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Inflamação e AINES - Farmacologia

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Farmacologia
Tripé da farmacologia: Eficácia, segurança e
acessibilidade
→ A RENAMI disponibiliza uma lista de fármacos
disponíveis, no caso dos AINES geralmente os
municípios compram somente dois de cada classe ou
seja, não é porque está na RENAMI que está em
todas as UBS, na aula vai ser considerado aqueles
que estão na RENAMI
→ A escolha do médico deve sempre levar em conta
o que está disponível na atenção básica
AINES:
→ São antiinflamatórios não esteroidais, por que não
possuem origem do colesterol como o cortisol etc.
→ Existem diversas classes diferentes, e por isso
pode ter alergia a um AINE e outro não.
Inflamação:
O processo inflamatório é uma resposta a uma lesão,
a qual pode ser provocada por diferentes agentes
(físico, químico, biológico). O processo inflamatório
pode ser dividido em 3 etapas:
1) fase aguda, caracterizada por uma vasodilatação
local e uma permeabilidade capilar aumentada;
2) fase subaguda caracterizada pela infiltração de
leucócitos e células fagocitárias;
3) fase crônica proliferativa na qual ocorre a
degeneração do tecido e fibrose.
Quando nos ferimos/cortamos ativamos uma enzima
chamada fosfolipase A2, ela degrada e transforma
os fosfolipídios da membrana celular lesionada em
ácido araquidônico.
O ácido araquidônico serve como substrato - pode ser
metabolizado por dois grupos de enzimas:
LOX (lipoxigenase) : Usa o ácido araquidônico para
dar origem a Leucotrienos
→ A LOX está concentrada no pulmão, e a
principal ação dos leucotrienos está no pulmão,
promovem broncoconstrição, aumentam a
secreção de muco, produzem resposta
inflamatória no pulmão, induzem a quimiotaxia etc.
COX (cicloxigenase): Usa o ácido araquidônico para
dar origem as prostaglandinas, existem 3
isoformas da COX
COX 1: Enzima constitutiva, ou seja, é uma enzima
que compõe o nosso corpo, ela produz produtos que
são essenciais para o bom funcionamento do nosso
corpo. As COX (cicloxigenase) produzem diferentes
tipos de prostaglandinas (PG) constitutivas. As
principais PG produzidas pela COX 1 são:
● PGE2 → Atua no TGI mediando a
produção de muco e bicarbonato
● TXA2 → (tromboxano A2), a principal
função é estimular a agregação plaquetária
e promover a vasoconstrição. O
tromboxano A2 é produzida dentro das
plaquetas, ou seja, essa COX 1 está
dentro das plaquetas
→ As demais COX 1 está nos outros tecidos,
de forma abundante no corpo, pois é
constitutiva
COX 2: Possui papel duplo, é tanto constitutiva
quanto induzível. Enquanto constitutiva está
predominantemente nos tecidos renais,
principalmente artérias e arteríolas.
Enquanto constitutiva produz principalmente a
PGI2 que tem como principal função fazer a
vasodilatação (principalmente) e inibir a
agregação plaquetária. É ela quem protege os
néfrons contra a elevação da PA
→ A COX 2 é chamada de induzível pois não está
muito presente nos tecidos, mas se um tecido for
lesionado, há alterações na transcrição gênica
que produzem muita COX 2, por que ela
consegue produzir muitas PGLs, que atuam na
vasodilatação, quimiotaxia, etc.Importante para a
inflamação
→ No SNC também existem COX, na literatura é
chamado de COX 2 central, COX central ou COX
3. Na aula vamos usar COX central ou COX 3.
Nem todos os fármacos que agem nas COX
periféricas conseguem agir na COX central.
A febre é produzida pela COX central, então usar
AINES de ação periférica nunca irá ser efetivo
contra febre, costuma-se usar dipirona ou
paracetamol que agem na COX central,
entretanto, esses dois não conseguem inibir as
COX periféricas, por isso precisa separar os
AINES de acordo com seus alvos terapêuticos,
e também por isso muitas vezes em infecções
são usados dois AINES diferentes.
COX 1 produz PGI2 mas em pouca quantidade,
ela é mais produzida pela COX 2
Quando a PGE2 é produzida pela COX central ela
age no SNC e possui vários receptores, acaba
causando febre no hipotálamo, então a sua
ação depende do receptor de cada tecido, que
traz respostas diferentes. “o mediador químico é
o mesmo, o que muda é o receptor em cada
tecido, produzindo respostas diferentes”
A prostaglandina não ultrapassa a barreira
hematoencefálica, o que há lá foi produzido por
COX centrais, e as periféricas agem somente de
forma periférica - por isso quando há situações
de febre e inflamações
periféricas precisa usar
dois AINES, um com
ação sobre COX central e
outro com ação sobre as
COX periféricas
EUCOSANOIDES
Os eucosanoides,
importantes mediadores do
processo inflamatório, são
formados a partir do ácido araquidônico (AA),
liberado dos fosfolipídios de membranas celulares
pela ação da enzima fosfolipase A2 (PLA2).
O AA serve de substrato para quatro grupos de
enzimas:
** ciclo-oxigenase (COX),
** 5-lipoxigenase (5-LOX),
** 12-lipoxigenase (12-LO),
** 15-lipoxigenase (15-LO).
Por meio de uma série de reações em cascata são
formados os mediadores pró-inflamatórios:
prostaglandinas (PG), tromboxanos (TX) e
leucotrienos (LT).
Há duas isoenzimas COX distintas capazes de
converter AA em endoperóxido de prostaglandina.
A PGH sintase-1 (COX-1) é expressa
constitutivamente na maioria das células. Por
outro lado, a PFG sintase-2 (COX-2) é indutível;
sua expressão varia em função do estímulo.
A COX-2 é um produto gênico de resposta
imediata acentuadamente regulada por força de
cisalhamento, fatores de crescimento, promotores
tumorais e citocinas. COX-2 também tem ação
constitutiva: a COX-2 endotelial é a fonte
primária das prostaciclinas vasculares (PGI2),
enquanto os prostanóides derivados da COX-2
renal são importantes para o desenvolvimento
normal dos rins e para a manutenção da função
renal.
Os eucosanoides atuam sobretudo de formas
autócrina e parácrina, ou seja, na proximidade de
seu local de síntese. Os eucosanoides ligam-se
a receptores na superfície celular, e a
especificidade farmacológica é dada pela
densidade e tipo de receptor nas diferentes
células.
Anti-inflamatórios:
O tratamento de pacientes com inflamação
envolve dois objetivos:
● Aliviar os sintomas e preservar a
função, que em geral constituem as
principais queixas constantes do paciente;
● Retardar ou deter o processo
responsável pela lesão tecidual.]
Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs)
constituem atualmente a classe de medicamentos
mais prescrita no mundo por seus efeitos
analgésicos e anti-inflamatórios. Facilidade de
acesso.
Em geral, os AINES inibem de forma variável as
duas isoformas da COX (COX 1 e COX 2) em
suas dosagens terapêuticas. Eles também
antagonizam os receptores de PG, reduzem a
permeabilidade capilar, diminuindo o edema e a
vermelhidão, e inibem a liberação de PGE no
SNC o que leva a redução do estado febril.
Exceto o AAS, que faz uma inibição irreversível
das COX, outros AINES é reversível
Mecanismos adicionais:
✓ inibição da quimiotaxia,
✓ infra regulação da produção de
interleucina-1 (IL-1),
✓ produção diminuída de radicais
livres e superóxido,
✓ interferência nos eventos
intracelulares mediados pelo cálcio.
A escolha de um AINE exige a
consideração de sua eficácia,
custo-eficiência, segurança e de
vários fatores pessoais (p. ex., outros
fármacos que também estejam sendo
administrados, doença concomitante,
adesão ao tratamento, acesso), de
modo que não existe um AINE
melhor para todos os pacientes.
Entretanto, pode haver um ou dois
AINEs mais apropriados para determinado
indivíduo.
ATIVIDADE ANTIPIRÉTICA: Durante uma reação
inflamatória, as endotoxinas bacterianas
induzem os leucócitos a liberarem
interleucinas e TNF( IL-1,6 – pirogênios
endógenos que aumentam as concentrações e
atividades das COXs – formam PGE2, que no
hipotálamo estimulam a produção de
neurotransmissores que elevam a
temperatura).
→ As interleucinas estão muito associadas à
elevação da temperatura/febre. Bactérias liberam
interleucinas
ATIVIDADE ANALGÉSICA: Diminuição da
produção de PGs (diminui a sensibilização das
terminações nociceptivas à mediadores
inflamatórios).
ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA: Diminuição
dos componentes da resposta inflamatória e
imune sobre produtos da COX2 : vasodilatação,
edema, rubor edor. (PGI2 basicamente)
FARMACODINÂMICA DOS AINEs: Todos os
AINEs mais recentes são, em graus variáveis,
analgésicos, anti-inflamatórios e antipiréticos,
e todos (à exceção dos fármacos seletivos da
COX-2 e dos salicilatos não acetilados) inibem a
agregação plaquetária.
Todos os AINEs são irritantes gástricos e
também podem estar associados a úlceras e
sangramento GI, embora, como grupo, os
fármacos mais recentes tenham tendência a
causar menos irritação GI do que o ácido
acetilsalicílico. (a irritação gástrica se dá pela
inibição da COX 1 e por consequência do PGE2)
A nefrotoxicidade, relatada com todos os
AINEs, deve-se, em parte, à interferência na
autorregulação do fluxo sanguíneo renal, que é
modulada pelas prostaglandinas. Além disso,
pode ocorrer hepatotoxicidade com qualquer
AINE. (Isso acontece pela inibição da COX 2 e
por consequência do PGI2)
EFEITOS ADVERSOS DOS AINES: Os efeitos
adversos costumam ser bastante semelhantes para
todos os AINES
1. No sistema nervoso central: Cefaleias, zumbido
(muito comum, principalmente da dipirona,
relacionado a hipotensão) e tontura. → efeito agudo
de sensibilidade ao AINE
2. Cardiovasculares: Retenção hídrica, hipertensão,
edema e, raramente, infarto do miocárdio e
insuficiência cardíaca congestiva. → efeito de uso
crônico
3.
Gastrintestinais:
Dor abdominal,
dispepsias,
náuseas, vômitos,
úlceras ou
sangramento. →
efeitos agudos
4. Hematológicos:
Raramente,
trombocitopenia,
neutropenia ou até
mesmo anemia aplásica. → efeitos raros,
normalmente reportados do dipirona
5. Hepáticos: Provas de função hepática anormais e,
raramente, insuficiência hepática. → Efeito adverso
do paracetamol especificamente
6. Pulmonares: Asma. → AINE bloqueia a COX, se
eu estou com pneumonia significa que meu processo
inflamatória é no pulmão, então as LOX e COX estão
no pulmão, ao bloquear a COX acaba sobrando
mais ácido araquidônico para a LOX, aumentando
a produção de leucotrienos e aumenta a
broncoconstrição.
→ JAMAIS USAR AINES PARA TRATAR
PROCESSOS INFLAMATÓRIOS NO TRATO
RESPIRATÓRIO INFERIOR.
→ Para um caso de pneumonia precisa usar um anti
inflamatório que inibe a ácido araquidônico e a
cascata inteira, então precisa usar os
CORTICOIDES
7. Cutâneos: Exantemas de todos os tipos, prurido.
8. Renais: Insuficiência renal, falência renal,
hiperpotassemia e proteinúria (PGI2 -
vasoconstrição).
Alguns fatores, como idade avançada e
comorbidades, que por si só já levam a uma
diminuição da TFG, aumentam o risco de
nefrotoxicidade dos AINEs, contribuindo para o
aparecimento de adversidades. Um dos fatores de
risco é a hipertensão arterial sistêmica, mas
predomina o uso abusivo e crônico de AINEs
FARMACOCINÉTICA DOS AINEs
A maior parte desses fármacos é bem absorvida,
e sua biodisponibilidade não é
consideravelmente modificada pela presença
de alimento.
Os AINEs são, em sua maioria, altamente
metabolizados, alguns pelos mecanismos de fase
I, seguida de fase II, e outros por glicuronidação
direta (fase II).
O metabolismo dos AINEs ocorre, em grande
parte, pelas famílias CYP3A ou CYP2C das
enzimas citocromo P450 presentes no fígado.
Embora a excreção renal seja a via mais
importante de eliminação final, quase todos os
AINEs sofrem graus variáveis de excreção biliar e
reabsorção (circulação êntero-hepática).
Os AINEs são divididos em várias classes
químicas. Essa diversidade química é responsável
pela ampla variedade de características
farmacocinéticas.
AINES QUE NÃO TEM AÇÃO
ANTIINFLAMATÓRIA:
DIPIRONA e PARACETAMOL
→ Os dois são inibidores da COX central,
possuindo quase nenhuma ação periférica por
conta disso. Usados principalmente para
analgesia e anti-térmicos
→ A dipirona tem maior efetividade
analgésica e antitérmica do que quando
comparado ao paracetamol
→ Dipirona tem maior efetividade na
escala da dor, e baixa a temperatura de
forma mais eficaz na primeira hora. O
paracetamol não baixa nas primeiras
horas, ele estabiliza a temperatura na
primeira hora, e com duas horas
começa a baixar a temperatura
→ Paracetamol é um bom antitérmico
para as febres não muito altas, e
demora para baixar a temperatura,
levar isso em consideração sempre
→ A dipirona é muito potente em baixar
a temperatura, mas só deve ser usada
em febres muito altas, por que após
seu uso, 1 hora depois a temperatura
despenca, podendo levar a hipotermia
em febres menores que 38C
→ Utilizar a dipirona como analgesico, como dor
de cabeça, não irá baixar a temperatura, pois não
está com COX super ativada no hipotálamo
elevando a temperatura, nesse caso ela vai agir
somente na COX relacionada a dor de cabeça.
→ Ambos os medicamentos a dose usual é de
500 mg de 6/6 hrs ou se febre ou dor com
intervalo mínimo de 6/6 hrs.
→ Os dois podem ser tomados com refeições,
não há interferência na biodisponibilidade.
→ A diferença aqui é qual a urgência em tomar o
medicamento, pois comer irá aumentar o tempo
de latência, e normalmente na analgesia há
urgência
Dipirona - Metamizol:
● Ação farmacológica: antitérmica (risco de
hipotermia se febre leve) e analgésica.
● Gestação: categoria B
● Posologia: adultos 500 mg a 1000 mg -
6/6 h. (lactentes: 10 mg/kg; crianças 15-25
mg/kg 6/6h)
● Efeitos adversos: • Hipotensão, erupções
cutâneas, anafilaxia, agranulocitose,
anemia, trombocitopenia.
DERIVADOS DO PARACETAMOL:
● Efeitos farmacológicos
- não altera tempo sangramento
- Analgésico, antipirético, fraca atividade
anti-inflamatória
● Usos - cefaleia, mialgia, dismenorreia,
febre, dor pós-operatória e dor crônica.
→ Efeitos adversos
● Doses terapêuticas, baixa incidência
(tontura, cefaleia, dores de garganta e
febre, cansaço excessivo)
● Doses elevadas: hepatotoxicidade grave
(náuseas, vômitos, lesão hepática fatal
24-48 hs)
Dose máxima dia/agudo: 4g.
Dose máxima recomendada/crônico: 2 g
AINES COMUNS
IBUPROFENO: Possui três indicações:
analgésica, antitérmica e anti inflamatória.
Para que tenha ação antiinflamatória precisa ser
administrada no mínimo em doses maiores
que 400 mg em um adulto, doses menores que
isso não atingem a concentração necessária para
a ação antiinflamatória
→ A dose usual é de 600mg, é a melhor dose
para exercer efeito anti inflamatório
→ O ibuprofeno consegue bloquear a COX 1, 2 e
a COX central.
→ Boa parte dos COX que inibem COX 1
periférica acabam inibindo a COX 2 também,
pois não conseguem distinguir as duas periféricas,
o que leva a diminuição da produção de PGE2
causando irritação no trato gastrointestinal
→ A outra condição mais silenciosa no ibuprofeno,
se ele inibe a COX 2, não é apenas a COX2
inflamatória, mas a constitutiva também, o que
diminui a PGI2, e se isso está acontecendo há um
efeito vasoconstritor predominante, causando
lesões glomerular, lesões no néfron e indo para
uma insuficiência renal
→ O ibuprofeno tem um detalhe que não há nos
outros AINES, ele tem uma grande afinidade
com a COX 1, inclusive inibe a COX 1
plaquetária, o que significa que diminui a
produção de tromboxano A2, e se isso acontece
diminui a agregação plaquetária, o que pode
causar hemorragias
→ Antes o ibuprofeno era muito usado como
antitérmico na dengue, mas isso não é mais feito,
pois eleva muito a chance de hemorragias
DERIVADOS ÁCIDO PROPIÔNICO
* Ibuprofeno - Advil®, Alivium®
* Naproxeno - Naprosyn®,
* Fenoprofeno - Algipron®
* Cetoprofeno - Profenid®
Efeitos farmacológicos: Apresentam atividade
analgésica, anti-inflamatória e antipirética.
Usos: Doenças inflamatórias e reumatológicas,
dor de intensidade leve a moderada, dismenorreia,
febre, cefaléia. Usado na neonatologia para
fechamento do canal arterial.
Efeitos adversos: edema, tontura, prurido, rash
cutâneo, dispepsia, dor abdominal.
Ibuprofeno: prolongamento do tempo sangramento
– inibe função plaquetária. Contraindicado no
terceiro trimestre da gestação. Não indicado na
lactação.
• Ibuprofeno - Advil®, Alivium®
Parâmetros farmacocinéticos: bem absorvido
TGI, ligação a proteínas plasmáticas 90-99%,
excreção urinária, ½ vida: 2-4h.
Posologia:
Pediatria: > 6 meses
Antitérmico e analgésico: 5-10 mg/kg/dia a cada6-8h (dose máxima diária de 40 mg/kg)
Anti-inflamatório: 30-50 mg/kg/dia divididos a
cada 8h (dose máxima diária de 2,4 g)
Adolescentes e adultos
Antitérmico e analgésico: 200-400 mg 4-6x /dia.
Anti-inflamatório: 400-800 mg 3-4 x/ dia (máximo
de 3,2 g/dia).
(isso em letra menor (tam 10) ta nos slides mas
ela não falou em aula, deixarei aqui por
desencargo de consciência)
Naproxeno - Flanax®
Parâmetros farmacocinéticos: bem absorvido TGI,
ligação a proteínas plasmáticas 90-99%, excreção
urinária.
Posologia:
Pediatria: > 2 anos
Antitérmico e analgésico: 5-7 mg/kg/dia a cada 8-12h
Anti-inflamatório: 10-15 mg/kg/dia divididos 2 x dia
Adolescentes e adultos
Crises de gota: dose de ataque: 750 mg e 250 mg 8/8
h.
Dores leves a moderadas: dose de ataque: 500 mg e
250 mg 8/8 h
Anti-inflamatório: 500-1000 mg/ dia
Cetoprofeno – Bi-Profenid®
Parâmetros farmacocinéticos: bem absorvido TGI –
alimentos diminuem a absorção. Ligação a proteínas
plasmáticas 90- 99%, excreção urinária.
Somente para processos inflamatórios.
Posologia:
Pediatria:
7-11 anos: 25 mg 3- 4 x dia
> 11 anos: 50 mg 3-4x dia
Adolescentes e adultos: 50-75 mg 3-4 x dia (máximo
de 300 mg /dia)
Comprimido retard: 200 mg dia
DERIVADOS ÁCIDO FENILACÉTICO
Diclofenaco: Voltaren ®, Cataflan ®
Efeitos farmacológicos: Apresenta atividade
analgésica, anti-inflamatória.
Usos: Alívio sintomático da artrite, dores leves e
moderadas, dor pós operatória, dor
musculoesquelética.
Contraindicação: proctite, úlcera ou sangramento TGI,
alergia a ácido acetilsalicílico, gestação terceiro
trimestre – categoria D.
* Efeitos Adversos:
- Irritação do TGI, sangramentos, ulcerações
- hepatotoxicidade (15%): aumento das transaminases
- erupção cutânea, urticária, zumbidos
* Posologia:
Pediatria: 2-3 mg/kg/dia 2-4 x dia (máximo de 200
mg/dia).
Adolescentes e adultos: 100 -200 mg dia divididos
em 2-3 tomadas.
Doses superiores a 150 mg/dia: risco renal.
DERIVADO DO ÁCIDO ACÉTICO
Etodolaco (Flancox® - 300 e 400mg). Relativamente
seletiva para COX-2.
Farmacocinética: Tem meia-vida intermediária e é
metabolizado principalmente por glucuronidação
* Usos: Etodolaco é indicado para o tratamento de OA,
AR, espondilite anquilosante, dor de intensidade leve a
moderada, dismenorreia, enxaqueca.
Dose: 300 mg, 2 a 3 vezes ao dia, ou 500 mg, 2 vezes
ao dia, inicialmente, seguida de 600 mg/dia.
* Efeitos Adversos: dor epigástrica, dispepsia,
náuseas, vômitos, úlcera péptica, erupções cutâneas,
prurido, urticária, tontura, tinido. Categoria C -
gestantes.
(letra tam 11 ela falou)
AAS (ÁCIDO ACETILSALICÍLICO)
Possui duas indicações clínicas: analgésico e
antiinflamatório, na dose usual de 500mg de
8/8 hrs
Também inibe a COX central, mas não é
empregado para baixar a febre, por que a febre
de origem viral, quando tratada com AAS pode
desencadear uma encefalopatia maligna
(Síndrome de Reye), ou seja, o AAS até tem
propriedade anti térmica, mas NUNCA deve ser
considerado para isso
→ Para uso tópico ele pode ser usado como
queratolítico, para fazer peeling, tratar acne,
descamação da pele etc.
→ Na dose de 100mg é a primeira escolha de
tratamento como antitrombótico. Nessa dose
possui quase nenhuma ação anti inflamatória,
não consegue inibir COX 2, não há dano renal,
age pouco sobre as COX 1 dos tecidos
→ O AAS faz inibição irreversível da COX em
que ele se liga, então nessa dose de 100mg
quase não há efeitos adversos
→ Deve-se priorizar tomar com as refeições,
pois como é um ácido, isso favorece a
biodisponibilidade
Salicilatos:
FARMACOCINÉTICA
● absorção VO (estômago e intestino delgado –
pH ácido)
● níveis plasmáticos em 30 min; pico em 2 horas
● Ligação a proteínas plasmáticas: 80-90%
● Pico de efeito: 2 horas
● Tempo de efeito: 4-6 horas
● Excreção renal: influenciada pelos fatores
relacionados ao pH urinário e competição com
outros ácidos orgânicos.
CONTRAINDICAÇÕES
* pelos efeitos antiagregante plaquetário
• terapia anticoagulante
• cirurgias
* pelos efeitos sobre aparelho GI
• úlcera péptica
• gastrite ou sangramento gastrintestinal
* Gravidez – categoria D
• fechamento prematuro do ductus arteriosus
• gestação prolongada
• trabalho de parto prolongado
• risco sangramento materno
* febre crianças - infecções virais
• síndrome de Reye (lesão hepática e encefalopatia)
NIMESULIDA
Inibe a COX 1 e inibe a COX 2, só que a inibição
da COX 1 é uma inibição fraca, ela possui uma
certa afinidade pela COX 2, isso causa menores
efeitos colaterais gástricos
Dose de 100mg de 12/12 hrs
Preferencialmente indicado para tecidos moles,
faringites, amigdalites etc.
DERIVADOS DO OXICAMS
MELOXICAM
Dose usual de 15 mg 1x dia
Inibe a COX 1 e a COX 2, e possui muito mais
afinidade pela COX 2 do que pela COX 1
Preferencialmente indicado para tecidos
musculoesqueléticos.
→ É reservado para processos inflamatórios
musculoesqueléticos, por conta da sua potência.
→ Existem preferências de uso e reservas de uso
de medicamentos, pois se usar para qualquer
coisa irá alterar muito o limiar da dor dos
pacientes
Meloxicam (Movatec®): apresenta maior ação sobre a
COX-2. Potente anti-inflamatório.
* Usos: Alívio dos sinais e sintomas da osteoartrose,
artrite reumatoide.
* Efeitos adversos:
- náuseas, dispepsias
- prurido, erupções cutâneas
- tontura, cefaleia
Posologia: Adultos: 7,5 mg 1 x/dia ou 15 mg 1x dia
Categoria C - gestantes
Piroxicam (Feldene®) – 20 mg dose única - adulto
Tenoxicam (Tilatil®) - 20 mg dose única – adulto
* Usos: - Alívio sintomático de transtornos
osteomusculares e articulares. Tratamento máximo de
14 dias.
* Efeitos Adversos
- edema, cefaleia, tontura, vertigem, rash cutâneo
- dor e desconforto abdominal, estomatite, diarreia e ou
constipação
- úlcera péptica, hemorragia GI
- Contraindicados para pacientes com alergia ao AAS.
- Categoria C - gestantes
Cetorolaco - Toragesic®
• Trometamina de cetorolaco e trometamol de
cetorolaco (via oral, SL, injetável, colírio)
*Usos: Analgésico. Dor aguda de intensidade
moderada à severa.
* Efeitos Adversos: cefaleia, dor abdominal, náuseas,
vômitos, broncoespasmo, sangramentos e ulcerações.
* Contraindicado:
- pacientes com ulcerações e doença renal
- Cirurgias – risco de hemorragia.
Posologia: 10 mg a cada 6h.
Dose máxima dia: 40 mg
Categoria gestante: risco D
FENAMATOS
Ácido Mefenâmico - Ponstan®
*Usos: Alívio de dor moderadamente grave,
pós-operatório e dismenorreia primária.
* Efeitos Adversos
-sonolência, desconforto GI, urticária, eritema,
sudorese, visão embaçada, edema, cefaleia,
nervosismo
- diarreia (grave-interrupção tratamento), anemia
hemolítica.
* Contraindicado: úlceras TGI, crianças com menos de
14 anos de idade
Posologia: 250 mg a cada 4h.
Categoria C - gestantes
Nimesulida: Scaflan®, Antiflogil®, Neosulida®
* Usos: Tratamento de processos dolorosos e
inflamatórios, inclusive osteoarticular. Maior
seletividade para COX-2.
* Parâmetros farmacocinéticos: Boa absorção TGI,
ligação a proteínas plasmáticas de 99%, ½ vida: 2-5 h.
* Efeitos adversos: Cefaleia, sonolência, tontura,
urticária, prurido, febre, náuseas, gastralgias,
alterações transaminases hepáticas, oligúria.
Posologia: adultos: 50-100 mg 2 x/dia.
Não recomendado para menores de 12 anos.
Categoria C - gestantes
INIBIDORES SELETIVOS COX-2
* Celecoxib (Celebra®) – 100 – 200 mg 1-2 x/dia
* Usos: Alívio dos sinais e sintomas da osteoartrite e
artrite reumatoide, dores leves a moderadas
associadas a processo inflamatórios.
* Contraindicações
- para menores de 18 anos
- gravidez, lactação, insuficiência renal
- hipersensibilidade ao fármaco, sulfonamidas, e AAS.
* Efeitos adversos: insônia, tontura, náuseas, dor
abdominal, flatulência, cefaleia, tontura, necrose renal,
aumento das transaminases, hiperglicemia,
hipocalemia.
Categoria C/D - gestantes
* Etoricoxib (Arcoxia®) – 60 e 90 mg 1x/dia
* Usos: Alívio dos sinais e sintomas agudos e crônicos
da osteoartrite e artrite reumatoide, dores leves a
moderadas associadas a processo inflamatórios.
* Contraindicações
- para menores de 18 anos
- gravidez, lactação,insuficiência renal.
* Efeitos adversos: astenia, tontura, edema de
membros inferiores, hipertensão, dispepsia, pirose,
náuseas, cefaleia, aumento das transaminases (3 x o
valor de referência)
ANTI-INFLAMATÓRIOS TÓPICOS
Cordia verbenacea DC. (óleo essencial) 5,0 mg
(equivalente a 0,130 mg de alfa-humuleno) – Acheflan
®. Sinergismo de ação: flavonoides, terpenos. Ação
anti-inflamatória: redução da produção do TNFα, IL-1,
PGE2, ON, COX-2.
Diclofenaco e outros AINEs – inibição COX 1 e 2 .
Principal limitação: absorção/penetração no local
inflamado – 15% da dose.
Capsaicina - concentrações de 0,075% e 0,025% -
creme. A capsaicina, um agonista de receptores
TRPV1, promove a despolarização nas fibras nervosas
nociceptivas, afetando a síntese, o armazenamento,
transporte e liberação da Substância P - resultando em
dessensibilização dos axônios sensoriais e inibição do
início da transmissão da dor.

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