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expediente 
diretor da fumap
pr. aléssio gomes de oliveira 
diretor editorial
pr. josé lima de farias filho
redação jornalista resposável 
pr. elias pitombeira de toledo - Mtb 24.465 
capa e diagramação 
márcio de souza rodrigues
revisão do texto 
eudoxiana canto melo 
autores
pr. aléssio gomes de oliveira, pr. nata-
nael guimarães rodrigues, pr. alan kar-
dec, pr. joão leonardo júnior, mis. josé 
wilberth magalhães, ir. genésio mendes 
júnior, ir. ricardo radhiguieri rascado e ir. 
eudoxiana canto melo. 
atendimento e tráfico 
geni ferreira lima - (11) 6955-5141
impressão 
gráfica e editora a voz do cenáculo 
rua afonso vergueiro, 12 - vila maria 
são paulo - sp 
cep: 02116-000
fone: (11) 6955-5141 
fax: (11) 6955-6120
e-mail: gevc@terra.com.br
redação 
rua boa vista, 314 - 6º andar 
conj b - centro - são paulo - sp
cep: 01014-030 
fone/fax: (11) 3106-6509
www.fumap.com.br
fumap@fumap.com.br
fumap
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 5
índice 
06 Apresentação 
11 Existe ou não amor a primeira vista? 
22 Ficar ou não ficar?
30 Quem escolhe com quem vou me casar?
35 Jovens ou adultos: 
Quem tem mais habilidades para amar? 
41 Qual a finalidade do namoro?
48 Sexo antes do casamento: 
Qual o Problema ?
54 Pode haver discussão entre 
pessoas que se amam?
62 Posso ou não namorar 
alguém de outra religião? 
 
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 6
APRESENTAÇÃO 
NAMORO, NOIVADO, CASAMENTO E SEXO
Entramos num período de nossa história em que todos exigem seus direitos: Liberdade de expressão, direito de ir e vir, sexo livre, etc. Assim, desde muito jovem, a pessoa entende que, em sua vida, 
o que realmente conta é aquilo que ela decide por si mesma; algumas ve-
zes, ignorando completamente a experiência de outras pessoas e as orien-
tações bíblicas, querendo, desta forma, escrever a sua própria história, com 
o mínimo possível de interferência de quem quer que seja. É neste desejo 
de encontrar a independência tanto das pessoas “mais velhas” quanto de 
“princípios morais” que a juventude caminha a passos largos, em direção a 
um futuro incerto. Entretanto, o jovem cristão, de todos os tempos e lugares, 
deve ser consciente de que, para ele, esta regra não vale, pois nossos direitos 
não são ilimitados, e sempre teremos que pautar nossas escolhas e decisões 
de maneira tal que elas sejam aprovadas aos olhos de nosso Deus.
Comprovadamente, no que diz respeito à vida amorosa e sexual do 
jovem pós-moderno, a regra é liberar geral. As revistas com cunho porno-
gráfico vendem milhões de exemplares anualmente. São sites, filmes, ou-
tdoors, novelas, comerciais bombardeando, ininterruptamente, as nossas 
mentes, vendendo a idéia de sexo fácil e descartável e de relacionamentos 
sem compromisso, tendo tão somente em vista a finalidade de proporcio-
nar prazer, por um curto período de tempo, negligenciando, desta forma, 
as orientações divinas para este período de sua vida: fuja das paixões da 
mocidade e procure viver uma vida correta, com fé, amor e paz, junto com 
os que com um coração puro podem a ajuda do Senhor (II Tm 2:22).
Em meio a um mundo conturbado, entendemos que abordar sobre o as-
sunto: Namoro, Noivado, Casamento e Sexo é uma tarefa delicada, mas neces-
sária. Por isso, nos propusemos a falar sobre ele, nesta série de Lições Bíblicas.
NAMORO
A atração que um rapaz sente por uma moça ou vice-versa é a defi-
nição mais simples para “namoro”. Ele acontece devido a diversos fa-
tores que envolvem a sexualidade e que despertam sentimentos de um 
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 7
para com o outro. Este é o período necessário para que os namorados 
conheçam as qualidades e os defeitos de cada um. É nesse período que 
as preferências pessoais serão expostas, e, desta forma, o casal vai se 
preparando para os passos seguintes, que são o noivado e o casamento. 
Noivado? Casamento? Isto mesmo, se a finalidade do namoro não for 
esta, é bem possível que se esteja namorando com um propósito que não 
tenha a aprovação divina. 
É neste período, ainda, que ficará evidente se o que sentem é amor 
ou paixão. Se o namoro estiver alicerçado na paixão, nunca dará certo, 
pois fugirá ao divino propósito, uma vez que, diferentemente do amor, 
a paixão é egoísta. Enquanto o amor é sereno e busca a felicidade do 
outro, a paixão é cega, sem controle e busca tão somente satisfazer a 
si mesma. Desta forma, não é raro encontrar casais que, sem o devido 
cuidado, acreditando que estivessem se amando, se casaram num curto 
período de tempo, alegando estarem “apaixonados”, e estavam mesmo; 
entretanto, a paixão, diferentemente do amor genuíno, que jamais aca-
ba, passa, o que, via de regra, gera desconfortos enormes na vida destes 
casais, que, na sua maioria, acaba se divorciando.
Se, por um lado, o namoro pode ser prejudicial, quando motivado por 
finalidades equivocadas, quando se torna possessivo ou descamba para a 
imoralidade, por outro, estimula positivamente no desenvolvimento e no 
aperfeiçoamento de algumas áreas de nossa personalidade, pois, devido 
ao fato de que há interação entre os dois, muitas qualidades e muitos 
defeitos, que, de outra forma, não seriam conhecidos vão, aos poucos, se 
mostrando e indicando novas diretrizes para o crescimento de ambos. En-
tretanto, entre os muitos benefícios que este período proporciona, como 
a oportunidade para saber mais do universo do sexo oposto, de propor-
cionar o bem-estar interior, advindo de amor que um irá demonstrar ao 
outro, os remete a momentos de interação social, o maior bem que deve 
proporcionar é o amadurecimento espiritual na vida dos dois. 
NOIVADO
O noivado é um compromisso que o casal assume, no sentido de in-
dicar que o casamento se aproxima. Aqui, nesta segunda fase do relacio-
namento, é interessante que as questões que envolverão a vida dos dois 
sejam tratadas com maior firmeza, uma vez que é bem maior a proporção 
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 8
de noivados que acabam em casamento do que a de namoros que aca-
bam em noivados.
É aconselhável que o primeiro passo, antes de se confirmar o noivado, 
seja a comunicação aos familiares (pais de ambos), em que a moça esteja 
presente, quando o fato for comunicado aos pais dele, e o rapaz presen-
te, quando o fato for comunicado aos pais dela. A partir daí, se possível, 
que sejam intensificados momentos que proporcionem oportunidades 
para que as famílias se conheçam melhor. Após terem recebido o apoio 
dos pais, o pastor, oportunamente, também deve ser comunicado. 
Como o passo a seguir será o casamento, alguns cuidados deverão ser 
tomados, durante o período do noivado: 1º) Os noivos precisam estar cientes 
de que ainda não estão casados, pois, certamente agora irão desfrutar de 
um grau maior de credibilidade o que, automaticamente, irá gerar maior li-
berdade: sairão juntos mais vezes, por exemplo, mas, se querem ser bênçãos 
nas mãos de Deus, precisam evitar situações que os coloquem em elevado 
nível de tentação. Como dizia o sábio: “... a pessoa sensata vê o perigo e se 
esconde, mas a insensata vai em frente e acaba mal” (Pv 22:3 – NTLH). 2º) Os 
noivos precisam fazer exame pré-nupcial, necessário tanto para verificar as 
condições físicas dos noivos quanto para diagnosticar e tratar algum proble-
ma congênito que possa trazer prejuízos aos filhos do casal. 3º) Precisam bus-
car orientação sobre possíveis medidas que visem ao planejamento familiar.
CASAMENTO
As estatísticas oficiais do Brasil informam que, dos casamentos rea-
lizados em 1990, 20% foram de rapazes de 20 a 24 anos com moças 
entre 15 a 19 anos. Os Estados do Maranhão e Alagoas tiveram a maior 
porcentagem de moças que se casaram com menos de 15 anos e, em 
Rondônia, mais de 50% das mulheres solteiras que se casaram em 1990 
tinha menos de 20 anos. Juridicamente, o casamento é a união legíti-
ma entre homem e mulher; já o casamento religioso é aquele belo e 
esperado dia em que tem lugar a cerimônia, com músicas, convidados.Certamente, por isso envolver gastos, alguns precisam ser orientados a 
não entrarem no casamento envolvidos em dívidas. Certa ocasião em que 
falávamos sobre este assunto a um grupo de jovens, um deles disse que 
tudo isto “era apenas o princípio das dores” e que “a grande tribulação 
viria em seguida”. Mas, brincadeiras à parte, o fato é que os jovens estão 
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 9
se casando, e como vimos anteriormente na estatística, casando muito 
cedo. Por isso, cremos que seja oportuno relembrar que, dentre as princi-
pais razões para o casamento, temos:
1) “Não é bom que o homem esteja só” (Gn 2:18): O casamento é uma 
oportunidade sem igual para que o casal aprimore a afetividade no relaciona-
mento. A partir de então, os dois serão uma só carne. Saiba que a missão do 
esposo é fazer sua esposa feliz e que a missão da esposa, conseqüentemen-
te, é a de fazer seu esposo feliz. Como sempre se diz: “Ninguém casa para 
ser feliz, mas para fazer o outro feliz”. Isso tem sua parcela de verdade, por 
que, se alguém entrar neste tipo de relacionamento com desejos egoístas, 
pensando apenas em si, certamente enfrentará sérios problemas.
2) “Sede fecundos multiplicai e enchei a terra” (Gn 1:28): Desta for-
ma, cada casal recebe a missão de perpetuar a raça humana. Certamen-
te, o sexo, dentro do casamento, não visa exclusivamente à fecundação. 
Entretanto, procriar não é tão somente um ato espontâneo da união se-
xual, mas, também, uma responsabilidade, dentro do processo normal de 
fecundação, de multiplicar e preservar a espécie humana.
3) “E Deus disse: Por isso o homem deixa o seu pai e a sua mãe para 
se unir com a sua mulher e os dois se tornam uma só pessoa. Assim já 
não são duas pessoas, mas uma só” (Mt 19:5-6): Muito se tem falado 
sobre a questão de “deixar” pai e mãe. O certo é que Cristo explica que o 
cônjuge passa a ser o alvo prioritário do cuidado que, antes, era dedicado 
aos pais. Assim, “unir-se” um ao outro implica tanto aspecto físico, espi-
ritual, quanto mental e afetivo; entretanto, aqui, Cristo está dando maior 
ênfase ao sentido de relação física. 
SEXO
Este é assunto que empolga todo mundo, devido ao fato de que fa-
lamos de algo extremamente explosivo e excitante. Entretanto, mesmo 
em face de toda a empolgação que gira em torno do tema, a maioria de 
nossos jovens encontra-se alheia a informações básicas sobre sexo. 
O assunto também é extenso, no decorrer dos séculos, alguns mo-
vimentos religiosos, como o caso do maniquismo do século III, faziam 
aberta oposição aos prazeres do corpo, ao sexo e à mulher, acreditando 
que este trio era obra demoníaca e que mesmo o homem só era criatura 
de Deus da cintura para cima, daí para baixo era igualmente do demônio. 
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 10
Os pais da igreja primitiva, como Orígenes, Agostinho e Jerônimo, viam 
o sexo como algo animal, pecaminoso e desprovido de amor. Somente 
Tomás de Aquino saiu em defesa, no século XIII, ensinando que a relação 
sexual era perfeitamente natural para o homem e para a mulher; dizia, 
entretanto, que o prazer sexual não deveria ser honrado.
Preconceito e desinformações à parte, o fato é que a Bíblia Sagrada 
enaltece a vida sexual, dentro do matrimônio, dando-lhe um toque todo 
poético, como ficou registrado em Gn 1:31: “E Deus viu que tudo o que 
havia feito era muito bom, lembrando que Deus havia criado tanto o 
homem quanto a mulher dotados de todos os desejos sexuais e viu que 
tudo era muito bom”. É bom ressaltar, ainda, que a ordem de multiplicar 
e encher a terra foi dada antes da entrada do pecado. Nisto, obviamente 
– para quem estiver tentado a (extrair o “a”) ligar uma coisa com a outra 
(sexo e pecado) –, podemos ficar à vontade para afirmar que, dentro do 
que ficou estabelecido por Deus, o sexo é puro e sagrado. 
Satanás, entretanto, conseguiu que o homem passasse a utilizar esse bem 
de forma contrária àquela estabelecida originalmente pelo Criador. Nossa 
proposta é que, nos estudos desta série de Lições Bíblicas de Férias, em que 
trataremos os assuntos: 1) Existe ou não amor à primeira vista? 2) Ficar ou 
não ficar? 3) Quem escolhe com quem vou me casar?4) Jovens ou adultos: 
Quem tem maior habilidade para amar? 5) Qual a finalidade do namoro? 6) 
Sexo antes do casamento, qual o problema? e 7) Pode haver discussão entre 
pessoas que se amam?, coloquemos esta delicada questão no seu devido 
lugar, no qual, certamente, teremos a aprovação divina.
Pr Aléssio Gomes de Oliveira
Diretor - Fumap
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 11
Clara chegou em casa, entrou 
no quarto e, como de costume, en-
costou a porta de seu quarto e se 
jogou em sua cama, permanecen-
do um bom tempo deitada. Para 
Laura, sua mãe, que podia vê-la 
deitada, por entre a lacuna da por-
ta, nada havia de diferente e não 
estranhou o comportamento da 
filha, que, geralmente, tinha por 
hábito, após chegar da escola, tirar 
um merecido cochilo, uma vez que, 
todos os dias, acordava bem cedo. 
Entretanto, com o passar dos dias, 
Clara, uma adolescente de quator-
ze anos, foi se tornando cada vez 
mais calada e mantendo um olhar 
distante, qualidades até então des-
conhecidas por todos, uma vez 
que ela era uma jovem sorridente 
e extrovertida. Com muita calma, 
Laura foi, aos poucos, entrando 
naquele universo diferente no qual 
sua filha se encontrava, ganhando, 
finalmente, a sua confiança. 
Clara, meio encabulada, lhe 
confidenciou que estava perdida-
mente apaixonada por um rapaz 
que estudava na mesma escola e 
que ele era tudo o que ela sempre 
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 12
esperou, e, mesmo que viesse in-
vestindo em cima dele, estava claro 
que ele gostava de uma outra me-
nina. Laura tentou esboçar alguns 
conselhos e, na tentativa de mini-
mizar o sofrimento da filha, garan-
tiu-lhe que aquele sentimento pas-
saria, que ela já tinha passado por 
aquela experiência algumas vezes, 
em sua adolescência, e que, depois 
de algum tempo, o sentimento 
simplesmente acabou. Clara não 
acreditou e, no seu coração, pen-
sou que, se sua mãe tivesse sen-
tido por alguém o que ela sentia 
por Nelson, saberia que este é o 
tipo de sentimento que dura para 
sempre. 
Esta é uma história que se repe-
te com muitas Claras, Pedros, An-
tônios, uma vez que é estatistica-
mente comprovado que as pessoas 
ficam apaixonadas, amam e voltam 
a se apaixonar numa média de 7 a 
10 vezes na vida.
A grande questão que se tor-
na o foco principal desta lição é a 
busca de uma resposta satisfatória 
diante da pergunta secular se exis-
te ou não amor à primeira vista. Há 
quem diga que sim, e a seu favor 
enumera experiências de pessoas 
conhecidas que “se apaixonaram 
à primeira vista” e que são felizes 
até hoje; outros saem em defesa 
de que é impossível amar alguém 
que não se conhece, e que, se al-
gum sentimento é despertado à 
primeira vista, isto não pode ser 
classificado como amor. Esta ala 
advoga que existe, sim, em milha-
res de casos, um sentimento que é 
despertado numa primeira olhada, 
mas que isto é paixão ou desejo, 
jamais o amor genuíno, que deve 
ser o alicerce para a construção de 
uma nova família.
Um estudo sobre o assunto fei-
to na Alemanha indica que existe 
o amor à primeira vista. O fato, en-
tretanto, é saber se esse sentimento 
pode ser classificado como amor. Por 
outro lado, o “Portal Terra” afirma 
que “uma equipe de cientistas bri-
tânicos deu fim à popular idéia do 
amor à primeira vista e afirmou que 
são necessários, em média, 12 meses 
para alcançar o verdadeiro amor”. 
Mas independentemente das gran-
des pesquisas, o fato é que 88% da 
população brasileira acreditam que o 
amor à primeira vista existe. 
De acordo com dados estatís-
ticos, é muito pequeno o número 
de casais que afirma ter se apaixo-
nado à primeira vista. Apenas um 
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 13
entre dez afirma ter iniciado o seu 
relacionamento através de um sen-
timento que lhe foi despertadode 
um momento para o outro. Mes-
mo assim, não podemos ignorar a 
importância de se falar sobre um 
tema que faz parte de nosso dia-
a-dia e que, na maioria das vezes, 
tem trazido grande sofrimento 
para rapazes e moças que estão 
bem perto de nós; mesmo porque 
a paixão, sendo cientificamente um 
fenômeno bioquímico, pode ser 
despertada em qualquer pessoa. 
Assim, de repente, quando menos 
espera, você pode ser impulsiona-
do pelas catecolaminas e levado a 
um estágio de plena fascinação por 
uma determinada pessoa, em que 
você entra numa espécie de pane. 
Desta forma, o seu córtex cere-
bral estimula seus neurônios, e aí 
começa um enorme filme em sua 
mente. Você dá asas à imaginação. 
Todo aquele envolvimento lhe trás 
enorme satisfação e, quanto mais 
você imagina ou sonha com a pes-
soa pela qual se apaixonou, mais 
estimula o seu organismo, que, por 
sua vez, tende a se apaixonar ainda 
mais. Assim, cria-se um circulo ex-
tremamente prazeroso e, ao mes-
mo tempo, em muitos casos, mui-
tíssimo dolorido.
O certo é que, alguns momen-
tos da sua vida, você poderá ser 
surpreendido por sentimentos ex-
tremamente fortes por uma pessoa 
que nunca antes havia visto e que, 
a partir daquele momento, mexerá 
com você, não sairá da sua men-
te. Sem mais nem menos, você se 
verá envolvido profundamente por 
alguém que, até então, não fazia 
parte de sua vida. Tudo na pessoa 
lhe será atraente: você o achará lin-
do, se agradará da cor dos olhos, 
da sua forma de falar, mesmo o 
som de sua voz lhe será agradável, 
e, como tudo nessa pessoa vai lhe 
parecer algo de outro mundo, você 
ficará convencido que a sua procu-
ra pelo amor de sua vida acabou 
e que, finalmente, você encontrou 
a pessoa dos seus sonhos, que o 
seu sentimento não terá fim e 
que a vida sem a companhia dela 
não será possível, a possibilidade 
de não a ter em seus braços fará 
com que você sue frio e pense que 
a vida sem essa pessoa não terá 
mais graça, nem razão de ser. Em 
determinadas ocasiões, você pode-
rá mesmo pensar que só existem 
duas alternativas possíveis: ou vive 
para sempre ao lado de quem você 
ama ou então não vive mais.
O que acontece, entretanto, é que, 
neste caso, por mais forte que seja 
o sentimento que lhe foi desperta-
do, você se apaixonou tão somente 
pelo exterior, pela aparência, pela 
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 14
casca e por mais dolorido que lhe 
possa parecer, é impossível alicer-
çar um relacionamento em bases 
tão frágeis. Desta forma, não há 
como você saber o que ele pensa 
da vida, quais são os hábitos dele, 
quais são os seus dilemas pesso-
ais, seus planos para o futuro, suas 
virtudes e defeitos e, assim, você 
não tem como amar integralmente 
uma pessoa da qual você conhece 
apenas a parte de fora. 
Entretanto, infelizmente, quan-
do algumas pessoas se encontram 
envolvidas por um sentimento as-
sim tão profundo, têm enormes 
dificuldades em acreditar que 
algo tão forte vai acabar um dia 
e mesmo que milhares de pessoas 
testemunhem que também já esti-
veram envolvidas em sentimentos 
semelhantes e que, meses após, o 
que parecia insolúvel havia se aca-
bado, a pessoa se convencerá de 
que aquilo que ela está sentindo é 
muito mais forte do que as demais 
pessoas sentiram. E isto ela fará 
para se proteger contra o enorme 
sofrimento que ela entende que 
passará, caso o sentimento venha 
realmente a desvanecer. 
Alguns se entregam, de corpo e 
alma, pois a paixão lhes dá a enga-
nosa sensação de que nada poderá 
ser mais forte do que aquele senti-
mento que envolve os dois, e, ge-
ralmente, a paixão é acompanhada 
de uma enorme dose de estímulo 
sexual. Desta forma, como acerta-
damente se diz que como brasas 
juntas tendem ao fogo, dois apai-
xonados tendem ao sexo, enten-
demos ser oportunas as palavras 
de W. Pratne y: “O sexo é como 
fogo.O que acontece quando o 
fogo fica descontrolado? Em nosso 
mundo este fogo está ardendo de 
forma errada. Depois de descon-
trolado, não conhece barreiras de 
classes, nem de posição, nem de 
graduação. O próprio inferno ali-
menta as chamas com o combustí-
vel dos contos pornográficos, livros 
imorais e imaginação depravada” 
“Não deixe o fogo arder fora dos 
limites prescritos por Deus. Se dei-
xar, não conseguirá controlá-lo 
mais, e sofrerá queimaduras dolo-
rosas e profundas.”
O sexo, sem a aprovação de 
Deus, criará enormes problemas, 
tanto para você quanto para as 
pessoas ao seu redor, e, certamen-
te, o fato de que precisará enfren-
tar uma situação delicada com 
Deus deve também ser levado a 
sério. Hoje, devido ao fato de que, 
tanto o adultério, que, em alguns 
círculos, é visto como algo chique, 
quanto o sexo pré-conjugal, é as-
sustador o número de abortos co-
metido anualmente nos Estados 
Unidos. As estatísticas americanas 
informam que, anualmente, apro-
ximadamente, 300 mil casos de 
abortos são praticados por adoles-
centes, que outros 250 mil filhos 
ilegítimos nascem todos os anos 
e que ainda há o alarmante qua-
dro de 12 milhões de jovens que 
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 15
sofrem de doenças venéreas. Neste 
caso, é sempre bom atentar para 
as orientações bíblicas que são infle-
xíveis, quando o assunto é sexo fora 
do casamento, empregando “três 
palavras que definem claramente 
onde os problemas sexuais se ini-
ciam, antes que a pessoa cometa o 
pecado da fornicação, adultério ou 
perversão sexual”.
A primeira palavra, lascívia, 
indica que a pessoa, delibera-
damente, tomou a decisão de 
excitar-se sexualmente fora do 
casamento. Desta forma, tanto 
através do pensamento quan-
to de um ato praticado que vise 
despertar sexualmente a pessoa, 
dentro de um quadro em que este 
desejo não possa ser corretamen-
te satisfeito, é lascívia. A segunda 
palavra, defraudação, neste caso, 
está ligada ao ato que visa des-
pertar numa outra pessoa dese-
jos que não poderão ser correta 
e plenamente satisfeitos, signifi-
cando, desta forma, o ato de se 
tirar vantagem de alguém, sendo 
que a outra pessoa se submete 
passivamente à exploração sexu-
al, que parte do defraudador. 
A terceira e última palavra é 
concupiscência, que está relacio-
nado à pessoa que vive subjuga-
da por um forte sentimento sexu-
al. Neste caso, a pessoa vive num 
estado de extrema excitação e 
não consegue voltar a um ponto 
de equilíbrio. Para todos aqueles 
que se encontram numa situação 
ou em qualquer outra, a palavra 
de Deus segue em sua advertên-
cia, dizendo: “portanto matem os 
desejos deste mundo que agem 
em vocês, isto é, a imoralidade 
sexual, a indecência, as paixões 
más, os maus desejos e a cobi-
ça, porque a cobiça é um tipo de 
idolatria. Pois é por causa destas 
coisas que o castigo de Deus cairá 
sobre os que não lhe obedecem” 
(Cl 3:5-6).
Nunca é demais repetir que, 
por mais intensa que seja a paixão 
e por mais que as pessoas nela en-
volvidas acreditem que nada pode 
dar errado numa coisa que pare-
ce tão certa, provavelmente este 
sentimento estará morto nos pró-
ximos 12 meses. Por isso, diante 
de uma experiência tão excitante, 
explosiva, mas com data de ven-
cimento impressa na embalagem, 
quero lhe convidar a tirar a prova 
para que você saiba o que, afinal 
de contas, está lhe acontecendo. 
No quadro que se segue, há uma 
comparação entre paixão e amor. 
Aprenda a distinguir entre um e 
outro. Nas palavras dos escritores 
e palestrantes, pastor Sérgio e Ma-
gali Leoto, há a seguinte pondera-
ção: “Algo diferente está aconte-
cendo com você! Suas emoções 
estão a mil. O coração parece que 
vai explodir. Tudo é tão emocio-
nante e mexe com você! Mas será 
que é amor ou paixão?Confira no 
quadro abaixo e procure tirar suas 
dúvidas.“
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 16
PAIXÃO AMOR
Acontece de repente. Na hora é aque-
la loucura alucinada e desenfreada. É 
de momento, logo vai embora. Ela é 
passageira. 
 É um sentimento forte, mas prolon-
gado e duradouro. Ele é mais seguro e 
tranqüilo. Cresce aos poucos, tornan-
do-se cada vez mais sólido.
Vocêse entrega, se envolve, mas é só 
emoção. Você acaba fazendo coisas 
que não quer fazer. Quando passa o 
sentimento, a euforia, percebem-se os 
erros cometidos.
Não perde a cabeça facilmente. Não 
se governa pelo instinto. Dá um tem-
po para examinar as suas emoções. 
Usa a inteligência. Só toma uma atitu-
de depois de uma séria avaliação.
A paixão pode tornar-se uma obses-
são, algo tão forte que foge ao seu 
controle. A conseqüência é um ciú-
me desmedido.
No amor, você tem vontade de es-
tar perto da pessoa amada, mas sem 
pressão. É de uma forma mais doce e 
amável. Tudo acontece naturalmente. 
Há mútua confiança.
Provoca uma ansiedade que aca-
ba interferindo nas outras áreas da 
vida. Afeta estudos, trabalho, tempo 
com a família, relacionamentos com 
os amigos.
Sabe lidar com as demais áreas da 
vida, sem as prejudicar. Sabe convi-
ver com os amigos. Não se afasta da 
família. Consegue conciliar: estudos, 
trabalho e namoro.
Desde que se “ame” tudo é válido. 
O importante é satisfazer os impulsos 
sexuais e realizar as fantasias.
Quem ama espera. Respeita o corpo 
do outro, sem deixar marcas e mágoas. 
Não confunde sexualidade com amor.
Um se interessa pelo outro simples-
mente por uma questão de “pele”.
O visual não é o mais importante. Você 
quer conhecer o outro, seus interesses, 
sentimentos, planos e alvos de vida. In-
clusive seus temores e fraquezas.
As diferenças são motivos de brigas e 
desentendimentos. Um fere o outro 
e ambos não enfrentam o problema. 
Acabam se afastando não permitindo 
uma amizade mais profunda.
No amor, existem as opiniões diferen-
tes. Há discussões e ficam irritados. Mas 
buscam soluções para os problemas, 
usando o bom senso. O relacionamen-
to torna-se mais profundo, a medida 
que superam junto as dificuldades.
Quando os pensamentos são opostos, 
o caminho mais fácil é substituir a pes-
soa rapidamente. Não existe paciência 
para dar um tempo, e descobrir os 
pontos em comum.
No amor, há espaço para o outro dis-
cordar, sem atacá-lo. Pode-se discor-
dar de um pensamento, sem rejeitar a 
pessoa que o expressou. Respeitam-se 
os sentimentos e convicções do outro, 
mesmo que isto custe algum sacrifício.
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 17
Na paixão você representa quem não 
é. Passa uma imagem falsa. Quando 
menos se espera, cai a “mascara”. Há 
medo de perder o outro, caso ele des-
cubra quem eu sou de verdade.
Você se mostra como é de verdade. 
Por isso, o amor é transparente. De-
monstrando não só as qualidades, 
mas também os defeitos.
A paixão é egoísta, busca os seus próprios 
interesses. Usa o relacionamento para 
avaliar suas carências: afetivas, sexuais 
e de companheirismo. É uma forma de 
auto-afirmar e sentir-se mais seguro.
O amor se interessa pelo bem estar do 
outro; quer ver a pessoa feliz e reali-
zada. Preocupa-se com o outro, como 
se preocupa consigo mesmo. É muito 
mais dar do que receber.
Você pode apaixonar-se por duas ou 
três pessoas ao mesmo tempo.
O amor é fiel. Dedica-se exclusivamen-
te a uma pessoa.
O relacionamento não tem ideal. Não 
faz planos para o futuro. O importan-
te é viver o momento, o presente.
Não significa que estão obrigados a se 
casarem. Mas pensam seriamente nes-
ta possibilidade. Os propósitos e metas 
para o futuro sempre incluem o outro.
Afeta sua comunhão com Deus e com 
a igreja. O namoro vem em primeiro 
lugar. Faz do namoro sua “igreja”.
Há uma preocupação e interesse em 
buscar as coisas de Deus. Não quebra 
a sua comunhão com os outros. Que-
rem orar e ler a Bíblia juntos.
Provavelmente você terá problemas 
com os pais. Eles sabem que se o re-
lacionamento estiver alicerçado só 
numa louca paixão, não vai durar. É 
comum ouvi-los pedir que se dê um 
tempo para pensar melhor, ou então 
até proíbem o namoro.
Quando os pais identificam um amor 
verdadeiro, baseado em compromisso, 
maturidade e sinceridade, geralmente 
incentivam e dão a maior força para 
que este namoro siga em frente.
É possível que este não seja o 
seu caso, mas há, ainda, quem 
creia que paixão à primeira vista 
está ligada a vidas passadas, idéia 
tão explorada atualmente na mídia 
televisiva. Os que advogam neste 
sentido entendem que as “almas 
gêmeas” já têm um futuro traça-
do e vão se apaixonar de alguma 
forma e que isto se dará no exato 
momento em que seus caminhos 
se cruzarem. Este ensinamento, 
entretanto, não tem respaldo no 
Livro Sagrado, uma vez que o cris-
tianismo se opõe terminantemen-
te à proposta de reencarnação: 
cada pessoa tem de morrer uma 
vez só e depois ser julgada por 
Deus (Hb 9:27).
Pode ser que você esteja envol-
vido em alguma paixão e isto o le-
vará a dar muito mais vazão à sua 
emoção do que à sua razão. Você 
pode mesmo ser tentado a des-
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 18
considerar todas as experiências de 
quem já viveu situação semelhan-
te à sua e que atesta que a paixão 
vai passar, independentemente 
de você acreditar ou não. Alguns 
cuidados precisam ser levados em 
consideração para que sua imagem 
seja preservada:
1) Durante o seu namoro, es-
tabeleça limites e comunique-os a 
seu/sua namorado(a). O limite deve 
ser tomado e comunicado, quando 
estiverem conversando sobre o re-
lacionamento de vocês. Não deixe 
para fazê-lo quando estiverem em 
situação já quase sem controle, pois 
alguém sexualmente agressivo po-
derá anular sua decisão, sendo pos-
sível que acabem por fazer algo de 
que você certamente se arrepende-
rá mais tarde. 
O apóstolo Paulo já advertia so-
bre a necessidade de não se brincar 
com fogo, pois quem brinca com 
fogo, acaba se queimando. Por isso, 
o seu conselho é para que fujamos 
de situações de risco: fuja das pai-
xões da mocidade e procure viver 
uma vida correta, com fé, amor e 
paz, junto com os que, com um co-
ração puro, pedem a ajuda do Se-
nhor (II Tm 2.22).
2) Aprenda a dizer não com 
voz firme. Não há por que aceitar 
passivamente um comportamento 
de alguém que alega ter tudo a 
ver com você, mas que, ao mesmo 
tempo, não respeita o que você 
pensa sobre aquilo. Em alguns 
casos, você precisará ter firmeza, 
levantando-se e convidando a pes-
soa a se retirar. Lembre-se de que 
haverá ocasiões em que, se você 
partir para um gentil “por favor”, 
com beijinhos e afagos, sua men-
sagem não será entendida. 
É bom que você tenha em men-
te que a definição sobre qual fun-
damento irá alicerçar seu namoro 
irá delinear todo o seu relaciona-
mento. Se sua base forem os prin-
cípios de nossa sociedade, você 
terá problemas, mesmo porque 
nossa sociedade acredita que este 
período (namoro) é uma oportuni-
dade para aprender a fazer sexo, 
esquecendo-se de que o sexo é 
algo instintivo e que não precisa 
ser ensinado, pois faz parte da na-
tureza humana, assim como respi-
rar, dormir ou satisfazer nossas ne-
cessidades fisiológicas. O que, de 
fato, precisamos aprender é amar 
com serenidade, respeitar, viver 
com dignidade e compromisso de 
empreender esforços, no sentido 
de fazer o outro feliz. 
3) Evite longos períodos sozi-
nhos. O homem verá, na sua dis-
ponibilidade de ficar a sós com a 
pessoa amada, uma permissão 
para o sexo. Enquanto as moças 
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 19
entendem isto como uma oportu-
nidade para momentos românti-
cos, é possível que o rapaz enten-
da que você esteja lhe indicando 
que aceita avançar um pouco mais 
na questão sexual; caso contrário, 
ele pensa, você não se submete-
ria a ficar tanto tempo sozinha ao 
lado dele. É estatisticamente com-
provado que a maior parte dos jo-
vens que avançam o sinal, acaba 
se relacionando sexualmente no 
sofá da casa da moça, depois que 
algum tempo de namoro, quando 
os pais já têm confiança suficiente 
para deixá-los sozinhos. Lembre-se 
do conselho divino que diz: Quem 
tem juízo toma cuidado para não se 
meter em dificuldade (Pv 14.16).
 4) Evite lugares escuros ou pou-
co iluminados. Certamente, carícias 
e beijos, por si só, são fortes ingre-
dientes para que haja excitação se-
xual entreo casal. Se isto for feito 
em lugares pouco visíveis, grande 
se tornará a possibilidade de que 
ambos avancem o sinal, ultrapassa-
do, assim, o limite da moralidade. 
Você precisa estar ciente de que o 
seu corpo desejará andar no limite 
dos prazeres sensuais, e, se você 
não evitar “conscientemente” situ-
ações que favoreçam este contato, 
existe grande possibilidade de que 
pratique atos contrários aos princí-
pios cristãos. É válida a advertên-
cia divina também nesta questão: 
A pessoa sensata vê o perigo e se 
esconde; mas a insensata vai em 
frente e acaba mal (Pv 22.3). 
 
Como vimos, no decorrer des-
ta lição, a resposta à pergunta que 
lançamos no tema é que não existe 
amor à primeira vista. O que pode 
acontecer à primeira vista é a pai-
xão, que, na maioria das vezes, 
vem forte e avassaladora. Mas, na 
mesma rapidez com que chega, ela 
vai embora. Durante o tempo em 
que ela o domina, você se torna 
egoísta e cobra atenção constante 
da pessoa pela qual se apaixonou, 
isto, claro, no caso de seu senti-
mento ter sido correspondido. A 
primeira vista, o amor genuíno é 
impossível porque, neste curto es-
paço de tempo, só lhe é possível 
conhecer o exterior: o belo rosto, 
o bom perfume que usa, os lindos 
olhos, etc. Dominado por este sen-
timento você acreditará que lhe 
seria impossível ser feliz ao lado de 
outra pessoa e que você foi feito 
para ela e ela para você. Entretan-
to, por mais que isto possa doer em 
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 20
seu coração, permita-me dizer que 
isto não é verdade. 
Todos nós temos necessidade 
de amar e sermos amados; entre-
tanto, se não tiver o devido cuida-
do com este sentimento extrema-
mente forte, que é a paixão, você 
corre o risco de ser dominado 
por ele e levado a acreditar que a 
vida só terá sentido se estiver em 
companhia de uma determinada 
pessoa, e isto poderá trazer sérios 
prejuízos para você, tanto para a 
sua personalidade quanto para 
sua saúde física. 
Por isto, se você se encontra 
envolvido numa situação seme-
lhante, vá com calma; não te-
nha pressa em entrar de cabe-
ça numa situação que o possa 
machucar mais tarde. Acredite: 
este sentimento vai passar e 
você precisa se portar com toda 
a cautela, para que, quando isto 
acontecer não haja seqüelas 
que venham a colocar sob sus-
peita o seu caráter, ou algo que 
comprometa tanto a sua saúde 
quanto a sua fé.
E quanto à Clara, o que aconte-
ceu com ela? Bem hoje ela tem 24 
anos, tem dois lindos filhos, está 
casada com Tiago, um excelente 
rapaz que soube amá-la e respei-
tá-la, dando-lhe todo o carinho 
e compreensão que precisava, 
quando Nelson a abandonou 
grávida de seu primeiro filho 
(fora os nomes que alteramos 
para preservar a identidade da 
família, tudo mais narrado é um 
caso real). Que o exemplo des-
ta moça lhe sirva de alerta, e ao 
encerrarmos esta lição queremos 
relembrá-la da orientação pau-
lina que diz: “... fujam da imo-
ralidade sexual! Qualquer outro 
peado que alguém comete não 
afeta o corpo, mas a pessoa que 
comete imoralidade sexual peca 
contra o próprio corpo. Será que 
vocês não sabem que o corpo 
de vocês é o templo do Espírito 
Santo, que vive em vocês e lhes 
foi dado por Deus? Vocês não 
pertencem a vocês mesmos, mas 
a Deus, pois ele os comprou e 
pagou o preço. Portanto, usem 
o seu corpo para a glória dele” (I 
Co 6:18-20).
PERGUNTAS
1. Leia Mt 15:19; Pv 12:20, 4:23 e o comentário e responda: Que 
cuidado devemos ter para não alimentarmos nossas mentes com pensa-
mentos impuros?
 
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 21
2. Leia Pv 31:30; G 5:22; II Sm 14:25, I Sm 9:2 e o comentário e res-
ponda: Quais as características relevantes na personalidade de seu(sua) 
futuro(a) esposo(a)?
 
3. Leia Cl 3:5-6; Gl 5:19; I Ts 4:6; I Jo 2:15-17 e responda: O que sig-
nifica lascívia, defraudação e concupiscência e quais os prejuízos morais 
advindos de sua prática? 
4. Leia Ef 5:22-33 (amor); Ct 8:6 (paixão), o comentário e responda: 
Quais as diferenças de atitudes de uma pessoa apaixonada e de uma pes-
soa que esteja amando genuinamente?
5. Leia II Tm 2:22; I Co 6:18; I Pe 5:8 e responda: No namoro, quando os 
limites devem ser estabelecidos e comunicados ao namorado?
6. Leia Pv 14:16, 22:3, o comentário e responda: A qual perigo está 
exposto o casal que permanece longos períodos sozinhos? Qual a orien-
tação bíblica para os que agem assim?
7. Leia Pv 22:3, 14:15-16, 27:12, o comentário e responda: Qual a 
orientação divina para aqueles que, inadvertidamente, se expõem a situ-
ações de risco?
 
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 22
Com certeza, você já ouviu falar 
do tempo em que um relaciona-
mento entre uma moça e um rapaz 
era levado bem a sério, quando um 
encontro sequer longe dos olhares 
de pais ou responsáveis era inacei-
tável. Os jovens casais comprome-
tiam-se num estágio de preparo 
para o casamento, o namoro, em 
que faziam planos para uma futura 
vida conjugal. Mas não pense que 
não havia aqueles que fugiam des-
se padrão, mesmo sabendo que 
seriam reprovados. 
Estamos nos referindo à socie-
dade em geral, não apenas à Igre-
ja. Valores como castidade comple-
ta, fora do casamento, e fidelidade 
completa, no casamento, eram le-
vados a sério nos relacionamentos 
entre homem e mulher. Não esta-
mos, contudo, insinuando que, em 
algum momento, foi possível viver 
despreocupadamente no mundo, 
sem que fosse preciso lutar contra 
os poderes da maldade que agem 
nele. Sempre houve perversão, 
mas esta era exatamente assim 
considerada por ser reprovada por 
uma sociedade que ainda reconhe-
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 23
cia bons princípios, porque sentia 
o bom cheiro de Cristo que exalava 
da Igreja. 
Trata-se de um passado até 
mesmo recente – mais ou menos 
uns cinqüenta anos atrás –, mas 
que se torna cada vez mais distan-
te da geração a que você perten-
ce. Quando tudo começou a mu-
dar? Por que mudou? Na verdade, 
o que hoje vemos é resultado de 
um longo processo, chamado mo-
dernização, que, se, por um lado, 
promoveu uma revolução científica 
e tecnológica, com grandes bene-
fícios à humanidade, por outro, 
trouxe uma alteração nos padrões 
de relacionamento humano. 
Mas você já deve estar intrigado 
para saber o que esse blá-blá-blá tem 
a ver com ficar ou não ficar. À medi-
da que prosseguir neste estudo, você 
vai entender que tem tudo a ver. É 
isso que tentaremos lhe mostrar.
Você mesmo vê, no seu dia-a-
dia, os resultados da moderniza-
ção: tudo é bem mais prático, rápi-
do, diversificado. Comida, bebida, 
roupas, calçados, móveis e tantas 
outras coisas são tão bem aprimo-
radas, tão diversificadas que seu 
consumo torna-se praticamente 
irresistível para a imensa maioria. 
Mas aqui está um detalhe nem um 
pouco insignificante para este nosso 
assunto: Quanto mais consomem, 
mais inconformadas e insaciáveis as 
pessoas se tornam por consumir. Um 
só objeto não basta; são “necessá-
rios” três, cinco, dez... e por aí vai.
Infelizmente, não há espaço, 
aqui, para uma grande discussão 
sobre a modernidade e todos os 
seus aspectos, com exemplos e 
tudo mais; mas você entende aon-
de queremos chegar? Todo o ime-
diatismo, a praticidade e o consu-
mismo ultrapassaram prateleiras, 
vitrines e balcões e se instalaram 
nos relacionamentos humanos. As 
pessoas passaram a colocar umas 
às outras no mesmo nível de um 
lance McDonald’s: tornaram-se 
consumíveis, usáveis, de modo 
que aqueles que usam também 
são usados. As pessoas tiram van-
tagem umas das outras. Ninguém 
quer perder; ninguém quer ficar 
para trás. O ser humano tornou-
se tão descartável quanto as coisas 
que consome. Todo esse estilo de 
vida é fortemente encorajado por 
aqueles que controlam os meios 
de informação, pelos chamados 
“formadores de opinião” – publi-
citários, escritores, artistas, apre-
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 24
sentadores de programas de TV, 
estilistas, etc. –, e até mesmo pelas 
instituições de ensino.
Porque, algumas décadas atrás, 
os relacionamentos eram mais es-
táveis e os compromissos, levados 
a sério? Por que, hoje, as pessoas 
não querem relacionamentos dura-
douros? Porque o mundo atual va-
loriza o superficial, o fútil, e bana-
liza valores, princípios que a Bíblia 
jamais descartou. Entenda banali-
zação como desinteresse pelo que 
era atraente, e até mesmo despre-
zo, pelo que era fundamental. O 
grande efeito dessa banalização 
se faz sentir, exatamente, nos rela-
cionamentos afetivos entre casais, 
irmãos, parentes, amigos, etc. 
É aí que entra o ficar. Trata-se 
de um tipo de comportamento 
que tem como base a busca pela 
satisfação pessoal, tão valorizada 
em nossa época. Assim, uma vez 
conquistada a “presa” e alcançada 
essa satisfação, através de beijos, 
carícias e até mesmo do sexo de 
fato, cada uma das partes – tanto 
a moça quanto o rapaz – sente-se 
na vantagem, quando, na verdade, 
ambas são usadas, pois uma se sa-
tisfaz às custas da outra, sem res-
ponsabilidade alguma, sem com-
promisso algum, no breve contato 
que têm, de minutos ou algumas 
horinhas. E, assim como um só tê-
nis, uma só bolsa, um só carro ou 
um celular menos sofisticado não 
bastam para saciar a sede de con-
sumo, uma só “presa” humana 
não basta para satisfazer os impul-
sos sexuais. Assim como qualquer 
lencinho de papel é jogado, depois 
de perder sua utilidade, os ficantes 
se descartam, depois de se “diver-
tirem” às custas um do outro.
Até aqui, estamos nos referin-
do a um estado de coisas que pre-
domina no mundo, a uma forma 
de lidar com objetos e pessoas 
transformadas em objetos. Em se 
tratando especificamente de ficar, 
estamos nos referindo a um tipo 
de contato gerado desse estado 
de coisas e, portanto, muito valo-
rizado no mundo moderno. Mas, 
e quanto a você, jovem cristão? 
Nestas condições, como membro 
do Corpo de Cristo, que é a Igre-
ja, você deve se envolver com essa 
cultura? Deve adotá-la como for-
ma de viver? Ora, Deus quer que 
você viva, aqui, como um ser hu-
mano normal, e ainda não lhe deu 
um corpo superior ao que tem. Isto 
quer dizer que, mesmo depois de 
entregar sua vida a Cristo, você 
tem de lidar com as coisas deste 
mundo, até que ele volte. Mas isso 
significa que deve aceitar e assimi-
lar toda essa cultura egoísta que 
está aí? Vamos conhecer o que a 
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 25
Bíblia diz sobre isso. 
O texto de Rm 12:2, que esco-
lhemos como base para este estu-
do, diz: “Não se amoldem a este 
mundo, mas transformem-se pela 
renovação da sua mente, para que 
sejam capazes de experimentar e 
comprovar a boa, agradável e per-
feita vontade de Deus”. Aqui, é 
importante você entender “amol-
dar” como encaixar em um mode-
lo, adequar a algo. Na tradução da 
Bíblia Revista e Atualizada, está es-
crito assim: “... não vos conformeis 
com este século”. A mensagem é 
a mesma, sendo que tanto “amol-
dem” como “conformeis” são tra-
duções para a palavra grega sche-
ma. O importante mesmo é que 
você conheça a instrução do texto, 
que é: Não entrem no modelo do 
mundo; não se tornem iguais a ele, 
não se encaixem, não se adequem, 
nem considerem normal essa ma-
neira de viver. 
Então, diante dessa instrução da 
palavra de Deus, você pode olhar o 
quadro que lhe apresentamos do 
mundo, o modelo que ele oferece, 
especialmente quanto ao ficar, e 
comprovar que, já que a Bíblia vale 
hoje tanto quanto valeu nos sécu-
los passados, ela está se referindo, 
sim, a este estilo atual de viver, que 
desdenha de compromissos, que 
zomba da castidade e que cultua 
o egoísmo. É nele que o rapaz e a 
moça se encaixam, ao se portarem 
como ficantes. Você precisa, portan-
to, estar ciente de que isto se opõe 
a Deus, ou seja, não há como estar 
dos dois lados (Mt 6:24). Trocando 
em miúdos, ficar não é coisa de cris-
tão! Sendo assim, se quiser fazer o 
que é certo, você precisa levar bem 
a sério o conselho divino que lhe diz 
para não se amoldar.
No entanto, sua pergunta pode 
ser: Como posso me opor a esse 
modelo, se estou exposto a ele to-
dos os dias, todas as horas, todos 
os minutos e segundos da minha 
vida? É aqui que entra outra ins-
trução do texto bíblico: “... mas 
transformem-se pela renovação da 
sua mente”. Para que fique claro o 
que é essa transformação, imagine 
o seguinte: você tem duas fôrmas: 
uma quadrada e outra redonda. 
Faça de conta que a quadrada é 
a de Deus, os seus princípios, e a 
redonda, a do mundo. Você é a 
massa, que, mesmo jogada na fôr-
ma redonda, precisa tomar a for-
ma quadrada; ou seja: dentro do 
mundo, você precisa ter o formato 
de Deus. O que torna esse milagre 
possível é a transformação. Ela é 
essa ação antinatural que lhe dá 
um formato diferente daquele que 
você teria naturalmente, pois o nor-
mal é que você, colocado na fôrma 
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 26
do mundo, tome a forma dele. Mas 
a transformação impede isso. 
Sua pergunta, porém, só esta-
rá respondida quando você sou-
ber como pode conseguir essa 
transformação. Então, vamos lá: 
A parte seguinte do versículo diz 
que conseguimos transformar-nos 
“pela renovação da nossa mente”. 
Ora, só precisa de renovação o que 
já está gasto. E o que há de mais 
desgastante para um jovem cris-
tão que ser bombardeado a todo 
instante com mensagens escritas, 
faladas ou cantadas, imagens e 
tantas outras coisas carregadas de 
apelo ao pecado? Ao entregar-se 
a Jesus Cristo, ele é justificado, ou 
seja, o pecado que, antes, o sepa-
rava de Deus é cancelado, por cau-
sa do sangue de Jesus (Rm 3:21-
26, 5:1-2,6-11). Mas ele precisa 
manter-se puro, pois, do contrário, 
voltará à antiga vida de pecado. É 
por isso que precisa ter sua men-
te constantemente renovada. Para 
este desafio, a palavra de Deus tem 
a solução: “Como pode o jovem 
manter pura a sua conduta? Viven-
do de acordo com a tua palavra” 
(Sl 119:9 – NVI). 
É dessa renovação que você pre-
cisa para se transformar ao molde 
de Cristo, ao invés de se adequar 
ao mundo. Sua mente só será re-
novada se você a preencher com 
a palavra de Deus. O necessário para 
não ser moldado pelo mundo é fir-
mar-se nos princípios cristãos, que são 
eternos; é ter a mente de Cristo, que 
está manifestada na Bíblia Sagrada.
Sim, você é exposto, bombardea-
do e invadido, constantemente, por 
conceitos que se opõem à palavra 
de Deus. A idéia do ficar é mundana 
porque tem como base o egoísmo, a 
sensualidade, a impureza (I Co 6:12-
20; Gl 5:16-26); ou seja: ela nasce 
dessa forma anticristã de lidar com 
pessoas, sendo que o Senhor Jesus 
nos ensinou que devemos tratar os 
outros como nós mesmos gostaría-
mos de ser tratados (Mt 7:12, 5:43-
48; Jo 13:31-35; Gl 5:13-15). 
Ser usado como objeto de di-
versão, de satisfação de impulsos 
sexuais de outra pessoa agrada a 
você? Isso o torna mais digno? Com 
certeza, isso afronta a dignidade de 
qualquer ser humano; e tudo que 
afronta a nossa dignidade afronta a 
Deus. Sendo assim, a forma de você 
se manter fora disso é evitar coisas 
e situações que possam induzi-lo ao 
pecado e partir para o contra-ataque: 
expor sua mente ao ensino de Cris-
to, bombardeá-la com a palavra de 
Deus e praticar seus ensinos; assumir 
a forma “quadrada” num mundo 
que insiste em torná-lo “redondo”. 
É comum para a mente jovem 
pensar que o que é bom, divertido, 
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 27
agradável e bonito está na fôrma 
“redonda”. Afinal de contas, pa-
rece interessante ter um relatório 
divertido da última balada, uma 
boa lista de parceiros de ficada. 
Sim, tudo isso parece interessante, 
quando não se pensa nas motiva-
ções impuras e egoístas que geram 
tal comportamento e nas conseqü-
ências dessa atitude que rejeita vín-
culos e compromissos. Parece que 
ter um formato “quadrado” é difí-
cil, desagradável e desinteressante. 
Contudo, a seqüência do texto-base 
deste nosso estudo diz: “... para 
que sejam capazes de experimentar 
e comprovar a boa, agradável e per-
feita vontade de Deus”. 
Há, pelo menos, duasverda-
des contidas aí: uma delas é que 
a vontade de Deus não é o que o 
mundo faz você pensar ser. A Bí-
blia está lhe dizendo que ela é boa, 
agradável e perfeita, pois o Senhor 
é bom, agradável e perfeito. Ele 
nunca quis privar você de alegria, 
de coisas agradáveis. Mas aconte-
ce que todo o bem que ele quer 
lhe dispensar envolve compromis-
sos, relacionamentos saudáveis e 
duradouros, laços de amor, vín-
culos afetivos, com ele e com as 
pessoas com quem você puder se 
envolver. Ele se compromete com 
seus filhos, zela por eles, e quer 
que o tenham como modelo para 
seus relacionamentos. A vontade de 
Deus é, portanto, tudo o que ele é, e 
não importa que o mundo inteiro diga 
o contrário; o Senhor nunca vai deixar 
de ser quem é: santo, fiel, justo e bom; 
a própria verdade, o próprio amor. É 
isso tudo que ele quer para você. 
A outra verdade desse trecho 
é que só é capaz de experimentar 
a vontade de Deus quem se deixa 
transformar por ele e toma a sua 
forma, através da renovação da 
mente, que, como já dissemos, é 
possível somente pelo conheci-
mento e pela prática dos ensinos 
contidos na Bíblia Sagrada.
Agora que você já sabe por que 
ficar não é uma postura de quem 
segue os ensinos de Cristo (Jo 
15:18-19) e como não se adequar 
ao padrão de vida do mundo, seu 
desafio é, portanto, praticar o que 
acabou de aprender: apegue-se à 
palavra de Deus e desvincule-se 
desse modelo que está aí fora, que 
insiste em torná-lo uma “coisa” 
usável e descartável, que lhe rouba 
a oportunidade de construir uma 
vida espiritual e social saudável, 
tanto para você quanto para a fa-
mília que Deus pode lhe dar no fu-
turo, pois é somente isto que a práti-
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 28
ca de ficar dá aos que insistem nela: 
a incapacidade de ter compromissos 
com pessoas e um futuro de solidão. 
Olhe para o mundo e você vai ver 
que é assim. Mas não o imite. Olhe 
apenas para confirmar que o que 
Deus tem para você é infinitamente 
melhor que minutinhos de carícias 
com uma pessoa desconhecida.
Se lhe parece pesado ler a Bíblia, 
meditar nela, para rejeitar o mode-
lo redondo do mundo, busque a 
ajuda do seu Pai celeste. Ele vai lhe 
dar a coragem necessária para ini-
ciar o desafio e vai torná-lo à ima-
gem do seu Filho Jesus Cristo. À 
medida que você o conhecer, me-
nos pesado será segui-lo, até que 
chegará um dia em que não será 
peso nenhum para você estar na 
fôrma dele, pois seus mandamen-
tos não são pesados (I Jo 5:2-3; 
Mt 11:30). Essa caminhada o le-
vará a um futuro glorioso, à eter-
nidade; e Deus é mais que digno 
dessa glória.
PERGUNTAS
1. Leia Rm 12:2a e comente em que o modelo do mundo, em relação 
ao ficar, é diferente do modelo de Deus? 
2. Leia Jo 15:12-23 e responda: Você pode se encaixar nos dois mo-
delos? Por quê? 
3. Leia Rm 12:2b e responda: O que é a transformação a que o texto 
se refere?
 
4. Leia Rm 12:2c; Sl 119:9 e responda: O que é a renovação da mente? 
Como você pode ser renovado? 
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 29
5. Leia o texto-base, reflita com os colegas de classe sobre o que o 
texto diz a respeito da vontade de Deus e responda. Vale a pena trocá-la 
pelo padrão do mundo, especialmente quanto ao ficar?
6. Leia I Jo 5:2-3; Mt 11:30 e pense em coisas e situações que você 
precisa evitar para não se amoldar ao mundo e responda. Como a men-
sagem desses textos pode ajudar você?
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 30
Nossa pegunta-título é uma da-
quelas perguntas de difícil respos-
ta. Mais ou menos como quando 
perguntaram a Jesus: “Deve-se 
pagar imposto a César ou não?” 
A resposta de Jesus é sábia, como 
sempre, pois ele, como ninguém, 
olha cada situação em particular e 
posiciona-se com maestria: “Dai a 
César o que é de César e a Deus 
o que é de Deus”. Um exemplo 
de equilíbrio, verdade e reconhe-
cimento da realidade da época. 
Apesar de Deus estar acima de 
tudo e todos, Jesus não descartou 
a responsabilidade do compromis-
so social que cada ser humano tem 
como seu governo humano, gos-
tando dele ou não.
Quem escolhe sua esposa ou 
esposo? Ainda que seja uma ques-
tão bem específica, ela levanta 
uma das batalhas mais antigas e 
debatidas da história da teologia: 
soberania de Deus versus respon-
sabilidade humana. De forma sim-
plista, se Deus é quem escolhe, 
não deveria me preocupar, pois a 
responsabilidade é dele! Se quem 
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 31
escolhe sou eu, é como se dissesse 
que Deus não tem participação al-
guma na condução da minha vida. 
Que bom que temos a Bíblia para 
nos ajudar nessa discussão nas pró-
ximas páginas!
Em Gn 24, temos a narrativa da 
procura de uma mulher para Isa-
que. Seu pai, Abraão, pede a seu 
mais antigo servo (v. 2) que vá à 
terra de sua parentela e lá tome 
esposa para seu filho. Abraão não 
queria uma esposa cananéia para 
Isaque. A Canaã de então era idó-
latra. A promessa de terras e bên-
çãos ainda não havia se cumprido 
integralmente para Abraão. Aliás, 
mal sabia Abraão que a concreti-
zação de tudo aquilo que Deus lhe 
falara ao sair de Ur (sua cidade na-
tal) demoraria muitos séculos para 
ter sua concretização final. O velho 
patriarca manda seu servo a Harã 
com o intuito de preservar a pure-
za em sua família, não misturando 
Isaque com outros povos.
Ao chegar lá, o servo coloca-
se em oração a Deus (vv. 12-14), 
na expectativa de que tenha êxito 
em sua missão de escolher esposa 
para Isaque. Quem conhece a his-
tória, sabe que ela tem final feliz. O 
servo encontra a bela Rebeca, pa-
rente próxima de Abraão, conhece 
sua família, conta toda a história da 
sua jornada, e versículo 51 de Gn 
24 é conclusivo: “Eis Rebeca na tua 
presença; toma-a e vai-te; seja ela 
a mulher do filho do teu senhor, 
segundo a palavra do SENHOR”. 
Afinal, quem escolheu Rebeca para 
Isaque: Deus, Abraão ou o servo 
dele?
O texto de Gn 24 apresenta 
alguns princípios importantes. O 
Pr. Jaasiel Botelho, do Ministério 
Jovens da Verdade, em suas pales-
tras para namorados, usa esse ca-
pítulo e apresenta, dentre outros, 
os princípios que se seguem: con-
fiar em Deus para a escolha do(a) 
namorado(a); escolher alguém da 
família de Deus; valorizar a opinião 
dos pais, etc. É bem verdade que 
a cultura de lá era outra. No mun-
do oriental, em alguns lugares, até 
hoje, são os pais que escolhem 
com quem seus filhos devem casar. 
Nós, ocidentais, fazemos nossas 
próprias escolhas. Independente-
mente das diferenças culturais, os 
princípios de Gn 24 são úteis para 
que haja sabedoria na escolha. Mas 
o nosso assunto não são os princí-
pios para uma boa escolha do côn-
juge e, sim, quem escolhe! Nesse 
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 32
capítulo, ainda que haja uma clara 
e fundamental direção de Deus em 
todo o processo, existe também 
uma evidente participação huma-
na na escolha.
Abraão decide enviar seu servo. 
O servo aceita ir e, lá, toma algumas 
atitudes que ele coloca em oração 
a Deus e espera a sua atuação. Ao 
conhecer Rebeca, ele vai à casa de 
seus pais e conta toda a sua histó-
ria. Por fim, o pai de Rebeca decide 
concordar com tudo o que ouviu e 
oferece a sua filha em casamento 
a Isaque. Houve uma parceria en-
tre Deus e o homem. Deus condu-
ziu toda a escolha; o homem, por 
seu lado, submeteu sua escolha à 
vontade de Deus. Vejamos, então, 
a ação de Deus e a ação humana 
nessa parceria tão importante.
Nada foge ao controle do Se-
nhor. Os textos acima são prova 
disso. Muitos outros podem confir-
mar essa verdade (o Salmo 139 é 
um clássico da soberania de Deus 
sobre tudo e todos). A escolha do 
cônjuge também está no controle 
do Pai. Ele sabe, de antemão, qual 
será, quando será e por que razão 
se dará nossa escolha por tal pes-
soa. Ele nos conhece profunda-
mente. A escolha certa ou a errada 
não surpreenderá o Deus Eterno. 
Os planos humanos precisam vir 
antecedidos pela condicional: “Se 
Deus quiser”. Agir sem a parceria 
de Deus é possível, pois temoso livre-
arbítrio, mas é perigoso, pois temos 
enorme facilidade em tomar rumos 
que nos levam a situações difíceis.
Por outro lado, os planos de 
Deus não podem ser frustrados. 
Confiar nele e em sua Palavra é 
fundamental não só para uma boa 
escolha, mas para uma futura boa 
convivência. Submissão, entrega, 
parceria, amor são palavras do 
vocabulário de Deus, enquanto o 
mundo em geral tem usado outras 
palavras: prazer próprio, “eu” aci-
ma do outro. Este é o desafio da 
nossa geração: casar e permanecer 
casado. Escolhas sem a parceria de 
Deus podem frustrar esse desafio.
As palavras “moderados”, 
“prudentes” ou “criteriosos”, de-
pendendo da tradução bíblica que 
você utiliza, em Tito 2:6, são tra-
duções para a palavra grega so-
phroneo, que Paulo utiliza para 
aconselhar os jovens. Nossa esco-
lha precisa estar revestida de so-
phroneo; precisamos escolher com 
critério a partir de certos valores. 
Ao escrever a Timóteo, Paulo o 
aconselha a ser padrão para os fi-
éis. Podemos seguir o mesmo con-
selho de Paulo, como ele mesmo 
diz, desde que tenhamos cuidado 
conosco, respeito à graça de Deus e 
conhecimento da Palavra e da dou-
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 33
trina. Assim, podemos estabelecer 
valores bíblicos em nossas decisões, 
inclusive quanto ao casamento.
E aí? Quem escolhe? Você ou 
Deus? A resposta mais sensata 
parece ser: você e Deus. Você não 
pode fugir da responsabilidade de 
tomar atitudes e buscar um com-
panheiro ou companheira. Ao 
mesmo tempo, Deus precisa fazer 
parte desse e de qualquer outro 
processo de sua vida, não por uma 
obrigação, mas por uma necessi-
dade, à medida que você confia 
nele e deposita sua vida em suas 
mãos. Ele tem sempre o melhor, 
ele sabe, mais do qualquer outra 
pessoa, o que cada um precisa. Por 
isso, colocar sua escolha nas mãos 
de Deus é fundamental.
Então, de forma prática, como 
você pode saber que sua escolha é 
também a escolha de Deus? Fami-
liaridade com a Bíblia é o primeiro 
item. Nela, está a vontade revelada 
de Deus e os princípios de sua atu-
ação e de seu cuidado para com os 
seus. A propósito, Gn 24, que estu-
damos, é um bom exemplo disso. 
Você precisa colocar tudo a Deus, 
em oração, e estar atento às suas 
respostas. Tais respostas podem 
vir de diversas maneiras. De for-
ma direta aos seus ouvidos ou ao 
seu coração, mas, mais comumen-
te, entender a resposta de Deus 
envolve sensibilidade para ouvir 
conselhos (Pv 19:20, 20:18, 24:6). 
As circunstâncias, muitas vezes, 
dão claros sinais de portas que se 
abrem ou que se fecham. E quan-
tas vezes quando elas se abrem e 
nós não entramos, e quando elas 
se fecham, nós as forçamos?!
Em resumo, conhecimento da 
palavra de Deus, vida de oração, 
bons conselheiros e sensibilidade 
às circunstâncias são itens funda-
mentais para a tomada de decisão. 
Deus fez e tem feito sua parte para 
com a humanidade. Aliás, Deus 
tem feito a sua parte com você. 
E você? Tem feito o mesmo para 
com Deus? Ele o ajuda na esco-
lha certa, mas você está atento à 
Palavra e ao que se passa ao seu 
redor? Não adianta, depois que 
tudo dá errado, dizer que orou e 
deu errado. Orar é falar com Deus, 
mas você precisa ouvi-lo também. 
Você está conseguindo ouvir o que 
Deus está dizendo? Quem esco-
lhe? Você ou Deus? Você e Deus, 
cada um fazendo a sua parte. Que 
Deus o abençoe nessa decisão tão 
importante.
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 34
PERGUNTAS
1) Leia Gn 24:2-7 e comente: O motivo da preocupação de Abraão, ao 
mandar seu servo procurar esposa para Isaque, em meio aos seus paren-
tes, era não se misturar com os cananeus. 
2) Leia Gn 24:1-4, 12-14, 21 e responda: A necessidade de que Deus 
orientasse e conduzisse todo o processo não impediu que Abraão e o 
servo tomassem algumas decisões importantes. Quais foram elas? 
3) Leia Tiago 4:13-17 e responda: Como esse texto pode ajudá-lo a 
perceber a importância de Deus no projeto do casamento?
4) Sabendo que ninguém frustra os planos de Deus, leia Jó 12:13-14, 
42:1–6 e analise com a classe como Jó, em seu sofrimento, entendeu isso. 
5) Leia I Timóteo 4:12-16 Tito 2:6 e responda: Diante da responsabi-
lidade pessoal na escolha do(a) esposo(a), qual a importância de se esta-
belecer critérios para esta tomada de decisões?
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 35
Falar sobre a habilidade de amar 
a jovens cristãos não deveria ser ne-
nhum desafio; afinal, o amor deve-
ria contagiar o mundo a partir dos 
seguidores de Cristo. Entretanto, 
quando nos referimos ao amor em 
relação ao sexo oposto, tudo pa-
rece mais complicado. Parece que 
os pais não conseguem compre-
ender o amor que os adolescentes 
experimentam e que nunca prova-
ram a intensidade de um amor na 
adolescência. Mas, afinal, o que é 
isso que chamamos de amor? É co-
mum dizermos que amamos sorve-
te, chocolate ou massas. Também 
amamos aquele CD que acabou de 
ser lançado, aquele artista famo-
so de Hollywood ou aquele carrão 
que acabou de ser exposto na fei-
ra de automóveis. Amamos nossos 
pais, amigos, pastores e, claro, na-
morados (as). Luis de Camões, um 
poeta português, definiu o amor 
como sendo: “... fogo que arde, 
sem se ver; ... ferida que dói e não 
se sente”. 
Imaginem uma jovem chegando 
em casa, após seu primeiro encon-
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 36
tro com um belo rapaz: Seus olhos a 
denunciam e ela, num suspiro emo-
cionado, desabafa: “Estou apaixo-
nada!”. Imediatamente, ouve-se o 
grito da mãe: “Você só tem quinze 
anos, nem sabe o que é o amor”. 
Mas será que os adultos sabem o 
que é o amor? Essa é a única pala-
vra que a nossa língua oferece para 
expressarmos nossos sentimentos, 
nossas paixões e nossas preferên-
cias. Mas a língua grega, idioma em 
que foi escrito o Novo Testamento, 
apresenta um bom número de pa-
lavras para expressar esse estado de 
alma. Assim, o que foi traduzido do 
grego por amor pode ter significa-
dos bem distintos. 
Mas, já que vamos falar sobre o 
amor, seria oportuno distiguirmos 
duas palavras muito utilizadas pe-
los jovens: paixão e amor. Procu-
rando pela definição de amor nos 
diferentes dicionários de língua 
portuguesa, iremos nos deparar 
com uma aparente confusão ou 
mistura de significados entre amor 
e paixão. Assim, para facilitar nos-
so aprendizado, utilizaremos a de-
finição bíblica (veja o texto básico) 
para a palavra amor e a definição 
do dicionário Michaelis para a pa-
lavra paixão. Somente sabendo dis-
tinguir essas duas palavras podere-
mos responder à pergunta de nossa 
lição: Jovens ou adultos: quem tem 
mais habilidade para amar?
Conforme mencionamos ante-
riormente, a palavra amor, usada 
no Novo Testamento, é a tradução 
de quatro palavras gregas diferen-
tes: eros, fileo (II Pe 1:7; Jo 15:19, 
11:36, 16:27), storg (Rm 1.31; II Tm 
3:3; Rm 12:10) e ágape (Mt 3:17; 
Mc 1:11; Lc 9:35). Eros era usado 
pelos gregos para expressar paixão 
ou um sentimento forte. Freqüente-
mente, o termo era usado pelos gre-
gos com referência à paixão física ou 
sexual. Assim, podemos definir eros 
como atração física. Existem pessoas 
que pensam que sexo é uma palavra 
suja, mas foi Deus quem fez o sexo. 
O apóstolo Paulo, no Novo Testamen-
to, trata o sexo como uma benção no 
matrimônio (I Coríntios 7:3–5). 
Provavelmente, por causa das 
conotações ruins que adquiriu, a 
palavra eros não se encontra no 
texto grego do Novo Testamento. 
Este é o tipo de amor a que nos re-
ferimos com as expressões “fazer 
amor” ou “morrer de amor”. Não 
é uma palavra ruim em si mesma, 
mas, se for isolada dos outros tipos 
de amor, pode ser uma perversão 
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 37
vulgar e grosseira, uma zombaria 
do verdadeiro amor. É da raiz des-
ta palavra grega que vem o termo 
“erótico” na língua portuguesa. 
A segunda palavra grega para 
amor é filia ou fileo. Filia era a pala-
vra mais comum para amor usada 
pelos gregos. Ela se aproxima do 
uso mais recente que fazemos da 
palavra amor. Tem a ver comafei-
ção e sentimentos calorosos por 
alguém ou alguma coisa. Podia ser 
usada para a afeição de um marido 
pela esposa ou para a afeição dos 
pais pelos filhos. Ou poderia ser 
usada para a afeição de um amigo 
por outro. Como este último uso é 
o mais comum no Novo Testamen-
to, designaremos filia como “amor 
de amigo”. Um dos maiores exem-
plos bíblicos desse tipo de amor é 
a amizade entre Davi e Jônatas, no 
Antigo Testamento (II Sm 1:26).
A terceira palavra grega para de-
finição de amor é storg. Ela é, exclu-
sivamente, utilizada pelo apóstolo 
Paulo para se referir ao amor mútuo 
existente entre pais e filhos. Paulo 
utiliza storg, tanto para a igreja de 
Roma quanto para Timóteo, sendo 
que, em ambos os casos, ele a utili-
za no composto, e ressalta a neces-
sidade de que, na Igreja, um deve 
nutrir amor pelo outro.
Chegamos à mais importante 
palavra grega para amor, não pela 
palavra em si, mas pela qualidade 
do amor que ela expressa. É a pala-
vra ágape. Essa palavra é usada em 
João 3:16: “Porque Deus amou ao 
mundo de tal maneira que deu o 
seu Filho unigênito, para que todo 
o que nele crê não pereça, mas te-
nha a vida eterna”. Ela é também 
usada em I João 4:8,16: “Deus é 
amor”; em I Coríntios 13, o grande 
capítulo do amor, e nas passagens 
usadas para mostrar a supremacia 
do amor. 
Uma vez que destrinchamos a 
palavra amor, vamos estudar um 
pouco sobre a palavra paixão. O 
Dicionário Michaelis define pai-
xão como sendo: ”1 Sentimento 
forte, como o amor, o ódio, etc. 
2 Movimento impetuoso da alma 
para o bem ou para o mal. 3 Mais 
comumente paixão designa amor, 
atração de um sexo pelo outro. 4 
Gosto muito vivo, acentuada predi-
leção por alguma coisa. 5 A coisa, 
o objeto dessa predileção”. 
 Como é possível observar, a 
paixão é um sentimento mais vio-
lento e mais intenso. Nem sempre 
é um sentimento bom. Normal-
mente, a paixão é ligada ao egoís-
mo e freqüentemente confunde-se 
com eros. É por isso que, quando 
procuramos a definição para amor 
e paixão, nos dicionários de língua 
portuguesa, parece que o significa-
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 38
do dessas palavras se mistura.
Todo homem ou mulher, jovem 
ou criança, foi feito com a capaci-
dade, a habilidade de amar. Deus, 
o autor do amor, fez suas criaturas 
dotadas dessa capacidade. O gran-
de problema que enfrentamos atu-
almente é que Satanás conseguiu 
deturpar o amor criado por Deus; 
conseguiu separar o amor eros e 
torná-lo mais forte e evidente, fa-
zendo que o homem deixe de amar 
e passe a se apaixonar, porque ele 
sabe que a paixão não é duradou-
ra, que é egoísta e não agrada o 
coração de Deus.
Acreditando agir em nome do 
amor, jovens e adolescentes têm 
praticado as mais loucas aventu-
ras. Sem pensar nas conseqüên-
cias futuras, iniciam a vida sexual 
prematuramente, acreditando 
que o amor justifica tudo. A so-
ciedade vem, convertendo inú-
meros adolescentes em adultos 
prematuros, no aspecto sexual, 
sem fazer nada para ajudá-los 
a descobrir o aspecto afetivo e 
espiritual do amor humano: Em 
vez dos ritos tradicionais de en-
contro entre rapazes e moças, 
que envolviam toda uma delica-
da sensibilidade de um para com 
o outro, hoje, apenas encontra-
mos, em muitos adolescentes, a 
impaciência por imitar os adul-
tos, por “amar” como eles, por 
ir mais longe, arrastados por uma 
curiosidade nunca satisfeita, por 
ir mais rápido, por queimar eta-
pas, isto é, experimentar, na vida 
imatura, o que é reservado para a 
vida madura.
O jovem, apesar de ser capaz 
de amar tanto quanto o adulto 
– se bem que há jovens maduros 
e imaturos, assim como há adul-
tos maduros e imaturos no amor 
–, é mais passível de ser enga-
nado e de confundir paixão com 
amor. A Bíblia relata um caso 
interessante de dois jovens que 
tiveram problemas, confundindo 
esses sentimentos: a história de 
Siquém e da jovem Diná, que foi 
enganada pelo sentimento ego-
ísta vestido de “amor” e acabou 
cometendo uma loucura que 
teve graves conseqüências (Gn 
34:1-31). 
Há pouco tempo, havia um 
programa de TV que exibia as 
“loucuras de amor”. Mas, jo-
vem, não se engane! Ninguém 
comete loucuras por amor. As 
loucuras sempre são cometidas 
pela paixão. As discussões entre 
pais e filhos sempre acontecem 
quando um dos lados confunde 
esses sentimentos. Normalmen-
te, os pais, com a experiência de 
vida e maturidade adquirida com 
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 39
o tempo, conseguem distinguir, 
com mais facilidade, amor e pai-
xão e, por isso, tentam evitar que 
os filhos cometam as loucuras da 
paixão.
A orientação dos pais e os 
conselhos da Bíblia podem ser 
de grande utilidade para sa-
bermos se estamos sofrendo 
de uma “paixonite aguda” ou 
se realmente estamos amando 
uma pessoa. A principal carac-
terística do amor é o respeito 
e a doação. No amor, não exis-
te espaço para o egoísmo. Se, 
numa relação, existe alguma 
coisa imposta, alguém “forçan-
do a barra”, pressionando para 
fazer algo que o outro não de-
seja, não há amor.
Podemos afirmar, com certe-
za, que a paixão apresenta ca-
racterísticas contrárias ao amor 
descrito por Paulo. Ela não é 
benigna; é invejosa; trata com 
leviandade e se ensoberbece; 
porta-se com indecência; bus-
ca os seus interesses; irrita-se, 
quando não consegue se satis-
fazer; suspeita mal; folga com a 
injustiça e foge da verdade; não 
quer sofrer; não quer acreditar; 
não espera, nem suporta.
Portanto, jovem, não se en-
tregue a promessas e juras de 
amor, sem, antes, analisar seus 
sentimentos, buscar conselho 
de pessoas sábias e mais expe-
rientes; confie nos seus pais, 
que sempre desejam o melhor 
para você e, claro, busque a 
Deus em oração. Certamente, 
Deus responderá a sua oração, 
quando você buscar uma orien-
tação. Analise as atitudes de seu 
namorado ou de sua namorada 
e compare com o que diz a pa-
lavra de Deus. Você será capaz 
de saber o que é amor e o que 
é paixão. Quando o sentimento 
de amor estiver presente em vo-
cês, não haverá dificuldades de 
estabelecer limites, respeitar-se 
mutuamente, estudar a Bíblia 
juntos, orar um pelo outro, de-
senvolver um relacionamento 
sincero e íntegro com Deus. Vo-
cês não terão medo de assumir 
compromissos diante de Deus e 
dos homens. 
Antes de qualquer atitude, 
lembre-se de que todos temos 
a habilidade de amar, mas te-
mos que ter a certeza de que 
estamos vivendo um amor e não 
uma simples paixão.
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 40
PERGUNTAS
1. Leia o primeiro comentário e responda: Você acredita que a juventu-
de sabe distinguir amor e paixão? Cite exemplos que você vivenciou.
2. Leia Ef 5:22-25,28; Cl 3:18-19; I Pe 3:1-7 e responda: Quais as ca-
racterísticas do verdadeiro amor mencionadas na Bíblia?
3. Leia o comentário e descreva o que significa eros, fileo, storg e ága-
pe. Cite exemplos em que essas palavras são utilizadas na Bíblia (Pv 7:18; 
I Sm 18:1-3; Jo 3:16; I Jo 4:8,16)
4. Leia Gn 34:1-5, o comentário e responda: O que aconteceu entre 
Siquém e Diná foi amor ou paixão? 
5. Como Diná poderia ter resistido ao convite de Siquém? Os pais podem 
judar os filhos a fazer diferença entre amor e paixão? Justifique sua resposta.
6. Leia o comentário e responda: Como podemos identificar uma pai-
xão? Quais as características desse sentimento que o diferem do amor?
7. O que acontece com maior freqüência entre os jovens: amor ou paixão? 
Quem tem maior habilidade de amar: jovens ou adultos? Justifique sua resposta.
lições bíblicas de férias fumap - julho 2007 - 41
O ser humano foi criado para 
viver em comunhão. Tanto com 
Deus, o seu Criador (relação ver-
tical), quanto com os seus seme-
lhantes (relação horizontal). Na 
verdade, esse é o plano divino para 
nossas vidas. Foi o próprio Senhor 
Deus quem declarou: “Não é bom 
que o homem esteja só” (Gn 2:18). 
Lemos, ainda, na sua Palavra que 
“Melhor é serem dois do que um” 
(Ec 4:9). Deus, percebendo que o 
homem estava sozinho e que não 
poderia continuar daquele jeito, 
providenciouuma companheira 
que o amasse e o ajudasse. Assim, 
a solidão deixou de existir na vida 
de Adão. Precisamos de amizade, 
namoro, casamento para vencer-
mos a solidão. Mas, como saber 
que pessoa está nos planos de 
Deus para a vida de cada jovem?
Mesmo na solidão, o rapaz ou 
a moça deve tomar muito cuidado 
para não se envolver em qualquer 
tipo de relacionamento. É neces-
sário saber esperar no Senhor (Sl 
37:7a). Alguns jovens não conse-
guem aguardar o tempo de Deus e 
acabam se precipitando, a ponto de 
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se envolverem com qualquer pessoa. 
Quantas vezes já ouvimos: “Ruim 
com ele (ela), pior sem ele (ela)!”? É 
claro que tal afirmação não pode ex-
pressar uma verdade, não é mesmo? 
Isso pode ser o resultado de um re-
lacionamento sem o consentimento 
de Deus. A obra da criação foi per-
feita e o criador fez macho e fêmea, 
homem e mulher e estabeleceu crité-
rios para os relacionamentos. A fase 
da juventude é a mais empolgante e 
envolvente da vida. 
Mas, nessa fase, é importante 
estar ciente do que realmente sig-
nifica o namoro e qual a sua finali-
dade. Não basta apenas dizer que 
está amando alguém. É necessário 
ter responsabilidade e compromis-
so para com a outra pessoa. Para 
o jovem que realmente quer agir 
de acordo com as orientações de 
Deus, os desafios da pós-moderni-
dade são intensos.
Quando voltamos um pouco 
no tempo, percebemos o quanto 
as coisas mudaram. Os conceitos, 
os valores, os relacionamentos, as 
crenças. Tudo isso é tratado hoje 
como se não tivesse tanta impor-
tância para a vida. Em meio a essas 
mudanças está o relacionamento 
amoroso entre um homem e uma 
mulher (namoro). Ainda existe na-
moro? Hoje, quando um jovem fala 
sobre “namoro”, no sentido sério 
da palavra, torna-se, muitas vezes, 
alvo de piada e gozação, por parte 
dos colegas. O que está em evidên-
cia nos dias atuais é o ficar. Mas 
o que é isto? Segundo o que os 
jovens definem, ficar é passar um 
tempo com alguém, sem qualquer 
compromisso. O ficar nada tem a 
ver com o namoro. Infelizmente, 
muitos jovens cristãos acabam sen-
do influenciados pela mídia que 
apregoa a sensualidade, sem ne-
nhum pudor.
Os jovens, rapazes e moças, 
principalmente os que querem le-
var Deus a sério em suas vidas, pre-
cisam observar, cuidadosamente, o 
que ele diz em sua Palavra, antes 
de se envolverem com alguém. É 
óbvio que o ficar não deve ser uma 
prática para esses jovens. O namoro 
deve ser levado a sério, pois, além 
de envolver sentimentos, serve 
como preparativo para o futuro ca-
samento. É através do namoro que 
o casal passa a se conhecer melhor, 
não na intimidade, é claro, pois esse 
conhecimento íntimo só se dará 
após o casamento. Precisamos en-
tender que o namoro do cristão não 
deve ser igual ao praticado no mun-
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do. Deve haver respeito de ambas 
as partes. Não se namora pensando 
em sexo, mas em afinidade de pro-
pósitos e na partilha do amor com a 
pessoa amada. 
O namoro é um período extre-
mamente importante na vida de 
dois jovens cristãos e de muitas 
responsabilidades. Para tanto, é 
necessário que ambos tenham um 
bom nível de maturidade. Embora 
o desejo seja que ambos se tornem 
íntimos em seu relacionamento, 
isso não quer dizer liberdade no 
aspecto físico e muito menos liber-
dade sexual entre os namorados. 
A relação sexual está reservada 
para ser desfrutada no casamen-
to (Hb 13.4; Gn 2:24; Ct 4.12). 
A comunhão espiritual é de suma 
importância durante o período de 
namoro, pois, quanto mais perto 
de Deus, mais força o casal terá 
para vencer as tentações da carne. 
Devemos lembrar que Deus precisa 
ocupar o primeiro lugar e não o(a) 
namorado(a).
Como estamos lidando com jo-
vens comprometidos com o Senhor, 
é importante lembrar que tudo 
deve ser feito objetivando a glória 
de Deus. O apóstolo Paulo, a esse 
respeito, afirma: “Portanto, quer 
comais quer bebais, ou façais qual-
quer outra coisa, fazei tudo para a 
glória de Deus” (I Co 10.31). É pre-
ciso estabelecer certas normas para 
que o namoro cristão realmente se 
torne do agrado de Deus; uma de-
las é evitar contato físico exagera-
do. Todo(a) namorado(a) gosta de 
receber carinho, beijos e abraços. 
Porém, deve-se parar por aqui. Pro-
cure, a todo custo, evitar continuar 
os avanços físicos, como tocar em 
outras partes do corpo da moça, 
por exemplo. Isso pode provocar 
desejos sexuais que não podem ser 
satisfeitos antes do casamento (I Ts 
4:3-8; I Co 7). 
Existem condições em que a 
freqüência de visitas deve ser li-
mitada. Isso exige paciência por 
parte de ambos. Algumas vezes, 
a doença, o serviço militar, os 
estudos, os trabalhos, os deve-
res pessoais impedem que este-
jam juntos. Seja paciente nessas 
horas; tenha cautela no modo 
de vestir, em sua conversa, em 
seu comportamento e mesmo 
em seus gestos. Lembre-se de 
semear um ambiente agradável 
em que valha a pena estar jun-
to. Evite ficar só com seu par, em 
ambientes fechados e por muito 
tempo. Procure estar com seu 
par em atividades com outros 
jovens, ou seja, procure envolver 
seus amigos em suas atividades. 
Qual é, então, a finalidade 
do namoro? Podemos dizer que 
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o namoro é o primeiro passo 
para um relacionamento mais 
sério entre duas pessoas do sexo 
oposto que se amam de verda-
de. É a preparação para o ca-
samento. É no namoro que os 
jovens têm a oportunidade para 
observarem, com bastante aten-
ção, como é o comportamento 
do(a) futuro(a) esposo(a). Poderá 
surgir a seguinte pergunta, por 
parte do casal de namorados: 
Será que é com ele(ela) que irei 
casar? O fato de se estar namo-
rando alguém não significa que 
este já vai ser o esposo. É impor-
tante pedir a orientação de Deus 
para saber se é da vontade dele 
que este relacionamento amoro-
so prossiga ou não; afinal, é ele 
quem determina tudo em nossas 
vidas.
O namoro do cristão deve 
ser baseado nos princípios sa-
grados. Alguém poderá ques-
tionar dizendo que os tempos 
estão mudados e que a realida-
de hoje é bem diferente de al-
gum tempo atrás. Sabemos que 
as coisas mudaram. Estamos 
vivendo na pós-modernidade; 
mas algo deve ser lembrado 
por nós, que conhecemos as 
Sagradas Escrituras. Jesus dis-
se: “Passarão o céu e a terra, 
mas as minhas palavras jamais 
passarão” (Mt 24:35). Isto sig-
nifica dizer que os princípios 
estabelecidos pelo Senhor con-
tinuam valendo, embora os 
homens dessa nova geração 
tentem invertê-los. Meu caro 
jovem, Deus se agrada de nos-
sa pureza; por isso, devemos 
mantê-la sempre. É preciso 
buscar sempre a presença do 
Senhor e a sua direção.
Se a finalidade do namo-
ro sério é o futuro casamento, 
faz-se necessário considerar-
mos alguns aspectos importan-
tes em relação a isso. O pastor 
Paul Hoff apresenta algumas 
características a serem identi-
ficadas pelo jovem, em relação 
à pessoa que poderá ser o seu 
cônjuge:
-
te, e mais ou menos da mesma 
doutrina, para que não haja 
conflitos com relação à igreja 
que eles freqüentam. Os ca-
samentos mistos resultam em 
muitos males. 
quem se possa respeitar e ad-
mirar. Não basta a atração físi-
ca mútua.
quem o jovem se sinta à vonta-
de e com quem sinta prazer em 
estar. Se ambos os jovens não 
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podem conversar bem, quando 
estão em situações normais, e 
só se divertem quando estão 
nos braços um do outro, certa-
mente não terão uma vida feliz 
no futuro. O companheirismo é 
muito mais importante e dura-
douro no casamento do que a 
atração física.
com ideais parecidos. Se uma 
pessoa tem ideais muito nobres 
e outra não, haverá choques 
quase irreconciliáveis entre os 
dois. Devem ter atitudes idên-
ticas com relação ao relaciona-
mento com as outras pessoas, 
a moda, o dinheiro, o sexo, a 
ética nos negócios e os demais 
valores da vida.
O namoro dos jovens cris-
tãos não deve ser muito pro-
longado. Isso poderá levar o 
casal a ter um relacionamento