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RECURSOS EM ESPÉCIE Profa: Kellen Muniz APELAÇÃO É PROIBIDA A GRAVAÇÃO, REPRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DESTA AULA É PROIBIDA A GRAVAÇÃO, REPRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DESTA AULA Art. 1.009. Da SENTENÇA CABE APELAÇÃO. § 1º As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito NÃO COMPORTAR AGRAVO DE INSTRUMENTO, NÃO são cobertas pela preclusão e DEVEM ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões. [...] ❖O rol do art. 1.015 é, em regra, taxativo (veremos adiante sobre taxatividade mitigada). Portanto, fora das hipóteses ali previstas não será admissível o recurso de agravo de instrumento (regra geral). Por esse motivo o § 1º do art. 1.009 prevê que se determinado assunto for decidido de forma interlocutória no curso do processo e dessa decisão NÃO COUBER RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO, na forma do art. 1.015, a parte poderá, quando da apelação, suscitar nova análise desses pontos resolvidos por decisão interlocutória no curso do processo. Para tanto, deverá trazer essas matérias em sede de preliminar de apelação. É PROIBIDA A GRAVAÇÃO, REPRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DESTA AULA PORTANTO EXCEÇÕES IMPORTANTES: ❖ Da sentença no Juizado Especial Cível temos a possibilidade de RECURSO INOMINADO e não recurso de apelação, conforme prevê o art. 41, da Lei nº 9.0099/1995; ❖ Contra sentença proferida nos processos em que forem parte estados estrangeiros x município ou pessoa residente ou domiciliada no Brasil caberá RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL e não recurso de apelação, conforme prevê o art. 1027, inciso II, alínea “b”, do CPC; É PROIBIDA A GRAVAÇÃO, REPRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DESTA AULA CABE JUÍZO DE RETRATAÇÃO NA APELAÇÃO? É PROIBIDA A GRAVAÇÃO, REPRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DESTA AULA É PROIBIDA A GRAVAÇÃO, REPRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DESTA AULA Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá: I - os nomes e a qualificação das partes; II - a exposição do fato e do direito; III - as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade; IV - o pedido de nova decisão. § 1º O apelado será intimado para apresentar contrarrazões no PRAZO DE 15 (QUINZE) DIAS. § 2º Se o APELADO INTERPUSER APELAÇÃO ADESIVA, o juiz intimará o apelante para apresentar contrarrazões. § 3º Após as formalidades previstas nos §§ 1º e 2º, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz, INDEPENDENTEMENTE DE JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE. É PROIBIDA A GRAVAÇÃO, REPRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DESTA AULA JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE (pressupostos recursais) Art. 932, III a V Art. 1.011. Recebido o recurso de apelação no tribunal e distribuído imediatamente, o RELATOR: I - decidi-lo-á monocraticamente apenas nas hipóteses do art. 932, incisos III a V; II - se não for o caso de decisão monocrática, elaborará seu voto para julgamento do recurso pelo órgão colegiado. É PROIBIDA A GRAVAÇÃO, REPRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DESTA AULA JULGAMENTO AMPLIADO NA APELAÇÃO EM CASO DE DIVERGÊNCIA Art. 942. Quando o resultado da apelação for NÃO unânime, o julgamento TERÁ PROSSEGUIMENTO em sessão a ser designada com a presença de OUTROS julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no regimento interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de INVERSÃO do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores. Como explica o professor Mozart Borba, os embargos infringentes foram retirados do rol de recursos previstos no CPC/2015, mas sua essência retornou como “técnica de julgamento ampliado”. Em resumo: quando os julgadores perceberem que a decisão do recurso de apelação NÃO SERÁ UNÂNIME, EM QUALQUER HIPÓTESE (provimento, improvimento, parcial provimento), o julgamento ficará SUSPENSO e retornará em outra sessão com mais julgadores. É PROIBIDA A GRAVAÇÃO, REPRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DESTA AULA Astrogildo ajuizou ação indenizatória por danos morais contra Setembrino, cujo pedido foi, ao final, julgado procedente. Inconformado com a decisão, Setembrino interpôs recurso de apelação. Após distribuição, o relator elaborou o relatório e seu voto, encaminhando para inclusão em pauta de julgamento. Na sessão de julgamento o resultado foi não unânime. Nesta hipótese, de acordo com o disposto no CPC, é certo afirmar que: a) Poderá a parte vencida interpor embargos infringentes a ser decidido pelo Plenário do Tribunal. b) Caberá à parte vencida interpor recurso especial ou extraordinário, devolvendo-se toda a matéria. c) Prosseguirá a sessão, com outros julgadores, em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial. d) Prosseguirá a sessão, com os mesmos julgadores, devolvendo-se apenas a matéria que é o ponto de discordância. Art. 1.012. A apelação terá EFEITO SUSPENSIVO. § 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que [OU SEJA, NÃO TEM EFEITO SUSPENSIVO OPE LEGIS]: I - homologa divisão ou demarcação de terras; II - condena a pagar alimentos; III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado; IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; V - confirma, concede ou revoga tutela provisória; VI - decreta a interdição. § 2º Nos casos do § 1º, o apelado poderá promover o pedido de cumprimento provisório depois de publicada a sentença. § 3º O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1º poderá ser formulado por requerimento dirigido ao: I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la; II - relator, se já distribuída a apelação. § 4º Nas hipóteses do § 1º, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator SE o apelante demonstrar a PROBABILIDADE de provimento do recurso ou se, sendo relevante a fundamentação, houver RISCO de dano grave ou de difícil reparação. Nas EXCEÇÕES listadas, o recurso terá mero efeito devolutivo. Admite-se, porém, que a parte pleiteie a concessão judicial de tal efeito (efeito suspensivo ope judicis). Deverá apresentar petição específica dirigida ao tribunal, demonstrando: PROBABILIDADE de provimento e RISCO de dano. Caso já distribuído o recurso, a petição será apresentada ao relator. Em um ou em outro caso, a análise dos efeitos com que o recurso será recebido será efetuada pelo relator a ser designado ou já designado para o processo. É PROIBIDA A GRAVAÇÃO, REPRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DESTA AULA (Ano: 2021 – Exame de Ordem Unificado XXXIII – Primeira Fase) Após anos de relacionamento conjugal, Adriana e Marcelo resolvem se divorciar. Diante da recusa do cônjuge ao pagamento de alimentos, Adriana, desempregada, resolve ingressar com ação a fim de exigir o pagamento. A ação teve regular processamento, tendo o juiz proferido sentença de procedência, condenando o réu ao pagamento de R$ 2.000,00 (dois mil reais) mensais à autora, sendo publicada no dia seguinte. Inconformado, o réu interpõe recurso de apelação, mas Adriana promove, imediatamente, o cumprimento provisório da decisão. Diante das informações expostas, assinale a afirmativa correta. A) A sentença não pode ser executada neste momento, pois o recurso de apelação possui efeito suspensivo. B) A sentença não pode ser executada, uma vez que a sentença declaratória não permite a execução provisória. C) Poderá ser iniciada a execução provisória, pois a sentença que condena a pagar alimentos começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação. D) Pode ser iniciada execução provisória, pois os recursos de apelação nunca possuem efeito suspensivo. Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. § 1º Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas noprocesso, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado. § 2º Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais. § 3º Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal DEVE decidir desde logo o mérito quando: [TEORIA DA CAUSA MADURA] I - reformar sentença fundada no art. 485; II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir; III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo; IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação. § 4º Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, se possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, SEM DETERMINAR O RETORNO DO PROCESSO AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. § 5º O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é impugnável na apelação. 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