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APOSTILA TURISMO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL

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1 
 
 
TURISMO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
1 
 
 
Sumário 
Sumário ....................................................................................................... 1 
NOSSA HISTÓRIA ...................................................................................... 2 
Introdução .................................................................................................... 3 
A ORGANIZAÇÃO ESPACIAL .................................................................... 4 
A Consciência Ecológica .......................................................................... 8 
Einstein (Ideas and Opinions, 1954). ....................................................... 9 
CONCEITOS DE MEIO AMBIENTE E DE IMPACTO AMBIENTAL ...........15 
Conceito de Desenvolvimento Sustentável .............................................19 
GESTÃO Ambiental e Desenvolvimento SUSTENTÁVEL ......................22 
Na Busca do Desenvolvimento Sustentável ............................................24 
O Desenvolvimento Sustentável e o Nível Local. ....................................25 
Agenda 21 ...............................................................................................28 
A Agenda 21 Brasileira ............................................................................28 
As Agendas 21 Locais .............................................................................29 
Educação Ambiental e o Desenvolvimento SUSTENTÁVEL ..................31 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ...........................................................36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos 
que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, 
de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
Introdução 
 
 
"O século XX foi o século de fazer primeiro e analisar depois". 
(Pedro P. de Lima e Silva 1999). 
Nos meados do século XX, foi que vimos nosso planeta a partir do espaço, pela 
primeira vez. Vista do espaço, a Terra é uma bola frágil e pequena, dominada não 
pela ação e pela obra do homem, mas por um conjunto ordenado de nuvens, 
oceanos e formações vegetais. 
O fato de a humanidade ser incapaz de agir conforme essa lógica natural 
está alterando fundamentalmente os sistemas planetários. Muitas dessas 
alterações acarretam ameaças à vida. Essa realidade nova, da qual não há como 
fugir, tem de ser reconhecida e enfrentada. Um passo importante foi dado na Rio-
92, a Conferência da Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, 
na qual se consolidou a concepção de que o desafio de manter um ambiente sadio 
para as futuras gerações é um problema global. 
 A questão ambiental deve ser tratada de forma global considerando que a 
degradação ambiental é resultante de um processo social, determinado pelo modo 
como a sociedade apropria-se e utiliza os recursos naturais. 
Não é possível pretender resolver os problemas ambientais de forma isolada. É 
necessário introduzir uma nova abordagem decorrente da compreensão de que a 
existência de uma certa qualidade ambiental esta diretamente condicionada ao 
processo de desenvolvimento ao processo de desenvolvimento adotado pelas 
nações. 
O modo como se dá o crescimento econômico, comprometendo o meio 
ambiente, seguramente prejudica o próprio crescimento, pois inviabiliza um dos 
fatores de produção: o capital natural. Natureza, terra, espaço sustentação e 
4 
 
 
conservação dos ecossistemas. A degradação ou destruição de um ecossistema 
compromete a qualidade de vida da sociedade, uma vez que reduz os fluxos de 
bens e serviços que a natureza pode oferece à humanidade. 
 
A ORGANIZAÇÃO ESPACIAL 
 
A concepção do meio ambiente faz a articulação das relações entre a 
sociedade e a natureza nas diferentes escalas geográficas de sua intervenção, 
desde a local até o global. Não existem fronteiras, como as que separam os países, 
para os poluentes que cruzam oceanos e afetam todo tipo de vida a milhares de 
quilômetros de distância de sua fonte geradora. 
É assim que são prejudicados tanto o ser humano como o meio natural 
transformado por sua atividade. O conhecimento do meio ambiente, como o 
resultado da atuação humana sobre o meio natural, tem sido objeto de estudo e 
interesse em muitos campos das ciências, dentre elas a própria Geografia. 
Neste final de século, as preocupações com as condições ambientais alcançaram 
vários segmentos das esferas social, política e econômica. A crescente 
universalização dos problemas ambientais que afligem a humanidade implica o 
estabelecimento de novas reflexões acerca da utilização dos recursos da natureza, 
tanto nos países altamente industrializados como nos países subdesenvolvidos. 
É evidente que existe uma relação dinâmica, ou seja, em constante 
transformação, entre sociedade e natureza. É por isso que as inovações 
tecnológicas e o impacto ambiental devem manter um vínculo entre si. 
Um avanço tecnológico (como a irrigação, por exemplo) pode permitir a 
sobrevivência de mais pessoas, o que, por sua vez, leva à ocupação de novas 
terras ou ao uso mais intensivo das áreas já ocupadas. 
5 
 
 
No entanto, a mesma irrigação pode encaminhar-se para o esgotamento dos 
recursos hídricos de uma área distante, como o que está acontecendo com o mar 
de Aral, que está secando porque suas fontes de água foram desviadas para a 
irrigação. 
A influência do homem sobre o meio em que vive provoca mudanças que, 
muitas vezes, levam a alterações irreversíveis na estabilidade dos 
sistemas naturais. Hoje, sabe-se que a natureza pode ser vista como um conjunto 
de sistemas complexos, dentro do qual existem fluxos de energia entre suas 
diversas partes constituintes. 
Cada componente do meio ambiente mantém uma relação com os demais 
elementos. Assim, o clima, o relevo, os rios, a vegetação, os solos e os demais 
seres vivos interagem entre si, e qualquer mudança em apenas um desses 
componentes afetará o conjunto todo. Às vezes, essas mudanças podem ser muito 
adversas à própria vida. 
As terras semi-áridas do mundo, onde se expandem as áreas irrigadas, 
assim como as zonas costeiras dos continentes, constituem exemplos de 
ambientes instáveis, propensos a rápidas degenerações que podem levar à perda 
efetiva de recursos vivos. O resultado disso é a desertificação. Reconhece-se com 
facilidade a desertificação das áreas continentais. Entretanto, a enorme perda de 
recursos vivos dos oceanos, seja pela pesca e captura indiscriminada, seja pela 
contaminação dos mares e oceanos, tem as mesmas dimensões e é até mais 
problemática, pois ainda são pouco conhecidos os ciclos de nutrientes. 
De modo geral, o resultado da intervenção humana sobre o meio natural 
pode produzir reações em cadeia. Alterações provocadas pelo homem sobre o solo 
criam condições para a erosão parcial ou total. Mudanças feitas nos sistemas 
fluviais, a exemplo de barragens, alteram radicalmenteo regime das águas do rios. 
 
Ambientes litorâneos, que apresentam forte concentração de população, 
sofrem alterações radicais que modificam profundamente as condições de vida nos 
estuários e baias, fundamentais para a vida marinha. 
As duas principais atividades sócio-econômicas que provocam alterações 
ambientais são, sem sombra de dúvida, a agricultura e a indústria. 
6 
 
 
As áreas urbano-industriais representam a mais profunda modificação 
humana da superfície da Terra. Os efeitos da urbanização são altamente intensivos 
e, em muitos casos, expandem-se para muito além dos próprios limites das cidades. 
O planeta está atravessando um período de crescimento drástico e de 
mudanças fundamentais. Nosso mundo de mais de 6 bilhões de seres humanos 
tem de encontrar espaço, num contexto finito, para outro mundo de seres humanos. 
Segundo projeções da Organização das Nações Unidas (ONU), em algum 
momento do próximo século, a população poderá estabilizar-se entre 8 e 14 bilhões 
de pessoas. Em sua maior parte, esse aumento ocorrerá nos países mais pobres 
(mais de 90%) e em cidades já superpovoadas (90%). 
A atividade econômica multiplicou-se para gerar uma economia mundial de 
13 trilhões de dólares, que pode quintuplicar ou decuplicar nos próximos cinqüenta 
anos. A produção industrial cresceu mais de cinqüenta vezes no último século, 
sendo que quatro quintos desse crescimento se deram a partir de 1950. 
Esses números refletem e já projetam profundos impactos sobre a biosfera, 
à medida que o mundo vai investindo em habitação, transporte, agricultura e 
indústria. Grande parte do crescimento econômico se faz à custa de matérias-
primas de florestas, solos, mares e rios. 
As novas tecnologias podem permitir a desaceleração controlada do 
consumo perigosamente rápido dos recursos que são finitos, mas também podem 
criar sérios riscos, como novos tipos de poluição e o surgimento de novas 
variedades de formas de vida, que alterariam os rumos da evolução. Enquanto isso, 
as indústrias que mais dependem de recursos do meio ambiente, e que mais 
poluem, multiplicam-se com grande rapidez no mundo em desenvolvimento. 
Quando a base de recursos locais se desgasta, áreas mais amplas também 
podem ficar comprometidas: o desflorestamento das terras altas acarreta 
inundações nas terras baixas; a poluição industrial prejudica a pesca local. Esses 
implacáveis ciclos, localizados, passam agora ao plano nacional e regional. 
A deterioração das terras áridas leva milhões de refugiados ambientais a 
transpor as fronteiras de seus países em busca de melhores condições de vida. 
O desflorestamento na América Latina e na Ásia vem provocando mais 
inundações, com danos cada vez maiores, nos países situados em áreas mais 
baixas e no curso inferior dos rios. A chuva ácida e a radiação nuclear 
ultrapassaram as fronteiras da Europa. No mundo todos estão ocorrendo 
7 
 
 
fenômenos similares, como o aquecimento global e a perda de ozônio. No próximo 
século, poderão aumentar muitos as pressões ambientais que geram migrações 
populacionais, ao passo que os obstáculos a essa migração talvez sejam ainda 
maiores que os de hoje. 
Nos últimos decênios, no mundo em desenvolvimento surgiram problemas 
ambientais que põem em risco a vida. O número crescente de agricultores e de 
sem-terras vem gerando pressões nas áreas rurais. As cidades se enchem de 
gente, de carros e de fábricas. 
Entretanto, esses países em desenvolvimento têm de atuar num contexto 
em que se amplia o fosso entre a maioria das nações industrializadas e as em 
desenvolvimento, no que diz respeito aos recursos; em que o mundo industrializado 
impõe as normas que regem as principais organizações; e em que esse mundo 
industrializado já usou grande parte do capital ecológico do planeta. Tal 
desigualdade é o maior problema "ambiental" da terra; é também seu maior 
problema de desenvolvimento. 
Hoje, a renda per capita da maioria dos países em desenvolvimento está 
mais baixa do que no início da década de 1980. O aumento da pobreza e o 
desemprego vêm pressionando ainda mais os recursos ambientais, pois um 
número maior de pessoas se vê forçado a depender mais diretamente deles. 
A própria pobreza polui o meio ambiente, criando outro tipo de desgaste 
ambiental. Para sobreviver, os pobres e os famintos muitas vezes destroem seu 
próprio meio ambiente - derrubam florestas, permitem o pastoreio excessivo, 
exaurem as terras marginais e acorrem, em número cada vez maior, para as 
cidades já congestionadas. O efeito cumulativo dessas mudanças chega a ponto 
de fazer da própria pobreza um dos maiores flagelos do mundo atual. 
No que se refere ao consumo energético, os riscos de aquecimento do 
planeta e de acidificação do meio ambiente muito provavelmente tornam inviáveis 
até uma duplicação do consumo de energia com as atuais combinações de fontes 
primárias. No mundo em desenvolvimento, milhões de pessoas carecem de 
combustível vegetal, a principal fonte de energia doméstica de metade da 
humanidade, e esse número vem aumentando. A atual situação energética do 
mundo exige grandes mudanças. 
E uma nova era de crescimento econômico deve, portanto, consumir menos 
energia que o crescimento passado. Resta apenas esperar que o mundo formule 
8 
 
 
saídas alternativas de baixo consumo energético, com base em fontes renováveis, 
que deverão ser o alicerce da estrutura energética global do século XXI. 
Os problemas ambientais com que nos defrontamos não são novos. Mas só 
recentemente sua complexidade começou a ser entendida. Antes, nossas maiores 
preocupações voltavam-se para os efeitos do desenvolvimento sobre o meio 
ambiente. 
Hoje, temos de nos preocupar também com o modo como a deterioração 
ambiental pode impedir ou reverter o desenvolvimento econômico. 
É necessária uma nova abordagem, pela qual todas as nações cheguem a algum 
tipo de desenvolvimento que integre a produção com a conservação e ampliação 
dos recursos, e que as vincule ao objetivo de dar a todos uma base adequada de 
subsistência e um acesso mais eqüitativo aos recursos naturais. 
 A Consciência Ecológica 
 
"Um ser humano é parte de um todo...Ele percebe a si mesmo, seus 
pensamentos e sentimentos, como algo separado do resto...um tipo de ilusão de 
ótica da sua consciência. Esta ilusão é uma espécie de prisão para nós, restringindo 
nossos desejos pessoais e a nossa afeição a umas poucas pessoas próximas a 
nós. Nossa tarefa deve ser nos libertarmos desta prisão, expandindo nossa 
compaixão para abranger todas as criaturas vivas e toda a Natureza em seu 
esplendor. Ninguém é capaz de conseguir isso completamente, mas apenas o 
empenho por tal conquista é, em si próprio, uma parte da liberação e uma base 
sólida para nossa segurança interior". 
 
 
9 
 
 
Einstein (Ideas and Opinions, 1954). 
 
 A consciência ecológica não nasceu do vazio. Ela emergiu frente a uma 
realidade insustentável de ameaça à qualidade de vida no mundo, onde a 
tecnologia industrial e a explosão populacional têm caminhado ao lado de grave 
deterioração do meio ambiente. 
Até aqui, o desenvolvimento tecnológico e industrial tem nos dado em troca 
a ameaça de uma catástrofe nuclear, a poluição do ar, das águas e do solo, e 
devastado nossas matas, como se a natureza tivesse o poder de se recuperar 
infinitamente. É neste contexto de acelerada evolução que marcou o século XX, 
que a consciência ecológica tornou-se algo concreto, impossível de ser ignorada. 
A espécie humana teve um espetacular desenvolvimento tecnológico no 
século XX. Mas a nossa correspondente evolução de mentalidade e praticas sociais 
não acompanhou essa radicalidade tecnológica, e as guerras e lutas civis que 
ocorreram do meio para o fim do século não nos deixam iludir. 
Esse comportamento, constante durante todo o decorrer da historia, deveria, 
no inicio do século XX, ter sido percebido como um alertade que, fossemos para 
onde fossemos, nossa herança genética como animais predadores ainda 
permanecia intacta, e muito mais do que isso, estávamos longe do ser racional, 
equilibrado e sensato que as nossas descobertas cientificas pareciam indicar. 
Nossa capacidade de criar idéias sempre foi muito superior à de avaliar as 
conseqüências dessas idéias, e de modo algum era um sinal de que caminhávamos 
para nos tornar uma espécie "pensadora", muito pelo contrario, o século XX foi o 
século de fazer primeiro e analisar depois. 
Os impulsos genuinamente animais de posse, defesa de território, 
dominância, amplificados pelo inicio de liberação, há alguns milhares de anos, da 
pressão ambiental antes imposta pela seleção natural, não tardou a gerar 
subprodutos, resíduos indesejados, rejeitos não analisados, desenrolares 
menosprezados. 
Como frankesnsteins fabricamos milhares de monstros mecânicos, 
fumigenos, cibernéticos, elétricos, eletrônicos, a laser que, se não estão destruindo 
diretamente seu criador ainda, já estão certamente destruindo a casa do criador. 
10 
 
 
Enfim, a humanidade começa a se conscientizar que seu desenvolvimento 
estava diretamente comprometendo a preservação ambiental. 
Os primeiros indícios de que o mundo começava a se preocupar com o meio 
ambiente surgiram na década de 60. Nesta década aconteceriam as primeiras 
iniciativas governamentais que se propunham a discutir o assunto. Foi também 
neste período que despertava a ideologia ambiental política. 
Na Europa os jovens que questionavam os tabus da época, como o trabalho, 
os problemas sexuais e a deterioração do homem, também levantaram a bandeira 
do ambientalismo. E em alguns desses países europeus ( Alemanha, Inglaterra, 
França, Itália, entre outros) surgiria no principio dos anos 80 o Partido Verde, que 
se consolidaria no braço político da ecologia e do pacifismo. O Partido Verde 
também chegaria ao Brasil em 1986. Tudo isso foi fruto de anos de contestação e 
da contracultura da década de 60. 
O embrião estava gerado e preparado para que na década seguinte 
surgissem os acontecimentos que despertariam de vez a atenção internacional 
para as questões ambientais. Em 1970 mais de trezentos mil americanos 
participaram do "Dia da Terra". O ato foi considerado a maior manifestação 
ambientalista da história, e rendeu inúmeras manchetes e destaque na mídia de 
todo o mundo. 
O ano 1972 seria chave para as discussões das questões ambientais. 
Naquele ano foi protagonizada a Conferência de Estocolmo, a primeira reunião de 
caráter oficial a tratar de assuntos ambientais. Organizada pela ONU, a Conferência 
reuniu representantes de 113 países e de 250 organismos não-governamentais. 
A reunião tinha como objetivo fazer um balanço dos problemas ambientais 
em todo o mundo e buscava soluções e novas políticas governamentais no sentido 
de reduzir os danos causados ao meio ambiente. Todas as propostas aprovadas 
na Conferência de Estocolmo foram rejeitadas pelo governo ditatorial brasileiro da 
época, que afirmava que para se chegar a um nível de desenvolvimento econômico 
adequado não se podia poupar qualquer esforço para alcança-lo, mesmo que isso 
significasse sacrificar os recursos naturais brasileiros. 
Um ano antes da reunião em Estocolmo era criada uma organização não-
governamental que ao longo dos anos se consolidaria como talvez o maior ícone 
na defesa do meio ambiente no mundo, o Greenpeace. O grupo desde o principio 
11 
 
 
adotaria uma política de ação direta não-violenta, que consistia em chamar a 
atenção da opinião pública, através dos meios de comunicação. 
A expectativa foi sempre de pressionar os governos em favor de suas causas. 
Hoje o Greenpeace tem milhares de sócios espalhados ao redor do planeta. Sócios 
esses que bancam toda a estrutura da organização, que detém barcos, navios e 
até aviões próprios, fazendo dela uma poderosa arma no combate a deterioração 
ambiental. 
Em abril de 1986 um acidente na Usina de Chernobil, na antiga União 
Soviética, demonstrou que o mundo é muito pequeno e que os impactos ambientais 
devem ser analisados de forma Global. O mundo inteiro acompanhou com angústia 
os terríveis dias da tragédia em Chernobil. As conseqüências foram diversas. O 
acidente lançou um volume de radiação cerca de 30 vezes maior do que a bomba 
de Hiroshima. 
A radiação atingiu vários países europeus a chegou até o Japão. Calcula-se 
que cerca de cem mil pessoas irão sofrer danos genéticos ou terão câncer devido 
ao acidente nos 100 anos subsequentes ao ocorrido. Chernobil entraria para a 
história como a maior tragédia ambiental da humanidade. Assim o mundo 
aprenderia da pior maneira que o desenvolvimento tinha que caminhar junto com a 
preservação. 
A consciência ecológica desembarcaria tardiamente no Brasil. Já no século 
passado o assunto despertava a atenção de poucos, como de José Bonifácio, o 
patrono da independência. Bonifácio se preocupava, quase duzentos anos atrás, 
com o desmatamento em larga escala de nossas terras. Mas seus pensamentos 
de pouco adiantaram e alguns historiadores afirmam até que suas idéias tinham 
apenas a finalidade de justificar o fim da dominação portuguesa sobre o Brasil. 
Já no século XX, em 1937, era criado ao Parque Nacional de Itatiaia, o 
primeiro parque com função de preservação ambiental no país. Ainda no governo 
Vargas foram criadas algumas legislações que visavam um uso menos predatório 
das águas, dos minérios contidos no subsolo e das matas. São estes, o Código de 
águas e minas, e o Código florestal brasileiro. Mas essas iniciativas ainda não foram 
suficientes para desenvolver uma consciência ambiental nacional. 
Foi somente com os ares da redemocratização vividos nos inicio dos anos 
80, que começava-se a pensar em ambientalismo no país. Em 1980, a criação da 
12 
 
 
Política Nacional do Meio Ambiente foi a primeira de uma serie de iniciativas 
governamentais que estariam por vir. 
Em 1983 era criado no Estado de São Paulo o Consema, Conselho Estadual 
do Meio Ambiente. O Conselho foi o embrião da Secretaria do Meio Ambiente 
(SMA), que seria criada três anos mais tarde. O Consema e a SMA nasceriam para 
atender os novos anseios do estado, que elegia seus problemas ambientais como 
primordiais. 
Problemas como a ameaça de preservação da Floresta Atlântica na região 
da Serra do Mar, a entrada da cidade de São Paulo no melancólico ranking das 
cidades mais poluídas do mundo, e as catástrofe ambiental em Cubatão foram os 
primeiros desafios da recente política ambiental paulista. 
Aliás, a tragédia em Cubatão se tornou um capítulo a parte, pois daria à 
incipiente política ambiental brasileira uma estrutura mais profissional e rígida. A 
cidade de Cubatão foi vítima de um mau planejamento. Possuindo uma topografia 
complexa, a cidade foi tomada por industrias, se tornando um dos maiores pólos 
petroquímicos e siderúrgicos do país. Porém na época não possuía tecnologia e 
conhecimento necessários para abrigar tamanha estrutura. 
No início dos anos 80 são detectados inúmeros casos de problemas 
pulmonares, anomalias congênitas e abortos involuntários em moradores da cidade. 
Em 1984, a mesmo tempo que a cidade apresentava índices alarmantes de 
poluição, duas explosões e um incêndio causado por um vazamento de gás 
vitimaram fatalmente mais de 150 pessoas. 
Tudo isso fez com que a cidade ganhasse uma triste fama mundial. Era hora 
do estado agir. Foi assim desenvolvido o Projeto Cubatão, que detectou cerca de 
320 fontes poluidoras de ar, água e solo. Hoje, depois de quase quinze anos de 
luta, 90% destas fontes estão controladas e Cubatão vive um período de 
tranqüilidade. Mas o quase desastre ecológico na cidade exigiu um pioneirismo 
fundamental na busca de tecnologias para solucionar problemas ambientais. 
Uma das grandes responsáveis pela recuperação de Cubatão foi a Cetesb, 
Companhia de Tecnologia de SaneamentoAmbiental. Criada em 1968 como 
responsável por programas na área de engenharia sanitária, hoje a Cetesb é a 
instituição do governo estadual incumbida de controlar a poluição. A Companhia 
tornou-se referência nacional e internacional no controle da qualidade das águas 
dos rios, do mar, represas, lagoas e águas subterrâneas. A Cetesb também 
13 
 
 
monitora a poluição do ar e solo. Desenvolve ainda tecnologias e normas de 
controle ambiental. 
A Constituição de 1988 foi um passo decisivo para a formulação de nossa 
política ambiental. Pela primeira vez na história de uma nação, uma constituição 
dedicou um capítulo inteiro ao meio ambiente, dividindo entre governo e sociedade 
a responsabilidade pela sua preservação e conservação. Para atender esta 
demanda constitucional foi criado um ano depois o Ibama, Instituto Brasileiro do 
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. 
O Ibama, órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente, entraria no cenário 
nacional para preservar a qualidade ambiental, e se consolidaria como o grande 
monitor de nossos recursos ambientais, pois atuaria de forma mais prática do que 
administrativa, distribuindo fiscais por todo o país. 
Assim caminhava o ambientalismo no Brasil, que se tornava um dos centros 
internacionais do assunto, tanto que foi escolhido para sediar a Conferência das 
Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio 92. 
A Conferência realizada em junho de 1992 no Rio de Janeiro, marcou o início 
de um grande compromisso público de 180 Chefes de Estado e Governo de todo o 
mundo com o futuro do planeta. 
A Rio 92 evidenciou o esgotamento de um modelo de desenvolvimento que 
se mostrou ecologicamente predatório e socialmente perverso. O documento que 
sintetiza as preocupações com o modelo de desenvolvimento até então praticado 
e aponta para um modelo sustentável a ser perseguido por todos os países do 
mundo é a Agenda 21. 
A Agenda 21 tem como objetivo viabilizar o desenvolvimento sustentável e 
preparar o mundo para os desafios do próximo século. É também um programa de 
ações que busca compatibilizar o desenvolvimento econômico com justiça social e 
sustentabilidade ambiental. Mas a implementação da Agenda 21 depende muito 
mais de fatores administrativos do que técnicos, assim como analisa Roberto P. 
Guimarães: 
"O desafio de sustentabilidade que nos apresenta a Agenda 21 é 
eminentemente político. Antes de reduzir a questão ambiental a argumentos 
técnicos para a tomada de decisões racionais, deve-se forjar alianças entre os 
distintos grupos sociais capazes de impulsar as transformações necessárias." 
14 
 
 
Em 1997 foi realizado o Rio+5, evento que tinha como objetivo fazer um 
balanço dos cinco anos decorrentes do Rio 92. 
Neste evento, foi apresentado o primeiro rascunho da Carta da Terra, um 
movimento mundial que surgiu juntamente com a própria criação da ONU, em 1945. 
Sua terceira versão foi apresentada em maio de 2000 e está passando por um 
processo de consulta em todos os continentes. A última versão será entregue à 
ONU em 2002, quando passará a valer como um documento substitutivo à 
Declaração dos Direitos Humanos. 
A Carta da Terra representará um marco na história do planeta, pois será 
uma referência ética para todos os povos da Terra. 
Porém o Rio+5 evidenciou que pouco havia sido feito de fato para colocar em 
prática as resoluções do Rio 92 pela maioria dos países participantes da reunião 
da ONU, entre eles o Brasil. O ponto positivo do levantamento foi a comprovação 
da ampliação do trabalho das ONGs, que passaram a exercer maior atuação, 
porém de maneira diferenciada, como analisa Enrique Svirsky: 
"Até 1992, o movimento ambientalista tinha missão de denunciar e mobilizar 
a sociedade para os problemas, mas depois da Conferência no Rio essa forma de 
atuação mudou. Há demandas por um movimento com mais propostas e 
tecnicamente mais qualificado." 
É chegado um momento, às portas do século XXI, em que é inconcebível 
dissociar desenvolvimento e sustentabilidade. A população mundial teve mostras 
de quanto é impraticável a separação desses dois aspectos durante as últimas 
quatro décadas. 
O mundo, através de seus governantes, parece estar predisposto a reavaliar 
a concepção de desenvolvimento para garantir o bem-estar das gerações atuais e 
a sobrevivência das gerações futuras. Estamos na Era da Informação, e é 
explorando os recursos que ela nos oferece que temos que levar a conscientização 
ambiental a cada ponto do planeta. É como diz a frase que ficou consagrada no Rio 
92: Pensando globalmente, agindo localmente. 
 
15 
 
 
CONCEITOS DE MEIO AMBIENTE E DE IMPACTO 
AMBIENTAL 
 
As preocupações da sociedade com a escassez de recursos naturais tem 
sido sucessivamente reiterada e superada ao longo da história, pela descoberta 
das Américas, pela abertura de novos caminhos para as Índias, e pelo 
desenvolvimento tecnológico que propiciou ganhos de produtividade agro-pastoril 
e do trabalho humano. (Bezerraastoril e do trabalho humano. (Bezerra, 1996, 9). 
A recente, a preocupação com a escassez de recursos naturais valorizou a 
proteção desses recursos dando nova dimensão á questão ambiental. 
Essa perspectiva ganhou destaque mundial com a proclamação, pelas 
Nações Unidas, do Ano do Meio Ambiente, o ano de 1970, e com a convocação, 
também pelas Nações Unidas, das conferências mundiais sobre meio ambiente. 
Nos anos 70 havia duas posições polarizadoras da problemática ambiental. 
Uma, expressa em "Os limites do crescimento", do Clube de Roma, que propunha 
a paralisação imediata do crescimento econômico e populacional. Outra, expressa 
na declaração da Conferência de Estocolmo, realizada em 1972, que propunha a 
correção dos danos ambientais causados pelo desenvolvimento econômico e a 
estabilização, a médio prazo, da população mundial. 
Já no fim dos anos 80, havia três posições polarizadoras da problemática 
ambiental. Uma, do Erth First propunha drástica redução populacional e 
desocupação humana de vários ecossistemas. Outra, por exemplo, do Partido 
Verde Alemão, que propunha nova ética ecológica e não crescimento do produto 
mundial bruto, através da redistribuição do poder e da realocação de recursos 
produtivos. Uma terceira, majoritária, expressa no relatório "Nosso Futuro 
relatório,"Nosso Futuro Comum" (1988) da Comissão Bruntland, que propõe a 
sustentabilidade ambiental e social, o planejamento familiar, e o repasse de 
recursos de sistemas produtivos predatórios para sistemas produtivos sustentáveis. 
16 
 
 
Essa abordagens do problema ambiental tem diversos enfoques, ora a 
paralisação do crescimento populacional, ora a paralisação do crescimento 
econômico, ora a correção de danos ambientais, ora a desocupação humana de 
alguns ecossistemas, ora a redistribuição de poder e de recursos produtivos, ora a 
sustentabilidade ambiental e social. 
No entanto, esta abordagens tem em comum o mesmo conceito de ambiente, 
ou seja, as relações dos homens com a natureza para preservação dos recursos 
naturais. 
A abordagem majoritária, da Comissão Bruntland (1988), reconhece o 
vínculo entre ambiente, ações, ambições e necessidades humanas. 
Este vínculo torna o ambiente inseparável do desenvolvimento e em especial do 
desenvolvimento sustentável. 
Este por sua vez é entendido como o desenvolvimento que garante o 
atendimento das necessidades do presente sem comprometer a capacidade das 
gerações futuras atenderem também às suas necessidades. 
Para os biólogos, os ambiente que inclui organismos em interação com o 
meio físico é o ecossistema, um "... sistema resultante da integração de todos 
fatores vivos e não vivos do ambiente" (Tasley, citado por Branco e Rocha, 1987, 
20), ou seja, "... qualquer unidade que inclua todos os organismos (a 'comunidade') 
de uma determinada área interagindo com o meio físico de forma tal a originar um 
fluxo de energia definindoclaramente uma estrutura trófica, uma diversidade 
biológica e um ciclo de matérias (intercâmbio de matéria entre partes vivas e não 
vivas) ..." (Odum, citado por Branco e Rocha, 1987, 20). 
Estes autores definem os elementos componentes do ecossistema os 
elementos vivos (organismos) e não vivos (meio físico) em interações; definem a 
natureza destas interações fluxos de energias e informações entre organismos e 
meio físico; e definem a finalidade destas nem a finalidade destas interações - a 
nutrição e a biodiversidade. 
Entretanto nos ecossistemas que abrangem aglomerações de população e 
atividades humanas a energia e as matérias necessárias a seu desenvolvimento 
provem predominantemente do seu exterior. Isto possibilita o desenvolvimento 
destes ecossistemas tendo por limite apenas a disponibilidade de recursos naturais 
não importáveis. Vem dai o interesse, nos ecossistemas urbanos, pela preservação 
17 
 
 
do ar, da água, do solo, do silêncio, e do microfilma cujo esgotamento pode impor 
limites a seu desenvolvimento. 
As relações dos homens de apropriação e uso destes elementos da natureza 
são relações constitutivas do ambiente urbano, sem prejuízo de outras relações 
dos homens com os demais recursos naturais, inclusive com os seres vivos que 
convivem com o homem neste ecossistema. 
Para os paisagistas o ambiente e paisagem são conceitos distintos e 
entrelaçados. Segundo Magnoli (1986, 60), o ambiente é o resultado das interações 
entre a sociedade humana e a base física e biológica que a envolve, para sua 
sobrevivência biológica e espiritual, e a paisagem é conformações e configurações 
do ambiente. Segundo Macedo (1994,54) a paisagem é a expressão morfológica e 
temporal de um determinado objeto. Este objeto é a cada momento, o resultado da 
ação dos homens, dos movimentos geológicos e do movimento das águas, nos 
diversos pontos do planeta. Segundo Pellegrino (1989, 72) "a interação entre 
indivíduo e seu ambiente ... estabelece um contato de duplo sentido ... entre o 
sujeito interpretante e o signo objeto da interpretação ... caracterizando um 
processo de percepção ambiental. ..." 
Esses conceitos de paisagem se completam, e possibilitam identificar as 
relações constitutivas do ambiente urbano: a paisagem como relações entre 
indivíduos e objetos de percepção visual - as relações homens natureza que 
caracterizam o ambiente; os objetos da percepção visual como expressão 
morfológica do ambiente, como conformações e configurações do ambiente, 
A noção de ambiente também é usual para os urbanistas. Na tradição da 
ecologia humana, McKenzie se refere a forças seletivas, distributivas e 
acomodativas do meio ambiente. Park se refere "...as disposições espaciais dos 
assentamentos urbanos representam a acomodação da organização social a seu 
meio ambiente físico " (citado por Gottdiener, 1993, 36). Mas, não há qualquer pista 
do que Park e McKenzie entendem por meio ambiente ou por meio físico. 
Na tradição marxista-estruturalista, Castells (1983, 229) se refere à 
problemática ambiental como relações de indivíduos com o meio ambiente, com as 
condições de existência quotidiana, e com as possibilidades oferecidas por um 
modo específico de organização do consumo. Castells ainda, desvendando os 
temas que se entrecruzam na problemática ambiental, define o ambiente urbano 
como a dimensão biológica da reprodução ampliada da força de trabalho.. 
18 
 
 
Assim, com a contribuição dos biólogos, dos paisagistas e dos urbanistas, é 
possível conceituar o ambiente urbano como relações dos homens com o espaço 
construído e com a natureza, em aglomerações de população e atividades 
humanas, constituídas por fluxos de energia e de informação para nutrição e 
biodiversidade; pela percepção visual e atribuição de significado às conformações 
e configurações da aglomeração; e pela apropriação e fruição (utilização e 
ocupação) do espaço construído e dos recursos naturais. 
Este conceito de ambiente possibilita abordar qualquer localização do 
espaço urbanizado e construído como lugar de intercâmbio de energia das 
atividades humanas com a natureza para satisfação das necessidades biológicas 
dos organismos, como lugar susceptível de percepção visual e atribuição de 
significado, e como lugar de interações das atividades humanas com o espaço 
construído e com os recursos naturais. 
Essas relações compõem uma rede espacializada de relações constituintes do 
meio ambiente. 
A intensidade dessas relações, que diminui com as distâncias, que diminui 
com a distância (física) entre os elementos interrelacionados, define um gradiente 
espacial da influência da atividade considerada. Esse gradiente, até o limite dos 
impactos ambientais significativos, dá concretude às expressões vizinhança, e área 
de influência. 
Este conceito de ambiente possibilita ainda um melhor conceito de impacto 
ambiental. O conceito oficial de impacto ambiental, segundo a Resolução CONAMA 
1/86, é "... qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do 
meio ambiente ..." Mas, esse conceito é muito amplo: pode abranger desde uma 
simples brisa até a explosão de uma bomba atômica, pois ambas alteram as 
propriedades do ar. 
É preciso graduar ou qualificar o impacto ambiental. A pista nos é dada por 
Murguel Branco (1984,57) que conceitua impacto ambiental como "... uma 
poderosa influência exercida sobre o meio ambiente, provocando o desequilíbrio 
do ecossistema natural." 
O que caracteriza o impacto ambiental, não é qualquer alteração nas 
propriedades do ambiente, mas as alterações que provoquem o desequilíbrio das 
relações constitutivas do ambiente, tais como as alterações que excedam a 
capacidade de absorção do ambiente considerado. 
19 
 
 
Assim, entendemos o impacto ambiental como qualquer alteração produzida 
pelos homens e suas atividades, nas relações constitutivas do ambiente, que 
excedam a capacidade de absorção desse ambiente. 
O impacto ambiental pode-se classificado das seguintes formas: 
· Impacto positivo ou benéfico - Quando a ação resulta na melhoria da qualidade 
de um fator ou parâmetro ambiental. 
· Impacto negativo ou adverso - Quando a ação resulta em danos à qualidade de 
um fator ou parâmetro ambiental. 
· Impacto direto - Quando resulta de uma simples relação de causa e efeito, também 
chamado impacto primário ou de primeira ordem. 
· Impacto indireto - Quando é uma reação secundária em relação à ação ou quando 
é parte de uma cadeia de reações; também chamado impacto secundário ou de 
enésima ordem (segunda, terceira, etc), de acordo com a sua situação na cadeia 
de reações. 
· Impacto local - Quando a ação afeta apenas o próprio sítio e suas imediações. 
· Impacto regional - Quando o efeito se propaga por uma área e suas imediações. 
· Impacto estratégico - Quando é afetado um componente ou recurso ambiental de 
importância coletiva ou nacional. 
· Impacto imediato - Quando o efeito surge no instante em que se dá a ação. 
· Impacto a médio e longo prazo - Quando o efeito se manifesta depois de decorrido 
certo tempo após a ação. 
· Impacto temporário - Quando o efeito permanece por um tempo determinado 
· Impacto permanente - Quando, uma vez executada a ação, os efeitos não cessam 
de se manifestar, num horizonte temporal conhecido. 
 
Conceito de Desenvolvimento Sustentável 
 
A grande maioria das nações do mundo reconhecem a emergência dos 
problemas ambientais. A destruição da camada de ozônio, acidentes nucleares, 
alterações climáticas, desertificação, armazenamento e transporte de resíduos 
perigosos, poluição hídrica, poluição atmosférica, pressão populacional sobre os 
recursos naturais, perda de biodiversidade são algumas das questões a serem 
20 
 
 
resolvidas por cada uma das nações do mundo, segundo suas respectivas 
especificidades. 
Entretanto, as complexidades dos problemas ambientais exigem mais do 
que medidas pontuaisque busquem resolver os problemas a partir de seus efeitos, 
ignorando ou desconhecendo suas causas. 
As questões ambientais deve serem tratadas de forma global, considerando 
que as degradações ambientais são resultantes de processos sociais, determinado 
pelo modo como as sociedades apropriam-se e utilizam os recursos naturais. 
Não é possível pretender resolver os problemas ambientais de forma isolada. 
É necessário introduzir novas abordagens, decorrentes da compreensão de que a 
existência de uma certa qualidade ambiental está diretamente condicionada ao 
processo de desenvolvimento adotado pelas nações. 
O termo desenvolvimento sustentável foi utilizado por Robert Allen, no artigo 
"How to Save the World". Allen define como sendo "o desenvolvimento requerido 
para obter a satisfação duradoura das necessidades humanas e o crescimento 
(melhoria) da qualidade de vida" [Allen apud Bellia, 1996, p.23]. 
Os elementos que compõem o conceito de desenvolvimento sustentável já foram 
mencionados, (a preservação da qualidade dos sistemas ecológicos, a 
necessidade de um crescimento econômico para satisfazer as necessidades 
sociais e a equidade - todos possam compartilhar - entre geração presente e futura). 
Desta forma, pode-se perceber que os ideais do desenvolvimento 
sustentável são bem maiores do que as preocupações específicas, a racionalização 
do uso da energia, ou o desenvolvimento de técnicas substitutivas do uso de bens 
não-renováveis ou, ainda, o adequado manejo de resíduos. 
Principalmente, é o reconhecimento de que a pobreza, a deterioração do meio 
ambiente e o crescimento populacional estão indiscutivelmente interligados. 
Nenhum destes problemas fundamentais pode ser resolvido de forma isolada, na 
busca de parâmetros ditos como aceitáveis, visando a convivência do ser humano 
numa base mais justa e equilibrada. 
O modo como se dá o crescimento econômico, comprometendo o meio 
ambiente, seguramente prejudica o próprio crescimento, pois inviabiliza um dos 
fatores de produção: o capital natural. 
Natureza , terra, espaço devem compor o processo de desenvolvimento como 
elementos de sustentação e conservação dos ecossistemas. A degradação ou 
21 
 
 
destruição de um ecossistema compromete a qualidade de vida da sociedade, uma 
vez que reduz os fluxos de bens e serviços que a natureza pode oferecer à 
humanidade. 
Logo, um desenvolvimento centrado no crescimento econômico que relegue 
para segundo plano as questões sociais e ignore os aspectos ambientais não pode 
ser denominado de desenvolvimento pois de fato trata-se de mero crescimento 
econômico. 
Sem dúvida, os novos desenvolvimentos tecnológicos podem atuar no 
controle da poluição causada por tecnologias mais antigas, como também as 
restrições quanto ao uso de agentes químicos poluentes podem ser eficazes no 
controle ambiental. Porém, precisamos examinar as conseqüências da imposição 
e/ou dependência da tecnogia presente nos processos de transferência de 
tecnologia dos países desenvolvidos para os em desenvolvimento. 
Para abordar a importância da dimensão tecnológica para manutenção, 
elevação ou degradação da qualidade de algum sistema social, há a necessidade 
de se definir um grupo de critérios a serem utilizados para determinar se uma 
tecnologia é apropriada ou não: preocupação com o significado sócio-político das 
tecnologias, seu tamanho, nível de modernidade e sofisticação e o impacto 
ambiental causado por estas tecnologias [Bellia, 1996]. 
Se a eficiência econômica e a preservação ambiental parecem estar 
distantes de uma solução conciliadora, pode-se encontrar algumas soluções 
parciais em andamento na produção sustentável, como pesquisa e utilização de 
formas renováveis de energia, etc. É necessário que se promova à adoção de 
técnicas que garantam a redução/eliminação do consumo acerbado ou, da 
produção não sustentável, na tentativa do estabelecimento de um novo sistema 
econômico, consciente da questão ambiental. 
Em 1987 a Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento das 
Nações Unidas apresentou ao mundo um relatório (denominado de Relatório 
Brundland) sobre o tema desenvolvimento. Esse relatório apresentou o conceito de 
desenvolvimento sustentável além de afirmar que um desenvolvimento sem 
melhoria da qualidade de vida das sociedades não poderia se considerado como 
desenvolvimento. 
22 
 
 
O relatório Brundland definiu desenvolvimento sustentável como um 
desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a 
capacidade das futuras gerações de satisfazerem as suas. 
Pode-se considerar, portanto, desenvolvimento sustentável como o 
desenvolvimento que tratando de forma interligada e interdependente a variáveis 
econômica, social e ambiental é estável e equilibrado garantindo melhor qualidade 
de vida para as gerações presentes e futuras. 
 
GESTÃO Ambiental e Desenvolvimento SUSTENTÁVEL 
 
As grandes organizações mundiais foram tomadas por "um mal", o chamado 
eco-realismo. Empresas químicas, petroleiras, papeleiras e siderúrgicas 
compreenderam que de uma certa maneira estão sendo obrigadas a realizarem 
uma revolução cultural: "esverdear ou morrer!". 
Alguns grandes empresários já estão investindo fortunas em despoluição, 
publicando relatórios ambientais, realizando auditorias ambientais em suas plantas, 
etc, em alguns casos, os objetivos alcançados em meio ambiente, já estão até 
mesmo na frente dos requisitados na legislação. 
Entretanto, todo este esforço ainda não garante às empresas que a sua 
performance ambiental continuará a atender necessidades políticas e da legislação 
continuamente. Para serem efetivos necessitam serem realizados dentro de um 
contexto relacionado a um sistema de gerenciamento estruturado, integrando tais 
esforços com as atividades de gerenciamento global e levando em consideração 
os possíveis aspectos de uma esperada performance ambiental. 
Enfim, o grande desafio, neste final de século, para as empresas, será o 
Gerenciamento Ambiental, pois, por atuarem em um mercado extremamente 
competitivo a população tem se conscientizado cada vez mais sobre alguns 
aspectos sociais, entre eles o meio ambiente e sua proteção/preservação. 
Por essa razão tem sido cada vez mais importante que as empresas 
demonstrem responsabilidades ambientais perante a comunidade, clientes, 
acionistas, órgãos ambientais, ONGs, etc. 
23 
 
 
A implantação de Sistemas de Gerenciamento Ambiental efetivos, podem 
reduzir os impactos ambientais, bem como melhorar a eficiência operacional, 
identificando oportunidades de redução de custos e de riscos ambientais. 
O objetivo básico da Gestão é a obtenção dos maiores benefícios através da 
aplicação dos menores esforços. Para tanto o ser humano busca otimizar o uso dos 
recursos que tem à disposição, sejam eles de ordem financeira, material ou humana. 
A partir de que o homem vai percebendo que os recursos ambientais não 
são infinitos, eles passaram a ser objetos de gestão ( administração), ferramenta 
através da qual os seres humanos poderão obter o Desenvolvimento Sustentável. 
O principal objetivo do desenvolvimento é o de satisfazer as necessidades e 
as aspirações humanas. 
Estas constatações estabelecem o objetivo final da Gestão Ambiental, que é 
portanto, contribuir para tornar o desenvolvimento sustentável, ou seja garantir que 
ele atenda as necessidades humanas do presente sem comprometer a capacidade 
de as gerações futuras atenderem também as suas. Como destaca Sallier (1990), 
o conceito convida-nos a administrar nosso presente tendo em vista o futuro dos 
outros, através de uma arbitragem entre o desejável altuista e o possível egoísta. 
Como conseqüência desta arbitragem sugerida apresenta dificuldades ainda 
maiores do que as simples decisões dos indivíduos e da sociedade, as quais, 
tomadas, poderiam, até mesmo, ser amoldadas através dos recursos oferecidos 
pela mídia, desdeque a decisão não representasse a destruição das pessoas 
envolvidas. Essas dificuldades tem origem na ética e na própria Historia, a qual, 
com exceção de casos pontuais, não demonstra a solução de problemas parecidos 
anteriormente. 
Diante do exposto, pode-se relacionar a gestão ambiental, analogicamente, 
com a administração exercida por um indivíduo sobre sua própria saúde. Ele 
consulta os médicos com o objetivo de se manter saudável, ou de recuperar sua 
saúde da melhor forma possível. Os médicos, com o uso das técnicas disponíveis, 
fazem um "check-up" no indivíduo, estabelecendo um diagnostico dos males que o 
afetam. E através das técnicas e meios de tratamento buscam a recuperação do 
paciente da forma mais rápida possível. 
 
24 
 
 
Na Busca do Desenvolvimento Sustentável 
 
A idéia de desenvolvimento sustentável teve grande impacto, já que 
combinava duas abordagens há muito presente no pensamento ocidental acerca 
da ordem social: a idéia de que o crescimento material é a base do desenvolvimento 
social, a idéia de que existe um procedimento normativo aceitável na relação entre 
homens e o meio ambiente físico. As manifestações atuais deste modo de pensar 
são os programas para o desenvolvimento socioeconômico e para o meio ambiente. 
Na escala global eles se encontram incorporados por algumas organizações da 
ONU (como UNDP, UNEP). 
A maneira como os dois programas devem ser combinados é, no entanto, 
objeto de contentação. No campo da geografia este fato já foi reconhecido há muito 
tempo. 
Na primeira metade do século, geógrafos regionais franceses já 
diferenciavam a exploração destrutiva da criativa; e Carl Sauer, na conferência da 
UIG de 1938, em Amsterdã, já entrara em conflito com geógrafos do serviço de 
administrações coloniais a respeito do impacto da agricultura tropical moderna em 
grande escala sobre o ambiente físico. 
O desenvolvimento sustentável é, portanto, uma noção política, visto que 
indicam uma ampla série de objetivos referentes a diversos possíveis cursos de 
ação potencialmente incompatíveis, sem propor maneiras para a escolha de um 
deles. 
O desenvolvimento sustentável delimita uma arena conceitual para debate 
político. O desenvolvimento sustentável é também uma noção inerentemente 
geográfica, já que se acentua os laços inevitáveis entre a existência humana e seu 
ambiente físico. 
25 
 
 
Entre as ciências sociais, a geografia foi a que mais deu atenção a essas 
relações, embora a recusa em abordá-las também tenha sido, eventualmente, uma 
forte característica desta disciplina. 
Além dos aspectos político e geográficos gerais, o conceito de 
desenvolvimento sustentável pode também ser mais intimamente relacionado a 
interesses centrais da geografia política. Aliás, os geógrafos políticos deveriam 
engajar-se criticamente na avaliação dos efeitos que os diferentes padrões de 
desenvolvimento sustentáveis recomendado e seguidos pelos atores políticos tem 
sobre a conservação da natureza e o crescimento material. Mais especificamente, 
os geógrafos políticos deveriam avaliar os processos políticos pelos quais são 
elaborados os diversos programas de desenvolvimento sustentável para várias 
unidades territoriais definidas como Estados, bem como as diferentes maneiras 
pelas quais são mobilizados os recursos para tais programas. 
 Deveriam também se preocupar com os padrões de distribuição de custos e 
benefícios derivados da implementação de tais programas e se são espacialmente 
diferenciados ou não. Por exemplo, como foi formada a coalizão política que tornou 
a preservação da floresta tropical uma prioridade dos programas de 
desenvolvimento sustentável, quem destes se beneficiou e como se distribuíram, 
espacialmente ou não, os custos e os benefícios? 
 O Desenvolvimento Sustentável e o Nível Local. 
 
Será que a seriedade dos problemas ambientais está provocando o aumento 
da importância das questões referentes ao desenvolvimento sustentável na agenda 
política geral? 
Se nos basearmos nos registros históricos, a resposta deve ser: talvez. A 
prioridade política das políticas ambientais tem flutuado significativamente. A 
26 
 
 
opinião pública no mundo desenvolvido tem passado por ciclos de ansiedade e de 
esquecimento quanto à questão ambiental. 
Preocupação sobre emprego e segurança pessoal tem, por vezes, 
postergada a ação sobre o meio ambiente. Mas, ao longo desses ciclos, os níveis 
de consciência ambiental geralmente aumentaram e a institucionalização de 
políticas de alguma forma propiciou a criação de um patamar mínimo de atenção 
para com as políticas ambientais. A deteriorização efetivamente ameaçadora da 
qualidade ambiental provavelmente manteria o tema no foco das atenções. 
Mas se isso vai mesmo acontecer e quando, é uma adivinhação para todos. 
A possibilidade de sustentar uma agenda de qualquer tipo de 
desenvolvimento sustentável provavelmente depende de mecanismos 
diferenciados, segundo o nível de desenvolvimento socioeconômico dos países 
Nas comunidades tradicionais onde o contato direito entre o homem e seu ambiente 
é íntimo e inevitável, e onde as conexões externas são esparsas, vigora a lógica 
malthusiana. 
O aumento da população, ultrapassando a capacidade de geração de meios 
de subsistência da população local, dado o nível tecnológico disponível, tem muitas 
vezes resultado em guerra, vício e miséria, sem falar da emigração. Por isso tem 
havido sempre uma grande resistência contra lesões ao ambiente através do uso 
exagerado da terra, da água e dos recursos da biosfera. Os conhecimentos íntimos 
do ambiente proporcionaram incentivos poderosos para que tais populações não 
caíssem num cenário de tragédia comunal. 
As instituições tradicionais de liderança e os mecanismos duradouros de 
alocação de recursos, baseados no conhecimento prático acerca de como viver sob 
dadas circunstâncias, eram a base para a agenda do desenvolvimento sustentável 
tradicional. 
A administração colonial modernizadora e centralizadora, o governo 
independente e a mercantilização das trocas minaram esses arranjos tradicionais, 
o que foi agravado pelo aumento da população que acompanhou o processo. 
Nas diferentes sociedades de bem-estar capitalistas (inclui os EUA neste 
tipo, como um caso-limite), aparentemente está ocorrendo uma mudança na 
sensibilidade cultural das massas que, por falta de melhor expressão, foi chamada 
de pós-materialismo. 
27 
 
 
Inglehart (1990), que executou a maior parte do trabalho sobre esta questão 
através da análise de pesquisas de massa realizadas dos anos sessenta aos anos 
oitenta, fala em mudança cultural. Tal mudança de valores refere-se à redução da 
importância conferida ao bem-estar material, centrado no nível de renda, 
substituída pela ênfase de um senso de harmonia com o ambiente físico e social. 
Essa mudança foi documentada em numerosos países da Europa e nos Estados 
Unidos. 
No que se refere às pessoas, é muito pequena a influência de renda, sendo 
muito maior a importância da educação. É também mais forte entre os mais jovens . 
Estes valores dão menos peso à experiência pessoal do que ao engajamento nos 
movimentos sociais relativos às questões da mulher, da paz e do meio ambiente, 
que foram importantes nos anos oitenta. 
A tradicional esquerda-direita na política foi, para muitos, parcialmente 
redefinida: em lugar de duas posições materialistas, uma clivagem entre 
materialismo e pós-materialismo. A força relativa da posição pós-materialista ainda 
está por ser determinada. 
A base mais forte para a busca permanente da agenda do desenvolvimento 
sustentável nesses países é a presença dessa nova cultura, a qual também se 
traduz na esfera política. Complementar a esta mudança básica na orientação dos 
valores é o aparecimento de uma comunidade dedicada a questões de 
desenvolvimento sustentável na administração central, mas também no local. 
Estascomunidades políticas mantêm as questões ambientais vivas mesmo 
em tempos de recessão econômica. 
Na semiperiferia, em países médios como o Brasil, as tensões quanto ao 
conceito de desenvolvimento sustentável são mais difíceis de caracterizar, e o 
debate são mais vigoroso. Isto acontece porque as ilhas da pós- modernidade, que 
algumas vezes estão acompanhadas de inclinações pós-materialistas, são 
circundadas por mares de grupos sociais para os quais a orientação materialista na 
vida é predominante, por razões conhecidas. 
Tais grupos também perderam o conhecimento intuitivo tradicional sobre seu 
ambiente, que ao menos reduz um pouco a deteriorização ambiental. O impulso de 
crescimento sem cuidados com a renovação ou a substituição de recursos conflita 
claramente com os requisitos de um projeto de desenvolvimento sustentável que 
considere seriamente ambas as partes do argumento. 
28 
 
 
 Agenda 21 
 
A noção de sustentabilidade tem se firmado como o novo paradigma do 
desenvolvimento humano. Os países signatários dos documentos e declarações 
resultante das conferencias mundiais realizadas nas ultimas décadas assumiram o 
compromisso e o desafio de internalizar, nas políticas publicas de seus países as 
noções de sustentabilidade e de desenvolvimento sustentável. 
A Conferencia das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e 
Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, em 1992 coroa este processo com 
a aprovação de um documento contendo compromissos para mudança do padrão 
do desenvolvimento para este novo século, denominado o documento de Agenda 
21 
A Agenda 21 não é, portanto, um plano de governo, más uma proposta de 
estratégia destinada a subsidia-lo e a ser adaptada, no tempo e no espaço, às 
peculiaridades de cada pais e ao sentimento de sua população. 
Busca envolver governos, setor produtivo e comunidade numa nova visão 
de vida, que deve ser sustentável, procurando melhorar a qualidade de vida para 
as gerações futuras. É o processo que integra os aspectos sociais, ambientais, 
econômicos e institucionais, com o objetivo de estabelecer o desenvolvimento 
sustentável no futuro. 
 A Agenda 21 Brasileira 
O compromisso internacional assumido juntamente com 176 países que 
participaram da Conferencia das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o 
Desenvolvimento - Rio 92, a partir da Agenda Global então elaborada, o processo 
brasileiro foi desencadeado, de fato a partir de fevereiro de 1997, quando foi criada 
a Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 Nacional. 
29 
 
 
Esta comissão, formada por representantes de vários ministérios e de 
setores da sociedade civil definiu um programa para formulação e implementação 
das políticas publica compatíveis com os princípios do desenvolvimento sustentável 
definidos na Agenda 21. 
Mais que um documento, a Agenda 21 Brasileira é um processo de 
planejamento participativo que analisa a situação atual dos Pais, Estados, 
Municípios e Regiões, e planeja o futuro de forma sustentável. Esse processo esta 
envolvendo os chamados parceiros do desenvolvimento sustentável, isto é, os 
diferentes atores econômicos e sociais e os formadores de opinião vinculados não 
apenas à questão ambiental, mas também à participação democrática e à 
representação cível, para a formação de parcerias e compromissos com metas de 
curto, médio e longo prazo. 
 
As Agendas 21 Locais 
 
Um dos pontos fundamentais da Agenda 21 é a forte ênfase à "ação local" e 
à administração descentralizada. O capítulo 28 é todo dedicado às iniciativas de 
elaboração da Agenda Local e ao papel das esferas de governo nesse processo. É 
no nível local que as ações concretizam-se, pela mobilização direta das 
comunidades. Sugere-se, então, que a elaboração da Agenda Nacional reflita os 
interesses e aspirações dos níveis descentralizados da administração. 
Esta tarefa é particularmente difícil para o Brasil, não só por suas dimensões 
continentais, com mais de 5000 municípios, mas, também, pela heterogeneidade 
das situações (nem todos os estados têm um zoneamento econômico-ecológico; 
só recentemente se aprovou no parlamento uma Lei Nacional de Recursos Hídricos, 
30 
 
 
assim como é recente a formulação da Política Nacional para o Uso Sustentável 
dos Recursos Florestais Nacionais). 
Entretanto, apesar das dificuldades, alguns processos de Agenda Local já 
foram deflagrados no País. 
Ao contrário do que aconteceu na Europa e EUA, onde as cidades que 
desenvolveram suas agendas locais eram de porte médio e pequeno, no Brasil são 
os municípios maiores, ou as capitais dos estados, que estão enfrentando o desafio 
de montar sua respectiva agenda. Em termos regionais, a região Amazônica 
apresenta, atualmente, um avanço em direção à elaboração de sua agenda. 
As 9 (nove) experiências, com informações mais consistentes, 
compreendem as campanhas nos estados de Minas Gerais e São Paulo e de sete 
municípios - Rio de Janeiro, São Paulo, Santos, Curitiba, Vitória, Angra dos Reis e 
Porto Alegre. 
No entanto todas essas experiências são, ainda, frágeis e precisam de um 
forte apoio, carecendo de uma avaliação apurada. Pode-se afirmar que algumas 
seguiram mais de perto as recomendações da Agenda 21 Global (caso de Santos), 
enquanto outras estão mais no espírito do planejamento estratégico (Rio de Janeiro 
e Vitória). Outras, ainda, tentam internalizar nos órgãos de governo as idéias do 
planejamento integrado e da sustentabilidade (São Paulo, Rio e Belo Horizonte). 
Há aquelas em que a metodologia participativa tem sido levada ao pé da letra 
(Santos, Porto Alegre e Angra dos Reis). 
As Agendas 21 locais, quase sempre, acham-se atreladas às secretarias de 
meio ambiente, seja porque os seus técnicos e assessores estão mergulhados nas 
questões ambientais e da sustentabilidade ou porque, nesses espaços, a 
compatibilização do meio ambiente com o desenvolvimento tem mais consenso. 
Entretanto, essas iniciativas esbarram em fragilidades institucionais e é 
prejudicado pelo baixo poder convocatório e baixa capacidade de investimento das 
secretarias de meio ambiente. Outro fator a ser destacado na maioria das 
experiências locais, é ainda a amplitude e densidade das consultas. O envolvimento 
de outros atores - principalmente o empresariado - é ainda tímido e sofre a 
desconfiança em relação à "participação da sociedade". São baixos, ainda, a 
interação e o intercâmbio entre experiências de elaboração da Agenda. 
Organismos como a ANAMA e a ABEMA, que congregam, respectivamente, uma 
grande parte dos municípios e secretarias de meio ambiente do País, não têm tido 
31 
 
 
um papel ativo nas campanhas pelas procedimentos de regularização fundiária. 
Ainda quanto às populações tradicionais, o Projeto Reservas Extrativistas - RESEX 
tem apoiado sistemas inovadores de gerenciamento econômico, social e ambiental 
em áreas protegidas. 
 Educação Ambiental e o Desenvolvimento SUSTENTÁVEL 
A análise da economia mundial das três últimas décadas revela que a brecha 
entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos tem aumentado. Nesse período a 
economia dos países desenvolvidos caracterizou-se por processos inflacionários, 
associados a um crescente desemprego, induzindo a uma combinação de políticas 
macroeconômicas que aumenta os problemas socio-ambientais, com o 
agravamento do processo de deterioração dos recursos naturais renováveis e não-
renováveis nos países do Terceiro Mundo. 
Os processos de globalização do sistema econômico aceleram-se. Os 
fatores globais adquirem maior importância na definição das políticas nacionais, as 
quais perdem força ante as forças econômicas mundiais. Há uma redefinição do 
papel do Estado na economia nacional, uma crescente regionalização ou 
polarização da economia e uma paulatina marginalização de algumas regiões ou 
países, em relação à dinâmica do sistema econômico mundial. Os países que 
dependem de produtosbásicos são debilitados. 
Nesse contexto internacional começou a ser preparada a Conferência Rio-
92, na qual a grande preocupação se centrava nos problemas ambientais globais e 
nas questões do desenvolvimento sustentável. Nessa conferência, em relação à 
Educação Ambiental, destacam-se dois documentos produzidos. No Tratado de 
Educação ambiental para sociedades sustentáveis, elaborado pelo fórum das 
ONGs, explicita-se o compromisso da sociedade civil para a construção de um 
modelo mais humano e harmônico de desenvolvimento, onde se reconhecem os 
diretos humanos da terceira geração, a perspectiva de gênero, o direito e a 
importância das diferenças e o direito à vida, baseados em uma ética biocêntrica e 
do amor. O outro documento foi a Carta brasileira de Educação Ambiental, 
elaborada pela Coordenação de Educação Ambiental no Brasil e se estabelecem 
as recomendações para a capacitação de recursos humanos. 
A Conferência Rio-92 estabeleceu uma proposta de ação para os próximos 
anos, denominada Agenda 21. Esse documento procura assegurar o acesso 
32 
 
 
universal ao ensino básico, conforme recomendações da Conferência de Educação 
Ambiental (Tbilisi, 1977) e da Conferência Mundial sobre Ensino para Todos: 
Satisfação das Necessidades Básicas de Aprendizagem (Jomtien, Tailândia, 1990). 
De acordo com os preceitos da Agenda 21, deve-se promover, com a 
colaboração apropriada das organizações não-governamentais, inclusive as 
organizações de mulheres e de populações indígenas, todo tipo de programas de 
educação de adultos para incentivar a educação permanente sobre meio ambiente 
e desenvolvimento, centrando-se nos problemas locais. As indústrias devem 
estimular as escolas técnicas a incluírem o desenvolvimento sustentável em seus 
programas de ensino e treinamento. Nas universidades, os programas de pós-
graduação devem contemplar cursos especialmente concebidos para capacitar os 
responsáveis pelas decisões que visem ao desenvolvimento sustentável. 
Em cumprimento às recomendações da Agenda 21 e aos preceitos 
constitucionais, é aprovado no Brasil o Programa Nacional de Educação Ambiental 
(PRONEA), que prevê ações nos âmbitos de Educação Ambiental formal e não-
formal. 
Na década de 1990, o Ministério da Educação (MEC), o Ministério do Meio 
Ambiente (MMA) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais 
Renováveis (IBAMA) desenvolvem diversas ações para consolidar a Educação 
Ambiental no Brasil. No MEC, são aprovados os novos "Parâmetros Curriculares" 
que incluem a Educação Ambiental como tema transversal em todas as disciplinas. 
Desenvolve-se, também, um programa de capitação de multiplicadores em 
Educação Ambiental em todo o país. O MMA cria a Coordenação de Educação 
Ambiental, que se prepara para desenvolver políticas nessa área no país e 
sistematizar as ações existentes. O IBAMA cria, consolida e capacita os Núcleos 
de Educação Ambiental (NEAs) nos estados, o que permite desenvolver Programas 
Integrados de Educação Ambiental para a Gestão. 
Várias organizações estaduais do meio ambiente (OEMAs) implantam 
programas de Educação Ambiental e os municípios criam as secretarias municipais 
de meio ambiente, as quais, entre outras funções, desenvolvem atividades de 
Educação Ambiental. Paralelamente, as ONGs têm desempenhado importante 
papel no processo de aprofundamento e expansão das ações de Educação 
Ambiental que se completam e, muitas vezes, impulsionam iniciativas 
governamentais. 
33 
 
 
Podemos afirmar, hoje, que as relações sociedade civil organizada entre 
instituições governamentais responsáveis pela educação ambiental caminham 
juntas para a construção de uma cidadania ambiental sustentável, baseada na 
participação, justiça social e democracia consciente. 
É evidente que o aprofundamento de processos educativos ambientais 
apresenta-se como uma condição para construir uma nova racionalidade ambiental 
que possibilite modalidades de relações entre a sociedade e a natureza, entre o 
conhecimento científico e as intervenções técnicas no mundo, nas relações entre 
os grupos sociais diversos e entre os diferentes países em um novo modelo ético, 
centrado no respeito e no direito à vida em todos os aspectos. 
É certo que a implementação do desenvolvimento sustentável passa 
necessariamente por um processo de discussão e comprometimento de toda a 
sociedade uma vez que implica em mudanças no modo de agir dos agentes sociais. 
No processo de implementação do desenvolvimento sustentável a educação 
ambiental torna-se um instrumento fundamental. 
O sucesso das ações que devem conduzir ao desenvolvimento sustentável 
dependerá em grande parte da influencia da opinião pública, do comportamento 
das pessoas, e de suas decisões individuais. Mesmo considerando que existe certo 
interesse pelas questões ambientais há que reconhecer a falta de informação e 
conhecimento dos problemas ambientais. 
Logo, a educação ambiental que tenha por objetivo informar e sensibilizar as 
pessoas sobre os problemas (e possíveis soluções) existentes em sua comunidade, 
buscando transforma essas pessoas em indivíduos que participem das decisões 
sobre seus futuros, exercendo desse modo o direito a cidadania torna-se 
instrumento indispensável no processo de desenvolvimento sustentável. 
Uma das formas de levar educação ambiental à comunidade é pela ação 
direta do professor na sala de aula e em atividades extracurriculares. Através de 
atividades como leitura, trabalhos escolares, pesquisas e debates, os alunos 
poderão entender os problemas que afetam a comunidade onde vivem; a refletir e 
criticar as ações que desrespeitam e, muitas vezes, destroem um patrimônio que é 
de todos. 
Os professores são a peça fundamental no processo de conscientização da 
sociedade dos problemas ambientais, pois buscarão desenvolver em seus alunos 
34 
 
 
hábitos e atitudes sadios de conservação ambiental e respeito à natureza 
transformando-os em cidadãos conscientes e comprometidos com o futuro do país. 
A partir da falência do conceito de que os recursos ambientais seriam 
infinitos, estes passaram a ser objeto de gestão. Mas não cabe só analisar os 
recursos não-renováveis como, também, discutir a questão do bem público, que 
muitas vezes acabou permitindo a exploração desenfreada por alguns indivíduos. 
Alie-se, também, que o desenvolvimento sustentável é um processo global e não 
pode ser confundido com a globalização. A globalização poderia ser vista por "dois 
lados". O primeiro é o das grandes empresas e se refere ao domínio do mercado 
mundial ou, em outras palavras, o aspecto comercial. Já o outro lado, o "da 
poluição", ótica que transcende fronteiras nacionais e que significa evitar a poluição. 
Essa realidade nova, da qual não há como fugir, tem de ser reconhecida - e 
enfrentada. Um passo importante foi dado na Rio-92, a Conferência da Nações 
Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, na qual se consolidou a 
concepção de que o desafio de manter um ambiente sadio para as futuras gerações 
é um problema global. 
Nesse sentido, a pesquisa geográfica orientada para a temática ambiental 
apresenta uma visão integradora, encarando a análise das mais variadas formas 
de organização do espaço, resultantes da apropriação e de usos do meio natural 
por distintos grupos sociais, alterando e transformando constantemente o ambiente 
que os cerca. 
É necessária uma nova abordagem, pela qual todas as nações cheguem a algum 
tipo de desenvolvimento que integre a produção com a conservação e ampliação 
dos recursos, e que as vincule ao objetivo de dar a todos uma base adequada de 
subsistência e um acesso mais eqüitativo aos recursos naturais. 
Isto é a essência do desenvolvimento sustentável 
O sucesso das ações que devem conduzir ao desenvolvimento sustentável 
dependerá em grande parte da influencia da opinião pública, do comportamento 
das pessoas, e de suas decisõesindividuais. Mesmo considerando que existe certo 
interesse pelas questões ambientais há que reconhecer a falta de informação e 
conhecimento dos problemas ambientais. 
Os professores são a peça fundamental no processo de conscientização da 
sociedade dos problemas ambientais, pois buscarão desenvolver em seus alunos 
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hábitos e atitudes sadios de conservação ambiental e respeito à natureza 
transformando-os em cidadãos conscientes e comprometidos com o futuro do país. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
 
 
MOREIRA, Antônio Cláudio M L: Conceitos de ambiente e de impacto ambiental 
aplicáveis ao meio urbano. Material didático da disciplina de pós-graduação AUP 
5861 - Políticas públicas de proteção do ambiente urbano. São Paulo, 1999. 
 
BELLA, Vitor. Introdução a Economia do Meio Ambiente. IBAMA, 1996. 47-71 P. 
 
CORSEN, Walter H. Manual Global da Ecologia:, O que Você Pode Fazer a 
Respeito da Crise do Meio Ambiente. 2ª Ed. São Paulo SP, Editora Augustus, 1996. 
02p, 54p. 
 
LIMA & SILVA,P.P. Uma Luz no fim do Túnel:, Ver. Arché Interdiciplinar, Univ. 
Cândido Mendes, Ipanema RJ; "Desenvolvimento Sustentável", ano VIII, n.º 25, pp 
157-180. 
 
Conferencia das Nações Unidas Sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento:, 
Agenda 21. Curitiba Pr, IPARDES, 1997. 
 
ROSÁRIO, Maria do & JESUS, Júlio de. Avaliação do Impacte Ambiental. Caparica 
Portugal, CEPGA, 1994. 
 
http://www.conferenciadeestocolmo.cjb.net/ 
 
http://www.e-meioambiente.com.br 
 
http://sites.uol.com.br/projetovida/InformaLista2.htm

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