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Licenciatura 7º Período Educação Inclusiva Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Educação Inclusiva – Dicas de Estudo para prova ......................................... Página 2 de 8 1. Discussões sobre igualdade e diferença. Nas discussões acadêmicas sobre igualdade e diferença, é possível compreender que, para conceituar igualdade, é preciso identificar entre quem e entre quê ela deve ser analisada, pois é impossível as pessoas serem iguais entre si e em todos os sentidos. Elas são desiguais. Porém, há desigualdades que são: - Produzidas pela natureza (desigualdades naturais); e - Produzidas pelas relações de dominação política, econômica ou espiritual (desigualdades sociais). Portanto, a linguagem é uma tecnologia, pois “é uma construção criada pela inteligência humana para possibilitar a comunicação entre os membros de determinado grupo social” 2. Discussões o direito à educação das pessoas com deficiência. A percepção das desigualdades naturais e sociais, por parte de grupos historicamente excluídos e sem cidadania plena, deu origem a movimentos sociais. Tais movimentos reivindicavam igualdade no acesso das pessoas a bens e serviços da sociedade, especialmente, à educação, que passou assim a se articular politicamente e a trazer suas propostas, entre as quais as de inclusão. A luta pela inclusão no ensino regular passou a explicitar os processos discriminatórios e segregadores presentes na escola, demonstrando que, apesar de o direito à educação ser uma Lei, ela não era de fato cumprida, pois era preciso ir além, ou seja, oferecer um tratamento educacional diferenciado a alunos com necessidades diferenciadas do padrão dominante. Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Educação Inclusiva – Dicas de Estudo para prova ......................................... Página 3 de 8 3. Discussões sobre direito a educação das pessoas com deficiência. A reivindicação por uma educação especial propõe mudanças nas escolas e em todos os níveis de ensino. A Constituição Federal Brasileira de 1988 é um marco legal brasileiro que aponta garantias de direitos educacionais por meio da reformulação do ensino, em que uma educação de qualidade seria também aquela aberta às diferenças. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 96) e a Resolução do Conselho Nacional de Educação e Câmara de Educação Básica número 2, de setembro de 2001 (Res. 2/01), transformaram-se em referências legais de compromisso público com a educação inclusiva. O direito de todos à educação, que é apregoado pela universalização do ensino fundamental, transformou-se em mais um ponto controverso da educação especial. Apesar de existir lei (LDB 96), há obstáculos para sua efetivação, por exemplo, as práticas baseadas no paternalismo, na homogeneização, na exclusão e no preconceito escolar às pessoas com deficiência, apesar do contexto multicultural e globalizado do século XXI. Escola tradicional: é aquela cujo principal objetivo é ser mera transmissora de conhecimentos ultrapassados, imutáveis e inquestionáveis. 4. Atendimento de alunos com necessidades especiais. Por alunos com necessidades especiais entende-se aqueles com alguma modalidade de deficiência. Em função da peculiaridade da qual essas pessoas são portadoras, elas necessitam de um atendimento escolar especializado, que, muitas vezes, é diferenciado do que é comum, rotineiro e usual na rede regular de ensino brasileiro. Pessoas com deficiência: são aquelas pessoas que, de modo geral, são portadoras de alguma limitação de ordem mental, aditiva, visual, física ou, então, múltipla. Estudantes com Superdotação e com altas habilidades também requerem um atendimento educacional especializado, por apresentarem necessidades diferenciadas da maioria dos alunos. Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Educação Inclusiva – Dicas de Estudo para prova ......................................... Página 4 de 8 A garantia do direito à educação para todos não se limita exclusivamente à matrícula e à permanência de alunos com necessidades especiais nos ambientes escolares. É preciso que mudanças na perspectiva educacional sejam agenciadas e que estejam voltadas para a inclusão das pessoas, situação cuja responsabilidade de atendimento recai no que se denomina educação especial. 5. Integração Escolar de pessoas com necessidades especiais Integração escolar é um modelo de ação que busca minimizar as distâncias entre os alunos com necessidades especiais dos demais alunos, tornando suas existências normalizadas e cotidianas. Porém, na prática isto não ocorria de fato, devido à falta de garantias no próprio ambiente escolar que oscilavam desde a negação de matrículas de alunos com deficiência até as barreiras arquitetônicas e o preconceito nas escolas. A educação inclusiva é o modelo de ação para a integração escolar. 6. Reflexões sobre educação inclusiva Na atualidade, a execução da educação inclusiva no sistema educacional é que passa a configurar uma luta diária. O objetivo da educação inclusiva é: • reconhecer as diferenças dos alunos valorizando a diversidade no ambiente escolar. • identificar as potencialidades dos alunos com necessidades especiais. Para que, decorrente disto, seja possível construir alternativas para que eles desenvolvam sua autonomia escolar e social. Educação inclusiva é uma perspectiva educacional em que as peculiaridades dos alunos são reconhecidas sem negação das desigualdades naturais e sociais que eles apresentam A perspectiva inclusiva da educação possui algumas características, entre as quais é possível elencar: Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Educação Inclusiva – Dicas de Estudo para prova ......................................... Página 5 de 8 Valorização e apreço pela diversidade, considerada como um elemento que beneficia a escolarização de todos. Respeito aos ritmos de aprendizagem diferenciados que os alunos podem apresentar. Consideração por práticas didático-pedagógicas diferenciadas das usuais. Promoção de práticas didático-pedagógicas diferenciadas como estratégia de agenciamento de rupturas no tradicionalismo do sistema de ensino. 7. As adversidades e a consolidação da proposta inclusiva. A educação inclusiva, devido à falta de investimentos e recursos governamentais, na realidade acaba sendo compreendida pelos gestores da educação de uma forma reducionista, por exemplo, a simples oferta de vagas no ensino regular para alunos com necessidades especiais. Trata-se de um ponto pacífico entre os profissionais de educação que o descaso governamental prevalece, a despeito da existência de referenciais legais voltados ao atendimento educacional especializado. A Resolução 2/01 é uma normatização cujo conteúdo visa garantir para os alunos com necessidades especiais a disponibilidade de profissionais qualificados e serviços específicos, tais como: • Professores intérpretes de linguagens e códigos aplicáveis, tal como a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). • Classes e escolas especiais. • Atendimento em ambiente domiciliar. • Classes hospitalares. • Professores especialistas em educação especial. • Apoio à locomoção e à comunicação de alunos com necessidades especiais. • Atuação de professores e outros profissionais capazes de prestar serviços dentro e/ou entre as instituições. • Serviços de apoio pedagógico especializado e salas de recursos. A LDB 96 (BRASIL, 1996) estabelece, ainda, que sejam disponibilizadas duas categorias de atendimento educacional especializado: 1. Os chamados serviços especializados oferecidos nas escolas.Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Educação Inclusiva – Dicas de Estudo para prova ......................................... Página 6 de 8 2. Os chamados serviços de apoio especializado, oferecidos nas classes regulares, ou seja, classes cujos alunos em sua maioria não têm necessidades especiais. De acordo com os propósitos da educação especial, essas normatizações devem necessariamente respeitar o princípio da transitoriedade em relação aos alunos com necessidades especiais, ou seja, que eles permaneçam apenas por tempo determinado em ambientes exclusivos de educação especial. 8. Os diferentes pressupostos e práticas da Educação Inclusiva. • VISÃO INGÊNUA Visão sobre inclusão escolar, marcada pelo senso comum, ou seja, sem o embasamento técnico e científico que demonstra que ela é um processo em curso, inclusive de caráter sócio-histórico. Nesta visão, tem-se como pressuposto que a inclusão já ocorreu pelo simples fato de os alunos com necessidades especiais terem acesso às classes regulares sem as dificuldades de outrora. Tecnicamente, isto não é fato e não é suficiente para caracterizar a inclusão escolar. Por estas razões, esta visão é tomada como “ingênua”. • VISÃO PESSIMISTA Visão sobre inclusão escolar que considera que o direito a educação para todos, na prática, é algo que, por razões diversas, não se concretiza no cotidiano escolar dos cidadãos de modo geral. Então, seguindo esta lógica de pensamento, proporcionalmente seria inviável o atendimento adequado das necessidades educacionais especiais de alunos com esta particularidade. Por estas razões, esta visão é tomada como “pessimista”. • VISÃO TRANSFORMADORA Visão sobre inclusão escolar na qual ela é considerada um processo gradual que deve ser construído dentro de uma ética de corresponsabilidade, ou seja, de engajamento, comprometimento e reciprocidade entre aqueles envolvidos no atendimento, no convívio, na gestão e na operacionalização de políticas voltadas às pessoas com necessidades especiais. Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Educação Inclusiva – Dicas de Estudo para prova ......................................... Página 7 de 8 A isto é acrescentada a recomendação de que os recursos educacionais especiais sejam mantidos de modo paralelo, enquanto se desenvolvem no sistema regular de ensino formas mais adequadas no atendimento de alunos com necessidades especiais. Esta visão é tomada como “transformadora”, tanto em relação à escola quanto em relação à sociedade. • VISÃO DE RUPTURA Há a visão sobre inclusão escolar na qual a posição defendida está relacionada à ideia de ruptura do sistema educacional, ou seja, noção de algo inovador no sistema educacional capaz de causar deslumbramento. É empregada em contraposição à noção de continuidade, enquanto algo velho, ultrapassado e tradicional que precisa ser substituído simplesmente por estas características. Nesta visão, há a defesa de uma única educação capaz de se responsabilizar pela aprendizagem de todos, sem exceções. Por estas razões, esta visão é tomada como a de “ruptura”. Educação especial é uma perspectiva educacional voltada para a inclusão e integração de alunos com necessidades especiais, cuja proposta pedagógica garante recursos e serviços institucionalizados e especializados, preferencialmente na rede regular de ensino, para alunos com tais necessidades. 9. Condições de atendimento a alunos com necessidades especiais. Estas condições se referem ao acesso dessas pessoas à escola – acesso em todos os sentidos, inclusive no de acessibilidade propriamente dita – e o acesso à educação, que consiste, segundo o Dicionário Aurélio (1995), no “processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral da criança e dos seres humanos em geral, visando à sua melhor integração individual e social” (PRIETO, 2006, p. 55). O professor enquanto agente de transformação social se encontra na maioria das vezes em contato direto e constante com pessoas com necessidades educacionais especiais. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, prevê determinados requisitos que devem ser atendidos para a execução de seu trabalho. Prevê que haja: Gostou? Então CLICA NO CURTIR e me ajude a continuar produzindo novos materiais Anhanguera – Curso de Pedagogia – Educação Inclusiva – Dicas de Estudo para prova ......................................... Página 8 de 8 “professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns” (PRIETO, 2006). Nesta perspectiva, a formação continuada é um fator de compromisso do sistema de ensino com relação aos professores e aos alunos com necessidades educacionais especiais, a fim de que as responsabilidades e dificuldades desta situação desafiadora não recaiam unicamente sobre a figura do professor, sendo capaz de transformá-lo em “bode expiatório” de algo muito maior e mais complexo. Se interessou pelo tema? Então veja estes meus outros materiais: Educação Inclusiva - Questões de prova Educação Inclusiva - 20 exercícios dos temas 1 a 4
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