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ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA BENS PÚBLICOS E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS Sophia Esther Lopes de Lima RA – 5700584 Resenha crítica sobre as penalidades administrativas a serem aplicadas ao contratado em contratos administrativos, nos termos da Lei 8.666 de 1993, com especial enfoque sobre a controvérsia jurisprudencial e doutrinária acerca das penalidades de declaração de inidoneidade e suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração. Para a celebração dos contratos administrativos, existem medidas punitivas que podem afetar as contratações. Em consonância com o artigo 86 da Lei nº 13.303 de 2016, há sanções de advertência, multa, suspensão temporária e declaração de inidoneidade, que têm como finalidade resguardar o interesse público e coibir práticas que violem as relações administrativas. A advertência é a sanção menos gravosa e é utilizada para infrações mais leves praticadas durante o contrato, não ensejando a rescisão imediata do acordo, salvo se reiterada. Já a multa é uma sanção pecuniária, que será aplicada pelo atraso na execução do trabalho ou pela inexecução do contrato. Inicialmente, a advertência é uma sanção de menor gravidade, aplicada para punir infrações leves durante o contrato, em caso de defeitos na execução, sem acarretar a rescisão imediata do contrato, salvo se ocorrerem repetidamente. Já a penalidade pecuniária é uma sanção que será aplicada em caso de atraso na execução do trabalho ou na inexecução do contrato. As duas últimas sanções, que são mais graves, são aplicadas após a observância dos princípios do devido processo legal, e o punido fica impedido de participar de licitações e contratar com a Administração Pública. Cumpre destacar que a diferença entre as sanções reside principalmente no prazo de aplicação, sendo de dois anos para a suspensão temporária e por tempo indeterminado para a declaração de inidoneidade, que perdura até que seja cessada a motivação da penalidade e o ressarcimento dos danos causados. Quanto aos efeitos, a suspensão temporária tem impacto apenas no âmbito do órgão sancionador, enquanto a declaração de inidoneidade afeta todo o âmbito da Administração Pública. É importante ressaltar que as divergências e controvérsias doutrinárias e jurisprudenciais sobre essas penalidades estão relacionadas diretamente à extensão dos seus efeitos. A discussão em torno desse assunto gira em torno de diferentes entendimentos jurídicos sobre as penalidades aplicadas em casos de infrações em contratos administrativos. Enquanto o Tribunal de Contas da União e o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo limitam os efeitos da suspensão temporária apenas ao órgão sancionador e a declaração de inidoneidade para toda a Administração Pública, o Superior Tribunal de Justiça entende que a suspensão da participação em concorrências não pode ser restrita a um único órgão, podendo os efeitos da penalidade se estender a qualquer outra entidade governamental. Essas divergências jurídicas geram controvérsias e discussões doutrinárias acerca da extensão dos efeitos dessas penalidades sendo necessário estender tais responsabilidades à outros tribunais para que outros entendimentos jurídicos a respeito sejam analisados e assim se obtenha um consenso a respeito de como as sanções devem ser aplicadas e por quais órgãos.
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