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Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 1
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NOTIFICAÇÃO E O SISTEMA DE 
INFORMAÇÃO EM SAÚDE
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 1
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• Costa, Carla Danielle Dias, 2021 
• NOTIFICAÇÃO E O SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE - Local: Editora 
(Faculdade Estratego)
• Número de páginas: 48;
Palavras-chave: 1. Saúde 2. Dados 3. Sistemas de Informação 4. Brasil.
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 2
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................ 4
1. EPIDEMIOLOGIA EM SAÚDE PÚBLICA............................................................................................. 5
1.1 DETERMINANTES EM SAÚDE ................................................................................................ 6
1.2 ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE ............................................................................................... 8
2. CAUSALIDADE EM SAÚDE ................................................................................................................... 12
3. INDICADORES EM SAÚDE .................................................................................................................... 16
3.1 MEDIDAS DE MORBIDADE ..................................................................................................... 16
3.2 MEDIDAS DE MORTALIDADE ................................................................................................ 17
4. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE - SIS .............................................................................. 21
5. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO - SINAN............................. 26
6. SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE MORTALIDADE - SIM ....................................................... 28
7. SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE DA ATENÇÃO BÁSICA - SISAB .............................. 30
7.1 E - SUS AB ...................................................................................................................................... 31
8. SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE NASCIDOS VIVOS - SINASC ........................................... 35
9. NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA DE DOENÇAS E AGRAVOS NO BRASIL .............................. 42
*
* A navegação deste e-book por meio de botões interativos pode variar de funcionalidade dependendo de cada leitor de PDF.
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 3
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Desenho Instrucional: Veronica Ribeiro
Supervisão Pedagógica: Laryssa Campos
Revisão pedagógica: Camila Martins / Cássio Lima
Design editorial/gráfico: George dos Santos
2021
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 4
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INTRODUÇÃO
Nesta unidade, serão abordados conhecimentos acerca das notificações e sistemas 
de informação em saúde (SIS). Para que possamos nos aprofundar nestes temas, 
é de suma importância que conheçamos conceitos importantes, principalmente 
ancorados na ciência epidemiológica.
A epidemiologia é uma ciência que se relaciona fortemente com a saúde pública 
e com todos os fatores que explicam as causas das doenças ou eventos em saúde. É por 
meio dela que entenderemos sobre os determinantes em saúde, sobre o surgimento 
e desenvolvimento da atenção básica no nosso país e a construção dos indicadores 
em saúde.
O sistema único de saúde juntamente com o seu departamento de informática 
(DATASUS) desenvolve constantemente sistemas informatizados que auxiliam os 
serviços de saúde em todas as esferas administradas. É através destes sistemas de 
informação em saúde, que dados são gerados e transformados em informações que 
irão nortear as autoridades na avaliação da situação de saúde das populações e assim 
traçar estratégias de melhorias. Existem diversos sistemas de informação em saúde 
no nosso país, sendo cada um responsável por gerar variados tipos de dados, como 
o e-SUS, SINASC, SINAN.
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 5
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1. EPIDEMIOLOGIA EM SAÚDE PÚBLICA
Segundo Last (2001), podemos definir a epidemiologia como uma ciência 
que tem como objetivo o estudo da distribuição e dos determinantes de estados 
ou eventos relacionados à saúde em populações específicas, e sua aplicação na 
prevenção e controle dos problemas de saúde. 
No intuito de facilitar a compreensão sobre esta ciência, podemos dizer que 
ela busca realizar estudos relacionados ao processo saúde-doença em grupos 
populacionais, analisando a distribuição e os fatores determinantes destas doenças, 
definindo os danos e eventos associados à saúde individual e coletiva, além de 
pensar, desenvolver medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de 
doenças e fornecendo indicadores que contribuam no planejamento, administração 
e avaliação das ações de saúde (ROUQUAYROL; GOLDBAUM; SANTANA, 2013).
Expressões como estudos, determinantes, população, eventos em saúde são 
termos intrínsecos da epidemiologia e que necessitam ser melhor compreendidos e 
para isso o quadro 1 traz de forma detalhada suas explicações. 
 Quadro 1. Definições de termos utilizados na epidemiologia em saúde pública.
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 6
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1.1 DETERMINANTES EM SAÚDE
A saúde da população sofre ação de determinantes, que são fatores que 
podem influenciar, afetar e/ou determinar o processo saúde-doença (CARVALHO, 
2012; GEORGE, 2011). Estes determinantes podem ser classificados em três grandes 
categorias: ambientais, econômicos e sociais, conforme o quadro 2.
Quadro 2. Exemplos de determinantes da saúde agrupados em três 
macrodeterminantes.
 
Fonte: Epidemiologia básica - 2º Edição.
Substâncias como agentes químicos, físicos e biológicos são exemplos de 
determinantes ambientais, visto que eles são os responsáveis por contaminar o ar, 
a água, os alimentos, assim como fornecer riscos ambientais, podendo levar até 
mesmo a alterações climáticas e destruição da camada de ozônio. Por esta razão, 
de forma geral, é possível que os determinantes ambientais interfiram no processo 
de desenvolvimento socioeconômico das populações (CARVALHO, 2012; GEORGE, 
2011). 
Já os determinantes econômicos se relacionam com o desenvolvimento 
económico do país, rendimento salarial, situação de emprego, ocupação, tipo de 
habitação dos indivíduos, de forma que estas condições podem estar envolvidos 
com a possibilidade da comunidade ter mais acesso ou não a determinados 
produtos/serviços, que promovem um forte impacto na saúde dos indivíduos, como 
a possibilidade de fazer atividade física, optar por escolhas alimentares melhores, 
busca por atendimentos multiprofissionais na área da saúde (CARRAPATO; CORREIA; 
GARCIA, 2017).
Os determinantes sociais da saúde (DSS) foram definidos pela Comissão 
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 7
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Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS) como sendo “os aspectos 
sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que 
influenciam no surgimento de problemas de saúde e seus fatores de risco” (BUSS; 
PELLEGRINI FILHO, 2007). 
Diversos modelos foram criados para estudar os determinantes sociais e tentar 
descrever adequadamente a relação entre os vários fatores que influenciam na 
determinação da saúde. A CNDSS adotou o modelo de Dahlgren e Whitehead, por 
representar determinantes individuais e macrodeterminantes, como pode ser visto 
na figura 1 (CNDSS, 2008).
Figura 1: Modelo de Dahlgren e Whitehead representando os determinantes 
sociais (Freitas & Rodrigues, 2015)
Fonte: researchgate.net
#paracegover: Na imagem acima é possível identificar um semi círculo, dividido 
em diferentes camadas, sendo a camadada base os determinantes individuais 
(idade, sexo e fatores hereditários), seguindo até uma camada distal, onde se situam 
os macrodeterminantes (condições socieconômicas, culturais e ambientais). 
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 8
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No modelo de Dahlgren e Whitehead, os determinantes são divididos em 
camadas, de forma que os determinantes individuais ficam dispostos centralmente 
na base do modelo e os macrodeterminantes em uma camada mais externa. 
Podem ser entendidos como determinantes individuais características próprias de 
cada indivíduo, como a idade, sexo e fatores hereditários, que exercem influência 
sobre suas condições de saúde. No meio do modelo, em uma camada intermediária 
estão o comportamento em espaços sociais e comunitários e os estilos de vida 
individuais, situados no limiar entre os fatores individuais e os DSS. Os determinantes 
intermediários, como condições de vida e de trabalho, acesso a alimentos, água, 
esgoto, educação e acesso a serviços de saúde, se localizam em uma camada acima, 
evidenciando que as pessoas menos favorecidas socialmente possuem acesso limitado 
a estes recursos, tornando-as mais vulneráveis aos riscos de desenvolvimento de 
doenças. Já a última camada, que se localiza na extremidade do modelo, representa 
os macrodeterminantes (condições socioeconômicas, culturais e ambientais da 
sociedade), que influenciam diretamente nas demais camadas, relacionadas a 
determinantes intermediários e individuais (CNDSS, 2008).
1.2 ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE
No Brasil, a atenção básica teve seu início a partir do deferimento da portaria 
Nº 2.488 de Outubro de 2011, que aprovou a Política Nacional de Atenção Básica e 
por meio dela foi possível conceituar a atenção básica como sendo “um conjunto 
de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a 
proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, 
a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma 
atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos 
determinantes e condicionantes de saúde das coletividades” (BRASIL, 2011). 
De acordo com o Ministério da Saúde (2011), a atenção básica orienta - se 
pelos princípios da universalidade, acessibilidade, da continuidade do cuidado, da 
integralidade da atenção à saúde, humanização, equidade e da participação social, 
sendo a principal porta de entrada e forma de comunicação da Rede de Atenção à 
Saúde (RAS), com o objetivo de atender a população, visando minimizar os possíveis 
danos gerados pelos determinantes sociais da saúde, levando em consideração a 
individualidade, singularidade e incentivando a participação social no processo de 
gestão da RAS, visando atenção integral à saúde.
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 9
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A atenção básica é responsável por contribuir com o funcionamento da RAS, por 
isso tem como função (BRASIL, 2011): 
I -Ser base: ser a modalidade de atenção e de serviço de saúde com o mais 
elevado grau de descentralização e capilaridade, cuja participação no cuidado se faz 
sempre necessária;
II - Ser resolutiva: identificar riscos, necessidades e demandas de saúde, utilizando 
e articulando diferentes tecnologias de cuidado individual e coletivo, por meio de 
uma clínica ampliada capaz de construir vínculos positivos e intervenções clínica e 
sanitariamente efetivas, na perspectiva de ampliação dos graus de autonomia dos 
indivíduos e grupos sociais;
III - Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e gerir projetos terapêuticos 
singulares, bem como acompanhar e organizar o fluxo dos usuários entre os pontos 
de atenção das RAS. Atuando como o centro de comunicação entre os diversos pontos 
de atenção, responsabilizando-se pelo cuidado dos usuários em qualquer destes 
pontos através de uma relação horizontal, contínua e integrada com o objetivo de 
produzir a gestão compartilhada da atenção integral. Articulando também as outras 
estruturas das redes de saúde e intersetoriais, públicas, comunitárias e sociais. 
IV - Ordenar as redes: reconhecer as necessidades de saúde da população sob 
sua responsabilidade, organizando as necessidades desta população em relação aos 
outros pontos de atenção à saúde, contribuindo para que a programação dos serviços 
de saúde parta das necessidades de saúde dos usuários.
A portaria nº 2.488, determina que a atenção básica seja realizada pelos municípios 
e distrito federal, a partir das Unidades básicas de Saúde (UBS) e apresentem os 
seguintes elementos:
1. consultório médico/enfermagem, consultório odontológico e consultório 
com sanitário, sala multiprofissional de acolhimento à demanda espontânea, sala 
de administração e gerência e sala de atividades coletivas para os profissionais da 
Atenção Básica;
2. área de recepção, local para arquivos e registros, sala de procedimentos, 
sala de vacinas, área de dispensação de medicamentos e sala de armazenagem de 
medicamentos (quando há dispensação na UBS), sala de inalação coletiva, sala de 
procedimentos, sala de coleta, sala de curativos, sala de observação.
3. equipes multiprofissionais compostas, conforme modalidade das equipes, 
por médicos, enfermeiros, cirurgiões-dentistas, auxiliar em saúde bucal ou técnico 
em saúde bucal, auxiliar de enfermagem ou técnico de enfermagem e Agentes 
Comunitários da Saúde, dentre outros profissionais em função da realidade 
epidemiológica, institucional e das necessidades de saúde da população;
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 10
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4. cadastro atualizado dos profissionais que compõe a equipe de atenção básica 
no sistema de Cadastro Nacional vigente de acordo com as normas vigentes e com as 
cargas horárias de trabalho informadas e exigidas para cada modalidade;
5. garantia pela gestão municipal, de acesso ao apoio diagnóstico e laboratorial 
necessário ao cuidado resolutivo da população; e
6. garantia pela gestão municipal, dos fluxos definidos na Rede de Atenção à 
Saúde entre os diversos pontos de atenção de diferentes configurações tecnológicas, 
integrados por serviços de apoio logístico, técnico e de gestão, para garantir a 
integralidade do cuidado.
Referências Bibliográficas
BONITA, R. Epidemiologia básica / R. Bonita, R. Beaglehole, T. Kjellström; [tradução 
e revisão científica Juraci A. Cesar]. - 2.ed. - São Paulo, Santos. 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 2.488 de 21 de 
Outubro de 2011. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a 
revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia 
Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). 
Brasília - DF, 2011.
CNDSS - Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde. As causas 
sociais das iniqüidades em saúde no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2008.
BUSS, P. M.; PELLEGRINI FILHO, A. A Saúde e seus Determinantes Sociais. In PHYSIS: 
Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 17(1): 77-93, 2007.
CARRAPATO, P; CORREIA, P; GARCIA, G. Determinante da saúde no Brasil: a procura 
da equidade na saúde. Saúde Soc. São Paulo, v.26, n.3, p.676-689, 2017.
CARVALHO, A.I. Determinantes sociais, econômicos e ambientais da saúde. In: 
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. A saúde no Brasil em 2030: diretrizes para a prospecção 
estratégica do sistema de saúde brasileiro. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2012.
GEORGE, F. Sobre determinantes da saúde. set 2011.
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 11
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LAST, J. M. A dictionary of epidemiology, 4th ed. Oxford, Oxford University Press, 
2001.
ROUQUAYROL, M. Z.; GOLDBAUM, M.; SANTANA, E. W. de P. Epidemiologia, 
história natural e prevenção de doenças. In: ROUQUAYROL, M. Z; GURGEL, M. (Orgs.). 
Epidemiologia & saúde. 7. ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2013. cap. 2,p. 11–24.
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 12
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2. CAUSALIDADE EM SAÚDE
Compreender as relações de existência de eventos e acontecimentos, ou seja a 
investigação das causas, sempre foi fator motivador na existência humana (LISBOA, 
2008). O conceito de causa apresenta diversas definições, no entanto Medronho 
(2003), define causa como sendo qualquer condição ou característica que exerce 
uma função essencial no surgimento de uma doença. 
Na epidemiologia, a busca por explicações que justifiquem o surgimento destes 
eventos em saúde norteiam o estudo da causalidade, sendo possível estabelecer 
hipóteses e correlações, com a finalidade de desenvolver intervenções necessárias 
para impedir ou minimizar o acontecimento destes eventos e posteriormente realizar 
a avaliação da efetividade destas ações (OPAS, 2010).
De acordo com a epidemiologia, o surgimento de doenças na população deve 
ser avaliada de acordo com algumas considerações (HILL, 1965):
I - não ocorre por acaso; 
II - não está distribuída de forma homogênea; 
III - têm fatores associados que, para serem causais, cumprem com os seguintes 
critérios: 
a) a temporalidade (toda causa precede a seu efeito, o chamado princípio do 
determinismo causal), 
b) a força de associação, 
c) a consistência da observação, 
d) a especificidade da causa, 
e) o gradiente biológico (efeito dose- -resposta),
f ) a plausibilidade biológica . 
Com base nisso, vários modelos são propostos para explicar a causalidade, no 
entanto vamos conhecer dois deles, sendo a Tríade Epidemiológica e o modelo de 
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 13
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Causas Componentes. Na tríade epidemiológica é abordado a causalidade acerca 
das doenças transmissíveis, com base em três elementos: o agente, o hospedeiro e o 
ambiente, conforme Figura 2.
Figura 2: Tríade Epidemiológica - Modelo tradicional de causalidade das doenças 
transmissíveis (GORDIS, 1996).
Fonte: crm.cbbw.com.br
#paracegover: Na imagem acima é possível identificar um triângulo na cor azul, 
de forma que no centro está escrito a palavra vetor, na ponta esquerda a palavra 
agende, na ponta direita a palavra ambiente e no topo a palavra hospedeiro, todas 
na cor preta.
Os agentes infecciosos são os microorganismos responsáveis por causar doenças, 
mas nem sempre são os únicos responsáveis. Já os agentes infecciosos podem ser 
químicos ou físicos. O hospedeiro é um organismo que acomoda o agente, de forma 
que as características deste hospedeiro (idade, etnia, fatores genéticos, estilo de vida) 
são as que determinam a susceptibilidade do indivíduo desenvolver uma doença 
ou não. Por último, os fatores ambientais se relacionam ao ambiente social, físico e 
biológico (BRASIL, 2011).
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 14
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No modelo de causas componentes proposto por Rothman em 1986, define -se 
que para a ocorrência de doenças, é necessário um conjunto de causas componentes, 
ou seja trata-se de um modelo de multicausalidades. De acordo com o autor, a 
doença se dá pela associação mínima de condições que agem de forma combinada. 
Todas essas possíveis condições são definidas como causas componentes (A, B, C, D, 
E, F,G, H, I, J) e o conjunto mínimo de causas componentes, que geram a doença é 
denominado de causa suficiente. Uma doença pode ter várias causas suficientes, de 
forma que cada uma é tida como “suficiente” para de fato desencadear tal doença. 
Desta forma, a doença inicia-se quando há consolidação completa de uma causa 
suficiente. Algumas causas componentes, quando presentes em todas as causas 
suficientes, são definidas como causas necessárias, conforme Figura 3.
Figura 3: Modelo de causalidade de Rothman para o desenvolvimento de uma 
doença (LUIZ; STRUCHINER, 2002).
Fonte: books.scielo.org
#paracegover: Na imagem acima é possível identificar três círculos, de forma que 
cada um está dividido em 5 fatias. O primeiro círculo intitulado causa suficiente I tem 
no seu interior as letras A, B, C, D, E, o segundo círculo intitulado como causa suficiente 
II, tem no seu interior as letras A, B, F, G, H e o terceiro círculo causa suficiente III, 
apresenta nas suas divisões as letras A, C, F, I, J.
De forma didática, podemos considerar que a doença representada na figura 
acima seja a Tuberculose e que a mesma apresenta três causas suficientes (I, II e III), 
sendo que cada causa suficiente é aceitável para o desenvolvimento da doença em 
questão. A causa suficiente I apresenta cinco causas componentes (A, B, C, D, E). Ao 
analisar as demais causas suficientes II e III, pode- se verificar que o componente 
A está presente nos três círculos, portanto, é uma causa necessária para produzir a 
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 15
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tuberculose. Podemos inferir que o componente A corresponde ao Mycobacterium 
tuberculosis, que é o agente etiológico da doença, no entanto, não é o único responsável 
por desencadear a tuberculose. O componente B poderia ser a desnutrição que não 
é causa necessária para que ocorra a enfermidade, e não está incluída no terceiro 
círculo, já que pode existir a tuberculose na ausência de desnutrição (OPAS, 2010).
Acesse o link abaixo e saiba mais sobre causalidade e os tipos de associação:
https://youtu.be/wimscg0e3UA
Referências Bibliográficas
LISBOA, L.F. The evolution of the causation concept and its relation with statistical 
methods in Epidemiology. Einstein. 6 (3):375-7, 2008.
LUIZ, R.R; STRUCHINER, C.J. Inferência causal em epidemiologia: o modelo de 
respostas potenciais [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2002.
MEDRONHO, R. Epidemiologia. Rio de Janeiro: Atheneu; 2003.
OPAS. Ministério da Saúde. Módulos de Princípios de Epidemiologia para o 
Controle de Enfermidades. Módulo 2: Saúde e doença na população / Organização 
Pan-Americana da Saúde. Brasília : Organização Pan-Americana da Saúde ; Ministério 
da Saúde, 2010. 
ROTHMAN, K.J. Modern Epidemiology. First Edition. Little, Brown and Co.; Boston, 
1986.
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 16
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3. INDICADORES EM SAÚDE
Os indicadores em saúde podem ser definidos como medidas realizadas com o 
interesse de disponibilizar informações acerca de condições e dimensões refletindo o 
estado de saúde de um indivíduo e ou população, desempenho de um determinado 
sistema de saúde, situação sanitária das comunidades, assim como ser instrumento 
para as investigações de vigilância epidemiológica (OPAS, 2008).
Habitualmente, os indicadores de saúde, são construídos por meio de números 
brutos, proveniente dos sistemas de informação em saúde, logo as informações 
produzidas por estes indicadores são úteis para analisar a situação atual de saúde; 
fazer comparações; avaliar mudanças ao longo do tempo (VAUGHAN; MORROW, 
1992).
A Rede Interagencial de Informações para a Saúde (RIPSA) categorizou os 
indicadores em saúde em sete subgrupos: demográficos, socioeconômicos, 
mortalidade, morbidade e fatores de risco, recursos e cobertura (OPAS, 2008), de 
forma que cada indicador medem características específicas.
Para consultar os indicadores de saúde, acesse o site da RIPSA através do link 
abaixo:
http://fichas.ripsa.org.br/2012/
3.1 MEDIDAS DE MORBIDADE
A epidemiologia define morbidade como um conjunto de doenças específicas 
que atingem os indivíduos de uma determinada população, num dado intervalo de 
tempo (BONITA, 2010). A morbidade é frequentemente estudada a partir de vários 
indicadores básicos como: a incidência, a prevalência, a taxa de ataque, letalidade e a 
distribuição proporcional. Agora conheceremos três deles: coeficiente de incidência, 
coeficiente de prevalência, coeficiente de letalidade (SOARES; ANDRADE; CAMPOS, 
2017):
a) Coeficiente de incidência da doença: A incidência,em um determinadolocal 
e período, refere - se ao número de casos novos da doença que iniciaram no mesmo 
local e período. Alta incidência significa alto risco coletivo de adoecer. Ela pode ser 
calculada pela seguinte fórmula:
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 17
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Coeficiente de Incidência: nº de casos novos de determinada doença em um 
dado local e período x 10ª / População do mesmo local e período 
b) Coeficiente de prevalência da doença: representa o número de casos presentes 
(novos + antigos) em uma determinada comunidade num período de tempo 
especificado, ele pode ser afetado por fatores como a ocorrência de casos novos, por 
curas e óbitos. Este coeficiente é representado por:
Coeficiente de Prevalência = nº de casos existentes (novos + antigos) em dado 
local, momento ou período x 10 n / População do mesmo local e período
c) Coeficiente de letalidade: refere - se aos casos de indivíduos que possuíam 
determinada doença e vieram a óbito. A letalidade está relacionada a características 
intrínsecas da doença ou de condições que aumentam ou diminuem a letalidade da 
doença na população. Seu resultado sempre apresentado em percentual (%). Sua 
fórmula está representada abaixo:
• Coeficiente de Letalidade
Mortes devido à doença “X” em determinada comunidade e tempo x 100
Casos da doença “X” na mesma área e tempo 
Os indicadores de morbidade e fatores de risco estão disponíveis para consulta 
no site do DATASUS, no seguinte endereço eletrônico: 
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2000/morb.htm
3.2 MEDIDAS DE MORTALIDADE
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 18
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Mortalidade é definido como o conjunto dos indivíduos que morreram em uma 
determinada comunidade, num dado intervalo do tempo. Através dela é possível 
calcular o risco ou probabilidade dos indivíduos poderem vir a morrer ou de morrer 
em decorrência de uma determinada doença. É calculada pelas taxas ou coeficientes 
de mortalidade. Estas medidas revelam os impactos que os óbitos apresentam numa 
certa população (BONITA, 2010). 
As medidas de mortalidade são feitas a partir do coeficiente geral de mortalidade 
(CGM), coeficiente de mortalidade infantil (CMI), coeficiente de mortalidade perinatal, 
coeficiente de mortalidade materna e coeficiente de mortalidade por doenças 
transmissíveis. Vamos agora conhecer três deles (SOARES; ANDRADE; CAMPOS, 2017):
a) coeficiente geral de mortalidade (CGM): representa o risco de óbito na 
comunidade. Ele é calculado pela seguinte fórmula:
número de óbitos em determinada comunidade e ano x 1000
população estimada para 01 de julho do mesmo ano 
b) coeficiente de mortalidade infantil (CMI): refere - se ao um cálculo realizado 
para avaliar o risco de crianças nascidas vivas morrerem antes de atingirem um ano de 
vida. Fatores que afetam este coeficiente (aumento ou diminuição) estão relacionados 
à características intrínsecas das condições de vida e saúde da referida comunidade. 
Pode ser calculado através da seguinte razão:
óbitos menores de 1 ano em determinada comunidade e ano x 1000
nascidos vivos na mesma comunidade e ano
c) coeficiente de mortalidade materna: a morte materna é caracterizada pelo 
óbito da mulher durante a gestação ou em um período de 42 dias após a interrupção 
da gestação, independente da duração ou da localização da gravidez, podendo esta 
morte estar ligada a qualquer causa relacionada ou agravada pela gravidez ou por 
medidas em relação a ela, porém não relacionado a causas acidentais ou incidentais. 
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 19
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Este coeficiente é um excelente indicador para avaliar o nível da assistência à 
gestação e ao parto e sua equação define-se por:
óbidos devido a causas ligadas à gestação, parto e puerpério x 100.000
nascidos vivos na mesma comunidade e ano 
Os indicadores de mortalidade podem ser consultados no site do DATASUS pelo 
seguinte endereço eletrônico: 
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2000/morb.htm
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 20
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Referências Bibliográficas
BONITA, R. Epidemiologia básica / R. Bonita, R. Beaglehole, T. Kjellström; [tradução 
e revisão científica Juraci A. Cesar]. - 2.ed. - São Paulo, Santos. 2010.
OPAS. Rede Interagencial de Informação para a Saúde. Indicadores básicos para 
a saúde no Brasil: conceitos e aplicações / Rede Interagencial de Informação para a 
Saúde - Ripsa. – 2. ed. – Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2008.
SOARES, D.A.; ANDRADE, S.M.; CAMPOS, J.B. Bases da saúde coletiva. 2 ed. Paraná, 
2017.
VAUGHAN, J.P.; MORROW, R.H. Epidemiologia para os municípios: manual para 
gerenciamento dos distritos sanitários. São Paulo: Hucitec, 1992.
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 21
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4. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE - SIS
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização 
Panamerica de Saúde (OPAS), sistema de informação em saúde pode ser definido 
como um conjunto de elementos que são coletados, processados, analisados e 
transmitidos por meio de informações a diversos órgãos, como por exemplo ao 
Ministério da Saúde, Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, Hospitais públicos, 
universidades, laboratórios de pesquisa. Sendo assim, o SIS tem como função 
selecionar dados pertinentes e transformá-los em informações para os órgãos que 
planejam, financiam, provêem e avaliam os serviços de saúde (BRASIL, 2009).
Se você quiser saber mais sobre sistemas de informação em saúde, assista este 
vídeo:
https://youtu.be/Z1f0fy_AlBQ
Figura 1: Rede de unidades que são responsáveis por fornecer dados de saúde 
para alimentar os Sistemas de Informação em Saúde do Sistema Único de Saúde 
(SUS).
Fonte: pxhere.com
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 22
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#paracegover: Na imagem acima é possível identificar círculos interligados 
representando uma rede de conexão entre vários departamentos do sistema de 
saúde. Dentro de cada círculo possui o ícone de pessoas, que representam os setores 
da área da saúde que são responsáveis pela geração de dados, os quais irão alimentar 
os sistemas de informação em Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).
Com base na imagem acima, é possível identificar que as atividades realizadas 
em diversos tipos de unidades de produção ou unidades operacionais, como 
laboratórios de análises clínicas, farmácia hospitalar, almoxarifado, unidade de saúde, 
setor de finanças, são responsáveis por gerarem dados, que irão alimentar os SIS, de 
forma que podem produzir informações acerca destes locais. É importante destacar 
que a partir disso, é possível o desenvolvimento de projetos visando o planejamento, 
controle, avaliação, redirecionamento e replanejamento de recursos e também serem 
propostas ações de intervenção.
O Brasil conta com mais de 150 Sistemas de informação em saúde, fornecendo 
dados acerca de informações ambulatoriais, hospitalares, sobre mortalidade, nascidos 
vivos, número de leitos, profissionais, condições demográficas e socioeconômicas. 
No quadro 1 estão listados alguns exemplos de Sistemas de
Informação em Saúde do Brasil, descrevendo quais os dados são coletados, assim 
como as suas respectivas funções.
Quadro 2. Sistemas de Informação de Saúde de abrangência nacional disponíveis 
no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS).
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 23
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Fonte: Técnico de vigilância em Saúde - Sistemas de informação. Volume 2.
Os sistemas de informação em saúde são ferramentas úteis e que podem ser 
acessados por diversas categorias sociais, como os profissionais do SUS, gestores de 
saúde e de outras áreas, como Ministério da Educação, Meio ambiente, Secretarias 
Estaduais e Municipais, alémde universidades, escolas públicas e privadas, assim 
como pela própria comunidade civil.
O Departamento de Informática do SUS - DATASUS foi criado no ano de 1991 e 
tem como objetivo tornar disponível as informações em saúde do território brasileiro, 
permitindo a realização de acesso pelas instituições públicas de saúde, sendo útil 
também como plataforma de busca para realização de pesquisas científicas ao nível 
de mestrado e doutorado.
 
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 24
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O acesso ao DATASUS pode ser feito por meio dos seguintes endereços: https://
datasus.saude.gov.br/ e http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/ .
 É possível acessar os dados disponíveis por meio de dois programas: 
- TABNET - versão para tabulação rápida de dados na internet (BRASIL, 2002).
- TABWIN - software utilizado em computadores pessoais, que opera de forma 
offline e permite acesso detalhado aos dados (GONDIM, 2017).
Figura 2: Sistemas de Informação em Saúde em destaque listados no site do 
DATASUS que podem ser acessados pela população em geral.
Fonte: datasus.saude.gov.br
#paracegover: Na imagem acima, é possível identificar seis quadrados contendo 
no seu interior sistemas de informação em saúde e serviços que podem ser acessados 
facilmente pela população. Estão dentro dos quadrados os seguintes SIS: conecteSUS 
tabnet, tabwin, validação de vacinação, portal de serviços e acesso aos aplicativos.
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 25
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No link abaixo é possível ter acesso a um tutorial de como obter dados a partir 
do TABNET:
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/APRESENTACAO/TABNET/Tutorial_
tabNet_FINAL.pptx_html/html/index.html
Referências Bibliográficas
BRASIL. Ministério da Saúde. A experiência brasileira em sistemas de informação 
em saúde: Volume 1. Produção e disseminação de informações sobre saúde no Brasil. 
Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde, Fundação Oswaldo Cruz. 
– Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2009. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Departamento de Informática 
do SUS. DATASUS Trajetória 1991-2002. Ministério da Saúde, Secretaria Executiva, 
Departamento de Informática do SUS. – Brasília: Ministério da Saúde, 2002.
GONDIM, G. M. M. Técnico de vigilância em saúde: fundamentos: volume 
2. Organização de Grácia Maria de Miranda Gondim, Maria Auxiliadora Córdova 
Christófaro e Gladys Miyashiro Miyashiro. – Rio de Janeiro: EPSJV, 2017.
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 26
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5. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO - 
SINAN
O sistema de informação de agravos de notificação (SINAN) foi criado e 
desenvolvido no início dos anos 90, com o intuito de minimizar as dificuldades 
apresentadas pelo Sistema de Notificação Compulsória de Doenças (SNCD) e definiu 
como obrigatório a notificação de algumas doenças no país (BRASIL, 2017).
A partir da criação do SINAN, foi possível padronizar o processo de coleta e o 
processamento dos dados sobre agravos de notificação em âmbito nacional, de forma 
que através do mesmo é possível obter diversas informações, que são fundamentais 
para os processos de tomada de decisão das redes municipais, estaduais e federais 
(BRASIL, 2009).
O ministério da saúde, por meio da Portaria de Consolidação Nº4, de setembro 
de 2017 define a lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos 
e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o 
território nacional. Exemplos destes agravos e doenças são: acidente de trabalho com 
exposição a material biológico, acidente por animal peçonhento, Dengue - Casos 
e òbitos, Doença de Chagas, Esquistossomose, Eventos adversos graves ou óbitos 
pós vacinação, Febre Amarela, Hanseníase, Tuberculose, Toxoplasmose gestacional e 
congênita.
 
Para conhecer a lista completa de notificação compulsória acesse o site 
do Ministério da Saúde: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/
prc0004_03_10_2017.html
O SINAN disponibiliza para as unidades de saúde a Ficha individual de notificação 
(FIN) e a Ficha Individual de Investigação (FII), além de planilhas de acompanhamento 
de surtos e o relatório de acompanhamento de doenças como: hanseníase, 
tuberculose, Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e outros, que devem 
ser preenchidos pelos profissionais de saúde no exercício da profissão, tendo como 
intuito registrar e acompanhar os agravos e doenças de notificação compulsória.
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 27
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Por isso este sistema é importante, pois através dele é possível: 
1) realizar o diagnóstico da ocorrência de um evento na população; 
2) prever a ocorrência de eventos; 
3) indicar riscos aos quais as pessoas estão sujeitas; 
4) auxiliar o planejamento da saúde, definir prioridades de intervenção e avaliar 
o impacto das ações de controle desenvolvidas.
Referências Bibliográficas
BRASIL. Ministério da Saúde. A experiência brasileira em sistemas de informação 
em saúde: Volume 1. Produção e disseminação de informações sobre saúde no Brasil. 
Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde, Fundação Oswaldo Cruz. 
– Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2009. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria de Consolidação Nº 
4, de 28 de Setembro de 2017. Dispões sobre a consolidação das normas sobre os 
sistemas e os subsistemas do Sistema Único de Saúde. Brasília, 2017.
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 28
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6. SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE MORTALIDADE - SIM
O Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) criado pelo Ministério da 
Saúde em 1975, tem como função o registro de dados sobre a morte dos indivíduos, 
no intuito de alimentar um sistema de vigilância epidemiológica para o país (BRASIL, 
2001). A Classificação Internacional de Doenças (CID), é o instrumento utilizado como 
parâmetro para registrar a causa dos óbitos (OMS, 1996).
A Declaração de Óbito (DO) é um documento fornecido pelo Ministério da 
Saúde, sendo este comprovante padrão utilizado para alimentar o SIM. Ele deve 
ser preenchido pelos profissionais médicos ou em cartório,mediante a presença de 
testemunhas, caso no município não haja a presença destes profissionais. É por meio 
desta declaração que o cartório emite a Certidão de Óbito (OPAS, 2010).
A Declaração de Óbito é composta por nove categorias, tendo um total de 
sessenta e duas variáveis, descritos abaixo (BRASIL, 2001):
• Bloco I - Cartório: com seis variáveis 
• Bloco II - Identificação: com 14 variáveis 
• Bloco III - Residência: com cinco variáveis 
• Bloco IV - Ocorrência: com sete variáveis 
• Bloco V - Óbito Fetal ou menor de um ano: com 10 variáveis 
• Bloco VI - Condições e Causas do óbito: com sete variáveis 
• Bloco VII - Médico: com seis variáveis 
• Bloco VIII - Causas Externas: com cinco variáveis 
• Bloco IX - Localidade sem Médico: com duas variáveis.
Para conhecer integralmente a declaração de óbito e as informações requeridas 
em cada bloco e suas variáveis, acesse o endereço abaixo:
https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/apoio/declaracao_obito_orientacoes_
preenchimento.pdf
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 29
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Acessando o DATASUS é possível ter conhecimento das informações produzidas a 
partir do preenchimento das declarações de óbito, de forma que é pode ser realizado 
o download ou tabulações on-line dos dados, acessando a aba de estatísticas vitais 
no TABnet, pelo seguinte endereço: 
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0205&id=6937
 
Apesar da relevância do preenchimento deste documento, ainda é possível 
identificar erros nas referidas notificações, como a ausência da causa básica da morte, 
assim como subnotificações em grupos como neonatos eidosos. Porém os órgãos de 
fiscalização federais, estaduais e municipais têm buscando intervir nas unidades de 
saúde, visando diminuir estes casos (OPAS, 2010).
Referências Bibliográficas
BRASIL. Manual de procedimento do sistema de informações sobre mortalidade: 
BrasÌlia : Ministério da Saúde : Fundação Nacional de Saúde, 2001.
OMS. Organização Mundial da Saúde. Classificação Estatística Internacional de 
Doenças e Problemas Relacionados à Saúde: CID-10. Décima revisão. Trad de Centro 
Colaborador da OMS para a Classificação de Doenças em Português. Vol 2, 3 ed. São 
Paulo: EDUSP, 1996.
OPAS. Ministério da Saúde. Módulos de Princípios de Epidemiologia para o 
Controle de Enfermidades. Módulo 2: Saúde e doença na população / Organização 
Pan-Americana da Saúde. Brasília : Organização Pan-Americana da Saúde ; Ministério 
6. SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE MORTALIDADE - SIM
O Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) criado pelo Ministério da 
Saúde em 1975, tem como função o registro de dados sobre a morte dos indivíduos, 
no intuito de alimentar um sistema de vigilância epidemiológica para o país (BRASIL, 
2001). A Classificação Internacional de Doenças (CID), é o instrumento utilizado como 
parâmetro para registrar a causa dos óbitos (OMS, 1996).
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 30
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7. SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE DA ATENÇÃO BÁSICA - 
SISAB
O Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB), foi instituído 
em 2013, através da Portaria/MS/GM nº 1.412, o qual tem como função sistematizar 
as informações da Atenção Básica do território nacional, visando incorporá-las ao 
processo de modernização e informatização do Sistema Único de Saúde. Ele foi 
desenvolvido pelo Ministério da Saúde com o intuito de substituir gradualmente o 
Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) (BRASIL, 2013). 
No quadro abaixo estão listadas as diferenças entre os sistemas SIAB e SISAB:
Quadro 3. Características do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção 
Básica (SISAB) e do Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB).
Conheça um pouco mais sobre o SISAB assistindo o vídeo abaixo:
https://youtu.be/nVG_9vE5awY
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 31
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O SISAB é um sistema alimentado mensal e sistematicamente pelas equipes da 
atenção básica, sendo os dados provenientes da Estratégia de Saúde da Família, as 
equipes de Agentes Comunitários de Saúde, das equipes dos Núcleos de Saúde da 
Família, das equipes do Consultório na Rua, das equipes participantes do Programa 
Saúde na Escola e do Programa Academia da Saúde, por isso é possível obter 
informações da situação sanitária e de saúde da população de uma determinada 
população, a partir do acesso aos relatórios de saúde, assim como os relatórios de 
indicadores de saúde por estado, município, região de saúde e equipe (BRASIL, 2013). 
É possível perceber que o sistema visa descentralizar a responsabilidade de 
fornecimento de dados acerca da atenção básica no Brasil, permitindo a participação 
multiprofissional, garantindo entrosamento das equipes de saúde da família, de forma 
planejada, em prol da produção de informações mensais, permitindo conhecimento 
e atuação pontual com base nas necessidades de saúde (MALTA, 2016).
O acesso ao SISAB é realizado pelo site - https://sisab.saude.gov.br/ e é por meio 
dele que são enviadas todas as informações referentes à atenção básica. No endereço 
a seguir, você terá poderá assistir um tutorial e aprender a navegar no site e realizar o 
envio e/ou dowloand de relatórios específicos: https://youtu.be/Y4oeMhkNRNs
7.1 E - SUS AB
O e-SUS AB refere -se a uma ferramenta do Departamento de Atenção Básica 
(DAB) para sistematizar as informações da Atenção Básica (AB). Ele faz parte de uma 
estratégia que visa informatizar as informações do Sistema Único de Saúde (SUS) 
e tem como propósito facilitar o acesso ao SUS, por meio de recursos eletrônicos 
(e-SUS), operacionalizando o SISAB (BRASIL, 2019). 
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 32
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Figura 3: Folder explicativo sobre o e-SUS AB produzido pelo Ministério da Saúde.
Fonte: bvsms.saude.gov.br
Assista um tutorial de como acessar o e-SUS AB pelo link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=rNBKjQ-0rLI
O e-SUS tem como proposta (BRASIL, 2019): 
• Individualizar o registro: registro individualizado das informações em saúde, 
para o acompanhamento dos atendimentos aos cidadãos; 
• Integrar a informação: integração dos diversos sistemas de informação oficiais 
existentes na AB, a partir do modelo de informação; 
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 33
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• Reduzir o retrabalho na coleta de dados: reduzir a necessidade de registrar 
informações similares em mais de um instrumento (fichas/sistemas) ao 
mesmo tempo; 
• Informatizar as unidades: desenvolvimento de soluções tecnológicas que 
contemplem os processos de trabalho da AB, com recomendações de boas 
práticas e o estímulo à informatização dos serviços de saúde; 
• Gestão do cuidado: introdução de novas tecnologias para otimizar o trabalho 
dos profissionais na perspectiva de realizar a gestão do cuidado ;
• Coordenação do cuidado: a qualificação do uso da informação na gestão e no 
cuidado em saúde na perspectiva de integração dos serviços de saúde.
A estratégia desenvolvida pelo Departamento de Atenção Básica (DAB) é 
composta por dois sistemas: 
• SISAB, sistema de informação nacional utilizado para o processamento e o 
compartilhamento de dados e informações relacionadas a AB, com a finalidade 
de construção do conhecimento da real situação da atenção básica e útil para 
tomada de decisão nas três esferas de gestão.
• Sistema e-SUS AB, composto por dois softwares para coleta dos dados 
(BRASIL, 2019): 
• Sistema com Coleta de Dados Simplificada (CDS), sistema de transição/
contingência, que apoia o processo de coleta de dados por meio de fichas e um 
sistema de digitação; 
• Sistema com Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC), sistema com prontuário 
eletrônico (objeto deste manual), que tem como principal objetivo apoiar o processo 
de informatização das UBS.
Para mais informações sobre legislação, documentos e materiais de apoio sobre 
a Estratégia e-SUS AB, acesse a página do eSUS AB por meio do endereço eletrônico: 
http://dab.saude.gov.br/portaldab/esus.php
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 34
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Referências Bibliográficas
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n° 1.412, de 10 de julho de 2013. Institui o 
Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB). Brasília, 2013. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. e-SUS 
Atenção Básica : Manual do Sistema com Prontuário Eletrônico do Cidadão PEC – 
Versão 3.2 [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Primária 
à Saúde, Secretaria-Executiva. – Brasília: Ministério da Saúde, 2019.
MALTA, D.C, SANTOS, M.A.S, STOPA, S.R, et al. A cobertura da Estratégia de Saúde 
da Família (ESF) no Brasil, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Cien Saude 
Colet. 21(2):327-3,2016. 
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 35
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8. SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE NASCIDOS VIVOS - SINASC
Implementado a partir de 1990, o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos 
(Sinasc), tem como finalidade coletar dados sobre os nascimentos de neonatos com 
vida, em todo o território nacional. O documento padrão deste sistema é a Declaração 
de Nascido Vivo (DN), que é obrigatória em todo país (BRASIL, 2001).
O acesso a este sistema é feito pelo endereço abaixo: http://www2.datasus.gov.
br/DATASUS/index.php?area=060702
Nascido vivo é o termo definido pela Organização Mundial da Saúde (1995), 
que se caracteriza como sendo “a expulsão ou extraçãocompleta do corpo da mãe, 
independentemente da duração da gravidez, de um produto de concepção que, 
depois da separação, respire ou apresente qualquer outro sinal de vida, tal como 
batimentos do coração, pulsações do cordão umbilical ou movimentos efetivos dos 
músculos de contração voluntária, estando ou não cortado o cordão umbilical e 
estando ou não desprendida da placenta”.
A Declaração de Nascido Vivo (DN), fornecida pelo Ministério da Saúde, é 
disponibilizada em três vias, nas cores branca, amarela e rosa, sendo composta por 
sete blocos, contendo 41 variáveis, distribuídos da seguinte forma (BRASIL, 2001): 
Bloco I - Cartório, com cinco variáveis; 
Bloco II - Local da Ocorrência, com sete variáveis; 
Bloco III - Mãe, com 12 variáveis; 
Bloco IV - Gestação e Parto, com quatro variáveis; 
Bloco V - Recém-Nascido, com seis variáveis; 
Bloco VI - Identificação, com duas variáveis; 
Bloco VII - Responsável pelo preenchimento, com cinco variáveis;
A Declaração de Nascido Vivo (DN) é impressa em três vias, de cores distintas 
e é distribuída gratuitamente às secretarias estaduais de saúde que as fornecem às 
secretarias municipais de saúde. São essas secretarias que fazem o intermédio com 
os estabelecimentos de saúde públicos e privados e cartórios (BRASIL, 2001).
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 36
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O fluxo de redirecionamento das declarações depende da localidade do parto, 
se for hospitalar ou domiciliar, de forma que cada uma das três vias da Declaração de 
Nascido Vivo (DN) terá um direcionamento específico, conforme as orientações do 
Manual de procedimentos do sistema de informações sobre nascidos vivos (2001), 
descrito nos fluxogramas abaixo:
Os partos hospitalares são os que acontecem em estabelecimentos de saúde. 
Neste caso, o estabelecimento de saúde (público ou privado) é responsável pelo 
preenchimento da DN, que deve ser encaminhada conforme a Figura 4 (BRASIL, 2001): 
• Primeira Via (cor branca) – encaminhar para secretaria de saúde: permanece no 
estabelecimento de saúde até ser coletada, por busca ativa, pelos órgãos estaduais 
ou municipais responsáveis pelo sistema; 
• Segunda Via (cor amarela) – encaminhar para o cartório: fica com a família até 
ser levada ao cartório do registro civil para o competente registro do nascimento, 
conforme determina a Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973. Após o registro, o 
cartório do registro civil reterá esta via para seus procedimentos legais; 
• Terceira Via (cor rosa) – reter na unidade de saúde: será arquivada no 
estabelecimento de saúde onde ocorreu o parto, em princípio no prontuário do 
recém-nascido, de acordo com incisos I e II do artigo 10º, da Lei nº 8.069, de 13 de 
julho de 1990.
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 37
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Figura 4. Fluxograma de encaminhamento da declaração de nascidos vivos (DN) 
nascidos em ambiente hospitalar.
Fonte: unasus2.moodle.ufsc.br
O manual define que os partos domiciliares são os que ocorrem em domicílios e 
comumente são realizados por parteiras, neste caso o da DN também é fundamental, 
devendo ser feito nos estabelecimentos de saúde ou em cartórios de registro civil, 
seguindo a seguinte ordem (Figura 5 e 6).
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 38
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Figura 5. Fluxograma de encaminhamento da declaração de nascidos vivos (DN) 
nascidos em ambiente domiciliar (Modelo I).
Fonte: unasus2.moodle.ufsc.br
• Primeira Via (cor branca) – entregar na secretaria de saúde: deve ser encaminhada 
à Secretaria de Saúde para o devido processamento; 
• Segunda Via (cor amarela) – entregar no cartório; 
• Terceira Via (cor rosa) – reter na unidade de saúde: estas duas vias se destinam 
ao cartório e à unidade de saúde. Seu encaminhamento depende de onde foi feito o 
preenchimento da DN:
 - DN preenchida em estabelecimento de saúde: este deve reter a terceira 
via (rosa) e entregar a segunda via (amarela) ao responsável para ser registrada em 
cartório; 
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 39
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 - DN preenchida em cartório: este deve reter a segunda via (amarela) e 
entregar a terceira via (rosa) ao responsável para que seja encaminhada à unidade de 
saúde, na primeira consulta médica do recém-nascido; 
Após o registro em cartório, a segunda via (amarela) é retida pelo cartório do 
registro civil para seus procedimentos legais.
Figura 6. Fluxograma de encaminhamento da declaração de nascidos vivos (DN) 
nascidos em ambiente domiciliar (Modelo II).
Fonte: unasus2.moodle.ufsc.br
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 40
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Para melhor entendimento dos fluxogramas de informação, acesse o endereço 
abaixo:
https://youtu.be/7-KFz_8vdjk
Como a DN é um documento que exige o preenchimento de várias informações, 
existem variáveis que apresentam fragilidades e que devem ser solucionadas, 
buscando garantir qualidade dos dados disponibilizados no Sinasc. Algumas 
fragilidades são (COSTA; FRIAS, 2009, ROMERO; CUNHA, 2009): 
 1. Pouca clareza metodológica do manual de preenchimento da DNV; 
 2. O manual de instruções para o preenchimento da DNV é confuso quanto aos 
códigos para informação ignorada e quando não se aplica a pergunta, a exemplo do 
que acontece com a variável paridade; 
 3. Heterogeneidade de profissionais responsáveis pelo preenchimento da DNV, 
muitos dos quais não estão qualificados para a função; 
 4. Maior interesse em determinadas variáveis em detrimento de outras, a 
exemplo do que pode acontecer com a variável instrução materna; 
 5. Mau preenchimento dos prontuários do recém-nascido e da puérpera, 
documentos mais utilizados como fonte de dados para o preenchimento da DNV; 
 6. Erros de grafia e na transcrição das informações.
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 41
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Referências Bibliográficas
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de procedimentos do sistema de informações 
sobre nascidos vivos. - BrasÌlia: Ministério da Saúde : FundaÇÃo Nacional de Sa˙de, 
2001. 
COSTA, J.M.B.S, FRIAS, P.G. Avaliação da completitude das variáveis da Declaração 
de Nascido Vivo de residentes em Pernambuco, Brasil, 1996 a 2005. Cad. Saúde Pública, 
25(3):613-624, 2009. 
OMS. Organização Mundial da Saúde. Classificação Estatística Internacional de 
Doenças e Problemas relacionados à Saúde. 10ª revisão. São Paulo, CBCD, 1995.
ROMERO, D.E; CUNHA, C.B. Avaliação da qualidade das variáveis epidemiológicas 
e demográficas do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos, 2002. Cad. Saúde 
Pública, 23(3):701-714, 2007.
7. SISTEMA DE INFORM
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 42
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9. NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA DE DOENÇAS E AGRAVOS NO 
BRASIL
Teixeira et al. (1998) define notificação como um modelo de transmissão de 
informações acerca da ocorrência de uma determinada doença ou agravo à saúde. A 
notificação compulsória refere - se ao processo obrigatório, definido por lei, do registro 
do acontecimento desta doença ou agravo junto a vigilância sanitária, podendo ser 
feita pelos profissionais de saúde e também por pessoas da comunidade.
O termo doença é definido como uma falha nos mecanismos de adaptação 
ou um desequilíbrio fisiológico do organismo, que resulta na ausência de respostas 
aos estímulos químicos ou físicos empregados visando restabelecer tal condição. 
Tais desajustes podem ser causados por agentes infecciosos e não infecciosos, 
acometendo órgãos, sistemas e tecidos. Quando nos referimos a agravos em saúde, 
estes se entendem por danos que interferem na integridade física, mental e social de 
um indivíduo, que são oriundos de doenças ou situações nocivas. Como exemplo de 
agravos em saúde podem ser citados: os acidentes, intoxicações por drogas de abuso,lesões provenientes de violência, envenenamentos (TAIUL, 1998; ALMEIDA, 2003; PAIM, 
2009). 
Para compor a lista de doenças ou agravos à saúde de notificação compulsória 
devem ser estabelecidos vários critérios levando em consideração as mudanças no 
perfil epidemiológico do país, proveniente de resultados de estudos científicos e 
tecnológicos (TEIXEIRA, 1998). 
A seleção é feita com base em algumas variáveis que serão listadas abaixo e na 
tabela 1:
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 43
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Tabela 1. Critérios utilizados para seleção das doenças de notificação compulsória 
em 1998.
Fonte: scielo.iec.gov.br
 • Magnitude - doenças com elevada freqüência que afetam grandes contingentes 
populacionais, que se traduzem pela incidência, prevalência, mortalidade, anos 
potenciais de vida perdidos.
 • Potencial de disseminação - expressa-se pela transmissibilidade da doença, 
possibilidade da sua disseminação através de vetores e demais fontes de infecção, 
colocando sob risco outros indivíduos ou coletividades.
 • Transcendência - É definido como um conjunto de características apresentadas 
por doenças e agravos, de acordo com sua apresentação clínica e epidemiológica, das 
quais as mais importantes são: 
• A severidade medida pelas taxas de letalidade, hospitalizações e seqüelas; 
• A sociedade imputa à ocorrência do evento através da estigmatização dos 
doentes, medo, indignação quando incide em determinadas classes sociais; 
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 44
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• A relevância econômica devido a restrições comerciais, perdas de vidas, 
absenteísmo ao trabalho, custo de diagnóstico e tratamento, etc.
 • Vulnerabilidade - doenças para as quais existem instrumentos específicos de 
prevenção e controle permitindo a atuação concreta e efetiva dos serviços de 
saúde sob indivíduos ou coletividades.
 • Compromissos internacionais - o governo brasileiro deve firmar acordos 
juntamente com os países membros da Organização Panamericana de Saúde/
Organização Mundial de Saúde (OPS/OMS), que visam empreender esforços 
conjuntos para o alcance de metas continentais ou até mesmo mundiais de 
controle, eliminação ou erradicação de algumas doenças.
Em meados de 1998, o Ministério da Saúde definiu uma lista preliminar das 
doenças de notificação compulsória, na época foram listadas dezesseis enfermidades, 
listadas na tabela 2.
Tabela 2. Lista preliminar de doenças de notificação compulsória disponibilizada 
pelo Ministério da Saúde em 1998.
Fonte: scielo.iec.gov.br
A portaria nº 264 de 17 de fevereiro de 2020 incluiu a doença de Chagas crônica 
na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde 
pública, que conta agora com 48 itens. Ressalta - se também a periodicidade das 
notificações pelos respectivos órgãos, sendo o Ministério da Saúde (MS), Secretarias 
estaduais de saúde ou secretaria municipal de saúde, por meio de seus profissionais. 
No quadro abaixo estão listadas algumas doenças e agravos à saúde e as respectivas 
periodizações de preenchimento.
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 45
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Quadro 4. Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e 
eventos de saúde pública e periodicidade de notificação (BRASIL, 2020).
Fonte: bvsms.saude.gov.br
Acesse o mapa mental comentado sobre a lista de doenças e agravos à saúde 
através do endereço abaixo e aprenda mais:
https://youtu.be/mEDqi43pgAc
Um estudo realizado por Souza et al. (2012) intitulado por “Conhecimento sobre 
doenças e agravos de notificação compulsória entre profissionais da Estratégia Saúde 
da Família no município de Teresina, estado do Piauí, Brasil - 2010” teve como objetivo 
avaliar e comparar o conhecimento de enfermeiros e médicos da Estratégia Saúde 
da Família (ESF) sobre doenças e agravos de notificação compulsória e foi possível 
identificar que os profissionais avaliados apresentam deficiências no conhecimento 
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 46
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sobre doenças e agravos de notificação compulsória e necessitam capacitar-se sobre 
o tema (Figura 7).
Tabela 7. Proporção de acertos de enfermeiros e médicos da estratégia Saúde 
da Família quanto a conceitos e diretrizes sobre a doenças e agravos de notificação 
compulsória (DANC) no município de Teresina, estado do Piauí. Brasil, 2010.
Fonte: scielo.iec.gov.br/
A nota técnica nº. 05/2020 emitida pela secretaria de estado da saúde de goiás, 
recomendou que todos os estabelecimentos que prestem assistência assistenciais à 
saúde e profissionais de saúde se atente à obrigatoriedade da notificação imediata 
dos casos suspeitos, confirmados e óbitos por COVID-19, logo após o atendimento que 
levante hipótese diagnóstica para o agravo, sob pena de infração sanitária, estando 
sujeitos às penalidades previstas em Lei, visando o estabelecimento de medidas de 
combate e controle de tal doença (GOIÁS, 2020).
As informações registradas nas fichas de notificação compulsória e nas fichas de 
investigação são direcionadas ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação - 
Sinan que pode ser acessado pelo seguinte endereço: https://portalsinan.saude.gov.
br/. 
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 47
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As fichas de notificação são dispostas em duas vias pré-numeradas, de modo 
que a primeira via deve ser encaminhada pelo estabelecimento de saúde para a 
unidade que fará a digitação, em caso de unidades que não possuam recursos digitais 
e a segunda via será mantida e arquivada na própria unidade de saúde. A ficha de 
notificação deverá ser utilizada para (BRASIL, 2007):
 • Notificação negativa; 
 • Notificação individual de casos suspeitos e/ou confirmados dos seguintes 
agravos de notificação compulsória: carbúnculo ou “antraz”, cólera, coqueluche, 
dengue, difteria doença de Chagas (casos agudos) doença de Creutzfeldt-Jacob, 
doença meningocócica e outras meningites, eventos adversos pós-vacinação, febre 
amarela, febre do Nilo, febre maculosa, febre tifóide, hantaviroses, hepatites virais, 
Influenza humana por novo subtipo (pandêmico) e botulismo, leishmaniose visceral, 
leptospirose, malária (em área não endêmica), paralisia flácida aguda/poliomielite 
peste, raiva humana, rubéola, sarampo, síndrome febril ictero-hemorrágica aguda 
síndrome da rubéola congênita, síndrome respiratória aguda grave, tétano acidental e 
tétano neonatal, tularemia e varíola; 
 • Notificação individual de casos suspeitos e/ou confirmados dos seguintes 
agravos de interesse nacional: acidente por animais peçonhentos, atendimento 
antirrábico humano, intoxicação exógena e varicela; 
 • Notificação de casos suspeitos e/ou confirmados dos agravos de interesse 
estadual e municipal; 
 • Notificação de surto ou agregado de casos/óbitos por agravos de origem 
desconhecida. A notificação destes agravos deverá ser realizada por meio da abordagem 
sindrômica, de acordo com as seguintes categorias: diarréia aguda sanguinolenta, 
ictérica aguda, febre hemorrágica aguda, respiratória aguda, neurológica aguda, 
insuficiência renal aguda e outras síndromes; ‒ casos agregados constituindo uma 
situação epidêmica das doenças que não constam na Lista de Doenças de Notificação 
Compulsória (LDNC); ‒ surto de doenças da LDNC com alteração no padrão 
epidemiológico; ‒ casos agregados das doenças que constam na LDNC, mas cujo 
volume das notificações torne operacionalmente inviável o registro individualizado 
dos casos.
Já as fichas de investigação de casos suspeitos e/ou confirmados e de surto 
poderão ser reproduzidas pelos municípios. São exemplos delas: Planilha e boletim 
de acompanhamento de surto, Boletins de acompanhamento de hanseníase e de 
tuberculose, Boletim de inquérito de tracoma.
Notificação e o Sistema de Informação em Saúde 48Volte ao Sumário
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Referências Bibliográficas
ALMEIDA, F.N, ROUQUAYROL, M.Z. Elementos de metodologia epidemiológica. 
In: Rouquayrol MZ, Almeida Filho N. Epidemiologia e saúde. Rio de Janeiro: Medsi; p. 
149-177, 2003.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 264 de 17 de fevereiro de 2020. Altera 
a Portaria de Consolidação nº 4/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, para incluir a 
doença de Chagas crônica, na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, 
agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em 
todo o território nacional. Brasília, 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento 
de Vigilância Epidemiológica. Sistema de Informação de Agravos de Notificação 
– Sinan: normas e rotinas / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, 
Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 2. ed. – Brasília : Editora do Ministério 
da Saúde, 2007.
GOIÁS. Secretaria de Estado da Saúde de Goiás. Nota técnica nº. 05/2020 de 15 de 
Abril de 2020. Dispõe da obrigatoriedade das notificações de todos os casos suspeitos 
e confirmados de COVID-19 pelos profissionais dos serviços assistenciais à saúde. 
Goiânia, 2020.
PAIM, J.S. O que é SUS? Coleção Temas em Saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2009.
SOUSA, S.P.O et al. Conhecimento sobre doenças e agravos de notificação 
compulsória entre profissionais da Estratégia Saúde da Família no município de 
Teresina, estado do Piauí, Brasil - 2010. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília , v. 21, n. 3, p. 
465-474, set. 2012 . 
TAUIL, P.L. Controle de agravos à saúde: consistência entre objetivos e medidas 
preventivas. Inf. Epidemiol. Sus, Brasília , v. 7, n. 2, p. 55-58, jun. 1998 .
TEIXEIRA, M.G., et al. Seleção das doenças de notificação compulsória: critérios e 
recomendações para as três esferas de governo. Inf. Epidemiol. Sus, Brasília , v. 7, n. 1, 
p. 7-28, mar. 1998 .

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