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FARMACOLOGIA – 16/04/2021 AINEs (antiinflamatórios não esteroidais) Os antiinflamatórios são divididos em dois grandes grupos: 1. AINEs: antiinflamatórios não esteroidais 2. AIEs: antiinflamatórios esteroidais Esses dois grupos de medicamento vão combater sinais e sintomas da inflamação o Sendo que fazem isso por mecanismos de ação diferentes e apresentam efeitos colaterais distintos Além de ser um medicamento para o controle da inflamação, os AINEs vão, de uma forma geral: 1. Possuir ação de analgésicos e antipirético (para febre) 2. Possuir ação de anticoagulante plaquetário o Quando se fala da clínica, um ou outro medicamento da classe vai atuar de uma forma melhor Os AIEs, além da inflamação, são utilizados em processos alérgicos e na imunossupressão Nem todo medicamento que se usa para o controle da dor é um AINE ou um corticoide (AIE), também se tem os relaxantes musculares e os opióides o E nem todo medicamento, que esteja incluído no grupo dos AINEs, tem todas as ações citadas SINAIS DA INFLAMAÇÃO 1. Dor: sensação desagradável e subjetiva, promovida por danos teciduais Dor central Dor inflamatória ou periférica Por ser uma questão subjetiva, muitas vezes está relacionada com a questão emocional (vai ser controlado também por essa classe medicamentosa) dor emocional está envolvida no processo de cura do paciente 2. Edema: inchaço promovido pelo acúmulo de líquido no local da inflamação 3. Rubor: vermelhidão Acontece devido uma vasodilatação promovida pela quimiotaxia das células inflamatórias Vai causar esse rubor quando as células inflamatórias estão chegando no local de inflamação 4. Calor: induzido pelo aumento da atividade celular e elevação na temperatura o Elevação na temperatura permite o combate ao agente externo 5. Perda da função: quando a inflamação é persistente, as células ou órgãos acometidos podem perder algum tipo de função o Pode ser uma perda total ou parcial Processo natural, fisiológico, que acontece no corpo para combater um agente exógeno ou, ainda, substâncias endógenas que não estão sendo mais reconhecidas AINEs não combatem a causa da inflamação o Controlam os sinais da inflamação para que, somente depois, busque-se o motivo dessa inflamação para não evoluir para um quadro crônico Um dos perigos de se usar o AINE é o mascaramento da doença o Por exemplo: “estou com dor de cabeça, vou tomar um analgésico” quando o tempo de meia vida do remédio acaba, a dor de cabeça volta o É preciso saber o que está causando a dor de cabeça e a febre, por exemplo o Perigo se torna ainda maior quando se faz uso desses medicamentos sem receita, sem Alguns medicamentos não são eficazes para o controle da inflamação mas, para o controle da febre, eles são bons! Outros são ótimos como antitérmicos mas falham na função analgésica ou antiinflamatória Existe um ponto em comum que classifica esses medicamentos como AINEs: mecanismo de ação São medicamentos que inibem COX (COX 1, COX 2 e até COX 3) indicação médica são medicamentos livres de receita Os sinais da inflamação são produzidos por ação dos prostanoides o São produzidos a partir da ação de duas enzimas: fosfolipase A2 e ciclooxigenase (COX) o Os fosfolipídios de membrana vão sofrer ação da enzima fosfolipase A2, originando como substrato o ácido araquidônico o Ácido araquidônico vai ser substrato para a ação da COX (1 e 2) e da lipoxigenase (LOX) Por ação da COX, vai haver liberação de prostaglandina e tromboxano: substâncias que induzem os sinais clínicos da inflamação no organismo Prostaglandina tem o tempo de meia vida curta e, quando comparado com o tromboxano, não possui nenhum mecanismo de ação em comum, cada um vai agir no seu receptor específico única coisa em comum é a origem Vão afetar quase todas as atividades do organismo, incluindo: fluxo sanguíneo, fluxo sanguíneo renal, agregação plaquetária e contração de músculo liso confere os principais efeitos adversos dessa classe de medicamentos Tromboxano está envolvido com aumento de sangramento e na resposta vascular agregação plaquetária Lipoxigenase vai estar relacionada com a produção de lipoxinas e leucotrienos grandes ações no sistema respiratório, devido a ação da lipoxigenase o Ácido araquidônico vai estar envolvido na ação do citocromo P450, formando radicais livres Ações fisiológicas das prostaglandinas e tromboxanos: o Sistema vascular: PGE2 e PGI2: vasodilatadores potentes na maioria do leito vascular PGI2: 5x mais potente que a PGE2 TXA2: vasoconstritor o Outros músculos lisos: PGs: relaxam o músculo brônquico e traqueal TXA2: broncoconstrição e contração gastrointestinal o Secreção ácida: Citoproteção gástrica (PGE2 e PGI2) PGE2 e PGI2: inibem HCl e pepsina o Rins: PGE e PGI2: aumentam o fluxo sanguíneo renal e diurese sem alterar a taxa de filtração glomerular TXA2: diminui o fluxo sanguíneo renal e taxa de filtração glomerular o PGF2α: induz o parto Os AINEs têm em comum a inibição da COX, logo, há inibição das prostaglandinas o Através das ações fisiológicas citadas acima, tem-se uma noção de quais os efeitos que a inibição de COX pode induzir no organismo ISOFORMA DA COX São duas isoformas ou, possivelmente, três o Alguns livros antigos colocam como uma COX 3 o Os livros mais atuais colocam a COX 3 como uma isoforma do COX 1, presente no sistema nervoso central COX 1 e COX 2 vão agir no ácido araquidônico e produzem prostaglandinas que estão envolvidas com ações diferentes no organismo Prostaglandina E2: envolvida na diminuição da resposta do intestino grosso aos carcinógenos, diminuição da ovulação e fecundidade, hipertensão arterial sensível ao sal, diminuição da inflamação cutânea aguda e aumento da resposta inflamatória intestinal Prostaglandina G2: envolvida com a asma alérgica e também com inflamação das vias respiratórias Prostaglandina F2: envolvida com a contração da musculatura uterina e, quando se usa um AINE no parto, prolonga-se o tempo dele o COX 1: envolvida com efeitos homeostáticos, proteção gástrica, homeostasia renal e função plaquetária o COX 2: envolvida com efeitos inflamatórios, como inflamação, dor e febre Além de serem classificadas quanto ao tipo de ação que vão induzir no organismo, são classificadas quanto a sua presença no organismo o COX 1: é essencialmente constitutiva, ou seja, já existe no organismo Presente na maioria das células e tecido Produção de suas prostaglandinas está envolvida com a manutenção de funções fisiológicas: proteção gástrica, função plaquetária e homeostasia renal o COX 2; é induzida, ou seja, vai ser induzida quando o tecido for inflamado Quando existe uma inflamação, uma lesão tecidual Produz também prostaglandinas, mas elas estão envolvidas com os sinais da inflamação: inflamação, dor e febre Se o paciente está sentindo dor e febre, se ele está com alguma inflamação no corpo, será administrado um medicamento que iniba esses fatores AINEs são medicamentos para tratar sinais e sintomas da inflamação: dor e febre, acompanhados da inflamação o São ácidos orgânicos fracos, logo, sua estrutura química é variada estão envolvidos no mesmo grupo por inibirem COX o Possuem várias finalidades terapêuticas por servirem como um anti-agregante plaquetário ação mediada pelo tromboxano A2, um potente agente para a agregação plaquetária, sendo produzido pela ação da COX 1 o Alguns AINEs também são utilizados no tratamento de câncer no colo retal, por reduzir os agentes que podemestar causando a doença o Entram como complementares na radioterapia e quimioterapia para reduzir a inflamação não são todos os pacientes que possuem um efeito positivo com essa ação ESTRUTURA QUÍMICA Observa-se que são estruturas químicas bem diferentes Esses medicamentos (da imagem acima) possuem ampla utilização o Utilizados em condições agudas (dor de cabeça) e crônicas (tendinite, bursite) A maioria deles não precisa de prescrição o Exceção está no grupo dos coxibes: só são vendidos com prescrição, são utilizados para dores fortes, possuindo efeitos adversos mais significativos (principalmente no sistema cardiovascular) celecoxibe é o principal medicamento da classe São medicamentos que possuem afinidade por COX 2 Quando se toma um AINE, inibindo COX 1, a ação de agregação plaquetária deixa de existir Por isso que ele possui uma ação anti-agregante plaquetário Essa ação pode ser positiva ou não (efeito adverso) Como as plaquetas não possuem núcleos, elas são incapazes de sintetizar mais enzimas durante sua vida útil principal medicamento envolvido com essa ação é o AAS Uma vez que o paciente apresente alergia a algum tipo de AINE, nenhum medicamento da classe poderá ser usado Mesmo sendo estruturas químicas diferente, existe o fator da reação cruzada por causa do mecanismo de ação Quando o paciente toma uma dipirona, por exemplo, ela inibe a COX e o paciente teve uma alergia a dipirona quando for tomar um ibuprofeno, ele vai inibir a COX também, logo, o organismo vai pensar que, por estar fazendo o mesmo efeito, é o mesmo medicamento também desenvolve alergia ao ibuprofeno Em alguns casos, o paciente consegue fazer uso do paracetamol não é considerado por muitos como um AINE São pequenos compostos e estão disponíveis em várias formulações: a. Comprimido b. Cápsula c. Xarope d. Dissolução e. Gel f. Aerossol g. Injetáveis A escolha da formulação vai ser baseada na clínica do paciente e, também, nas principais indicações MECANISMO DE AÇÃO Inibição periférica e central da atividade da enzima coox e subsequente diminuição da biossíntese, bem como liberação dos mediadores da inflamação, dor e febre (prostaglandinas) o Inibição de COX sem liberação de prostaglandinas não há febre, dor e inflamação o Mecanismo principal, presente em TODOS os AINEs Mecanismo de ação da dipirona: ela é analgésica o Isso não é mecanismo de ação, é o EFEITO dela o Tem como efeito a analgesia e, o mecanismo de ação, é a inibição da COX o Tem efeito antitérmico e antiinflamatório também COMO INIBEM A COX? 1. Penetram no canal hidrofóbico formando pontes de hidrogênio com resíduo de arginina na posição 120 Pontes de hidrogênio são fáceis de serem desfeitas Ligam-se e desligam-se da cox muito facilmente 2. Aspirina acetila uma serina na posição 530 Há bloqueio de receptores de mediadores Ação irreversível É a exceção Aspirina tem ação mais forte, principalmente quando se fala de uma agregação plaquetária como a plaqueta não consegue sintetizar outra enzima, ela perde a agregação plaquetária, devido a uma ligação covalente Alguns AINEs, não só a aspirina, possuem a ação de bloquear os receptores que estejam envolvidos com a dor Receptores como o óxido nítrico, bradicilina e substância P Apresentam uma ação maior, analgésica CLASSIFICAÇÃO DOS AINES 1. Ácido carboxílico: aspirina, diflunisal, salsalatos e trissalicilato de magnésio 2. Ácido propiônico: ibuprofeno, naproxeno, fenoprofeno, cetoprofeno, flurbiprofeno e oxapraxina 3. Fenamatos: ácido mefenâmico (constante = mais antigo) 4. Ácido acético: indometacina e diclofenaco 5. Ácido eólico: piroxicam, tenoxicam e fenilbutazona Antes de se descobrir a COX 1 e a COX 2, os AINEs eram classificados de acordo com os ácidos que eles davam origem Depois que se descobriu que existem duas formas de COX, eles foram reclassificados de acordo com a sua seletibilidade para a COX: Quando se aumenta a dosagem do AAS, ele deixa de ser seletivo e passa a inibir COX 1 e COX 2 O que seria melhor para a ação farmacológica dos AINEs: eles inibirem COX 1 ou COX 2? o Inibirem COX 2, estão envolvidos com inflamações o Se só inibir COX 2, não se tem efeitos adversos o Principal efeito adverso, principalmente de quem usa um antiinflamatório por muito tempo, é a úlcera gástrica se inibir COX 1, deixa-se de produzir prostaglandinas e a proteção gástrica vai ter dificuldades o Prostaglandina no TGI: aumenta a quantidade de muco, renova as células do tecido gástrico, aumenta o fluxo sanguíneo e inibe a secreção do ácido clorídrico PROTEGE O ESTÔMAGO Medicamentos altamente seletivos a COX 2: são inibidores de COX 2 mas que inibem totalmente COX 1 o Controlam a inflamação sem apresentar efeitos adversos o Apresentam outros efeitos adversos, principalmente cardiovasculares COX dessa região vai produzir prostaglandinas vasodilatadoras, melhorando o fluxo renal; quando há a inibição da COX, deixa-se de produzir isso, fazendo uma vasoconstrição muito grande no ducto renal, causando hipertensão aumenta pressão arterial, diminui filtração glomerular e redução do fluxo sanguíneo o Posologia curta: 3-5 dias, não podendo ultrapassar o Só são vendidos com apresentação de receita Não se tem um AINE excelente, ou seja, vai prevenir a inflamação sem trazer efeitos adversos. Tem-se aqueles que são mais bem toleráveis ESTRUTURA DA COX Medicamento penetra na COX e seu sítio de ligação é lá dentro, ou seja, o medicamento entra e inibe, fazendo uma ligação com uma ponte de hidrogênio (na bolinha vermelha da imagem) isso na COX 1 o Estrutura vermelha é o sítio de ligação o O mesmo medicamento vai entrar na COX 2 e vai fazer a mesma ligação o Medicamento tanto vai inibir COX 1 quanto COX 2 Quando se tem um medicamento que é seletivo COX 2, mas que não tem ação em COX 1, vai ser preciso criar um impedimento histérico no medicamento o A porção lateral da COX 2 é maior, por isso tem que fazer um ferimento o Esse impedimento no medicamento faz com que ele não entre em COX 1, mas entre em COX 2 o Coloca-se um radical a mais, contendo enxofre, nesse medicamento vai fazer com que o medicamento não entre em COX 1, o medicamento até entra, mas não consegue chegar até o sítio de ligação o COX 2 tem um “bolsão” lateral que vai acomodar a sufidrila, o restante do medicamento vai até o sítio de ligação e faz a ligação o Inserção da sufidrila que faz o medicamento ter seletividade para a COX 2 ou não FARMACOCINÉTICA São ativos por via oral o Com exceção da dipirona: é um pró-fármaco, ou seja, precisa ser ativada no fígado para poder produzir seus metabólitos ativos Absorvidos no intestino o Concentrações plasmáticas de 2-3hrs para os medicamentos não seletivos o 1hr para medicamentos seletivos COX 2 o Apesar de que, devido sua acidez e pH do estômago ser ácido, os medicamentos passam muito tempo nesse tecido Vão se distribuir ligados com a albumina por serem substâncias ácidas o Tem também a glicoproteína-α1-ácida transporta substâncias que são básicas o Albumina transporta substâncias ácidas o Essa ligação pode fazer com que ele desloque outros fármacos, podendo causar toxicidade Enquanto um medicamento estiver ligado a uma proteína plasmática, ele não exerce seu mecanismo de ação precisa se desligar e se ligar ao receptor Se a proteína que transporta está ocupada por um AINE, vai ficar mais tempo ligado ao receptor, causando toxicidade Quando idosos fazem uso de AINEs é importante que eles evitem,o máximo que puder, fazer uso de inibidores da bomba de prótons. Por quê? O ideal é que se associe o medicamento com outro que reduza a secreção ácida, que é o caso de um inibidor da bomba de prótons Vai se estar inibindo a secreção ácida, já que o sistema de citoproteção vai estar com problemas devido a inibição da COX Excretados pelos rins o Podem causar insuficiência renal, não relacionado com a dose EFEITOS FARMACOLÓGICOS Antiinflamatório: o Diminuição de PGE 2 e prostaciclina (PGI) o Reduz vasodilatação e edema o Os efeitos duram, em média, 3 semanas Analgésico: o Diminuição da sensibilidade das terminações nervosas aos mediadores químicos o Ação periférica local o Principal controle é da dor proveniente de inflamação o Pode ter ação no sistema nervoso central por reduzir a síntese de prostaglandinas reduz a ação central o Alguns medicamentos podem agir em receptores opióides, por isso a ação central Antitérmico: o IL-1 libera PGs (prostaglandinas) que elevam o ponto de ajuste do hipotálamo, voltando a controlar a temperatura adequadamente o Redução da produção de interleucina e uma regulação no controle da temperatura o Não previne febre reduz a febre EFEITOS COLATERAIS TGI: o Inibição da citoproteção gástrica o Independente da administração o Misoprostol: prostaglandina sintética; faz a mesma coisa que a PGE endógena, ou seja, proteção gástrica Reações cutâneas: o Ácido mefenâmico e sulindaco o Reações eritematosa leve, urticária e fotossensibilidade Renais: o Diminuição do fluxo sanguíneo renal o Pacientes suscetíveis o Por isso que ibuprofeno não é indicado para pacientes renais e hipertensos Cardiovascular: o AVC e infarto o Rofecoxibe: 18 meses o Naproxeno: bem tolerado Hipertensão: o Inibição da COX 2 na mácula densa renal secretora de renina Asma: o 5% da população o Infecção viral preexistente o Reação cruzada com o uso de medicamentos principal é a aspirina o Mais evidente quando se faz uso da aspirina: ligação irreversível o Se o paciente já é um paciente asmático, qualquer gatinho pode desencadear uma crise asmática quando se inibe a COX, o ácido araquidônico vai ser desviado para a lipoxigenase e vai aumentar a produção de leucotrienos INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS IECA: evitam degradação de cininas que produzem PGs vasodilatadoras o IECA: inibidores da enzima conversora de angiotensina o Usado para hipertensos o Causam hipertensão e vão interagir com os medicamentos utilizados para compor a pressão arterial o Exemplos de IECA: capitropil, enalapril e lisinopril o Quando o paciente é hipertenso, toma um capitropil e toma um AINE: diminui a eficácia do medicamento por reduzir as prostaglandinas reduz a função das prostaglandinas vasodilatadoras e a pressão vai aumentar Hiperpotassemia: bradicardia e síncope em idosos, diabéticos, hipertensos e pacientes com doença cardíaca isquêmica o Inibidor de ECA com AINE pode causar hiperpotassemia Corticoides e ISRS: aumento da frequência ou gravidade de complicações gastrointestinal o ISRS: inibidores seletivos da receptação de serotonina o Exemplo de corticoide: dexametasona o Exemplo de ISRS: fluoroxetina Varfarina: aumenta o risco de sangramento o Varfarina é um anticoagulante o Anicoagulante, em conjunto com um anti- agregante plaquetário, faz com que se aumente o sangramento o Paciente tem grave risco de hemorragia Varfarina, sulfolinureias e metotrexato: deslocamento de proteínas plasmáticas pelos AINEs o Varfarina: sangramento muito alto, hemorragia o Sulfolinureias: hipoglicemia grave e o paciente começar a desmaiar o Metotrexato: problemas na produção de ácido fólico, levando a problemas de anemia ASPIRINA É o mais famoso AAS: ácido acetilsalicílico Fármaco mais antigo dos AINEs Fitofármaco Indicações: o Dores leves e moderadas o Ação de antitérmico o Tem disso utilizado para diminuir a inflamação do câncer colorretal e diarreia por radiação controle da inflamação na região do intestino grosso Principal indicação dele, atualmente, é como anti- agregante plaquetário A ingestão de uma única dose, 325mg, eleva o tempo de sangramento de uma pessoa normal (sem problemas) o Essa dosagem apresenta muitos efeitos adversos no estômago o Doses diárias, de 100mg, apresenta o mesmo feito de elevar o tempo de sangramento, reduzindo os efeitos adversos gástricos o Finalidade de se aumentar o tempo de sangramento: como não se forma uma agregação plaquetária, reduz-se a tendência de produzir trombos no paciente que já teve infarto ou em um paciente cardiovascular para prevenir um infarto o Prevenção de novas recidivas de infarto Antigamente, era muito utilizado o AAS infantil, o qual apresentava muitos efeitos colaterais o Síndrome de Reye era um dos efeitos: mais presente em crianças e adultos de baixo peso; como sintomas se destacam a encefalopatia, hipertermia e rash cutâneo Tem que ser usado com cautela em viroses, principalmente quando se quer diferenciar dengue de dengue hemorrágica o Como aumenta o tempo de sangramento, e o paciente tiver uma dengue hemorrágica, fará com que o paciente apresente problemas ainda maiores o Risco de hemorragia Outros efeitos colaterais: o Destrói células epiteliais o Edema celular e descamação o Devido a sua alta afinidade por COX 1, pode causar, no TGI: náusea, vômitos, irritação, pirose e ulcerações o Aumenta a produção de CO2 e causa hiperventilação: pode causar broncoespasmo em asmáticos o Aumenta o tempo de sangramento: prolonga o tempo de sangramento, devido a inibição de TXA 2 Varfarina é um anti-coagulante e a aspirina um anti- agregante plaquetário o Dois medicamentos que podem aumentar o risco de hemorragia Em casos de pacientes que precisam realizar uma cirurgia eletiva e fazem uso da aspirina, ele vai precisar fazer uma pausa de 7 dias na utilização desse medicamento para que o organismo volte a produzir plaquetas e, as plaquetas, voltem a produzir tromboxano o Tromboxano permite que haja a coagulação sanguínea o Sem essa pausa, paciente apresentará riscos maiores de hemorragia PARACETAMOL O paracetamol não tem atividade antiinflamatória, sendo indicados para casos de dores leves e moderadas É um ótimo antitérmico Qual seria, realmente, o mecanismo de ação do paracetamol?? o Apresenta ação, por isso o controle da febre o Teoria mais aceita: como é um medicamento altamente lipossolúvel, chega ao SNC mais rápido, logo, sua concentração periférica é menor. Além disso, é degradado por peróxidos produzidos durante a inflamação peróxidos degradam, inativam, o paracetamol não tem ação na região inflamada devido a produção dos peróxidos o No SNC, tem ação de antitérmico Principal utilização é como antitérmico Medicamento que demora muito para começar a fazer efeito o Começa a fazer efeito em, aproximadamente, 40-45min Seu grande problema é a produção de um metabólito tóxico: NAPB o Causa toxicidade renal e hepática o Necrose no fígado e nos túbulos renais o Geralmente acontece em pacientes que já apresentam alguma toxicidade/problema hepático ou quando o paciente consegue ingerir a dose tóxica (10-15g de paracetamol) existem casos em que pacientes tentam suicídio o Antídoto pode reverter a situação ou diminuir os efeitos causados: acetilcisteína e metionina, medicamentos que aumentam a glutationa aumenta a eliminação do metabólito ativo Paracetamol comercializado apresenta sua maior dose de 750mg Único medicamento indicado para gestantes: não causa risco nem para a gestantee nem para o bebê Único indicado para recém-nascidos até 3-6 meses Posologia: até 4x ao dia, de 6 em 6 horas DIPIRONA Considerado um AINE, mas seu mecanismo de ação ainda é desconhecido o Sabe-se que ele inibe a COX o No entanto, sua ação não se deve somente a inibição da COX acredita-se que está relacionada com a dessensibilização de nociceptores envolvendo NO (óxido nítrico) o Inibição de prostaglandinas no SNC e variantes COX 1 no SNC Ação analgésica, antitérmica e antiinflamatória É um pró-fármaco o Quando é administrada, depois de metabolizada, ela vai formar vários metabólitos o Dos metabólitos 2 possuem atividade antiinflamatória e analgésica: 4-AA e 4-MAA Principal efeito adverso da dipirona é o choque anafilático o Muitas pessoas apresentam alergia a dipirona não pode usar outro AINE devido a reação cruzada Outros efeitos gerados: o Hipotensão: principalmente se a dipirona for administrada via endovenosa hipotensão vem como sonolência o Agranulocitose: redução de células vermelhas Lisador é um medicamento que associa um anti- histamínico a dipirona o Anti-histamínico tem como efeito o sono, sedação o Dipirona tem efeito de hipotensão o Paciente fica sedado, com diminuição dos efeitos Dipirona é indicada a partir de 3 meses ou pacientes acima de 5kg Risco D para grávidas: não foi testado em mulheres gestantes, porém, epidemiologicamente, não apresenta nenhum rico 30-35min a dipirona já começa a apresentar efeito DICLOFENACO Existem dois tipos de diclofenaco: 1. Diclofenaco de sódio 2. Diclofenaco de potássio Farmacalogicamente falando fazem a mesma coisa Sódio é um íon carregado positivamente +1, bem como o potássio o Lançaram dois medicamentos farmacalogicamente iguais: voltaren e cataflam o Depois de absorvidos, o sódio e o potássio se desprendem do diclofenaco fica na circulação só o diclofenaco Diclofenaco, então, inibe a COX e causa efeitos colaterais Sódio aumenta a concentração de sódio no organismo o Não vai fazer a pressão arterial aumentar instantaneamente o É muito mais provável aumentar a P.A devido ao mecanismo de ação de vasoconstrição da mácula densa Se o paciente tem uma inflamação crônica ou é hipertenso (com uma hipertensão não controlada), terá um fator agravante usa o diclofenaco de potássio o Diclofenaco de sódio e de potássio aumentam a pressão devido ao mecanismo de ação Efeito de passagem> 50% de biodisponibilidade Meia-vida curta: 1-2 horas Posologia: 3x ao dia, de 8 em 8 horas Efeitos colaterais: o Dor gástrica pode evoluir para um sangramento, ulceração ou perfuração o Problemas renal: devido a uma vasoconstrição renal, aumentando a P.A Formas de apresentação: o Gotas o Comprimidos o Gel o Aerossol: indicado para pancadas o Colírio: pouco utilizado IBUPROFENO Muito prescrito e comercializado por ser muito bom antitérmico, analgésico e antiinflamatório AINE com menor toxicidade no TGI: apenas 3% dele vai apresentar toxicidade no TGI Controle de uso para hipertensos Absorção oral de aproximadamente 80% Início de ação: 15-30min Contraindicado no 3º trimestre da gestação (inibição da prostaglandina F2α, a qual induz o trabalho de parto) e deve ser usado com cautela na amamentação o Ibuprofeno bloqueia a prostaglandina e pode retardar o trabalho de parto, fazendo com que a criança sofra Só recomendado a partir de 1 ano mas, a partir dos 6 meses, pode ser usado se a febre da criança não baixar com outros medicamentos Posologia: 1-2 gotas/kg o 1 gota: dor e febre moderada o 2 gotas: dor e febre alta Outra utilização do ibuprofeno é que ele induz o fechamento do canal arterial o Prostaglandina E2 vai causar um relaxamento da musculatura e vai fazer com que o canal arterial não seja fechado o Nos bebês que nascem a termo, ou seja, até 7 meses, esse canal vai fechar normalmente em bebês prematuros, prostaglandina vai fazer com que o canal demore mais tempo para fechar, resultado: mistura de sangue do V.D no pulmão, podendo causar problemas na criança o Não reduz o fluxo sanguíneo para intestino, rins e cérebro o Não aumenta creatinina sérica o Reduz risco de enterocolite necrosante e insuficiência renal transitória Ibuprofeno e indometacina são aqueles que apresentam uma melhor resposta ao fechamento do canal o Ao inibir a prostaglandina E2, vai induzir uma vasoconstrição e o fechamento do canal arterial o Melhores AINEs para o casos dos bebês o Maior recomendação: ibuprofeno o Indometacina vai reduzir o fluxo sanguíneo para o intestino, rim e cérebro problemas nos órgãos por falta de sangue Atualmente, tem sido muito utilizado para febres associadas a viroses o Principalmente: zika, dengue e chikungunya o Febres muito rápidas e que voltam rapidamente DERIVADOS DO OXICAN Principais derivados são: 1. Piroxicam 2. Tenoxicam 3. Meloxicam O tempo de meia-vida desses medicamentos é prolongada o Apresentam alta ligação com proteínas plasmáticas ligação não reversível Tenoxicam é vendido em dosagens de 10 e 20mg o 10mg pode ser usado mais de uma vez ao dia o 20mg é usado somente uma vez ao dia o Muito utilizado em casos de cesariana Meloxicam é vendido em dosagens de 7,5 e 15mg o 7,5mg é usado duas vezes ao dia, 12 em 12 horas o 15mg é usado somente uma vez ao dia o Muito utilizado para dismenorreias e cólicas menstruais o Bem tolerado no TGI, causando poucos problemas gástricos no caso da dose de 7,5mg Medicamentos são mais utilizados em casos de dor pós- cirurgia o Reduz a dor e inflamação pós-cirúrgica Piroxicam tem uma ação adicional: além de inibir COX, faz com que neutrófilos sejam ativados o Muito utilizado em casos de artrite reumatoide e osteoartrite o Ativação de neutrófilos: inibe proteoglicanase e colagenase na cartilagem diminui a degradação da cartilagem e reduz a evolução da artrite o Tem início lento de ação: só vai encontrar concentrações efetivas depois de 12 dias o Apresenta muitos efeitos adversos gástricos: muita dor gástrica; 20% dos pacientes apresentam efeitos e 5% deixam de fazer uso NIMESULIDA Nimesulida é um derivado das sulfonilidas É um ótimo antiinflamatório Efeito farmacológico: inibição de COX e prostaglandinas Apresenta poucos efeitos colaterais Boa tolerância gástrica e renal Devido a automedicação com a nimesulida, pacientes começaram a apresentar reações hepáticas adversas o Em doses corretas, não causa nenhum problema Contra-indicação: menores de 12 anos, gravidez, aleitamento e insuficiência INIBIDORES ALTAMENTE SELETIVOS DE COX 2 São os Coxibes A incidência de úlceras foi similar ao grupo placebo e significativamente menor que o grupo tratado com AINEs não seletivos o Não induziu problemas gástricos o Aumentou a taxa de problemas cardiovasculares, quando comparado com os AINEs normais/tradicionais Apresentam um grupo seletivos COX 2 desenvolvidos para manter a taxa clínica dos AINEs: inibindo COX 2 mas sem inibir COX 1 o Sem inibir COX 1 não ia causar problemas, principalmente, gástricos Foram desenvolvidos para pacientes que apresentam úlceras pépticas por AINEs Medicamentos: 1. Celecoxibe: celebra Mais utilizado Pode ser usado uma dose única de 200mg ou duas doses ao dia de 100mg 2. Etoricoxibe: arcoxia 120, 90 e 60mg, 1x ao dia Posologia depende da dor e gravidade do paciente Dosagem não pode ultrapassar 120mg 3. Parecoxibe: pró-fármaco do Valdecoxibe Além de problemas cardiovasculares, podem desencadear: o Erupções cutâneas o Pruridoo Azia
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