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TCC - FERIMENTO POR ARMA BRANCA

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CENTRO EDUCACIONAL ISAAC NEWTON
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Mayla Suand Miranda de Jesus Oliveira
Werlem Welton Marques Malato
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
PRIMEIROS SOCORROS – ANÁLISE DOS PRIMEIROS ATENDIMENTOS REALIZADOS EM PACIENTES VÍTIMAS DE FAB (FERIMENTO POR ARMA BRANCA) NO HOSPITAL MUNICIPAL DE BAGRE, PARÁ
BAGRE – PA 
2023
CENTRO EDUCACIONAL ISAAC NEWTON
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Mayla Suand Miranda de Jesus Oliveira
Werlem Welton Marques Malato
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
PRIMEIROS SOCORROS – ANÁLISE DOS PRIMEIROS ATENDIMENTOS REALIZADOS EM PACIENTES VÍTIMAS DE FAB (FERIMENTO POR ARMA BRANCA) NO HOSPITAL MUNICIPAL DE BAGRE, PARÁ
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Educacional Isaac Newton, cuja finalidade é a obtenção do diploma de Técnico em Enfermagem, para que então possa fazer gozo dos méritos da formação.
Sob a orientação da Prof.ª Leudiane Alves Correia.
BAGRE – PA 
2023
Mayla Suand Miranda de Jesus Oliveira
Werlem Welton Marques Malato
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
PRIMEIROS SOCORROS – ANÁLISE DOS PRIMEIROS ATENDIMENTOS REALIZADOS EM PACIENTES VÍTIMAS DE FAB (FERIMENTO POR ARMA BRANCA) NO HOSPITAL MUNICIPAL DE BAGRE, PARÁ
Este trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e aprovado para obtenção do Curso Técnico em Enfermagem do Centro Educacional Isaac Newton/Mais enfermagem.
Bagre, __________/_________/_______________________
Banca Examinadora 
Prof. Leudiane Alves Correia
Professor(a) Examinador(a) 1
_________________________________________________________________
Professor(a) Examinador(a) 2
Dedico este trabalho a Deus, o maior orientador da minha vida. Ele nunca me abandonou nos momentos de necessidade.
-Mayla Suand Miranda de Jesus Oliveira
Com gratidão, dedico este trabalho a Deus. Devo a Ele tudo o que sou.
- Werlem Welton Marques Malato
AGRADECIMENTOS
MAYLA SUAND MIRANDA DE JESUS OLIVEIRA
 À Deus, por ter permitido que eu tivesse saúde е determinação para não desanimar durante a realização deste curso.
Ao meu esposo Arivaldo e a meus filhos Pedro e Isabelle, que me incentivaram nos momentos difíceis e compreenderam a minha ausência enquanto eu me dedicava à realização deste trabalho.
Aos meus pais e irmãos, que sempre estiveram ao meu lado, pelo amor incondicional e pelo apoio demonstrado ao longo de todo o período de tempo em que me dediquei a este trabalho.
À Profª Leudiane, pela orientação acadêmica, apoio e dedicação.
Agradeço aos professores que me acompanharam ao longo do curso e que, com empenho, se dedicam à arte de ensinar.
À instituição de ensino Isaac Newton, essencial no meu processo de formação profissional, pela dedicação, e por tudo o que aprendi ao longo dos anos do curso, em especial à Prof. Marlije Costa.
Aos meus colegas do curso, em especial ao Werlem pelas trocas de ideias e ajuda mútua. Juntos conseguimos avançar e ultrapassar todos os obstáculos.
À minha prima e amiga Eloísa por compartilhar seu conhecimento científico conosco.
Aos técnicos em enfermagem Menegildo, Ailton, Iraildes, Welton e aos enfermeiros Simony Valente, Rosângela Pessoa e Valdecy Costa pela contribuição nesta pesquisa.
Especialmente, à Enf. Simony Valente e toda a equipe do HPP-BAGRE por todo apoio no decorrer do período de estágio.
AGRADECIMENTOS
Werlem Welton Marques Malato
Agradeço primeiro a Deus por ter me mantido na trilha certa durante este projeto de pesquisa com saúde e forças para chegar até o final.
Agradeço em especial à minha mãe, Maria Cilene e ao meu pai Welton pelo apoio e amor incondicional, combustíveis para que pudesse chegar neste lugar.
Sou grato à minha família pelo apoio que sempre me deram durante toda a minha vida.
Deixo um agradecimento especial a minha orientadora pelo incentivo e pela dedicação do seu escasso tempo ao meu projeto de pesquisa.
Aos meus colegas do curso, em especial a Mayla pelas trocas de ideias e ajuda mútua. Juntos conseguimos avançar e ultrapassar todos os obstáculos.
Também quero agradecer à instituição de ensino e a todos os professores do meu curso pela elevada qualidade do ensino oferecido.
Aos técnicos em enfermagem Menegildo, Ailton, Iraildes, Welton e aos enfermeiros Simony Valente, Rosângela Pessoa e Valdecy Costa pela contribuição nesta pesquisa.
Especialmente e novamente ao Enf. Valdecy Costa, juntamente com todos os técnicos do HPP-BAGRE por todo apoio durante o período de estágio.
RESUMO
O presente Trabalho de Conclusão de Curso aborda os primeiros socorros realizados em paciente vítimas de FAB (Ferimentos por Arma Branca) no município de Bagre, Pará e tem como objetivo analisar a forma como esses pacientes são recebidos no hospital, se os primeiros procedimentos influenciam no decorrer do tratamento e a necessidade do APH (Atendimento Pré-Hospitalar) nesses casos. O tipo de pesquisa utilizada neste trabalho é a qualitativa, onde se entrevistaram técnicos em enfermagem e enfermeiros do referido hospital, afim de responderem as perguntas e questões levantadas. Por fim, concluiu-se que os pacientes nem sempre são levados até o hospital da cidade de forma correta, os primeiros socorros que deveriam ser imediatos, ocorrem de forma tardia e isso implica em uma certa dificuldade no decorrer do tratamento da vítima.
Palavras-Chave: Primeiros Socorros; Ferimento por Arma Branca; Atendimento Pré Hospitalar
ABSTRACT
This Course Completion Work addresses the first aid performed on patients victims of FAB (Wounds by White Weapon) in the municipality of Bagre, Pará and aims to analyze how these patients are received in the hospital , whether the first procedures influence the course of treatment and the need for APH (Mobile Prehospital Care) in these cases. The type of research used in this work is qualitative, where nursing technicians and nurses from the referred hospital were interviewed, in order to answer the questions and issues raised. Finally, it was concluded that patients are not always taken to the city hospital correctly, the first aid that should be immediate, occurs late and this implies a certain difficulty in the course of the victim's treatment.
Key words: First Aid; White weapon injury; Prehospital Care
SUMÁRIO
Sumário
	1
	2
	3
	4
	5
	6
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
APH – ATENDIMENTO MÓVEL PRÉ HOSPITALAR
FAB – FERIMENTO POR ARMA BRANCA
HPP – HOSPITAL DE PEQUENO PORTE
2
1. INTRODUÇÃO
O aumento da violência no Brasil é tema de assíduos debates, a preocupação no que tange esse assunto é notória, pois abrange as mais diversas esferas da sociedade, além de gerar gastos para o estado com tratamento de saúde, recuperação e segurança pública.
É visível a associação da violência com a pobreza e desigualdades socioeconômicas, visto que em áreas com tais características as ocorrências de ataques violentos são mais recorrentes, porém, é necessário que não se associe tal fato apenas com questões sociais, já que o tema abrange multi causalidades.
Conforme a legislação vigente, é compreendido como arma qualquer objeto que tem por intuito causar lesão, dano ou perda a qualquer ser vivo ou coisa, arma branca por sua vez, pode ser estabelecida como artefato perfurante ou cortante, comumente concebido por peça longa e com lâmina (BRASIL, 2000). Este tipo de ocorrência é mais comum ainda na Região Norte do país, em municípios pequenos, como é o caso de Bagre, local do presente estudo.
Devido à falta de informações no município a respeito deste tema tão recorrente, é necessária uma abordagem mais profunda a respeito, isto possibilita uma análise suscinta e mais particular, contribuindo assim, para uma melhor oferta de serviços de saúde e um melhor atendimento ao paciente, além de um conhecimento mais detalhado de como esse paciente é recebido no ambiente hospitalar, quais os primeiros procedimentos feitos e quais os possíveis resultados das abordagens.
O presente artigo tem como local de estudo, o município de Bagre, na ilha do Marajó, e tem como objetivo analisaros primeiros atendimentos realizados em pacientes vítimas de FAB (Ferimentos Por Armas Brancas) no Hospital Municipal da cidade, este hospital é de pequeno porte e atua com atendimentos de urgência e emergência.
Considerando o exposto, temos como questões norteadoras: Quais os primeiros socorros realizados em pacientes vítimas de FAB? De que forma essa primeira abordagem influencia no restante do tratamento?
1.1. OBJETIVO GERAL
Este trabalho tem como intuito analisar os primeiros socorros prestados as vítimas de FAB no Hospital Municipal de Bagre, Pará.
1.1.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
· Analisar os primeiros socorros realizados nos pacientes de FAB;
· Examinar a influência que esses primeiros procedimentos exercem sobre o quadro clínico da vítima;
· Avaliar a necessidade do APH.
· Detectar as principais dificuldades da equipe de enfermagem no HPP-BAGRE frente a esses casos.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Embora o Brasil não registre conflito direto causado por guerra civil, nem esteja entre os países mais pobres da América Latina, consolidou-se como o sétimo país com maior número de homicídios na colocação mundial em 2012, composto com a maioria de vítimas jovens (WAISELFISZ, 2013).
É importante ressaltar, de acordo com o autor que, apesar de o Brasil ser um país de nível médio, em termos de segurança se assemelha a países de extrema pobreza e crise social e econômica, ou seja, o Brasil, no que tange a violência encontra-se no mesmo patamar de países como Venezuela e Haiti.
As causas de violência externas se encontram entre as principais causas de morte no Brasil e uma das mais preocupantes questões no que diz respeito à saúde pública, seja pela sua grande proporção, seja pela série de problemas que acarreta (PIMENTA, 2007).
A afirmativa anterior se confirma quando analisamos os fatores e consequências de ataques violentos, entre as consequências pode-se destacar os gastos com atendimento médico e recuperação do indivíduo ferido, além da dificuldade ou impossibilidade desse indivíduo de entrar ou voltar ao mercado de trabalho, gerando prejuízo aos cofres públicos e principalmente, o desgaste emocional, psicológico e social deste paciente e de toda a comunidade que o cerca.
De acordo com Fagundes et al (2007), a arma branca vem sendo utilizada de forma mais ampla, isso se deve ao crescimento demográfico, violência exacerbada e um acesso facilitado a este objeto, comparado a armas de fogo, fato que se explica pela legislação vigente que restringe a posse de armas, permitindo assim um maior controle e prevenção de acidentes e ataques, já que como diz Krug et al (2002):
Estudos mostram que regiões com maior número de armas apresentam maiores taxas de homicídio por armas de fogo, e a presença destas em casa também aumenta o risco de homicídios. Além disso, o porte de armas de fogo por parte da vítima durante o assalto está associado com o maior risco de morrer.
Os Ferimentos por Arma Branca (FAB) são pouco discutidos no âmbito acadêmico se comparado aos Ferimentos por Arma de Fogo (FAF), portanto, são tão importantes quanto, visto que tem aumentado sua frequência (FAGUNDES, 2007). Neste sentido, se faz necessário uma maior atenção pra essa questão, afim de compreender seus fatores, efeitos e consequências.
De acordo com Stefanelli (2009), o atendimento imediato dessas vítimas, ainda no local de ocorrência é de suma importância, ou seja, a atuação da equipe de enfermagem nos primeiros socorros é determinante para a melhora e preservação da vida desse paciente, além de dá estabilidade a vítima até que essa receba um atendimento hospitalar adequado.
O Atendimento Pré-Hospitalar (APH) é essencial em circunstâncias como essas, sendo necessário sua existência, sobretudo em locais com frequentes ocorrências de FAB, pois conforme Oliveira et al. (2007), o APH tem como intuito encurtar o período de internação e tratamento desse paciente, além de garantir sua sobrevivência e evitar possíveis sequelas que poderia o invalidar de exercer suas funções na sociedade.
3. METODOLOGIA
Trata-se de um estudo transversal, que tem como instrumento de pesquisa um questionário com perguntas quantitativas e qualitativas, nas quantitativas o entrevistado responderá seus dados pessoais, formação, idade e tempo de serviço, nas perguntas qualitativas o entrevistado responderá de forma espontânea conforme sua experiência e atuação.
3.1. LOCAL DE ESTUDO
Para o presente artigo, foi realizada uma pesquisa no Hospital Municipal de Bagre, no estado do Pará, o município fica localizado no arquipélago do Marajó, possui aproximadamente 30 mil habitantes, estando divididos em zona urbana e rural.
O hospital é de pequeno porte (HPP), além de ser o único da cidade, abrange também a zona rural, exerce atendimentos de urgência e emergência, conta com um médico que atua nesses atendimentos e também na clínica de internação, esse médico é trocado a cada quinze dias, esse revezamento totaliza dois médicos, no local, também atuam cinco enfermeiros além de vinte e um técnicos em enfermagem.
O prédio conta com uma sala de urgência e emergência, duas salas de observação, sendo quatro leitos (dois leitos em cada sala), sala da diretoria e administrativa, uma sala de internação pediátrica com com cinco, duas enfermarias de internação feminina adulta, duas enfermarias de internação masculina adulto, uma sala de pós parto, uma sala de pré parto, uma sala de parto, uma sala de isolamento, uma sala de exame ginecológico, sala de esterilização, sala de raio-X, laboratório, um estar dos médicos e enfermeiros, um estar dos técnicos, copa e cozinha.
3.2. POPULAÇÃO E AMOSTRA DO ESTUDO
A população do estudo é constituída por sete profissionais da enfermagem, destes, três são técnicos, e quatro são enfermeiros, sendo um com especialização, todos estes profissionais atuam há mais de um ano no HPP.
3.3. COLETA DE DADOS
Os dados foram coletados através de questionários com questões quantitativas e qualitativas direcionados aos profissionais da enfermagem (técnicos e enfermeiros) a respeito da conduta e condições do atendimento ao paciente de FAB.
Se fazia necessário, uma análise mais suscinta a respeito do perfil destes pacientes, isto não foi possível, pois o hospital não dispõe dos dados do prontuário do paciente, a equipe administrativa justificou que estes dados são repassados a secretaria de saúde do município, essa por sua vez relatou que não detém destas informações, desta forma, infelizmente, não será possível analisar e prestar tais dados.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram entrevistados sete profissionais, estes têm entre 31 e 42 anos (dois entrevistados preferiram não citar sua idade). A tabela 1 mostra o percentual do grau de instrução dos entrevistados, dos 4 enfermeiros, apenas 1 tem especialização, além dos 3 técnicos.
Tabela 1 – Distribuição percentual da amostra conforme grau de instrução.
	Grau de Instrução
	N=7
	Porcentagem (%)
	Técnico em Enfermagem
	3
	42,85
	Enfermeiro
	3
	42,85
	Enfermeiro com especialização
	1
	14,28
	Total:
	7
	99,98
Estes dados podem ser considerados convincentes, já que o hospital conta com uma equipe preparada capaz de oferecer mais suporte e conhecimento tanto teórico, como prático, tornando suas ações eficazes.
Em relação ao tempo de serviço prestado, de acordo com a tabela 2, é possível observar que dos entrevistados a maioria (71,42%) possui mais de 5 anos de serviço e que uma minoria (28,57%) possui entre 1 e 5 anos de serviço, estes dados são bastante adequados, visto que um maior tempo de serviço proporciona mais experiência ao profissional, pois de acordo com Poggetti (2004), o tempo de exercício da função proporciona melhores condições de se ofertar um atendimento apropriado, colaborando assim, para uma prestação de assistência qualificada.
Tabela 2-Distribuição do percentual de acordo com o tempo de serviço dos entrevistados.
	Tempo de Serviço
	N=7
	Porcentagem (%)
	Menos de 1 ano
	0
	0
	Entre 1 e 5 aos
	2
	28,57
	5 anos ou mais
	5
	71,42
	Total:
	7
	100
No que se refere aos primeirosprocedimentos prestados a vítimas de Fab, o quadro 1 mostra que os profissionais estão preparados pra lidar com este tipo de situação, além disso estão capacitados pra agir conforme a necessidade de cada caso em específico, porém menos da metade dos entrevistados respondeu que a verificação dos sinais vitais é feita, sendo que este tipo de procedimento é essencial nesses casos. Este tipo de atendimento em enfermagem é primordial, pois os profissionais devem estar preparados pra tomar atitudes de imediato quando necessário.
	Respostas
	Entrevistados
	“Verificar os sinais vitais”
	3
	“Identificar a gravidade da lesão/se atingiu órgãos vitais”
	3
	“Controlar a hemorragia”
	3
	“Profundidade do ferimento”
	2
	“Pinçar artérias ou veias”
	2
	“Sutura/Curativo Compressivo”
	2
	“Verificar a necessidade de encaminhar pra Breves”
	1
	“Pegar acesso”
	1
	“Comunicar o médico ou enfermeiro de plantão”
	1
Quadro 1 - Distribuição dos entrevistados quanto aos primeiros procedimentos realizados nos pacientes de FAB.
Com relação ao primeiro socorro prestado à vítima nessas situações, a figura 1 mostra que todos são unânimes (100%) quanto a influência do primeiro atendimento ofertado ao paciente.
Figura 1- Distribuição do percentual quanto à influência dos primeiros socorros no quadro clínico do paciente.
As justificativas apresentadas pelos técnicos e enfermeiros com relação a influência dos primeiros socorros no tratamento da vítima são concordantes no que diz respeito a prevenção da vida do paciente.
No que concerne a necessidade de Atendimento Móvel Pré Hospitalar, os técnicos e enfermeiros em sua maioria (87%) afirmaram a precisão desse tipo de serviço antes do paciente chegar ao hospital, conforme mostra a figura 2 e apenas um técnico (13%) não respondeu à pergunta, justificando que não responderia porque a resposta dependeria do local em que o paciente se encontrava.
Figura 2-Distribuição do percentual quanto à necessidade de APH
Entre as principais justificativas dos profissionais quanto a necessidade do APH, destaca-se a urgência desse tipo de ocorrido e a dificuldade se chegar ao hospital estabilizado pra dar continuidade ao tratamento, haja visto que o município não possui de um APH, a ambulância e ambulancha que prestam serviços aos pacientes servem apenas pra locomoção dos mesmos, ou seja, os transportes utilizados não dispõem de uma equipe multiprofissional especializada, conforme mostra o quadro 2:
	Respostas
	Entrevistados
	“Se o paciente não for atendido imediatamente o quadro pode piorar”
	2
	“Os procedimentos realizados podem aumentar a chance de vida do paciente”
	2
	“Por conta do tempo”
	2
	“Por conta dos primeiros socorros realizados no local”
	1
Quadro 2 - Distribuição dos entrevistados quanto à justificativa de necessidade do APH
Os profissionais também foram questionados a respeito das principais dificuldades encontradas no atendimento dos pacientes vítimas de FAB, a maioria respondeu que uma das principais dificuldades é a falta de profissional especializado (34%) , a demora do paciente em chegar até o hospital (25%), destaca-se ainda que muitos pacientes são removidos da zona rural, outra dificuldade encontrada é a falta de recursos (25%), alinhada à, a perda de sangue (8%) e hemorragia interna (8%), como mostra a figura 3. É indispensável e determinante para o desenvolvimento do tratamento do paciente que este seja assistido de imediato por uma equipe especializada e com aparato para realizar qualquer ação, além disso, os equipamentos devem ser adequados, os primeiros socorros realizados com urgência, isso possibilita e proporciona melhores condições no tratamento do paciente.
Figura 3-Distribuição percentual quanto as maiores dificuldades encontradas no atendimento à vítima de FAB
5. CONCLUSÃO
Através deste estudo foi possível observar que apesar da capacitação e disposição dos profissionais de enfermagem em desenvolver e exercer um bom trabalho dentro do Hospital Municipal de Bagre, os pacientes vítimas de FAB que chegam até o local precisam de mais suporte, muitas vezes, por falta de um centro cirúrgico, por exemplo, essses paciente tem a necessidade ser tranferidos até Breves.
Além disso, constatou-se que o primeiro atendimento realizado à vítima nesse casos é primordial para o sucesso do tratamento, sendo determinantes para a melhora, quando aplicados de forma correta ou para piora, quando aplicados de forma errada, desta forma, observou-se, de acordo com os relatos obtidos que esses pacientes já chegam de forma errada no hospital, visto que não dispõem de APH no local da ocorrência, muitas vezes esses pacientes chegam até a unidade hospitalar de motocicleta, por exemplo, pelas mãos de curiosos ou cidadãos não capacitados pra ofertar esse atendimento.
Infelizmente, não foi possível traçar o perfil epidemiológico destes pacientes, haja visto que não foi possível obter dados concretos, mas, no período de estágio foi perceptível que a maioria das vítimas são homens jovens (observação dos autores), sendo assim, seria necessário uma maior atenção do poder público frente a estas questões, com medidas de prevenção e intervenção.
Apesar dos percalços enfrentados pelos profissionais, como por exemplo, a falta de recursos, equipamentos necessários, a distância, na maioria das vezes os procedimentos realizados dentro do hospital são feitos com êxito, poupando assim a vida da vítima.
6. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
BRASIL. Decreto nº 3.665, de 20 de novembro de 2000. Dá nova redação ao Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados. Diário Oficial, Brasília, DF, 21 nov. 2000. 
FAGUNDES, Marco Aurélio et al. Estudo retrospectivo de janeiro de 1998 a maio de 2005, no Hospital Universitário de Maringá, sobre ferimentos por arma branca e arma de fogo. Acta Scientiarum. Health Sciences, v. 29, n. 2, 2007.
KRUG Etienne et al. World report in violence and health. Geneva: World Health Organization; 2002.
OLIVEIRA, B. F. M; PAROLIN, M. K. F; TEIXEIRA JUNIOR E. V. Trauma: atendimento pré-hospitalar. 2 ed. São Paulo: Atheneu, 2007.
PIMENTA, Fabiano Geraldo. Violência: prevenção e controle no Brasil [editorial]. Epidemiol Serv Saúde. 2007 mar; 16(1):5-6.
POGGETTI, R. S. et al. Atendimento pré-hospitalar ao traumatizado: básico e avançado. 5 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004
STEFANELLI, R. Atendimento pré-hospitalar e transferência do paciente em estado crítico. In: GOLIN, V.; SPROVIERI, S. R. S. Condutas em urgência e emergência para o clínico. São Paulo: Atheneu, 2009. cap.1, p. 3 – 7.
WAISELFISZ, Júlio. Mapa da violência 2013: mortes matadas por armas de fogo [Internet]. Brasília: Centro Brasileiro de Estudos Latino-americanos; 2013 [citado 2023, MARÇO]. Disponível em: http://www.mapadaviolencia.org.br/pdf2013/ MapaViolencia2013_armas.pdf..
Coluna1	
SIM	NÃO	7	0	
QUADRO 1	
SIM	NÃO	NÃO RESPONDERAM	7	0	1	
QUADRO 1	
DEMORA EM CHEGAR NO HOSPITAL	FALTA DE RECURSOS/ESTRUTURA	FALTA DE PROFISSIONAIS 	HEMORRAGIA INTERNA	PERDA DE SANGUE	3	3	4	1	1

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