Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Farmacologia Tripé da farmacologia: Eficácia, segurança e acessibilidade → A RENAMI disponibiliza uma lista de fármacos disponíveis, no caso dos AINES geralmente os municípios compram somente dois de cada classe ou seja, não é porque está na RENAMI que está em todas as UBS, na aula vai ser considerado aqueles que estão na RENAMI → A escolha do médico deve sempre levar em conta o que está disponível na atenção básica AINES: → São antiinflamatórios não esteroidais, por que não possuem origem do colesterol como o cortisol etc. → Existem diversas classes diferentes, e por isso pode ter alergia a um AINE e outro não. Inflamação: O processo inflamatório é uma resposta a uma lesão, a qual pode ser provocada por diferentes agentes (físico, químico, biológico). O processo inflamatório pode ser dividido em 3 etapas: 1) fase aguda, caracterizada por uma vasodilatação local e uma permeabilidade capilar aumentada; 2) fase subaguda caracterizada pela infiltração de leucócitos e células fagocitárias; 3) fase crônica proliferativa na qual ocorre a degeneração do tecido e fibrose. Quando nos ferimos/cortamos ativamos uma enzima chamada fosfolipase A2, ela degrada e transforma os fosfolipídios da membrana celular lesionada em ácido araquidônico. O ácido araquidônico serve como substrato - pode ser metabolizado por dois grupos de enzimas: LOX (lipoxigenase) : Usa o ácido araquidônico para dar origem a Leucotrienos → A LOX está concentrada no pulmão, e a principal ação dos leucotrienos está no pulmão, promovem broncoconstrição, aumentam a secreção de muco, produzem resposta inflamatória no pulmão, induzem a quimiotaxia etc. COX (cicloxigenase): Usa o ácido araquidônico para dar origem as prostaglandinas, existem 3 isoformas da COX COX 1: Enzima constitutiva, ou seja, é uma enzima que compõe o nosso corpo, ela produz produtos que são essenciais para o bom funcionamento do nosso corpo. As COX (cicloxigenase) produzem diferentes tipos de prostaglandinas (PG) constitutivas. As principais PG produzidas pela COX 1 são: ● PGE2 → Atua no TGI mediando a produção de muco e bicarbonato ● TXA2 → (tromboxano A2), a principal função é estimular a agregação plaquetária e promover a vasoconstrição. O tromboxano A2 é produzida dentro das plaquetas, ou seja, essa COX 1 está dentro das plaquetas → As demais COX 1 está nos outros tecidos, de forma abundante no corpo, pois é constitutiva COX 2: Possui papel duplo, é tanto constitutiva quanto induzível. Enquanto constitutiva está predominantemente nos tecidos renais, principalmente artérias e arteríolas. Enquanto constitutiva produz principalmente a PGI2 que tem como principal função fazer a vasodilatação (principalmente) e inibir a agregação plaquetária. É ela quem protege os néfrons contra a elevação da PA → A COX 2 é chamada de induzível pois não está muito presente nos tecidos, mas se um tecido for lesionado, há alterações na transcrição gênica que produzem muita COX 2, por que ela consegue produzir muitas PGLs, que atuam na vasodilatação, quimiotaxia, etc.Importante para a inflamação → No SNC também existem COX, na literatura é chamado de COX 2 central, COX central ou COX 3. Na aula vamos usar COX central ou COX 3. Nem todos os fármacos que agem nas COX periféricas conseguem agir na COX central. A febre é produzida pela COX central, então usar AINES de ação periférica nunca irá ser efetivo contra febre, costuma-se usar dipirona ou paracetamol que agem na COX central, entretanto, esses dois não conseguem inibir as COX periféricas, por isso precisa separar os AINES de acordo com seus alvos terapêuticos, e também por isso muitas vezes em infecções são usados dois AINES diferentes. COX 1 produz PGI2 mas em pouca quantidade, ela é mais produzida pela COX 2 Quando a PGE2 é produzida pela COX central ela age no SNC e possui vários receptores, acaba causando febre no hipotálamo, então a sua ação depende do receptor de cada tecido, que traz respostas diferentes. “o mediador químico é o mesmo, o que muda é o receptor em cada tecido, produzindo respostas diferentes” A prostaglandina não ultrapassa a barreira hematoencefálica, o que há lá foi produzido por COX centrais, e as periféricas agem somente de forma periférica - por isso quando há situações de febre e inflamações periféricas precisa usar dois AINES, um com ação sobre COX central e outro com ação sobre as COX periféricas EUCOSANOIDES Os eucosanoides, importantes mediadores do processo inflamatório, são formados a partir do ácido araquidônico (AA), liberado dos fosfolipídios de membranas celulares pela ação da enzima fosfolipase A2 (PLA2). O AA serve de substrato para quatro grupos de enzimas: ** ciclo-oxigenase (COX), ** 5-lipoxigenase (5-LOX), ** 12-lipoxigenase (12-LO), ** 15-lipoxigenase (15-LO). Por meio de uma série de reações em cascata são formados os mediadores pró-inflamatórios: prostaglandinas (PG), tromboxanos (TX) e leucotrienos (LT). Há duas isoenzimas COX distintas capazes de converter AA em endoperóxido de prostaglandina. A PGH sintase-1 (COX-1) é expressa constitutivamente na maioria das células. Por outro lado, a PFG sintase-2 (COX-2) é indutível; sua expressão varia em função do estímulo. A COX-2 é um produto gênico de resposta imediata acentuadamente regulada por força de cisalhamento, fatores de crescimento, promotores tumorais e citocinas. COX-2 também tem ação constitutiva: a COX-2 endotelial é a fonte primária das prostaciclinas vasculares (PGI2), enquanto os prostanóides derivados da COX-2 renal são importantes para o desenvolvimento normal dos rins e para a manutenção da função renal. Os eucosanoides atuam sobretudo de formas autócrina e parácrina, ou seja, na proximidade de seu local de síntese. Os eucosanoides ligam-se a receptores na superfície celular, e a especificidade farmacológica é dada pela densidade e tipo de receptor nas diferentes células. Anti-inflamatórios: O tratamento de pacientes com inflamação envolve dois objetivos: ● Aliviar os sintomas e preservar a função, que em geral constituem as principais queixas constantes do paciente; ● Retardar ou deter o processo responsável pela lesão tecidual.] Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) constituem atualmente a classe de medicamentos mais prescrita no mundo por seus efeitos analgésicos e anti-inflamatórios. Facilidade de acesso. Em geral, os AINES inibem de forma variável as duas isoformas da COX (COX 1 e COX 2) em suas dosagens terapêuticas. Eles também antagonizam os receptores de PG, reduzem a permeabilidade capilar, diminuindo o edema e a vermelhidão, e inibem a liberação de PGE no SNC o que leva a redução do estado febril. Exceto o AAS, que faz uma inibição irreversível das COX, outros AINES é reversível Mecanismos adicionais: ✓ inibição da quimiotaxia, ✓ infra regulação da produção de interleucina-1 (IL-1), ✓ produção diminuída de radicais livres e superóxido, ✓ interferência nos eventos intracelulares mediados pelo cálcio. A escolha de um AINE exige a consideração de sua eficácia, custo-eficiência, segurança e de vários fatores pessoais (p. ex., outros fármacos que também estejam sendo administrados, doença concomitante, adesão ao tratamento, acesso), de modo que não existe um AINE melhor para todos os pacientes. Entretanto, pode haver um ou dois AINEs mais apropriados para determinado indivíduo. ATIVIDADE ANTIPIRÉTICA: Durante uma reação inflamatória, as endotoxinas bacterianas induzem os leucócitos a liberarem interleucinas e TNF( IL-1,6 – pirogênios endógenos que aumentam as concentrações e atividades das COXs – formam PGE2, que no hipotálamo estimulam a produção de neurotransmissores que elevam a temperatura). → As interleucinas estão muito associadas à elevação da temperatura/febre. Bactérias liberam interleucinas ATIVIDADE ANALGÉSICA: Diminuição da produção de PGs (diminui a sensibilização das terminações nociceptivas à mediadores inflamatórios). ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA: Diminuição dos componentes da resposta inflamatória e imune sobre produtos da COX2 : vasodilatação, edema, rubor edor. (PGI2 basicamente) FARMACODINÂMICA DOS AINEs: Todos os AINEs mais recentes são, em graus variáveis, analgésicos, anti-inflamatórios e antipiréticos, e todos (à exceção dos fármacos seletivos da COX-2 e dos salicilatos não acetilados) inibem a agregação plaquetária. Todos os AINEs são irritantes gástricos e também podem estar associados a úlceras e sangramento GI, embora, como grupo, os fármacos mais recentes tenham tendência a causar menos irritação GI do que o ácido acetilsalicílico. (a irritação gástrica se dá pela inibição da COX 1 e por consequência do PGE2) A nefrotoxicidade, relatada com todos os AINEs, deve-se, em parte, à interferência na autorregulação do fluxo sanguíneo renal, que é modulada pelas prostaglandinas. Além disso, pode ocorrer hepatotoxicidade com qualquer AINE. (Isso acontece pela inibição da COX 2 e por consequência do PGI2) EFEITOS ADVERSOS DOS AINES: Os efeitos adversos costumam ser bastante semelhantes para todos os AINES 1. No sistema nervoso central: Cefaleias, zumbido (muito comum, principalmente da dipirona, relacionado a hipotensão) e tontura. → efeito agudo de sensibilidade ao AINE 2. Cardiovasculares: Retenção hídrica, hipertensão, edema e, raramente, infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca congestiva. → efeito de uso crônico 3. Gastrintestinais: Dor abdominal, dispepsias, náuseas, vômitos, úlceras ou sangramento. → efeitos agudos 4. Hematológicos: Raramente, trombocitopenia, neutropenia ou até mesmo anemia aplásica. → efeitos raros, normalmente reportados do dipirona 5. Hepáticos: Provas de função hepática anormais e, raramente, insuficiência hepática. → Efeito adverso do paracetamol especificamente 6. Pulmonares: Asma. → AINE bloqueia a COX, se eu estou com pneumonia significa que meu processo inflamatória é no pulmão, então as LOX e COX estão no pulmão, ao bloquear a COX acaba sobrando mais ácido araquidônico para a LOX, aumentando a produção de leucotrienos e aumenta a broncoconstrição. → JAMAIS USAR AINES PARA TRATAR PROCESSOS INFLAMATÓRIOS NO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR. → Para um caso de pneumonia precisa usar um anti inflamatório que inibe a ácido araquidônico e a cascata inteira, então precisa usar os CORTICOIDES 7. Cutâneos: Exantemas de todos os tipos, prurido. 8. Renais: Insuficiência renal, falência renal, hiperpotassemia e proteinúria (PGI2 - vasoconstrição). Alguns fatores, como idade avançada e comorbidades, que por si só já levam a uma diminuição da TFG, aumentam o risco de nefrotoxicidade dos AINEs, contribuindo para o aparecimento de adversidades. Um dos fatores de risco é a hipertensão arterial sistêmica, mas predomina o uso abusivo e crônico de AINEs FARMACOCINÉTICA DOS AINEs A maior parte desses fármacos é bem absorvida, e sua biodisponibilidade não é consideravelmente modificada pela presença de alimento. Os AINEs são, em sua maioria, altamente metabolizados, alguns pelos mecanismos de fase I, seguida de fase II, e outros por glicuronidação direta (fase II). O metabolismo dos AINEs ocorre, em grande parte, pelas famílias CYP3A ou CYP2C das enzimas citocromo P450 presentes no fígado. Embora a excreção renal seja a via mais importante de eliminação final, quase todos os AINEs sofrem graus variáveis de excreção biliar e reabsorção (circulação êntero-hepática). Os AINEs são divididos em várias classes químicas. Essa diversidade química é responsável pela ampla variedade de características farmacocinéticas. AINES QUE NÃO TEM AÇÃO ANTIINFLAMATÓRIA: DIPIRONA e PARACETAMOL → Os dois são inibidores da COX central, possuindo quase nenhuma ação periférica por conta disso. Usados principalmente para analgesia e anti-térmicos → A dipirona tem maior efetividade analgésica e antitérmica do que quando comparado ao paracetamol → Dipirona tem maior efetividade na escala da dor, e baixa a temperatura de forma mais eficaz na primeira hora. O paracetamol não baixa nas primeiras horas, ele estabiliza a temperatura na primeira hora, e com duas horas começa a baixar a temperatura → Paracetamol é um bom antitérmico para as febres não muito altas, e demora para baixar a temperatura, levar isso em consideração sempre → A dipirona é muito potente em baixar a temperatura, mas só deve ser usada em febres muito altas, por que após seu uso, 1 hora depois a temperatura despenca, podendo levar a hipotermia em febres menores que 38C → Utilizar a dipirona como analgesico, como dor de cabeça, não irá baixar a temperatura, pois não está com COX super ativada no hipotálamo elevando a temperatura, nesse caso ela vai agir somente na COX relacionada a dor de cabeça. → Ambos os medicamentos a dose usual é de 500 mg de 6/6 hrs ou se febre ou dor com intervalo mínimo de 6/6 hrs. → Os dois podem ser tomados com refeições, não há interferência na biodisponibilidade. → A diferença aqui é qual a urgência em tomar o medicamento, pois comer irá aumentar o tempo de latência, e normalmente na analgesia há urgência Dipirona - Metamizol: ● Ação farmacológica: antitérmica (risco de hipotermia se febre leve) e analgésica. ● Gestação: categoria B ● Posologia: adultos 500 mg a 1000 mg - 6/6 h. (lactentes: 10 mg/kg; crianças 15-25 mg/kg 6/6h) ● Efeitos adversos: • Hipotensão, erupções cutâneas, anafilaxia, agranulocitose, anemia, trombocitopenia. DERIVADOS DO PARACETAMOL: ● Efeitos farmacológicos - não altera tempo sangramento - Analgésico, antipirético, fraca atividade anti-inflamatória ● Usos - cefaleia, mialgia, dismenorreia, febre, dor pós-operatória e dor crônica. → Efeitos adversos ● Doses terapêuticas, baixa incidência (tontura, cefaleia, dores de garganta e febre, cansaço excessivo) ● Doses elevadas: hepatotoxicidade grave (náuseas, vômitos, lesão hepática fatal 24-48 hs) Dose máxima dia/agudo: 4g. Dose máxima recomendada/crônico: 2 g AINES COMUNS IBUPROFENO: Possui três indicações: analgésica, antitérmica e anti inflamatória. Para que tenha ação antiinflamatória precisa ser administrada no mínimo em doses maiores que 400 mg em um adulto, doses menores que isso não atingem a concentração necessária para a ação antiinflamatória → A dose usual é de 600mg, é a melhor dose para exercer efeito anti inflamatório → O ibuprofeno consegue bloquear a COX 1, 2 e a COX central. → Boa parte dos COX que inibem COX 1 periférica acabam inibindo a COX 2 também, pois não conseguem distinguir as duas periféricas, o que leva a diminuição da produção de PGE2 causando irritação no trato gastrointestinal → A outra condição mais silenciosa no ibuprofeno, se ele inibe a COX 2, não é apenas a COX2 inflamatória, mas a constitutiva também, o que diminui a PGI2, e se isso está acontecendo há um efeito vasoconstritor predominante, causando lesões glomerular, lesões no néfron e indo para uma insuficiência renal → O ibuprofeno tem um detalhe que não há nos outros AINES, ele tem uma grande afinidade com a COX 1, inclusive inibe a COX 1 plaquetária, o que significa que diminui a produção de tromboxano A2, e se isso acontece diminui a agregação plaquetária, o que pode causar hemorragias → Antes o ibuprofeno era muito usado como antitérmico na dengue, mas isso não é mais feito, pois eleva muito a chance de hemorragias DERIVADOS ÁCIDO PROPIÔNICO * Ibuprofeno - Advil®, Alivium® * Naproxeno - Naprosyn®, * Fenoprofeno - Algipron® * Cetoprofeno - Profenid® Efeitos farmacológicos: Apresentam atividade analgésica, anti-inflamatória e antipirética. Usos: Doenças inflamatórias e reumatológicas, dor de intensidade leve a moderada, dismenorreia, febre, cefaléia. Usado na neonatologia para fechamento do canal arterial. Efeitos adversos: edema, tontura, prurido, rash cutâneo, dispepsia, dor abdominal. Ibuprofeno: prolongamento do tempo sangramento – inibe função plaquetária. Contraindicado no terceiro trimestre da gestação. Não indicado na lactação. • Ibuprofeno - Advil®, Alivium® Parâmetros farmacocinéticos: bem absorvido TGI, ligação a proteínas plasmáticas 90-99%, excreção urinária, ½ vida: 2-4h. Posologia: Pediatria: > 6 meses Antitérmico e analgésico: 5-10 mg/kg/dia a cada6-8h (dose máxima diária de 40 mg/kg) Anti-inflamatório: 30-50 mg/kg/dia divididos a cada 8h (dose máxima diária de 2,4 g) Adolescentes e adultos Antitérmico e analgésico: 200-400 mg 4-6x /dia. Anti-inflamatório: 400-800 mg 3-4 x/ dia (máximo de 3,2 g/dia). (isso em letra menor (tam 10) ta nos slides mas ela não falou em aula, deixarei aqui por desencargo de consciência) Naproxeno - Flanax® Parâmetros farmacocinéticos: bem absorvido TGI, ligação a proteínas plasmáticas 90-99%, excreção urinária. Posologia: Pediatria: > 2 anos Antitérmico e analgésico: 5-7 mg/kg/dia a cada 8-12h Anti-inflamatório: 10-15 mg/kg/dia divididos 2 x dia Adolescentes e adultos Crises de gota: dose de ataque: 750 mg e 250 mg 8/8 h. Dores leves a moderadas: dose de ataque: 500 mg e 250 mg 8/8 h Anti-inflamatório: 500-1000 mg/ dia Cetoprofeno – Bi-Profenid® Parâmetros farmacocinéticos: bem absorvido TGI – alimentos diminuem a absorção. Ligação a proteínas plasmáticas 90- 99%, excreção urinária. Somente para processos inflamatórios. Posologia: Pediatria: 7-11 anos: 25 mg 3- 4 x dia > 11 anos: 50 mg 3-4x dia Adolescentes e adultos: 50-75 mg 3-4 x dia (máximo de 300 mg /dia) Comprimido retard: 200 mg dia DERIVADOS ÁCIDO FENILACÉTICO Diclofenaco: Voltaren ®, Cataflan ® Efeitos farmacológicos: Apresenta atividade analgésica, anti-inflamatória. Usos: Alívio sintomático da artrite, dores leves e moderadas, dor pós operatória, dor musculoesquelética. Contraindicação: proctite, úlcera ou sangramento TGI, alergia a ácido acetilsalicílico, gestação terceiro trimestre – categoria D. * Efeitos Adversos: - Irritação do TGI, sangramentos, ulcerações - hepatotoxicidade (15%): aumento das transaminases - erupção cutânea, urticária, zumbidos * Posologia: Pediatria: 2-3 mg/kg/dia 2-4 x dia (máximo de 200 mg/dia). Adolescentes e adultos: 100 -200 mg dia divididos em 2-3 tomadas. Doses superiores a 150 mg/dia: risco renal. DERIVADO DO ÁCIDO ACÉTICO Etodolaco (Flancox® - 300 e 400mg). Relativamente seletiva para COX-2. Farmacocinética: Tem meia-vida intermediária e é metabolizado principalmente por glucuronidação * Usos: Etodolaco é indicado para o tratamento de OA, AR, espondilite anquilosante, dor de intensidade leve a moderada, dismenorreia, enxaqueca. Dose: 300 mg, 2 a 3 vezes ao dia, ou 500 mg, 2 vezes ao dia, inicialmente, seguida de 600 mg/dia. * Efeitos Adversos: dor epigástrica, dispepsia, náuseas, vômitos, úlcera péptica, erupções cutâneas, prurido, urticária, tontura, tinido. Categoria C - gestantes. (letra tam 11 ela falou) AAS (ÁCIDO ACETILSALICÍLICO) Possui duas indicações clínicas: analgésico e antiinflamatório, na dose usual de 500mg de 8/8 hrs Também inibe a COX central, mas não é empregado para baixar a febre, por que a febre de origem viral, quando tratada com AAS pode desencadear uma encefalopatia maligna (Síndrome de Reye), ou seja, o AAS até tem propriedade anti térmica, mas NUNCA deve ser considerado para isso → Para uso tópico ele pode ser usado como queratolítico, para fazer peeling, tratar acne, descamação da pele etc. → Na dose de 100mg é a primeira escolha de tratamento como antitrombótico. Nessa dose possui quase nenhuma ação anti inflamatória, não consegue inibir COX 2, não há dano renal, age pouco sobre as COX 1 dos tecidos → O AAS faz inibição irreversível da COX em que ele se liga, então nessa dose de 100mg quase não há efeitos adversos → Deve-se priorizar tomar com as refeições, pois como é um ácido, isso favorece a biodisponibilidade Salicilatos: FARMACOCINÉTICA ● absorção VO (estômago e intestino delgado – pH ácido) ● níveis plasmáticos em 30 min; pico em 2 horas ● Ligação a proteínas plasmáticas: 80-90% ● Pico de efeito: 2 horas ● Tempo de efeito: 4-6 horas ● Excreção renal: influenciada pelos fatores relacionados ao pH urinário e competição com outros ácidos orgânicos. CONTRAINDICAÇÕES * pelos efeitos antiagregante plaquetário • terapia anticoagulante • cirurgias * pelos efeitos sobre aparelho GI • úlcera péptica • gastrite ou sangramento gastrintestinal * Gravidez – categoria D • fechamento prematuro do ductus arteriosus • gestação prolongada • trabalho de parto prolongado • risco sangramento materno * febre crianças - infecções virais • síndrome de Reye (lesão hepática e encefalopatia) NIMESULIDA Inibe a COX 1 e inibe a COX 2, só que a inibição da COX 1 é uma inibição fraca, ela possui uma certa afinidade pela COX 2, isso causa menores efeitos colaterais gástricos Dose de 100mg de 12/12 hrs Preferencialmente indicado para tecidos moles, faringites, amigdalites etc. DERIVADOS DO OXICAMS MELOXICAM Dose usual de 15 mg 1x dia Inibe a COX 1 e a COX 2, e possui muito mais afinidade pela COX 2 do que pela COX 1 Preferencialmente indicado para tecidos musculoesqueléticos. → É reservado para processos inflamatórios musculoesqueléticos, por conta da sua potência. → Existem preferências de uso e reservas de uso de medicamentos, pois se usar para qualquer coisa irá alterar muito o limiar da dor dos pacientes Meloxicam (Movatec®): apresenta maior ação sobre a COX-2. Potente anti-inflamatório. * Usos: Alívio dos sinais e sintomas da osteoartrose, artrite reumatoide. * Efeitos adversos: - náuseas, dispepsias - prurido, erupções cutâneas - tontura, cefaleia Posologia: Adultos: 7,5 mg 1 x/dia ou 15 mg 1x dia Categoria C - gestantes Piroxicam (Feldene®) – 20 mg dose única - adulto Tenoxicam (Tilatil®) - 20 mg dose única – adulto * Usos: - Alívio sintomático de transtornos osteomusculares e articulares. Tratamento máximo de 14 dias. * Efeitos Adversos - edema, cefaleia, tontura, vertigem, rash cutâneo - dor e desconforto abdominal, estomatite, diarreia e ou constipação - úlcera péptica, hemorragia GI - Contraindicados para pacientes com alergia ao AAS. - Categoria C - gestantes Cetorolaco - Toragesic® • Trometamina de cetorolaco e trometamol de cetorolaco (via oral, SL, injetável, colírio) *Usos: Analgésico. Dor aguda de intensidade moderada à severa. * Efeitos Adversos: cefaleia, dor abdominal, náuseas, vômitos, broncoespasmo, sangramentos e ulcerações. * Contraindicado: - pacientes com ulcerações e doença renal - Cirurgias – risco de hemorragia. Posologia: 10 mg a cada 6h. Dose máxima dia: 40 mg Categoria gestante: risco D FENAMATOS Ácido Mefenâmico - Ponstan® *Usos: Alívio de dor moderadamente grave, pós-operatório e dismenorreia primária. * Efeitos Adversos -sonolência, desconforto GI, urticária, eritema, sudorese, visão embaçada, edema, cefaleia, nervosismo - diarreia (grave-interrupção tratamento), anemia hemolítica. * Contraindicado: úlceras TGI, crianças com menos de 14 anos de idade Posologia: 250 mg a cada 4h. Categoria C - gestantes Nimesulida: Scaflan®, Antiflogil®, Neosulida® * Usos: Tratamento de processos dolorosos e inflamatórios, inclusive osteoarticular. Maior seletividade para COX-2. * Parâmetros farmacocinéticos: Boa absorção TGI, ligação a proteínas plasmáticas de 99%, ½ vida: 2-5 h. * Efeitos adversos: Cefaleia, sonolência, tontura, urticária, prurido, febre, náuseas, gastralgias, alterações transaminases hepáticas, oligúria. Posologia: adultos: 50-100 mg 2 x/dia. Não recomendado para menores de 12 anos. Categoria C - gestantes INIBIDORES SELETIVOS COX-2 * Celecoxib (Celebra®) – 100 – 200 mg 1-2 x/dia * Usos: Alívio dos sinais e sintomas da osteoartrite e artrite reumatoide, dores leves a moderadas associadas a processo inflamatórios. * Contraindicações - para menores de 18 anos - gravidez, lactação, insuficiência renal - hipersensibilidade ao fármaco, sulfonamidas, e AAS. * Efeitos adversos: insônia, tontura, náuseas, dor abdominal, flatulência, cefaleia, tontura, necrose renal, aumento das transaminases, hiperglicemia, hipocalemia. Categoria C/D - gestantes * Etoricoxib (Arcoxia®) – 60 e 90 mg 1x/dia * Usos: Alívio dos sinais e sintomas agudos e crônicos da osteoartrite e artrite reumatoide, dores leves a moderadas associadas a processo inflamatórios. * Contraindicações - para menores de 18 anos - gravidez, lactação,insuficiência renal. * Efeitos adversos: astenia, tontura, edema de membros inferiores, hipertensão, dispepsia, pirose, náuseas, cefaleia, aumento das transaminases (3 x o valor de referência) ANTI-INFLAMATÓRIOS TÓPICOS Cordia verbenacea DC. (óleo essencial) 5,0 mg (equivalente a 0,130 mg de alfa-humuleno) – Acheflan ®. Sinergismo de ação: flavonoides, terpenos. Ação anti-inflamatória: redução da produção do TNFα, IL-1, PGE2, ON, COX-2. Diclofenaco e outros AINEs – inibição COX 1 e 2 . Principal limitação: absorção/penetração no local inflamado – 15% da dose. Capsaicina - concentrações de 0,075% e 0,025% - creme. A capsaicina, um agonista de receptores TRPV1, promove a despolarização nas fibras nervosas nociceptivas, afetando a síntese, o armazenamento, transporte e liberação da Substância P - resultando em dessensibilização dos axônios sensoriais e inibição do início da transmissão da dor.
Compartilhar