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Processos Integrados de Distribuição e Logística Unidade 1 Na antiguidade, as funções logísticas básicas (estoque, armazenagem e transporte) permitiram a sobrevivência da raça humana, enquanto que na atualidade, o desenvolvimento econômico e tecnológico torna possível o gerenciamento eficiente e eficaz de operações logísticas cada vez mais complexas e exigentes. Logística Direta: o fluxo da cadeia de suprimentos se inicia com a matéria-prima até a produção, e prossegue com a distribuição até a entrega ao consumidor final. A parte da entrega é vista como a mais importante pois chama a atenção de toda a organização, o que exige um alto nível de integração entre os agentes da cadeia. Na logística direta, o canal da rede de suprimentos é linear e unidirecional. Ele se inicia na extração e manejo da matéria prima para o consumo, passando pela produção ou transformação desse insumo para a criação de um produto. Depois de pronto, ele parte para a armazenagem, e por fim, é distribuído conforme sua demanda. Logística Reversa: Na logística reversa, o fluxo de materiais passa a ser circula, fazendo com que os materiais retornem as etapas anteriores da cadeia para o seu processamento em uma nova utilização, por meio na reutilização ou reciclagem. A logística reversa também exige um nível de integração entre os agentes da cadeia e, como o caminho é inverso e os produtos ou seus resíduos, embalagens e afins são movimentados do consumidor em direção ao produtor, possui duas estratégias operacionais que são a logística de pós-venda e da pós-consumo. Funções Logísticas na Organização Logística de Suprimentos (convergente): Identificação das necessidades materiais e obtenção de matérias-primas e serviços – Função Obtenção. Logística de (Produção) e Armazenagem: Estocagem de matérias-primas (linhas de produção) e estocagem de produtos acabados – Função Armazenagem. Logística de Distribuição (divergente): Entrega de produtos acabados ao destinatário – Função Distribuição. Supply Chain Supply chain significa literalmente “cadeia de suprimentos” e se refere aos processos e aos diversos caminhos por quais passam os produtos, desde a retirada da matéria-prima até a entrega ao consumidor final. A ideia é interligar diversas empresas para que o consumidor seja atendido de forma mais eficiente e eficaz, tendo suas demandas e necessidades atendias. A Logística na História da Humanidade A sobrevivência sempre foi a maior preocupação do homem e assim desenvolveu habilidades para produzir, armazenar e transportar bens. Além disso, logo percebeu que trabalhar de forma cooperativa poderia reduzir dificuldades e alcançar melhores resultados. O desenvolvimento da logística está intimamente ligado ao progresso das atividades militares e das necessidades resultantes das guerras, principalmente a Segunda Guerra Mundial, onde o avanço tecnológico proporcionou a origem da logística moderna. Logística Empresarial Moura (1998): "A logística consiste em fazer chegar a quantidade certa das mercadorias certas ao ponto certo, no tempo certo, nas condições e ao mínimo custo; a logística constitui-se num sistema global, formado pelo inter-relacionamento dos diversos segmentos ou setores que a compõem. Compreende a embalagem e a armazenagem, o manuseio, a movimentação e o transporte de um modo geral, a estocagem em trânsito e todo o transporte necessário, a recepção, o acondicionamento e a manipulação final, isto é, até o local de utilização do produto pelo cliente. Objetivos da Logística: os “8 R” Segundo a SOLE – Society of Logistics Engineers: Right Material (materiais certos) Right Quantity (na quantidade certa) Right Quality (de qualidade certa) Right Place (no lugar certo) Right Time (no tempo certo) Right Method (com o método certo) Right Cost (segundo o custo certo) Right Impression (com uma boa impressão). A Missão da Logística Atual Dispor mercadorias ou serviços na hora certa, no local certo, na quantidade certa, na qualidade certa, com custo adequado. O que abrange: os insumos, matérias primas e materiais; recursos humanos; informações e dados; e meios de produção e transporte. O foco principal das organizações é satisfazer as necessidades dos clientes e dos consumidores e, ao mesmo tempo, maximizar tanto a participação de mercado quanto o lucro. (Arbache, 2006) A Importância da Informação no Processo Logístico Na definição dos sistemas de informação estão incluídos: o serviço ao consumidor, tráfego e transporte, armazenagem e estoque, seleção da localização das fábricas e armazéns, controle de estoque, processamento de pedidos, comunicações de distribuição, obtenção, manuseio de materiais, peças e serviços de apoio, seguros, embalagens, manuseio de bens retornáveis e previsão da demanda. Razões do Interesse Atual pela Logística • Rápido e elevado crescimento dos custos, particularmente concentrado nos serviços de transporte, armazenagem e infraestrutura; • Desenvolvimento de técnicas matemáticas, de equipamentos e de software com sistemas capazes de tratar eficientemente a massa de dados normalmente necessária para a análise de um problema logístico; • Complexidade crescente, em prazos, fornecedores e custos de administração de materiais e da distribuição física, tornando necessários sistemas mais complexos; • Disponibilidade de maior gama de serviços e provedores logísticos; • Mudanças rápidas de mercado e de canais de distribuição, especialmente para bens de consumo; • Tendência de os varejistas e atacadistas transferirem as responsabilidades de gestão dos estoques para os fabricantes. (Dias, 2010) Estratégia: Perspectiva Histórica A essência do posicionamento estratégico consiste em escolher atividades diferentes daquelas dos concorrentes. Em estratégia, o tudo é nada. O menos é mais. Ser diferente, focalizar uma escolha e demarcar uma posição única no mercado fazem parte da excelência estratégica empresarial. Globalização e Competitividade No mundo atual, com a globalização da economia, tornou-se crescente a necessidade das empresas serem competitivas nos mercados interno e externo e essencial desenvolver diferencial competitivo significativo e duradouro, frente aos concorrentes, de forma a garantir sua sobrevivência. Diferencial Competitivo A diferenciação pode ser obtida pela prestação de um maior e mais completo pacote de serviços, acompanhada pela manutenção ou, até mesmo, redução dos preços praticados. Marketing e Logística O objetivo de juntar ambas áreas é gerar vantagem competitiva e agregar valor ao produto, o colocando nas mãos do consumidor no tempo e no local certos. “O valor do produto para o comprador será o custo, a menos que ele seja diferenciado por níveis de serviço especiais. Para que seus produtos sejam adquiridos, as empresas devem esforçar-se para atingir uma posição de liderança no mercado, por produtividade (baixos custos) ou por fornecer um nível de serviço sem competidores”. (Arbache, 2004) A integração entre marketing e logística possibilita a geração de: Níveis de serviços ótimos e competitivos 1. Níveis de serviços ótimos e competitivos 2. Vendas efetivas - com menor falta de estoque 3. Redução dos custos totais 4. Controles e gestão de estoques nos diversos escalões do processo de produção e distribuição 5. Geração, difusão e controle dos fluxos de informações 6. Pesquisa e desenvolvimento de fornecedores (sourcing). Serviço Logístico ao Cliente Serviço logístico ao cliente pode ser entendido como todas as atividades envolvidas no aceite, processamento, faturamento e entrega de pedidos aos clientes, nas condições, quantidades e prazos acordados, de forma percebida como satisfatória pelo cliente, atingindo os objetivos da organização. Serviço ao Cliente X Custos As empresas investem pesadamente em: contratação de pessoal qualificado; pesquisae desenvolvimento de novos produtos; modernos equipamentos de comunicação; seleção e desenvolvimento de fornecedores; soluções de TI e capacitação gerencial. Para proporcionar aos clientes serviços personalizados: disponibilidade de produtos no estoque; atendimento de lotes variados; garantia de prazo de entrega; atendimentos de pedidos não programados; customização de produtos e embalagens e qualidade dessas na hora do transporte e armazenagem; auxílio à merchandising; rastreabilidade do pedido e etc. Elementos do Serviço ao Cliente Pré-transacionais o Política de serviço ao cliente formalizada e publicada o Estrutura organizacional adequada o Flexibilidade o Acessibilidade o Consultoria de serviços técnicos Transacionais o Níveis de estoque adequados o Clico de pedido confiável o Atendimento padronizado de pedidos e esclarecimentos o Informações sobre forma de atendimento de pedidos o Disponibilidade de embalagens e transportes adequados Pós-transacionais o Disponibilidade de reparos, reposição de produtos e peças o Rastreamento da localização do produto o Garantias e reparos tempestivos o Acessibilidade e atendimento tempestivo de queixas e reclamações o Sistema de atendimento de chamadas o Reposição temporária do produto durante reparos Razoes que justificam a manutenção de clientes não rentáveis Clientes novos, que ainda estão se adaptando ao modelo logístico oferecido. Clientes que dão prestigio servem de atração a novos clientes Clientes que proporcionam aprendizado organizacional (novos processos de fabricação e logística e novas práticas gerencias). Clientes Rentáveis Pedem produtos padronizados Pedem grandes quantidades Pedem de forma previsível Solicitam entregas padronizadas Não mudam as condições das entregas Utilizam ferramentas automáticas de comunicação Exigem pouco ou nenhum apoio prévio às vendas (preços e pedidos padrões) Exigem poucos serviços pós-venda Mantem estoques (utilizam abastecimento programado) Pagam pontualmente Clientes Não Rentáveis Pedem produtos personalizados Pedem quantidades variáveis Pedem de forma imprevisível Solicitam entregas personalizadas Mudam constantemente as condições de entrega Fazem pedidos por processamento manual Exigem apoio prévio às vendas (visita de vendedores, técnicos, merchandising) Exigem constantemente serviços pós-venda Exigem que o fornecedor mantenha estoques para eles Pagam com atraso Unidade 2- A Função Distribuição: Conceito, Importância e Abrangência Função Distribuição “É o conjunto de processos operacionais e de controle que permitem transferir os produtos desde o ponto de fabricação, até o ponto em que a mercadoria é finalmente entregue ao consumidor”. Função Distribuição – Importância A importância da Função Distribuição no processo organizacional baseia-se no fato de muitas vezes é a única avaliação de serviço percebida pelos clientes da empresa distribuidora dos bens. Com a gestão eficiente dos canais de distribuição, chamados também de canais de marketing, a percepção do valor agregado pela empresa pode ser maior ou menor e contribuir significativamente para a retenção de clientes da marca da empresa no mercado frente à concorrência. Função Distribuição – Objetivos Garantir rápida disponibilidade de produtos nos segmentos do mercado identificados como prioritários; Intensificar ao máximo o potencial de disponibilização do produto em questão (usurário, comerciante, etc.); Garantir nível de serviço preestabelecido pelos parceiros e clientes da cadeia de suprimento; Garantir fluxo de informações rápido e preciso entre os elementos participantes; Buscar, de forma integrada e permanente, a redução de custos, analisando a cadeia de valor no seu todo. Valores Agregados pela Função Distribuição A distribuição adequada agrega valor de posição (lugar), de tempo, de quantidade e de qualidade, colocando os produtos em mercados onde ficam disponíveis para os clientes no momento e no local em que desejarem, na quantidade e na qualidade requeridas, ao custo mínimo. Nível de serviço ao cliente: o triangulo das decisões na Função Distribuição Estratégia de Estoque: níveis de estoque; localização do estoque e métodos de controle. Estratégia de Localização das Instalações: número. Tamanho e localização das instalações; designação dos pontos de estocagem para os pontos de fornecimento; alocação de demanda para pontos de estocagem ou de fornecimento e armazenagem pública/privada. Estratégia de Transporte: modais; roteirização e tamanho/consolidação do embarque. Redução dos custos na Função Distribuição Os custos na Função Distribuição têm sido reduzidos, principalmente, pela integração de modais de transporte e pela utilização de operadores logísticos, que obtêm melhores resultados pela possibilidade de economias de escala no compartilhamento de cargas. Unidade 3 – O papel do transporte na estratégia logística O Papel do Transporte na Estratégia Logística O transporte de cargas é o principal componente dos sistemas logísticos das empresas. Sua importância pode ser medida traves de, pelo menos, três indicadores financeiros: custo, faturamento e lucro. Segundo Fleury e Wanke (2000), o transporte representa, em média, 64% dos custos logísticos; 4,3% do faturamento e, em alguns casos, mais que o dobro do lucro. Modais de transporte, suas características e principais ativos Os meios de transporte se subdividem em três grandes grupos: Transporte hidroviário ou aquaviário: fluvial, lacustre, cabotagem e longo curso. Transporte aeroviário Transporte terrestre: rodoviário, ferroviário e dutoviário. Transporte Hidroviário Fluvial ou lacustre Marítimo (costeiro ou cabotagem e interna Vantagens: elevada capacidade de transporte para todo tipo de mercadoria (através de rebocadores e empurradores em rios e lagos); fretes mais baratos que nos modais rodoviário e ferroviário; custos variáveis bem mais baixos; facilidade do uso da multimodalidade; altíssima eficiência energética e elevada economia de escala para grandes lotes a longa distância. Desvantagens: pressupõe a existência de portos e vias navegáveis; serviço de baixa velocidade e com manuseio complexo; proporcionando a ocorrência de avarias; capacidades de transporte variável em função do nível da aguas; rotas fixas e dependentes de elevados investimentos para adequação de portos e calhas de rios e lagos. Vocação: ideal para transporte de grandes cargas para quaisquer distâncias onde haja vias e terminais operacionais e pouca exigência com relação ao prazo de entrega. Utilizado para transporte de graneis líquidos, produtos químicos, areia, carvão, cereais e bens de alto valor agregado, normalmente em contêineres. Transporte Aeroviário Vantagens: é o mais rápido, eficiente, seguro e confiável; manuseios altamente mecanizados; atinge regiões inacessíveis para outros modais; normalmente os aeroportos estão localizados próximos aos centros de produção. Desvantagens: menor capacidade em peso e volume das cargas; fortes restrições aos graneis e às cargas perigosas; custos elevados de capital, fretes e uso de terminais aeroportuários; muita dependência das condições atmosféricas. Vocação: ideal para cargas leves, produtos altamente perecíveis, animais e plantas vivos, bens de alto valor agregado, objetos valiosos e entrega de emergência. Transporte Ferroviário Vantagens: maior capacidade de transporte, em relação ao rodoviário e aéreo, de grandes lotes de mercadorias, por vias exclusivas; baixo consumo energético; grande compatibilidade com o modal rodoviário; menor impacto ambiental (eletricidade); e possibilidade de estoques em transito. Desvantagens: baixa velocidade operacional; horários rígidos e custo elevado quando há necessidade de transbordos (mudança de bitola,por exemplo); dependente da disponibilidade de material rodante (vagões específicos para a carga); baixa flexibilidade de rotas no Brasil; e alta exposição a furtos. Vocação: ideal para transportes de grandes volumes de carga a longas distancias e que não necessitem prazo de entrega curto. Produtos típicos: minérios (de ferro, de manganês), carvão mineral, derivados de petróleo e cereais em grão, transportados a granel. Transporte Rodoviário Vantagens: grande disponibilidade de vias de acesso; possibilita o serviço porta-a-porta; embarques, partidas e entregas mais rápidos; favorece os embarques de pequenos lotes; facilita a substituição do cavalo mecânico em caso de quebra ou acidente. Desvantagem: maior custo operacional e menor capacidade de carga em relação ao hidroviário e ferroviário; nas épocas de safras provoca congestionamentos nas estradas; desgaste prematuro da infraestrutura da malha rodoviária e alta exposição a furtos. Elevado impacto ambiental. Vocação: é o mais versátil e ideal para transporte de cargas pouco volumosas e leves para quaisquer destinos onde haja vias de acesso. Desde a década de 50, com a implantação da indústria automobilística e a pavimentação das rodovias, esse modal se tornou o mais usado no Brasil. Transporte Dutoviário Principais tipos existentes no Brasil: (a) Oleodutos (petróleo, óleo combustível, gasolina, diesel, álcool, GLP, querosene e nafta); (b) Gasodutos (gás natural); (c) Minerodutos (sal-gema, minério de ferro e concentrado fosfático); (d) Fareloduto (soja e farelo de soja – Sadia/Maggi – 200m em MT) Vantagens: é o mais confiável, opera ininterruptamente durante todo o tempo; não é afetado por fatores meteorológicos e praticamente não tem perdas; e baixo custo operacional. Desvantagens: baixa disponibilidade de rotas no Brasil; vazão e velocidade baixas; pode provocar acidentes ambientais; elevado custo fixo e destina-se a produtos específicos. Comparativo de algumas características dos modais de transporte • Custo: aéreo > rodoviário > ferroviário > hidroviário > tubular • Velocidade (ou transit time): aéreo > rodoviário > ferroviário > hidroviário > tubular • Frequência (quantidade de movimentações programadas): tubular > rodoviário > ferrovia > aéreo > hidroviário • Regularidade (confiabilidade de cumprimento de prazos): tubular > rodoviário > ferroviário > hidroviário > aéreo • Capacidade (versatilidade para qualquer tipo de carga): hidroviário > ferroviário > rodoviário> aéreo > tubular • Disponibilidade (atendimento de qualquer origem e destino): rodoviário > ferroviário > aéreo> hidroviário > tubular. Matriz do transporte de cargas no Brasil No Brasil, de acordo com as características da malha viária, é a seguinte a distribuição típica de cargas por modalidade: (1) 61,1% pela via rodoviária (485.625 milhões de TKU) (2) 20,7% pela via férrea (164.809 milhões de TKU) (3) 13,6% pela hidrovia ou cabotagem (108.000 milhões de TKU) (4) 4,2% pela via tubular (33.300 milhões de TKU) e (5) 0,4% pela via aérea (3.169 milhões de TKU). Transporte Intermodal e Multimodal Intermodal: é a integração dos serviços de mais de um modal em que o embarcador contrata cada transportador separadamente e assume a responsabilidade por seu transporte. Multimodal: é a integração dos serviços de mais de um modal em que a responsabilidade do transporte é do OTM – Operador de Transporte Multimodal. Vantagens do transporte multimodal: melhor utilização da capacidade disponível da matriz de transporte; utilização de combinações de modais mais econômicos; ganhos de escala e negociação do transporte; redução dos custos indiretos. Unidade 4 – Panorama logístico brasileiro e o “Custo Brasil” Logística no Brasil Após os anos 90, a logística passa por um processo revolucionário, tanto em termos de práticas gerenciais quanto da eficiência, qualidade e disponibilidade da infraestrutura de transporte e comunicações. Os principais fatores que impulsionaram o processo de mudança foram: a explosão do comercio internacional, a estabilização econômica (Plano Real) e as privatizações da infraestrutura. Líderes no processo de modernização: indústria automobilística e grande varejo (ECR- Brasil) Investimentos para aprimoramento das operações logísticas – Processos de automação e comunicação – Processos de interligação e cooperação – Uso efetivo de código de barras – Uso de roteirizadores, EDI e sistemas de rastreamento por satélite por parte das transportadoras rodoviárias. O que significa o Custo Brasil? O custo Brasil é um termo genérico, usado para descrever o conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que encarecem o investimento e os negócios internacionais do Brasil, dificultando o desenvolvimento nacional, aumentando o desemprego, o trabalho informal, a sonegação de impostos e a evasão de divisas. Fatores de elevação dos custos logísticos e do custo Brasil: infraestrutura logística deficitária; ineficiência de portos, rodovias, ferrovias e aeroportos; deficiência no planejamento dos investimentos; mão-de-obra pouco qualificada; legislação fiscal e tributária complexa (carga elevada de impostos e em cascata;)insegurança: roubo de cargas e mercadorias em trânsito; corrupção / burocracia. O contexto da logística brasileira: O crescimento da economia e a consequente pressão na infraestrutura de transportes experimentados há alguns anos, além da recente paralização dos caminhoneiros, demonstraram as fragilidades existentes na logística de transporte no Brasil, fruto do insuficiente investimento realizado nos últimos 30 anos. Desafios de Capital Humano: É necessário investir em recursos humanos porque, em um mercado cada vez mais competitivo e exigente, a qualificação será o grande vetor para a eficiência. A rápida expansão do setor logístico, no entanto, revela uma grande carência de especialização na área. Unidade 5 – A distribuição física de mercadorias. Políticas de distribuição na cadeira de suprimentos. Definindo canais e formas de distribuição. Definindo os canais de distribuição: Ao se montar um modelo de canal de distribuição, uma das questões estratégicas é sobre o melhor canal, ou combinação de canais, que coloca o produto no mercado da forma mais competitiva possível. Definindo os canais de distribuição (fatores que devem ser considerados) 1. Características dos clientes (número, localização, padrões e volume de compra, reação); 2. Características do produto (tipo do produto, mercado do consumidor, volume de consumo); 3. Características dos intermediários (identificação e qualificação dos representantes, atacadistas e varejistas e vendedor próprio); 4. Características dos concorrentes (tipos de canais utilizados e características desses); 5. Características da empresa (tamanho, posição financeira, produtos, políticas); 6. Características do meio ambiente (condições econômicas e regulamentos) Distribuição escalonada: quando o canal de distribuição possui um ou mais armazéns centrais e centros de distribuição avançados (depósitos mantidos pela organização próximos aos mercados consumidores, contendo estoque dos seus produtos para distribuição imediata quando demandados). Distribuição direta (transbordo sem estocagem): quando os produtos são distribuídos de um ou mais armazéns centrais diretamente para o cliente ou por meio de instalações intermediárias Instalações intermediárias (CDs de passagem) a) Cross-docking – é uma instalação de passagem, onde cargas de diversos fornecedores são reunidas (consolidadas) para entrega a clientes comuns ou são transportadas para outra instalação intermediária. b) Transit point – é uma instalação de passagem onde cargas consolidadas são separadas e distribuídas a clientes individuais c) Merge in transit - é uma extensão do conceito de cross-docking combinado com o sistema just-in-time. Eletem sido aplicado à distribuição de produtos de alto valor agregado, formado por multicomponentes que têm suas partes produzidas em diferentes plantas especializadas (estações de trabalho, formadas por CPUs, monitores e teclados). A operação merge in transit procura coordenar o fluxo de componentes, gerenciando os respectivos lead time de produção e transporte, para que estes sejam consolidados em instalações próximas aos mercados consumidores, no momento de sua necessidade, sem implicar estoques intermediários. As necessidades de coordenação são muito mais rigorosas que nos sistemas cross-docking tradicionais, e por isso utilizam o estadoda-arte em termos de sistemas de informação para rastreamento e controle de fluxos. O ciclo de abastecimento na cadeia de suprimentos: Na Cadeia Logística tradicional, ou “empurrada”, o ciclo do abastecimento inicia-se pelas previsões da área de vendas e marketing. A partir delas, a produção "empurra" o produto para o estoque, em seguida a área de vendas "empurra" o máximo possível de produtos ao canal de distribuição (atacadistas e varejistas) utilizando promoções, descontos sobre volume, vendas casadas, etc. O intermediário (atacadistas e varejistas) tentam "empurrar" adiante as mercadorias aos consumidores, utilizando estratégias de preços, promoções conjuntas com fabricantes, ações de marketing, etc. Normalmente os prazos de reposição são longos, os lotes de compras são grandes e os estoques são elevados para fazer frente às incertezas do mercado. Todos esses fatores são incompatíveis com requisitos de agilidade, flexibilidade e custos competitivos dos novos tempos do comércio eletrônico. Política de antecipação à demanda, tradicional ou distribuição “empurrada”: Caracterizada pela descentralização de estoques - localizados próximos aos clientes potenciais -, e pela utilização intensiva de carregamentos consolidados. O ciclo de abastecimento na cadeia de suprimentos: Na Cadeia Logística “puxada”, o abastecimento é feito diretamente a quem demandou o produto, por meio de pedidos junto à vendedores ou sítios de e-commerce. Normalmente não há intermediários, os lotes de compras são pequenos, chegando a ser unitários, e a entrega é expressa, permitindo agilidade, flexibilidade e custos competitivos dos novos tempos do comércio eletrônico. Política de resposta rápida ou distribuição “puxada”: Caracteriza-se por estoques centralizados, utilização intensiva de transportes expressos e pequena dependência de previsões de vendas. Unidade 6: Posicionamento logístico Um dos maiores investimentos de uma empresa e que tem um dos maiores períodos de retorno são as instalações. A localização das instalações é um fator crítico, pois determina custos fixos e variáveis durante a exploração do negócio. Existem quatro principais métodos para resolver problemas de localização de instalações (fábricas, armazéns, entrepostos e outras instalações): 1. Método do ponto de equilíbrio (break-even) O método do ponto de equilíbrio baseia-se na identificação dos custos fixos e variáveis para cada alternativa. Por meio da representação gráfica dos custos em função do volume de produção, é possível determinar a localização de menor custo. Os passos necessários para a análise de ponto de equilíbrio são: 1. Determinar os custos fixos e variáveis para cada localização; 2. Representar graficamente os custos para cada localização em função do volume de produção/vendas; e 3. Selecionar a localização que tiver o custo total mínimo para o volume de produção/vendas previsto. 2. Método do centro de gravidade Técnica matemática utilizada para determinar a localização de uma instalação produtiva que serve um conjunto de clientes, minimizando os custos de transporte. L = SQi * CTi * Li / SQi * CTi Onde: L = localização Q = quantidade (demanda média) CT = custo do transporte Este método leva em consideração a localização dos mercados, o volume de entregas previsto em cada mercado e os respectivos custos de transporte entre a instalação os pontos de destino. A primeira fase consiste na utilização de um sistema de coordenadas onde se identificam as localizações dos diferentes pontos de entrega. O mesmo se passa no início do popular jogo de batalha naval, em que começamos por distribuir os diferentes barcos por uma matriz com coordenadas de linha e coluna. 3. Método dos transportes Um método de programação linear baseado nas técnicas estudadas através de Matemática Aplicada. O objetivo do método dos transportes é determinar o melhor plano de expedição, a partir de pontos de produção/armazenagem (fonte), para pontos de venda (destino), de forma a minimizar os custos totais de produção e transporte. 4. Método baseado na ponderação de diversos fatores Este método consiste em definir os atributos desejáveis, e sua escala de importância, à localidade procurada e por meio da ponderação de tais fatores aplicada aos imóveis disponíveis definir a melhor escolha.
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