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LOGÍSTICA INTEGRADA UNIDADE - 2 TÓPICO 1 – GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS TÓPICO 2 – ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS TÓPICO 3 – CUSTOS LOGÍSTICOS GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS A gestão em logística se destaca na gerência da cadeia de suprimentos por ser responsável pela movimentação dos produtos na empresa. Toda a movimentação da cadeia logística está diretamente ligada ao sistema produtivo da empresa e sofre influência dos seus fatores internos e externos. Entre os fatores externos está toda a rede de distribuição dos fornecedores da empresa, e entre os fatores internos está a movimentação dos insumos, adquiridos pelos fornecedores para o processo de produção e que devem impactar de forma positiva nos resultados da empresa. GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS A cadeia de suprimentos é constituída por um conjunto de atividades funcionais, tais como transportes, controle de estoques, entre outros, que se repetem diversas vezes durante o processo pelo qual matérias-primas são transformadas em produtos prontos para serem disponibilizados ao consumidor com valor agregado. GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS alguns processos fundamentais precisam estar conectados [...]”, para que ocorra a sincronização da cadeia de suprimentos: • Planejamento e programação: posicionamento/visibilidade da matéria-prima, planejamento avançado, programação, previsão, gerenciamento da capacidade. • Design: designmecânico, design elétrico, design para a cadeia de suprimentos, seleção de componentes. • Lançamento de um novo produto: gerenciamento da lista de matérias-primas, prototipagem, validação do design, testagem, validação da produção, ajustes e mudanças necessárias para que o novo produto seja manufaturado e distribuído ao nível máximo da capacidade. • Gerenciamento do conteúdo do produto: geração de mudanças, avaliação do impacto da mudança, comunicação sobre a mudança do produto, interrupção/desaceleração da mudança. • Gerenciamento do pedido: captação/configuração do pedido, disponibilidade, acompanhamento do pedido, gerenciamento de exceções. • Aquisições e compra de matéria-prima: gerenciamento do fornecedor aprovado, aquisições estratégicas, seleção de fornecedores, seleções de componentes. (COOKSON, 2001 apud CHRISTOPHER, 2010, p. 179). IMPLEMENTAÇÃO DA CADEIA DE LOGÍSTICA INTEGRADA Coronado (2000) aborda que os excelentes resultados obtidos pelas empresas que já conseguiram implementar na prática são uma garantia de que este não é apenas mais um modismo gerencial. É um assunto que vem despertando a atenção da alta cúpula nas grandes e mais modernas empresas internacionais, pela redução de custos e melhoria dos serviços na cadeia. Uma das fases mais importantes na implementação deste conceito é a montagem de equipes. Para atingir o máximo de eficiência e extrair todo o potencial, a empresa deve permanecer ligada aos participantes externos na cadeia de suprimentos. Esses participantes são fornecedores, distribuidores, atacadistas, prestadores de serviços e clientes. CICLO DE PEDIDOS Um dos maiores desafios que atualmente se impõe às organizações é a necessidade de responder a níveis cada vez maiores de volatilidade na demanda. Por várias razões, os ciclos de vida dos produtos e da tecnologia estão diminuindo, pressões competitivas forçam, com frequência, mudanças nos produtos, e os consumidores demandam variedades como jamais se viu. CICLO DE PEDIDOS Por sua vez, quando existe a previsibilidade da demanda de produtos, os tempos para reabastecimento são curtos e a melhor ferramenta de gestão da cadeia de suprimentos responsiva é o tipo kanban. O sistema kanban é um sistema que, por medidas de sinalização, controla os fluxos de produção ou transportes em uma indústria. Esta é uma filosofia de reabastecimento de forma continuada, na qual a reposição dos materiais é feita à medida que o produto é vendido ou usado (isso ocorre em casos extremos de administração da cadeia de suprimentos) SISTEMAS “EMPURRADOS” VERSUS SISTEMAS “PUXADOS” Em logística de suprimentos temos o chamado sistema “empurrado” versus sistema “puxado”, e determinada atividade, ao completar o seu ciclo, obedece ao cumprimento de várias etapas de desenvolvimento. Nenhum tipo de atividade em cadeia de suprimentos deverá iniciar ou ocorrer sem que haja a emissão de um determinado pedido ou uma necessidade de um cliente para que ocorra o início desses eventos no ciclo logístico de suprimentos. SISTEMAS “EMPURRADOS” VERSUS SISTEMAS “PUXADOS” Assim, nenhum produto deve ser produzido, nenhum componente encomendado, até que haja um pedido à jusante. Basicamente, o JIT é um conceito de “puxar”, em que a demanda, no término do canal, puxa os produtos em direção ao mercado e, por trás desses produtos, o fluxo de componentes também é determinado pela mesma demanda. Isso contrasta com o tradicional sistema “empurrado”, em que os produtos são fabricados ou montados em lotes antes da demanda e posicionados na cadeia de suprimentos como “estoques de segurança” entre várias funções e atividades [...]. SISTEMAS “EMPURRADOS” VERSUS SISTEMAS “PUXADOS” o controle de estoque puxado resulta em níveis reduzidos de estoque nos pontos de armazenagem devido à sua reação às condições de demanda e custos específicas de cada um desses pontos. [...] Especificamente, será estabelecido um contraste entre: 1) demanda única, altamente sazonal, ou perpétua; 2) ordens de compras desencadeadas por um determinado nível de estoque ou por um processo de revisão de nível de estoque; 3) o grau de incerteza em demanda e no tempo médio de reposição. SISTEMAS “EMPURRADOS” VERSUS SISTEMAS “PUXADOS” No caso da produção puxada ocorre o inverso da produção empurrada. Neste caso, o ponto de partida é o mercado consumidor. Exemplo disso são os produtos sob medida, como a fabricação de móveis. O Kanban é um sistema “puxado” direcionado pela demanda no ponto mais próximo ao cliente. SISTEMAS “EMPURRADOS” VERSUS SISTEMAS “PUXADOS” Produção Empurrada é determinado a partir do comportamento do mercado. Neste modelo, a produção em uma empresa começa antes da ocorrência da demanda pelo produto. A produção puxada controla as operações fabris sem a utilização de estoque em processo. Neste modelo, diferentemente da produção empurrada, o fluxo de materiais ganha relevante importância. Aqui, a demanda gerada pelo cliente é o “start” da produção. Gestão de fornecedores Para que esta relação com os fornecedores seja viabilizada com sucesso, é fundamental, primeiramente, a identificação dos potenciais da empresa que possam trazer diferenciação perante a concorrência e os clientes. Desse modo, as cadeias são ajustadas com base no foco de atuação no mercado, e a partir daí os fornecedores dessa empresa poderão ser claramente selecionados conforme o grau de aderência. Gestão de fornecedores Para que esta relação com os fornecedores seja viabilizada com sucesso, é fundamental, primeiramente, a identificação dos potenciais da empresa que possam trazer diferenciação perante a concorrência e os clientes. Desse modo, as cadeias são ajustadas com base no foco de atuação no mercado, e a partir daí os fornecedores dessa empresa poderão ser claramente selecionados conforme o grau de aderência do core business (significa negócio central ou principal da organização e foco dado a este). Planos de resultados são mensurados com base em: a) disponibilidade; b) desempenho operacional; e c) serviço confiável. Gestão de Fornecedores As empresas estão cada vez mais racionalizando sua base de fornecedores. Empresa e fornecedores estão estreitando suas relações e criando sistemas de parceria em que ambos atuam de forma harmoniosa, na busca de qualidade, preço, tempo de entrega exato e muitos outros atributos que fazem parte da logística de suprimento. Gestão de Compras A área de compras existe com a finalidade de adquirir serviços, materiais e mercadorias solicitados por outros departamentos da empresa. Cabe ao gestor da área de compras viabilizar as compras necessáriasao andamento das atividades da empresa, no mercado, buscando os melhores fornecedores com o intuito de agregar valores, refletindo no resultado econômico específico e global. Gestão de Compras Para tanto, existem várias formas de se efetuar o processo de compras, às quais o gestor deve estar atento (TEIXEIRA, 2012), que são: • Compras de emergência: são realizadas com urgência devido a uma necessidade surgida inesperadamente. É uma situação que pode resultar em desvantagem de valores na negociação com o fornecedor. Compras especulativas: são feitas com base em especulações sobre um futuro aumento de preços, sem que a necessidade de aquisição de determinado produto ou serviço se apresente naquele período. Gestão de Compras Compras contratadas: são compras feitas mediante contrato com datas determinadas para a entrega dos produtos. Compras de reposição: são aquisições de mercadorias com comportamento estável de vendas. É amplamente utilizada no comércio, por exemplo, em supermercados. Gestão de Compras Também se deve atentar para uma avaliação criteriosa na escolha dos melhores fornecedores antes de definir a compra, pois existem condições necessárias a ser observadas, tais como: • preço justo e que ofereça condições de estabelecer um preço de venda competitivo e obter uma boa margem de lucro; • qualidade dos produtos ou mercadorias; • quantidade suficiente para suprir as necessidades de produção e vendas de um determinado período; • prazos de entrega satisfatórios; • prazos de pagamento acessíveis que não comprometam o capital de giro próprio. Gestão de Compras Também se deve atentar para uma avaliação criteriosa na escolha dos melhores fornecedores antes de definir a compra, pois existem condições necessárias a ser observadas, tais como: • preço justo e que ofereça condições de estabelecer um preço de venda competitivo e obter uma boa margem de lucro; • qualidade dos produtos ou mercadorias; • quantidade suficiente para suprir as necessidades de produção e vendas de um determinado período; • prazos de entrega satisfatórios; • prazos de pagamento acessíveis que não comprometam o capital de giro próprio. ESTRATÉGIAS PARA ADMINISTRAÇÃO DE ESTOQUES A preocupação que os gestores precisam ter em relação aos estoques da empresa está pautada em saber o momento certo para aquisição das mercadorias, o volume mínimo necessário das quantidades de mercadorias, para evitar estoques em demasia e o nível de segurança dos estoques mínimos que a empresa precisa manter para atender a demanda da produção. Além disso, o montante de capital investido em estoque também faz parte das preocupações do gestor da empresa. ESTRATÉGIAS PARA ADMINISTRAÇÃO DE ESTOQUES Tomemos um determinado produto que tenha realizado vendas anuais na ordem de R$ 1.000.000,00 com um investimento médio em estoque no valor de R$ 100.000,00. Isso representa um giro médio de investimentos em 10 vezes durante um ano, o que significa que o estoque foi reposto 10 vezes durante esse período. Quando pedir a reposição do estoque - A programação just in time (JIT) é uma filosofia operacional que representa alternativa ao uso de estoques para que se possa cumprir a meta de disponibilizar os produtos certos, no lugar certo e no tempo certo. É uma maneira de gerenciar o canal de suprimentos de materiais popularizada a partir da experiência dos japoneses, que a desenvolveram com base nas circunstâncias econômicas e logísticas diferenciadas em seu país nos últimos 40 anos. Suas características principais: • relações privilegiadas com poucos fornecedores e transportadores; • informação compartilhada entre compradores e fornecedores; • produção/compra e transporte de mercadorias em pequenas quantidades são frequentes e se traduzem em níveis mínimos de estoques; • eliminação das incertezas sempre que possível ao longo do canal de suprimentos; •metas de alta qualidade. Quando pedir a reposição do estoque - Para isso buscamos em Bowersox, Closs e Cooper (2006, p. 247) a seguinte fórmula do ponto de reposição: R = D x T Onde R = Ponto de reposição em unidades D = Demanda média diária em unidades T = Duração média do ciclo de desempenho em dias Quando pedir a reposição do estoque - Imaginemos uma demanda de 40 unidades ao dia com um ciclo de desempenho de 10 dias. Qual é a quantidade a ser pedida? R = D x T R = 40 unidades ao dia x 10 dias R = 400 unidades em 10 dias Quanto pedir na reposição do estoque Matematicamente, esta relação de quantidades é apurada com uma fórmula padrão para o LEC, apresentada por Bowersox, Closs e Cooper (2006, p. 248), conforme a seguir LEC = Lote Econômico de Compra Co = Custo por pedido Ci = Custo anual de manutenção do inventário D = Volume anual de vendas, unidades U = Custo por unidade Quanto pedir na reposição do estoque Vamos aplicar esta fórmula em um exemplo prático, onde o custo por pedido é R$ 19,00, o volume de vendas anual é 2.400 unidades, o custo anual de manutenção do inventário é estimado em R$ 0,20 e o custo de cada unidade das peças de reposição é de R$ 5,00. Quanto pedir na reposição do estoque Vamos aplicar esta fórmula em um exemplo prático, onde o custo por pedido é R$ 19,00, o volume de vendas anual é 2.400 unidades, o custo anual de manutenção do inventário é estimado em R$ 0,20 e o custo de cada unidade das peças de reposição é de R$ 5,00. CUSTO DE MANUTENÇÃO DO ESTOQUE A manutenção do estoque também tem um custo a ser analisado pelos gestores logísticos, com especial observação para alguns itens importantes. Custo de capital. O aspecto mais controverso do custo de manutenção de estoque é a determinação da taxa de custo mais apropriada a ser aplicada ao capital investido. Impostos. Nos Estados Unidos, algumas regiões tributam estoque como propriedade enquanto está armazenado em instalações de distribuição. Seguro. Normalmente, o custo do seguro é calculado com base em estimativa de risco ou exposição a risco, em determinado período. Obsolescência. É a perda de utilidade de um produto armazenado que não está coberto por seguro. Armazenagem. O custo de armazenagem refere-se ao custo de permanência incorrido com as instalações, sem considerar o custo de manuseio dos produtos. CUSTO DE MANUTENÇÃO DO ESTOQUE Custos de aquisição: os custos com a aquisição de mercadorias para a reposição dos estoques são quase sempre uma significativa força econômica que determina as quantidades de reposição. Esses custos podem incluir: • o preço ou custo de fabricação do produto conforme as quantidades pedidas; • o custo de preparação do processo de produção; • o custo do processamento de um pedido pelos departamentos de contabilidade e compras; • o custo de transmissão do pedido ao ponto de ressuprimento, normalmente pela utilização de correios ou meios eletrônicos; • o custo do transporte do pedido quando as tarifas de transporte não fazem parte de compra dos produtos; e • o custo de qualquer manuseio ou processamento dos produtos no ponto de recepção. CUSTO DE MANUTENÇÃO DO ESTOQUE Custos de manutenção: os custos de manutenção dos estoques são aqueles resultantes do armazenamento, ou propriedade, de produtos durante um determinado período, proporcionais à média das quantidades de mercadorias disponíveis. Custos de falta de estoques: esses custos ocorrem quando um pedido não pode ser atendido a partir do estoque ao qual é normalmente encaminhado. São dois os tipos desses custos: o das vendas perdidas e o de pedidos atrasados. POLÍTICAS DE GERENCIAMENTO DE ESTOQUE O gerenciamento de estoques é o processo integrado pelo qual são obedecidas as políticas da empresa e da cadeia de valor com relação aos estoques. A abordagem reativa ou provocada usa a demanda dos clientes para deslocar os produtos por meio dos canais de distribuição. Assim, não há necessidade de grandes volumes de estoque se o próprio canal de distribuição tem determinados clientes ou mercados que já têm uma quantidade de consumo regular de estoques TIPOS DEESTOQUES a) Produtos acabados São produtos fabricados pela própria empresa e que se encontram prontos e disponíveis para a venda. Podem estar estocados na fábrica, em depósitos, em filiais ou em consignação com terceiros. b) Mercadorias para revenda Compreendem os produtos que são adquiridos de terceiros com o objetivo de revende-los, sem que ocorra qualquer processo de transformação na empresa. c) Produtos em elaboração Este tipo de estoque envolve todas as matérias-primas requisitadas que estão em processo de transformação. “Correspondem a todos os itens que já entraram no processo produtivo, mas que ainda não são produtos acabados. São os materiais que começaram a sofrer alterações, sem, contudo, estar finalizados. TIPOS DE ESTOQUES d) Matérias-primas É o conjunto de matérias-primas ou materiais mais importantes e essenciais que sofrem transformações no processo produtivo. Sua composição e natureza são diversificadas e dependem do ramo de atuação da indústria. Normalmente, representa um valor significativo em relação ao total dos custos da produção. e) Materiais de acondicionamento e embalagem São todos os materiais utilizados na embalagem do produto ou no seu acondicionamento para remessa. TIPOS DE ESTOQUES f) Materiais auxiliares Correspondem aos estoques de materiais utilizados no processo industrial considerados de menor importância. Estes itens podem ser apropriados diretamente ou não ao produto e são caracterizados por não terem uma representação significativa no valor global do custo de produção e pela dificuldade de serem identificados fisicamente no produto. g) Manutenção e suprimentos gerais Refere-se aos estoques de materiais utilizados em consertos, lubrificação, pintura, enfim, na manutenção de máquinas, equipamentos, edifícios etc. h) Almoxarifado Cada empresa tem as suas peculiaridades e necessidades, e o almoxarifado engloba todos os itens de estoque de consumo geral. Exemplo: produtos de alimentação do pessoal, materiais de escritório, peças em geral e uma variedade de itens. ARMAZENAGEM A armazenagem consiste em um conjunto de atividades relacionadas à administração do espaço necessário para manter os estoques. Ao projetar um armazém, deve-se atentar para os seguintes itens: • localização; • dimensão da área; • arranjo físico e baias de atracação; • equipamentos para movimentação; • tipo e sistemas de armazenagem; • sistemas informatizados para localização de estoques; e •mão de obra disponível. ARMAZENAGEM A armazenagem consiste em um conjunto de atividades relacionadas à administração do espaço necessário para manter os estoques. Ao projetar um armazém, deve-se atentar para os seguintes itens: • localização; • dimensão da área; • arranjo físico e baias de atracação; • equipamentos para movimentação; • tipo e sistemas de armazenagem; • sistemas informatizados para localização de estoques; e •mão de obra disponível. MOVIMENTAÇÃO (TRANSPORTE) O planejamento de transporte deve levar em conta muitos fatores, entre os quais destacamos os mais importantes: • estabelecer o que transportar em peso e volume mensal, semanal e diariamente; • definir o tipo de transporte a ser utilizado (rodoviário, ferroviário, aéreo, marítimo ou fluvial); • definir o tipo de veículo a ser utilizado; • determinar as distâncias mínimas e máximas a ser percorridas; • estabelecer as entregas e retiradas com bloqueio de horário; • programar primeiramente as entregas e retiradas com horário preestabelecido; • definir tráfego e horário para carga perigosa ou perecível; • executar o PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai); • definir a necessidade de criação de entreposto, armazém regional ou distrital; • determinar a porcentagem do custo de transporte sobre o faturamento líquido da empresa; MOVIMENTAÇÃO (TRANSPORTE) • Modal – é o deslocamento de carga por um único meio de transporte, em que cada transportador emite seu próprio documento de transporte. • Intermodal – é o deslocamento de carga por vários meios de transporte, em que um único transportador organiza o transporte desde o ponto de origem, via um ou mais pontos de interligação, até o ponto ou porto final. • Multimodal – quando o transportador que organiza o transporte assume inteira responsabilidade pelo transporte “porta a porta” e emite um documento único de transporte, o Conhecimento de Transporte Multimodal de Cargas (CTMC). MOVIMENTAÇÃO (TRANSPORTE) a) Modal aéreo É o tipo de transporte adequado para mercadorias de alto valor agregado, pequenos volumes ou com urgência na entrega. b) Modal ferroviário É viabilizado por estradas de ferro. Embora seja vantajoso por seu menor custo de frete, infelizmente a malha ferroviária brasileira é muito pequena, aproximadamente 29.000 km, sendo que no estado de São Paulo há cerca de 5.400 km. c) Modal hidroviário (fluvial) É usado principalmente no transporte de soja, óleo vegetal, trigo, milho, açúcar, cana-de-açúcar, sorgo, madeira e outros. Possui baixo custo do frete, d) Modal marítimo É muito utilizado no comércio internacional ou de longo curso. Inclui os navios de tráfego regular, pertencentes a conferências de frete e) Modal rodoviário No Brasil representa o maior tipo de modal de transporte, com cerca de 62% da carga transportada. O MOVIMENTAÇÃO (TRANSPORTE) f) Modal dutoviário Essa modalidade de transporte é uma das formas mais econômicas de transporte para grandes volumes, como óleo, gás natural e derivados, se comparados com os modais rodoviário e ferroviário. Pode ser dividido em: 1. Oleodutos, que transportam, em sua maioria, petróleo, óleo combustível, gasolina, diesel, álcool, querosene, GLP, nafta e outros. 2.Minerodutos, que transportam sal-gema, minério de ferro e concentrado fosfático. 3. Gasodutos, que transportam gás natural. O Gasoduto Brasil-Bolívia (2.950 km de extensão) é um dos maiores do mundo. MOVIMENTAÇÃO (TRANSPORTE) g) Transporte combinado É o transporte de carga em um único carregamento ou veículo, através de uma combinação entre modais rodoviário/ferroviário/ aquaviário. h) Transporte segmentado Quando a prestação de serviços for realizada por mais de um meio de transporte, emitindo cada transportador o conhecimento de transporte e assumindo a responsabilidade de transportar a mercadoria no trajeto que lhe competir acontece o transporte segmentado. i) Transportes sucessivos Quando a mercadoria, para alcançar o destino final, necessitar ser transportada para prosseguimento em veículo da mesma modalidade de transporte, regido por um único contrato, existe transporte sucessivo. Manuseio de materiais O manuseio ou movimentação interna é o transporte de pequenas quantidades de bens, em curtas distâncias, em depósitos, fábricas, lojas e no transbordo entre modais de transporte. a) Equipamentos de movimentação Os mais comuns entre os equipamentos mecânicos são: 1. Empilhadeiras e tratores: 2. Transportadores e esteiras: utilizados para bens pequenos e pesados, os transportadores são o segundo método mais popular de movimentação interna de produtos. 3. Guinchos e semelhantes: esse método de manuseio interno não se limita à operação em superfície, mas em área de armazenagem, não necessitando de corredores Manuseio de materiais b) Equipamentos auxiliares Equipamentos auxiliares diminuem o dano no manuseio, otimizam espaços de armazenagem, oferecendo boa organização de itens, com fácil reconhecimento e manuseio. Como exemplo, podem-se citar: os porta-paletes, sem prateleiras.... CUSTOS LOGÍSTICOS Os principais custos logísticos são originados pelas atividades de transporte e de manutenção de estoques. Pesquisas indicam que os transportes são responsáveis, em média, por 1/3 a 2/3 dos custos logísticos totais. Da mesma maneira, os custos referentes à manutenção de mercadorias em estoque podem representar, em média, 1/3 a 2/3 dos custos logísticos. O restante dos custos logísticos é originado pelas atividades de processamento de pedidos, de embalagem, de troca de informaçõesetc. Os custos logísticos gerais envolvem os custos de armazenagem ou permanência da mercadoria no ponto de origem, onde permanece à espera do embarque para ser levada ao local definido e ocorra um embarque para o exterior COMPENSAÇÃO DE CUSTOS Os custos de estoque também aumentam com o número de armazéns, mais estoques são necessários para manter a mesma disponibilidade de mercadorias do que quando o número de armazéns for menor. Já os custos de processamento de pedidos sofrem aumento com o maior número de depósito, servem como um ponto de processamento de pedidos. Quando uma empresa de logística tem necessidade de conhecer se ela deve ou não adotar o método de custeio ABC para que se processem os custos dos seus produtos e serviços CONCEITO DE CUSTO TOTAL O custo total para determinado número de armazéns nos sistemas de distribuição é o somatório dos três custos (transportes, estoques e processamento de pedido), formando o custo total. ACTIVITY BASED COSTING (CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES OU ABC) O custeio baseado em atividades, procura aprimorar o custeamento dos produtos, através de mensurações corretas dos custos fixos indiretos, em cima das atividades geradoras desses custos. o “ABC é um método de rastrear os custos de um negócio ou departamento para as atividades realizadas e de verificar como estas atividades estão relacionadas para a geração de receitas e consumo de recursos” ACTIVITY BASED COSTING (CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES OU ABC) Com base nessas definições, pode-se concluir que o custeio ABC é um método ou sistema de custeio capaz de apurar o custo das atividades operacionais e de custear os produtos ou serviços com base nessas atividades, fornecendo informações úteis à tomada de decisões no sentido da melhoria dos processos das organizações A finalidade do custeio ABC Com base nessas definições, pode-se concluir que o custeio ABC é um método ou sistema de custeio capaz de apurar o custo das atividades operacionais e de custear os produtos ou serviços com base nessas atividades, fornecendo informações úteis à tomada de decisões no sentido da melhoria dos processos das organizações. O custeio ABC foi concebido inicialmente (primeira versão) para apurar o custo das atividades desenvolvidas para a produção de bens e/ou serviços pelos processos operacionais. Posteriormente (segunda versão), sua preocupação evoluiu no sentido de fornecer informações úteis à tomada de decisão para a melhoria dos processos das organizações. A finalidade do custeio ABC Para Martins (2000), a segunda versão do ABC veio corrigir esta deficiência, pois ela foi desenvolvida para suprir as informações necessárias para haver duas visões: 1) a visão econômica de custeio, que trata da apropriação dos custos aos objetos de custeio através das atividades realizadas em cada departamento; e 2) a visão de aperfeiçoamento de processos, que apura os custos dos processos através das atividades realizadas nos vários departamentos funcionais. ÓTIMA AVALIAÇÃO!
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