenciamento de logística também surge em empresas e organizações públicas que prestam serviços como, por exemplo, a entrega de correspondência. Desde as fábricas de aço até os portos, todas as organizações enfrentam o desafio de levar os mate- riais certos ao lugar certo e na hora certa. Uma característica fundamental da logística é sua visão holística e integrada de todas as atividades que ela abrange. Portanto, enquanto os setores de compras, gerenciamento de inventário, gerenciamento de transporte, gerenciamento de armazém e distribuição são componentes importantes, a logística se preocupa principalmente com a integração dessas atividades para fornecer valor máximo ao sistema global. 12 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S Uma vez apresentada uma ideia sobre a definição de logística, a seguir tem-se uma breve introdução sobre o que será abordado nesta unidade, a qual foi estruturada para prover uma introdução a elemen- tos-chave que colaborem com o entendimento da logística empresarial, sendo nela apresentados o contexto histórico da evolução da logística, conceitos e metodologias. A unidade inicia-se com a apresentação dos conceitos, objeti- vos e a evolução histórica da logística, no Capítulo 1, onde aborda-se ainda a contextualização da linha de pensamento que culminou no que hoje conhecemos por processos de logística, apresentando, inclusive, as diversas classificações, configurações e metodologias relacionadas. No Capítulo 2 são apresentados e explorados as caracterís- ticas e os objetivos que definem as Cadeias de Suprimentos (SC, do inglês, Supply Chain), assim como o Gerenciamento das Cadeias de Suprimentos (SCM, do inglês, Supply Chain Management). Além disso, são tratados os assuntos a respeito da integração da cadeia de supri- mentos no contexto globalizado com destaque às integrações intra e in- terorganizacionais. Adicionalmente, neste capítulo, tem-se a apresenta- ção dos indicadores-chave de desempenho das cadeias de suprimento, para que sejam acompanhados como métricas que definem o sucesso do gerenciamento. Por fim, no Capítulo 3, é abordado o planejamento estratégico no contexto das cadeias de suprimento da logística empresarial. Para tanto, são apresentadas as metodologias de apresentação das cadeias e o que as definem no contexto de estratégia organizacional. Os opera- dores logísticos que compõem as atividades principais dentro de SCM são também estudados neste capítulo. Ademais, um tópico importante igualmente visto neste capítulo é a aplicação da Tecnologia da Infor- mação (TI) na logística empresarial. Certamente, a aplicação de TI no gerenciamento da logística é diferencial para sobrevivência e destaque das empresas que operam logisticamente no contexto nacional e inter- nacional. 13 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S Logística empresarial refere-se a um grupo de atividades re- lacionadas, todas envolvidas na movimentação e armazenamento de produtos e informações - desde as fontes de matérias-primas até os consumidores finais e além da reciclagem e descarte. Logística é um termo e conceito relativamente novo no vocabu- lário empresarial moderno; suas origens remontam à Segunda Guerra Mundial, quando a capacidade de mobilizar pessoal e material foi fun- damental para o resultado da guerra. Os primeiros cursos e manuais de nível universitário que tratam de logística comercial apareceram nos Estados Unidos na década de 1960. O desenvolvimento relativamente recente da logística empre- sarial levou, conforme evoluiu, ao uso de vários termos para se referir a ela. Nas décadas de 1960 e 1970, os termos distribuição física, distri- buição, gerenciamento de materiais e suprimento físico eram comuns. Distribuição física e distribuição referem-se ao fluxo de saída de mer- cadorias desde o final do processo de produção até o consumidor; o LOGÍSTICA EMPRESARIAL: CONCEITOS, EVOLUÇÃO E TENDÊNCIAS G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S 14 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S fornecimento físico e o gerenciamento de materiais referem-se ao fluxo de entrada de material para o processo de produção. À medida que se reconhecia a importância de coordenar todo o fluxo de material, desde a matéria-prima até o consumidor final, o termo logística comercial passou a ser amplamente utilizado para refletir a ampliação do conceito. Hoje, o termo Gerenciamento da Cadeia de Su- primentos (SCM, do inglês, Supply Chain Management) está sendo usa- do para refletir a importância de formar alianças e parcerias para otimizar o fluxo de materiais. A logística dos negócios continua sendo o termo dominante e abrangente para esse conceito importante no momento. A definição mais amplamente usada de logística comercial é a do Conselho de Gerenciamento Logístico (CLM), a maior e mais co- nhecida das organizações profissionais de logística. A definição do CLM declara que a logística é o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo, armazenamento eficientes e eficazes de matérias-pri- mas, estoque em processo, produtos acabados, serviços e informações relacionadas do ponto de origem ao ponto de consumo (incluindo movi- mentos de entrada, saída, internos e externos) com o objetivo de estar em conformidade com os requisitos do cliente . Para muitas pessoas, o que geralmente é chamado de “sete direitos” fornece uma boa definição operacional de logística. Os sete direitos afirmam que o trabalho do logístico é garantir a disponibilidade do produto certo, no momento certo, na quantidade certa, na condição certa, no lugar certo, para o cliente certo e pelo custo certo. Embora essas definições se refiram, principalmente, ao geren- ciamento do fluxo de mercadorias, a logística comercial também é im- portante nas organizações de serviços. É importante reconhecer que todas as empresas produzem bens e serviços, umas mais do que as outras e que todas as empresas compram suprimentos; que todos de- vem atender ou exceder às expectativas dos clientes. Nas organizações de serviço, o trabalho do logístico é garantir o fornecimento de todos os insumos necessários, incluindo materiais e informações, no ponto de entrega do serviço. Para a organização, a logística comercial é importante de vá- rias maneiras. Primeiro, a logística comercial oferece uma oportunidade para a empresa criar uma vantagem competitiva sustentável projetando um sistema que atenda às necessidades dos clientes melhor do que a concorrência. Por exemplo, a empresa poderia oferecer preenchimento e entrega de pedidos mais rápidos, precisos e consistentes do que os concorrentes são capazes de fornecer. Em segundo lugar, devido à sua complexidade, um sistema logístico superior é um ativo proprietário que não pode ser facilmente duplicado. Muitas empresas começaram a ver15 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S a logística comercial como uma arma competitiva eficaz. As atividades que compõem a logística dos negócios, como transporte e armazenamento, são tão antigas quanto o próprio comér- cio. O conceito de agrupá-los e gerenciá-los como um sistema, no en- tanto, é bastante novo. Tradicionalmente, a responsabilidade pelas atividades logísti- cas está espalhada por toda a organização. Por exemplo, o transporte pode estar em fabricação, com estoque de produtos acabados e arma- zenamento em marketing e vendas. Onde o gerenciamento do siste- ma logístico é descoordenado, serão encontradas “deseconomias”. Por exemplo, a manufatura pode optar por reduzir os custos de transporte e manufatura, produzindo e transportando em quantidades muito grandes e, ao fazê-lo, aumenta muito os custos de armazenamento e o inves- timento em estoque, muito além do valor economizado nos custos de transporte. Com coordenação, transporte, fabricação, armazenamento e estoque adequados, os custos de investimento podem ser equilibra- dos para que o custo total da empresa seja minimizado. Como já abordado, o desenvolvimento inicial da logística co- mercial começou na década de 1950, com a compreensão do potencial de economia de custos, se o gerenciamento das atividades logísticas fosse coordenado. Havia uma série de fatores presentes na década de 1950 que encorajavam tentativas de coordenar o gerenciamento de fun- ções logísticas. Em geral, essas tentativas se concentraram na econo- mia de custos e na distribuição física ou parte de saída do sistema. Um fator importante presente em muitas organizações envol- veu gerentes com experiência em logística militar da Segunda Guerra Mundial. Eles não apenas entendiam as inter-relações encontradas nos sistemas de logística, mas alguns deles também usavam técnicas de ciência da gestão desenvolvidas durante a guerra - como programação e simulação lineares, que são adequadas para analisar problemas de logística. Outro fator que provou ser importante para concentrar a aten- ção da gerência na logística foi a recessão econômica de 1958. O corte de custos foi causado pela recessão, e muitas empresas direcionaram a logística porque acreditava-se ter mais potencial de economia do que a fabricação e o marketing. A fabricação havia sido estudada por enge- nheiros industriais por muitos anos, e acreditava-se que a maioria dos custos excedentes já havia sido extinta. O marketing, embora caro, não foi compreendido o suficiente para reduzir custos de maneira inteligente. Por exemplo, a maioria das empresas provavelmente estava gastando mais do que o ideal em pu- blicidade, mas a relação entre vendas e publicidade não era conhecida 16 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S o suficiente para dizer quais custos de publicidade reduzir. Além disso, os custos de marketing geralmente são difíceis de quantificar, enquanto os custos de logística podem ser quantificados. Coisas tangíveis que são movidas e armazenadas podem ser rastreadas. Dois outros desenvolvimentos no ambiente empresarial que começaram nesse período e persistem até o presente são a prolifera- ção de produtos e a transferência de poder para varejistas de grandes fabricantes de marcas nacionais. A proliferação de novos produtos e variações de produtos exis- tentes é o resultado da aplicação do conceito de marketing e segmen- tação de mercado. Os profissionais de marketing, tentando satisfazer o crescente interesse de seus clientes na moda e no estilo de vida em constante mudança, ofereceram cada vez mais produtos a segmentos cada vez menores do mercado. Existem muitos exemplos nas prateleiras dos varejistas. Consi- dere produtos como aparelhos grandes, originalmente disponíveis ape- nas em sacos de lixo brancos ou plásticos, cereais, alimentos congela- dos, calçados esportivos, móveis de escritório, cosméticos e assim por diante. Não apenas existem mais e mais produtos disponíveis, mas o ciclo de vida dos produtos está diminuindo. Para permanecerem com- petitivos, os fabricantes devem oferecer um fluxo contínuo de novos produtos. A proliferação de produtos e os ciclos de vida mais curtos obri- gam os gerentes de logística a lidar com a crescente complexidade. Cada vez que um novo produto ou variação de produto é oferecido, au- menta o número de produtos a serem fabricados, armazenados, trans- portados e geralmente acompanhados. No nível de varejo, o problema é agravado. Após essa introdução contendo conceitos, evolução e tendên- cias de mercado da logística, este capítulo tem ainda como objetivo apresentar algumas definições a respeito de termos essenciais para a compressão global da prática da logística no meio empresarial. LOGÍSTICA INTEGRADA Logística Integrada é definida como o processo de antecipar as necessidades e desejos do cliente; adquirir o capital, materiais, pes- soas, tecnologias e informações necessárias para atender a essas ne- cessidades e desejos; otimizar a rede produtora de bens ou serviços para atender às solicitações dos clientes utilizando-se a rede para aten- der à solicitação do cliente em tempo hábil. 17 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S A logística integrada é, portanto, um processo orientado a ser- viços. Ela incorpora ações que ajudam a mover o produto da fonte de matéria-prima para o cliente final. O movimento de matérias-primas e componentes para uma empresa de manufatura deve ser gerenciado. O mesmo ocorre com a movimentação de produtos acabados da fábrica para processamen- to adicional, para o varejo ou para o consumidor final. A gestão desse movimento é chamada de gestão logística integrada. Muitas variáveis afetaram a avaliação e o crescimento da logística integrada e são tra- tadas a seguir. A primeira foi o crescimento da conscientização do consumidor e do conceito de marketing. Linha de produtos expandida para atender à crescente demanda por mais seleções. Essa expansão da linha de produtos colocou grande pressão nos canais de distribuição para mover mais produtos e manter os custos baixos, principalmente em transporte e estoque. Um segundo fator foi a introdução do computador. Especialis- tas em informática e gerentes de logística integrado rapidamente en- contraram uma infinidade de soluções computacionais para logística. Essas soluções ofereciam ainda maior eficiência no encaminhamento e programação de transporte, controle de estoque, layout e design do armazém e todos os aspectos da logística integrada. De fato, os compu- tadores permitiam a logística integrada gerenciada ao sistema logístico integrado modal e, em seguida, analisavam o efeito da mudança pro- posta. Esta aplicação aprimora bastante a abordagem do sistema. A terceira variável que levou ao crescimento da logística inte- grada foi a economia mundial nas décadas de 1970 e 1980. A recessão global e o aumento das taxas de juros fizeram com que muitas em- presas redirecionassem a atenção para reduzir a vantagem de custos; muitas empresas foram forçadas a reavaliar as necessidades gerais de transporte. Além disso, as taxas de juros crescentes voltaram a atenção para a manutenção de níveis mínimos de estoque, devido ao custo de capital. A globalização dos negócios e o desenvolvimento de blocos comerciais mundiais são um quarto fator que influencia o crescimento da logística integrada que pode fornecer às empresas uma vantagem de custo. Além disso, blocos comerciais na Europa, Ásia, África e Amé- rica requerem logística integrada para amarrar os países participantes em mercados únicos. Outrossim, o fator final que afeta a logística integrada é o cres- cimento da fabricação just-in-time (JIT, do inglês, na hora certa), geren- ciamento de suprimentos, transporte e intercâmbio eletrônico de dados 18 G E ST Ã O E M P R ESA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S (EDI, do inglês, Electronic Data Interchange) nas décadas de 1980 e 1990. À medida que os fabricantes adotaram integralmente gerencia- mento de qualidade total (TQM, do inglês, Total Quality Management), JIT e EDI, o gerenciamento de logística integrada ficou em primeiro pla- no. O TQM e o JIT eficazes exigem a otimização do transporte de entra- da e saída e um gerenciamento de inventário mais eficiente. Ao longo do tempo várias atividades diferenciadas por proces- sos e setores foram introduzidas no contexto da logística integrada. Em- bora as atividades incluídas variem, elas compartilham um ingredien- te-chave: o conceito de fluxo contínuo e ininterrupto do produto. Tais atividades estão listadas a seguir. • Distribuição física; • Gerenciamento de materiais; • Engenharia de logística; • Logística de negócios; • Gestão de logística; • Gerenciamento logístico integrado; • Gerenciamento de distribuição; • Gestão da cadeia de abastecimento. INTEGRAÇÃO DAS OPERAÇÕES LOGÍSTICAS Dentro do modelo de logística integrada, algumas operações devem ser sempre envolvidas. De modo geral, elas se organizam em processos. Estes processos estão organizados a seguir. 1. Logística de entrada: é referida como suprimento físico ou suprimento. Ele lida com o relacionamento entre a empresa e seus fornecedores, abordando o fluxo de materiais dos fornecedores para a planta ou para as operações de serviço; 2. Conversão/operações: trata da relação logística entre as instalações da empresa, abordando como os bens e materiais se mo- vem entre as estações de trabalho nas operações; 3. Logística de saída: é chamada de distribuição física. É o re- lacionamento logístico entre a empresa e seus clientes. É o movimento do produto acabado para fora da planta até o cliente final. Cada um desses relacionamentos é sustentado pela execu- ção de 5 atividades logísticas principais, como transporte, estrutura da instalação, gerenciamento de estoque, manuseio de materiais e comu- nicação/informação. Essas atividades estão entrelaçadas em todo o sis- 19 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S tema de logística integrado. Cada um é vital e é encontrado em todas as etapas. Tais atividades intrínsecas à logística são apresentadas e discutidas na lista a seguir. • Transporte: é necessário nos processos de saída, entrada e conversão. Ele lida com a movimentação de um produto para dentro, através e fora da planta/armazém. É a atividade logística mais cara, representando 50% ou mais dos custos totais de logística; • A estrutura da instalação: refere-se à colocação estratégi- ca de armazéns, centro de serviços e fábricas em toda a cadeia de suprimentos. Inclui o número e tipos de plantas, suas localizações e operações; • O gerenciamento de estoque: refere-se a buffers de produ- tos de matérias-primas, trabalhos em andamento e produtos acabados em vias de logística. Se todas as atividades funcionassem perfeitamen- te, se não houvesse variação no tempo de trânsito, variação no tempo de processamento, sem perda ou dano, sem descontos por volume para transporte, sem desconto por volume para produtos, e se as empresas pudessem prever a demanda com precisão, não haveria necessidade para armazenar o produto; • Manuseio de materiais: é o movimento, armazenamento, controle e proteção de materiais, bens e produtos durante todo o pro- cesso de fabricação, distribuição, consumo e descarte. O foco está nos métodos, equipamentos mecânicos, sistemas e controles relaciona- dos usados para atingir essas funções. Resumidamente, o Manuseio de Materiais é a movimentação de materiais da fase bruta através da produção para o cliente final com o menor gasto de tempo e esforço, a fim de produzir a Eficiência Produtiva máxima com o menor custo de Manuseio de Materiais; • Comunicação/informação: é um aspecto vital no gerencia- mento da logística. Um processo de comunicação eficaz garante que as informações fluam perfeitamente entre os departamentos e entre as várias equipes no prazo e de uma forma que lhes permita atingir metas e objetivos individuais, departamentais e organizacionais. Ele garante que as tarefas sejam concluídas e transferidas de um ponto para outro sem problemas e sem demora. Além das principais funções logísticas discutidas acima, mui- tos gerentes de logística estão envolvidos com questões relacionadas, como previsão de demanda, descarte de resíduos e sucatas, manuseio de devolução de mercadorias, suporte de peças e serviços e localização da fábrica. A todas estas atividades estão relacionadas as condições de satisfação do cliente. Neste sentido, integrar o sistema de logística 20 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S depende diretamente de garantir que o cliente está sendo atendido da melhor forma possível sem comprometer o financeiro. SERVIÇO AO CLIENTE No que tange ao serviço ao cliente, de antemão, como é apresentado na Figura 1, a seguir, um esboço do processo de logística integrado tendo como ator principal o cliente. Figura 1 – Cliente como foco da logística Fonte: CORREIA, J. (2011). É possível destacarmos que, na economia global de hoje, os clientes definem os padrões do que é considerado serviço de qualida- de ou do que é uma boa marca. Em qualquer empresa, a experiência de um cliente determina a reputação da empresa e o setor de logística não é uma exceção. Quanto maior o seu negócio, mais complexa fica a sua cadeia de suprimentos. Pode ser difícil manter um atendimento perfeito ao cliente, porque todos os envolvidos no processo de remessa estão afetando constantemente a reputação de uma empresa por meio da experiência do cliente. No atendimento ao cliente, é impossível ser perfeito, mas é possível melhorar e oferecer o melhor serviço possível. Os clientes desejam ter uma experiência fácil e suave ao trabalhar com uma empresa e cabe a ela a qualidade do serviço prestado. Se a empresa está tentando construir relacionamentos de lon- go prazo com seus clientes e obter a lealdade deles, deve ser conside- 21 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S rada a mudança da estratégia orientada para o produto para a orientada para o cliente. Seguem algumas dicas úteis sobre como levar o atendi- mento ao cliente para o próximo nível: 1. Escolha as ferramentas e os parceiros com precisão. Não importa quais estratégias e tecnologias a empresa use, sempre há um fator humano presente. Essa é a razão pela qual a escolha adequada de parceiros melhorará a experiência de seus clientes. Se estiver tercei- rizando sua logística para um fornecedor, é importante verificar se eles têm corretores qualificados e profissionais e uma rede de transportado- ras experientes e revisadas. Esses serviços oferecem gerenciamento de logística de “A a Z” e eliminam a maioria dos problemas. Porém, ao selecionar um ramo importante em sua cadeia logística, deve-se investir tempo pesquisando como escolher o melhor provedor de logística ter- ceirizado. 2. Transparência e abordagem pessoal. Tente tornar o pro- cesso o mais simples possível para o cliente. A visibilidade da cadeia de suprimentos reduzirá o tempo que os clientes gastam em transporte, melhorando a experiência geral. A transparência envolve não apenas o rastreamento de remessas, mas também a opção de comparar pre- ços, serviços disponíveis e entender como eles funcionam sem proble- mas. Quanto mais abordagem personalizada a empresa fornece, maio- res serão suas chances de reter clientes. Envie atualizações e relatórios de rastreamento ao cliente para mantê-los informados, desde trânsitos de remessa a lembretes meteorológicos. Isso fortalece a credibilidade da sua empresa e simplifica o processo para seus clientes. 3. Estabeleça a entrega do último quilômetro. Este é um ele-mento final e crucial no processo de transporte e, obviamente, exige mais concentração. O último estágio da entrega é o mais vulnerável a erros ou danos que podem ocorrer devido a diferentes razões. Para reduzir a probabilidade de tais circunstâncias, garanta que tudo corra como deveria. 4. Dar uma resposta. Independentemente do problema ocorri- do, a resposta deve ser rápida e ter como objetivo resolver o problema do cliente ou, pelo menos, descobrir qual é o problema. As empresas devem investir mais no treinamento de sua equipe para reduzir a chan- ce de erros ao interagir com os clientes. Resolver problemas que ocor- reram em nome da sua empresa pode fazer uma grande diferença na experiência do cliente com sua empresa. Muitas empresas terceirizadas fornecem atendimento ao cliente e podem ajudar seus clientes a simpli- ficar esse processo complicado. 22 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S 5. Tecnologia e análise. Não subestime o poder dos dados: as novas tecnologias permitem que as empresas rastreiem todas as eta- pas do cliente, existentes ou potenciais. Conhecer os insights profundos do seu público leva a um melhor desempenho, estratégias atualizadas e melhor serviço. Tais inovações, como sistemas de gerenciamento de transporte, dispositivos de rastreamento e sistemas de CRM (Custo- mer Relationship Management, do inglês, Gestão de Relacionamento com o Cliente), permitem que as empresas estudem o comportamento do cliente e melhorem as estratégias de marketing. Portanto, pesquisar e analisar big data é a melhor maneira de entender melhor as deman- das dos clientes. Em linhas gerais, ter um bom atendimento ao cliente no setor de logística acabará por melhorar os níveis de satisfação do mesmo. A satisfação do cliente é importante, mesmo no setor de logística, na ver- dade, especialmente no setor de logística porque todo o processo pode parecer tão simples quanto pegar a entrega de um cliente e entregá-la ao seu destino, a satisfação do cliente se resume ao que sua empresa pode oferecer fora desse processo simples. Os serviços on-line para rastrear suas remessas podem fazer maravilhas, mas a interação hu- mana é igualmente eficaz. Mantenha seus clientes atualizados sobre as remessas, se puder, ou explique a eles desde o início o que acontecerá com as entregas. Manter um cliente satisfeito irá mantê-lo um cliente. LOGÍSTICA GLOBALIZADA Desde o início dos anos 90, os acordos comerciais globais di- vidiram o mundo em pedaços cada vez maiores de blocos comerciais, onde as mercadorias podem fluir praticamente desimpedidas através das fronteiras nacionais que antes protegiam suas indústrias preciosas da concorrência externa com tarifas, direitos e multas. O Acordo de Livre Comércio entre os EUA, Canadá e México foi assinado em 1992 e a tendência continua inabalável. O Canadá ago- ra tem um acordo com a União Europeia (UE) e está negociando com a Parceria Transpacífica de 11 países. Os EUA estão trabalhando para a Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento da UE e a Parceria Econômica Regional Abrangente, que une a China e 15 outros grandes países asiáticos. Uma vez concluídos, esses acordos amarrarão 49 paí- ses e governarão uma grande parte da economia global. Claramente, a globalização chegou para ficar e as grandes em- presas multinacionais estão colhendo os benefícios. Os efeitos dessa 23 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S tendência comercial no movimento físico de produtos em todo o mundo são gigantescos. Enquanto tentam adaptar rapidamente suas cadeias de suprimentos para tirar vantagem de tarifas, regras e padrões mais baixos nessas novas zonas de comércio, as empresas precisam da aju- da de empresas de logística multinacionais com presença e conheci- mento local em todo o mundo. Clientes multinacionais que fabricam e vendem de tudo, de pro- dutos de saúde e beleza a eletrônicos e peças automotivas, procuram consolidar seus fornecedores de logística até alguns parceiros impor- tantes que possuem conhecimento local de cultura e comunicação. Eles também buscam experiência em logística intercontinental em todas as facetas da logística, desde a planta até o armazém e até o cliente final. Hoje, o mercado continua recompensando flexibilidade e adaptabilidade com mais negócios. Nesta conjectura, as operações logísticas atuais, devido à glo- balização da economia, tornaram-se multidimensionais e multifaceta- das. O gerenciamento dessa logística precisa, portanto, estar focado na integração de atividades internacionalmente dispersas e nas unida- des responsáveis por sua implementação. As áreas que determinam a eficiência da logística internacional são processos que ocorrem nos processos operacionais, de marketing e financeiras, que resultam dos custos de logística e informação. As forças sociais, econômicas, técnicas e político-legislativas da globalização influenciam todos os campos das funções da empresa, incluindo o crescimento da complexidade do gerenciamento da cadeia de suprimentos. Assim, podemos dizer que a globalização de uma determinada empresa significa a integração de operações internacionalmente disper- sas e as unidades que as representam; isso se torna uma implicação para parcerias, incluindo aquelas relacionadas à atividade de logística na cadeia de suprimentos global. O gerenciamento global da cadeia de suprimentos visa combinar todas as operações realizadas por todos os elos, a fim de transformar matérias-primas e produtos semi-acabados em produtos acabados, entregando-os aos clientes em todo o mundo, juntamente com o serviço adequado. Adicionalmente, os processos logísticos realizados dentro da cadeia de suprimentos mostram uma tendência comum de atravessar fronteiras nacionais, o que implica modificações significativas nas rela- ções que ocorrem dentro, por exemplo: • Expansão das relações mútuas por meio de vínculos mais es- treitos nos sistemas de informação utilizados pelos expedidores e trans- 24 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S portadores de mercadorias, estâncias aduaneiras e agências; • Ênfase crescente na necessidade de monitoramento constante dos fluxos internacionais de produtos, a fim de garantir suprimentos de importação; • Aumentar os requisitos de eficiência para os links, a fim de fornecer entregas para os mercados localizados nas partes remotas do mundo. Os líderes da economia global são aquelas empresas direcio- nadas às necessidades de seus clientes “globais”. Para esses clientes, o objetivo da compra são os produtos que parecem ideais em termos de qualidade, tecnologia ou funcionalidade e que podem ser adquiridos com os preços mais baixos possíveis, no local e horário mais conveniente. Essas necessidades devem ser atendidas pelas estratégias das empresas globais que projetam e, posteriormente, produzem pro- dutos globais, utilizando as realizações de tecnologias interdisciplina- res, como comunicação, automação, robótica, sistemas de fabricação flexíveis, engenharia de materiais (especialmente usando nanomate- riais), microeletrônica, tecnologia da informação. As empresas corporativas alcançam seus clientes em potencial em todo o mundo com informações sobre seus produtos ou serviços, por meio de ações de promoção global; eles constroem redes mundiais de produção e distribuição, bem como sistemas de logística que per- mitem que esses produtos alcancem fisicamente seus consumidores e usuários em todos os cantos do mundo. Para fins de ilustração, pode-se observar na Figura 2 os diver- sos sistemas integrados na logística globalizada. Figura 2 – Sistema de logística globalizada Fonte: PLACO (2016) 25 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S LOGÍSTICA SUSTENTÁVEL Um setor de transporte de mercadoriaseficiente e eficaz é es- sencial para a economia e a sociedade como um todo. No entanto, os benefícios têm um custo ambiental. O setor de transporte possui uma participação significante no consumo de energia primária e é um dos maiores emissores de gases de efeito estufa. A integração dos aspectos econômicos e ambientais do trans- porte de mercadorias é frequentemente chamada de logística verde. Não existe uma definição clara ou legal de logística verde, mas geral- mente é entendida como enfática, principalmente, do retorno econômi- co com alguns efeitos ambientais secundários positivos (por exemplo, otimização de carga, transporte eficiente ou aprimoramento de rota). A contribuição substancial do setor de transportes para as mu- danças climáticas por meio de emissões de gases do efeito estufa torna necessário inverter a lógica da logística verde, colocando a sustentabi- lidade em primeiro lugar. A sustentabilidade concentra-se simultanea- mente nas necessidades das pessoas, do planeta e no lucro. Devido à abrangência das medidas aplicadas, governos e administrações pú- blicas tendem a estar mais interessados no conceito de logística sus- tentável do que na logística verde, onde o financiamento público pode frequentemente estar diretamente ligado aos correspondentes efeitos ambientais ou sociais. As empresas sustentáveis, de modo geral, frequentemente descrevem sua compreensão da sustentabilidade em um relatório de sustentabilidade que resume as medidas tomadas em direção a obje- tivos econômicos, ecológicos e sociais. Alguns aspectos importantes geralmente relatados são: • Redução de emissões usando modernas tecnologias de pro- pulsão; • Redução do desperdício de embalagens; • Instalação de sistemas geração e cogeração renovável; • Uso de materiais reciclados em embalagens, pneus etc; • Instalação de sistema de tratamento de águas residuais; • Otimização de viagem usando sistemas de navegação e te- lemática; • Treinamento e qualificação de motoristas para o uso eficiente e ecológico. 26 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S LOGÍSTICA REVERSA Logística reversa representa todas as operações relacionadas ao reaproveitamento de produtos e materiais. Sobre isto, destaca-se que: “o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e econômico de matérias-primas, estoque em processo, produtos acabados e informações relacionadas do ponto de consumo ao ponto de origem para fins de recaptura de valor ou disposição. Mais precisamente, logística reversa é o processo de movimentação de mercadorias de seu destino final típico com a finalidade de captura de valor ou destinação adequada. Atividades de rema- nufatura e recondicionamento também podem ser incluídos na definição de logística reversa”. (CORREIA, 2011, online) O processo de logística reversa inclui a gestão e comercializa- ção de sobras, bem como a devolução de equipamentos e máquinas do negócio de locação de hardware. Normalmente, a logística lida com eventos que trazem o produto até o cliente. No caso da logística rever- sa, o recurso retrocede pelo menos um passo na cadeia de suprimen- tos. Por exemplo, as mercadorias passam do cliente para o distribuidor ou para o fabricante. Quando o produto de um fabricante, normalmente, se move pela rede da cadeia de suprimentos, é para chegar ao distri- buidor ou cliente. Qualquer processo ou gerenciamento após a venda do produto envolve logística reversa. Se o produto estiver com defeito, o cliente devolverá o produto. A empresa de manufatura teria então que organi- zar o envio do produto com defeito, testando o produto, desmontando, consertando, reciclando ou descartando o produto. O produto viajaria no sentido inverso pela rede da cadeia de suprimentos para reter qual- quer uso do produto com defeito. A logística para essas questões é a logística reversa. Com o que foi abordado até então, espera-se que o aluno te- nha adquirido conceitos suficientes para o desenvolvimento do assunto de logística empresarial a partir dos próximos capítulos. A ênfase do próximo capítulo reside em tratar sobre o escopo do gerenciamento das cadeias de suprimentos. 27 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 1 Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: PROCEMPA Prova: FGV - 2014 - PROCEMPA - Analista Administrativo - Analista de Logística Um entendimento do conceito de logística reversa refere-se ao pa- pel da logística no retorno de produtos, redução da fonte, recicla- gem, substituição de materiais, reuso de materiais, disposição dos resíduos, reforma, reparação e remanufatura. Nesse sentido, a respeito da logística reversa, assinale a afirmativa correta. A) A logística reversa aponta para a gestão de informações dos proces- sos de fluxo direto na produção. B) O processo de logística reversa se concentra na etapa de entrega do produto ao cliente. C) A aplicação de técnicas de logística reversa tem como desvantagem os custos adicionais ao processo produtivo. D) A aplicação de técnicas de engenharia reversa tem como uma das vantagens a diminuição de impactos ambientais. E) A logística reversa tem como orientação as informações do ponto de origem para o ponto de consumo. QUESTÃO 2 Ano: 2016 Banca: CONSULPLAN Órgão: Prefeitura de Venda Nova do Imigrante - ES Prova: CONSULPLAN - 2016 - Prefeitura de Venda Nova do Imigrante - ES - Almoxarife Dentre os modelos e métodos de controle dos níveis de estoque, como se chama o período decorrido entre o momento em que se verifica a necessidade de fazer o pedido ao fornecedor e o que re- põe a mercadoria em estoque? A) Sazonalidade. B) Demanda média. C) Tempo de cobertura. D) Prazo de ressarcimento. QUESTÃO 3 Ano: 2018 Banca: AOCP Órgão: FUNPAPA Prova: AOCP - 2018 - FUNPAPA - Administrador A logística compreende uma noção ampliada da gestão de mate- riais. Assinale a alternativa que apresenta algumas das atividades da logística. A) Compra e recepção de recursos de fornecedores, movimentação e https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/fgv https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/procempa https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fgv-2014-procempa-analista-administrativo-analista-de-logistica https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fgv-2014-procempa-analista-administrativo-analista-de-logistica https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/consulplan https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/prefeitura-de-venda-nova-do-imigrante-es https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/prefeitura-de-venda-nova-do-imigrante-es https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/consulplan-2016-prefeitura-de-venda-nova-do-imigrante-es-almoxarife https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/consulplan-2016-prefeitura-de-venda-nova-do-imigrante-es-almoxarife https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/funpapa https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/aocp-2018-funpapa-administrador https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/aocp-2018-funpapa-administrador 28 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S armazenamento de materiais dentro das instalações e gerenciamento das informações desses processos. B) Atendimento das necessidades e expectativas dos clientes, incentivo à participação e responsabilidade dos funcionários e levantamento e exame dos custos de qualidade. C) Diminuição dos custos de produção, satisfação das expectativas dos clientes, respostas às pressões competitivas, e implementação e incre- mentação da estratégia competitiva da organização. D) Criação de uma combinação única de atributos e características dos produtos e serviços que satisfaça e exceda às necessidades do consu- midore colaboração com a produção. E) Fortalecimento da integração interorganizacional, incluindo os forne- cedores, colaboração com os participantes do processo de transforma- ção e agregação de valor ao processo. QUESTÃO 4 Ano: 2018 Banca: Quadrix Órgão: CRO-MT Prova: Quadrix - 2018 - CRO-MT - Analista Administrativo - Compras Com base nas normas e práticas aplicáveis à administração de re- cursos materiais, julgue o item. Comparando-se os vários tipos de transporte, pode-se dizer que, em regra, os custos dos modais ferroviário e aquaviário são fixos e os dos modais rodoviário e aéreo, variáveis com a distância e o peso. ( ) Certo ( ) Errado QUESTÃO 5 Ano: 2018 Banca: Quadrix Órgão: CRO-MT Prova: Quadrix - 2018 - CRO-MT - Analista Administrativo - Compras Com base nas normas e práticas aplicáveis à administração de re- cursos materiais, julgue o item. A localização dos materiais estocados deve ter como foco identifi- cá-los com facilidade e rapidez. Seu posicionamento é normalmen- te indicado mediante uma simbologia alfanumérica. ( ) Certo ( ) Errado QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE Na maior parte dos setores da atualidade visualiza-se a busca por me- nos custos e maiores lucros e eficiência, dessa forma, um sistema es- truturado de gestão é importante para que esse objetivo seja atingido, mas está de longe de ser compreendido como tudo ou como suficiente. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/quadrix https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/cro-mt https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/quadrix-2018-cro-mt-analista-administrativo-compras https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/quadrix-2018-cro-mt-analista-administrativo-compras https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/quadrix https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/cro-mt https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/quadrix-2018-cro-mt-analista-administrativo-compras https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/quadrix-2018-cro-mt-analista-administrativo-compras 29 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S Assim, é preciso que a logística empresarial entre em ação para que a mencionada finalidade seja alcançada. Nesse sentido, apresente para que surgiu a logística empresarial. TREINO INÉDITO Assunto: Logística Sustentável O fato de a logística ser importante e responsável por vários dos setores dentro de uma empresa foi abordado ao longo do nosso estudo. Nesse sentido, assinale a alternativa correta acerca da lo- gística sustentável. I) A logística sustentável busca otimizar a entrega do produto para que as expectativas do cliente sejam atendidas, sem que o meio ambiente seja danificado ou agredido; II) A logística empresarial visa incentivar a geração de empregos, tendo como base funcionários externos; III) A logística sustentável passou a ser efetivamente aplicada a partir da implementação do Decreto nº 7.746, de 5 de junho de 2012. a) Todas as alternativas estão erradas b) Todas as alternativas estão corretas c) Apenas a I está errada d) Apenas a II está errada e) Apenas a III está errada NA MÍDIA Logística reversa estimula reciclagem de aparelhos eletroeletrônicos Quando um computador fica velho, nada melhor do que reaproveitá-lo. E, se a ordem hoje é comprar um novo, já que as ofertas e condições de pagamentos acabam quase sempre sendo mais compensadoras do que as do conserto, nada melhor do que tornar possível o reaproveita- mento por empresas de direito. Essa é a premissa da Logística Rever- sa, que tem como objetivo planejar, operar e controlar o fluxo físico e de informações, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo Fonte: Globo Ecologia Data: 26/09/2013 Leia a notícia na íntegra: http://redeglobo.globo.com/globoecologia/ noticia/2011/12/logistica-reversa-estimula-reciclagem-de-aparelhos- -eletroeletronicos.html NA PRÁTICA CINCO BONS EXEMPLOS DE LOGÍSTICA REVERSA DO SETOR DE COSMÉTICOS http://redeglobo.globo.com/globoecologia/noticia/2011/12/logistica-reversa-estimula-reciclagem-de-aparelhos-eletroeletronicos.html http://redeglobo.globo.com/globoecologia/noticia/2011/12/logistica-reversa-estimula-reciclagem-de-aparelhos-eletroeletronicos.html http://redeglobo.globo.com/globoecologia/noticia/2011/12/logistica-reversa-estimula-reciclagem-de-aparelhos-eletroeletronicos.html 30 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S Há exemplos de logística reversa do setor de cosméticos de empre- sas que realizam o recolhimento das embalagens pós-consumo. Bons exemplos de logística reversa do setor de cosméticos têm a Avon, que criou um programa para coletar embalagens e resíduos de maquiagem e esmaltes de qualquer marca. Estas organizações se preocupam com a sustentabilidade e a logística reversa, que deve ser implementada nas indústrias, como determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Os resíduos de cosméticos são disponibilizados para a reciclagem. Re- ciclar resíduos de cosméticos é uma alternativa lucrativa e ecologica- mente correta. Disponível em: https://www.vgresiduos.com.br/blog/cinco-bons-exem- plos-de-logistica-reversa-do-setor-de-cosmeticos/ PARA SABER MAIS Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=n0SGv2__1rI. Aces- so em: 24 de mar. 2020. http://www.rodoeng.com.br/novidades/o-que-e-logistica-empresarial/. Acesso em: 24 de mar. 2020. https://www.avon.com.br/a-beleza-de-reciclar https://www.vgresiduos.com.br/blog/tornar-sua-empresa-sustentavel/ https://www.vgresiduos.com.br/blog/como-lucrar-com-a-logistica-reversa-de-embalagens/ https://www.vgresiduos.com.br/blog/como-lucrar-com-a-logistica-reversa-de-embalagens/ http://www.mma.gov.br/pol%C3%ADtica-de-res%C3%ADduos-s%C3%B3lidos https://www.consultoriaiso.org/importante-ser-uma-marca-ecologicamente-correta/ https://www.consultoriaiso.org/importante-ser-uma-marca-ecologicamente-correta/ 31 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S A globalização trouxe homogeneização das necessidades do consumidor, liberalização do comércio e vantagens competitivas de operar. As empresas são forçadas a pensar e agir globalmente para sobreviver em um ambiente tão dinâmico. Além disso, outra mudança significativa diz respeito aos clientes, pois eles são mais exigentes em termos de qualidade, prazo de entrega e atendimento de pedidos. Nesse contexto, as empresas devem ser cada vez mais fle- xíveis e reativas para antecipar e se adaptar a essas mudanças. Essa busca por flexibilidade e reatividade afeta a concepção e o gerencia- mento de empresas e, de maneira mais geral, seus sistemas logísticos, contribuindo para o desenvolvimento de relações de parceria e para o surgimento de fusões ou alianças estratégicas entre empresas. Como resultado, uma empresa não pode mais ser considerada como uma en- tidade isolada, mas como um componente de uma rede de suprimentos mais ampla. ESCOPO DA LOGÍSTICA G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S 32 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S As empresas, de modo geral, começaram a implementar várias estratégias para permanecerem competitivas no mercado. A logística é uma das principais áreas desses processos, pois a entrega de merca- dorias ao comprador é tão importante quanto qualquer outra atividade nos negócios e no marketing. Muitas vezes, a parte mais crucial do comércio é a entrega pontual de mercadorias a um custo razoável. De fato, o potencial comprador pode estar disposto a pagar um preço ainda mais alto por suprimentos oportunos. O surgimento da logística como atividade integradora, com o movimento de matérias-primas de suas fontes de suprimento para a linha de produção, terminando com o movimento de produtosacabados para o cliente, ganhou especial importância. Anteriormente, todas as funções que incluíam logística não eram vistas como componentes de um único sistema. O desenvolvimento do interesse em logística, após a revolução industrial e a Segunda Guerra Mundial, contribuiu para o crescimento do escopo das atividades logísticas. As seguintes áreas listadas adiante são o principal escopo da logística: • Previsão de demanda; • Comunicação de distribuição; • Controle de inventário; • Manuseio de materiais; • Processamento de pedido; • Suporte de peças e serviços; • Seleção lateral da planta e do armazém; • Compras; • Embalagem; • Eliminação de resíduos e sucata; • Tráfego e transporte; • Armazenagem e armazenamento; • Utilitário Hora e Local; • Movimento eficiente para o cliente; • Devolução de mercadorias; • Atendimento ao Cliente. Mediante o exposto como escopo da logística, deve-se enten- dê-la como movimentação, armazenamento e fluxo de mercadorias, serviços e informações dentro e fora da organização. O gerenciamento de todas as atividades que estão direta ou indiretamente ligadas a estes processos é denominado Gestão da Cadeia de Suprimentos (SCM, do inglês, Supply Chain Management). A gestão da cadeia de suprimentos é uma maneira de vincular os principais processos de negócios dentro e entre empresas em um 33 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S modelo de negócios de alto desempenho que gera vantagem competi- tiva. Neste sentido, o foco principal da SCM é uma vantagem competi- tiva, enquanto o foco principal da logística é atender aos requisitos do cliente. GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS OU SUPPLY CHAIN MA- NAGEMENT (SCM) Uma cadeia de suprimentos é basicamente um grupo de orga- nizações independentes conectadas por meio de produtos e serviços aos quais elas agregam valor separadamente e / ou em conjunto, a fim de entregá-los ao consumidor final. É um conceito estendido de uma or- ganização que agrega valor aos seus produtos ou serviços e os entrega aos seus clientes. Nas últimas três décadas, o conceito e a teoria da gestão de negócios passaram por profundas mudanças e desenvolvimento. Mui- tas formas antigas de fazer negócios foram desafiadas e muitas novas ideias e abordagens foram criadas, entre elas, a reengenharia de pro- cessos de negócios, gerenciamento estratégico, pensamento enxuto, fabricação ágil, balanced scorecard, estratégia do oceano azul etc. O gerenciamento da cadeia de suprimentos (SCM, do inglês Supply Chain Management) é, sem dúvida, uma daquelas abordagens de gerencia- mento novas e bem desenvolvidas que surgiram e se desenvolveram rapidamente em todos os setores do mundo. A primeira aparição do termo SCM, como conhecemos hoje, publicado em mídias e literaturas reconhecíveis, remonta ao início dos anos 80. Mais precisamente, ele apareceu pela primeira vez em um ar- tigo do Financial Times, escrito por Oliver e Webber em, 1982, descre- vendo a gama de atividades realizadas pela organização na aquisição e gerenciamento de suprimentos. No entanto, as primeiras publicações do gerenciamento da cadeia de suprimentos na década de 80 foram focadas principalmente em atividades de compra e atividades relacio- nadas à redução de custos. O grande desenvolvimento e os aumentos significativos de pu- blicações nas áreas de integração da cadeia de suprimentos e rela- cionamento fornecedor-comprador ocorreram nos anos 90, quando o conceito como conhecemos hoje foi gradualmente estabelecido. Sob um ambiente de negócios renovado, uma abordagem de gerenciamento focada na organização não é mais adequada para ofere- cer a competitividade necessária. Os gerentes devem, portanto, enten- der que seus negócios são apenas parte das cadeias de suprimentos 34 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S das quais participaram e é a cadeia de suprimentos que ganha ou perde a concorrência. Assim, a arena da concorrência está passando de “organiza- ção contra organização” para “cadeia de suprimentos contra cadeia de suprimentos”. A sobrevivência de qualquer empresa, hoje, não depende mais apenas de sua própria capacidade de competir, mas da capacida- de de cooperar na cadeia de suprimentos. A relação aparentemente independente entre as organizações dentro da cadeia de suprimentos se torna cada vez mais interdepen- dente. Você “afunda ou nada com a cadeia de suprimentos”. A maneira mais prática e realmente mais segura de gerenciar melhor um negócio é gerenciá-lo junto com a cadeia de suprimentos por meio de posiciona- mento estratégico apropriado, configuração estrutural adequada, cola- boração, integração e liderança. A importância primordial de fazer isso não deriva das teorias ou do raciocínio, mas é suportada pela melhoria do desempenho dos negócios e pelos resultados medidos pelo merca- do pelos clientes. Conceitos, Objetivos e Características Um amplo consenso conceitual sobre a noção de Supply Chain (SC, do inglês, Cadeia de Suprimentos) e Supply Chain Management (SCM, do inglês, Gestão da Cadeia de Suprimentos) está além da dúvida razoável de qualquer pessoa devido às diversas definições encontradas na literatura. Com base nisso, define-se para este módulo o seguinte: • Supply Chain (SC): a cadeia de suprimentos é definida como um grupo de empresas participantes interconectadas que agregam valor a um fluxo de insumos transferidos de sua fonte de origem para os pro- dutos ou serviços finais exigidos pelos consumidores finais designados; • Supply Chain Management (SCM): o gerenciamento da ca- deia de suprimentos é simples e, em última instância, o gerenciamento de negócios, qualquer que seja seu contexto específico, percebido e re- presentado a partir da perspectiva relevante da cadeia de suprimentos. Da definição de cadeia de suprimentos, existem várias caracte- rísticas principais que já foram usadas para retratá-la. Primeiro, uma ca- deia de suprimentos é formada, e só pode ser formada, se houver mais de uma empresa participante. Segundo, as empresas participantes de uma cadeia de suprimentos normalmente não pertencem à mesma pro- priedade comercial e, portanto, existe uma independência legal entre elas. Terceiro, essas empresas estão interconectadas no compromisso comum de agregar valor ao fluxo de material que atravessa a cadeia de 35 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S suprimentos. Esse fluxo de material, para cada empresa, entra como insumo transformado e sai como resultado de valor agregado. Intuitivamente, pode-se imaginar uma cadeia de suprimentos como algo semelhante a uma “cadeia”, na qual os “elos” são as empre- sas participantes que estão interconectadas no processo de agregação de valor, como se pode ver na Figura 3. O link no lado a montante do fluxo de material é o fornecedor do fornecedor; e no lado a jusante do fluxo de material está o cliente. Geralmente, há o fabricante no meio. Figura 3 – Fluxo de entrega de valor da cadeia de suprimentos Fonte: autoria própria (2019). No final de uma cadeia de suprimentos, encontra-se o produto e/ou serviço criado pela cadeia de suprimentos para o consumidor final. Assim, a razão fundamental da existência de uma cadeia de suprimen- tos está ligada ao atendimento ao consumidor final no mercado. O grau de quão bem uma cadeia de suprimentos pode atender seus consumi- dores define, em última análise, sua vantagem competitiva no mercado. Por sua vez, definir o gerenciamento da cadeia de suprimentos pode ser extremamente fácil e extremamente difícil. É fácil, porque é amplamente conhecido e praticado em quase todas as empresas. Difi- cilmente é necessário ensinar o “A, B, C” novamente. Também é extre- mamente difícil porque a definição deve capturar tudo o que o geren- ciamento da cadeia de suprimentos na prática alcançou em toda parte. Raramente qualquer aspecto dogerenciamento organizacio- nal de negócios não está relacionado ou influenciado pelas empresas externas da cadeia de suprimentos. Portanto, a melhor maneira de gerenciar os negócios é levar em consideração e se envolver com as organizações externas na tomada de decisões, a fim de alcançar os objetivos finais dos negócios, o que significa gerenciamento da cadeia de suprimentos. Em outras palavras, a tentativa de identificar um conjunto de atividades de gerenciamento da cadeia de suprimentos que não tem 36 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S nada a ver com atividades conhecidas de gerenciamento de negócios seria inútil. O início do conceito de gerenciamento da cadeia de supri- mentos não criou um novo conjunto de atividades funcionais que nunca haviam sido realizadas antes. O que ele criou é uma nova maneira de entender como as atividades de negócios podem ser melhor realizadas. O gerenciamento da cadeia de suprimentos definido como tal já elevou o conceito moderno de gerenciamento de negócios do do- mínio focado na organização ao sistema focado na cadeia de supri- mentos, dando origem à maior eficácia na consecução dos objetivos estratégicos. Como já comentado nesta seção, a concorrência de hoje não é mais vista como a empresa contra a empresa, mas a cadeia de suprimentos contra a cadeia de suprimentos. O gerenciamento da ca- deia de suprimentos é, portanto, uma nova perspectiva em relação às atividades antigas. Essa definição explica efetivamente porque o gerenciamento da cadeia de suprimentos pode ser feito de maneiras tão diversas; porque atividades de gerenciamento aparentemente completamente diferentes podem ser chamadas de gerenciamento da cadeia de suprimentos; por- que agora a mesma função de gerenciamento tradicional tem o direito de gerenciar a cadeia de suprimentos; e assim por diante. A resposta é simplesmente isso, porque começamos a ver os problemas de gerencia- mento e a tomar ações da perspectiva da cadeia de suprimentos. Essa definição certamente dá ao conceito de gerenciamento da cadeia de suprimentos uma natureza onipresente e generalizada. Mas isso não significa que não haja nada identificável exclusivamente por si só. Ainda é possível identificar alguns componentes conceituais praticamente muito úteis do gerenciamento da cadeia de suprimentos. Qualquer prática e atividade de gerenciamento da cadeia de suprimen- tos é capturada pelos três componentes conceituais: configuração da SC; relacionamento com a SC; e coordenação da SC. A Figura 4, a se- guir, ilustra a relação entre os componentes conceituais e, em seguida, a explicação de cada componente. 37 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S Figura 4 - Relacionamento dos componentes de SCM Fonte: autoria própria (2019). • A configuração da cadeia de suprimentos é sobre como uma cadeia de suprimentos que é construída a partir de todas as empresas participantes. Isso inclui o tamanho da base de suprimento para o fabricante; quão ampla ou estreita é a extensão da integração vertical (que é a propriedade única de atividades consecutivas ao longo da cadeia de suprimentos); quanto das operações do fabricante são terceirizadas; como o canal de distribuição a jusante é projetado; e as- sim por diante. Também é conhecida como arquitetura da cadeia de suprimentos. A decisão sobre a configuração da cadeia de suprimentos é estratégica e em um nível superior; • O relacionamento da cadeia de suprimentos trata de rela- cionamentos entre empresas em toda a cadeia de suprimentos, embora o foco principal do relacionamento esteja frequentemente no fabricante, em seus fornecedores de primeira linha e clientes de primeira linha, assim como no relacionamento entre eles. O tipo e o nível do relaciona- mento são determinados pelo conteúdo das trocas interorganizacionais. É provável que o relacionamento seja do tamanho de um braço se eles apenas trocaram o volume e o preço da transação; por outro lado, o relacionamento seria considerado uma parceria próxima se as partes trocassem sua visão, planejamento de investimentos, processo e infor- mações financeiras detalhadas. A decisão sobre o relacionamento da 38 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S cadeia de suprimentos é estratégica e operacional; • Coordenação da cadeia de suprimentos refere-se princi- palmente à coordenação operacional entre empresas dentro de uma cadeia de suprimentos. Envolve a coordenação de fluxos contínuos de material dos fornecedores para os compradores e até o consumidor fi- nal, de maneira preferencialmente JIM. O gerenciamento de estoque em toda a cadeia de suprimentos pode ser um ponto focal importante para a coordenação. Capacidade de produção, previsão, programação de fabricação e até serviços ao cliente constituirão o principal conteúdo das atividades de coordenação na cadeia de suprimentos. A decisão sobre a coordenação da cadeia de suprimentos tende a ser operacional. Integração de Atividades Intra e Interorganizacional A integração da cadeia de suprimentos pode ser definida como uma estreita coordenação interna e externa entre as operações e pro- cessos da cadeia de suprimentos, sob a visão e o valor compartilha- dos entre os membros participantes. Normalmente, uma cadeia de su- primentos bem integrada exibirá alta visibilidade, menor estoque, alta capacidade de utilização, prazo de entrega curto e alta qualidade do produto (baixa taxa de defeitos). Portanto, gerenciar a integração da cadeia de suprimentos tornou-se uma das abordagens mais comuns de gerenciamento da cadeia de suprimentos que podem enfrentar os desafios globais. No entanto, não existe uma cadeia de suprimentos estritamen- te 100% integrada, nem qualquer uma que seja estritamente 0% inte- grada. É sobre o quanto a cadeia de suprimentos está integrada do ponto de vista de uma empresa focal. A questão da integração de supri- mentos é particularmente importante quando a cadeia de suprimentos é formada por membros espalhados em todo o mundo. O estreito relacionamento entre os membros da cadeia de su- primentos é uma parte indispensável da integração da cadeia de supri- mentos, e a integração da cadeia de suprimentos é uma parte indispen- sável do sucesso dos negócios. Qualquer empresa precisa desenvolver uma coordenação eficaz dentro e além de seus limites, a fim de maximi- zar o potencial de conversão de vantagem competitiva em rentabilidade. Basicamente, é disso que trata a integração da cadeia de su- primentos. Conceitualmente, a integração da cadeia de suprimentos significa que as empresas participantes legalmente independentes coordenam-se perfeitamente, como se fossem uma empresa, a fim de alcançar o objetivo comum. 39 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S Uma cadeia de suprimentos integrada coordenará o atendi- mento do pedido para corresponder ao consumo real no final da cadeia de suprimentos e sincronizará a produção dos fornecedores para garan- tir a entrega oportuna dos produtos no local certo, na hora certa e com o preço certo. O Walmart, por exemplo, compartilha dados de pontos de venda, incluindo dados de vendas e estoque com seus principais fornecedores. O rastreamento das vendas diárias permite que os forne- cedores diferenciem itens populares de itens lentos e respondam rapi- damente para reabastecer ou descontinuar os itens nas lojas de varejo, onde a forte coordenação propicia a redução dos custos de estoque. Na Figura 5 está evidenciada uma estrutura de integração da SC. Ela analisa o fluxo de produtos que passa por uma cadeia de supri- mentos típica, que tem o fabricante como a empresa focal no meio, en- volvendo duas camadas de fornecedores a montante e duas camadas de clientes a jusante. Acima de tudo, o fluxo de informações através da cadeiade suprimentos é a infraestrutura essencial para a integração. O conteúdo da integração é gerenciado em 8 dimensões, sendo elas: • Gerenciamento de relacionamento com cliente; • Gerenciamento de atendimento ao cliente; • Gerenciamento de demanda; • Atendimento de pedidos; • Gerenciamento de fluxo de fabricação; • Gerenciamento de relacionamento com fornecedores; • Desenvolvimento e comercialização de produtos; • Gerenciamento de devoluções. 40 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S Figura 5 – Processo de SCM Fonte: adaptado de CROXTON, K. L., GARCIA-DASTUGE, D.M. et al (2001). A coordenação entre empresas independentes, como forne- cedores de matérias-primas, fabricantes, distribuidores, fornecedores terceirizados de logística e varejistas é a chave para obter a flexibilida- de necessária para permitir que eles melhorem progressivamente os processos da cadeia de suprimentos em resposta às rápidas mudanças nas condições do mercado. A má coordenação entre os membros da ca- deia pode causar desempenho operacional disfuncional. Algumas das consequências negativas da falta de coordenação incluem custos de estoque, prazos de entrega mais longos, custos mais altos de transpor- te, níveis mais altos de perdas e danos e menor atendimento ao cliente. Como os membros da cadeia de suprimentos são amplamen- te independentes, as mudanças que ocorrem em qualquer um deles provavelmente afetam o desempenho dos outros e da cadeia de su- primentos como um todo. O desempenho da cadeia de suprimentos, portanto, é sempre o desempenho “integrado”, com ou sem influência de gerenciamento, ou seja, a cadeia de suprimentos está interligada de uma maneira ou de outra, embora muito complexa. No entanto, para melhorar o desempenho geral da cadeia de suprimentos para um nível desejado, um esforço coordenado deve ser realizado. Uma ação coor- denada não apenas se mostrou útil, mas talvez seja a única abordagem eficaz para mitigar a variabilidade da demanda e o excesso de estoques 41 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S no processo. Se a integração da cadeia de suprimentos é sobre o proces- so de planejamento, execução e controle da interdependência de ativi- dades realizadas por diferentes membros ou unidades de negócios da cadeia de suprimentos, a fim de criar valor para o consumidor final, o gerenciamento da cadeia de suprimentos está basicamente gerencian- do a integração da cadeia de suprimentos. Grande parte do design da cadeia de suprimentos é determi- nada pela extensão da integração vertical. A integração vertical é defi- nida como a propriedade única de atividades consecutivas ao longo da cadeia de suprimentos, o que não deve ser confundido com o conceito de integração da cadeia de suprimentos. Uma cadeia de suprimentos bem integrada pode não ter uma grande extensão de integração verti- cal. Se um fabricante não possui a propriedade de seus fornecedores e clientes, é considerado como possuidor de uma extensão estreita de integração vertical. Por outro lado, se tem vários níveis de fornecedores e clientes, é considerado como possuidor de uma grande extensão de integração vertical. Indicadores de Desempenho Logístico na Cadeia de Suprimentos A cadeia de suprimentos é essencialmente a espinha dorsal de qualquer negócio: um ecossistema vivo que garante a entrega sua- ve, eficiente e consistente de um produto ou serviço de um fornecedor para o cliente. E se sua cadeia de suprimentos for ineficiente, ineficaz ou fragmentada, isso poderá prejudicar seriamente suas perspectivas comerciais. Estudos recentes sugerem que 79% das empresas com ca- deias de suprimentos de alto desempenho obtêm um crescimento de receita superior à média em seu setor. No entanto, apesar do claro valor de desenvolver uma cadeia de suprimentos eficiente, 40% das empre- sas não estão olhando para métricas ou automação de desempenho da cadeia de suprimentos para melhorar seus processos. As métricas da cadeia de suprimentos são definidas estabe- lecendo parâmetros específicos que são usados para quantificar e de- finir o desempenho da cadeia de suprimentos. As métricas podem ser utilizadas nas métricas de precisão e rotatividade do inventário, até a proporção entre estoque e vendas. Com relação ao crescimento, à evolução, ao desenvolvimento e sucesso contínuos dos esforços de fornecimento, atendimento e entrega da sua empresa, as métricas de desempenho da cadeia de suprimentos 42 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S são as ferramentas mais valiosas disponíveis na ponta dos dedos. Ao coletar, curar e analisar as principais métricas da cadeia de suprimentos, você poderá detectar ineficiências em seu ecossistema, capitalizando seus pontos fortes atuais e estabelecer metas que ajudarão sua cadeia de suprimentos a crescer com o sucesso de sua empresa. Dito isso, o gerenciamento da cadeia de suprimentos precisará de um conjunto de indicadores-chave de desempenho (KPI, do inglês, Key Performance Indicators). Alguns dos KPI mais usados para cadeias de suprimentos estão relacionados abaixo: 1. Ciclo de tempo de caixa em dinheiro: calcular o tempo ne- cessário para transformar seus recursos em fluxos de caixa genuínos; 2. Precisão na conta de frete: fundamental para a lucratividade e a satisfação do cliente; 3. Taxa de Pedidos Perfeita: mede o sucesso de sua capacida- de de entregar pedidos sem incidentes; 4. Dias de vendas pendentes: mede a rapidez com que você é capaz de coletar ou gerar receita de seus clientes; 5. Rotatividade de estoque: permite entender o número de ve- zes que seu estoque inteiro foi vendido em um determinado período de tempo; 6. Margem Bruta sobre Retorno de Investimento em Inventário: visão de quais itens do seu inventário são de baixo desempenho e quais valem a pena investir em mais; 7. Envio no prazo: quanto tempo você pode precisar para en- viar um tipo específico de pedido a um cliente; 8. Motivo do retorno: visão astuta dos vários motivos que levam os clientes a devolverem seus pedidos; 9. Velocidade de Inventário: instantâneo visual da porcenta- gem de inventário projetada para consumo dentro do próximo período; 10. Dias de suprimentos em estoque: número de dias que você levaria para ficar sem estoque, se não for reabastecido. Fundamentalmente, os KPI para a cadeia de suprimentos mede a capacidade de resposta do mercado em termos de velocidade da variedade de produtos e qualidade do serviço. No entanto, os KPI detalhados de uma organização específica devem estar alinhados com suas estratégias de negócios de nível superior e relacionados ao setor da indústria e às categorias de produtos. Ou seja, os KPI devem variar para cada configuração do SCM, a depender da característica de cada empresa e mercado no qual esteja inserida. 43 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S GESTÃO ORGANIZACIONAL GLOBALIZADA Até o momento, nosso mercado mundial é dominado princi- palmente por muitas marcas globais bem estabelecidas. Nas últimas três décadas, tem havido uma tendência constante de convergência do mercado global: a tendência de os mercados nativos começarem a con- vergir para um conjunto de produtos ou serviços similares em todo o mundo. O resultado final da convergência do mercado global é que as empresas obtiveram sucesso em seus produtos ou serviços e agora têm o mundo inteiro para abraçar tanto o marketing quanto o suprimento. Para as organizações e suas cadeias de suprimentos, a lógica de se tornar global também é claramente reconhecível do ponto de vista econômico. Eles estão apenas buscando oportunidades de crescimento expandindo seus mercados para onde quer que haja mais potencial de lucro; e onde quer que os recursos sejam mais baratos, a fim de reduzir os custos gerais da cadeiade suprimentos. As colaborações interorga- nizacionais nas fronteiras tecnológicas e nas presenças de mercado, nos mercados predominantemente não homogêneos, também podem ser os fortes impulsionadores dos bastidores. Nesse estágio global, há várias características importantes que as cadeias de suprimentos globais precisam reconhecer antes de pode- rem se orientar: • Sem fronteiras: as fronteiras nacionais não são mais os li- mites para o desenvolvimento da cadeia de suprimentos em termos de fornecimento, marketing, fabricação e entrega. Esse fenômeno sem fronteiras está muito além dos fluxos visíveis de materiais da cadeia de suprimentos globalizada. Também se manifesta fortemente em termos de dimensões invisíveis do desenvolvimento global, como marcas, ser- viços, colaboração tecnológica e financiamento; • Conexão cibernética: o ambiente de negócios global não é mais um cluster de muitos mercados locais independentes, mas sur- giu como um mercado único interconectado por meio de conexões ci- bernéticas predominantemente e cada vez mais importantes. Por esse motivo, a interconexão do nosso ambiente de negócios global é quase “invisível”, espontânea, menos controlável e certamente irreversível; • Desregulamentado: as barreiras comerciais em todo o mun- do foram demolidas ou pelo menos significativamente reduzidas. As zo- nas econômicas e de livre comércio em todo o mundo promoveram uma concorrência aberta e justa e criaram, embora nunca perfeitas, condi- ções equitativas no cenário global. A desregulamentação simplifica e re- move as regras e regulamentos que restringem a operação do mercado; 44 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S • Consciência ambiental: a última década testemunhou as crescentes preocupações com o impacto negativo dos negócios e do desenvolvimento econômico no ambiente natural. O movimento global em direção a estratégias de negócios mais sustentáveis e ecologica- mente corretas desempenha um papel importante no desenvolvimento da cadeia global de suprimentos de hoje. Isso também é impulsionado pelas ações de legisladores e agências reguladoras. A pegada de car- bono é agora uma medida importante de desempenho da sustentabili- dade para muitas cadeias de suprimentos globais; • Responsabilidade social: junto com isso, há um impacto socioeconômico mais amplo. O comércio justo e a ética nos negócios se tornam cada vez mais as principais medidas de responsabilidade social das empresas e os principais fatores para a tomada de decisões de negócios. A pressão social atinge o coração da marca de uma em- presa na mente do consumidor. A cidadania corporativa global e a res- ponsabilidade social constituem mais um importante fator ambiental dos negócios que pode criar ou quebrar um negócio. Em um ambiente de negócios global tão em mudança, quais são os novos desafios estratégicos e operacionais? No nível macro, há pelo menos quatro desafios estratégicos importantes que terão um impacto geral e de longo prazo na arquitetura, bem como no processo de gerenciamento das cadeias de suprimentos globais. Esses desafios estratégicos tendem a ser inter-relacionados dinamicamente entre si. A magnitude desses desafios varia de indústria para indústria, de tempos em tempos. Dentre os desafios estratégicos, destacam-se: • Dimensão de mercado: a flutuação da demanda no nível do mercado consumidor representa um sério desafio para a configuração de ativos da cadeia de suprimentos, sincronização de capacidade e ge- renciamento de leadtime. Mais frequentemente, desencadeia o ‘efeito chicote’ em toda a cadeia de suprimentos, resultando em um custo ope- racional mais alto e na entrega insatisfatória de produtos e serviços; • Dimensão tecnológica: a tecnologia e o nível de sofisticação na aplicação da tecnologia para vantagens competitivas há muito são reconhecidos como os principais desafios estratégicos no gerenciamen- to da cadeia de suprimentos. Isso é ainda mais notável quando estamos falando sobre o desenvolvimento da cadeia de suprimentos em um ce- nário global; • Dimensão de recursos: não surpreende que um dos principais desafios estratégicos no desenvolvimento da cadeia de suprimentos global seja a implantação de recursos. O termo recurso, nesse contexto, significa quaisquer recursos estrategicamente impor- tantes, incluindo recursos financeiros, recursos da força de trabalho, 45 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S recursos intelectuais, recursos materiais naturais, infraestrutura e recur- sos relacionados a ativos e assim por diante; • Dimensão de tempo: os principais desafios da cadeia de suprimentos global estão relacionados ao tempo, e estão se tornan- do ainda mais relacionados ao tempo do que nunca, dado que todo o resto seja igual; as diferenças no tempo podem criar ou quebrar uma cadeia de suprimentos. Quando surge nova oportunidade de mercado, geralmente é quem entra no mercado primeiro que obtém as maiores vantagens. Todos os desafios nas três dimensões são, obviamente, inter- -relacionados e até interdependentes entre si. Um estrategista da cadeia de suprimentos deve ter uma visão sólida do sistema para entender as complexas relações de todos os fatores em toda a cadeia de suprimen- tos e sobre a projeção de longo prazo. Esses desafios estratégicos, sem dúvida, deram origem ao nível de risco do desenvolvimento da cadeia de suprimentos global. Neste capítulo 2, foi possível conhecer os conceitos, as ca- racterísticas, objetivos, tendências e estratégias do gerenciamento de cadeia de suprimentos e da gestão organizacional globalizada da SCM. É de suma importância conhecer o contexto no qual a sua empresa está inserida para que então as melhores práticas e estratégias sejam realizadas. No próximo capítulo será possível entender mais sobre os operadores que compõem as cadeias de suprimentos e, além disso, absorver um pouco sobre as tendências do uso da tecnologia da infor- mação no gerenciamento das SC. 46 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 1 Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRF - SE Prova: Quadrix - 2019 - CRF - SE - Administrador Em relação à função de planejamento, julgue o item. A missão organizacional é um norteador estratégico e, a partir de sua concepção, são elaborados planos para se atingir aquilo que ela idealiza. ( ) Certo ( ) Errado QUESTÃO 2 Ano: 2013 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: STF Prova: CESPE - 2013 - STF - Analista Judiciário - Comunicação Social Julgue os itens subsequentes, relativos à responsabilidade social, consumo sustentável, relações com a comunidade e marketing social. A responsabilidade social começa e evolui, passo a passo, com a responsabilidade legal, pois as ações geradoras de um balanço social fundamentam-se na sua estrita legalidade ( ) Certo ( ) Errado QUESTÃO 3 Ano: 2009 Banca: CESGRANRIO Órgão: Termo Macaé Prova: CESGRANRIO - 2009 – Termo Macaé - Administrador A gestão da distribuição física e os sistemas de estoque de múl- tiplos estágios são muito utilizados pelas empresas. Na rede de suprimentos, os armazéns e centros de distribuição têm, entre ou- tras, as funções abaixo, EXCETO a de: A) simplificar o sistema de comunicação. B) reduzir o número de rotas de transporte. C) proteger as cargas embarcadas contra furtos. D) prover pontos para fracionamento de volumes. E) melhorar a coordenação entre a oferta e a demanda. QUESTÃO 4 Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: CODEBA Prova: Apoio Administrati- vo Nível: Superior O Sistema Logístico organiza o processo de produção e venda de produtos sujeitos a operações de manuseamento e transporte. Assinale a opção que apresenta corretamente os três ciclos do sis- https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/quadrix https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/crf-se https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/quadrix-2019-crf-se-administradorhttps://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/quadrix-2019-crf-se-administrador https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cespe-cebraspe https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/stf https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2013-stf-analista-judiciario-comunicacao-social https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2013-stf-analista-judiciario-comunicacao-social https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cesgranrio https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/termomacae https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cesgranrio-2009-termomacae-administrador 47 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S tema logístico. A) Ciclo de produção, ciclo de armazenamento e ciclo de transporte. B) Ciclo do produtor, ciclo do estoquista e ciclo do distribuidor. C) Ciclo da produção, ciclo do atacadista e ciclo do varejo. D) Ciclo de aprovisionamento, ciclo de apoio à produção e ciclo de dis- tribuição física. E) Ciclo montagem, ciclo de distribuição e ciclo de aprovisionamento. QUESTÃO 5 Ano: 2017 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: IFB Prova: CESPE - 2011 - IFB - Professor - Logística Acerca de processos logísticos, julgue os próximos itens. A organização integrada, última etapa da evolução da cadeia de su- primentos, tem alinhados os diversos subprocessos da empresa, e a gestão de operações é integrada aos processos estratégicos, gerando desempenho superior e melhoria contínua. ( ) Certo ( ) Errado QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE A união entre a logística e a gestão visa proporcionar o gerenciamento de todas as tarefas referentes à mencionada logística, sejam elas inter- nas e/ou externas, presentes em uma organização, sendo também a in- cumbida por proporcionar o controle e a cooperação entre todos os que participam das referidas atividades. Nesse sentido, conceitue a gestão na cadeia de suprimentos. TREINO INÉDITO Assunto: Cadeia de Suprimentos A importância acerca do entendimento direcionado para a cadeia de suprimentos é fundamental para a identificação das necessida- des da SCM. Nesse sentido, assinale a única alternativa que não contém uma das formas necessárias para a melhoria das ativida- des em questão: A) A localização de fornecedores de matéria-prima B) A fabricação do produto C) A armazenagem do produto D) A previsão e o planejamento do equilíbrio entre a oferta e a demanda E) O não retorno acerca do atendimento ao cliente NA MÍDIA RETAIL MEDIA CRIA PROJETO IOD - IMPRESSIONS ON DEMAND https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cespe-cebraspe https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/ifb https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2011-ifb-professor-logistica https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2011-ifb-professor-logistica 48 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S Sistema permite analisar o desempenho de campanhas cruzando da- dos de vendas com estoque de produtos, garantindo a assertividade da venda no varejo. O setor de varejo está em constante evolução devido a diversos fato- res como a variação econômica, o comportamento do consumidor e também pela recente transformação digital. Organizar e administrar os estoques exige o controle de milhares de produtos que precisam estar disponíveis nas prateleiras de incontáveis pontos de venda. Para apoiar estratégias publicitárias que promovam a venda desses itens nas lojas, a Retail Media, empresa líder em ambientes de consu- mo, presente nas redes Pão de Açúcar, Extra Hiper/Super e Hirota, ofe- rece ao mercado anunciante o Projeto IOD ou Impressions on Demand. Fonte: SEGS Data: 03 de outubro de 2019 Leia a notícia na íntegra:https://www.segs.com.br/mais/economia/ 195435-retail-media-cria-projeto-iod-impressions-on-demand NA PRÁTICA GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Um bom exemplo da gestão da cadeia de suprimentos vem do uso de ferramentas para o gerenciamento de transações digitais. Estamos fa- lando do Digital Transaction Management (DTM), software para a assi- natura eletrônica de documentos e a gestão automatizada de arquivos. Com o DTM, é possível se livrar da papelada e realizar determinadas tarefas de forma simples, rápida e segura — como a assinatura de con- tratos ou a emissão de pedidos de compra. Um caso de sucesso dessa ferramenta vem de uma gigante da tecno- logia: a HP. Com uma plataforma de DTM, a empresa conseguiu me- lhorar o tempo de turnaround de documentos em 93%, diminuiu 70% das etapas exigidas no ciclo de contratação de clientes e economizou cerca de 33 dólares por arquivo enviado, montante que seria gasto em impressão, fax e envio de papéis. Fonte: https://www.docusign.com.br/blog/gestao-da-cadeia-de-supri- mentos/ PARA SABER MAIS Acesse os links: https://www.docusign.com.br/blog/gestao-da-cadeia- -de-suprimentos/. Aceso em 24 de mar. 2020. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-7612200 6000400010. Aceso em 24 de mar. 2020. https://www.docusign.com.br/blog/case-de-sucesso-como-a-hp-economizou-tempo-e-dinheiro-com-a-plataforma-dtm/ 49 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S Uma das questões mais importantes do gerenciamento da ca- deia de suprimentos é projetar e planejar a arquitetura geral da rede da cadeia de suprimentos e os fluxos de agregação de valor que passam por ela. Isso significa que os gerentes devem dar um passo atrás e olhar para a cadeia de suprimentos como um todo para formular estratégias e processos que maximizem a agregação total de valor da cadeia de suprimentos e minimizem os custos totais da cadeia de suprimentos. Os principais conteúdos desse projeto e planejamento da ar- quitetura incluem configuração, extensão da integração vertical, tercei- rização estratégica, decisões de localização, planejamento de capaci- dade e tratamento do efeito chicote. Estes conteúdos serão abordados introdutoriamente neste capítulo. Existem também outros aspectos do design e planejamento, como a postura de relacionamento. A configuração da cadeia de suprimentos representa como os PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA LOGÍSTICA G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S 50 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S membros da empresa participantes da cadeia são conectados entre si para entregar o produto ou serviço ao cliente final. Para um fabricante, quantos fornecedores ele usa, como os fornecedores são agrupados, categorizados ou em camadas, onde eles estão localizados geografica- mente, a propriedade e a independência dos fornecedores, a escolha dos canais de distribuição são todos os problemas de planejamento da estratégico da cadeia de suprimentos. O fato é que as empresas têm a opção de configurar suas cadeias de suprimentos da maneira que con- sideram mais apropriada e benéfica. No entanto, não há uma “melhor” configuração única para todas as cadeias de suprimentos. Tudo depen- de dos setores da indústria, ambiente de mercado, estágios do ciclo do produto e assim por diante. A configuração planejada da cadeia de suprimentos também pode ser observada da perspectiva do relacionamento da rede. Quando o fabricante forma sua rede de suprimentos por meio de fornecedores e distribuidores em camadas com estabilidade a médio e longo prazo, pode ser chamado de “Rede Estável”. Quando o fabricante não possui muitos desses fornecedores e clientes em camadas a longo prazo, mas usa dinâmica e principalmente fornecedores e distribuidores de curto prazo para alcançar alto nível de flexibilidade operacional e agilidade estratégica, pode ser chamada de ‘”Rede Dinâmica”. Os dois tipos am- plos de configuração de rede estão ilustrados na Figura 6. Figura 6 – Tipos deconfiguração de rede de SCM Fonte: adaptado de DAWEI, L. (2011). Quanto à extensão da integração vertical, este assunto foi previamente discutido no Capítulo 2. Contudo, para que lembremos sua essência, define-se aqui a extensão da integração vertical como LO G ÍS TI C A E M P R E SA R IA L - G R U P O P R O M IN A S 51 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S o alcance de todo o alinhamento dos processos dentre da cadeia de suprimentos. Essa integração ocorre de duas formas, ou seja, também poderia ser um integrado para a frente ou um integrado para trás, como mostrado na Figura 7. Figura 7 – Extensão de integração vertical Fonte: adaptado de DAWEI, L. (2011). Na direção oposta da integração vertical, há a desintegração vertical, onde a cadeia de suprimentos é composta por muitos membros participantes independentes e o OEM não possui uma grande extensão de operações consecutivas verticalmente integradas. De fato, para uma cadeia de suprimentos verticalmente desintegrada, parte considerável das operações do fabricante é terceirizada para fornecedores externos independentes, a fim de obter agregação de valor maximizada e custo total minimizado para a cadeia de suprimentos. Portanto, como a inte- gração vertical, a terceirização estratégica também é uma questão de planejamento estratégico da cadeia de suprimentos. Terceirização ou terceirização estratégica é comumente co- nhecida como a decisão de “fazer ou comprar”. As organizações podem querer contratar algumas de suas operações internas, como design, fabricação e marketing, para seus fornecedores externos. Na maioria das vezes, essas decisões de “comprar” a operação, em vez de “fazer”, visam um custo reduzido. Existem dois pontos a esclarecer da definição. Primeiro, a ter- ceirização não é apenas uma simples decisão de fazer ou comprar, mas também um processo que inclui a identificação de possíveis fornece- dores, negociação contratual, avaliação regular e revisão da operação terceirizada. Segundo, nem todas as operações realizadas pelos forne- cedores externos são adequadas para serem classificadas como tercei- rização; somente as operações estrategicamente significativas podem ser classificadas como terceirização. Além de maximizar o valor agregado e minimizar o custo total 52 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S discutido acima, a terceirização possui muitos outros benefícios em po- tencial que podem constituir o principal motivo para os tomadores de decisão: • Concentrar-se e desenvolver ainda mais as competências es- senciais; • Vantagem competitiva diferenciada; • Aumentar a flexibilidade dos negócios, flexibilidade da SC; • Maior capacidade de resposta da cadeia de suprimentos; • Elevar a barreira de entrada através de investimentos focados; • ROI ou ROE aprimorados através do downsizing do ativo fixo. Outro conceito intimamente relacionado ao planejamento es- tratégico da cadeia de suprimentos é chamado de “offshoring”. O of- fshoring é definido como mover as operações on-shore (da estrutura principal) para locais offshore (fora da estrutura principal), a fim de aproveitar as vantagens dos recursos locais e reduzir o custo operacio- nal ou criar presença no mercado. No entanto, offshoring não significa necessariamente terceirização, especialmente quando a propriedade da operação offshored permanece inalterada. Não houve terceirização. A escolha de localizações geográficas para operações da cadeia de suprimentos é outra importante área de decisão para o pla- nejamento da cadeia de suprimentos. A decisão de localização é sobre o posicionamento geográfico das funções da cadeia de suprimentos (como montagem e distribuição). Normalmente, isso é feito com o ob- jetivo de atender melhor os clientes e reduzir ainda mais o custo ope- racional na SC. Claramente, nem todos os locais são adequados para as operações da cadeia de suprimentos. Mas uma coisa é garantida: ao alterar um local, muitos fatores relacionados aos negócios mudam junto com ele. Isso torna a mudança de local um poderoso instrumento de gerenciamento. Sem dúvida, uma decisão de localização terá um impacto profundo no custo da mão de obra, custo do material, tributa- ção, exposição à moeda, regulamentos financeiros e legais e assim por diante. Isso levará ainda a mudanças significativas nos resultados dos negócios, no desempenho da cadeia de suprimentos e até nas conse- quências ambientais. O planejamento da capacidade de negócios é um grande as- sunto por si só. Sobre este tópico é interessante abordar os problemas de planejamento relacionados à capacidade para o planejamento da cadeia de suprimentos. Se observa a cadeia de suprimentos a partir do espectro de capacidades de todos os membros participantes. Surge um “cenário” de capacidade geralmente desigual. A questão então é qual a forma da paisagem mais bonita para a cadeia de suprimentos. A resposta a essa pergunta certamente não pode vir do planejamento 53 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S de capacidade de uma empresa, pois o cenário é formado junto com outros. Isso significa que o planejamento da capacidade da cadeia de suprimentos difere do planejamento da capacidade organizacional, pois é um esforço coordenado. A sincronização de capacidade tem outro efeito benéfico impor- tante. Isso ajuda a aliviar os efeitos de chicote na cadeia de suprimentos, um fenômeno muito comum que tem muitos impactos negativos no de- sempenho da cadeia de suprimentos. Portanto, entender o efeito chicote é essencial para o design e o planejamento da cadeia de suprimentos. O efeito chicote se refere a um fenômeno em toda a cadeia de suprimentos, em que uma modesta mudança na demanda dos clientes é distorcida e amplificada na extremidade de alto nível da cadeia de supri- mentos, resultando em grandes variações de pedidos feitos a montante. O que acontece basicamente é que, quando uma pequena va- riação da demanda no mercado é sentida pelo varejista no final da cadeia de suprimentos, o varejista começará a ajustar seus pedidos aos ataca- distas, e o atacadista, por sua vez, ajustará seus pedidos ao distribuidor, e o distribuidor para a fábrica. Pode-se até imaginar que, quando a fábrica receber os pedidos, ela sofrerá mudanças igualmente pequenas. Infeliz- mente, não é o que ocorre. As pequenas variações foram amplificadas significativamente, estágio por estágio, em direção à montante da cadeia de suprimentos. Quando chega à fábrica ou aos fabricantes de compo- nentes, a magnitude da flutuação se torna irreconhecível. Com esta introdução foram apresentados os conceitos para o entendimento do que se deve levar em consideração quando se está realizando planejamento estratégico, abordando os principais compo- nentes que devem ser priorizados nas análises. A seguir, com o decor- rer do capítulo, serão apresentados conceitos pra o entendimento dos operadores logísticos que compõem todo o SCM e que, consequente- mente, podem influenciar no planejamento estratégico. Adicionalmente, considerando o mercado global atual como exigente, é imprescindível o uso de tecnologia para o gerenciamento das cadeias de suprimentos. Sendo assim, neste capítulo também é apresentado um pouco sobre Tecnologia da Informação (TI) aplicada à logística. OPERADORES LOGÍSTICOS Um operador logístico é, em geral, uma empresa que fornece serviços de logística terceirizados para uma parte ou para todas as par- tes (funções) do gerenciamento da cadeia de suprimentos. Operadores 54 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S logísticos terceirizados geralmente se especializam em operações in- tegradas que incluem serviços de armazenamento, transporte e mon- tagem. Esses serviços podem ser dimensionados e personalizados de acordocom as necessidades dos clientes, com base nas condições do mercado. Frequentemente, esses serviços vão além da logística e in- cluem serviços de valor agregado relacionados à produção ou aquisição de mercadorias. Como muitas empresas admitem, a logística não é sua princi- pal competência. Essas empresas geralmente não têm tempo, recursos ou conhecimento para adaptar seus equipamentos e sistemas o mais rápido possível. Ao contratar um operador logístico, permite a esses fabricantes e distribuidores uma vantagem única sobre a concorrên- cia, pois eles conseguem obter a cadeia de suprimentos mais eficiente, mantendo o foco da organização no que fazem bem. Neste sentido, os operadores logísticos lidam com funções terceirizadas de compras, transporte, distribuição e crescimento para empresas clientes. Alguns focam em segmentos específicos, como for- necimento de produtos ou frete. Outros atendem a várias necessidades, como armazenamento e distribuição. Exploraremos nesta seção como diferentes empresas de logística terceirizadas funcionam. A seguir, na Figura 8, tem-se uma representação das quatro partes principais dos processos em que os operadores logísticos podem se inserir. Figura 8 – Partes da cadeia logística Fonte: adaptado de FIT SMALL BUSINESS (2018). A depender das funções que os operadores logísticos exerçam dentro do escopo de logística de cada empresa, eles se dividem basica- mente em quatro tipos, sendo eles: • Operador Logístico Primário (1PL, do inglês, First-Part Logistics); • Operador Logístico Secundário (2PL, do inglês, Second-Part 55 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S Logistics); • Operador Logístico Terceirizado (3PL, do inglês, Third-Part Logistics); • Operador Logístico Quarteirizado (4PL, do inglês, Fourth-Part Logistics). Um provedor de logística primário (1PL) é qualquer empresa que transporta carga, frete, mercadorias e pode se referir tanto ao remetente da carga (como um fabricante que entrega aos clientes) quanto ao destinatário da carga (como o varejista que recolhe carga de um fornecedor). Simplificando, todo o processo de logística e distribuição é ge- renciado internamente pela empresa. Esse método de logística é rela- tivamente incomum, pois a maioria das empresas hoje terceiriza suas operações de logística para fornecedores externos.O fornecedor aus- traliano de carne vermelha Samex é um exemplo de 1PL, pois exporta mercadorias para atacadistas, distribuidores e redes de supermercados em todo o mundo, usando suas próprias operações de logística. Quan- do ao tipo de operação 1PL, pode-se destacar os seus prós e contras: Vantagens de 1PL: • Controle completo do processo de logística e atendimento; • Controle de processos de qualidade; • Controle sobre embalagem e transporte. Desvantagens de 1PL: • A empresa deve possuir e ser responsável por todo processo logístico; • O atendimento de alta qualidade é caro e requer infraestrutu- ra, equipe, equipamento etc. adicionais. A abordagem 1PL é normalmente usada por grandes empre- sas que possuem volume e infraestrutura para gerenciar internamente toda a sua cadeia de suprimentos. Por sua vez, um operador 2PL lida com o componente de transporte da cadeia de suprimentos e é responsável por obter os bens de uma empresa de A a B. Os 2PL alugam ou fretam seu próprio trans- porte – como navios, caminhões ou aviões – para as empresas, e eles podem também ser contratados para o transporte de mercadorias. Um operador logístico que transporta apenas mercadorias por uma deter- minada parte da cadeia de suprimentos também pode ser classificado como 2PL.Qualquer empresa de agenciamento de carga, como a World Cargo Transport Inc., é fornecedora de serviços de logística de e para praticamente qualquer lugar do mundo. Vantagens de 2PL: 56 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S • Flexibilidade em termos de quais componentes da cadeia de suprimentos são terceirizados; • Diferentes modos de transporte disponíveis. Desvantagens de 2PL: • Normalmente, não é uma solução logística de serviço completo. Os 2PL são adequados para empresas que desejam gerenciar externamente um segmento de sua cadeia de suprimentos (como transporte de um armazém para uma doca), mas prefere gerenciar in- ternamente outras partes da cadeia de suprimentos. Um operador 3PL, configuração mais comum dentre os ope- radores logísticos, fornece serviços de logística terceirizados para as empresas. Esses serviços podem compor parte ou, às vezes, todas as funções de gerenciamento da cadeia de suprimentos, incluindo: • Armazenamento e gerenciamento de inventário; • Picking e embalagem; • Expedição de frete; • Envio/distribuição; • Despachante aduaneiro; • Gestão de contratos; • Soluções de TI; • Cross-docking. A UPS é um exemplo bem conhecido de operador 3PL. Ela oferece todo os serviços listados acima e outros,operando-os em escala global. O cumprimento pela Amazon também é um tipo de operador 3PL. No entanto, ele vem com restrições em termos de produtos permi- tidos e requisitos de embalagem, e os serviços são mais limitados do que alguns outros 3PL. Vantagens de 3PL: • Encontrar o 3PL certo pode economizar tempo e dinheiro, através de economias de escala (por exemplo, taxas de envio); • Funciona bem com a distribuição local e internacional e você pode obter uma entrega mais rápida, beneficiando-se dos vários locais de armazenamento; • Funciona bem para negócios em rápido crescimento com grandes volumes de pedidos; • Você ainda pode optar por controlar o atendimento ao cliente e as devoluções. Desvantagens de 3PL: • Você tem menos controle sobre seu inventário e a experiência do cliente; • Encontrar o fornecedor certo em quem você pode confiar e 57 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S confiar pode levar muito tempo; • 3PL pode ser um custo caro, especialmente quando você tem apenas pequenas quantidades de pedidos; • Geralmente, os fornecedores 3PL não lidam com produtos perecíveis, perigosos ou inflamáveis. Os 3PL são adequados para empresas de pequeno a médio porte que desejam tirar proveito do poder operacional de uma empresa de logística externa, mas ainda desejam algum controle sobre sua cadeia de suprimentos. Um operador logístico 4PL leva a logística de terceiros um pas- so adiante, gerenciando recursos, tecnologia, infraestrutura e até 3PL externos para projetar, construir e fornecer soluções da cadeia de supri- mentos para empresas. Os serviços 4PL normalmente abrangem os serviços 3PL, bem como os que estão apresentados logo a seguir: • Estratégia logística; • Análise, incluindo gastos com transporte, análise, utilização da capacidade e desempenho da transportadora; • Estratégias de fornecimento de frete; • Análise e design de rede; • Consultoria; • Planejamento de negócios; • Mudar a gestão; • Gerenciamento de Projetos; • Serviços de gerenciamento de torre e controle de rede, coor- denando uma ampla base de fornecedores em vários modos e regiões geográficas; • Planejamento e gerenciamento de estoque; • Gerenciamento de logística de entrada, saída e reversa. A Deloitte, por exemplo, fornece serviços 4PL que vão além do tradicional 3PL, oferecendo insights estratégicos de negócios e servi- ços de consultoria, além da execução logística. Dentre as vantagens e desvantagens da contratação do 4PL, podemos destacar as seguintes: Vantagens de 4PL: • Terceiriza todo o segmento de logística de uma empresa; • Aproveita o aconselhamento estratégico, além do suporte operacional; Desvantagens de 4PL: • Pouco controle sobre os processos de logística e atendimento; • Provavelmente será caro. De modo geral, os 4PL são um conceito relativamente novo, mas geralmente são procurados por empresas de médio e grande porte 58 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI CA - G R U P O P R O M IN A S que buscam uma solução logística completa, tanto do ponto de vista operacional quanto estratégico. A diferença entre 3PL, 4PL e outros tipos de operadores é alta- mente debatida, mesmo entre especialistas do setor de cadeia de supri- mentos. A maneira mais simples de pensar nisso é que cada tipo suces- sivo de fornecedor de logística oferece maior envolvimento na cadeia de suprimentos do que o anterior. Quanto a qual deles funcionará melhor para você, isso depende do seu modelo de negócios, infraestrutura, orça- mento e quanto controle você deseja sobre sua cadeia de suprimentos. Muitas empresas de comércio eletrônico escolhem 3PL porque fornecem uma boa combinação de suporte, flexibilidade e relação custo-benefício. Nem todos os serviços de logística de terceiros são criados iguais quando se trata do relacionamento da maneira que você, como remetente, terceiriza. Portanto, depois de entender o que é um 3PL e os tipos de serviços de logística de terceiros, apresentam-se, a seguir, os diferentes tipos de níveis de terceirização: • Terceirização transacional: baseada em transações, sem contratos de longo prazo e sem vínculo entre a 3PL e a empresa de terceirização; • Terceirização tática: terceirização a longo prazo com conta- tos negociados e sistemas de TI integrados para facilitar o fluxo livre de informações e criar visibilidade da cadeia de suprimentos; • Terceirização estratégica: com base em relacionamentos de longo prazo com resultados bem-sucedidos, as empresas 3PL se tornam parceiras no gerenciamento da cadeia de suprimentos e estabe- lecem transparência transacional. Como pode-se inferir, a depender da caracterização do opera- dor logístico, produtos tecnologócios para o gerenciamento da cadeia de suprimentos e processos logísticos devem ser largamente utiliza- dos, seja para a automação do sistema, acompanhamento de métricas e resultados ou para gerar confiabilidade no controle de cada um dos processos. Neste contexto, o uso de aplicações de tecnologia da infor- mação (TI) voltadas para a operacionalização dos processos logísticos é estudado e desenvolvido continuamente em todo o mundo. Diante disto, na próxima seção serão apresentadas abordagens para o melhor entendimento destes sistemas de TI. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO APLICADA À LOGÍSTICA O gerenciamento da cadeia de suprimentos (SCM) está preo- cupado com o fluxo de produtos e informações entre as organizações 59 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S dos membros da SC. O desenvolvimento recente de tecnologias permite que a organização utilize informações facilmente em suas instalações. Essas tecnologias são úteis para coordenar as atividades de gerencia- mento da cadeia de suprimentos. O custo da informação diminui devido ao aumento da taxa de tecnologias. Em uma cadeia de suprimentos integrada, onde materiais e informações fluem de forma bidirecional, o gerente precisa entender que a tecnologia da informação é mais do que apenas computadores. No estágio inicial da Cadeia de suprimentos (final dos anos 80), o fluxo de informações entre as áreas funcionais de uma organi- zação e entre as organizações membros da cadeia de suprimentos era baseado em papel. A transação e a comunicação baseadas em papel eram lentas. Durante esse período, as informações eram muitas vezes consideradas um recurso competitivo crítico, porque seu valor para os membros da cadeia de suprimentos não era claramente entendido. Em contrapartida, um recurso de infraestrutura de TI fornece um posicionamento competitivo de iniciativas de negócios como re- dução do tempo de ciclo, implantação, implementação de processos multifuncionais etc. Várias organizações bem conhecidas envolvidas no relacionamento da cadeia de suprimentos por meio da tecnologia da informação obtiveram um enorme ganho através da integração. Três fatores impactaram fortemente essa mudança na importância da infor- mação. Primeiro, satisfazer e agradar o cliente tornou-se uma obsessão corporativa. Servir o cliente da melhor maneira, mais eficiente e eficaz tornou-se crítico. A segunda informação é um fator crucial na capaci- dade dos gerentes de reduzir os requisitos de estoque e recursos hu- manos a um nível competitivo e, finalmente, os fluxos de informações desempenham um papel crucial no planejamento estratégico. Nos primeiros anos da tecnologia da informação, um depar- tamento de TI consistia basicamente em um operador de computador armazenando dados em fita magnética e depois encaixotando-os em um porão. Atualmente, os departamentos de TI têm muitos funcionários com uma variedade de habilidades que incluem administração de siste- mas, administração de banco de dados e gerenciamento de tecnologia da informação. Em vez de usar fita magnética, agora existem computa- dores, servidores, sistemas de banco de dados e criptografia sofistica- dos que ajudam a armazenar dados. Os sistemas avançados de TI tornaram as empresas mais competitivas em todo o mundo, de modo que empresas de todos os tipos estão tentando ficar à frente da outra com sua tecnologia da infor- mação. Um bom exemplo de competitividade impulsionada por TI pode ser encontrado no setor de logística. 60 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S Os sistemas de informação de logística são usados em todas as grandes empresas. Esses sistemas ajudam as empresas a melhorar a eficiência operacional, rastreando os recursos desde a primeira vez em que são obtidos, como matérias-primas, até o ponto de consumo. As empresas utilizam esses sistemas para obter visibilidade de ponta a ponta de seus produtos ou matérias-primas. Os sistemas de informa- ções logísticas também ajudam as empresas a rastrear informações internas dentro de uma empresa, fornecendo relatórios sobre os custos de estoque que determinam quanto mais estoque precisa ser compra- do. Esse recurso permite que as empresas sejam mais eficientes. A logística depende de um alto nível de gerenciamento de qua- lidade dentro da cadeia de suprimentos para ser eficaz. Esses gerentes de logística são responsáveis por comprar mercadorias e garantir que sejam transportadas corretamente para seus destinos. Os gerentes de logística contam com sistemas avançados de informações para gerenciar e rastrear materiais, desde o momento em que são fabricados na fábrica até quando são vendidos nas lojas de varejo. Devido ao aumento no volume e na complexidade que as em- presas enfrentam, os sistemas de informação são a única maneira de gerenciar com precisão o fluxo de produtos dentro de uma organização. Os especialistas em tecnologia da informação estão sempre apresentando soluções especializadas adequadas para sua empresa, como encontrar os produtos certos para o mercado ou encontrar as rotas certas para suas remessas. Esse é o trabalho deles e eles se co- municam com os gerentes de logística para transmitir informações com precisão. De fato, as empresas dependem do envio de produtos e do conhecimento de onde estão esses produtos o tempo todo. Se uma remessa não chegar ao seu destino, o sistema de rastreamento de frete informará à empresa onde a remessa foi digitalizada pela última vez. Os motoristas que transportam essas mercadorias também são muni- dos com os sistemas de informação. Com o uso do software de ma- peamento GPS, eles podem receber instruções de direção em tempo real enquanto se dirigem ao seu destino de remessa. O software GPS mais recente ainda permite que os motoristas obtenham informações em tempo real sobre a quantidade de tráfego ao longo de sua rota pro- gramada. Se a rota estiver congestionada com tráfego, poderá sugerir uma rota alternativa com menos tráfego. Essa é uma grande vantagem para as necessidades de transporte de uma empresa, pois as empre- sas prosperam ao receber itens dentro de um determinado período de tempo.Às vezes, porém, a quantidade de itens que precisa ser en- 61 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S viada pode ser esmagadora para a empresa lidar. Portanto, eles imple- mentam um sistema de logística de terceiros que terceiriza suas neces- sidades de transporte e logística para outras empresas. Não é surpresa como as empresas simplesmente não podem ficar sem a tecnologia da informação nos dias de hoje. O desenvolvimento do sistema de informações interorganiza- cionais para a cadeia de suprimentos possui três principais vantagens distintas, como redução de custos, produtividade, melhoria e estraté- gias de produto / mercado. As empresas podem colaborar e participar em cinco níveis básicos no sistema de informações interorganizacio- nais, conforme listados a seguir. • Modo de entrada/saída remota: o membro participa de um local remoto no sistema de aplicativos suportado por um ou mais parti- cipantes de nível superior; • Nó de processamento do aplicativo: um membro desenvol- ve e compartilha um único aplicativo, como uma consulta de inventário ou sistema de processamento de pedidos; • Nó de troca de múltiplos participantes: o membro desen- volve e compartilha uma rede interligando-se a si próprio e a qualquer número de participantes de nível inferior com os quais mantém um rela- cionamento comercial estabelecido; • Nó de controle de rede: o membro desenvolve e compartilha uma rede com aplicativos diversos que podem ser usados por muitos tipos diferentes de participantes de nível inferior; • Integrando o nó da rede: o membro se torna literalmente um utilitário de comunicação/processamento de dados que integra qualquer número de participantes e aplicativos de nível inferior em tempo real. No desenvolvimento e na manutenção dos sistemas de infor- mação da cadeia de suprimentos, software e hardware devem ser abor- dados. O hardware inclui dispositivos de entrada / saída do computador e mídia de armazenamento. O software inclui todo o sistema e programa de aplicativo usa- do para processar o controle de gerenciamento de transações, tomada de decisão e planejamento estratégico. A utilização da TI como um todo na SCM pode proporcionar diversas vantagens competitivas, entre elas diversos benefícios podem ser alcançados, por exemplo, os benefícios destacados a seguir. • Simplificação: trabalho eficaz com fornecedores em todo o mundo; • Conexão: entre o que seus clientes desejam e o que se produz; • Análise:analisar SC para escolher o plano que melhor utiliza os ativos; 62 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S • Sincronização: sincronização do fluxo de produção, gerencian- do a capacidade de embarcações, tanques e linhas – e o fluxo entre eles; • Comunicação: melhorar comunicação e colaboração; • Projeto: criar a rede ideal da cadeia de suprimentos e adaptar a rede para acompanhar as mudanças nos seus negócios; • Transformação: transformar processos dentro do armazém e em toda a SC para atender às demandas por novas tendências; • Compreensão: compreender melhor as atividades de trabalho do armazém e implementar as alterações necessárias para otimizar o desempenho do trabalhador; • Maximização: maximizar os lucros do armazém usando recur- sos avançados de custo, cobrança e faturamento. • Otimização: otimizar o desempenho diário da frota para redu- zir custos e melhorar a satisfação do cliente. Deste capítulo, espera-se que o aluno tenha construído o ali- cerce para o seu desempenho em processos de planejamento logístico, utilizando as metodologias mencionadas para a escolha da terceiriza- ção, se necessária, e a aplicação de TI. 63 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 1 Ano: 2019 Banca: ESAF Órgão: MPOG Prova: Especialista em Polí- ticas Públicas e Gestão Governamental Nível: Superior Analise as afirmativas sobre a logística empresarial e assinale V (verdadeiro) ou F (falso). ( ) A Logística controla o fluxo de produtos ao longo da cadeia de suprimento. ( ) A Logística Empresarial só se aplica às empresas varejistas de médio e grande porte. ( ) As organizações públicas não utilizam a Logística por onerar em demasia os serviços. ( ) Logística Empresarial começa no fornecedor e termina no distri- buidor de mercadorias. A sequência correta encontrada, de cima para baixo, é: A) V, F, F, F B) V, V, F, F C) V, F, F, V D) F, V, F, V E) F, F, V, V QUESTÃO 2 Ano: 2019 Banca: ESAF Órgão: ANA Prova: Analista Administrati- vo – Administração Nível: Superior O Planejamento logístico busca sempre responder a perguntas tais como: o que, como e quando visualizando a construção mais adequada desse planejamento. Assim, envolve três níveis organi- zacionais: operacional, tático e estratégico. Uma das principais di- ferenças entre eles é o horizonte temporal do planejamento. Com base no exposto, analise as afirmativas que seguem. I. Localização de estoques e seleção de modal são decisões de nível estratégico. II. Níveis dos estoques de segurança e regras de priorização de pedidos são decisões de nível tático. III. Separação de pedidos e despacho são decisões de nível opera- cional. Assinale a opção que contempla somente afirmativas corretas. A) I e II B) I e III C) I, II e III D) II e III 64 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S QUESTÃO 3 Ano: 2019 Banca: FUNRIO Órgão: ELETROBRAS-FURNAS Prova: Administrador Nível: Superior Para que se tenha um processo de comercialização completo, são necessários canais de distribuição para que os produtos cheguem ao seu destino. Sobre canal de distribuição é correto afirmar que: A) serve como o caminho a ser percorrido pela empresa em busca de uma possibilidade de lucro ou prejuízo. B) é entendido como um grupo de entidades interessadas, que assume a propriedade de produtos ou viabiliza sua troca, durante o processo de comercialização, do fornecedor inicial até o comprador. C) mostra-se como uma maneira de distribuir o produto ou serviço em várias possibilidades de construção de cadeia. D) é definido como um sistema com relacionamentos esporádicos entre entidades que participam do processo de compra e venda de produtos e serviços. QUESTÃO 4 Ano: 2016 Banca: IDECAN Órgão: UFPB Prova: Administrador Ní- vel: Superior Um dos requisitos que contribuem de forma substancial para o sucesso de uma operação logística é a escolha do local para a instalação de novos depósitos. A escolha de um local inadequado impactará os custos de toda a operação; por isso é essencial que a empresa elabore um projeto que analise as principais variáveis que afetam a escolha deste local. Sobre as principais variáveis que devem ser consideradas em um projeto para a escolha de um local para a instalação de um depósito, incluem-se, EXCETO: A) Custo de preparação do terreno e da construção. B) Tempo-padrão e modelo de arranjo físico da produção. C) Disponibilidade de mão de obra local e potencial para expansão. D) Atitude da comunidade e do governo local com relação ao empreen- dimento. QUESTÃO 5 Ano: 2015 Banca: AOCP Órgão: FUNDASUS Prova: Almoxarife Ní- vel: Superior O planejamento das operações logísticas pode ser definido como o processo decisório de curto prazo, com decisões normalmente tomadas a cada hora, ou diariamente. Qual é a maior preocupação do planejamento operacional da logística definido anteriormente? A) Como determinar a localização das instalações quanto à quantidade, 65 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S área, plantas e terminais. B) Como projetar o sistema de entrada, transmissão de pedidos e pro- cessamento. C) Como encaminhar o produto de maneira efetiva e eficiente ao longo do canal logístico. D) Como selecionar o material de deslocamento e o leiaute da instalação.E) Como desenvolver relações com fornecedor-comprador. QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE Uma das principais funções apresentadas e implementadas pelo geren- ciamento da cadeia de suprimentos está ligada à projeção e ao planeja- mento da arquitetura geral da cadeia de suprimentos, assim, dentro de- las, os operadores logísticos possuem a sua importância. Dessa forma, apresente uma definição acerca do que é um operador logístico. TREINO INÉDITO Assunto: Terceirização A terceirização está cada vez mais em pauta no cenário atual, con- tudo ela não pode ser vista apenas sob uma acepção, principal- mente, quando levamos em conta as suas tipologias. Assim, os diferentes tipos de níveis da terceirização são: A) Terceirização transacional, terceirização tática e terceirização estra- tégica. B) Compras, transporte, crescimento e distribuição. C) 5W2H, Diagrama de Pareto e Folha de Verificação. D) Operador logístico primário, Operador logístico secundário e Opera- dor logístico terciário. E) Nenhuma das alternativas anteriores. NA MÍDIA ICMS E A EVOLUÇÃO DO OPERADOR LOGÍSTICO Não é segredo para o empresariado que o custo logístico pode ser fator determinante para a abertura ou expansão de um negócio, pois existem diferentes etapas e custos para recebimento, armazenagem e posterior entrega das mercadorias no mercado, especialmente nos casos em que os consumidores finais estão pulverizados em diferentes localidades. Existentes já há algum tempo, os operadores logísticos são empresas prestadoras de serviços que se especializaram em armazenagem e ge- renciamento de mercadorias, justamente para otimizar algumas etapas da cadeia de suprimentos e reduzir custos operacionais. Na prática, sua adoção permite que as empresas terceirizem atividades secundárias para focar na sua atividade principal. 66 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S Fonte: JOTA Data: 30 de setembro de 2019 Leia a notícia na íntegra:https://www.jota.info/opiniao-e-analise/artigos/ icms-e-a-evolucao-do-operador-logistico-30092019 NA PRÁTICA Modelo de Planejamento Estratégico Objetivo: Aumentar o faturamento em 20% até 2025 Diagnóstico: O crescimento da empresa está lento Estratégias: • Criar um diferencial no serviço • Fidelizar clientes • Melhorar o atendimento Ações: • Montar um treinamento para os vendedores • Investir no relacionamento com o cliente através de conteúdo gratuito nas redes sociais • Fazer uma pesquisa de satisfação Fonte: https://klickpages.com.br/blog/modelos-planejamento-estrategico/ PARA SABER MAIS Acesse os links: https://www.itransport.com.br/o-que-e-um-operador-lo- gistico/. Aceso em 24 de mar. 2020. http://www.abolbrasil.org.br/. Aceso em 24 de mar. 2020. 67 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S Esta unidade do curso de administração aplicada em gestão empresarial teve como objetivo apresentar e desenvolver o conteúdo a respeito da logística empresarial. Para tanto, foi relevante apresentar conceitos que explorassem de forma significativa o que representa o contexto da logística de modo geral. Neste sentido, apresentar os con- ceitos, a evolução, características e objetivos da logística foi proveitoso para inserir o aluno no contexto deste ramo antigo e, ao mesmo, pro- missor que se baseia na entrega do produto ao cliente final de maneira eficiente e eficaz. Ademais, no Capítulo 1, foram também ressaltados os temas a respeito de partes integrantes, processos e configurações de logísticas mais vistos no setor, como a logística integrada, integração das operações logísticas, serviço ao cliente, logística globalizada, logís- tica sustentável e logística reversível. Dentro do escopo do que significa e aborda a logística empre- sarial, o desenvolvimento dos sistemas de gerenciamento da cadeia de suprimentos tem demasiado do destaque. Como abordado, há um tem- po a concorrência global deixou de ser entre as empresas para se tornar concorrência de cadeia de suprimentos contra cadeia de suprimentos. Ao longo do Capítulo 2 foi possível apresentar ao estudante conceitos como objetivos, características, integração de atividades e indicadores de desempenho dos sistemas de Supply Chain Management. Ao fim desta unidade, no Capítulo 3, foram apresentados os conceitos mais relevantes que auxiliam as tomadas de decisões do pla- nejamento estratégico da logística empresarial. Em destaque, foi abor- dado o tema sobre as partes terceirizadas e destacado que, a depender do local, ramo e estratégia de cada empresa, existe diferentes moda- lidades de terceirização da logística. Adicionalmente, também foram apresentados pontos relevantes a respeito da Tecnologia de Informação (TI) aplicada à logística, uma vez que, no mundo tecnologicamente glo- balizado em que vivemos, é impossível não imaginar o uso da tecnolo- gia como arma de competição de mercado. Com os conceitos apresentados nesta unidade, é esperado que o aluno possa alinhar seus objetivos de especialização profissional ao longo do curso e estender seus estudos aos temas que lhe interes- sem dentro da logística, pois, é claro, existe uma infinidade de conceitos que ainda devem ser explorados para que seja garantida a formação completa do aluno e, por consequência, a sua diferenciação competitiva no mercado de trabalho. 68 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S GABARITOS CAPÍTULO 01 QUESTÕES DE CONCURSOS 01 02 03 04 05 A C A CERTO CERTO QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO DE RESPOSTA A logística empresarial surgiu com o objetivo de designar as organiza- ções e gestões de recursos necessárias para as batalhas e para a so- brevivência dos soldados, tendo em vista aspectos como as atividades realizadas pelos militares, assim como a aquisição, transporte, estoca- gem, manutenção de materiais, equipamentos e pessoal. TREINO INÉDITO Gabarito: D Justificativa: a alternativa correta é a letra D, tendo em vista que a logís- tica sustentável visa uma melhoria na geração de empregos, contudo a sua base é formada por funcionários locais. 69 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S CAPÍTULO 02 QUESTÕES DE CONCURSOS 01 02 03 04 05 ERRADO ERRADO C D ERRADO QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO DE RESPOSTA A gestão na cadeia de suprimentos pode ser entendida como um pro- cesso que consiste no gerenciamento de fluxos de bens, serviços, fi- nanças, dados e informações inseridos em uma cadeia responsável por integrar os mais variados tipos de participantes, sendo alguns deles: as fábricas, clientes, produtores e fornecedores. TREINO INÉDITO Gabarito: E Justificativa: a alternativa a ser assinalada é a letra E, tendo em vista que o feedback é uma ferramenta importante para o bom funcionamen- to da logística empresarial, pois, assim, serão auferidos os fatores que deixaram os clientes satisfeitos ou insatisfeitos para que as devidas me- didas sejam tomadas. 70 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S CAPÍTULO 03 QUESTÕES DE CONCURSOS 01 02 03 04 05 A C B B C QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO DE RESPOSTA Um operador logístico é, em regra, uma empresa responsável por for- necer serviços logísticos terceirizados para uma parte ou para todas as partes do gerenciamento da cadeia de suprimentos. TREINO INÉDITO Gabarito: A Justificativa: a alternativa correta é a letra A, pois a B faz referência às partes da cadeia de logística; a letra C apresenta algumas das ferra- mentas de qualidade; a letra D apresenta três dos quatro tipos de ope- radores logísticos. 71 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S BALLOU, R. H. Logística Empresarial: Transportes, Administração De Materiais, Distribuição Física.1ª Edição. Editora Atlas. 1992. 392 p. BANZATO, E. Tecnologia da Informação Aplicada à Logística. Edito- ra IMAM. 2005. 278 p. BOWERSOX, D. J., DAVID, J. C. et al. Gestão Logística da Cadeia de Suprimentos. McGraw-Hill. 4ª Edição. 2013. 472 p. CORREIA, J. Logística de Serviço ao Cliente. 2011. Disponível em: https://docplayer.com.br/9228880-Logistica-empresarial-logistica-de- -servico-ao-cliente-prof-jose-correia.html. Acesso em 16 de setembro de 2019. CROXTON, K.L., S.J. GARCIA-DASTUGE, D.M. et al. The Supply Chain Management Process. The International Journal of Logistics Management. 2001. DAWEI, L. Fundamentals of Supply Chain Management. Editora Bookboon. 2011. 112 p. FIT SMALL BUSINESS. 3PL Definition & How Third Party Logistics Companies Work. Disponível em: https://fitsmallbusiness.com/3pl-defi- nition-third-party-logistics/#. Acesso em 18 de setembro de 2019. PLACO. Serviços|Logística. 2016. Disponível em: https://www.placo. com.br/logistica.Acesso em 17 de setembro de 2019. SILVA, P. J. e MACHADO, R. T. M. O Escopo das ações de uma em- presa de transporte e logística na cadeia de suprimentos. XII SIM- PEP. 2005. 12 p. 72 G E ST Ã O E M P R E SA R IA L E L O G ÍS TI C A - G R U P O P R O M IN A S _GoBack