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1 RESUMO: POTENCIAÇÃO: EQUAÇÃO EXPONENCIAL LOGARITMO: m n m n m m n n b b b b b b + − = = x yb b x y= = log log log log n b x b n b b b n a x b a a n a = = = = EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO: 1. Em um experimento o número de bactérias de uma cultura é dado pela função 0,4( ) 800.(2 )tN t = onde t é o tempo em minutos após o início da contagem. Essa cultura atingirá o número de 102400 bactérias às: (A)17horas e 30 minutos; (B)17horas e 50minutos; (C)16horas e 30 minutos; (D)16horas. SOLUÇÃO: O número de 102400 bactérias corresponde ao valor de ( )N t para um determinado tempo t , portanto: 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 7 ( ) 800.(2 ) 102400 1024 102400 800.(2 ) 2 128 800 8 2 128 7 70 2 2 0, 4 7 0, 4 4 t t t t t N t t t = = = = = = = = = = 70 4 17,5 17 30mint t horas utos= = = 2. Inicia-se a criação de certa espécie de peixe em um lago. Estudos experimentais indicam que o número de peixes, decorridos t meses é dado pela função 0,2( ) 125 250.(2 )tN t = + . Essa criação atingirá 1125 peixes em: (A)8meses; (B)10 meses; (C)15meses; (D)20 meses. 2 SOLUÇÃO: 1125 peixes é o valor de ( )N t para determinado valor de t que vamos calcular a seguir. 0,2 0,2 0,2 0,2 2 ( ) 125 250.(2 ) 1125 125 250.(2 ) 250.(2 ) 1125 125 1000 1000 2 20 2 4 2 0,2 2 10 250 0,2 2 t t t t N t t t meses = + = + = − = = = = = = = = 3. A altura média do tronco de certa espécie de árvore, que se destina à produção de madeira, evolui, desde que é plantada, segundo o seguinte modelo matemático: ( ) ( )31,5 log 1h t t= + + , com ( )h t em metros e t em anos. Se uma dessas árvores foi cortada quando seu tronco atingiu 3,5 metros de altura, o tempo (em anos) transcorrido do momento da plantação até o do corte foi de: (A) 9 anos (B) 8 anos (C) 5 anos (D) 4 anos SOLUÇÃO: O tronco atingiu 3,5 metros de altura, isto é, ( ) 3,5h t = , portanto: ( ) ( ) ( ) ( ) 3 3 3 1,5 log 1 3,5 1,5 log 1 log 1 3,5 1,5 2 h t t t t = + + = + + + = − = Usando a definição de logaritmo: ( ) 23log 1 2 3 1 1 9 9 1 8t t t t anos+ = = + + = = − = 4. A escala de um aparelho para medir ruídos é definida da seguinte forma: ( )( ) 120 10logR i i= + , em que R é a medida do ruído, em decibéis, e i é a intensidade sonora, em / ²W m . No. Por exemplo, o ruído dos motores de um avião a jato é de 160 decibéis, enquanto o ruído do tráfego em uma esquina movimentada de uma grande cidade é de 80 decibéis, sendo este o limite a partir do qual o ruído passa a ser nocivo ao ouvido humano. A intensidade sonora i dos motores de um avião a jato é k vezes a intensidade sonora do tráfego em uma esquina movimentada de uma grande cidade. O valor de k é: (A) 410 (B) 410− (C) 810 (D) 810− SOLUÇÃO: Devemos calcular a intensidade sonora i dos motores de um avião a jato e a do tráfego em uma esquina movimentada de uma grande cidade para determinar o valor de k . i. Cálculo da intensidade sonora i dos motores de um avião a jato: Como o ruído dos motores de um avião a jato é de 160 decibéis: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 120 10log 160 120 10log 10log 160 120 40 40 log 4 10 R i i i i i = + = + = − = = = Usando a definição de logaritmo e lembrando que quando não está indicado a base do logaritmo, significa que sua base é 10, denominado logaritmo decimal, temos: ( ) 4log 4 10 / ²i i W m= = ii. Cálculo da intensidade sonora i do tráfego em uma esquina movimentada de uma grande cidade: Como o ruído do tráfego em uma esquina movimentada de uma grande cidade é de 80 decibéis: 3 ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 120 10log 80 120 10log 10log 80 120 40 40 log 4 10 R i i i i i = + = + = − = − = − = − Usando a definição de logaritmo e lembrando que quando não está indicado a base do logaritmo, significa que sua base é 10, denominado logaritmo decimal, temos: ( ) 4log 4 10 / ²i i W m−= − = iii. determinando o valor de k : ( ) 4 4 44 4 4 4 8 4 8 10 10 10 10 10 10 10 10 k k k − −− + − = = = = = = 5. Os átomos de um elemento químico radioativo possuem uma tendência natural a se desintegrar (emitindo partículas e se transformando em outro elemento). Assim sendo, com o passar do tempo, a quantidade original desse elemento diminui. Suponhamos que certa quantidade de um elemento radioativo inicialmente com 0m gramas de massa se decomponha segundo a equação matemática: ( ) 70010 t m t m − = , onde ( )m t é a quantidade de massa radioativa no tempo t (em anos). Usando a aproximação log 2 0,3= , esse elemento se decompõe até atingir um oitavo da massa inicial em: (A)70 anos; (B)63 anos; (C)700 anos; (D)630 anos. SOLUÇÃO: Pelos dados do problema, temos: ( ) ( ) 0 70 70 0 0 0 370 3 370 1 8 1 10 10 8 1 1 10 2 8 2 10 2 t t t t m t m m t m m m − − − − − − = = = = = = = Temos, então, uma equação exponencial de bases diferentes, logo, não podemos igualar seus expoentes para determinar t . Como uma das potências tem base 10, vamos aplicar o logaritmo decimal em ambas: ( ) 70 3 log 2 0,3 log10 log 2 log10 3log 2 3log 2 70 70 log 2 0,3 0,3 210 210 210 63 t t t t t t t anos − − = = − = − − = − = = = = 4 6. Pelos programas de controle de tuberculose, sabe-se que o risco de infecção R depende do tempo t , em anos, do seguinte modo: ( ) 0 ktR t R e−= , em que 0R é o risco de infecção no início da contagem do tempo C, e é a base do logaritmo natural e k é o coeficiente de declínio. O risco de infecção atual, início da contagem, em Salvador foi estimado em 2%, isto é, 0 2%R = . Suponha que, com a implantação de um programa nesta cidade, fosse obtido um coeficiente de declínio de 10% ao ano, isto é, 10%k = . O tempo, em anos, para que o risco de infecção se torne igual a 0,2%, é de: (use ln 2 0,70= e ln 5 1,60= ) (A) 21 (B) 44 (C) 23 (D) 46 SOLUÇÃO: De acordo com os dados do problema, temos: ( ) ( ) 0 0 0,1 0,1 0,1 0,1 2 10 0, 2 2% 10% 0,1 0, 2% 100 100 100 0, 2 2 0, 2 1 0, 2 2 100 100 2 10 0,1 kt t t t t R k R t R t R e e e e e − − − − − = = = = = = = = = = = = = Temos, então, uma equação exponencial de bases diferentes, logo, não podemos igualar seus expoentes para determinar t . Como uma das potências tem base e , vamos aplicar o logaritmo natural (de base e ) em ambas: 0,1 0,1 0,1 ln ln 0,1 0,1 ln 0,1 t t e e t − − = = − = Vamos calcular separadamente o logaritmo natural de 0,1. Para isto devemos relembrar as: PROPRIEDADES OPERATÓRIAS: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) log . log log log log log b b b b b b a c a c a a c c = + = − ( ) 1 1 0,1 ln 0,1 ln ln1 ln10 0 ln10 ln10 10 10 10 2 5 ln10 ln 2 5 ln 2 ln 5 ln 2 0,70 ln 5 1,60 ln10 0,70 1,60 2,30 ln 0,1 2,30 = = = − = − = − = = = + = = = + = = − Levando este valor na equação 0,1 ln 0,1t− = , temos: 2,3 23 0,1 ln 0,1 0,1 2,30 0,1 1 23 t t t t anos − = − = − = = = 5 7. Suponha que o crescimento populacional de duas cidades, A e B, é descrito pela equação: ( ) 0 ktP t P e= onde: 0P é a população no início da observação; k é a taxa de crescimento populacional; t é o tempo medido em anos; e é a base do logaritmo natural; ( )P t é a população t anos após o início da observação. Se no início de nossa observação a população da cidade B é o quíntuplo da população da cidade A, e se a taxa de crescimento populacional de A permanecer em 2% ao ano e a de B em 10%ao ano, em quantos anos, aproximadamente, as duas cidades possuirão o mesmo número de habitantes em (Considere ln 5 1,60= ): (A)20 anos; (B)2 anos; (C)200 anos; (D)500 anos. SOLUÇÃO: Seja a população inicial da cidade A e da cidade B representadas, respectivamente, por 0 0, A BP P . Como no início de nossa observação a população da cidade B é o quíntuplo da população da cidade A, temos que 0 05 B AP P= . Para a cidade A temos: ( ) ( ) 0 0 0 0,02 0 2% 0,02 kt A A t A P t P e P P k P t P e = = = = = Para a cidade B temos: ( ) ( ) 0 0 0 0,1 0 10% 0,1 kt B B t A P t P e P P k P t P e = = = = = Como queremos saber em quantos anos, aproximadamente, as duas cidades possuirão o mesmo número de habitantes e 0 05 B AP P= : 0,1 0,1 0 0 0,1 0,1 0,02 0,02 0,1 0 0 0,02 0,1 0,02 0,08 5 5 5 5 5 A t B t t A t A t t t t t t t P e P e e P e P e e e e e e− = = = = = = Temos, então, uma equação exponencial de bases diferentes, logo, não podemos igualar seus expoentes para determinar t . Como uma das potências tem base e , vamos aplicar o logaritmo natural (de base e ) em ambas: 0,08 0,08 5 ln 5 1,60 ln ln 5 0,08 ln ln 5 0,08 1,60 1,6 160 20 0,08 8 t t e e t e t t anos = = = = = = = = EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO: Resumo: Este trabalho apresenta algumas modelagens matemática de problemas através das equações exponenciais com soluções logarítmicas trazendo o estudo dessas equações para o cotidiano dos estudantes do Ensino Médio, assim podemos responder a uma pergunta que é muito frequente no estudo de tais equações: para que serve estudar tais equações e onde aplicá-las? Vamos dar ênfase aos problemas que envolvem a Lei de resfriamento de Newton. Os problemas são solucionados aplicando as definições de logaritmos e potenciação e suas propriedades. 6 Problema 1: O instante da morte! Um homem é encontrado morto em seu apartamento. O perito da Polícia Civil chega às sete horas ao local, a temperatura do corpo é medida imediatamente e o valor obtido é 0 0 26T C= . O corpo é mantido na cena do suposto crime e duas horas depois sua temperatura é novamente medida e o valor encontrado é 01 23T C= . O crime parece ter ocorrido durante a madrugada e corpo foi encontrado pela manhã bem cedo. A perícia sabe através de interrogatórios que durante todo este tempo o aparelho de ar-condicionado foi mantido ligado a uma temperatura ambiente de 020aT C= . A perícia sabe também que a temperatura normal de um ser humano vivo é de, aproximadamente, 037 C . Com esses dados como a perícia pode determinar a hora do crime? SOLUÇÃO: Um erro comum entre os estudantes é resolver o problema aplicando uma Regra de Três entre as grandezas tempo e temperatura. Há uma equação matemática que pode ser usada para numa investigação de um homicídio, ou de uma morte acidental para estimar o instante da morte. É a chamada Lei do Resfriamento de Newton. A partir de observações experimentais, sabe-se que, com uma exatidão satisfatória em muitas circunstâncias, a temperatura superficial do corpo se altera com uma taxa proporcional à diferença de temperatura entre o corpo e o meio ambiente. É o que se conhece como Lei do Resfriamento de Newton. Esta lei diz que a taxa de variação de temperatura de um corpo em resfriamento é proporcional à diferença entre a temperatura do corpo e a temperatura constante do meio ambiente e esta lei dá origem a equação logarítmica: LEI DO RESFRIAMENTO DE NEWTON: ( ) 0ln aT T kt c− = − + Onde: T temperatura do corpo no instante t ; aT temperatura constante do ambiente em que o corpo se encontra; k constante de proporcionalidade positiva que depende do material que constitui o corpo, sendo que o sinal negativo indica que a temperatura do corpo está diminuindo com o passar do tempo, em relação à temperatura do meio ambiente. 0c valor que será determinado considerando o tempo inicial 0 0t = que o corpo foi encontrado. Vamos, então, modelar nosso problema com a Lei do Resfriamento de Newton. ( ) 0ln aT T kt c− = − + Quando o perito chega ao local as sete horas, podemos considerar como tempo 0 0t = e, temperatura do corpo é 0 0 26T C= e a temperatura do ambiente 020aT C= , então, temos: ( )0 0 0ln aT T kt c− = − + ( ) 0 0 ln 26 20 0 ln 6 k c c − = − + = Elevando ambos os lados da equação a potência de base e , temos que: 0 0ln 6 6 c c e e e= = Quando o tempo 1 2t h= a temperatura do corpo é 0 1 23T C= e a temperatura do ambiente 7 020aT C= , então, temos: ( )1 1 0ln aT T kt c− = − + ( ) 0 0 ln 23 20 2 ln 3 2 k c k c − = − + = − + Elevando ambos os lados da equação a potência de base e , temos que: 0 0 2ln3 2 3 k c c k e e e e − + − = = Como 0 6ce = 0 2 2 2 3 6 3 3 0,5 6 c k k k e e e e − − − = = = = Calculando o logaritmo natural de ambos os lados da equação, temos que: 2ln ln 0,5 2 ln 0,5ke k− = − = Como ln 0,5 0,70 − :- 0,70 2 0,70 0,35 2 k k− = − = = Agora temos condições de resolver o problema pois já determinamos 0 6ce = e 0,35k = . Finalmente, quando a pessoa ainda estava viva sua temperatura era de 037T C= e a temperatura do ambiente 20aT = , então, temos como determinar passadas quantas horas isso ocorreu. ( ) 0ln aT T kt c− = − + ( ) 0 0 ln 37 20 0,35 ln17 0,35 t c t c − = − + = − + Elevando ambos os lados da equação a potência de base e , temos que: 0 0 0,35ln17 0,35 0,35 0,35 17 6 17 17 2,80 6 t c c t t t e e e e e e − + − − − = = = = Calculando o logaritmo natural de ambos os lados da equação, temos que: 0,35ln ln 2,8 0,35 ln 2,8te t− = − = Como ln 2,8 1,02 : 0,35 ln 2,8 0,35 1,02 1,02 2,9 0,35 t t t − = − = = − − Precisamos transformar esse valor decimal de 2,9 horas para horas e minutos conforme usamos. Como uma hora tem sessenta minutos, 2,9 horas tem 2,9 60 174 = minutos. O suposto homicídio aconteceu há aproximadamente 3 horas antes do perito efetuar a primeira medição de temperatura do corpo, ou seja, às 4 horas da madrugada. 8 Problema 2: A xícara de café! Uma xícara de café é servida a uma temperatura de, aproximadamente 080 C . Para não queimar a boca a pessoa espera por 5 minutos para sua temperatura cair em, aproximadamente 020 C e assim saborear o delicioso café. Se a temperatura do ambiente é mantida a 30ºC, dentro de quanto tempo a temperatura do café descerá para 40ºC? SOLUÇÃO: Quando a xícara de café é servida podemos considerar como tempo 0 0t = e, temperatura da xícara é 0 0 80T C= e a temperatura do ambiente 030aT C= , então, temos: ( )0 0 0ln aT T kt c− = − + ( ) 0 0 ln 80 30 0 ln 50 k c c − = − + = 0 0ln50 50 c c e e e= = Quando o tempo 1 5mint utos= a temperatura do corpo é 0 1 60T C= e a temperatura do ambiente 30aT = , então, temos: ( )1 1 0ln aT T kt c− = − + ( ) 0 0 ln 60 30 5 ln 30 5 k c k c − = − + = − + 0 0 5ln30 5 30 k c c k e e e e − + − = = Como 0 50ce = 0 5 5 5 30 50 30 30 0,6 50 c k k k e e e e − − − = = = = 5ln ln 0,6 5 ln 0,6ke k− = − = Como ln 0,6 0,50 − :- 0,50 5 0,50 0,1 5 k k− = − = = Agora temos condições de resolver o problema pois já determinamos 0 50 c e = e 0,1k = . Finalmente, já podemos determinar quantos minutos serão necessários para o café atingir a temperatura de 040T C= . A temperatura do ambiente continua em 030aT C= . ( ) 0ln aT T kt c− = − + ( ) 0 0 ln 40 30 0,1 ln10 0,1 t c t c − = − + = − + 0 0 0,1ln10 0,1 0,1 0,1 10 50 10 10 0,2 50 t c c t t t e e e e e e − + − − − = = = = = 0,1ln ln 0,2 0,1 ln 0,2te t− = − = Como ln 0,2 1,6 − : 1,6 0,1 ln 0,2 0,1 1,6 16 0,1 t t t− = − = − = Portanto a temperatura do café descerápara 40ºC nos 16 minutos seguintes. 9 Problema 3: A barra de aço fundido! Coloca-se uma barra de aço fundido, à temperatura de 1370ºC em uma forma de resfriamento com temperatura constante de 20ºC. Após 20 minutos a temperatura do aço é de 900ºC, determine o tempo necessário para a barra chegar à temperatura de 50ºC. Problema 4: Esfriando um ovo cozido! Um ovo cozido, a 98ºC, é colocado em uma panela contendo água a 18ºC. Depois de 5 minutos, a temperatura do ovo é de 38ºC. Suponha que durante o experimento a temperatura da água não aumente apreciavelmente, quanto tempo a mais será necessário para que o ovo atinja 20ºC?
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