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REALISMO E NATURALISMO
AULA 1
Contexto Histórico
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O Realismo surgiu na Europa, mais precisamente na França, no final do século XIX. A
primeira obra dessa escola foi Madame Bovary, de Gustave Flaubert, tendo como tema
principal os assuntos cotidianos e o adultério, de forma bem objetiva. Essa objetividade é
uma das principais características do Realismo.
Nascia ali o Ciclo Antirromântico, que derrubava a forma de se expressar da escola
anterior, o Romantismo, visto que agora a subjetividade era substituída pela clareza
e objetividade, e o amor não era mais idealizado, e sim exposto em sua forma real, com
suas imperfeições e peripécias.
Assim, os valores Realistas eram, basicamente:
a Crítica social direta; e,
a Crítica ao catolicismo.
Os principais autores europeus dessa época são Gustave Flaubert, que deu início à
escola, Eça de Queirós e Charles Dickens.
Dessa forma, o Realismo surgiu em meio ao seguinte contexto:
Segunda Revolução Industrial, colocando o Capitalismo cada vez mais em alta;
Segundo reinado de Pedro II, ou seja, final do império;
Abolição da Escravatura;
Proclamação da República.
AULA 2
Características Gerais
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Realidade como fundamento;
Temas do cotidiano, egoísmo, adultério;
Destaque da classe trabalhadora nas obras;
https://www.stoodi.com.br/materias/literatura/realismo/
https://localhost/materias/literatura/realismo/contexto-historico/
https://localhost/materias/literatura/realismo/caracteristicas-gerais/
Verossimilhança, ou seja, aproximação da realidade;
Descrição, análise e crítica da sociedade;
Ausência do heroísmo e da melancolia tipicamente românticos;
Fiel retratação das personagens, excesso de detalhes;
Objetividade;
Mulher, amor e sentimentos tratados de forma real, não mais idealizada;
Personagens analisadas psicologicamente;
Enredo em 3ª pessoa onisciente, imparcial e impessoal. Visão generalizada.
AULA 3
Realismo em Portugal
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Em Portugal, o Realismo teve início em 1865, em meio à Questão Coimbrã e às
Conferências do Cassino, sendo essa última a que realmente consolidou as
características Realistas no país. O marco inicial dessa nova escola em Portugal foi com
a obra “O Realismo como Nova Expressão da Arte”, de Eça de Queirós, o maior nome do
Realismo português.
Poesia Realista
A poesia realista se torna uma arma de combate, com a qual o poeta realiza
denúncias sociais;
Seu principal representante é Antero de Quental, que teve duas fases de
composição:
1ª fase: comprometimento com a reforma social.
2ª fase: introspecção e solidão.
Prosa Realista
Teve como principal representante Eça de Queirós;
Busca por uma reforma da sociedade portuguesa;
O casamento se torna uma das principais temáticas, por representar uma estrutura
da sociedade burguesa. Uma estrutura falida, visto que o adultério era algo cada vez
mais comum na sociedade. Passa-se a abordar principalmente o adultério feminino, e
a mulher passa a ser vista sob a ótica naturalista: a fêmea que também possui seus
instintos, como o homem;
Exposição da degradação da estrutura familiar.
Eça de Queirós
https://localhost/materias/literatura/realismo/realismo-em-portugal/
Principais obras: O Crime do Padre Amaro (crítica à Igreja) e O Primo Basílio (crítica
à burguesia);
Racionalismo;
Objetividade;
Engajamento na denúncia social.
AULA 4
Realismo no Brasil
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No Brasil o Realismo teve início em 1881, com a publicação da obra “Memórias Póstumas
de Brás Cubas”, de Machado de Assis, enquanto que “O Mulato”, da mesma época,
escrito por Aluísio de Azevedo, demarca o início do Naturalismo.
Ambas as escolas nascem em nosso território quase que concomitantemente à abolição
da escravatura, momento em que o trabalho passa a ser “livre”. Além disso, alguns ideais
europeus também ganham espaço em nosso país, como a filosofia positivista e a teoria
evolucionista.
Assim como o Realismo português, o brasileiro possui como principais características:
Retratação da realidade e denúncia social;
Abordagem de temas do cotidiano, como egoísmo e adultério;
Descritivismo, excesso de detalhes;
Mulher, amor e sentimentos tratados de forma real, não mais idealizada;
Personagens analisadas psicologicamente.
 
AULA 5
Realismo no Brasil: Autores
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Aluísio de Azevedo (Naturalismo)
Escreveu peças de teatro e romances, dentre os quis se destacam as obras O Mulato,
obra que deu início ao Naturalismo no Brasil em 1881, e O Cortiço, sua produção mais
conhecida.
https://localhost/materias/literatura/realismo/realismo-no-brasil/
https://localhost/materias/literatura/realismo/realismo-no-brasil-autores/
O Mulato, que aborda a questão do preconceito racial, demarca também o início da
narrativa realista-naturalista, sendo esta repleta de descrições a fim de situar o leitor no
ambiente da história.
O Cortiço retrata o cotidiano carioca, mostrando um Rio de Janeiro em crescimento, onde
a pobreza e as aglomerações sociais em virtude da escravidão e da imigração são
reinantes, originando, assim, os cortiços. É uma obra com forte carga de denúncia social,
onde a exploração do mais forte sobre o mais fraco fica bem evidenciada.
 
Raul Pompeia (Realismo/Naturalismo)
A marca de Raul Pompeia, cuja principal obra é O Ateneu, é a versatilidade. O autor
mescla em sua obra traços do Realismo Psicológico, do Impressionismo, do
Expressionismo, do Naturalismo e do Simbolismo, que seria a escola literária
subsequente.
O Ateneu é, na verdade, uma autobiografia de Raul Pompeia, que conta a história da
época em que foi aluno do Colégio Abílio, dos 10 aos 12 anos, denunciando o
autoritarismo do diretor Barão de Macaúbas. Ademais, os conflitos psicológicos vividos
pelo protagonista e a desumanização das pessoas também são parte essencial deste
livro.
AULA 6
Realismo no Brasil: Machado de Assis
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Machado de Assis
Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro, em 21/06/1839. O marco inicial do Realismo
no Brasil foi sua obra “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de 1881. Machado também
escrevia peças de teatro, crônicas, críticas literárias e poesias.
As principais características de suas obras são:
Retratação de assuntos polêmicos em seus contos;
Utilização de personagens metafísicos, além dos tradicionais, como na própria obra
“Memórias Póstumas”, em que o falante é uma pessoa morta;
Forte presença da ironia;
Utilização do tempo psicológico, quebrando a linearidade da história;
Crítica à sociedade;
Descrença na melhoria dessa sociedade, desesperança;
Narradores em 1ª pessoa;
https://localhost/materias/literatura/realismo/realismo-machado-de-assis/
Digressão (envolvimento do leitor na história) e metalinguagem (o texto falando do
próprio texto).
 
Dom Casmurro
Tema: adultério (porém, não há certeza de que realmente houve traição).
Narrador em 1ª pessoa: o próprio Dom Casmurro, cujo verdadeiro nome era Bentinho.
Resumo da obra:
A mãe de Bentinho, dona Maria, deseja que o filho sirva a Deus. Entretanto, Bentinho era
apaixonado por Capitu, e, contrariando a vontade da mãe, se casa com a
moça. Paralelamente, seu melhor amigo, Escobar, casa-se com Sancha, a melhor amiga
de Capitu.
Posteriormente, Bentinho e Capitu têm um filho chamado Ezequiel, que à medida que
cresce, passa a se parecer cada vez mais com Escobar. É a partir disso que surge
a desconfiança do adultério.
Bentinho se divorcia de Capitu e a manda com o filho para o exterior, onde a moça acaba
morrendo depois de um tempo. E, assim, ele se torna Dom Casmurro, um
homem amargo e triste.
Apesar disso tudo, não fica explícito na obra se a traição ocorreu ou não. É uma
interpretação subjetiva.

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