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ANÁLISE TEXTUAL_INTERPRETAÇÃO_COMPREENSÃO

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PORTUGUÊS 
PROF. ANDERSON CAMPOS 
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ANÁLISE TEXTUAL 
As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto em que estão inseridas. Torna-se, assim, 
necessário sempre fazer um confronto entre todas as partes que compõem o texto. 
Além disso, é fundamental apreender as informações apresentadas por trás do texto e as inferências a que ele remete. 
Esse procedimento justifica-se por um texto ser sempre produto de uma postura ideológica do autor diante de uma temática 
qualquer. 
Como ler e entender bem um texto? 
Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a informativa e de reconhecimento e a interpretativa. A primeira 
deve ser feita de maneira cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Dessa leitura, extraem-se informações sobre 
o conteúdo abordado e prepara-se o próximo nível de leitura. Durante a interpretação propriamente dita, cabe destacar 
palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para resumir a ideia central de cada parágrafo. Este tipo 
de procedimento aguça a memória visual, favorecendo o entendimento. 
Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjetiva, há limites. A preocupação deve ser a captação 
da essência do texto, a fim de responder às interpretações que a banca considerou como pertinentes. 
No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto com outras formas de cultura, outros textos e 
manifestações de arte da época em que o autor viveu. Se não houver esta visão global dos momentos literários e dos 
escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Aqui não se podem dispensar as dicas que aparecem na referência 
bibliográfica da fonte e na identificação do autor. 
A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de resposta. Aqui são fundamentais marcações de 
palavras como não, exceto, errada, respectivamente etc. que fazem diferença na escolha adequada. Muitas vezes, em 
interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais adequado", isto é, o que responde melhor ao questionamento proposto. Por 
isso, uma resposta pode estar certa para responder à pergunta, mas não ser a adotada como gabarito pela banca examinadora 
por haver uma outra alternativa mais completa. 
Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento do texto transcrito para ser a base de análise. 
Nunca deixe de retornar ao texto, mesmo que aparentemente pareça ser perda de tempo. A descontextualização de palavras 
ou frases, certas vezes, são também um recurso para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para 
ter ideia do sentido global proposto pelo autor, dessa maneira a resposta será mais consciente e segura. 
1. CONSTRUÇÃO TEXTUAL 
 
De uma visão mais ampla (genérica) para uma mais específica (particular), podemos analisar um texto como uma 
sequência de parágrafos; cada parágrafo, uma sequência de períodos; cada período, uma sequência de palavras. Toda essa 
estrutura compõe o famoso tecido textual que, bem desenvolvido, permite o entendimento da situação comunicativa. Tudo isso 
envolve, indiscutivelmente, união entre as partes (palavras). E neste exato momento começamos a pensar em coesão. 
 
Um texto bem construído não permite que o leitor perca a sequência dos fatos, tampouco a relação entre os conjuntos. 
Em tal situação, fica configurada a coesão. 
 
Qualquer elemento que faça a ligação entre os fragmentos do texto possui função coesiva. Em outras palavras, para que 
seja possível o entendimento de um texto não é apenas suficiente uma sequência de frases bem escritas é, antes de tudo, 
necessário que elas se relacionem de forma harmônica, permitindo a compreensão do texto integralmente. Enfim, essa 
conexão interna entre os vários enunciados do texto denomina-se coesão. Ela pode acontecer por meio de conectores sintáticos 
ou por fatores semânticos. O primeiro é o que se entende por coesão sequencial e o segundo por coesão referencial. 
2. SEMÂNTICA DOS CONECTORES 
OBS: Durante a segunda leitura buscar analisar também os elementos estruturais do texto: ELEMENTOS DE 
COESÃO. Isso porque as provas costumam explorar esses elementos em questões. 
 
2.1 PREPOSIÇÕES 
 
Esses elementos são responsáveis por estabelecer o nexo entre os vocábulos de uma oração e entre as orações, 
períodos e parágrafos em um texto. 
 
 
 
 
 
 
 
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2.2 CONJUNÇÕES 
 
As conjunções são vocábulos gramaticais utilizados para relacionar duas orações ou dois termos semelhantes da 
mesma oração. As conjunções podem ser de dois tipos: conjunções coordenativas ou conjunções subordinativas. O valor 
significativo das conjunções é definido quando se consegue compreender o caráter e o papel desempenhados por elas na 
estrutura oracional. As orações conectadas 
traduzirão por si mesmas, com a presença do conector sintático, o valor semântico do período por elas composto. 
Sendo assim, as orações se relacionam umas com as outras por meio de uma palavra ou de uma locução que as liga. 
Essa palavra é chamada de conjunção. As relações que as conjunções estabelecem são um dos fatores responsáveis pela 
textualidade, ou seja, elas contribuem para que um texto seja coerente e coeso, e não uma sequência de palavras ou frases 
soltas, sem conexão entre elas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.3 COERÊNCIA TEXTUAL 
 
É a ocorrência de um texto que, além de apresentar-se coeso, há de fazer sentido. Um texto pode ser coeso sem ser 
coerente, mas nunca poderá ser coerente sem ser coeso. O autor de um texto pode fazer uso de elementos coesivos, contudo o 
texto pode não possuir sentido. O estudo de coerência prevê a ocorrência de uma linha de raciocínio, lógica no pensamento, 
harmonia entre fatos e, principalmente, não pode haver contradição. 
 
Ex.: Lula, Pelé e Xuxa são extremamente famosos. Esse foi jogador de futebol, aquele foi Presidente do Brasil e esta é muito 
bonita. 
 
Observe que o texto é coeso, pois tal qual no exemplo anterior utiliza-se de pronomes demonstrativos para ligar a 
segunda frase à primeira. No entanto, o texto não é coerente, porquanto não houve a manutenção de uma linha de raciocínio. 
Enquanto os dois primeiros foram apresentados pela profissão, a referência à última diz respeito não à sua profissão, mas à 
beleza física. 
A alternativa abaixo em que o conectivo em destaque tem seu valor semântico erradamente indicado é: 
 
a) “…não há polícia suficiente para fazê-la ser cumprida” = finalidade; 
b) “…uma originalidade brasileira como a jabuticaba.” = comparação; 
c) “…muita lei que não pega por falta dessa sintonia” = causa; 
d) “…existe uma lei óbvia segundo a qual…” = ordenação; 
e) “…mas raramente usam capacete” = adversidade. 
 
Gabarito: D 
Todos os conectores estão com seus valores semânticos corretamente indicados, exceto na alternativa D, em que o 
conector possui valor de conformidade, e não de ordenação. 
 
… a densidade da ocupação espacial resulta na concentração de necessidades. ASSIM, nas cidades surgem problemas que 
em outras condições as pessoas nunca tiveram oportunidade de resolver. 
Identifica-se entre as frases acima, respectivamente, relação de: 
a) consequência e ressalva; 
b) causa e consequência; 
c) finalidade e temporalidade; 
d) oposição e ressalva; 
e) condição e oposição. 
 
Gabarito: B 
Podemos observar algumas relações na passagem acima. A densidade da ocupação é causa de concentração de 
necessidades, assim como tal concentração de necessidades também se torna causa para o fato de surgirem problemas 
que, em outras condições, as pessoas nunca tiveram oportunidade de resolver. Sendo assim, há uma nítida relação de 
causa e efeito na passagem do enunciado. 
 
 “Isso porque, embora sejam caros, eles cortam outros gastos […]” O conectivo sublinhado nessa frase introduz relação 
semântica de: 
a) alternativa; 
b) concessiva; 
c) conclusiva; 
d) consecutiva. 
 
Gabarito: B 
Questãosemelhante á anterior, modificando apenas a conjunção. O EMBORA do texto pode ser facilmente substituído por 
AINDA QUE e MESMO QUE que são outros conectores concessivos. Para este tipo de questão, basta ter memorizado que o 
conector MESMO QUE é concessivo e saber enxergar tal relação no contexto. 
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ANOTAÇÕES IMPORTANTES!!!!!! 
 
 
ASPECTOS ANALISÁVEIS EM UMA LEITURA TEXTUAL EMPROVAS DE CONCURSO 
INTERPRETAÇÃO x COMPREENSÃO x ESTRUTURA 
1. INTERPRETAÇÃO _____________________________________________________________________________ 
 
 
2. COMPREENSÃO_ _______________________________________________ 
 
 
3. ESTRUTURA 
 
 
CUIDADOS IMPORTANTES ANTES DA LEITURA DE UM TEXTO 
 
 
 
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PONTUAÇÃO COMO RECURSO DE COESÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	ANÁLISE TEXTUAL
	ASPECTOS ANALISÁVEIS EM UMA LEITURA TEXTUAL EMPROVAS DE CONCURSO
	INTERPRETAÇÃO x COMPREENSÃO x ESTRUTURA
	CUIDADOS IMPORTANTES ANTES DA LEITURA DE UM TEXTO
	PONTUAÇÃO COMO RECURSO DE COESÃO

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