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1 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA EM NEONATOLOGIA E PEDIATRIA 1 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 2 2. DIFERENÇA ENTRE EMERGÊNCIA E URGÊNCIA 4 3. NEONATOLOGIA 5 3.1 Noções Específicas 6 3.2 Principais Doenças do Recém-Nascido 7 3.3 Doenças Genéticas 7 4. PEDIATRIA 8 4.1 História da Pediatria 9 4.2 Enfermagem na Pediatria 9 4.3 DIAGNÓSTICO DE PCR 14 5. ETAPAS DA REANIMAÇÃO A B C 15 6. CUIDADOS DE ENFERMAGEM DURANTE A REANIMAÇÃO 17 6.1 Após reanimação 17 6.2 Priorizar 18 7. NECESSIDADES EMOCIONAIS 18 8. A CRIANÇA HOSPITALIZADA 20 9. REQUISITOS DO PESSOAL DE ENFERMAGEM 22 10. ADMISSÃO DA CRIANÇA NO HOSPITAL 22 11. EMERGÊNCIA EM NEONATOLOGIA 33 12. NÍVEIS DE CUIDADOS NEONATAIS 37 13. SINTOMAS X ALERTAS 38 REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS 39 2 INTRODUÇÃO Figura 1 O interesse da sociedade pelas crianças nem sempre esteve presente. Até o Século XVII, a criança era vista como estorvo, desgraça, um fardo insuportável para a família. Os cuidados dispensados ao bebê não eram uma tarefa agradável aos pais. O índice de mortalidade infantil era elevado, especialmente entre crianças que eram afastadas de seus pais e cuidadas por amas de leite. Outras causas de mortalidade eram a precariedade das condições de higiene e a ausência de especialidade médica direcionada à criança, surgida no século XIX. Portanto a mudança de atitude em relação à criança vem acontecendo ao longo de séculos. A valorização do cuidado dispensado à criança pelo Estado, inicialmente, se fez como investimento lucrativo para a nação e não pelo reconhecimento de sua cidadania. Alguns séculos se passaram, comportamentos e pensamentos se modificaram e um novo olhar foi lançado para as crianças. Essas alterações se expressaram na Declaração dos Direitos da Criança em 1924, pela Organização das Nações Unidas (ONU). Os direitos da criança foram declarados naAssembléia Geral das Nações Unidas, em Genebra(1924) e reconhecidos na Declaração Universal dosDireitos Humanos em 20 de novembro de 1959. 3 A Assembléia Geral das Nações Unidasproclama esta Declaração, a fim de que a criança tenhauma infância feliz e possa gozar, os direitos e asliberdades aqui enunciados. Apela aos pais, homens emulheres como indivíduos, e às organizações voluntárias, autoridades locais e os governos para quereconheçam estes direitos e se empenhem pelaobservância, de conformidade com os seguintes princípios, resumidamente: Direito à igualdade, sem distinção de raça, religião ou nacionalidade; Direito à especial proteção para o seu desenvolvimento físico, mental e social; Direito a um nome e uma nacionalidade; Direito à alimentação, moradia e assistência médica adequada para a criança e suamãe; Direito à educação e a cuidados especiais para a criança física ou mentalmentedeficiente; Direito ao amor e à compreensão dos pais e da sociedade; Direito à educação gratuita e ao lazer infantil; Direito a ser socorrido em primeiro lugar, em caso de catástrofes; Direito a ser protegida contra o abandono e a exploração no trabalho; Direito a crescer, dentro de um espírito de solidariedade, compreensão, amizadee justiça entre os povos. (UNICEF). 4 1. DIFERENÇA ENTRE EMERGÊNCIA E URGÊNCIA Emergência é quando há uma situação crítica ou algo iminente, com ocorrência de perigo; incidente; imprevisto. No âmbito da medicina, é a circunstância que exige uma cirurgia ou intervenção médica de imediato. Por isso, em algumas ambulâncias ainda há “emergência” escrita ao contrário e não “urgência”. Urgênciaé quando há uma situação que não pode ser adiada, que deve ser resolvida rapidamente, pois se houver demora, corre-se o risco até mesmo de morte. Na medicina, ocorrências de caráter urgente necessitam de tratamento médico e muitas vezes de cirurgia, contudo, possuem um caráter menos imediatista. Esta palavra vem do verbo “urgir” que tem sentido de “não aceita demora”: O tempo urge, não importa o que você faça para tentar pará-lo. No entanto, há situações de emergência que necessitam de uma intervenção urgente, ou seja, que não podem se prolongar. A diferença concentra-se mais no campo da medicina. Por exemplo: hemorragias, parada respiratória e parada cardíaca são emergência. Luxações, torções, fraturas (dependendo da gravidade) e dengue são urgência. 5 2. NEONATOLOGIA É o ramo da Pediatria que se ocupa das crianças desde o nascimento até 28 dias de idade (quando as crianças deixam de ser nomeadas recém-nascidos e passam a ser lactentes). A neonatologia tem avançado muito nos últimos tempos, conseguindo menores índices de mortalidade e também de morbidade graças a maior compreensão das peculiaridades dos recém-nascidos, melhores equipamentos e medicamentos como o surfactante, além de abordagens como a nutrição parenteral. A equipe que cuida do recém-nascidos é multiprofissional, contando com a equipe de neonatologia, enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional entre outras. Também é necessária atenção com a família do recém-nascido, condições sociais etc. Figura 2 6 2.1 Noções Específicas Algumas definições dentro da neonatologia: AIG: adequado para a idade gestacional. Diz-se do recém-nascido cujo peso ao nascer está entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional. Geralmente se usa o gráfico de Lula O. Lubchenco para esta determinação. Baixo Peso: recém-nascido com peso inferior a 2500 gramas D.U.M.: data da última menstruação. A partir daí será marcada a idade gestacional. GIG: grande para a idade gestacional. Diz-se do recém-nascido cujo peso ao nascer está acima do percentil 90 para a sua idade gestacional. Geralmente se usa o gráfico de Lula O. Lubchenco para esta determinação. Idade gestacional: idade em semanas e dias desde o início da última menstruação. Muito Baixo Peso: recém-nascido com peso inferior a 1500 gramas. PIG: pequeno para a idade gestacional. Diz-se do recém-nascido cujo peso ao nascer está abaixo do percentil 10 para a sua idade gestacional. Geralmente se usa o gráfico de Lula O. Lubchenco para esta determinação. Pós-maturo ou Pós-termo: recém-nascido com 42 ou mais semanas de idade gestacional (10 meses) Prematuro ou Pré-termo: recém-nascido com menos de 37 semanas de idade gestacional (36 semanas e 6 dias ou menos - abaixo dos 9 meses). Recém-nascido: do nascimento até 28 dias de idade. 7 RN: recém-nascido. Termo ou RN de termo: diz-se do recém-nascido cuja idade gestacional está entre 37 semanas e 41 semanas e 6 dias. 2.2 Principais Doenças do Recém-Nascido Doenças do pulmão: doença da membrana hialina, taquipneia transitória do recém-nascido, pneumotórax, enfisema pulmonar intersticial, pneumomediastino, persistência da hipertensão pulmonar, hemorragia pulmonar, doença pulmonar crônica e apneia. Doenças do coração (cardiopatia congênita) Doenças do rim Doenças infecciosas e pegajosas (ou infectocontagiosas) Doenças metabólicas: hipoglicemia, hiperglicemia, hipocalcemia, hipercalcemia, hipermagnesemia, doença metabólica óssea da prematuridade, erros inatos do metabolismo 2.3 Doenças Genéticas Icterícia neonatal Malformação congênita ( Fatores ambientais causa doenças como: Uso de medicamentos (p. ex: fenitoína, misoprostol, lítio) ou substâncias teratogênicas (p. ex: álcool), infecções (p. ex: citomegalovírus), falta de nutrientes ou vitaminas (p. ex: ácido fólico), dentre outras. Já nos Fatores genéticos, são: alterações dos cromossomos (p. ex: síndrome de Down), alterações do número de cópia de segmentos cromossômicos (p. ex: síndrome velocardiofacial), mutações deletérias em mais de uma centena de genes, dentre outras).8 3. PEDIATRIA Figura 3 É a especialidade médica dedicada à assistência à criança e ao adolescente, nos seus diversos aspectos, sejam eles preventivos ou curativos. Pessoas como crianças e adolescentes, se estiverem com doenças, devem dirigir-se ao seu pediatra. Os aspectos preventivos envolvem ações como o aleitamento materno, imunizações (vacinas), prevenção de acidentes, além do acompanhamento e das orientações necessárias a um crescimento e desenvolvimento saudáveis (puericultura). Já os curativos correspondem aos diversos procedimentos e tratamentos das mais diversas doenças exclusivas ou não da criança e adolescente. O pediatra é o médico com formação dirigida exclusivamente para os cuidados da criança e do adolescente, com uma formação que compreende no mínimo dois anos de residência médica ou curso de especialização equivalente a pós-graduação, ambas garantindo ao profissional médico o registro como especialista nos Conselhos Regionais de Medicina (CRM). Para atuar em áreas especificas da pediatria é necessário além da formação inicial, treinamento e estudos em serviços especializados por um período que vai de um a três anos. 9 3.1 História da Pediatria Figura 4 Após a metade final do século XIX, houve necessidade de maior resolutividade médica, pois os índices de mortalidade infantil estavam muito altos, além disto, ter uma especialização agiria como inibidor da concorrência profissional. A partir disto, surgiu a Pediatria como uma especialidade. Mas houve certas dificuldades para institucionalizar e reconhecer a especialidade, para tanto os argumentos que foram utilizados é de que para crianças deveria haver uma semiologia e uma terapêutica voltadas especificamente para crianças. Conforme a ampliação da especialização, os pediatras foram se unindo em sociedades que surgiram em locais como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul. A sociedade do Rio de Janeiro foi fundada em 1910 e possuía somente 67 sócios, mas era para os residentes no estado do Rio de Janeiro, somente em 1951 é que se nacionalizou a sociedade e passou a ser considerada Sociedade Brasileira de Pediatria. 3.2 Enfermagem na Pediatria A enfermagem pediátrica, hoje particularmente sensível ao envolvimento dos pais na prática de cuidados à criança, coloca a sua tónica no desenvolvimento do processo de parceria com os mesmos, a qual requer uma interação integral com a família de forma a proporcionar as condições favorecedoras de um desenvolvimento global da criança. 10 O modelo conceptual subjacente à prática da enfermagem pediátrica está centrado nas respostas às necessidades da criança enquanto membro efetivo do sistema familiar. Este facto é reforçado no guia orientador de boa prática de Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica (OE, 2010), ao aludir a determinados valores, como reconhecimento da criança como ser vulnerável, valorização dos pais/pessoa significativa como os principais prestadores de cuidados, preservação da segurança e bem-estar da criança e família e maximização do potencial de crescimento e desenvolvimento da criança. Quando a criança é hospitalizada, a família é hospitalizada também, por isso o beneficiário dos cuidados é o binómio criança/família. A Ordem dos Enfermeiros considera a competência para avaliar a família e responder às suas necessidades, nomeadamente no âmbito da adaptação às mudanças na saúde e dinâmica familiar, um imperativo, sendo transversal a todos os enfermeiros especialistas (OE, 2010). No contexto pediátrico, isto é, quando se pensa nos cuidados à criança, a família surge sempre como uma referência sendo o seu enquadramento hoje assumido como fator que viabiliza o cuidado humanizado. A criança, não sendo um elemento independente, quer pela sua condição humana e também pelas suas características incontornáveis é um ser vulnerável e caminha a par e passo com a sua família a quem cabe a responsabilidade primeira de promover o seu pleno desenvolvimento. As crianças necessitam de alguém que fale por elas e as represente (Hallström, Runeson e Elander, 2002) e na realidade portuguesa, perante a hospitalização da criança, é à mãe que cabe, regra geral, o acompanhamento do filho no hospital. Questões culturais associam esta tendência ao cuidador do sexo feminino como sendo a figura principal de eleição para permanecer junto dos filhos, tanto mais quando é à mulher que cabe, na perspectiva de Relvas, o papel de cuidar da criança (Relvas, 2007). Enfermeiros, pais e crianças passam a conviver no mesmo espaço, a partilhar experiências, valores, saberes e poderes o que conduz a uma alteração na forma de ser e de estar, tanto dos profissionais como dos pais já que a estes é requerida uma participação ativa nos cuidados à criança. A natureza da relação que se estabelece no seio da equipa implica a negociação do envolvimento dos pais e a clarificação do papel de cada interveniente no processo, dimensões essenciais para o novo modo de pensar e organizar o trabalho em parceria. 11 No elenco de competências específicas do enfermeiro especialista em enfermagem de saúde da criança e do jovem, o trabalho de cuidar em parceria surge como promotor da otimização da saúde no sentido da adequação da gestão do regime e da parentalidade. Do que nos foi dado apurar e comungando da perspetiva de Grinspun (2010), que o cuidar é pensar, mas é também ser e fazer, os achados do estudo configuram um cuidar distinto na sua forma de pensar e nas realidades vividas nas relações enfermeiros-pais. Aos enfermeiros de pediatria é exigido um papel de cuidadores e de educadores já que a hospitalização de uma criança oferece oportunidade para desenvolver medidas de promoção da saúde, indispensável a um pleno crescimento e desenvolvimento infantil. Sinalizar e desenvolver a promoção e educação para a saúde com as mães presentes no internamento é responsabilidade do enfermeiro (Albuquerque et al., 2009), no entanto de acordo com Queiroz e Barroso (apud Silva et al., 2009), ainda acontecem muitas situações de indiferença em relação à viabilização da mesma. É uma competência do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde da criança e do jovem trabalhar em parceria com a criança e família/pessoa significativa, em qualquer contexto em que ela se encontre. Na perspectiva de Kelly et al. (apud OE, 2010), o desígnio de ação do enfermeiro especialista traduz-se na prestação de cuidados de nível avançado com segurança e competência, na avaliação da família e nas respostas às suas necessidades, nomeadamente no âmbito da adaptação às mudanças na saúde e dinâmica familiar. Mas o enfermeiro de cuidados gerais, é também ele dotado de competência para de igual forma providenciar um cuidado integrado à criança ao jovem e família, devendo incorporar na sua prática os resultados da investigação válidos e relevantes, assim como outras evidências que contribuam para o desenvolvimento da enfermagem e para o aperfeiçoamento dos padrões dos cuidados. De acordo com Wright e Leahey (apud Gomes, Trindade e Fidalgo, 2009), tem- se vindo a verificar nos últimos 15 anos, uma alteração na postura dos enfermeiros para com as famílias, sendo o relacionamento tendencialmente mais colaborador, consultivo e não hierárquico. 12 Consideram as mesmas autoras, que à família tem sido conferido pelos enfermeiros maior status, reconhecimento de competência, igualdade e respeito, combinando habilidades de ambos, enfermeiros e família, constituindo uma nova e eficaz sinergia do contexto das conversações terapêuticas. Um estudo realizado com 18 mães que acompanham o filho(a) 24 horas no hospital coloca em evidência que as mesmas consideram que a sua função de protetores que mantinham até aí fica agora vulnerável ao contexto de uma nova experiência,onde o envolvimento nos cuidados, submetido ao poder dos profissionais de saúde, é potenciador de grande ansiedade e mal-estar. Os pais querem estar envolvidos nos cuidados aos seus filhos, mas querem também decidir sobre a extensão desse envolvimento. Quando na relação se traduz uma manifestação de poder em que um parceiro procura dominar o outro a parceria torna-se impraticável. Sujeita a transições normativas decorrentes dos processos de desenvolvimento inerentes ao ciclo vital, a família sujeita-se também a transições decorrentes dos processos de saúde e doença, afigurando-se assim como uma unidade em constante transformação. Face à hospitalização de um filho a família passa a vivenciar uma situação de estranheza, vê-se obrigada a modificar as suas rotinas, enfrenta uma adaptação familiar, tem de desenvolver novas competências, mas novas necessidades vão surgir. Ao enfermeiro compete avaliar o funcionamento de todo o sistema familiar e a saúde individual de todos os seus membros, de forma a poder intervir no sentido de ajudar a manter o nível mais elevado de bem-estar da família. A família necessita de ajuda externa para se proteger de uma mudança não planeada. Só o desenvolvimento de um trabalho em articulação com os atores, os contextos e as interações, pode garantir uma parceria efetiva com a família. A parceria, enquadrada na filosofia e valores da profissão e se verdadeiramente compreendida pelos enfermeiros, tem potencialidades tanto a nível das dinâmicas interpessoais, como institucionais. Mas o desenvolvimento do processo de parceria ainda é complexo. É necessário que o enfermeiro saiba o seu significado e esteja habilitado para conhecer e controlar os fatores que a condicionam. A parceria não pode ficar circunscrita a um apurar de hábitos da criança a que pretendemos dar resposta com a participação da mãe, mas ela prescreve que conheçamos a família que cuida, como cuida, quais são as suas possibilidades, os seus limites de atuação e que forças ela é capaz de mobilizar para resolver problemas de saúde. 13 O estabelecimento de um relacionamento terapêutico é o fundamentoessencial para o provimento de um cuidado de enfermagem de qualidade. Aequipe de enfermagem precisa estar significativamente relacionada àscrianças e seus familiares e ainda separar-se suficientemente para distinguirseus próprios sentimentos e necessidades. São as necessidades básicas, tais comoalimentação,hidratação, eliminações, habitação,etc. O atendimento dessas necessidades passapelo processo de dependência total, quando acriança necessita e depende do adulto, egradativamente evolui até atingir autonomiatotal, quando a criança passa a responder poresse atendimento. Durante este processo cabeaos responsáveis pela assistência da criança(pais ou equipe de saúde) acompanhar suaevolução, introduzindo hábitos saudáveis econdições ambientais seguras, através de umprocesso educativo que deve ser extensivo àfamília e à comunidade. O QUE É IMPORTANTE??? • Identificar um quadro de desconforto respiratório e suaconsequência mais imediata: FALÊNCIA RESPIRATÓRIA • Identificar sinais de choque Determinar as condutas de reanimação com vistas a evitara PCR Avaliação do sistema respiratório Frequência respiratória / Inspeção: Esforço respiratório Coloração da pele Expansibilidade Ausculta: batimento de asas nasais, gemido, tiragemintercostal, retração external, sincronização. 14 Figura 5 3.3 DIAGNÓSTICO DE PCR Não necessita ser preciso ou definitivo para o início dasmedidas de suporte básico de vida. A criança deve apresentar um ou mais dos sinais de alerta: Apnéia ou gasping (movimento respiratório assincrônico não efetivo) Palidez ou Cianose Perda súbita da consciência Ausência de pulso em grandes artérias Batimentos cardíacos inaudíveis ou não efetivos (60 bpm) Pupilas dilatadas (iniciam com 45 seg. de anóxia do SNC) 15 REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR Objetivos: Irrigação imediata com sangue oxigenado dos órgãos vitais(ventilação pulmonar e compressão cardíaca); Restabelecimento dos batimentos cardíacos; Obtenção de Acesso Vascular - deve ser realizado de formaconcomitante com ventilação e compressão cardíaca. 4. ETAPAS DA REANIMAÇÃO A B C Figura 6 AAbordagem das Vias Aéreas Crianças possuem diferenças anatômicas • Estruturas de orofaringe relativamente maiores que acavidade oral; • Laringe mais anteriorizada, dificultando visualizaçãodurante intubação; • Traqueia medindo aproximadamente 5 cm, aumentandorisco de intubação seletiva. 16 BVentilação Figura 7 Insuflação pulmonar Bolsa – Válvula – Máscara (com reservatório) Intubação Oro ou Naso-Traqueal + Ventilação Bolsa-Válvula-Máscara (Ambu®) Permite ventilar rapidamente o paciente Com reservatório – (maior concentração O2) Deve estar bem acoplada (nariz-boca) Observar: Expansibilidade torácica simétrica Ausculta bilateral Cor Perfusão do paciente C Circulação Acesso vascular Compressão cardíaca externa (coordenada com aventilação); Varia de acordo com a idade do paciente; Compressão e relaxamento(tempo de compressão = tempo de relaxamento). Acesso vascular Rápido Seguro Não atrapalhe a RCP. Estabelecer de forma concomitante às manobras 17 Tipos (venóclise-butterfly, acesso vascular profundopercutâneo, flebotomia, intra-óssea) É tão adequado para medicações na RCP quanto oacesso central.A relação compressão e ventilação deve ser coordenada Efetividade: presença de pulso periférico, pressão arterialmédia ou verificação de onda no monitor cardíaco. 5. CUIDADOS DE ENFERMAGEM DURANTE A REANIMAÇÃO Manter VAS desobstruídas; Oxigenar corretamente o paciente; Auxiliar a intubação do paciente; Providenciar acesso venoso; Preparar e infundir drogas de suporte prescritas pelo médico(identificação de cada droga/diluição); Instalar ou manter monitorização cardíaca 5.1 Após reanimação Registrar todos eventos e checar medicações administradas; Reposição dos materiais utilizados; Observação rigorosa e contínua do paciente; Sondagem gástrica; Promover balanço hídrico rigoroso; Promover suporte à família; Registro de enfermagem. 18 5.2 Priorizar Via aérea segura Acesso venoso Reposição de volume e drogas Manter temperatura Tratamento específico Monitorização Transporte 6. NECESSIDADES EMOCIONAIS Amor e Afeto Sentir-se amada significa, para a criança, a certeza deque ela é um ser singular e que, através desse amor, ela podetranspor todas as barreiras que poderão ameaçar suaestabilidade como ser humano. A criança deve sentir que é amada pelo que é e não comodecorrência de suas ações. Este é o amor incondicional,indispensável para o desenvolvimento de uma personalidadesaudável, que o auxilia na aquisição de segurança e de umaautoimagem sadia e positiva, as quais persistirão por toda a vida. Segurança Durante o processo de desenvolvimento, a criança vivência situações diversas que podem representar uma ameaça à sua segurança, tais como mudanças ambientais físicas eoutras, as quais somente poderão ser superadas com o apoio das pessoas que lhe são maispróximas. Em crianças menores estas ameaças podem manifestar-se através de mudanças decomportamento. 19 Disciplina e Autoridade Por pertencer a um contexto social, desde cedo a criança deve aprender a aceitar restrições e regras em seu comportamento. Este processo, que geralmente é iniciando pelos pais,deve estar veiculado ao sentimento de amor, mas como orientações seguras e claras, visandodesenvolver na criança autonomiade pensamento e ação. Dependência e Independência As crianças tornam-se capazes de direcionar suas próprias atividades e de tomardecisões independentes à medida que crescem e se desenvolvem. Todas tem o impulso decrescer e movimentar-se em direção à maturidade, mas a independência deve crescer a seupróprio ritmo. Cumpre salientar que a liberdade e o controle são necessários para o processo dacriança de se tornar um adulto maduro e autoconfiante. Autoestima É o julgamento que a criança tem a respeito de seu próprio valor resultante daautoavaliação e da aceitação social. Para desenvolver e preservar sua autoestima é imprescindível que a criança sinta esaibaque é um ser ímpar dotado de valores próprios. Os pais e outras figuras de autoridade podemauxiliá-la a desenvolver uma autoestima sadia e positiva através de estímulo e reconhecimentopelas suas realizações e a censura pelos comportamentos não adequados. Isso é fundamentalpara que a criança se torne um adulto seguro e produtivo.O atendimento das necessidades biológicas, físicas e emocionais em todas as suasdimensões possibilita à criança, atingir uma maturidade equilibrada e produtiva. Não esqueçamos,contudo, de que no mundo conturbado da atualidade, dada a complexidade da criança existir e sedesenvolver como um indivíduo singular, neste mesmo mundo, a responsabilidade e ocompromisso dos pais e responsáveis, incluindo também a equipe de saúde, tornam-se cada vezmais necessários para que as crianças possam alcançar um crescimento pleno e harmonioso. 20 7. A CRIANÇA HOSPITALIZADA O hospital infantil tornou-se um complexo deequipes de especialistas que trabalham para a melhoriade saúde da criança. Profissional importante dessasequipes é o enfermeiro, que além de prestar assistênciadireta, funciona como elo de ligação entre a criança, omédico, os pais e outros profissionais envolvidos. ação de adultos. Uma unidade pediátrica precisa ser “montada” de forma a atender às necessidades próprias de cada fase da criança, tanto em material físico como humano. Material físico Sala de recepção e admissão (com ante-sala e instalações sanitárias para crianças eadultos). Enfermarias com diversas capacidades, a serem utilizadas de acordo com os diversosgrupos etários e condições específicas (no máximo 8 leitos; no mínimo 4 leitos; quartos com 1 ou2 leitos). Refeitório e sala de recreação. Copa anexa ao refeitório. Sala de orientação sanitária aos pais e para reuniões. Posto de enfermagem. Banheiros. Sala de utilidades e despejo. Rouparia. Unidade de isolamento. Instalações sanitárias para funcionários. Lactário. Unidades de Internação Para recém nascidos e lactentes: localizada o mais próximo possível do posto de Enfermagem, para facilitar a observação. Conterá berços de tamanhos e formas diferentes,dispostos de forma a possibilitar boa circulação do pessoal e área de 3,5 a 4 m2 por berço. As enfermarias de pré-escolares e escolares, para facilitar o trabalho de enfermagem, 21 deverão ter instalações sanitárias que incluam banheira, chuveiro, vasos sanitários e pias comalturas diversas, na proporção de 1 para cada grupo de 15 a 20 crianças. Banheiros Cada enfermaria de 8 leitos para crianças menores de 2 anos deverá dispor de área paraasseio da criança, com o seguinte material: Banheira esmaltada ou inoxidável. Balcão com acolchoado. Balança. Prateleiras com material de uso durante o banho. Coletor de roupa suja. Rouparia Local destinado ao controle centralizado de toda a roupa da unidade para lavagem,desinfecção, reparos e manutenção. Os encarregados da rouparia terão estreita relação com o pessoal de enfermagem, comvistas ao bom andamento do controle da roupa de toda a unidade. O pessoal de enfermagem éresponsável pela previsão de roupas para as crianças em cada turno, durante às 24 horas,guardando-as em ordem no próprio setor, a fim de facilitar o trabalho. Unidade de Isolamento A cada unidade pediátrica deve corresponder uma área destinada ao isolamento decrianças com suspeita ou diagnosticadas como portadoras de doenças infecciosas. Material Humano A assistência pediátrica necessita da ação de uma equipe multidisciplinar integrada, enessa equipe a enfermagem desempenha papel de importância fundamental. Muito pouco seencontra publicado a respeito do valor e da importância da enfermagem em pediatria. Estaenfermagem apresenta particularidades que a diferencia das demais. Dela se exige umaexcelente formação profissional, competência técnica, excelente aptidão para educadora eprofundo sentido social. 22 8. REQUISITOS DO PESSOAL DE ENFERMAGEM Saúde física e mental. Gostar de trabalhar com criança. Bom aspecto. Boa aparência. Alegre. Poder de observação. Delicadeza de gestos. Grande senso de responsabilidade. 9. ADMISSÃO DA CRIANÇA NO HOSPITAL O 1º contato da criança no hospital deve constituir-senuma experiência agradável. O preparo para internação sempreé feito levando-se em conta o seu grau de compreensão, quecomeçara pelos familiares, os quais darão explicações simples eclaras sempre valorizando a importância da contribuição dacriança para o êxito do tratamento. A permanência do pai ou da mãe junto à criança,participando dos cuidados prestados, permite obter melhoresresultados no tratamento. A unidade de internação pediátrica representa o local onde ficam hospitalizadas as crianças de 0-12 anos, agrupadas de acordo com as diferentes faixas etárias. A unidade de pediatria deverá estar montada para atender as necessidades próprias a cada fase da infância. Apresente-se aos pais ou responsáveis e pergunte seus nomes e o nome da criança. Caso a criança seja mais crescida, apresente-se a ela e apresente-a ao pessoal da enfermaria. Mostre as dependências da unidade à criança e/ou aos pais. Converse com os pais e acolha as informações que são solicitadas pela instituição. Informe-se junto aos pais sobre os hábitos da criança em casa. Após este primeiro contato identifique a criança com pulseira ou conforme rotinas. 23 Verifique o peso da criança e as medidas de estatura, perímetro torácico, abdominalou cefálico. Registre estes dados no prontuário. Prepare a criança para o exame físico, se necessário faça a higiene corporal antes doexame. Observação: O choro da criança muitas vezes é inevitável, pois ela não tem condições decompreender o que está acontecendo. Mesmo assim devemos ter certeza de que fizemos tudopara diminuir o sofrimento desta criança. Estes passos não são suficientes para eliminar o traumaocasionado pela internação, mas certamente irão diminuir a intensidade destes, através de umatendimento carinhoso e honesto. MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS Figura 8 A rotina de medidas antropométricas em uma unidade pediátrica é de relevanteimportância, pois fornece parâmetros para avaliação do estado nutricional, condições de saúde,base para cálculos da dieta, medicação, infusões intravenosas, dentre outras. CONTROLE DE PESO 24 Figura 9 O controle de peso serve de subsídio para avaliar o estado nutricional e de saúde dacriança, bem como base para cálculos da dosagem medicamentosa e necessidades nutricionais. Esse procedimento deve ser executado diariamente, de preferência pela manhã antesdodesjejum ou da primeira mamada e sempre que necessário. A criança deverá ser pesada sempre na mesma balança, e de preferência pela mesma pessoa, a fim de não haver interferência de resultado e leitura. As balanças podem ser do tipodigital ou de correr e todo o equipamento deverá ser zerado ou “tarado” antes de iniciar oprocedimento. Crianças de até 15Kg deverão ser pesadas em balança infantil e maiores em balança antropométrica.CONTROLE DE ESTATURA Figura 10 A estatura, medida fiel do crescimento da criança, é estável e regular. A medida da estatura deve ser realizada com precisão, sendo que a alteração doposicionamento do corpo da criança pode alterar o resultado obtido. 25 Até mais ou menos doisanos, a criança é medida na posição supina, utilizando- se régua antropométrica, que tem umaplaca fixa no zero e um cursor, e são necessárias duas pessoas para a execução doprocedimento. Após essa idade, a medida é realizada na posição vertical com réguaantropométrica inserida na balança. Figura 11 Balança com régua para crianças maiores. 26 PERIMÉTRO CEFÁLICO Figura 12 O aumento rápido do cérebro, principalmente no primeiro ano devida, é um dos principais fatores para o controle da evolução do perímetrocefálico, e tem como objetivo detectar possíveis anomalias. CONTROLE DOS SINAIS VITAIS Dentre os procedimentos básicos essenciais, o controle dos sinais vitais é de fundamentalimportância para a manutenção ou estabelecimento de terapias. Os sinais vitais refletem uma situação de momento das funções orgânicas, e a qualquerdesequilíbrio dessas funções, de origem física ou psíquica, imediatamente a alteração dessesparâmetros nos permite um pronto diagnóstico, garantindo rápida intervenção. Esses dados são obtidos através do controle da temperatura, frequência respiratória,frequência cardíaca, do pulso e da pressão arterial. 27 TEMPERATURA Figura 13 A temperatura corporal de um indivíduo pode variar conforme atemperatura ambiente, atividade física, alteração emocional, ritmocircadiano (ao acordar, a temperatura é mais baixa do que à noite),uso inadequado de roupas e processos patológicos, dentre outros. Oequilíbrio entre a produção e a perda de calor determina a temperatura do corpo.A temperatura da criança altera-se com mais rapidez do que ado adulto, principalmente no primeiro ano de vida, devido aimaturidade do sistema termorregulador, com a temperatura apresentando maior variação conforme a temperatura ambiente.O controle da medida de temperatura pode ser realizado por via oral, retal ou axilar. Atécnica com a qual se obtém o valor mais próximo da temperatura interna do organismo é averificação da temperatura oral, nunca utilizada em crianças menores que cinco anos. A verificação da temperatura retal está indicada em crianças pequenas, porémextremamente traumática. Temperaturas porregião do corpo / Local demedida / Temperatura(ºC) Axilar 36,4 Oral 36,9 Retal 37,2 28 Variações térmicas Figura 14 FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA Figura 15 A respiração é caracterizada pela expansão e retração dacaixa torácica, em movimentos rítmicos, inconscientes, que podemse apresentar alterados até por situações afetivas. Nos recém-nascidos e lactentes, a respiração é predominantemente abdominal ou diafragmática, e apenas porvolta dos seis a sete anos de idade é que a respiração torna-seprogressivamente torácica. Durante a verificação da frequência respiratória éimportante observar o ritmo, a frequência, a profundidade, asimetria da expansibilidade pulmonar e possíveis ruídos audíveis que podem resultar de obstruçãodas vias aéreas, alta (laringe, traqueia) ou baixa (brônquios, bronquíolos ou alvéolos). 29 Os movimentos respiratórios podem ser definidos como: Rítmicos ou arrítmicos; Eupnéico (respiração normal) ou dispneico (dificuldade na respiração); Bradipnéico (frequência respiratória diminuída) ou taquipnéico (frequência respiratóriaaumentada) Respiração profunda (boa expansibilidade pulmonar) ou respiração superficial (pequenaamplitude na expansibilidade pulmonar); Apnéia (ausência de movimentos respiratórios). O fato de a respiração ser caracterizada por movimentos torácicos e abdominais permite ocontrole da frequência respiratória, contando-se esses movimentos durante um minuto, a fim dese constatar a existência de alguma arritmia. O controle deve ser realizado com a criança calma. Os valores normais da frequência respiratória para crianças em um minuto são: Prematuro – 50 rpm Lactentes – 30 – 40 rpm Um ano de idade – 25 – 30 rpm Pré-escolares – 20 a 25 rpm 10 anos de idade – mais ou menos 20 rpm FREQUÊNCIA CARDIACA Figura 16 A contração do ventrículo esquerdo bombeia sangue para acirculação arterial sistêmica, fenômeno sentido como pulso, o qual épalpado a partir do batimento de uma artéria sobre uma saliênciaóssea. O controle do pulso pode ser verificado através da palpaçãodas artérias radial, braquial, femoral, carotídea, temporal, pediosa ou poplítea. 30 A ausculta da contração do coração verificada na altura de seu ápice é denominada frequência cardíaca (FC) ou pulso apical, e corresponde ao seu pontomáximo de impulso.A escolha da verificação do pulso ou da FC vai depender da idade da criança. Em recémnascidos e lactentes, a verificação da FC é mais precisa, em razão da dificuldade em se palpar aartéria radial, embora seja possível a palpação da artéria femoral, temporal ou pediosa. Emcrianças maiores é possível utilizar a técnica da verificação do pulso. Ao se controlar o pulso deve-se verificar: - Frequência (número de batimentos por minuto); - Ritmo (tipos de batimentos); - Tamanho ou amplitude (volume de sanguecirculante na artéria após a contração do coração); - Tensão ou elasticidade (compressibilidade daparede arterial). PRESSÃO ARTERIAL Figura 17 É a pressão exercida pelo sangue nas paredes das artérias. Depende da força de contração do coração, de quantidade de sanguecirculante e da resistência das paredes dos vasos. Cabe destacar, que no nosso meio o procedimento da medidade PA (pressão arterial), apesar da sua relevância, é realizadosomente em crianças com problemas específicos que alteram a PA; ascrianças em estado de alto risco e mesmo as que se encontram emunidades de emergência ou de cuidados intensivos não tem sua PAverificada rotineiramente. 31 Figura 18 Figura 19 32 Figura 20 BANHO NO LEITO É o banho da criança acamada, sem condições dereceber banho de imersão ou aspersão. A técnica utilizada para o banho no leito em criança emfase escolar e adolescente é semelhante ao do adulto, porémdo lactente ao pré-escolar não podemos utilizar a mesmatécnica, pelas diferenças próprias entre a criança e o adulto. A indicação do banho no berço será feita segundo oestado geral da criança e particularidades das patologias nostratamentos que exijam repouso no leito. As situações mais frequentes em pediatria, que requerem este procedimento, são: criançasem oxigenoterapia, cirurgia recente, inconscientes, em tratamentos ortopédicos, com paralisiacerebral, etc 33 10. EMERGÊNCIA EM NEONATOLOGIA Figura 21 Período Neonatal: Do nascimento até 28 dias de vida. 1975----- Primeiro exame na subespecialidade Medicina Neonatal (The American Board of Pediatrics). IDENTIFICANDO O RN (recém-nascido) DE RISCO: CONDIÇÕES MATERNAS Idade: Menor de 16 anos, maior de 40. Fatores Sociais: Pobreza, Tabagismo, Abuso de drogas, Alcoolismo. Má nutrição História Clínica: Diabetes materna, Doença tireoidiana, Doença renal, Doença cardíaca e/ou pulmonar, Hipertensão arterial, Anemia, 34 Isoimunização, Trombocitopenia. História Obstétrica: Infertilidade, História prévia de icterícia, DMH,ou Anomalias, Medicações maternas, Sangramento no início da gestação, Hipertermia, Sangramento no últimotrimestre, Rotura prematura de membranas,Febre e Infecção. CONDIÇÕES FETAIS Gestação múltipla, RCIU, Macrossomia,Anomalia de ritmo ou FC,Posição fetal anômala e Acidose. O nascimento é o evento isolado mais perigoso que qualquer um de nós enfrenta durante todo o decorrer da vida. O organismo necessita fazer ajustesfisiológicos imediatos e radicais. Em mais de 90% essa transição acontece sem nossa ajuda. Quando necessária, a reanimação habilidosa é geralmente bem sucedida e extremamente importante. A mortalidade infantil é uma medida crítica da saúde e bem estar de uma população. As maiores causas de morte: Asfixia ao nascer, Sepsis, Pneumonia e Prematuridade. Há 1 milhão de mortes neonatais por ano por causa de asfixia que representam 20 a 40% de todas as mortes neonatais. 35 Figura 22 FATORES ANTENATAIS DE RISCO PARA ANIMAÇÃO Diabetes materna DHEG Hipertensão arterial crônica Anemia fetal ou isoimunização Óbito fetal ou neonatal anterior Sangramento no segundo ou terceiro trimesters Infecção materna Doença maternal: cardíaca, tireoidiana ou neurológica Polidrâmnio Oligodrâmnio Rotura prematura de membranas Pós-maturidade Gestação múltipla PIG ou GIG Uso de medicamentos maternos Uso nocivo de drogas Malformação ou anomalia fetal Diminuição da atividade fetal Ausência de cuidado pré-natal Menor que 16 anos ou maior de 35 anos Hidropsia Parto Cesário de emergência Parto taquitocito 36 Corioamnionite Rotura prolongada de membranas (maior que 18 horas) Segundo estágio de parto prolongado (maior que 2 horas) Trabalho de parto prolongado (maior que 2 horas) Macrossomia fetal Bradicardia fetal Padrão anormal de FC fetal Uso de anestesia geral Tetania uterina Uso materno de opioides nas 4 horas que antecedem o parto Liquido amniótico meconial DPP Placenta previa Grande Sangramento intraparto RN PREMATURO: Nascimento entre 20 e 37 semanas degestação, com elevada mortalidade emorbidade (DMH, HIV, LeucomalaciaPeriventricular, NEC, DBP, PDA, Sepsis,Paralisia Cerebral, Retardo Mental e ROP). Uso do corticóide ante natal x surfactantepulmonar OS RN’S PREMATUROS SÃO CONSIDERADOS DE ALTO RISCO: Deficiência de surfactante pulmonar xdificuldade respiratória; Imaturidade do desenvolvimento neurológico x diminuição do estímulo central pararespirar; Fraqueza muscular x dificuldade pararespiração espontânea; Pele fina x elevada superfície corporal x perdade calor; Maior risco de infecção; Maior risco de hemorragia intra craniana; Pequeno volume sanguíneo x risco dehipovolemia por perda sanguínea; Imaturidade tecidual x hiperoxia. Maior risco de paralisia cerebral, retardomental e outros danos sensoriais e cognitivos. 37 11. NÍVEIS DE CUIDADOS NEONATAIS Nível 1: básico Garante a reanimação a todos os nascimentos Garante o cuidado pós-natal aos RNsaudáveis Estabiliza RN entre 35 e 37 semanasfisiologicamente estáveis. Estabiliza RN com menos de 35 semanas atésua transferência a uma Unidade Neonatal. Nível 2: Reanimar e estabilizar RN prematuros aespera de transferência para UTI Neonatal Garantir assistência a RN com menos de 32semanas e peso abaixo de 1500gramas Garantir assistência a RN provenientes deUTIs Neonatais Garantir assistência respiratória (VentilaçãoMecânica, CPAP) por períodos até 24h. Nível 3: Garantir o cuidado a RN com menos de 28semanas de gestação e peso abaixo de 1000g Garantir suporte de vida a RN ventiladosmecanicamente Permitir procedimentos cirúrgicos Permitir diagnósticos por imagem (CT,Ressonância Magnética, Eco) 38 12. SINTOMAS X ALERTAS Icterícia Taquipnéia-dispnéia-apnéia-cianosepalidez- sopro cardíaco Arritmias cardíacas-Isquemia miocárdica Hipoglicemia: Níveis séricos de glicose abaixode 40mg/dl Necessidade de administração de glicose EV(2ml/kg/min de glicose 10%) Manutenção de taxas de administração deglicose entre 6 e 8 mg/kg/min Convulsões / Fenobarbital 40 mg/Kg. 39 REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS BEHRMAN,Richard E.;KLIEGMAN,Robert;JENSON,HALB.:Nelson Tratado de Pediatria.17°ed.Editora Elsevier.2005. Pereira,Júnia Sales (2006),História da Pediatria no Brasil de Final de Século XIX a meados do Século XX, Tese de doutoramento em História. Minas Gerais:Universidade Federal de Minas Gerais. http://www.sbp.com.br/show_item2.cfm?id_categoria=17&id_detalhe=1967&tipo_det alhe=s. Acesso em 16 de abril de 2007. http://www.icr.hcnet.usp.br/destaques.asp?doc=novaped.htm. Acesso em 16 de abril de 2007. American Heart Association. Guidelines CPR-ECC- 2010. Disponível em www.heart.org. Almeida MFB, Guinsburg R. Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria: condutas 2011. Disponível em: http://www.sbp.com.br/pdfs/PRN- SBPReanimaçãoNeonatalFinal-2011-25mar11.pdf Berg MD et al. CPR – Whythe new emphasis? PediatrClin North Am. 2008; 55: 861- 872. Cesar RG et al. Ressucitação cardiopulmonar. In: GUTIERREZ, M.T., et al. Pediatria – Diagnóstico e terapêutica. 2ª ed. São Paulo: Robe Editorial, 1999. Collet N, Oliveira BRG. Manual de enfermagem em pediatria. Goiânia: AB, 2002. Fagundes U. Parada cardiorrespiratória. In: MORAIS, M.B., et al. Guia de pediatria. Barueri – SP: Manole, 2005. Hickey RW, Nadkarni V. Future directionsoncardiocerebralresuscitation. PediatricClin North Am. 2008; 55:1051-1064.
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