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Dinâmica da População: Migrações Populacionais, Área de Crescimento e de 
Perda Populacional. Noções de Geografia Urbana III
GEOGRAFIA DO BRASIL
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DINÂMICA DA POPULAÇÃO: MIGRAÇÕES POPULACIONAIS, ÁREA 
DE CRESCIMENTO E DE PERDA POPULACIONAL. NOÇÕES DE 
GEOGRAFIA URBANA III
Nesse bloco, dar-se-á continuidade ao estudo da demografia. Lembre-se de que a demo-
grafia é a parte da geografia que estuda as populações, suas interações econômicas, políti-
cas, sociais e a sua estatística.
No primeiro momento, foram destacados os conceitos demográficos, como população 
absoluta, relativa, país populoso, povoado, o crescimento vegetativo, saldo migratório, cres-
cimento demográfico, entre outros.
No final do bloco anterior, viu-se a ideia que propunha a necessidade de controle demo-
gráfico, o qual se daria por meio da plena compreensão das teorias demográficas, seja a 
teoria de Malthus, a dos Neomalthusianos ou a dos reformistas.
A primeira teoria de grande importância em nosso estudo é a teoria de Malthus. O Mal-
thus acreditava em uma teoria de controle populacional; para ele, a população crescia em 
progressão geométrica e o alimento crescia em progressão aritmética – a diferença entre a 
população e o alimento vai causar fome. Para Malthus, o controle populacional se daria por 
meio das guerras e epidemias. Ele estava errado, pois não considerou a revolução tecnoló-
gica na produção de alimentos.
Lembre-se de que o Brasil aderiu, na década de 60, à Revolução Verde, aumentando 
a sua produtividade graças à compra de adubos e fertilizantes, pesticidas e máquinas agrí-
colas. Claro que existe um ponto negativo: começa a haver um êxodo rural, inchando-se as 
grandes cidades e gerando a macrocefalia urbana, a segregação social, a conurbação, o 
processo de formação de áreas subnormais e também a periurbanização.
Hoje, o foco do estudo serão as teorias demográficas.
TEORIAS POPULACIONAIS
Teoria de Malthus
A teoria Malthusiana teve forte atuação até a década de 70, começando a perder força 
para a teoria Neomalthusiana a partir da primeira reunião ambiental (chamada de reunião de 
Estocolmo) que ocorreu em Estocolmo, na Suécia. 
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Perda Populacional. Noções de Geografia Urbana III
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Malthus faz uma comparação entre a população e o alimento. Para ele, a população 
cresce em PG (progressão geométrica) e o alimento cresce em PA (progressão aritmética). 
A diferença entre a população e o alimento causará fome, e o controle populacional se dará 
por meio das epidemias e das guerras.
Nessa comparação, a progressão geométrica significa que, em períodos iguais, a popula-
ção iria dobrar; já a progressão aritmética significa que, em períodos iguais, o alimento cres-
ceria de forma linear (assim como os números naturais).
Malthus estava errado, pois ele não considerou a revolução tecnológica na produção de 
alimentos. Caso se analise, não falta, hoje, alimento no mundo. Contudo, há pessoas que 
passam fome, isso em razão de má distribuição, desperdício e interesses econômicos. 
Essa teoria foi concebida no século XVIII. As suas principais características são:
• A população cresce em PG (progressão geométrica) dobrando a cada 25 anos.
• A alimentação cresceria em PA (progressão aritmética) de forma linear.
• Para Malthus, a diferença entre o crescimento populacional e a alimentação gera fome.
• Solução: controle rígido da população, situação em que o indivíduo deverá ter condi-
ções materiais de sustentabilidade.
• Acreditava na ideia das epidemias e guerras como um mal necessário.
• Erro: não considerou a revolução tecnológica na produção de alimentos.
A Concepção de Malthus pode ser representada da seguinte forma:
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A teoria de Malthus começará a perder espaço a partir de 1972. Nesse ano, ocorre a pri-
meira reunião ambiental global, a chamada Conferência de Estocolmo (Suécia), que até hoje 
é uma referência em termos da preservação do meio ambiente.
Essa conferência percebe que existe uma inconsistência entre o número de pessoas e 
a produção de alimentos (claro que essa análise não procede). Para os estudiosos, lá em 
1972, deveria haver uma redução no número de pessoas para que ocorresse uma diminuição 
substancial da fome. Contudo, sabe-se que a fome não está atrelada ao alimento, mas ao 
desperdício, à má distribuição e aos interesses econômicos. 
Portanto, é realizada uma relação entre o número de pessoas e a produção de alimentos, 
situação na qual há o interesse na diminuição do crescimento vegetativo – e essa diminuição 
do crescimento vegetativo seria um dos pilares que promoveria a redução da fome.
A partir desse momento, a teoria Malthusiana começa a “perder a força” e, em contrapar-
tida, a teoria Neomalthusiana começa a “ganhar força”.
Teoria dos Reformistas-Marxista: Século XVIII
Além da teoria Malthusiana, há a teoria Reformista-Marxista. Essa teoria:
• Critica a ausência de percepção do desenvolvimento tecnológico de Malthus.
• Defende que a fome está associada às desigualdades sociais e à expropriação da 
classe trabalhadora, o que é uma tendência do capitalismo. A desigualdade social 
seria o principal elemento promotor de fome.
Como solução propõe-se a reformulação do sistema de produção com um movimento 
de revolução comunista, combatendo a pior condição de vida devido ao modelo urbano-
-industrial. 
Entenda, portanto, que há, no século XVIII, duas teorias demográficas: a teoria de Mal-
thus, a qual associa a fome à diferença existente entre o crescimento populacional e o cres-
cimento na produção de alimentos; a teoria dos Reformistas, que criticam o fato de Malthus 
não ter considerado a revolução tecnológica na produção de alimentos – o fato de alguém 
passar fome se dá em razão da má distribuição, desperdício e outros interesses econômicos 
e não necessariamente devido à falta de alimentos, isso porque há tecnologia para produzir 
maior volume de alimentos em pequeno espaço e tempo (também chamada agricultura de 
jardinagem, agricultura 100% ou agricultura intensiva).
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Para os reformistas, a fome está associada à desigualdade social, havendo a necessi-
dade de se fazer uma revolução que promova o fim das classes sociais, o fim da relação 
entre aquele indivíduo que é expropriado (vende a força de trabalho em troca do salário) e 
aquele que é dono dos meios de produção – assim, a revolução socialista ou comunista seria 
a grande responsável por promover o fim da fome global.
Teoria dos Neomalthusianos: Século XX
Assim como Malthus, a teoria Neomalthusiana também faz uma relação entre a popula-
ção e o alimento. Para essa teoria, o alimento e a população crescem na mesma proporção, 
isto é, caso ocorra o aumento da população, aumentar-se-á também a produção de alimen-
tos. Isso porque há tecnologia capaz de aumentar a produtividade, a chamada agricultura de 
jardinagem, agricultura 100% ou agricultura superintensiva.
O controle populacional ocorre com a disseminação dos métodos contraceptivos, a exem-
plo da pílula, DIU, vasectomia, preservativo. 
A década de 70 é extremamente marcante para o Brasil, isto porque começa a se alternar 
entre ateoria Malthusiana, a teoria Reformista (pouco utilizada) e, principalmente, a teoria 
Neomalthusiana. Acontece o controle demográfico no Brasil, pois começa ocorrer a ideia de 
planejamento familiar, quase simultaneamente com um grande êxodo rural – lembre-se de 
que ocorre a revolução verde e a mecanização do campo.
As principais características da teoria Neomalthusiana são:
• Surgida após a segunda guerra (a qual ocorreu entre 1939 e 1945) em um encontro 
das Nações Unidas que buscavam manter a paz mundial e diminuir as desigualdades, 
situação da qual surgiu a teoria Neomalthusiana.
• Solução: busca explicar a pobreza do mundo devido ao contingente populacional, 
introduzindo um controle rígido (controle social). Esse controle rígido estará relacio-
nado ao planejamento familiar atrelado à disseminação de métodos contraceptivos.
• Os países subdesenvolvidos (ou países em desenvolvimento) são o foco devido ao 
baixo índice educacional, o crescimento vegetativo acelerado e o reduzido investimento 
em tecnologia na produção de alimentos e no meio urbano que diminui a natalidade. 
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Teoria dos Ecomalthusianos: Século XX
Essa teoria, criada em 1972, acredita na ideia de que o número de pessoas é incompa-
tível com a quantidade de recursos naturais. Trata-se apenas de uma variação da teoria dos 
Neomalthusianos.
A teoria dos Ecomalthusianos está correta? Em termos de alimento, está errada, pois é 
possível a produção de alimentos para todo mundo – por que há alguém que passa fome no 
mundo? Em virtude da má distribuição, desperdício e interesses econômicos.
A solução seria o controle populacional rígido.
TEORIAS POPULACIONAIS NO BRASIL
O Brasil é favorável à teoria Neomalthusiana (quanto maior a população, maior a produ-
ção de alimentos, pois há o desenvolvimento da tecnologia) e tem seu controle populacional 
associado ao processo de transição industrial com a entrada da mulher no mercado de traba-
lho (uma escolha da mulher atrelada à necessidade de contribuir para a renda familiar, uma 
vez que a vida no meio urbano é mais onerosa do que a vida no meio rural) e a disseminação 
dos métodos contraceptivos. 
SETORES DE OCUPAÇÃO
A pirâmide de ocupação é vinculada basicamente a dois setores: a população economi-
camente ativa e a população economicamente inativa.
A população economicamente ativa é formada por indivíduos que trabalham e recebem 
um salário. Não importa se o trabalho é formal ou não, mas exige-se que seja uma atividade 
lícita. Os setores de atividade referem-se a esses indivíduos – o indivíduo da população eco-
nomicamente ativa estará vinculado a uma pirâmide de atividade (setor primário, secundário, 
terciário ou quaternário).
A população economicamente inativa é formada por indivíduos que: não trabalham e não 
recebem salário (ex.: estudantes); trabalham e não recebem salário (ex.: voluntário, dona de 
casa); não trabalham e recebem salário (ex.: aposentado, pensionista). 
SETORES DE ATIVIDADE
Primário
São atividades ligadas ao campo. Ex.: Agricultura, pecuária, extrativismo (mineral, vege-
tal, animal) – atividades que representam a base da economia brasileira.
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As principais áreas de extração mineralógica no Brasil são: a) projeto Grande Carajás 
no estado do Pará, o qual envolve agricultura, pecuária, extrativismo e geração de energia 
a partir da Usina de Tucuruí, e, além disso, o escoamento através da ferrovia Carajás-Porto 
de Itaqui, este último localizado no estado de Maranhão; b) Quadrilátero Ferrífero, formado, 
entre outras cidades, por Nova Lima, Ouro Preto, Congonhas do Campo, Santa Bárbara, 
Mariana, uma área de grande extração mineralógica e com o escoamento via Ferrovia Minas-
-Vitória; c) Maciço do Urucum, localizado no Mato Grosso do Sul; d) extração de cassite-
rita na região do rio Guaporé; e) no estado de Rondônia, há o vale das trombetas, a região 
de Tele Pires etc. O Brasil possui uma grande variabilidade mineralógica, pois 36% do seu 
relevo é formado por escudos cristalinos.
Além disso, onde há bacia sedimentar, há grande volume de petróleo. O Brasil possui 
muito petróleo em superfície, contudo esse petróleo continental é de má qualidade e, por isso, 
denominado petróleo pesado. Por essa razão, o petróleo no Brasil é explorado no Recôncavo 
Baiano (Bahia), na Bacia de Campos (no Rio de Janeiro), na Bacia de Santos (pré-sal). 
Em relação ao carvão mineral, o Brasil possui carvão de má qualidade, qual seja, o 
carvão de tipo turfa, o qual está localizado no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Na pecuária, o Brasil possui mais de 230 milhões de bovinos, destacando-se os estados 
do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais.
O Brasil se destaca nesse setor, porém a maior parte da população não trabalha nesse 
setor devido à mecanização, fruto do fenômeno da Revolução Verde.
Esse setor possui baixo valor agregado, também denominados de commodities (mercado 
de exportação garantido). Commodity é qualquer matéria-prima no estado primitivo ou semi-
-industrializado de comercialização global, a exemplo da laranja.
Secundário
São atividades ligadas à indústria, incluindo-se: a indústria de base, que é responsável 
por estabelecer uma infraestrutura para que outras indústrias surjam, a exemplo da siderur-
gia, metalurgia, a construção civil (o termômetro da economia); indústria de bens duráveis, a 
exemplo dos automóveis; indústria de bens não duráveis (ou bens de consumo), referente a 
produtos com pequena longevidade, a exemplo dos alimentos, cosméticos, medicamentos; 
indústria de ponta, voltada à pesquisa e ao desenvolvimento de alta tecnologia, a exemplo 
da descoberta de uma vacina. 
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É um setor associado à transformação da matéria-prima, promovendo um maior 
valor agregado.
É o segundo setor empregatício da população brasileira: cerca de 16% da população, 
havendo enorme dependência econômica e tecnológica.
Terciário
São atividades ligadas à prestação de serviços ou ao comércio. Além disso, o setor ter-
ciário participa da distribuição e gerenciamento dos produtos, e a maior parte da população 
brasileira está concentrada nesse setor.
Observe o seguinte gráfico que demonstra a distribuição de vendas entre os setores:
������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor Julio Cezar dos Santos.
��A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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