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TJ-SP – Tribunal de Justiça de São Paulo Conteúdo Complementar Oficial de Justiça NV-014JH-23-TJ-SP-OFICIAL-JUSTICA Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº 9.610/1998. É proibida a reprodução parcial ou total, por qualquer meio, sem autorização prévia expressa por escrito da editora Nova Concursos. Esta obra é vendida sem a garantia de atualização futura. No caso de atualizações voluntárias e erratas, serão disponibilizadas no site www.novaconcursos.com.br. Para acessar, clique em “Erratas e Retificações”, no rodapé da página, e siga as orientações. Dúvidas www.novaconcursos.com.br/contato sac@novaconcursos.com.br Obra TJ-SP – Tribunal de Justiça de São Paulo Oficial de Justiça Autores LEGISLAÇÃO ESPECIAL • Juliana Ataídes ATUALIDADES • Ana Philippini e Heitor Ferreira Edição: Junho/2023 SUMÁRIO LEGISLAÇÃO ESPECIAL ....................................................................................................5 LEI N° 6.830, DE 1980 (ARTS. 1°; 2°; 7°; 8°; 11; 37) ............................................................................ 5 RESOLUÇÃO Nº 354, DE 2020 DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (ARTS. 1°; 8° A 10) ....... 6 LEI N° 11.608, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2003 .................................................................................. 7 NORMAS JUDICIAIS DA CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIÇA ...................................................... 8 TOMO I – CAPÍTULO I: (ART. 1° A 4°) .................................................................................................................8 TOMO I – CAPÍTULO III - SEÇÃO III: (ART. 33) ................................................................................................11 TOMO I – CAPÍTULO III - SEÇÃO V: (ART. 47; 49) ...........................................................................................11 TOMO I – CAPÍTULO III - SEÇÃO XI: (ARTS. 105 A 110) ................................................................................11 TOMO I – CAPÍTULO IV - SEÇÃO III: (ART. 196, INCISO XX) ..........................................................................13 TOMO I – CAPÍTULO IV - SEÇÃO IV: (ART. 282, § 1°) .....................................................................................13 TOMO I – CAPÍTULO IV - SEÇÃO VI: (ARTS. 310; 315) ..................................................................................13 TOMO I – CAPÍTULO IV - SEÇÃO XII: (ART. 410) ............................................................................................14 TOMO I – CAPÍTULO IV - SEÇÃO XIII: (ARTS. 436; 436-A) ............................................................................15 TOMO I – CAPÍTULO IV - SEÇÃO XIV: (ART. 439; 440; 440-A) .......................................................................15 TOMO I - CAPÍTULO VII (ARTS. 994 A 1.091-A) .............................................................................................16 TOMO I - CAPÍTULO X - SEÇÃO III (ART. 1.137 A 1.139) ................................................................................41 TOMO I – CAPITULO XI - SEÇÃO VII (ART. 1.245; 1.247) ...............................................................................41 ATUALIDADES .....................................................................................................................47 QUESTÕES RELACIONADAS A FATOS POLÍTICOS, ECONÔMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS, NACIONAIS E INTERNACIONAIS, OCORRIDOS A PARTIR DO 2° SEMESTRE DE 2022, DIVULGADOS NA MÍDIA LOCAL E/OU NACIONAL .......................................................................... 47 LEI Nº 13.146, DE 2015 – ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA: ARTS. 1º A 13; 34 A 38; 79 A 87 ...............................................................................................................................123 LE G IS LA Ç Ã O E SP EC IA L 5 LEGISLAÇÃO ESPECIAL LEI N° 6.830, DE 1980 (ARTS. 1°; 2°; 7°; 8°; 11; 37) A Lei nº 6.830, de 1980, conhecida como Lei de Execu- ção Fiscal (LEF), dispõe sobre a cobrança judicial da Dívi- da Ativa da Fazenda Pública, e dá outras providências. Execução Fiscal, em termos simples, é o processo no qual a Fazenda Pública aciona o Poder Judiciário para requerer o pagamento de crédito de contribuin- tes inadimplentes. Vamos ao estudo dos artigos mais importantes para sua prova: Art. 1º A execução judicial para cobrança da Dívi- da Ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e respectivas autarquias será regi- da por esta Lei e, subsidiariamente, pelo Código de Processo Civil. Art. 2º Constitui Dívida Ativa da Fazenda Pública aquela definida como tributária ou não tributária na Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, com as alterações posteriores, que estatui normas gerais de direito financeiro para elabora- ção e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. De acordo com o art. 2º, constitui Dívida Ativa aquela definida como tributária ou não tributária na Lei nº 4.320, de 1964. Desse modo, devemos nos aten- tar para as definições estabelecidas nesta lei. Veja: Art. 39 […] § 2º Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazen- da Pública dessa natureza, proveniente de obri- gação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, e Dívida Ativa não Tributá- ria são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimos compul- sórios, contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, alugueis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis definitiva- mente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de subrogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de outras obrigações legais. Conforme o parágrafo 1º, do art. 2º, da Lei nº 6.830: § 1º Qualquer valor, cuja cobrança seja atribuída por lei às entidades de que trata o artigo 1º, será considerado Dívida Ativa da Fazenda Pública. É importante destacar que a Dívida Ativa (compreen- dendo a tributária e não tributária) abrange as atuali- zações monetárias, juros, multa de mora e demais encargos. Veja: § 2º A Dívida Ativa da Fazenda Pública, compreen- dendo a tributária e a não tributária, abrange atualização monetária, juros e multa de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato. Dispõe o § 3º, do art. 2º, que a inscrição da Dívida Ativa será realizada pelo órgão competente para apu- rar a liquidez e certeza do crédito. Realizada a inscri- ção, esta suspenderá a prescrição durante 180 dias ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes do prazo estipulado. § 3º A inscrição, que se constitui no ato de con- trole administrativo da legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo. SUSPENSÃO DA PRESCRIÇÃO Regra: 180 dias Exceção: até a distribuição da execução fiscal Se esta ocorrer antes de findo o prazo de 180 dias § 4º A Dívida Ativa da União será apurada e inscri- ta na Procuradoria da Fazenda Nacional. § 5º O Termo de Inscrição de Dívida Ativa deverá conter: I - o nome do devedor, dos co-responsáveis e, sem- pre que conhecido, o domicílio ou residência de um e de outros; II - o valor originário da dívida, bem como o ter- mo inicial e a forma de calcular os juros de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato; III - a origem, a natureza e o fundamento legal ou contratual da dívida; IV - a indicação, se for o caso, de estar a dívida sujei- ta à atualização monetária, bem como o respectivo fundamento legal e o termo inicial para o cálculo; V - a data e o número dainscrição, no Registro de Dívida Ativa; e VI - o número do processo administrativo ou do auto de infração, se neles estiver apurado o valor da dívida. § 6º A Certidão de Dívida Ativa conterá os mesmos elementos do Termo de Inscrição e será autentica- da pela autoridade competente. § 7º O Termo de Inscrição e a Certidão de Dívida Ativa poderão ser preparados e numerados por processo manual, mecânico ou eletrônico. § 8º Até a decisão de primeira instância, a Certidão de Dívida Ativa poderá ser emendada ou substituí- da, assegurada ao executado a devolução do prazo para embargos. § 9º O prazo para a cobrança das contribuições pre- videnciárias continua a ser o estabelecido no artigo 144 da Lei nº 3.807, de 26 de agosto de 1960. Estabelecidos os critérios iniciais, veja os próximos passos da execução fiscal: Art. 7º O despacho do Juiz que deferir a inicial importa em ordem para: I - citação, pelas sucessivas modalidades previstas no artigo 8º; II - penhora, se não for paga a dívida, nem garantida a execução, por meio de depósito, fiança ou seguro garantia; III - arresto, se o executado não tiver domicílio ou dele se ocultar; 6 IV - registro da penhora ou do arresto, indepen- dentemente do pagamento de custas ou outras des- pesas, observado o disposto no artigo 14; e V - avaliação dos bens penhorados ou arrestados. Inicialmente, o executado será citado para, no prazo de 5 dias, realizar o pagamento da dívida ou garantir a execução. Art. 8º O executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a dívida com os juros e multa de mora e encargos indicados na Cer- tidão de Dívida Ativa, ou garantir a execução, observadas as seguintes normas: I - a citação será feita pelo correio, com aviso de recepção, se a Fazenda Pública não a requerer por outra forma; II - a citação pelo correio considera-se feita na data da entrega da carta no endereço do executado, ou, se a data for omitida, no aviso de recepção, 10 (dez) dias após a entrega da carta à agência postal; III - se o aviso de recepção não retornar no prazo de 15 (quinze) dias da entrega da carta à agência postal, a citação será feita por Oficial de Justiça ou por edital; A citação, em regra, será feita pelo correio, com aviso de recepção (aviso de recebimento). Porém, se o aviso de recepção não retornar no prazo de 15 dias da entrega da carta à agência postal, a citação poderá ser realizada pelo Oficial de Justiça ou por edital. O inciso IV, estabelece a forma que é realizada a citação por edital, veja: IV - o edital de citação será afixado na sede do Juízo, publicado uma só vez no órgão oficial, gratui- tamente, como expediente judiciário, com o prazo de 30 (trinta) dias, e conterá, apenas, a indicação da exeqüente, o nome do devedor e dos co-responsá- veis, a quantia devida, a natureza da dívida, a data e o número da inscrição no Registro da Dívida Ativa, o prazo e o endereço da sede do Juízo. § 1º O executado ausente do País será citado por edital, com prazo de 60 (sessenta) dias. § 2º O despacho do Juiz, que ordenar a citação, interrompe a prescrição. O art. 11 dispõe sobre a ordem da penhora ou arresto. Lembre-se bem dessa ordem: Art. 11 A penhora ou arresto de bens obedecerá à seguinte ordem: I - dinheiro; II - título da dívida pública, bem como título de crédito, que tenham cotação em bolsa; III - pedras e metais preciosos; IV - imóveis; V - navios e aeronaves; VI - veículos; VII - móveis ou semoventes; e VIII - direitos e ações. § 1º Excepcionalmente, a penhora poderá recair sobre estabelecimento comercial, industrial ou agrícola, bem como em plantações ou edifícios em construção. Atenção: perceba que o estabelecimento comer- cial, industrial ou agrícola, plantações ou edifícios em construção não constam na ordem de penhora. Esses estabelecimentos somente poderão ser objeto de penhora de forma excepcional. § 2º A penhora efetuada em dinheiro será converti- da no depósito de que trata o inciso I do artigo 9º. § 3º O Juiz ordenará a remoção do bem penhora- do para depósito judicial, particular ou da Fazenda Pública exeqüente, sempre que esta o requerer, em qualquer fase do processo. O art. 37, por sua vez, dispõe sobre a tríplice res- ponsabilidade do Auxiliar de Justiça que prejudicar a execução. Trata-se de um artigo muito importante para sua prova, por isso, confira: Art. 37 O Auxiliar de Justiça que, por ação ou omissão, culposa ou dolosa, prejudicar a exe- cução, será responsabilizado, civil, penal e administrativamente. O parágrafo único, do art. 37, trata do prazo que o Oficial de Justiça possui para realizar as diligências que lhe forem designadas. Muita atenção: Parágrafo único. O Oficial de Justiça deverá efe- tuar, em 10 (dez) dias, as diligências que lhe forem ordenadas, salvo motivo de força maior devidamente justificado perante o Juízo. Dica � Prazo para o Oficial De Justiça efetuar as dili- gências: 10 dias; � Exceção: motivo de força maior devidamente justificado. RESOLUÇÃO Nº 354, DE 2020 DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (ARTS. 1°; 8° A 10) A Resolução nº 354, de 2020, dispõe sobre o cum- primento digital de ato processual e de ordem judicial e dá outras providências. Ela trata de temas como tec- nologia da informação e comunicação, gestão e orga- nização judiciária. Vamos ao estudo dos dispositivos: Art. 1º Esta Resolução regulamenta a realiza- ção de audiências e sessões por videoconferên- cia e telepresenciais e a comunicação de atos processuais por meio eletrônico nas unidades jurisdicionais de primeira e segunda instâncias da Justiça dos Estados, Federal, Trabalhista, Mili- tar e Eleitoral, bem como nos Tribunais Superiores, à exceção do Supremo Tribunal Federal. O art. 8º dispõe que a citação e a intimação pode- rão ser cumpridas por meio eletrônico que assegure o destinatário do ato tomado de ter conhecimento do seu conteúdo. Os dispositivos seguintes estabelecem normas e critérios para a realização das citações e intimações por meio eletrônico. Veja: Art. 8º Nos casos em que cabível a citação e a intima- ção pelo correio, por oficial de justiça ou pelo escrivão ou chefe de secretaria, o ato poderá ser cumprido por meio eletrônico que assegure ter o destinatário do ato tomado conhecimento do seu conteúdo. LE G IS LA Ç Ã O E SP EC IA L 7 Parágrafo único. As citações e intimações por meio ele- trônico serão realizadas na forma da lei (art. 246, V, do CPC, combinado com art. 6º e 9º da Lei nº 11.419/2006), não se lhes aplicando o disposto nesta Resolução. Art. 9º As partes e os terceiros interessados infor- marão, por ocasião da primeira intervenção nos autos, endereços eletrônicos para receber noti- ficações e intimações, mantendo-os atualiza- dos durante todo o processo. Parágrafo único. Aquele que requerer a citação ou intimação deverá fornecer, além dos dados de qualificação, os dados necessários para comunica- ção eletrônica por aplicativos de mensagens, redes sociais e correspondência eletrônica (e-mail), salvo impossibilidade de fazê-lo. Art. 10 O cumprimento da citação e da intimação por meio eletrônico será documentado por: I - comprovante do envio e do recebimento da comunicação processual, com os respectivos dia e hora de ocorrência; ou II - certidão detalhada de como o destinatário foi identificado e tomou conhecimento do teor da comunicação. § 1º O cumprimento das citações e das intimações por meio eletrônico poderá ser realizado pela secretaria do juízo ou pelos oficiais de justiça. § 2º Salvo ocultação, é vedado o cumprimento eletrôni- co de atos processuais por meio de mensagens públicas. LEI N° 11.608, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2003 A Lei n° 11.608, de 2003 visa dispor sobre a Taxa Judiciária que é incidida sobre os serviços públicos de natureza forense. Vejamos: Art. 1º A taxa judiciária, que tem por fato gerador a prestação de serviços públicos de natureza foren- se, devida pelas partes ao Estado, nas ações de conhecimento, na execução, nas ações cautelares, nos procedimentosde jurisdição voluntária e nos recursos, passa a ser regida por esta lei. O art. 2° desta lei dispõe que a taxa judiciária abrange todos os atos processuais, inclusive aque- les relativos aos serviços de distribuidor, contador, partidor, de hastas públicas, da Secretaria dos Tribu- nais, bem como as despesas com registros, intimações e publicações na Imprensa Oficial. O parágrafo úni- co deste mesmo artigo trás um rol taxativo dispondo sobre o que não se incluem nas taxas judiciárias. Veja- mos abaixo: Art. 2° [...] I - as publicações de editais; II - as despesas com o porte de remessa e de retorno dos autos, no caso de recurso, cujo valor será estabelecido por ato do Conselho Superior da Magistratura; III - as despesas postais com citações e intimações; IV - a comissão dos leiloeiros e assemelhados; V - a expedição de certidão, cartas de senten- ça, de arrematação, de adjudicação ou de remição, e a reprodução de peças do proces- so, cujos custos serão fixados periodicamente pelo Conselho Superior da Magistratura; VI - a remuneração do perito, assistente técni- co, avaliador, depositário, tradutor, intérpre- te e administrador; VII - a indenização de viagem e diária de testemunha; VIII - as consultas de andamento dos processos por via eletrônica, ou da informática; IX - as despesas de diligências dos Oficiais de Justiça, salvo em relação aos mandados: a) expedidos de ofício; b) requeridos pelo Ministério Público; c) do interesse de beneficiário de assistência judiciária; d) expedidos nos processos referidos no Artigo 5°, incisos I a IV; X - a despesa com o desarquivamento de processo físico ou digital no Arquivo Geral do Tribunal ou em empresa terceirizada é fixada em 1,212 Unidade Fiscal do Estado de São Paulo (UFESP) e para pro- cesso arquivado nas Unidades Judiciais é fixada em 0,661 UFESP. (NR) XI - a obtenção de informações da Secretaria da Receita Federal, das instituições bancárias e do cadastro de registro de veículos, via Infojud, Bacen- Jud e Renajud, ou análogas, cujos custos serão fixados periodicamente pelo Conselho Superior da Magistratura; (NR) XII - a obtenção das informações cadastrais do sistema SERASAJUD, cujos custos serão fixados periodicamente pelo Conselho Superior da Magis- tratura; (NR) XIII - todas as demais despesas que não correspon- dam aos serviços relacionados no “caput” deste artigo. (NR) Art. 3º O valor e a forma de ressarcimento das despesas de condução dos Oficiais de Justiça, não incluídos na taxa judiciária, serão estabelecidos pelo Corregedor Geral da Justiça, nos termos dos parágrafos 1° e 2° do Artigo 19 do Código de Pro- cesso Civil, respectivamente. DA FORMA DE CÁLCULO E DO MOMENTO DO RECOLHIMENTO DA TAXA O segundo capítulo desta lei diz respeito à como é empregada a forma dos cálculos e o momento em que é realizado o recolhimento das taxas judiciárias. O recolhimento da taxa judiciária é feito da seguin- te forma: � 1% (um por cento) sobre o valor da causa no momento da distribuição ou, na falta desta, antes do despacho inicial; essa mesma regra se aplica às hipóteses de reconvenção e de oposição; � 4% (quatro por cento) sobre o valor da causa, nos termos do art. 511 do Código de Processo Civil, como preparo da apelação e do recurso adesivo, ou, nos processos de competência originária do Tribunal, como preparo dos embargos infringen- tes; e � 1% (um por cento) ao ser satisfeita a execução. Art. 4° [...] § 1º Os valores mínimo e máximo a recolher-se, em cada uma das hipóteses previstas nos incisos ante- riores, equivalerão a 5 (cinco) e a 3.000 (três mil) UFESPs - Unidades Fiscais do Estado de São Paulo, respectivamente, segundo o valor de cada UFESP vigente no primeiro dia do mês em que deva ser fei- to o recolhimento. 8 § 2º Nas hipóteses de pedido condenatório, o valor do preparo a que se refere o inciso II, será calculado sobre o valor fixado na sentença, se for líquido, ou, se ilíqui- do, sobre o valor fixado eqüitativamente para esse fim, pelo MM. Juiz de Direito, de modo a viabilizar o acesso à Justiça, observado o disposto no § 1°. § 3º Nas cartas de ordem e nas cartas precatórias, além de outras despesas ressalvadas no parágrafo único do Artigo 2°, o valor da taxa judiciária será de 10 (dez) UFESPs. § 4º O Conselho Superior da Magistratura baixará Provimento fixando os valores a serem recolhidos para cobrir as despesas postais, para fins de citação e intimação, bem como com o porte de remessa e de retorno dos autos, no caso de interposição de recurso, como previsto no Artigo 511 do Código de Processo Civil. § 5º A petição do agravo de instrumento deverá ser instruída com o comprovante do pagamento da taxa judiciária correspondente a 10 (dez) UFESPs e do por- te de retorno, fixado na forma do parágrafo anterior, nos termos do § 1° do Artigo 525 do Código de Proces- so Civil. § 6º Na ação popular, a taxa será paga a final (Artigo 10 da Lei Federal nº 4.717, de 29 de junho de 1965) e, na ação civil pública, na forma prevista no Artigo 18 da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985. § 7º Nos inventários, arrolamentos e nas causas de separação judicial e de divórcio, e outras, em que haja partilha de bens ou direitos, a taxa judiciária será recolhida antes da adjudicação ou da homologação da partilha, observado o disposto no § 2° do Artigo 1.031, do Código de Processo Civil, de acordo com a seguinte tabela, considerado o valor total dos bens que integram o monte mor, inclusive a meação do cônjuge supérstite, nos inventários e arrolamentos: 1 - até R$ 50.000,00............................10 UFESPs 2 - de R$ 50.001,00 até R$ 500.000,00................100 UFESPs 3 - de R$ 500.001,00 até R$ 2.000.000,00...........300 UFESPs 4 - de R$ 2.000.001,00 até R$ 5.000.000,00.....1.000 UFESPs 5 - acima de R$ 5.000.000,00..............3.000 UFESPs § 8º No caso de habilitação retardatária de crédito em processo de recuperação judicial e de falência, o credor recolherá a taxa judiciária na forma prevista nos incisos I e II do artigo 4º, calculada sobre o valor atualizado do crédito, observados os limites estabele- cidos no § 1º. § 9º Nas ações penais, salvo aquelas de competência do Juizado Especial Criminal - JECRIM, em primeiro grau de jurisdição, o recolhimento da taxa judiciária será feito da seguinte forma: a) nas ações penais, em geral, o valor equivalente a 100 (cem) UFESPs, será pago, a final, pelo réu, se condenado; b) nas ações penais privadas, será recolhido o valor equivalente a 50 (cinqüenta) UFESPs no momento da distribuição, ou, na falta desta, antes do despacho ini- cial, bem como o valor equivalente a 50 (cinqüenta) UFESPs no momento da interposição do recurso cabí- vel, nos termos do disposto no § 2° do Artigo 806 do Código de Processo Penal. § 10 Na hipótese de litisconsórcio ativo voluntário, além dos valores previstos nos incisos I e II, será cobrada a parcela equivalente a 10 (dez) Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - UFESPs, para cada grupo de dez autores, ou fração, que exceder a primei- ra dezena. 1 Lei nº 11.608, de 29 de dezembro de 2003. Disponível em: https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/2003/lei-11608-29.12.2003.htm. Acessado em: 05 jul. 2023. § 11 Nos casos de admissão de litisconsorte ativo voluntário ulterior e de assistente, cada qual deverá recolher o mesmo valor pago, até aquele momento, pelo autor da ação. DO DIFERIMENTO E DAS ISENÇÕES De início cabe mencionar que a União, o Estado, o Município e as respectivas autarquias e fundações, assim como o Ministério Público estão isentos da taxa judiciária. Art. 5º O recolhimento da taxa judiciária será dife- rido para depois da satisfação da execução quan- do comprovada, por meio idôneo, a momentânea impossibilidade financeira do seu recolhimento, ainda que parcial: I - nas ações de alimentos e nas revisionais de alimentos; II - nas ações de reparação de dano por ato ilícito extracontratual, quando promovidas pela própria vítima ou seus herdeiros;III - na declaratória incidental; IV - nos embargos à execução. Parágrafo único - O disposto no “caput” deste arti- go aplica-se a pessoas físicas e a pessoas jurídicas. [...] Art. 7º Não incidirá a taxa judiciária nas seguintes causas: I - as da jurisdição de menores; II - as de acidentes do trabalho; III - as ações de alimentos em que o valor da prestação mensal não seja superior a 2 (dois) salários-mínimos. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 8º Alterado para mais o valor da causa, a diferen- ça da taxa será recolhida em até 30 (trinta) dias. Parágrafo único - O recolhimento da diferença da taxa será diferido para final quando com- provada, por meio idôneo, a impossibilidade financeira de seu recolhimento, ainda que par- cial, no prazo referido no “caput” deste artigo. Art. 9º O montante da taxa judiciária arrecadada terá a seguinte destinação: I - 10% (dez por cento) para custeio das diligências dos Oficiais de Justiça, indicadas no inciso IX do parágrafo único do artigo 2° desta lei; II - 30% (trinta por cento) para custeio das despesas com pessoal no âmbito do Tribunal de Justiça; III - 60% (sessenta por cento) ao Fundo Especial de Despesa do Tribunal de Justiça, instituído pela Lei nº 8.876, de 2 de setembro de 1994. Art. 10 Revogado Art. 11 Revogado1. NORMAS JUDICIAIS DA CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIÇA TOMO I – CAPÍTULO I: (ART. 1° A 4°) Art. 1º A Corregedoria Geral da Justiça alinha-se às diretrizes do Conselho Nacional de Justiça, Presi- dência, Conselho Superior da Magistratura e Órgão LE G IS LA Ç Ã O E SP EC IA L 9 Especial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, na implementação de um Poder Judiciário voltado para a eficiência, no intuito de reconheci- mento pela Sociedade como efetivo instrumento de justiça, equidade e paz social. Isso significa que a Corregedoria-Geral da Justiça do Estado de São Paulo está comprometida em seguir as orientações e políticas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça, bem como pelas instâncias supe- riores do próprio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. O objetivo é garantir que o Poder Judiciário fun- cione de maneira eficiente e que seja percebido pela sociedade como uma instituição que promove a justi- ça, a igualdade e a paz social. Art. 2º São princípios institucionais da Corregedo- ria Geral da Justiça: I - a eticidade; II - a imparcialidade; III - a probidade; IV - a transparência administrativa e processual; V - o aperfeiçoamento da qualidade e produtividade dos serviços prestados; VI - a satisfação e bom atendimento do usuário, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, ida- de, condição social, filiação religiosa, orientação sexual e quaisquer outras formas de discriminação; VII - a celeridade processual; VIII - a acessibilidade; IX - a responsabilidade social e ambiental; X - a responsabilidade na gestão da informação e do conhecimento; XI - a credibilidade; XII - o aprimoramento dos canais de comunicação internos e externos; XIII - a modernização tecnológica. Parágrafo único. Os princípios contidos neste arti- go, de observância obrigatória, contínua e perma- nente, conformam a existência da Corregedoria Geral da Justiça, regem sua atuação normativa, orientadora, reorganizadora, fiscalizadora e disci- plinar-punitiva e norteiam a conduta de todos os órgãos e agentes a ela subordinados. O art. 2º estabelece os princípios institucionais da Corregedoria-Geral da Justiça. Esses princípios são fun- damentais para a atuação da instituição e orientam tan- to a conduta dos órgãos e agentes subordinados a ela quanto as ações normativas, orientadoras, reorganiza- doras, fiscalizadoras e disciplinares-punitivas da Corre- gedoria. Os princípios institucionais são os seguintes: � Eticidade: a Corregedoria deve pautar suas ações em princípios éticos, agindo com retidão e moralidade; � Imparcialidade: a imparcialidade é essencial para garantir a equidade e justiça nas ações da Correge- doria, tratando todas as partes de forma imparcial e equânime; � Probidade: a probidade refere-se à honestidade e integridade na atuação da Corregedoria, evitando qualquer forma de corrupção ou desvio de conduta; � Transparência administrativa e processual: a Cor- regedoria deve agir de forma transparente em sua administração e nos processos que conduz, garantin- do o acesso à informação e a clareza nas suas ações; � Aperfeiçoamento da qualidade e produtivida- de dos serviços prestados: a Corregedoria busca constantemente a melhoria da qualidade e produ- tividade dos serviços que oferece, visando aprimo- rar o funcionamento do sistema judicial; � Satisfação e bom atendimento do usuário, sem discriminação: a Corregedoria compromete-se a oferecer um bom atendimento ao usuário, sem qual- quer tipo de discriminação, respeitando a diversi- dade e promovendo a igualdade de tratamento; � Celeridade processual: a celeridade processual é um princípio essencial para garantir a eficiência da justiça, buscando a rápida resolução dos pro- cessos judiciais; � Acessibilidade: a Corregedoria busca garantir a acessibilidade aos serviços judiciais, eliminando barreiras físicas e tecnológicas que possam dificul- tar o acesso das pessoas à justiça; � Responsabilidade social e ambiental: a Correge- doria assume a responsabilidade de promover a justiça e agir de maneira sustentável, consideran- do os aspectos sociais e ambientais em suas ações; � Responsabilidade na gestão da informação e do conhecimento: a Corregedoria zela pela gestão responsável da informação e do conhecimento, garantindo sua integridade, confidencialidade e disponibilidade; � Credibilidade: a Corregedoria busca manter a sua credibilidade como instituição, agindo com trans- parência, imparcialidade e idoneidade; � Aprimoramento dos canais de comunicação internos e externos: a Corregedoria busca apri- morar os canais de comunicação tanto inter- namente, entre seus órgãos e agentes, quanto externamente, com a sociedade em geral; � Modernização tecnológica: a Corregedoria busca acompanhar as inovações tecnológicas e promo- ver a modernização dos seus processos, visando à eficiência e agilidade na prestação dos serviços. É importante ressaltar que esses princípios devem ser observados de forma obrigatória, contínua e per- manente, sendo essenciais para a existência e atuação da Corregedoria-Geral da Justiça. Art. 3º A Corregedoria Geral da Justiça estimulará a conciliação entre as partes, divulgará decisões judi- ciais predominantes em litígios recorrentes e incen- tivará o debate sobre o significado do princípio da dignidade da pessoa e o respeito aos direitos funda- mentais como forma de prevenção de conflitos. O art. 3º apresenta as ações que a Corregedoria-Ge- ral da Justiça deve promover no sentido de estimular a conciliação entre as partes, divulgar decisões judiciais predominantes em litígios recorrentes e incentivar o debate sobre o significado do princípio da dignidade da pessoa e o respeito aos direitos fundamentais como forma de prevenção de conflitos. � Estimular a conciliação entre as partes: a Corre- gedoria deve incentivar a busca por soluções ami- gáveis e consensuais para os litígios, promovendo a conciliação como uma alternativa para a resolu- ção de conflitos. A conciliação é uma forma mais rápida e eficiente de solução de disputas, evitando a judicialização prolongada; � Divulgar decisões judiciais predominantes em litígios recorrentes: a Corregedoria deve dissemi- nar informações sobre decisões judiciais que são 10 frequentemente adotadas em litígios semelhantes. Isso ajuda a criar uma jurisprudência consistente e transparente, fornecendo orientações para Juí- zes e partes envolvidas nos processos; � Incentivar o debate sobre o significado do princípio da dignidade da pessoa e o respeito aos direitos fundamentais como forma de pre- venção de conflitos: a Corregedoria tem o papel de promover a reflexão e o entendimento sobre o princípio da dignidadeda pessoa humana e os direitos fundamentais, destacando sua importân- cia na prevenção de conflitos e na promoção de uma justiça mais inclusiva e humanizada. Essas ações visam aprimorar a cultura de resolu- ção pacífica de conflitos, garantir a uniformidade nas decisões judiciais e fomentar a conscientização sobre os direitos fundamentais e a dignidade da pessoa como valores centrais no sistema de justiça. Ao fazer isso, a Corregedoria contribui para uma atuação mais eficiente e eficaz do Poder Judiciário, ao mesmo tem- po em que fortalece a confiança da sociedade no siste- ma de justiça como um todo. Art. 4º Para a efetivação da missão, observância dos princípios e medidas institucionais contidos nes- te capítulo, os órgãos subordinados à Corregedoria Geral da Justiça adotarão, de imediato, os seguintes instrumentos de gestão: I - a desconcentração do processo decisório na resolu- ção de problemas da unidade, em reuniões periódicas sob a coordenação do escrivão judicial, facultada a participação de todos os servidores; II - o sistema de gestão por atividades; III - o aprimoramento dos procedimentos, sem prejuí- zo da segurança, da completude dos atos judiciais e do devido processo legal, de forma a torná-los simplifi- cados, padronizados, integrados e convergentes entre as diversas áreas, de modo a evitar superposição de competências e repetição de serviços; IV - a incorporação, na dinâmica institucional: a) da cultura da melhoria e da adaptação contínuas; b) da cooperação, colaboração, respeito e urbanida- de entre os servidores, independentemente da função desempenhada; c) da excelência no atendimento do público externo (partes, advogados e população em geral); V - o constante treinamento e ações de transferência de conhecimentos, mediante revezamento periódico de atribuições, para que todos os funcionários domi- nem por completo a integralidade dos procedimentos e serviços desempenhados pela unidade judicial, res- peitando-se, contudo, as competências legais do cargo; VI - a identificação de talentos, o incentivo à habili- dade e ao conhecimento dos servidores, o fomento de boas práticas, visando à sistemática revisão e melho- ria das rotinas de trabalho; VII - a satisfação do usuário, mediante: a) uma prestação célere e eficiente dos serviços judi- ciais e administrativos disponibilizados; b) o recebimento de críticas, sugestões e reclamações, ou o encaminhamento dos interessados aos órgãos competentes para o processamento dessas demandas; c) um tratamento interpessoal educado, cortês e respeitoso; d) a utilização de linguagem clara e acessível em todas as informações verbais, publicações ou divulgações oficiais. § 1º A implementação dos instrumentos de gestão pre- vistos neste artigo não importa em inobservância das rotinas e procedimentos estabelecidos nas Normas de Serviço. Se a unidade estiver sob intervenção específi- ca da Corregedoria, observar-se-á o método de traba- lho resultante da excepcionalidade. § 2º As medidas ora editadas serão implementadas sob a coordenação e responsabilidade do escrivão judicial, mediante colaboração de toda a equipe e fis- calização do Juiz Corregedor Permanente. § 3º O Juiz Corregedor Permanente, ao constatar a eficácia das providências adotadas, poderá indicar à Corregedoria Geral da Justiça os nomes dos servido- res que mereçam elogio em ficha funcional. § 4º As propostas de inovação experimentadas e con- sideradas exitosas poderão ser submetidas à análise da Corregedoria Geral da Justiça, para extensão às demais unidades de serviço. O art. 4º estabelece os instrumentos de gestão que os órgãos subordinados à Corregedoria-Geral da Justi- ça devem adotar para efetivar sua missão, observar os princípios e implementar medidas institucionais. Os instrumentos de gestão mencionados são os seguintes: � Desconcentração do processo decisório: os pro- blemas da unidade devem ser resolvidos de forma descentralizada, por meio de reuniões periódicas coordenadas pelo Escrivão Judicial, permitindo a participação de todos os servidores; � Sistema de gestão por atividades: deve ser ado- tado um sistema de gestão que organize as ativida- des de forma eficiente e orientada para resultados; � Aprimoramento dos procedimentos: os proce- dimentos devem ser aprimorados, mantendo a segurança, completude dos atos judiciais e o devi- do processo legal. Deve-se buscar a simplificação, padronização, integração e convergência dos pro- cedimentos entre as diversas áreas, evitando sobre- posição de competências e repetição de serviços; � Incorporação na dinâmica institucional: deve- -se incorporar na rotina institucional a cultura da melhoria e adaptação contínuas, cooperação, colaboração, respeito e urbanidade entre os servi- dores, bem como a excelência no atendimento ao público externo; � Treinamento e transferência de conhecimen- tos: devem ser promovidos treinamentos e ações de transferência de conhecimentos, por meio do revezamento periódico de atribuições, para que todos os funcionários dominem integralmente os procedimentos e serviços desempenhados pela unidade judicial; � Identificação de talentos e incentivo à habili- dade e conhecimento dos servidores: deve-se identificar os talentos, incentivar as habilidades e conhecimentos dos servidores, e fomentar boas práticas visando à revisão e melhoria sistemática das rotinas de trabalho; � Satisfação do usuário: deve-se garantir uma pres- tação célere e eficiente dos serviços, receber críti- cas, sugestões e reclamações dos usuários, tratá-los com cortesia e respeito, e utilizar uma linguagem clara e acessível em todas as informações. O § 1º ressalta que a implementação desses instru- mentos de gestão não deve violar as rotinas e proce- dimentos estabelecidos nas Normas de Serviço. Caso a unidade esteja sob intervenção específica da Correge- doria, será adotado um método de trabalho resultante da excepcionalidade. LE G IS LA Ç Ã O E SP EC IA L 11 Os §§ 2º, 3º e 4º estabelecem que a coordenação e responsabilidade pela implementação dos instrumentos de gestão cabem ao Escrivão Judicial, com colaboração da equipe e fiscalização do Juiz Corregedor Permanente. O Juiz Corregedor Permanente pode indicar ser- vidores para elogio em ficha funcional com base na eficácia das providências adotadas. As propostas de inovação bem-sucedidas podem ser submetidas à análise da Corregedoria-Geral da Justiça para serem estendidas a outras unidades de serviço. TOMO I – CAPÍTULO III - SEÇÃO III: (ART. 33) Art. 33 Os servidores registrarão diariamente, na entrada e saída, o ponto biométrico, salvo exceções definidas pela Presidência do Tribunal de Justiça e observada a regulamentação pertinente. O art. 33 estabelece a obrigatoriedade de os servido- res registrarem diariamente a entrada e saída por meio de ponto biométrico, salvo exceções definidas pela Pre- sidência do Tribunal de Justiça e desde que estejam em conformidade com a regulamentação aplicável. Essa medida tem como objetivo registrar de forma precisa a jornada de trabalho dos servidores, garan- tindo um controle eficiente das horas trabalhadas e contribuindo para a eficiência e transparência na ges- tão do Tribunal de Justiça. O uso de ponto biométrico ajuda a evitar fraudes e garante uma maior precisão no registro das horas de trabalho dos servidores. Contudo, a existência de exceções permite que certas situações específicas sejam contempladas e que a regulamentação detalhe quais são essas exceções e como devem ser tratadas. TOMO I – CAPÍTULO III - SEÇÃO V: (ART. 47; 49) Art. 47 Os servidores dos ofícios de justiça deverão se adaptar continuamente às evoluções do sistema informatizado oficial, utilizando plenamente as funcionalidades disponibilizadas para a realização dos atos pertinentes ao serviço (emissão de certi- dões, ofícios, mandados, cargas de autos etc.). Parágrafo único. Para efeito de divisão do trabalho entre os escreventes técnicos judiciários,oficiais de justiça e juízes, e outras providências necessárias à ordem do serviço, o sistema informatizado atri- buirá a cada processo distribuído um número de controle interno da unidade judicial, sem prejuízo do número do processo (número do protocolo que seguirá série única). O art. 47 determina que os servidores dos ofícios de justiça devem se adaptar continuamente às evoluções do sistema informatizado oficial, utilizando plenamen- te as funcionalidades disponibilizadas para realizar os atos pertinentes ao serviço, como a emissão de certi- dões, ofícios, mandados, cargas de autos, entre outros. O objetivo dessa exigência é garantir que os servi- dores estejam atualizados e capacitados para utilizar efetivamente o sistema informatizado disponibilizado pelo tribunal. Isso inclui o conhecimento e utilização das funcionalidades oferecidas pelo sistema para rea- lizar as atividades relacionadas ao serviço judiciário. O parágrafo único do artigo estabelece que, para efeitos de divisão do trabalho entre os escreventes téc- nicos judiciários, oficiais de justiça, Juízes e outras pro- vidências necessárias à ordem do serviço, o sistema informatizado atribuirá a cada processo distribuído um número de controle interno da unidade judicial. Esse número de controle interno tem a finalidade de facilitar a organização interna da unidade e de não prejudicar o número do processo, que seguirá uma série única determinada pelo número de protocolo. Essas medidas visam assegurar a eficiência e o adequado funcionamento dos ofícios de justiça, utili- zando de forma plena os recursos oferecidos pelo sis- tema informatizado e garantindo uma correta divisão de trabalho e organização dos processos dentro da unidade judicial. Art. 49 Os níveis de acesso às informações e o res- pectivo credenciamento (senha) dos funcionários, para operação do SAJ/PG, serão estabelecidos em expediente interno pela Corregedoria Geral da Jus- tiça, com a participação da Secretaria de Tecnolo- gia da Informação - STI. § 1º É vedado ao funcionário credenciado ceder a respectiva senha ou permitir que outrem, funcio- nário ou não, use-a para acessar indevidamente o sistema informatizado. § 2º Os escrivães judiciais comunicarão pronta- mente à STI as alterações no quadro funcional da unidade, para o processamento da revogação ou novo credenciamento. O art. 49 estabelece as diretrizes para o acesso e credenciamento dos funcionários ao sistema infor- matizado SAJ/PG (Sistema de Automação da Justiça/ Processo Judicial Eletrônico). Essas diretrizes são determinadas em expediente interno pela Corregedo- ria-Geral da Justiça, com a participação da Secretaria de Tecnologia da Informação — STI. De acordo com o § 1º, é proibido ao funcionário credenciado ceder sua senha de acesso ao sistema ou permitir que outra pessoa, seja funcionário ou não, utilize-a indevidamente. Isso visa garantir a seguran- ça das informações e a responsabilidade individual dos funcionários em relação ao acesso ao sistema. No § 2º, estabelece-se que os Escrivães Judiciais têm a obrigação de comunicar prontamente à STI qualquer alteração no quadro funcional da unidade. Essas alterações podem incluir a revogação de cre- denciamentos anteriores ou a necessidade de realizar um novo credenciamento para os novos funcionários. Essa comunicação é importante para que a STI possa atualizar as permissões de acesso ao sistema de acor- do com as mudanças ocorridas na equipe. Essas medidas têm o objetivo de garantir o con- trole adequado do acesso ao sistema informatizado, a segurança das informações e a responsabilidade indi- vidual dos funcionários em relação ao uso correto e à proteção de suas credenciais de acesso. TOMO I – CAPÍTULO III - SEÇÃO XI: (ARTS. 105 A 110) Art. 105 Constarão de todos os mandados expedidos: I - o número do respectivo processo; II - o número de ordem da carga correspondente registrada no livro próprio; III - o seguinte texto, ao pé do instrumento: “É veda- do ao Oficial de Justiça o recebimento de qualquer numerário diretamente da parte. A identificação do Oficial de Justiça, no desempenho de suas funções, será feita mediante apresentação de carteira fun- cional, obrigatória em todas as diligências.”. 12 § 1º Nos mandados em geral, constarão todos os endereços dos destinatários da ordem judicial, declinados ou existentes nos autos, inclusive do local de trabalho. § 2º Aos mandados e contramandados de prisão e alvarás de soltura aplicam-se as disposições cons- tantes na Seção XII do Capítulo IV, no que couberem. O art. 105 estabelece as informações que devem constar em todos os mandados expedidos. São elas: � o número do respectivo processo, ou seja, o número que identifica o processo judicial ao qual o mandado está relacionado; � o número de ordem da carga correspondente registrada no livro próprio, utilizado para con- trolar e registrar as cargas dos mandados pelos oficiais de justiça. Ao pé do instrumento, ou seja, na parte inferior do mandado, deve constar o seguinte texto: Art. 105 [...] III - [...] É vedado ao Oficial de Justiça o rece- bimento de qualquer numerário diretamente da parte. A identificação do Oficial de Justiça, no desempenho de suas funções, será feita median- te apresentação de carteira funcional, obrigató- ria em todas as diligências. Essa informação visa garantir a correta conduta dos oficiais de justiça e evitar o recebimento de dinhei- ro diretamente das partes envolvidas no processo. O § 1º estabelece que nos mandados em geral devem constar todos os endereços dos destinatários da ordem judicial, incluindo os endereços declinados nos autos do processo, bem como o endereço do local de trabalho, quando aplicável. O § 2º faz referência à Seção XII, do Capítulo IV, estabelecendo que as disposições referentes aos man- dados e contramandados de prisão e alvarás de sol- tura devem seguir as regras previstas nessa seção, na medida em que se aplicarem. Art. 106 Na hipótese do mandado anterior não con- signar elementos essenciais para o cumprimento da nova diligência, será dispensado o seu desentranha- mento e aditamento, expedindo-se novo mandado. O art. 106 estabelece que, caso o mandado anterior não contenha informações essenciais para o cumpri- mento de uma nova diligência, não será necessário retirar o mandado anterior do processo e fazer um aditamento. Em vez disso, será expedido um novo mandado contendo todas as informações necessárias para a nova diligência. Essa disposição visa facilitar o processo de cum- primento das diligências, evitando a necessidade de desentranhar o mandado anterior e realizar um adi- tamento, o que poderia gerar burocracia e atrasos desnecessários. Ao expedir um novo mandado com as informações corretas, garante-se que o Oficial de Justiça possa cumprir a diligência de forma adequada e eficiente. Art. 107 Os mandados serão entregues ou encami- nhados aos encarregados das diligências mediante a respectiva carga. O art. 107 estabelece que os mandados serão entre- gues ou encaminhados aos responsáveis pela realiza- ção das diligências por meio da carga correspondente. Isso significa que os mandados serão entregues aos oficiais de justiça ou outras pessoas encarregadas de executar as diligências por meio de um procedimento formal de carga. A carga é o registro que comprova o recebimento do mandado pelo responsável pela diligência. Ela é registrada em um livro próprio, indicando o número de ordem da carga e o número do processo ao qual o mandado está relacionado. Essa formalidade é impor- tante para garantir o controle e o registro adequado do cumprimento das diligências pelo Oficial de Justiça ou pela pessoa encarregada. Dessa forma, o artigo estabelece a forma de entre- ga e o procedimento a ser seguido para garantir que os mandados sejam adequadamente encaminhados aos responsáveis pelas diligências. Isso contribui para a organização e eficiência no cumprimento dos atos judiciais. Art. 108 Osmandados que devam ser cumpridos pelos oficiais de justiça serão distribuídos, na for- ma regulada pela Corregedoria Geral da Justiça, aos que estiverem lotados ou à disposição das res- pectivas comarcas ou varas. Parágrafo único. Os mandados de prisão não serão entregues aos oficiais de justiça, mas encaminha- dos ao Instituto de Identificação Ricardo Gumble- ton Daunt - IIRGD. O art. 108 estabelece que os mandados que devem ser cumpridos pelos oficiais de justiça serão distribuí- dos de acordo com as normas estabelecidas pela Cor- regedoria-Geral da Justiça. Essa distribuição ocorrerá entre os oficiais de justiça que estejam lotados ou à disposição das respectivas comarcas ou varas. No entanto, o parágrafo único do artigo especifica que os mandados de prisão não serão entregues aos oficiais de justiça. Em vez disso, esses mandados serão encaminhados ao Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD). O IIRGD é responsável pelo registro e identificação de pessoas, incluindo a emissão de documentos de identidade. Essa disposição destaca uma diferença no trata- mento dos mandados de prisão em relação aos demais mandados. Enquanto os demais mandados são distri- buídos aos oficiais de justiça, os mandados de prisão seguem um procedimento específico, sendo encami- nhados ao órgão responsável pelo registro e identifi- cação das pessoas. Art. 109 Nas certidões de expedição e de entrega dos mandados, constarão o nome do Oficial de Jus- tiça a quem confiado o mandado e a data da respec- tiva carga. Conforme o art. 109, nas certidões de expedição e de entrega dos mandados, devem constar as seguin- tes informações: o nome do Oficial de Justiça a quem foi confiado o mandado e a data em que o mandado foi entregue a esse Oficial de Justiça. Essas informa- ções são registradas para documentar e comprovar a distribuição dos mandados aos oficiais de justiça, fornecendo um registro claro de responsabilidade e controle sobre o cumprimento das diligências. LE G IS LA Ç Ã O E SP EC IA L 13 Art. 110 Mensalmente, o escrivão relacionará os mandados em poder dos oficiais de justiça, além dos prazos legais ou fixados, comunicando ao Juiz Cor- regedor Permanente, para as providências cabíveis. Conforme o art. 110, mensalmente, o Escrivão Judi- cial será responsável por relacionar os mandados que estão em posse dos oficiais de justiça, além de infor- mar os prazos legais ou fixados para o cumprimento desses mandados. Essa relação será comunicada ao Juiz Corregedor Permanente, que tomará as medidas necessárias com base nas informações fornecidas. Essa prática tem o objetivo de garantir o contro- le e o acompanhamento adequado dos mandados em andamento, assegurando o cumprimento dentro dos prazos estabelecidos. TOMO I – CAPÍTULO IV - SEÇÃO III: (ART. 196, INCISO XX) Art. 196 Salvo motivada decisão jurisdicional em sentido contrário, o servidor praticará atos ordina- tórios nas situações abaixo descritas: [...] XX - constatada a necessidade de ordem de arrom- bamento e reforço policial, o Oficial de Justiça, independentemente da devolução do mandado, apresentará ao juízo requerimento em modelo padronizado. O requerimento, se deferido, servi- rá de requisição da força policial e cópia dele será entranhada aos autos; O art. 196 estabelece as situações em que o servi- dor deverá praticar atos ordinatórios, que são atos de organização e andamento processual, como discutire- mos a partir daqui. Ao finalizar o prazo de suspensão do processo estabelecido no § 4º, art. 313, do CPC, o servidor intimará a parte para promover o andamen- to do processo, sob pena de extinção. Se o réu, em sua contestação, alegar alguma das matérias enumeradas no art. 337, do CPC ou apresen- tar documento novo, o servidor providenciará a inti- mação do autor para réplica em um prazo de 15 dias, permitindo-lhe a produção de prova. Providenciará a intimação das partes quando for designada perícia pelos órgãos públicos ou entidades conveniadas e para manifestação, direta ou por meio dos seus assistentes técnicos, com a juntada aos autos de laudos periciais, documentos ou outras informa- ções requisitadas pelo juízo. Apresentará requerimento em modelo padro- nizado ao juízo, caso seja constatada a necessida- de de ordem de arrombamento e reforço policial, independentemente da devolução do mandato. Se deferido o requerimento, este servirá de requisi- ção da força policial e cópia dele será inserida nos autos. TOMO I – CAPÍTULO IV - SEÇÃO IV: (ART. 282, § 1°) Art. 282 No Foro Central da Comarca da Capital funcionará o Ofício dos Leilões Públicos com a finalidade de realizar os leilões presenciais das varas centrais da Comarca da Capital. Os escreven- tes nele lotados apregoarão os leilões, apenas em situações excepcionalíssimas, desde que o exequen- te não exerça o seu direito de indicação e haja impe- dimento legal para atuação de todos os leiloeiros públicos credenciados. § 1º Nas demais Comarcas e varas os leilões serão realizados por oficiais de justiça, apenas em situa- ções excepcionalíssimas, desde que o exequente não exerça o seu direito de indicação e haja impedimen- to legal para atuação de todos os leiloeiros públicos credenciados, e sob fiscalização do juiz. Conforme o art. 282, no Foro Central da Comarca da Capital será estabelecido o Ofício dos Leilões Públi- cos, cuja função é realizar os leilões presenciais das varas centrais dessa comarca. Os escreventes que tra- balham nesse ofício serão responsáveis por conduzir os leilões, exceto em circunstâncias extremamente excepcionais, nas quais o exequente não exerça seu direito de indicação e haja impedimento legal para a atuação de todos os leiloeiros públicos credenciados. Em relação às demais Comarcas e varas, os leilões serão realizados pelos oficiais de justiça somente em situações muito excepcionais, nas quais o exequente não exerça seu direito de indicação e haja impedimen- to legal para a atuação de todos os leiloeiros públicos credenciados. Esses leilões serão supervisionados pelo Juiz responsável. Essa prática visa garantir a adequada realização dos leilões em conformidade com as cir- cunstâncias específicas de cada caso. TOMO I – CAPÍTULO IV - SEÇÃO VI: (ARTS. 310; 315) Art. 310 Em todos os mandados expedidos será anotado o número do respectivo processo, dispen- sada a anotação do número de ordem da carga, se esta informação constar do sistema informatizado do setor e estiver disponível para consulta e verifi- cação correcional. § 1º Será certificada nos autos a expedição e a fei- tura da carga do mandado ao Oficial de Justiça, que assinará o livro respectivo. § 2º Existindo seção designada para a feitura das cargas, será certificada nos autos tão-somente a expedição do mandado, remetendo-o logo em segui- da à referida seção, que velará pelo lançamento da assinatura do Oficial de Justiça no livro próprio. § 3º No sistema informatizado serão anotados a data da distribuição do mandado ao oficial e o nome deste, para consulta e controle de prazos. § 4º Ressalvados os mandados urgentes, em razão do volume do expediente, por autorização e median- te controle do Juiz Corregedor Permanente, poderá ser adotado sistema de carga única, mensalmente. § 5º Inexistindo prazo expressamente determinado na ordem judicial, os mandados serão cumpridos dentro de 45 (quarenta e cinco) dias, ressalvado prazo menor genérico por determinação pelo Juiz Corregedor Permanente da SADM ou, onde não houver, do Ofício Judicial. § 6º Nas 24 (vinte e quatro) horas que antecede- rem o vencimento do prazo para cumprimento do mandado, desde que não seja possível a ultimação da diligência, deverá o Oficial de Justiça formular pedido de dilação, justificando os motivos da demo- ra, vedada a devolução sem integral cumprimento, salvo expressa autorização judicial. § 7º Devolvidos os mandados cumpridos, a bai- xa deverá ser imediatamente lançada no sistema informatizado, na presença do Oficialde Justiça, emitindo-se, prontamente, o relatório para confe- rência e assinatura do meirinho, dispensada a bai- xa manual no livro de carga. 14 De acordo com o art. 310, em todos os manda- dos expedidos será anotado o número do respectivo processo. A anotação do número de ordem da carga não será necessária se essa informação constar do sistema informatizado do setor e estiver disponível para con- sulta e verificação correcional. No § 1º, fica estabelecido que a expedição e a entre- ga do mandado ao Oficial de Justiça serão certifica- das nos autos, e o Oficial de Justiça assinará o livro cOrrespondente. Caso exista uma seção específica para a entrega dos mandados, apenas a expedição do mandado será certifi- cada nos autos, e ele será imediatamente encaminhado a essa seção. A seção será responsável por registrar a assi- natura do Oficial de Justiça no livro apropriado. No sistema informatizado, serão registrados a data da distribuição do mandado ao Oficial de Justiça e o nome desse oficial, para fins de consulta e controle de prazos. Exceto nos casos de mandados urgentes, e median- te autorização e controle do Juiz Corregedor Perma- nente, poderá ser adotado um sistema de carga única, mensalmente, devido ao volume de expedientes. Na ausência de um prazo expressamente deter- minado na ordem judicial, os mandados deverão ser cumpridos dentro de 45 dias, a menos que haja uma determinação de prazo menor por parte do Juiz Cor- regedor Permanente da Secretaria de Administração (SADM) ou, na sua ausência, do Ofício Judicial. Nas 24 horas que antecederem o vencimento do prazo para o cumprimento do mandado, caso não seja possível concluir a diligência, o Oficial de Justiça deve- rá solicitar uma prorrogação, justificando os motivos do atraso. A devolução do mandado sem o cumpri- mento integral só poderá ocorrer mediante autoriza- ção judicial. Após a conclusão dos mandados cumpridos, a bai- xa deverá ser imediatamente registrada no sistema informatizado, na presença do Oficial de Justiça. Será emitido prontamente um relatório para con- ferência e assinatura do meirinho, dispensando-se a baixa manual no livro de carga. Art. 315 As certidões das diligências cumpridas por oficiais de justiça e os autos por eles lavrados devem ser apresentados com cópia. § 1º Devolvido o mandado, as cópias que o acompa- nham serão anexadas à contracapa dos autos, para aproveitamento em eventuais novos mandados. § 2º O desentranhamento e aditamento de manda- do poderá ser dispensado, a critério do juiz, expe- dindo-se novo mandado, fornecendo, a parte, as peças necessárias. Conforme o art. 315, as certidões das diligências cumpridas pelos oficiais de justiça e os autos por eles elaborados devem ser apresentados acompanhados de cópia. No § 1º, estabelece-se que, após a devolução do mandado, as cópias que o acompanham devem ser anexadas à contracapa dos autos, visando o seu apro- veitamento em possíveis novos mandados. O § 2º dispõe que o desentranhamento e aditamen- to de um mandado podem ser dispensados, a critério do Juiz. Nesse caso, será expedido um novo mandado, sendo responsabilidade da parte fornecer as peças necessárias para essa finalidade. TOMO I – CAPÍTULO IV - SEÇÃO XII: (ART. 410) Art. 410 Os alvarás de soltura serão enviados à autoridade responsável pela custódia obrigatoria- mente por correio eletrônico institucional (e-mail) do ofício de justiça. § 1º O ofício de justiça confirmará, por via telefô- nica, o recebimento do alvará de soltura pela auto- ridade destinatária e anotará, na via encartada aos autos, o nome e o cargo de quem recepcionou a ordem, assim como a data e o horário da ligação. Caso não obtida a confirmação, a circunstância será certificada nos autos, com juntada de cópia da mensagem eletrônica enviada à autoridade res- ponsável pela custódia, e encaminhado o alvará de soltura para cumprimento por Oficial de Justiça em regime de plantão. § 2º A remessa do alvará de soltura será feita sob a responsabilidade do escrivão judicial. § 3º Se o preso estiver recolhido em estabelecimen- to de outra unidade da Federação, o alvará, endere- çado ao juiz corregedor da cadeia ou presídio, será enviado por carta precatória, por correio eletrôni- co institucional (e-mail) ou aparelho de fac-símile. § 4º Tratando-se de réu ou condenado, em prisão preventiva, regime fechado ou semiaberto em cum- primento na modalidade domiciliar, o ofício de justiça expedirá um mandado de intimação com a finalidade de entrega do alvará de soltura ao réu ou condenado, para cumprimento por Oficial de Justiça em regime de urgência, mediante certidão e colheita de assinatura do intimado, que terá efeito de cumprimento do referido alvará. § 5º Nos casos do § 4º, salvo determinação judicial em outro sentido, no mandado de intimação deverá constar exclusivamente o endereço onde o réu ou condenado estiver recolhido, dispensando o Oficial de Justiça de outras diligências para efetivação do ato e, não sendo localizado o réu ou condenado, deverá ser lavrada certidão nesse sentido pelo Ofi- cial de Justiça, devolvendo-se o mandado para ulte- rior deliberação judicial. Conforme o art. 410, os alvarás de soltura devem ser enviados à autoridade responsável pela custódia obrigatoriamente por correio eletrônico institucional (e-mail) do ofício de justiça. No § 1º, estabelece-se que o ofício de justiça deve confirmar, por via telefônica, o recebimento do alvará de soltura pela autoridade destinatária. O nome e o cargo da pessoa que recebeu a ordem, bem como a data e o horário da ligação, devem ser anotados na via encartada aos autos. Caso não seja possível obter a confirmação, a circunstância deve ser certificada nos autos, com a juntada de uma cópia da mensagem eletrônica enviada à autoridade responsá- vel pela custódia. Nesse caso, o alvará de soltura será encaminhado para cumprimento por um Oficial de Justiça em regime de plantão. No § 2º, estabelece-se que a remessa do alvará de soltura é de responsabilidade do Escrivão Judicial. No § 3º, estabelece-se que, se o preso estiver reco- lhido em um estabelecimento de outra unidade da Federação, o alvará, endereçado ao Juiz Corregedor da cadeia ou presídio, será enviado por carta preca- tória, por correio eletrônico institucional (e-mail) ou aparelho de fac-símile. No § 4º, estabelece-se que, nos casos em que o réu ou condenado esteja em prisão preventiva, regime fecha- do ou semiaberto em cumprimento na modalidade LE G IS LA Ç Ã O E SP EC IA L 15 domiciliar, o Oficial de Justiça expedirá um mandado de intimação com o objetivo de entregar o alvará de soltura ao réu ou condenado. Esse mandado será cumprido por um Oficial de Justiça em regime de urgência, mediante certidão e colheita de assinatura do intimado, que terá o efeito de cumprimento do alvará de soltura. No § 5º, estabelece-se que, nos casos do § 4º, o manda- do de intimação deve conter exclusivamente o endereço onde o réu ou condenado está recolhido, dispensando o Oficial de Justiça de outras diligências para efetivar o ato. Caso o réu ou condenado não seja localizado, o Oficial de Justiça deve lavrar uma certidão nesse sentido e devol- ver o mandado para ulterior deliberação judicial. TOMO I – CAPÍTULO IV - SEÇÃO XIII: (ARTS. 436; 436-A) Art. 436 Na precatória e no mandado de citação, expe- didos para que o réu seja citado e apresente resposta à acusação, na forma do art. 396 do Código de Processo Penal, constarão as seguintes advertências: I - a defesa escrita deverá ser realizada por advo- gado, na qual poderão ser arguidas preliminares e invocadas todas as razões de defesa, oferecidos documentos e justificações, especificadas as provas pretendidas, bem como arroladas testemunhas até o limite legal; II - é dever do Oficial de Justiça perguntar ao acusa- do se o mesmo possui defensor constituído, certifi- cando-se nos autos; III - em caso de afirmar não possuir advogado, será indagado se deseja a imediata atuaçãoda Defenso- ria Pública, cujo endereço deverá lhe ser fornecido, bem como orientado de que a mesma deverá ser procurada pessoalmente ou por familiar, possibili- tando a indicação de testemunhas. Sendo esta sua vontade, independentemente da fluência do prazo de 10 (dez) dias, deverá ser aberta vista à defenso- ria para os fins acima mencionados, ficando a mes- ma nomeada para todos os atos do processo. O art. 436 trata das advertências que devem cons- tar na precatória e no mandado de citação quando expedidos para citar o réu e apresentar resposta à acusação, de acordo com o art. 396, do Código de Pro- cesso Penal (CPP). Essas advertências são: � a defesa escrita deverá ser realizada por advoga- do, na qual poderão ser arguidas preliminares e invocadas todas as razões de defesa. O réu pode oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas dentro dos limites legais; � é dever do Oficial de Justiça perguntar ao acusa- do se ele possui um advogado constituído, e essa informação deve ser certificada nos autos; � caso o acusado afirme que não possui um advoga- do, o Oficial de Justiça deve indagar se ele deseja a imediata atuação da Defensoria Pública. Nesse caso, o endereço da Defensoria Pública deve ser fornecido ao acusado, e ele deve ser orientado a procurá-la pessoalmente ou por meio de um fami- liar. Se o acusado expressar essa vontade, indepen- dentemente do prazo de 10 dias, o processo deve ser encaminhado à defensoria para os fins men- cionados. A Defensoria Pública será nomeada para todos os atos do processo. Essas advertências têm o objetivo de garantir que o réu seja informado adequadamente sobre seus direitos e opções de defesa, especialmente no que diz respeito ao acesso à assistência jurídica por meio da Defensoria Pública, caso não tenha recursos para con- tratar um advogado particular. Art. 436-A Havendo disponibilidade de equipamen- tos eletrônicos e de funcionários aptos a operá-los, tanto nas dependências dos fóruns do Estado de São Paulo, como nas unidades prisionais, a citação e a intimação de réu preso deverá ser realizada por videoconferência, observados os art. 122, § 3º, e art. 995, § 10, NSCGJ. Parágrafo único. Na citação e intimação por video- conferência deverão ser rigorosamente observadas as formalidades previstas no Código de Processo Penal, bem como nas Normas de Serviço da Corre- gedoria Geral da Justiça para a confecção, distri- buição e cumprimento dos mandados. § 2º Revogado. O art. 436-A estabelece que, quando houver dis- ponibilidade de equipamentos eletrônicos e funcio- nários capacitados, tanto nos fóruns do estado de São Paulo quanto nas unidades prisionais, a citação e a intimação do réu preso devem ser realizadas por videoconferência. Essa forma de comunicação deve obedecer às dis- posições do § 3º, art. 122, e do § 10, art. 995, das Nor- mas de Serviço da Corregedoria-Geral da Justiça. O parágrafo único ressalta que, na citação e inti- mação por videoconferência, é necessário seguir rigo- rosamente as formalidades estabelecidas no Código de Processo Penal e nas Normas de Serviço da Corre- gedoria-Geral da Justiça para a confecção, distribui- ção e cumprimento dos mandados. O § 2º foi revogado, o que significa que ele não está mais em vigor. TOMO I – CAPÍTULO IV - SEÇÃO XIV: (ART. 439; 440; 440-A) Art. 439 Quando não for possível o cumprimento remoto (art. 995, § 10, NSCGJ), as intimações de indiciado, réu ou condenado preso, que deva tomar conhecimento de qualquer ato processual, inclusive de sentença, serão feitas por Oficial de Justiça, dire- tamente no estabelecimento onde custodiado, dis- pensada a requisição para a formalização de tais atos em juízo. § 1º O Oficial de Justiça levará o impresso contendo termo de recurso e de renúncia ao direito de recor- rer e consultará o réu sobre sua intenção, colhen- do a assinatura no espaço próprio. Na sequência preencherá por completo o termo correspondente à opção do sentenciado e inutilizará a parcela do formulário rechaçada pelo acusado. § 2º Se o réu não souber escrever, será colhida sua impressão digital e assinará a rogo uma terceira pessoa, além de 2 (duas) testemunhas. § 3º Os réus que estiverem internados em estabe- lecimentos situados fora da comarca serão intima- dos por meio de carta precatória. § 4º Comparecendo o réu ou apenado em audiência, as intimações em relação aos atos nela praticados serão realizadas na própria audiência. 16 O art. 439 estabelece que, quando não for possível realizar a intimação remotamente de acordo com o § 10, art. 995, das Normas de Serviço da Corregedoria Geral da Justiça, as intimações de indiciados, réus ou condenados presos que precisem tomar conhecimen- to de qualquer ato processual, incluindo sentença, serão feitas por um Oficial de Justiça diretamente no estabelecimento onde estão custodiados. Nesse caso, não é necessária uma requisição para formalizar esses atos em juízo. O § 1º estabelece que o Oficial de Justiça levará um formulário contendo termo de recurso e renúncia ao direito de recorrer, consultará o réu sobre sua inten- ção e colherá sua assinatura no espaço corresponden- te. Em seguida, preencherá completamente o termo correspondente à opção do réu e inutilizará a parte do formulário rejeitada pelo acusado. O § 2º estabelece que, caso o réu não saiba escrever, será colhida sua impressão digital e uma terceira pes- soa assinará a seu pedido, além de duas testemunhas. O § 3º indica que os réus que estiverem interna- dos em estabelecimentos situados fora da comarca serão intimados por meio de carta precatória, que é uma solicitação formal de intimação entre diferentes comarcas. O § 4º estabelece que, se o réu ou apenado compa- recer em uma audiência, as intimações relacionadas aos atos praticados durante a audiência serão realiza- das no próprio local da audiência. Art. 440 Os mandados de intimação de vítimas ou testemunhas, quando estas derem conta de coação ou grave ameaça, após deferimento do juiz, serão elaborados em separado, individualizados. Parágrafo único. Uma vez cumpridos, apenas serão juntadas aos autos as certidões do Oficial de Jus- tiça, nelas não sendo consignados os endereços e dados das pessoas procuradas. Os originais dos mandados serão destruídos pelo escrivão judicial. O art. 440 estabelece que, quando vítimas ou teste- munhas informarem a ocorrência de coação ou grave ameaça, o Juiz poderá deferir a elaboração de manda- dos de intimação separados e individualizados para cada uma delas. O parágrafo único determina que, uma vez cum- pridos esses mandados de intimação, apenas as cer- tidões do Oficial de Justiça serão anexadas aos autos, sem a inclusão dos endereços e dados das pessoas intimadas. Além disso, os originais dos mandados serão des- truídos pelo Escrivão Judicial, garantindo a confiden- cialidade das informações pessoais das vítimas ou testemunhas. Art. 440-A A ofendida deverá ser imediatamente comunicada da decisão que deferir ou indeferir pedido de prisão cautelar ou de imposição de medi- da protetiva de urgência, bem como da alteração da natureza da prisão e do ingresso e saída do agres- sor do estabelecimento prisional, facultada a utili- zação do procedimento previsto no art. 1.245, § 4º, NSCGJ. Parágrafo único. Permite-se a intimação da víti- ma por meio de telefone fixo, celular, WhatsApp ou e-mail, desde que haja anuência daquela, no momento da lavratura do boletim de ocorrência ou da apresentação do requerimento, com o for- necimento dos dados necessários, garantido seu absoluto sigilo; no mesmo ato a vítima será infor- mada dos canais adequados e disponíveis para a comunicação do descumprimento das medidas pro- tetivas de urgência. O art. 440-A estabelece que a vítima deve ser prontamente comunicada sobre as decisões judiciais relacionadas a pedidos de prisão cautelar, medidas protetivas de urgência, alterações na natureza da pri- são e entrada ou saída do agressordo estabelecimento prisional. Essa comunicação pode ser feita utilizando o procedimento previsto no § 4º, art. 1.245, NSCGJ (Normas de Serviço da Corregedoria Geral da Justiça). O parágrafo único permite que a intimação da víti- ma seja realizada por meio de telefone fixo, celular, WhatsApp ou e-mail, desde que haja concordância da vítima no momento da lavratura do boletim de ocor- rência ou na apresentação do requerimento. É importante garantir que a vítima forneça os dados necessários para a comunicação e que seu sigi- lo seja respeitado. No mesmo ato, a vítima deve ser informada sobre os canais adequados e disponíveis para comunicar qualquer descumprimento das medi- das protetivas de urgência. Isso visa garantir que a vítima seja informada de forma ágil e segura sobre as decisões judiciais e seus direitos de proteção. TOMO I - CAPÍTULO VII (ARTS. 994 A 1.091-A) Art. 994 Incumbe ao Oficial de Justiça: I - executar pessoalmente as ordens dos juízes a que estiver subordinado e exercer as funções inerentes a seu cargo; II - comparecer diariamente ao ofício ou setor corres- pondente ao juízo em que lotado, registrar presença em livro de ponto ou ponto biométrico, e aí perma- necer à disposição do juiz, quando e como escalado, ressalvada a fixação de periodicidade diversa para registro da presença, a cargo do Corregedor Perma- nente da unidade judiciária a que vinculado o Ofi- cial de Justiça, à vista de fundamentada análise das peculiares condições de serviço e vedada ausência de registro da presença por dois ou mais dias úteis con- secutivos, o que deverá ser objeto de comunicação à Corregedoria Geral da Justiça; III - auxiliar o juiz na manutenção da ordem; IV- estar presente aos plantões judiciais, quando esca- lado, incluindo a presença em audiência, nesta últi- ma hipótese quando assim for fundamentadamente determinado pelo juiz do feito nos autos de um pro- cesso judicial específico; V - ressalvadas as atribuições do Ofício de Portaria dos Auditórios e das Hastas Públicas, realizar, sob a fiscalização do juiz, apenas em situações excepcio- nalíssimas e desde que o exequente não exerça o seu direito de indicação e haja impedimento legal para atuação de todos os leiloeiros públicos credenciados, os leilões judiciais, passando as respectivas certidões. VI - certificar, em mandado, proposta de autocompo- sição apresentada por qualquer das partes, na oca- sião, de realização de ato de comunicação que lhe couber; e VII - acessar o e-mail institucional diariamente. Parágrafo único. É vedada a designação de Oficial de Justiça, exclusivamente ou em sistema de rodízio, para atuação no controle do acesso a gabinete de juí- zes e a sala de audiências, bem como para coadjuvar o juiz do feito na manutenção da ordem em audiên- cias, ressalvada a exceção prevista no inciso IV, deste artigo. LE G IS LA Ç Ã O E SP EC IA L 17 As funções inerentes do Oficial de Justiça variam de acordo com o sistema jurídico de cada país, mas geralmente incluem as seguintes atribuições: � Cumprimento de mandados judiciais: o Oficial de Justiça é responsável por executar pessoalmen- te as ordens dos Juízes, como citar réus, intimar partes, testemunhas e vítimas, realizar penhoras, despejos, arrestos, entre outros atos processuais determinados pelo Juiz; � Realização de diligências: o Oficial de Justiça pode ser encarregado de realizar diligências, como buscar documentos, obter informações em cartó- rios, fazer pesquisas em registros públicos, entre outros atos necessários para instruir um processo; � Audiências e sustentações orais: em alguns casos, o Oficial de Justiça pode comparecer a audiências e sustentações orais para auxiliar o Juiz na manu- tenção da ordem, garantir a integridade física das pessoas envolvidas e realizar outras tarefas rela- cionadas à condução da audiência; � Penhora e expropriação de bens: o Oficial de Jus- tiça pode ser responsável por realizar a penhora de bens do devedor em processos de execução e, posteriormente, pela expropriação deles, como lei- lões judiciais; � Elaboração de certidões: o Oficial de Justiça deve redigir e fornecer certidões sobre os atos que realiza, como a citação de uma parte, a intimação de uma testemunha ou qualquer outro evento relevante ocorrido durante o cumprimento de um mandado; � Registro de presença e atendimento às escalas de trabalho: o Oficial de Justiça deve comparecer regularmente ao local de trabalho, registrar sua presença e estar disponível conforme a escala esta- belecida pelo juízo ao qual está subordinado. O parágrafo único mencionado estabelece uma proibição e uma exceção específica em relação às atri- buições do Oficial de Justiça. Segundo o texto, é veda- da a designação do Oficial de Justiça exclusivamente ou em sistema de rodízio para atuar no controle de acesso aos gabinetes de Juízes e à sala de audiências, bem como para auxiliar o Juiz na manutenção da ordem durante as audiências. No entanto, há uma exceção a essa proibição previs- ta no inciso IV do mesmo artigo. O inciso IV estabelece que o Oficial de Justiça deve estar presente nos plan- tões judiciais, inclusive em audiências, quando fun- damentadamente determinado pelo Juiz do feito nos autos de um processo judicial específico. Portanto, nes- se caso excepcional, o Oficial de Justiça pode atuar no controle do acesso e na manutenção da ordem durante as audiências, desde que seja devidamente determina- do pelo Juiz e justificado nos autos do processo. Essa restrição e exceção têm como objetivo garantir a separação de funções e preservar a imparcialidade do Oficial de Justiça, evitando possíveis conflitos de interes- se ou interferências indevidas nas atividades judiciais. Art. 995 Em toda vara ou setor, os mandados serão distribuídos na forma regulada pela Corregedoria Geral da Justiça, a cada um dos oficiais de justiça neles lotados e em exercício. § 1º Os mandados serão retirados pelo Oficial de Justiça diariamente ou sempre que registrar a pre- sença, caso a periodicidade seja diversa, mediante carga. § 2º Inexistindo prazo expressamente determinado na ordem judicial, os mandados serão cumpridos dentro de 45 (quarenta e cinco) dias, ressalvado prazo menor genérico por determinação pelo Juiz Corregedor Permanente da SADM ou, onde não houver, do Ofício Judicial. § 3º Em se tratando de mandado destinado à inti- mação para audiência de conciliação ou de media- ção, o cumprimento e devolução serão efetivados até 20 (vinte) dias úteis antes da data designada. § 4º Em se tratando de mandado destinado à inti- mação para qualquer outra audiência, o cumpri- mento e devolução serão efetivados até 10 (dez) dias úteis antes da data designada, salvo determi- nação contrária do juiz do feito. § 5º Todos os mandados expedidos em processo-cri- me de réu preso serão cumpridos dentro de 3 (três) dias, salvo determinação contrária do juiz do feito. § 6º São vedadas a devolução de mandado sem cumprimento, a pedido de qualquer interessado, e sua passagem, de um para outro Oficial de Justiça, diretamente, salvo ordem do juiz do feito, cuja ocor- rência será certificada nos autos. § 7º É vedada a indicação de Oficial de Justiça pela parte ou por seu procurador, bem como a prática de se atribuírem os mandados do dia ao Oficial de Justiça de plantão, ressalvadas, nessa última situa- ção, as hipóteses de evidente urgência e em que haja expresso deferimento pelo juiz da causa. § 8º Vencido o prazo, o Oficial de Justiça devolverá o mandado ao cartório, certificando os motivos da demora ou do descumprimento. § 9º O mandado só poderá ficar retido com o Oficial de Justiça, além do prazo, mediante autorização escrita do juiz do feito. § 10 No cumprimento remoto de mandados em uni- dades prisionais ou de internação será observado o que segue: I – o Oficial de Justiça fará o agendamento no prazo de 48h após o recebimento, na forma de Comuni- cado específico; o cumprimento do ato deverá ser efetivado em até
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